Festa de Nossa Senhora Aparecida celebra 100 anos da Guarda de Congado na Comunidade do Cinco Réis

No sábado dia 14 de outubro de 2023, a comunidade do Cinco Réis de Catas Altas da Noruega se enche de alegria e devoção para celebrar a Festa de Nossa Senhora Aparecida. Este ano é ainda mais especial, pois marca o centenário da Guarda de Congado Nossa Senhora das Graças.

A programação inclui momentos de fé e confraternização. Procissão, reinado, cavalgada, apresentação de Guardas de Congado e missa festiva.

Vamos celebrar a fé, a cultura e a história de 100 anos da Guarda de Congado Nossa Senhora das Graças e a devoção à Nossa Senhora Aparecida.

Festa de Nossa Senhora Aparecida celebra 100 anos da Guarda de Congado na Comunidade do Cinco Réis

No sábado dia 14 de outubro de 2023, a comunidade do Cinco Réis de Catas Altas da Noruega se enche de alegria e devoção para celebrar a Festa de Nossa Senhora Aparecida. Este ano é ainda mais especial, pois marca o centenário da Guarda de Congado Nossa Senhora das Graças.

A programação inclui momentos de fé e confraternização. Procissão, reinado, cavalgada, apresentação de Guardas de Congado e missa festiva.

Vamos celebrar a fé, a cultura e a história de 100 anos da Guarda de Congado Nossa Senhora das Graças e a devoção à Nossa Senhora Aparecida.

Gigante do setor automobilístico encerra atividades após 100 anos no mercado

O pedido de falência lista ativos e passivos estimados de US$ 1 bilhão a US$ 10 bilhões, com mais de 100 mil credores. Toda indústria de transportes dos EUA está sob pressão devido ao aumento das taxas de juros e custos mais altos de combustível.

A Yellow Corp, empresa norte-americana de transporte de caminhões de quase 100 anos, entrou com pedido de falência no último domingo (6). A empresa aderiu ao Capítulo 11, regra norte-americana que permite a empresa – com dificuldades financeiras – continuar funcionando normalmente, dando-lhe um tempo para chegar a um acordo com os credores.

A Yellow, anteriormente conhecida como YRC Worldwide Inc., é uma das maiores transportadoras de cargas dos EUA. E, nos últimos anos, optou por aumentar os preços do transporte para tentar arcar com os custos ao surgir novas empresas que visavam disputar o mercado.

“É com profunda decepção que a Yellow anuncia que está fechando após quase 100 anos no mercado”, disse o CEO da Yellow, Darren Hawkins, em comunicado divulgado ao mercado. “Não é comum alguém trabalhar em uma empresa por 20, 30 ou mesmo 40 anos, mas muitos na Yellow o fizeram. Por gerações, a Yellow forneceu a centenas de milhares de americanos empregos sólidos e bem remunerados e carreiras gratificantes”.

O pedido de falência lista ativos e passivos estimados de US$ 1 bilhão a US$ 10 bilhões, com mais de 100 mil credores. A possível falência foi anunciada há algumas semanas pelo jornal Wall Street Journal.

Em 2020, sob o governo Trump, o Departamento do Tesouro Americano chegou a conceder à empresa um empréstimo de US$ 700 milhões para a era da pandemia por motivos de segurança nacional. Porém, o dinheiro não foi suficiente para arcar com as dívidas.

Os Teamsters, que representavam os 22 mil trabalhadores sindicalizados da Yellow, disseram que a empresa demitiu centenas de funcionários não sindicalizados nas últimas semanas. A empresa, com sede em Nashville, Tennessee, tinha em julho 30 mil funcionários nos Estados Unidos.

As ações do Yellow caíram mais de 40% desde quinta-feira, quando a notícia de que a companhia poderia entrar com pedido de falência começou a circular.

Fila de caminhões estacionados dentro de pátio da empresa norte-americana Yellow em foto sem data — Foto: JUSTIN SULLIVAN / GETTY IMAGES NORTH AMERICA / Getty Images via AFP
Fila de caminhões estacionados dentro de pátio da empresa norte-americana Yellow em foto sem data — Foto: JUSTIN SULLIVAN / GETTY IMAGES NORTH AMERICA / Getty Images via AFP

Economia dos EUA

Segundo especialistas entrevistados pelo New York Times, a atual situação da Yellow preocupa os investidores sobre como seguirá a economia dos EUA. Isso porque a empresa tem uma grande participação no mercado norte-americano.

Toda indústria de transportes dos EUA está sob pressão devido ao aumento das taxas de juros e custos mais altos de combustível. Há duas semanas, o Banco Central dos Estados Unidos aumentou os juros básicos em 0,25% – a maior alta em 22 anos.

Os juros americanos influenciam o mercado financeiro no mundo todo. Quando eles sobem, a tendência é que os investidores retirem recursos de outros países para aplicar nos Estados Unidos porque os títulos americanos são considerados mais seguros.

Agora, a expectativa dos especialistas é que, com a posição tomada pelo Bacen dos EUA, outras empresas – além dos próprios americanos – sejam prejudicadas e a economia local fique afetada negativamente.

O assessor econômico da Casa Branca, Jared Bernstein, no entanto, negou qualquer relação da empresa com os juros e disse na segunda-passada (31) que a possível falência iminente da empresa de transporte de caminhões não indicava um problema em toda a economia.

FONTE G1

Gigante do setor automobilístico encerra atividades após 100 anos no mercado

O pedido de falência lista ativos e passivos estimados de US$ 1 bilhão a US$ 10 bilhões, com mais de 100 mil credores. Toda indústria de transportes dos EUA está sob pressão devido ao aumento das taxas de juros e custos mais altos de combustível.

A Yellow Corp, empresa norte-americana de transporte de caminhões de quase 100 anos, entrou com pedido de falência no último domingo (6). A empresa aderiu ao Capítulo 11, regra norte-americana que permite a empresa – com dificuldades financeiras – continuar funcionando normalmente, dando-lhe um tempo para chegar a um acordo com os credores.

A Yellow, anteriormente conhecida como YRC Worldwide Inc., é uma das maiores transportadoras de cargas dos EUA. E, nos últimos anos, optou por aumentar os preços do transporte para tentar arcar com os custos ao surgir novas empresas que visavam disputar o mercado.

“É com profunda decepção que a Yellow anuncia que está fechando após quase 100 anos no mercado”, disse o CEO da Yellow, Darren Hawkins, em comunicado divulgado ao mercado. “Não é comum alguém trabalhar em uma empresa por 20, 30 ou mesmo 40 anos, mas muitos na Yellow o fizeram. Por gerações, a Yellow forneceu a centenas de milhares de americanos empregos sólidos e bem remunerados e carreiras gratificantes”.

O pedido de falência lista ativos e passivos estimados de US$ 1 bilhão a US$ 10 bilhões, com mais de 100 mil credores. A possível falência foi anunciada há algumas semanas pelo jornal Wall Street Journal.

Em 2020, sob o governo Trump, o Departamento do Tesouro Americano chegou a conceder à empresa um empréstimo de US$ 700 milhões para a era da pandemia por motivos de segurança nacional. Porém, o dinheiro não foi suficiente para arcar com as dívidas.

Os Teamsters, que representavam os 22 mil trabalhadores sindicalizados da Yellow, disseram que a empresa demitiu centenas de funcionários não sindicalizados nas últimas semanas. A empresa, com sede em Nashville, Tennessee, tinha em julho 30 mil funcionários nos Estados Unidos.

As ações do Yellow caíram mais de 40% desde quinta-feira, quando a notícia de que a companhia poderia entrar com pedido de falência começou a circular.

Fila de caminhões estacionados dentro de pátio da empresa norte-americana Yellow em foto sem data — Foto: JUSTIN SULLIVAN / GETTY IMAGES NORTH AMERICA / Getty Images via AFP
Fila de caminhões estacionados dentro de pátio da empresa norte-americana Yellow em foto sem data — Foto: JUSTIN SULLIVAN / GETTY IMAGES NORTH AMERICA / Getty Images via AFP

Economia dos EUA

Segundo especialistas entrevistados pelo New York Times, a atual situação da Yellow preocupa os investidores sobre como seguirá a economia dos EUA. Isso porque a empresa tem uma grande participação no mercado norte-americano.

Toda indústria de transportes dos EUA está sob pressão devido ao aumento das taxas de juros e custos mais altos de combustível. Há duas semanas, o Banco Central dos Estados Unidos aumentou os juros básicos em 0,25% – a maior alta em 22 anos.

Os juros americanos influenciam o mercado financeiro no mundo todo. Quando eles sobem, a tendência é que os investidores retirem recursos de outros países para aplicar nos Estados Unidos porque os títulos americanos são considerados mais seguros.

Agora, a expectativa dos especialistas é que, com a posição tomada pelo Bacen dos EUA, outras empresas – além dos próprios americanos – sejam prejudicadas e a economia local fique afetada negativamente.

O assessor econômico da Casa Branca, Jared Bernstein, no entanto, negou qualquer relação da empresa com os juros e disse na segunda-passada (31) que a possível falência iminente da empresa de transporte de caminhões não indicava um problema em toda a economia.

FONTE G1

Transportadora com 100 anos de História vai à falência e deixa mais de 20 mil caminhoneiros sem emprego

Ações da Yellow caíram até 35% no pré-mercado, revertendo parte dos ganhos da semana passada.

A Yellow, uma das maiores transportadoras dos Estados Unidos, entrou com pedido de falência e permanecerá fechada depois que os problemas financeiros de longa data da empresa de caminhões foram agravados por uma disputa com sua força de trabalho.

A transportadora listou ativos de US$ 1 bilhão a US$ 10 bilhões, e passivos na mesma faixa, em uma petição do Capítulo 11 apresentada em Delaware. O pedido dá à Yellow uma margem de manobra em relação aos credores, à medida que ela encerra seus negócios e vende seus ativos. As ações da empresa caíram até 35% no pré-mercado, revertendo parte dos ganhos da semana passada.

“É com profunda decepção que a Yellow anuncia que está fechando as portas após quase 100 anos de atividade”, disse o CEO da transportadora, Darren Hawkins, em um comunicado. “Por gerações, a Yellow proporcionou a centenas de milhares de americanos empregos sólidos e bem remunerados e carreiras gratificantes.”

A paralisação deixará os cerca de 30.000 funcionários da Yellow sem emprego, de acordo com o comunicado. A Yellow e a American Trucking Associations estão lançando um banco de dados de empregos para ajudar os funcionários a encontrar um novo trabalho, informou a empresa. A empresa também espera obter algum dinheiro novo para financiar sua liquidação e pagar salários acumulados antes da falência.

A Yellow, sediada em Nashville, notificou anteriormente as autoridades sindicais de que planejava declarar falência após encerrar suas operações, de acordo com uma declaração da International Brotherhood of Teamsters. As empresas de transporte rodoviário e outras empresas do setor de transporte foram sobrecarregadas por uma desaceleração na demanda por fretes decorrente da pandemia de Covid 19.

A Yellow é a terceira maior transportadora de carga inferior a um caminhão, o que significa que ela aceita remessas que não preenchem um trailer inteiro. A empresa tem enfrentado dificuldades financeiras, pois está enfrentando uma dívida de mais de US$ 1 bilhão que vence em 2024.

O Tesouro dos EUA concedeu à empresa um empréstimo de US$ 700 milhões para alívio da pandemia em 2020 que, desde então, está sob escrutínio. A dívida representou 95% do que foi distribuído no âmbito de um programa da Lei Cares para compensar as perdas de empresas essenciais para a segurança nacional, mas os investigadores do Congresso no ano passado concluíram que a empresa não era elegível para o empréstimo.

A Yellow enfrentou anos de estresse financeiro. A empresa evitou um pedido de falência em 2009 depois que os detentores de títulos concordaram em trocar dívidas por ações, mas teve que se reestruturar novamente em 2011.

FONTE O GLOBO

Transportadora com 100 anos de História vai à falência e deixa mais de 20 mil caminhoneiros sem emprego

Ações da Yellow caíram até 35% no pré-mercado, revertendo parte dos ganhos da semana passada.

A Yellow, uma das maiores transportadoras dos Estados Unidos, entrou com pedido de falência e permanecerá fechada depois que os problemas financeiros de longa data da empresa de caminhões foram agravados por uma disputa com sua força de trabalho.

A transportadora listou ativos de US$ 1 bilhão a US$ 10 bilhões, e passivos na mesma faixa, em uma petição do Capítulo 11 apresentada em Delaware. O pedido dá à Yellow uma margem de manobra em relação aos credores, à medida que ela encerra seus negócios e vende seus ativos. As ações da empresa caíram até 35% no pré-mercado, revertendo parte dos ganhos da semana passada.

“É com profunda decepção que a Yellow anuncia que está fechando as portas após quase 100 anos de atividade”, disse o CEO da transportadora, Darren Hawkins, em um comunicado. “Por gerações, a Yellow proporcionou a centenas de milhares de americanos empregos sólidos e bem remunerados e carreiras gratificantes.”

A paralisação deixará os cerca de 30.000 funcionários da Yellow sem emprego, de acordo com o comunicado. A Yellow e a American Trucking Associations estão lançando um banco de dados de empregos para ajudar os funcionários a encontrar um novo trabalho, informou a empresa. A empresa também espera obter algum dinheiro novo para financiar sua liquidação e pagar salários acumulados antes da falência.

A Yellow, sediada em Nashville, notificou anteriormente as autoridades sindicais de que planejava declarar falência após encerrar suas operações, de acordo com uma declaração da International Brotherhood of Teamsters. As empresas de transporte rodoviário e outras empresas do setor de transporte foram sobrecarregadas por uma desaceleração na demanda por fretes decorrente da pandemia de Covid 19.

A Yellow é a terceira maior transportadora de carga inferior a um caminhão, o que significa que ela aceita remessas que não preenchem um trailer inteiro. A empresa tem enfrentado dificuldades financeiras, pois está enfrentando uma dívida de mais de US$ 1 bilhão que vence em 2024.

O Tesouro dos EUA concedeu à empresa um empréstimo de US$ 700 milhões para alívio da pandemia em 2020 que, desde então, está sob escrutínio. A dívida representou 95% do que foi distribuído no âmbito de um programa da Lei Cares para compensar as perdas de empresas essenciais para a segurança nacional, mas os investigadores do Congresso no ano passado concluíram que a empresa não era elegível para o empréstimo.

A Yellow enfrentou anos de estresse financeiro. A empresa evitou um pedido de falência em 2009 depois que os detentores de títulos concordaram em trocar dívidas por ações, mas teve que se reestruturar novamente em 2011.

FONTE O GLOBO

Garçom mais antigo de Lafaiete e região completa 100 anos

Um centenário de vida e felicidade! Geraldo Francisco Gonçalves nasceu em 29/09/1922, na cidade de Lamim e completou 100 anos nesta quinta-feira (29). Ele é viúvo de Zenaidia Gonçalves de Jesus e o casal teve a filha Aparecida Gonçalves.
Sr. Geraldo teve 2 netos (Clayton e Clarice) e 3 bisnetos: Fernanda, Guilherme e Miguel. O aniversariante é um exemplo de vida e nobres valores cultivados e perpetuados pela família. Sr. Geraldo é aposentado como funcionário público municipal e trabalhou também durante 45 anos de sua vida como garçom free-lancer em inúmeras festas em Lafaiete e redondezas.
Com a pandemia buscou uma qualidade de vida indo morar numa chácara tendo como estilo de vida a caminhada todas as manhãs, as viagens e inseparável truco.
Sempre alegre e agradecido a Deus, quando a pandemia levou as pessoas ao isolamento ele estava chegando de um cruzeiro marítimo pela costa brasileira.
Para comemorar o aniversário fará um passeio a Maceió, Porto de galinhas e Maragogi nas próximas. Neste sábado (1º), uma grande festa de confraternização foi preparada para o estimado anfitrião, dono de uma sabedoria, humildade, fino trato, alegria e bom humor. Vida longa, Sr. Geraldo! Fé em Deus nunca faltou!

A instigante história de uma mansão abandonada há 100 anos em uma floresta

Recentemente redescoberta em gravação de drone, o local se tornou popular nas redes sociais

Em maio de 2022, uma imagem de uma misteriosa mansão de três andares, entrada de palacete – e contando até mesmo com um terraço – chamou atenção nas redes sociais por estar coberta e rodeada de uma densa floresta esverdeada. O local teve diversos locais atribuídos como sua localização em várias teorias infudadas, além de se tornar alvo dos famosos memes. 

Contudo, a ‘Moore Hall’ existe e, ao contrário do que se pensa, teve a localização confirmada, conforme revelado pela afiliada irlandesa do jornal britânico The Mirror.

Na Irlanda, o local já é conhecido há séculos, sendo identificado como Moore Hall, e compreendido como a antiga propriedade da família Moore. A residência está situada próxima ao vilarejo de Carnacon, no município de County Mayo. Entretanto, a história por trás de sua criação e o motivo do abandono chamam atenção por passagens turbulentas.

Há cerca de 100 anos, ocorria a Guerra Civil Irlandesa, mobilizada por integrantes do Exército Republicano Irlandês contra a instauração do Tratado anglo-irlandês, após um longo período como um dos territórios mais problemáticos do Reino Unido ao entrar em conflito com Inglaterra por sua independência. Sendo assim, a residência se tornou um dos alvos.

Quase derrubado

Durante o conflito histórico, a residência foi incendiada, e deixada para trás por seus moradores, que detinham o local, rodeado de uma reserva natural, desde 1792, quando o país não tinha leis específicas sobre a ocupação de locais com mata densa.

O motivo do ataque teria sido uma represália a Maurice Moore, irmão do propietário da casa, que foi classificado como pró-Tratado. Mesmo com a expulsão a força e contando com o incêndio violento, a estrutura da casa não foi abaixo, se mantendo com as características arquitetônicas até os dias atuais.

Herdeiros da família Moore ainda tinham direito ao local, mas devido ao desenvolvimento da floresta ao redor e adaptação urbana, a casa fora deixada para trás. Assim, receberam uma proposta de venda pelo Conselho Municipal de Mayo em 2018, no valor de 400 mil euros, que foi aceita com êxito.

Desde então, a administração local trabalha para restaurar o local e descreve como um ‘palácio’ mágico, agora aberto para visitas públicas.

FONTE AVENTURAS NA HISTÓRIA

Índice de preço dos alimentos atinge o maior valor em 100 anos

Guerra na Ucrânia, crise hídrica e emergência climática estão entre as principais causas do recorde histórico. Pobres, como sempre, serão os mais prejudicados

A era da comida barata acabou. Ao longo do século 20, os preços dos alimentos foram caindo na medida em que aumentava a oferta em função da maior mecanização da produção, da maior produtividade agrícola, da redução do preço do petróleo, do aumento da área de cultivo e do aperfeiçoamento dos transportes que ampliaram a globalização e o intercâmbio no mercado de commodities.

No entanto, a menor disponibilidade de combustíveis fósseis, a erosão dos solos, a crise hídrica e a emergência climática reverteram a tendência do preço dos alimentos que começaram a subir no século 21. As duas primeiras décadas do atual século apresentaram preços mais elevados do que as últimas duas décadas do século passado. Mas o que estava ruim piorou com a pandemia de covid-19 e atingiu o grau máximo de tensão com a invasão russa da Ucrânia e o estabelecimento de sanções econômicas que restringiram o comércio de bens de subsistência em decorrência da guerra.

Com isso, o índice de preço da comida atingiu, no mês de março de 2022, o maior valor em 100 anos, como pode ser visto na série do relatório “The environmental food crisis” (Unep, 2009). Este recorde histórico foi registrado na sexta-feira 8 de abril, quando a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) divulgou a atualização da série de longo prazo do Índice de Preços de Alimentos (FFPI, na sigla em inglês).

O gráfico abaixo mostra que o recorde anterior de alta do FFPI aconteceu em 1974 e 1975 (quando houve o primeiro choque do petróleo na época da guerra do Yom Kippur), sendo que a década de 1971-80 foi a que teve a maior média decenal da série, com 110,2 pontos. Nas décadas de 1980 e 1990 os preços dos alimentos caíram e marcaram os menores valores do século 20. Entretanto, a comida voltou a ficar mais cara e estabeleceu um novo patamar da série histórica. O FFPI ficou em 159,3 pontos em março, superando em muito os valores de janeiro (135,4 pontos) e fevereiro (140,7 pontos).

Todos os componentes do FFPI subiram em março, mas as maiores altas ocorreram nos subíndices de preços de óleos vegetais e cereais. O Índice de Preços de Óleos Vegetais teve uma média de 248,6 pontos em março, alta de 46,9 pontos em relação a fevereiro e um novo recorde de todos os tempos. O forte aumento do índice foi impulsionado pelos preços mais altos de girassol, palma e soja. As cotações internacionais do óleo de girassol aumentaram substancialmente em março, impulsionadas pela redução da oferta de exportação em meio ao conflito em andamento na região do Mar Negro.

O Índice de Preços de Cereais da FAO teve uma média de 170,1 pontos em março, alta de 24,9 pontos em relação a fevereiro, também marcando seu nível mais alto já registrado. Somente o subíndice de preços do arroz não seguiu a tendência geral de aumento.

O Índice de Preços de Lácteos teve média de 145,2 pontos em março, alta de 3,7 pontos em relação a fevereiro, marcando o sétimo aumento mensal consecutivo e elevando o índice 27,7 pontos acima de seu valor há um ano. O Índice de Preços da Carne teve média de 120 pontos em março, alta de 5,5 pontos em relação a fevereiro, também atingindo um recorde histórico. O Índice de Preços do Açúcar atingiu a média de 117,9 pontos em março, alta de 7,4 pontos em relação a fevereiro, revertendo a maior parte da queda dos três meses anteriores e atingindo níveis mais de 20% acima dos registrados no mês correspondente em 2021.

O impacto da guerra na Ucrânia na oferta de alimentos

A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação publicou o relatório “The importance of Ukraine and the Russian Federation for global agricultural markets and the risks associated with the current conflict”, em março de 2022, mostrando que Rússia e Ucrânia estão entre os mais importantes produtores de commodities agrícolas do mundo. Ambos os países são exportadores líquidos de produtos agrícolas e desempenham papéis de liderança nos mercados globais de alimentos e fertilizantes, onde os suprimentos exportáveis geralmente estão concentrados em alguns países. Essa concentração pode expor esses mercados a uma maior vulnerabilidade a choques e volatilidade.

Os gráficos abaixo, do site Our World in Data, com dados da FAO, mostram que Rússia e Ucrânia – juntas – foram responsáveis por mais da metade da produção global de semente de girassol (sunflower seed), mais de 20% da produção de cevada (barley) e quase 20% da produção de trigo (wheat). Em 2021, a Rússia ou a Ucrânia (ou ambas) ficaram entre os três principais exportadores globais de trigo, milho (maize/corn), canola (rapeseed), semente de girassol e óleo de girassol, enquanto a Rússia também se destacou como o maior exportador mundial de fertilizantes nitrogenados e o segundo líder fornecedor de fertilizantes potássicos e fosforosos.

Desta forma, a invasão russa da Ucrânia prejudicou a produção agrícola, reduzindo a oferta global de alimentos, uma vez que Ucrânia e Rússia somavam 29% das exportações globais de trigo, 19% de milho e 80% de óleo de girassol. Mas a Rússia também exporta insumos e nutrientes agrícolas, como o gás natural que é fundamental para a produção de fertilizantes à base de nitrogênio. Cerca de 25% do suprimento europeu dos principais nutrientes das culturas, nitrogênio, potássio e fosfato, são oriundos da Rússia. Portanto, enquanto durar a guerra haverá uma elevação conjuntural do preço dos alimentos, agravando a tendência estrutural de aumento do custo da produção dos bens de subsistência.

Aumento de preço de alimentos prejudica as parcelas mais pobres da população

O alto crescimento demográfico global e as práticas agropecuárias insustentáveis estão por trás do aumento de preço de alimentos. O Relatório da FAO, “The state of the world’s land and water resources for food and agriculture” (Solaw 2021), fornece uma atualização da base de conhecimento sobre a produção agrícola e apresenta um conjunto de respostas e ações para informar os tomadores de decisão nos setores público e privado.

O relatório Solaw 2021 mostra que as pressões humanas sobre os sistemas de terra, solo e a água doce estão se intensificando, justamente quando estão sendo levadas ao seu limite produtivo. Os impactos das mudanças climáticas já estão restringindo as produções de sequeiro e de irrigada.

O aumento de preço de alimentos é um reflexo da incompatibilidade cada vez maior entre o crescimento da economia e o meio ambiente. Os consumidores pobres, especialmente aqueles dos países de baixa renda, gastam proporcionalmente mais do orçamento familiar em alimentos e são mais afetados quando os preços sobem.

O artigo “War-Fueled surge in food prices to hit poorer nations hardest” (IMF, 16/03/2022) mostra que o preço das commodities alimentícias subiram 23,1% em 2021, o ritmo mais rápido em mais de uma década. O índice de fevereiro foi a mais alto desde 1961 e os preços globais dos alimentos continuaram subindo com a guerra na Ucrânia, colocando o fardo mais pesado sobre as populações mais vulneráveis, ao mesmo tempo em que dificultam a recuperação econômica global.

O gráfico abaixo mostra que o choque de preços terá impacto em todo o mundo, especialmente nas famílias pobres para as quais a alimentação representa uma parcela maior das despesas domésticas. Desta maneira, os custos dos alimentos representam 17% dos gastos do consumidor nas economias avançadas, mas 40% na África Subsaariana. Os pobres dos países pobres vão ser mais impactados.

O artigo também mostra que as diferenças na dieta são significativas. Na Europa, onde o pão está profundamente enraizado em muitos aspectos de sua cultura, o trigo compõe cerca de um quarto das dietas. No Sudeste Asiático, o trigo representa apenas 7%, contra 42% do arroz, para o qual os aumentos de preços até agora foram relativamente contidos. As médias em nível de país, no entanto, mascaram diferenças substanciais dentro das nações, pois as famílias pobres tendem a comer mais cereais, mas menos carne, legumes e frutas em comparação com as famílias de renda média.

Adicionalmente, a interrupção das exportações terá maior impacto para os países com laços comerciais estreitos com Rússia e Ucrânia, inclusive na Europa Oriental, Cáucaso e Ásia Central. Os altos preços do trigo pesarão ainda mais nas economias de Oriente Médio e Norte da África, como o Egito, que dependem especialmente das exportações russas. Olhando para o futuro, a redução do fornecimento de fertilizantes e os preços mais altos do petróleo aumentarão os custos de colheita, transporte e processamento de alimentos.

Inflação, preço dos alimentos e insegurança alimentar no Brasil

O Brasil é um dos países mais impactados pelo aumento do preço da energia e dos alimentos. O reflexo é sentido imediatamente na inflação e na carestia. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, acelerou para 1,62% em março, maior valor para o mês em 28 anos. Em 12 meses, a taxa atingiu 11,3%, bem acima da meta do Banco Central. E o pior é que isto acontece no momento em que a renda média dos brasileiros caiu e atingiu o valor mensal de R$ 1.378, o menor rendimento domiciliar per capita em dez anos, segundo o IBGE.

O mais grave é que tudo isto ocorre quando existe uma reversão do quadro de redução da fome no Brasil. Depois de recuar significativamente até meados da década passada, a insegurança alimentar voltou a crescer no país. O Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19 no Brasil, desenvolvido pela Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar (Rede Penssan), mostra que houve um retrocesso acentuado nos últimos anos, conforme o gráfico abaixo. Em 2013 a insegurança alimentar estava em 12,6% e passou para 34,7% em 2020. O total de brasileiros vivendo em situação de fome saltou de 10,3 milhões para 19,1 milhões de pessoas.

Desde os tempos bíblicos, como nas dez pragas do Egito, a fome é geradora de mobilizações populares. A Revolução Francesa começou com o aumento do preço do pãozinho (e pela falta de brioche). Estudos do Instituto NECSI (New England Complex Systems Institute) mostram que existe uma alta correlação entre o preço do petróleo e o preço dos alimentos, assim como uma forte correlação entre o aumento do preço dos alimentos e a ocorrência de protestos em todo o mundo, como ocorreu na Primavera Árabe. Na atual onda de carestia, o aumento do preço dos combustíveis e da comida motivou protestos no Peru desde o dia 28 de março, que culminaram com o decreto de Estado de Emergência, assinado pelo presidente Pedro Castillo na terça-feira, dia 5 de abril de 2022.

Nenhum país é uma ilha isolada. O mundo está cada vez mais interconectado. A aproximação do pico do petróleo, o agravamento dos problemas ambientais (erosão dos solos, crise hídrica etc.) e a emergência climática estão transformando a fome em uma questão candente, urgente e global. Certamente estes temas estarão presentes no debate eleitoral que vai ocorrer no ano dos 200 anos da Independência do Brasil.

FONTE PROJETO COLABORA

100 anos de Helena dos Santos, compositora de sucessos de Roberto Carlos e nascida em Lafaiete (MG)

Mineira de Conselheiro Lafaiete, ela enfrentou uma vida de provações e decidiu procurar o Rei para mostrar suas canções após ficar viúva com seis filhos

Mulher, negra, pobre e analfabeta, Helena dos Santos era a cara do Brasil, o que não a impediu de conhecer o Rei do seu país. Esse encontro fatídico, no entanto, aconteceu muito depois. Nascida há cem anos, em Conselheiro Lafaiete, no interior de Minas Gerais, Helena teve uma vida de provações. Perdeu a mãe ainda criança e a madrasta, com quem o pai se casou na sequência, a maltratava cotidianamente. Logo que surgiu a oportunidade, mudou-se com a irmã e o cunhado para o Rio de Janeiro, aos doze anos de idade. Lá, ela se empregou em uma fábrica de tecidos, e aprendeu a costurar. 

Ao sofrer um acidente de trem, enfrentou dois anos impedida de exercer suas funções, o que prejudicou as já precárias condições econômicas. A solução encontrada foi trabalhar como doméstica nas casas de madames. Com dezessete anos, desposou Lauro de Oliveira, vindo de Cabo Frio, antigo colega da fábrica de tecelagem. Do casamento vieram seis filhos, mas, quando estava grávida do último, Helena perdeu o marido e a vida perdeu novamente o sentido. Para sobreviver, passava noites em claro costurando, enquanto as manhãs e as tardes eram dedicadas ao trabalho de faxina para suster os filhos. 

Em Conselheiro Lafaiete, Helena estudou só até o primeiro, mas o marido a ensinou a escrever por meio de rimas e composições. Com a Jovem Guarda a todo vapor nos anos 1960, comandada por Roberto, Erasmo e Wanderléa, Helena decidiu arriscar uma canção naquele ritmo despojado e alegre, que embalava a juventude com calças boca-de-sino e gírias descoladas. Munida da letra de “Na Lua Não Há” nas mãos, ela se dirigiu ao suntuoso prédio da Rádio Nacional, no centro do Rio, e batalhou até conseguir se encontrar com o Rei. Roberto Carlos não só a recebeu como aprovou a canção para o seu novo LP. 

Assim, o ano de 1963 marcou a estreia em disco de Roberto com “Splish Splash”, e a de Helena dos Santos como compositora. A parceria não parou por aí. Helena tornou-se uma espécie de confidente do Rei, para quem escreveu mais de dez sucessos, dentre eles “Meu Grande Bem” (1964), “Como É Bom Saber” (1965), “Esperando Você” (1966), “Fiquei Tão Triste” (1967), “Do Outro Lado da Cidade” (1969), e outros, percorrendo as décadas de 60, 70 e 80, o que a permitiu viver dos direitos autorais obtidos pelas canções. Ela então se mudou para um apartamento no Horto Florestal e, depois, no bairro Bangu. 

Em 1970, Helena lançou o livro “O Rei e Eu”, publicado, em capítulos, pela revista Contigo, ao modo das fotonovelas de antigamente, em que detalhava a relação com Roberto. Helena morreu em 2005, aos 83 anos, e merece estar no mesmo panteão de mulheres negras de fibra como Carolina de Jesus, Conceição Evaristo, Marielle Franco, Clementina de Jesus e Dona Ivone Lara. 

FONTE ITATIAIA

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