Endividada, Viação Presidente admite o colapso do transporte público e diz que não tem como colocar ônibus extra para evitar aglomeração

O cenário é de terra arrasada ou de uma tragédia anunciada. Assim pode se interpretar a situação financeira da Viação Presidente, de acordo com as declarações do diretor da empresa, Luiz Carlos Beato. Ontem (7) ele esteve, a convite dos vereadores, para explicar as constantes denúncias de aglomerações nos coletivos.

Representantes da Viação Presidente discutiu aglomerações em ônibus / CORREIO DE MINAS

Foram quase 2 horas, em que o executivo lamentou a caótica situação da empresa e admitiu que haverá um colapso do transporte público. Para ele, uma das alternativas, conforme já apresentado ao Prefeito Mário Marcus (DEM) a isenção do ISS a isenção do ISSQN por um período de 12 meses, a contar de 01/03/2020, ou outra alternativa que possa auxiliar a empresa nos compromissos básicos. Luiz Carlos reclamou da morosidade da prefeitura em atender o pedido da empresa e pediu apoio aos vereadores. “Diversos cidades já fizeram isso”,justificou, citando por exemplo Itabirito.
A grave situação financeira se agravou com a pandemia. A empresa opera com 30% do número de passageiros e faturamento médio mensal caiu de R$1,5 milhão para em torno de R$650 mil. Em tom dramático, Luiz Carlos comentou que pediu a supermercado a compra adiantada de passe para efetuar a compra de óleo diesel. A empresa está inadimplente em cerca de R$900 mil com diversos fornecedores. “Se não fosse esse adiantamento, não teria como abastecer hoje os ônibus”, assinalou.
Segundo ele, para não aprofundar a crise ou levar a empresa a falência, o proprietário vem injetando recursos para minimizar a saúde financeira da Viação Presidente.

 

Superlotação
Ao ser questionado pelo Vereador André Menezes (PP), autor do requerimento sobre a ida da Presidente a Câmara, sobre as constantes denúncias de descumprimento de normas sanitárias, como a superlotação em veículos, Luiz Carlos sintetizou que a empresa não tem condições de colocar ônibus extra nos horários de pico, diante da gravidade da crise financeira. A Viação Presidente já recebeu ao menos 3 notificações pela situação irregular. “O usuário não pode ser penalizado pela gestão da empresa. Vocês venderam uma ilusão, quando os novos proprietários assumiram a Presidente, de que seria um novo momento para o transporte público. Mas não foi o que ocorreu. As aglomerações permanecem e colocam em risco a população. Isso não pode permanecer e podemos acionar o Ministério Público”, pontuou.
Questionado, Luiz informou que os ônibus são higienizados duas vezes  e uma vez por fora ao dia e que a empresa disponibiliza álcool gel aos passageiros.
Luiz Carlos reconheceu que a empresa presta um péssimo serviço, mas salientou que a empresa está perto da falência caso não seja socorrida. “Precisamos de apoio, caso contrário estamos perto do colapso”, afirmou.  Ele voltou a criticar o excesso de gratuidade. Somente em junho foram 2.531 idosos usando o transporte público.

O Secretário de Defesa Social e Presidente do Conselho Municipal de Transporte, Rolf Ferraz, admitiu que a empresa ainda opera na cidade graças a credibilidade do diretor Luiz Carlos Beato.

Entre Rios: aglomerações obrigam prefeitura a fechar bares e restaurantes

A partir desta quinta-feira, 11 de junho, o funcionamento de bares está proibido em Entre Rios de Minas. O decreto foi estabelecido considerando que as atividades dos bares têm causado aglomerações de pessoas no seu interior e que houve um crescimento de 21% nas notificações suspeitas de coronavírus no município.

Os bares só poderão funcionar no sistema de entrega ou delivery, mantendo as portas fechadas. Os proprietários ou representantes destes estabelecimentos são responsáveis por qualquer tipo de aglomeração na parte externa de seu estabelecimento para consumação de produtos, devendo dispersá-los.

Clique aqui e leia o decreto na íntegra.

Mesmo em tempo de isolamento social, Lafaiete retoma sua vida normal sem qualquer fiscalização e até grande lojas estão abertas

Quem percorreu nos últimos dias a área central de Lafaiete, percebe que a taxa de isolamento está muito baixa. Os estacionamentos nas principais ruas estão tomados de carros. Hoje (5) flagramos diversos agentes da concessionária do rotativo digital em pleno trabalho.

Nossa reportagem flagrou diversas aglomerações inclusive em frente ao banco Itau / DIVULGAÇÃO

Além do grande fluxo de pessoas, as aglomerações acontecem na maioria dos bancos e outros órgãos públicos como a Receita Federal. A Caixa é um caso a parte diante da gigantesca demanda pelo Auxílio Emergencial transformando o centro em um formigueiro. O distanciamento social ficou nas primeiras semanas quando a pandemia assustou o mundo.
A cidade aos poucos, mesmo diante de decretos que obrigam o fechamento de lojas e comércios não essenciais, volta timidamente e em pleno silêncio tácito dos órgãos competentes.
No centro, grandes lojas funcionam com uma pequena porta de entrada para atender clientes. Um internauta questionou: “como a Lojas Americanas funcionam com todas as suas portas e o restante do comércio não tem a mesma igualdade de tratamento e são obrigados a manter fechados sob a clausura de um decreto?
Pela cidade afora, são inúmeros relatos e vídeos espalhados pelas redes sociais de aglomerações, festas em apartamentos e casas.
Fica a pergunta no ar: quem fiscaliza?

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