Durante a operação foram confiscados 49,5kg de carne. Um homem foi preso em flagrante
Um homem de 25 anos foi preso em flagrante por supostos delitos ligados às relações de consumo. A operação, batizada de “Carnificina”, foi deflagrada pela Polícia Civil nesta terça-feira (19), no litoral sul do Rio Grande do Sul.
O desencadeamento desta operação teve origem a partir de uma denúncia sobre atividades suspeitas de abate de cães na região de Rio Grande.
O estabelecimento em questão, um açougue, foi fechado pela Vigilância Sanitária, devido à constatação de precárias condições de higiene. Adicionalmente, durante a ação, foram confiscados 49,5kg de carne, que posteriormente foram descartados.
A ofensiva envolveu a atuação conjunta da Prefeitura Municipal, com as equipes da Vigilância Sanitária e da Secretaria Municipal de Segurança responsáveis por fiscalizar os regulamentos municipais.
No início de dezembro, a região vai ganhar um empreendimento que mudará de padrão e de patamar a saúde pública com reflexos diretos na preservação ambiental.
A planta do industrial frigorífico, totalmente sustentável, situa-se às margens da MG 030, em Congonhas, rodovia que liga a BR 040 a Ouro Branco, e está em fase de final de edificação e instalação de equipamento.
Os empreendedores mantêm laços familiares ligados a Belo Vale e Congonhas e são oriundos do ramo empresarial.
Após venceram a concorrência pública da Prefeitura de Congonhas para exploração do serviço por 20 anos, eles iniciaram a obra.
Com o funcionamento do frigorífico encerra-se o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), assinado entre o Município e o Ministério Público, pondo fim ao abate clandestino de animais para o consumo com risco diretos a saúde humana e propagação de doenças.
Qualidade de vida
O frigorífico “Ponto Nobre” funcionará dentro das normas ambientais, sanitárias e de abate humanitário. Toda a cadeia produtiva preza pela preservação ambiental, totalmente sustentável. Os efluentes serão tratados Estação de Tratamento própria e de biodigestor de alta tecnologia produzirá energia para a calderaria do empreendimento como também matéria prima para fertilizantes e gel fertilizantes (usado na produção hortaliças hidropônica).
Os subprodutos dos animais serão reaproveitados e vendidos aos segmentos especializados ligados ao setor. O sangue será comercializado para produção de farinha e ração animal. Os cascos e chifre vão para o setor pet.
Das patas extrai-se mocotó comestível, óleo de mocotó para lubrificantes aeronáuticos. Das canelas é obtida gelatina para sorvetes, filmes de raio X, líquidos para extintores e resíduos para fertilizantes, também, pentes e botões.
Com o reaproveitamento dos bovinos os empreendedores podem realinhar a taxa de cobrança pelo abate aos açougueiros.
A meta dos empreendedores é atingir mais de 20 cidades da região com capacidade de abate diário de 200 bovinos e 400 suínos, voltado diretamente aos donos de açougues.
O empreendimento já conta com o a Licença de Operação da Prefeitura e Congonhas e passará pela fiscalização do Consórcio Público de Desenvolvimento do Alto Paraopeba (CODAP) para emissão do SIR (Selo Inspeção Regional), última etapa antes do pleno funcionamento.
Um veterinário do órgão fiscalizará e atestará a qualidade dos animais para o abate. Nesta fase, o frigorífico vai gerar 50 empregos diretos e contratação será via Sine.
Importância
As importâncias econômica, social e ambiental decorrentes da implantação do frigorífico foram destacadas. “Com ele em funcionamento, haverá uma melhoria significativa na qualidade e na quantidade do rebanho. Outro destaque é no quesito segurança alimentar, onde o abate é fiscalizado e inspecionado pela segurança alimentar, oferecendo ao comércio uma carne com qualidade garantida”, pontuaram os empreendedores, acrescentando a importância ambiental, pois os resíduos do abate serão regularmente tratados e acondicionados.
“Ganham as empresas, a economia e, sobretudo, a sociedade, considerando o significado do respeito ao meio ambiente e ao crescimento sustentável”, concluíram. Os empreendedores apostam no potencial econômico da região e vislumbrando novas investimentos para o frigorífico nos próximos anos e preparam uma campanha de conscientização juntos as autoridades para o consumo de carne com qualidade. “Acabou a época do abate clandestino e temos que zelar pela nossa saúde”.
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