70% dos brasileiros ignoram que Cerrado é fonte nacional de água

E 3 em cada 10 sequer sabem que lá tem água. Esses e outros resultados reforçam uma nova campanha para salvar o bioma.

O Cerrado abriga rica biodiversidade, populações e produção urbanas e rurais, povos indígenas e tradicionais. Seu ritmo atual de desmate, de alarmantes 11 mil km2 entre 2022 e 2023, reduzirá também a oferta de água. Afinal, o bioma ajuda a manter 8 bacias hidrográficas no país.

Isso lhe rendeu a merecida alcunha de “berço das águas do Brasil”, difundida por ongs, governos, academia e setor privado. Alheia à realidade, 70% da população desconhece esse papel estratégico natural do Cerrado. Mais preocupante, 3 em cada 10 brasileiros sequer sabem que o bioma tem água.

A revelação é de uma pesquisa feita em novembro passado com 2 mil brasileiros para a campanha Sou Cerrado, que pretende despertar o país para conhecer, valorizar e salvar o bioma, alvo de recordes históricos de devastação, pela agropecuária.

Outros achados foram de que 23% dos brasileiros são capazes de descrever o clima do Cerrado e de que 64% deles acreditam que a Amazônia está sendo mais desmatada que o bioma. A pesquisa completa pode ser acessada aqui.

 

FONTE O ECO

Águas: Assim as privatizações vão para o ralo…

Parlamento inglês estuda reestatização da Thames Water, maior empresa de saneamento do país, que, mesmo afundada em dívidas, propõe aumentar as tarifas em 40% para preservar lucros dos acionistas.

Na semana passada, em face da crise vivida pela empresa, Sarah Olney, parlamentar do Partido Liberal Democrata inglês, propôs que o Parlamento britânico discuta a alternativa de reestatizar a Thames Water, a maior empresa privada de saneamento básico da Grã-Bretanha que atende 16 milhões de clientes em Londres e no sudeste de Inglaterra.

A empresa vem fazendo lobby junto ao governo e aos reguladores para aumentar as suas contas em 40% até 2030, para adiar investimentos e para ter reduzidas suas multas por infrações que cometeu. Ao mesmo tempo pede autorização para continuar pagando dividendos aos seus acionistas. A empresa busca evitar uma intervenção do governo, na qual sua direção seria assumida por administradores especiais nomeados pelo judiciário, informou o Financial Times.

Em dezembro passado, a controladora da Thames Water, Kemble Water Holdings, foi notificada pelos seus auditores que poderia sofrer um colapso do caixa até abril se os acionistas não injetassem mais fundos na empresa. Sinalizando a gravidade da situação, na última semana um grupo de credores da controladora da Thames Water buscou apoio de consultores antes do vencimento de uma dívida de £ 190 milhões ao final de abril.

Thames Water fora do esforço contra a poluição por esgotos

Em 10 de março último, a Thames Water anunciou que não vai participar de plano de combate ao controle da extravasão de esgoto. A Thames se recusa a participar de um plano de investimento de 180 milhões de libras (R$ 1,14 bilhão) envolvendo vários prestadores privados para acelerar os esforços de redução da poluição das águas superficiais inglesas.

O governo afirmou que a quantia seria gasta por seis empresas nos próximos 12 meses para evitar mais de 8 mil extravasões de esgoto bruto, enquanto as empresas de água tentam resolver seu lamentável histórico no combate a estas extravasões.

A Thames Water, que tem uma dívida de 14 bilhões de libras (R$ 88,2 bilhões!), não participará da iniciativa, mas afirma que planeja investir 18,7 bilhões de libras (R$ 117,8 bilhões) entre 2025 e 2030. No entanto, na atual conjuntura não consegue acelerar o seu investimento, apesar do pedido do governo.

Os problemas de desempenho da Thames Water não se restringem à poluição por esgotos. Em fevereiro passado, a empresa divulgou que prevê mais perdas por vazamentos nos próximos dois anos do que o projetado originalmente.

A opinião pública está cada vez mais indignada com a insuficiência do investimento na infraestrutura dos serviços. Isso, no caso da Thames Water, é mais difícil de aceitar, tendo em vista o montante dos dividendos que pagou aos seus acionistas que atingiu um total de 7,2 bilhões de libras (R$ 45,3 bilhões) de 1990 a 2023. (ver gráfico a seguir publicado pelo Guardian), valor que corresponde a mais de 50% da dívida da empresa.

Thames Water: pagamentos de dividendos totalizam £ 7,2 bilhões em 33 anos

Enganando os usuários

Em 11 de março, a Thames Water foi acusada de “enganar” os usuários dos seus serviços clientes depois de informar que apenas alguns centavos de cada libra gasta em suas contas são pagos aos seus credores.

A Thames estava escondendo o verdadeiro custo de sua enorme dívida de £ 14 bilhões: uma análise do Guardian descobriu que a empresa gastou em média quase 28% de suas receitas anuais no serviço de suas dívidas entre 2018 e 2023.

O fato é que a Thames Water está indo pelo ralo e a chance de ocorrer uma renacionalização temporária ou definitiva da prestação dos serviços é cada vez mais concreta. Mas a pergunta que não quer calar é: quem vai ficar com o mico? Ou melhor, os contribuintes vão pagar as contas do desastre desta privatização?

 

FONTE AEPET

Deputados vão visitar comunidades abastecidas com caminhão pipa pela escassez de água provocada pela fábrica da Coca-Cola

Comunidades de Suzano e Campinho estariam usando caminhão-pipa porque fábrica da Coca-Cola teria reduzido cursos d´água.

Nesta segunda-feira (8/4/24), a Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG)  visita duas comunidades de Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), para verificar as condições de abastecimento de água potável. São elas Suzano e Campinho.

Os moradores estariam dependendo de caminhão-pipa porque a exploração do aquífero Cauê pela Coca-Cola teria afetado a vazão de água, prejudicando o abastecimento. A ida às comunidades para verificar a situação foi pedida pelas deputadas Beatriz Cerqueira (PT) e Bella Gonçalves (Psol) e terá início às 9h30, com ponto de encontro na Rua Hum, 740, Comunidade Campinho.

A visita técnica desta segunda (8) é um desdobramento de visita anterior, realizada em outubro do ano passado também a pedido das duas deputadas, para verificar como estava a preservação ambiental do Monumento Natural Estadual Serra da Moeda em função da mineração.

A serra abrange além de Moeda também municípios como Brumadinho e Itabirito e na ocasisão participantes criticaram autorizações dadas a empreedimentos que demandam grande volume de água da região, mencionando entre eles a fábrica de bebidas Coca-Cola Femsa, em Itabirito.

Presentes à visita ainda destacaram que nascentes situadas na Serra da Moeda contribuem para o volume de córregos que abastecem a RMBH, mas que têm perdido sua vazão, incluindo cursos d´água que desaguam no Rio Paraopeba, que abastece os principais reservatórios da área metropolitana, incluindo Brumadinho.

As comunidades que vamos visitar têm sobrevivido à base de caminhões-pipa e outras soluções precárias e caras para a população, o que tem dificultado a vida, a economia e a agricultura nesses territórios. Discutir as medidas reparatórias para o acesso à água, assim como o cumprimento da previsão de universalização do saneamento feita pela Vale junto com a Copasa, são pontos centrais”.
Dep. Bella Gonçalves

Para esta nova visita foram convidados representantes da Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Brumadinho, da direção do Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam), do Serviço Geológico do Brasil e do Ministério Público.

A fábrica da Coca-Cola em questão foi instalada em 2015 e, desde então, entidades ambientais e organizações não governamentais vêem alegando que poços perfurados para abastecer a fábrica extraem água do aquífero Cauê, resultando em problemas no abastecimento para comunidades.

 

FONTE ALMG

Em crise climática, Maldivas recebe 1 milhão de garrafas de água da China

O Ministério das Relações Exteriores das Maldivas informou que a água foi um presente

China enviou mais de 1 milhão de garrafas de água de geleiras tibetanas para as Maldivas. O País sofre com as mudanças climáticas e está cada vez mais dependente das usinas de dessalinização.

  • O Ministério das Relações Exteriores das Maldivas informou que a água foi um presente de Yan Jinhai, presidente da Região Autônoma de Xizang, ou Tibete, que fica a 3.385 quilômetros de distância, em uma das cadeias montanhosas mais altas do mundo.

  • A água mineral, transportada em 90 contêineres, chegou na semana passada ao país insular e foi descarregada na capital, Malé, segundo a autoridade portuária.

    “O presidente da Região Autônoma de Xizang anunciou o desejo de doar 1.500 toneladas de água potável (…) durante a visita oficial ao país em novembro”, afirmou o ministério das Maldivas em um comunicado.

    A pasta das Relações Exteriores rebateu as versões que circulam nas redes sociais de que a água teria sido enviada para o consumo do presidente Mohamed Muizzu, que chegou ao poder no ano passado com uma plataforma pró-China e anti-Índia.

    “O governo das Maldivas decidiu utilizar a água para dar assistência às ilhas em caso de escassez de água”, afirmou o ministério.

    Nível do mar

    O arquipélago do Oceano Índico está na linha de frente das mudanças climáticas. Com o aumento do nível, o mar invade seu território e afeta as fontes de água potável.

    O Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) da ONU alertou em 2017 que, se o nível do mar aumentasse entre 18 e 59 centímetros, as Maldivas seriam praticamente inabitáveis no final do século.

    Conhecida por suas praias de areia branca e pelo turismo de luxo, as Maldivas ocupam uma posição estratégica nas rotas comerciais leste-oeste.

    *Com informações de agências internacionais e AFP

 

FONTE TERRA

Garrafa de água pode ter 40 mil vezes mais bactérias do que vaso sanitário; como limpar?

Objeto ainda supera pia de cozinha e mouse de computador no número de bactérias

Todos os tipos de vírus e bactérias vivem nas superfícies que temos contato no nosso cotidiano. Nem todos são prejudiciais, mas alguns germes podem deixar você muito doente. Para entender esses perigos, a WaterFilterGuru investigou um item que muitas pessoas carregam o dia todo: a garrafa de água.

Um estudo conduzido pela empresa concluiu que em apenas uma garrafinha pode haver 40 mil vezes mais micróbios do que em um vaso sanitário. As tampas com bico ou de rosca continham o maior número de bactérias de todas as garrafas de água, com 30 milhões de UFC (unidade de formação de colônias) cada.

As garrafas de água ainda apresentaram duas vezes mais germes do que uma pia de cozinha, mais sujas do que uma tigela para animais de estimação e a superfície de um mouse de computador.

Como higienizar a garrafinha de água?

Em entrevista anterior ao Terra, o biomédico de microbiotécnica Roberto Martins Figueiredo, o Dr. Bactéria, sugeriu a limpeza diária da garrafa de água com o auxílio de detergente e um modelo de escova comumente usado para limpar mamadeiras. E fez um alerta: se você passar mais de 5 dias sem lavar a garrafa, ela vai acumular uma quantidade de bactérias acima do que o recipiente de água de um cão — assim como apontou o estudo da WaterFilterGuru.

Além da limpeza diária, Dr. Bactéria também sugeriu uma limpeza mensal mais profunda. “Uma vez por mês, você enche até a boca de água, coloca uma colherzinha de chá com bicarbonato e deixa da noite para o dia. No dia seguinte é só enxaguar e está pronta.”

 

FONTE TERRA

Sete em cada 10 brasileiros acham que água é um bem pouco cuidado

Pesquisa mostra que população está preocupada com falta de água

A maioria da população brasileira tem uma avaliação negativa sobre o cuidado da água disponível no país. Uma Pesquisa da The Nature Conservancy (TNC) Brasil mostra que 73% dos brasileiros acreditam consideram a água um recurso natural muito utilizado e pouco cuidado. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (22), que é o Dia Mundial da Água.

A pesquisa A Percepção dos Brasileiros sobre Segurança Hídrica, feita pela The Nature Conservancy Brasil com o apoio técnico do Instituto Ipsos, aponta que 58% da população brasileira está muito preocupada com a falta de água. O consumo excessivo ou desperdício são vistos como os principais responsáveis por este problema na visão de 27% dos entrevistados e as mudanças climáticas aparecem em segundo lugar (21%).

Entre os entrevistados, pessoas menos escolarizadas atribuem mais a falta de água à escassez de chuvas, enquanto mais escolarizados enfatizam os problemas de gestão. Além disso, 68% da população acredita que evitar o desperdício seja a principal medida que as empresas devem adotar para proteger as nascentes e as bacias hidrográficas.

O objetivo da pesquisa é identificar o quanto a população brasileira entende a importância da conservação da natureza para garantir a proteção das nascentes e dos rios para a segurança hídrica, o desenvolvimento econômico e o bem-estar social.

O levantamento foi realizado pela Ipsos a pedido da The Nature Conservancy Brasil. Foram ouvidas 1.499 pessoas, homens e mulheres maiores de 18 anos das classes ABCDE, de todas as regiões do país, entre os dias 8 e 15 de fevereiro deste ano com uma margem de erro de 2,5 pontos percentuais.

Meio ambiente

Os brasileiros também classificam o meio ambiente como uma atenção prioritária, sendo que dentre questões como por exemplo queimadas, desmatamento, poluição do ar e descarte incorreto do lixo, os eventos climáticos extremos relacionados à água como secas e enchentes são o principal ponto de preocupação, levantado por 83% dos entrevistados.

O estudo apontou que as populações menos favorecidas indicam menor associação entre problemas ambientais e mudanças climáticas, enquanto os mais privilegiados têm um entendimento mais amplo.

Soluções

A recuperação florestal foi apontada por 45% dos ouvidos como medida mais indicada para garantir a segurança das águas, ficando atrás apenas da fiscalização das leis (53%) e dos programas de educação ambiental (50%).

A gestão integrada dos recursos hídricos entre governos, sociedade civil e empresas é apontada por 43% dos entrevistados como as principais medidas para garantir a segurança hídrica, identificando a necessidade da colaboração para o desenvolvimento de soluções mais ágeis e eficazes.

Por outro lado, 70% da população entrevistada nunca ouviu falar sobre os comitês de Bacia Hidrográfica. Entre os que conhecem os comitês, 42% não sabem qual é o seu trabalho. Atualmente existem mais de 230 comitês de bacias instituídos no país, sendo responsáveis por promover uma gestão descentralizada em esforços para aprimorar a qualidade da água.

 

FONTE AGÊNCIA BRASIL

Cidades do Bacia do Rio Piranga (MG) vão receber mais de R$ 27 milhões em saneamento básico e aumento de água

73,7% dos municípios da bacia do Rio Piranga coletam esgoto, mas não tratam

Em comemoração ao Dia Mundial da Água, celebrado no dia 22 de março, o Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Piranga anuncia o lançamento de mais uma fase do edital de Chamamento da Iniciativa Protratar Projetos e Obras, que irá disponibilizar mais de R$ 13 milhões para que cidades contempladas na Bacia do Rio Piranga possam incrementar seus serviços de saneamento e abastecimento de água.

O edital será aberto no dia 25 de março e será voltado a municípios inseridos na Bacia Hidrográfica do Rio Piranga, nos quais a prestação dos serviços públicos de esgotamento sanitário e/ou de  abastecimento de água potável seja realizada pela administração direta municipal (departamentos ou secretarias), ou pela administração indireta (autarquia ou empresa pública municipal), ou, ainda, por consórcios públicos intermunicipais (multifinalitários e/ou de saneamento, com natureza jurídica de direito público, inseridos na bacia do Rio Piranga).

A previsão é de que o CBH Piranga destine R$1,2 milhões em projetos de Sistemas de Abastecimento de Água (SAS); R$2,5 milhões em projetos de Sistemas de Esgotamento Sanitário (SES) e cerca de R$10 milhões para execução das obras por meio do edital.

Saneamento Básico: Investimentos para um futuro mais sustentável 

Os investimentos aplicados na bacia são planejados a partir do Plano Diretor de Recursos Hídricos (PDRH), instrumento elaborado em 2010 e revisado em 2023, que compreende um verdadeiro diagnóstico ambiental da região. O plano aponta que o saneamento básico ainda é um dos principais gargalos na região.

De acordo com o PDRH, 73,7% dos municípios da bacia do Rio Piranga coletam esgoto, mas não tratam. 14,3% não coletam e nem tratam. Apenas 5,9% dos municípios coletam e direcionam o efluente para as Estações de Tratamento de Esgoto (ETE).

Para minimizar e reverter a situação, o comitê já investiu cerca de R$ 2 milhões, oriundos de recursos da cobrança pelo uso da água, em ações voltadas à melhoria do Saneamento Básico e Abastecimento de Água nos municípios pertencentes à bacia, por meio do Protratar Projetos. “Acreditamos que o aprimoramento dos serviços ligados ao saneamento básico reflete direta e indiretamente na qualidade da água dos nossos rios. Por isso, é necessário investir continuamente em ações de melhoria da situação ambiental da bacia. O Dia Mundial da Água nos traz a reflexão sobre o que estamos fazendo em prol desse objetivo”, afirmou o presidente do CBH Piranga, Carlos Eduardo Silva.

Mais de 14 milhões serão desembolsados para a Iniciativa Rio Vivo

O CBH Piranga também investe na execução de ações nos mananciais de abastecimento para minimizar os impactos causados pela degradação do solo e desmatamento.

Destaque para a iniciativa Rio Vivo, que reúne os programas de controle das atividades geradoras de sedimentos, recomposição de APPs e nascentes e de expansão do saneamento rural.  Até o momento, mais de 210 nascentes foram cercadas nos municípios de Amparo do Serra, Oratórios, Piranga e Ponte Nova.

Mais de R$ 1 milhão já foi aplicado para a execução das ações. Até o final de 2025, a expectativa é desembolsar mais de 14 milhões para a realização do programa. 

A maior parte das nascentes fica localizada na zona rural, na qual 20% da população da bacia do Rio Doce reside.  É o caso do André Luiz, produtor rural do município de Ponte Nova. “O cercamento aumentou a quantidade de água na minha propriedade. Antes, o gado entrava e prejudicava o curso da água, tinha que colocar cercas, mas não era bem feito. Depois que o Rio Vivo chegou, o serviço ficou melhor. Até os pés de bananeira começaram a brotar mais rápido. Sem água, a nossa terra não é nada”, afirma.

Chega ao mercado primeira água mineral do mundo em garrafa de alumínio

Chega ao mercado primeira água mineral do mundo em garrafa de alumínio

A startup Spa Água Mineral acaba de lançar no mercado brasileiro Spa Mineral, água mineral alcalina bicarbonatada em embalagem de alumínio. O lançamento, inédito no mundo, exalta as características da embalagem de alumínio: leveza, beleza e capacidade de manter a temperatura fresca por mais tempo. Pela primeira vez, uma água mineral alcalina bicarbonatada natural é envasada em uma garrafa de alumínio de 500 ml, com e sem gás e tampa com rosca. Além disso, o frasco pode ser recarregado, reutilizado e reciclado, o que torna o produto mais sustentável.

A garrafa de alumínio é importada da Patagônia e a tampa de rosca vem da Itália e, segundo a empresa, possui características específicas para água mineral com testes realizados nos Estados Unidos, Itália e Brasil que garantem risco zero para migração de alumínio na água. A embalagem tem certificação ambiental da empresa brasileira Eureciclo.

E o ineditismo do produto não está concentrado só na embalagem: a Spa Água Mineral é rica em bicarbonato, lítio e outros minerais trazendo diversos benefícios à saúde das pessoas, como prevenção à demência e Alzheimer, limpeza das artérias, além de ser um antiácido natural contribuindo para aliviar a azia e má digestão. “A Spa Água Mineral entra numa categoria diferenciada no Brasil para competir com produtos premium do mercado internacional como Panna, Perrier, Voss e outras”, garante Adriano Martins, CEO da empresa.

A fonte está localizada no segundo planalto da Serra do Mar, proveniente de um aquífero profundo artesiano antigo e sustentável das profundezas da terra, protegido ambientalmente. Com uma composição química equilibrada e características físico-químicas especiais, Spa Água Mineral oferece não apenas hidratação, mas também uma experiência revigorante e saudável. “Nosso compromisso é com a inovação, temos o DNA de líderes visionários, sempre em busca de excelência e qualidade, uma inspiração única. Nossa marca de sucesso é consequência do trabalho de pessoas experientes e conhecedoras do mercado de água mineral. Na Spa Mineral Saúde pela Água, acreditamos que a saúde e o bem-estar estão diretamente relacionados à qualidade da água que consumimos, por isso, trabalhamos incessantemente para oferecer a melhor água mineral alcalina bicarbonatada, juntando tecnologia, inovação e sustentabilidade”, afirma Adriano Martins.

O modelo de negócio, segundo o executivo, também é uma inovação. Chamado de start up & business company, é uma junção de inovação fundamentada em conceitos modernos de gestão específica para água mineral. O projeto piloto do trade in e trade on foi realizado na cidade de São Carlos, interior do estado de São Paulo, escolhido cuidadosamente, já que o município se destaca em educação, saúde, segurança pública, trânsito e localização geográfica, além de ser o município conhecido como a capital da tecnologia.

A unidade piloto de envase da água Spa Mineral está instalada na cidade de Lagoinha (SP), com população de 5 mil habitantes, distante 190 km da cidade de São Paulo e onde foram investidos R$ 10 milhões, prevendo a geração de 50 empregos diretos. Com tecnologia italiana, a produção é 100% automatizada permitindo o envase a uma temperatura entre 2°C e 4°C garantindo precisão e qualidade do produto ao consumidor final.

Desde a ideia , análise mercadológica, testes e lançamento ao mercado, o projeto foi executado em 1 ano e meio. O produto chega nos pontos de venda da cidade de São Paulo com preço estimado entre R$ 16,00 e R$ 18,00.

 

FONTE ENGARRAFADOR MODERNO

Descobrimos as marcas e os donos das empresas de água mineral autuadas por infrações

Água mineral Santa Lúcia H2O e as marcas Caxangá, Paratibe e Estrela, envasadas no Recife e em Paulista, na Região Metropolitana do Recife, são quatro das seis empresas autuadas na sexta-feira pela polícia por infrações sanitárias e fiscais.

As empresas não faziam a higiene adequada dos garrafões de 20 litros, deixando de usar detergentes, e não afixavam o selo de controle de qualidade exigido pela legislação. Os 12 donos foram autuados em flagrante por crimes contra as relações de consumo.

“Pureza e compromisso com a natureza”, promete no Instagram a água mineral Santa Lúcia. A empresa autuada fica na Estrada Sítio do Picapau Amarelo, em Paratibe, no município de Paulista, e seus donos são Ana Lúcia de Araújo e João Paulo Silva Martins.

Os três proprietários da água mineral Caxangá tocam a empresa na Avenida Joaquim Ribeiro, no bairro de Caxangá, no Recife. São Cley Albuquerque Couto da Silva, Eliene de Albuquerque Silva e Sebastião Fagundes de Albuquerque.

Apesar do nome, a água mineral Paratibe fica na BR-101 Norte, galpão B, em Jardim Paulista, em Paulista. Seus donos são Mércia Maria de Barros Barbosa e Milton Guerra Barbosa. Na Rua Mauriceia, no Janga, em Paulista, funciona a água mineral Estrela, de propriedade de Carlos Eurico de Oliveira e Márcia Maria Martins Magalhães de Oliveira.

Numa operação da Delegacia do Consumidor (Decon), com apoio do Departamento de Repressão aos Crimes Patrimoniais (Depatri), Procon, Secretaria estadual da Fazenda e a Vigilância Sanitária da Prefeitura do Recife, a chamada Operação Clean Water (água limpa, na tradução do inglês) flagrou também dívidas de ICMS de R$ 37 mil e falsificação de selos de controle fiscal.

“Vamos acabar com as fraudes no envasamento dos garrafões. Água é vida. E não podemos admitir que se comercializem água sem procedência, que pode matar a nossa população”, disse o delegado do consumidor, Hilton Lyra, chefe da operação, conforme noticiou o Diario de Pernambuco.

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O Outro Lado

Um dos empresários citados informa não ser mais sócio da água mineral Santa Lúcia. Eis a íntegra de nota que João Paulo Silva Martins enviou ao Blog:

“Em respeito aos amigos e clientes, venho por meio dessa nota comunicar que, desde junho de 2022, não faço mais parte do corpo administrativo da Água Mineral Santa Lúcia, tendo solicitado, desde então, em vias judiciais, a dissolução societária. Não compactuo, assim, com qualquer irregularidade pela qual esta venha a ser punida. Mantenho-me à disposição das autoridades”.

Tentamos ouvir os outros empresários mencionados na reportagem, sem sucesso. A matéria poderá ser atualizada a qualquer momento.

 

FONTE RICARDO ANTUNES

Cinco anos após tragédia de Brumadinho, rio Paraopeba segue com água poluída por lama da Vale

OUTRO LADO: Empresa diz que qualidade é semelhante à verificada antes do rompimento de barragem, sobretudo quando não há chuva

Ediléia Aparecida de Oliveira, 45, tinha o rio Paraopeba como fonte do sustento de sua família. Pescadora, filha de pescadores e, agora, com cinco filhos pescadores, viu a tradição da família ficar em risco com o rompimento da barragem da Vale em Brumadinho (MG), há cinco anos, em 25 de janeiro de 2019.

A pescadora mora em Abaeté, na região central de Minas Gerais, um dos 26 municípios sob influência do Paraopeba considerados oficialmente como impactados pelo colapso da represa da mineradora.

Rio Paraopeba, em trecho perto do quilombo Pontinha, em Minas Gerais, em foto de 2021 – Eduardo Anizelli – 20.jan.2021/Folhapress

Ediléia continua subindo em seu bote para seguir no ofício, mas enche os olhos ao contar o que presencia no meio do rio. “O peixe, mesmo vivo, está fedendo”, diz.

A família de Ediléia —o marido também é pescador— retirava R$ 3.000 mensais com a pesca antes do rompimento da barragem. “Hoje não chega a R$ 600”, relata.

A pescadora Ediléia Aparecida de Oliveira, 45, moradora de Abaeté (MG), que conta passar por dificuldades financeiras por conta da poluição no rio Paraopeba após rompimento da barragem da Vale em Brumadinho – Leonardo Augusto/Folhapres

Uma portaria do governo do estado publicada em 28 de fevereiro de 2019, em vigor até hoje, recomenda que a água do rio Paraopeba não seja utilizada seja qual for o fim —uso humano, animal, pesca, irrigação ou banho.

A Vale, por sua vez, afirma que mais de 6,7 milhões de resultados indicam que a qualidade das águas do Paraopeba hoje é semelhante à verificada antes do rompimento, “sobretudo em períodos secos”.

A empresa diz ainda, em nota, que o plano fechado para recuperação da bacia do Paraopeba prevê aporte “em valor estimado em R$ 5 bilhões”, custeado pela mineradora, e com acompanhamento de órgãos competentes e auditorias ambientais.

Segundo a pescadora, com os problemas que os peixes aparentam ter, os compradores do produto na região para revenda, os chamados “peixeiros”, desapareceram. “Se querem, é por um preço muito baixo”, afirma.

Levantamento feito pelo Instituto Guaicuy, uma das assessorias técnicas responsáveis pelo acompanhamento dos impactos do rompimento da barragem de Brumadinho no meio ambiente, identificou metais pesados como arsênio, cádmio, chumbo e mercúrio em peixes em pontos ainda mais a jusante, em Felixlândia (MG), também na região central do estado, a 223 km de Brumadinho.

O instituto é responsável pelo acompanhamento das condições ambientais pós-tragédia na região mais distante de Brumadinho, no baixo Paraopeba, onde o curso d’água se encontra com a represa de Três Marias.

Além de Abaeté e Felixlândia, também estão nesta região municípios como Curvelo e Pompéu.

Segundo o levantamento, que tomou por base amostras de 1.605 peixes, até 56% dos exemplares, dependendo da região, apresentaram resultado positivo para metais pesados em índices superiores aos admitidos para ingestão humana.

Entre os peixes analisados estavam espécies comumente utilizadas para consumo humano como traíra e piau. O levantamento foi concluído pelo Instituto Guaicuy em 2022, mas até hoje moradores, pescadores e peixeiros não têm certeza de como proceder.

“O que a gente mais ouve da população é ‘posso pescar?’, ‘posso comer peixe’?, ‘posso nadar no rio?'”, diz o diretor do instituto Guaicuy, Marcus Vinícius Polignano, que participou de encontro com atingidos nesta quarta (24) em Belo Horizonte, no qual esteve também a pescadora Ediléia.

“Falta informação para a população”, acrescenta o diretor.

Polignano afirma que outros levantamentos poderiam ter sido feitos pelo instituto nos últimos anos, mas houve corte de recursos para as assessorias técnicas que trabalham diretamente com os atingidos.

A Semad (Secretaria do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Minas Gerais), responsável pelo Igam (Instituto Mineiro das Águas), afirma que segue em vigor a recomendação publicada em 28 de fevereiro de 2019 de não utilização da água bruta do Paraopeba para qualquer fim, como medida preventiva.

A recomendação vale para todo o curso do rio entre Brumadinho e a hidrelétrica de Retiro Baixo, ao norte de Pompéu, próximo à barragem de Três Marias, município que está 60 km a oeste da cidade de Abaeté, da pescadora Ediléia. Os dois municípios fazem divisa.

A pasta diz ainda que realiza monitoramento emergencial mensal em 14 pontos da bacia do Paraopeba.

FONTE FOLHA DE SÃO PAULO

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