28 de março de 2024 10:54

Mateus Leroy planejou usar dinheiro roubado do filho doente para criar casa de prostituição

Suspeito de roubar cerca de R$ 600 mil que seriam destinados a tratamento de seu filho doente, Mateus Henrique Leroy Alves, 37, chegou a usar o dinheiro desviado para investir em uma casa de prostituição em Salvador. A informação foi revelada ontem durante reportagem veiculada no programa “Fantástico”, da Rede Globo.

Mateus Henrique foi preso no dia 22, em Salvador/DIVULGAÇÃO

Vídeos e áudios com uma rotina de luxo e ostentação do pai do pequeno João Miguel, de apenas 1 ano e 7 meses, também foram divulgados pela reportagem. Nas mensagens, Alves chega a falar sobre a contratação de garotas de programa. Em uma interceptação telefônica, Mateus chega a detalhar como funcionaria o negócio e deixa no ar uma indagação, ainda sem resposta. “São meninas que já trabalharam na minha casa, lá de Lafaiete, de Belo Horizonte”.

Segundo os investigadores envolvidos no caso, as suspeitas começaram quando a conta onde as doações eram depositadas teve seu saldo consideravelmente reduzido. Jogadores de futebol, artistas e moradores de Conselheiro Lafaiete, na região Central de Minas, participaram da mobilização pelo tratamento de João Miguel. Mais de R$ 1 milhão foram arrecadados durante um ano de campanha.

Desde abril, o pai de João Miguel começou a viajar a Belo Horizonte com a desculpa de que estaria participando de um curso. Mas, na verdade, ele usava o dinheiro para se hospedar em hotéis de luxo, conforme a investigação.

Em maio, Alves chegou a gastar R$ 7.000 ao reservar a suíte mais requintada de um hotel da capital mineira durante nove dias. Ele fez o mesmo em Salvador, onde pagava até R$ 2.500 por mordomias em hotéis da cidade.

A reportagem do “Fantástico” conversou com a mãe de João Miguel, casada com Alves há 21 anos. Questionada se ela perdoaria o marido, a mulher disse que o perdão só caberia a Deus. O pequeno João Miguel é portador da doença degenerativa Atrofia Muscular Espinhal (AME) e precisa de um medicamento que custa mais de R$ 360 mil a ampola. A doença reduz os movimentos do corpo, e o menino precisa de seis doses.

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