Prefeitura realiza exposição Aleijadinho Virtual no Museu de Congonhas

Em janeiro, a Prefeitura de Congonhas, em parceria com a Fumcult, realiza mais uma atração inédita no Museu de Congonhas: a exposição itinerante “Aleijadinho Virtual”. Segundo Francisco Almendra, diretor do projeto criado pelo Studio KWO XR, “a ideia é interagir, trocar experiências e relatos da história com o primeiro grande artista brasileiro”, explica.

Na experiência, o visitante usa óculos de realidade virtual, passa por três estações e pode interagir com o maior artista do barroco mineiro e suas obras enquanto o mestre guia o ofício. A experiência tem 15 minutos de duração, é aberta a todas as pessoas acima de 12 anos e está disponível até o dia 14 de janeiro.

Além disso, há uma exposição de realidade aumentada que mostra os trabalhos de Aleijadinho em 3D. Usando a câmera do próprio celular, o visitante pode ver as obras como hologramas em alta definição no próprio espaço físico da exposição. Estão presentes obras como o Cristo carregando a cruz e o altar da igreja de São Francisco, em Ouro Preto, além dos 12 profetas.

O Museu de Congonhas fica localizado na alameda Cidade Matozinhos de Portugal, 77, Basílica com funcionamento de terça-feira a domingo, das 9h às 17h e entrada gratuita.

Não perca esta oportunidade!

Fotos e texto: Lílian Gonçalves – colaboração Diretoria de Turismo de Congonhas

Obras de Aleijadinho passam por revitalização em Congonhas (MG)

Todas as capelas e as peças feitas pelo artista vão ser recuperadas, uma a uma. A previsão é que a restauração seja concluída até o meio de 2024.

Uma das obras mais importantes do Barroco brasileiro está passando por revitalização.

Na paisagem histórica – em Congonhas, região central de Minas – as seis capelas são patrimônio da humanidade.

As 64 obras esculpidas por Aleijadinho e pintadas pelo mestre Athaíde há mais de 220 anos retratam a Paixão de Cristo. A passagem do tempo acabou desgastando essas joias.

Obras de Aleijadinho em Congonhas, Minas Gerais. — Foto: Reprodução/TV Globo
Obras de Aleijadinho em Congonhas, Minas Gerais. — Foto: Reprodução/TV Globo

“Apresentam alguns problemas de danos naturais, que são danos causados pela chuva, pelo desgaste da pintura, e danos pela pouca conservação que tem causado”, diz o diretor de patrimônio de Congonhas, Hugo Cordeiro.

A primeira capela a ser recuperada é a da Santa Ceia. As esculturas precisaram ser retiradas.

“Receberam marcação no piso com giz e com adesivo, há um relatório fotográfico com numeração específica. Então quando essas imagens retornarem, elas irão voltar pro local exato que elas estavam”, explica Hugo.

As peças foram trazidas para um espaço que é monitorado 24 horas por câmeras de segurança e alarmes. O trabalho de recuperação começa dentro de bolhas. Ali, os restauradores retiram o oxigênio e colocam nitrogênio. O processo dura cerca de 45 dias. É uma das técnicas mais modernas para a desinfestação desse tipo de arte, que é feita em madeira.

Nas bolhas, os profissionais monitoram a umidade. O procedimento elimina qualquer microrganismo que possa estar escondido no interior das obras, como cupins.

“Um ovo, a pulpa, ou um inseto adulto, ele é eliminado no interior do madeiramento, no caso aqui do cedro, das esculturas da Aleijadinho. A segunda etapa é a gente fazer uma barreira química com aplicação somente sobre a madeira de um produto inseticida de forma que não ocorram novos ataques”, explica o restaurador Adriano Ramos.

Todas as capelas e as peças de Aleijadinho vão ser recuperadas. Uma a uma. A previsão é que a restauração seja concluída até o meio do ano que vem. Os doze profetas, que ficam na frente do Santuário do Bom Jesus do Matosinhos, também já passaram por limpeza.

“Nós temos os fiéis que vêm pela devoção, pela fé, e aqueles que vêm pela arte, pela cultura”, diz Nedson Pereira de Assis, reitor da basílica do Bom Jesus.

E que só ali podem contemplar e admirar as obras mais importantes do gênio do Barroco mineiro.

“Isso é para ficar, não só para nós brasileiros, mas para a humanidade toda viver essa beleza que é Congonhas. Eu adoro aqui. Sempre coloco no meu roteiro”, diz a aposentada Tereza Cristina da Silva.

“Essas coisas aqui lindas que eu acho que tem que ser mais cuidado. Preservar mais um pouco… Eu estou me sentindo numa imersão cultural sobre toda a história”, diz a psicóloga Ilma Alexandre dos Santos.

FONTE G1

Exposição virtual sobre o mestre Aleijadinho acontece no Museu de Congonhas em dezembro

A vida e a obra do artista mineiro serão apresentadas em uma experiência interativa
 

Depois do sucesso em Ouro Preto a exposição ‘Aleijadinho Virtual – O primeiro artista brasileiro’ chega ao Museu de Congonhas a partir do dia 15 de dezembro. A mostra reúne a vida e as principais obras do mestre do barroco-rococó das Américas, oferecendo ao público uma experiência interativa em realidade virtual (VR) e uma exposição com as obras em realidade aumentada (AR). O projeto foi realizado pelo Studio KwO XR, e conta com o patrocínio do Instituto Cultural Vale através da Lei de Incentivo à Cultura e tem entrada franca.
 

Com o objetivo de contribuir para a preservação do patrimônio material do artista, criando um registro digital de alta definição de suas obras mais importantes, a exposição, que fica em cartaz até o dia 14 de janeiro de 2024, é composta por duas partes: uma experiência interativa em realidade virtual (VR), e uma exposição de obras do artista em realidade aumentada (AR).
 

Realidade virtual e realidade aumentada

crédito: César Raydan


Na experiência VR haverá três estações de realidade virtual de última geração, com sessões individuais a cada 15 minutos em cada uma delas. O público poderá agendar gratuitamente um horário e ao colocar os óculos será transportado para um encontro virtual com Aleijadinho em meio as suas obras mais famosas em Ouro Preto e Congonhas. Os visitantes poderão se movimentar dentro da experiência, interagir com objetos e até mesmo esculpir um dos 12 Profetas do Aleijadinho enquanto o mestre os guia no ofício. A experiência VR é aberta para maiores de 12 anos.

Já a exposição em realidade aumentada vai mostrar dezenas de obras de Aleijadinho digitalmente em 3D. Usando a câmera de seu próprio celular, o público poderá ver as obras como hologramas em alta definição presentes no próprio espaço físico da exposição. Entre as obras estão ‘O Cristo carregando a cruz’, ‘o altar da Igreja de São Francisco’ e os ’12 Profetas do Santuário de Bom Jesus de Matosinhos’. A classificação é livre e não é necessário agendamento prévio.

“A ideia do projeto surgiu quando fomos convidados para criar uma experiência imersiva em torno das festividades da Semana Santa em Congonhas, e o local mais importante das festas religiosas era o Santuário de Bom Jesus de Matosinhos, que reúne um conjunto de obras de Aleijadinho. Apesar de ser considerado o maior artista do período colonial e patrono das artes no Brasil, Aleijadinho não era realmente conhecido pelo público”, explicou Francisco Almendra, diretor do projeto.
 

Inovação e tecnologia

Segundo Francisco Almendra, “a exposição recria Aleijadinho digitalmente de maneira fiel às pesquisas históricas, mas com uma voz contemporânea, ligada em temas atuais. Foi usado scan 3D para digitalizar suas obras mais famosas em alta resolução, mas ao invés de encontrá-las distantes e frias como num museu, o público vai ficar lado a lado com Aleijadinho e ajudar e esculpir um dos profetas de pedra em sua oficina”.

“Hoje em dia ninguém quer viver passivamente como se fazia no passado, queremos interagir, trocar. E é isso que vamos fazer em ‘Aleijadinho Virtual’: interagir em primeira mão com o primeiro grande artista brasileiro, utilizando a tecnologia para facilitar essa ponte entre o passado e o futuro, levando o físico para o digital, e nos convidando a fazer parte da História”, explicou Almendra.
 

“O Museu de Congonhas foi pensado para ser um local de interpretação do Santuário do Bom Jesus de Matosinhos, tornando a visita a esse espaço ainda mais intensa e valiosa. Porém, ele é mais que isso. O comprometimento com a pesquisa e a educação patrimonial são valores que hoje estão ainda mais fortes por aqui e receber a exposição ‘Aleijadinho Virtual’ nos deixa muito felizes e orgulhosos da trajetória que vamos construindo”, conta Lana Mércia Brazil Duarte, diretora-presidente da Fundação Municipal de Cultura, Lazer e Turismo.
 

“Abrigar este projeto, que alia tecnologia de ponta a preservação, é mais um atrativo para a visita ao Museu de Congonhas e, com certeza, será um privilégio colocar os óculos 3D e perceber detalhes das obras que a visitação ao santuário não nos permite”, conclui a diretora-presidente.
 

História e preservação do patrimônio material

Famoso por suas obras sacras, Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho, criou um novo estilo de escultura e arquitetura brasileira. Poucos sabem sobre a sua doença misteriosa, que começou depois dos 40 anos, quando ele já era um artista conhecido. Aleijadinho era negro, alforriado, filho de um português com uma mulher africana escravizada. O artista faleceu em 18 de novembro de 1814.

O projeto ‘Aleijadinho Virtual’ tem por objetivo preservar o patrimônio material do artista, com um registro digital de alta definição das suas obras mais importantes. O processo de escaneamento 3D se deu em colaboração com o Museu da Inconfidência, o Museu de Congonhas, o IPHAN, as Secretarias de Cultura de Ouro Preto e Congonhas e as Arquidioceses de Mariana e Ouro Preto.

Usando um processo chamado fotogrametria, foi criado um registro fotográfico minucioso das peças somando milhares de imagens e com isso modelos 3D de alta resolução de cada obra registrada. Esses modelos 3D servirão tanto para a exposição digital e a experiência VR, quanto para fins de preservação e pesquisa.

A coleção completa de modelos 3D será disponibilizada para as equipes do IPHAN, Museu da Inconfidência e Museu de Congonhas, e poderão ser usadas futuramente por pesquisadores da área ligados a estas instituições.
 

Sobre o Studio KwO XR

O Studio KwO XR é um estúdio carioca especializado em criar experiências em realidade virtual e aumentada para clientes e parceiros ao redor do mundo, assim como projetos autorais para o grande público. Pioneiro no setor imersivo brasileiro, o KwO conquistou o Emmy 2020 em Novas Abordagens em Documentário por sua participação em “Awavena”; em 2023, conquistou o prêmio de Melhor Experiência VR com “Tinta & Fogo” no Laval Virtual, o maior festival VR da Europa.

O portfólio do KwO inclui mais de 80 projetos desde 2015, englobando pesquisa, criação, produção e distribuição em realidades estendidas e metaverso. Seus clientes incluem grandes marcas como Coca-Cola, Tetra Pak e Bradesco; veículos de comunicação como The Washington Post, Al-Jazeera, TV Globo e TV Record; instituições como UNESCO, BNDES, MPRJ e SESC; e artistas consagrados como Vik Muniz e Maria Nepomuceno. Em seu trabalho autoral, o Studio KwO cria experiências interativas e exposições imersivas em temas variados ligados à cultura e ao meio-ambiente — tais como Tinta & Fogo, Aleijadinho Virtual, e Mário de Andrade e a Origem de Macunaíma.
 

Sobre o Instituto Cultural Vale

O Instituto Cultural Vale parte do princípio de que viver a cultura possibilita às pessoas ampliarem sua visão de mundo e criarem novas perspectivas de futuro. Tem um importante papel na transformação social e busca democratizar o acesso, fomentar a arte, a cultura, o conhecimento e a difusão de diversas expressões artísticas do nosso país, ao mesmo tempo em que contribui para o fortalecimento da economia criativa. Nos anos 2020-2022, o Instituto Cultural Vale patrocinou mais de 600 projetos em mais de 24 estados e no Distrito Federal. Dentre eles, uma rede de espaços culturais próprios, patrocinados via Lei Federal de Incentivo à Cultura, com visitação gratuita, identidade e vocação únicas: Memorial Minas Gerais Vale (MG), Museu Vale (ES), Centro Cultural Vale Maranhão (MA) e Casa da Cultura de Canaã dos Carajás (PA). Onde tem Cultura, a Vale está.

Visite o site do Instituto Cultural Vale:

Serviço:

‘Aleijadinho Virtual – O primeiro artista brasileiro’: experiência interativa em realidade virtual (VR) e exposição de obras do artista em realidade aumentada (AR).

Data e local: de 15 de dezembro a 14 de janeiro de 2024, no Museu de Congonhas (Alameda Cidade Matozinhos de Portugal, 77 – Basílica). Horário: de terça a domingo, das 9h às 17h. Entrada gratuita.


Experiência interativa (VR): agendar pelo site Classificação 12 anos
Exposição virtual: sem agendamento prévio. Classificação livre.

Exposição virtual sobre o mestre Aleijadinho acontece no Museu de Congonhas em dezembro

A vida e a obra do artista mineiro serão apresentadas em uma experiência interativa
 

Depois do sucesso em Ouro Preto a exposição ‘Aleijadinho Virtual – O primeiro artista brasileiro’ chega ao Museu de Congonhas a partir do dia 15 de dezembro. A mostra reúne a vida e as principais obras do mestre do barroco-rococó das Américas, oferecendo ao público uma experiência interativa em realidade virtual (VR) e uma exposição com as obras em realidade aumentada (AR). O projeto foi realizado pelo Studio KwO XR, e conta com o patrocínio do Instituto Cultural Vale através da Lei de Incentivo à Cultura e tem entrada franca.
 

Com o objetivo de contribuir para a preservação do patrimônio material do artista, criando um registro digital de alta definição de suas obras mais importantes, a exposição, que fica em cartaz até o dia 14 de janeiro de 2024, é composta por duas partes: uma experiência interativa em realidade virtual (VR), e uma exposição de obras do artista em realidade aumentada (AR).
 

Realidade virtual e realidade aumentada

crédito: César Raydan


Na experiência VR haverá três estações de realidade virtual de última geração, com sessões individuais a cada 15 minutos em cada uma delas. O público poderá agendar gratuitamente um horário e ao colocar os óculos será transportado para um encontro virtual com Aleijadinho em meio as suas obras mais famosas em Ouro Preto e Congonhas. Os visitantes poderão se movimentar dentro da experiência, interagir com objetos e até mesmo esculpir um dos 12 Profetas do Aleijadinho enquanto o mestre os guia no ofício. A experiência VR é aberta para maiores de 12 anos.

Já a exposição em realidade aumentada vai mostrar dezenas de obras de Aleijadinho digitalmente em 3D. Usando a câmera de seu próprio celular, o público poderá ver as obras como hologramas em alta definição presentes no próprio espaço físico da exposição. Entre as obras estão ‘O Cristo carregando a cruz’, ‘o altar da Igreja de São Francisco’ e os ’12 Profetas do Santuário de Bom Jesus de Matosinhos’. A classificação é livre e não é necessário agendamento prévio.

“A ideia do projeto surgiu quando fomos convidados para criar uma experiência imersiva em torno das festividades da Semana Santa em Congonhas, e o local mais importante das festas religiosas era o Santuário de Bom Jesus de Matosinhos, que reúne um conjunto de obras de Aleijadinho. Apesar de ser considerado o maior artista do período colonial e patrono das artes no Brasil, Aleijadinho não era realmente conhecido pelo público”, explicou Francisco Almendra, diretor do projeto.
 

Inovação e tecnologia

Segundo Francisco Almendra, “a exposição recria Aleijadinho digitalmente de maneira fiel às pesquisas históricas, mas com uma voz contemporânea, ligada em temas atuais. Foi usado scan 3D para digitalizar suas obras mais famosas em alta resolução, mas ao invés de encontrá-las distantes e frias como num museu, o público vai ficar lado a lado com Aleijadinho e ajudar e esculpir um dos profetas de pedra em sua oficina”.

“Hoje em dia ninguém quer viver passivamente como se fazia no passado, queremos interagir, trocar. E é isso que vamos fazer em ‘Aleijadinho Virtual’: interagir em primeira mão com o primeiro grande artista brasileiro, utilizando a tecnologia para facilitar essa ponte entre o passado e o futuro, levando o físico para o digital, e nos convidando a fazer parte da História”, explicou Almendra.
 

“O Museu de Congonhas foi pensado para ser um local de interpretação do Santuário do Bom Jesus de Matosinhos, tornando a visita a esse espaço ainda mais intensa e valiosa. Porém, ele é mais que isso. O comprometimento com a pesquisa e a educação patrimonial são valores que hoje estão ainda mais fortes por aqui e receber a exposição ‘Aleijadinho Virtual’ nos deixa muito felizes e orgulhosos da trajetória que vamos construindo”, conta Lana Mércia Brazil Duarte, diretora-presidente da Fundação Municipal de Cultura, Lazer e Turismo.
 

“Abrigar este projeto, que alia tecnologia de ponta a preservação, é mais um atrativo para a visita ao Museu de Congonhas e, com certeza, será um privilégio colocar os óculos 3D e perceber detalhes das obras que a visitação ao santuário não nos permite”, conclui a diretora-presidente.
 

História e preservação do patrimônio material

Famoso por suas obras sacras, Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho, criou um novo estilo de escultura e arquitetura brasileira. Poucos sabem sobre a sua doença misteriosa, que começou depois dos 40 anos, quando ele já era um artista conhecido. Aleijadinho era negro, alforriado, filho de um português com uma mulher africana escravizada. O artista faleceu em 18 de novembro de 1814.

O projeto ‘Aleijadinho Virtual’ tem por objetivo preservar o patrimônio material do artista, com um registro digital de alta definição das suas obras mais importantes. O processo de escaneamento 3D se deu em colaboração com o Museu da Inconfidência, o Museu de Congonhas, o IPHAN, as Secretarias de Cultura de Ouro Preto e Congonhas e as Arquidioceses de Mariana e Ouro Preto.

Usando um processo chamado fotogrametria, foi criado um registro fotográfico minucioso das peças somando milhares de imagens e com isso modelos 3D de alta resolução de cada obra registrada. Esses modelos 3D servirão tanto para a exposição digital e a experiência VR, quanto para fins de preservação e pesquisa.

A coleção completa de modelos 3D será disponibilizada para as equipes do IPHAN, Museu da Inconfidência e Museu de Congonhas, e poderão ser usadas futuramente por pesquisadores da área ligados a estas instituições.
 

Sobre o Studio KwO XR

O Studio KwO XR é um estúdio carioca especializado em criar experiências em realidade virtual e aumentada para clientes e parceiros ao redor do mundo, assim como projetos autorais para o grande público. Pioneiro no setor imersivo brasileiro, o KwO conquistou o Emmy 2020 em Novas Abordagens em Documentário por sua participação em “Awavena”; em 2023, conquistou o prêmio de Melhor Experiência VR com “Tinta & Fogo” no Laval Virtual, o maior festival VR da Europa.

O portfólio do KwO inclui mais de 80 projetos desde 2015, englobando pesquisa, criação, produção e distribuição em realidades estendidas e metaverso. Seus clientes incluem grandes marcas como Coca-Cola, Tetra Pak e Bradesco; veículos de comunicação como The Washington Post, Al-Jazeera, TV Globo e TV Record; instituições como UNESCO, BNDES, MPRJ e SESC; e artistas consagrados como Vik Muniz e Maria Nepomuceno. Em seu trabalho autoral, o Studio KwO cria experiências interativas e exposições imersivas em temas variados ligados à cultura e ao meio-ambiente — tais como Tinta & Fogo, Aleijadinho Virtual, e Mário de Andrade e a Origem de Macunaíma.
 

Sobre o Instituto Cultural Vale

O Instituto Cultural Vale parte do princípio de que viver a cultura possibilita às pessoas ampliarem sua visão de mundo e criarem novas perspectivas de futuro. Tem um importante papel na transformação social e busca democratizar o acesso, fomentar a arte, a cultura, o conhecimento e a difusão de diversas expressões artísticas do nosso país, ao mesmo tempo em que contribui para o fortalecimento da economia criativa. Nos anos 2020-2022, o Instituto Cultural Vale patrocinou mais de 600 projetos em mais de 24 estados e no Distrito Federal. Dentre eles, uma rede de espaços culturais próprios, patrocinados via Lei Federal de Incentivo à Cultura, com visitação gratuita, identidade e vocação únicas: Memorial Minas Gerais Vale (MG), Museu Vale (ES), Centro Cultural Vale Maranhão (MA) e Casa da Cultura de Canaã dos Carajás (PA). Onde tem Cultura, a Vale está.

Visite o site do Instituto Cultural Vale:

Serviço:

‘Aleijadinho Virtual – O primeiro artista brasileiro’: experiência interativa em realidade virtual (VR) e exposição de obras do artista em realidade aumentada (AR).

Data e local: de 15 de dezembro a 14 de janeiro de 2024, no Museu de Congonhas (Alameda Cidade Matozinhos de Portugal, 77 – Basílica). Horário: de terça a domingo, das 9h às 17h. Entrada gratuita.


Experiência interativa (VR): agendar pelo site Classificação 12 anos
Exposição virtual: sem agendamento prévio. Classificação livre.

Profetas de Aleijadinho ‘cara limpa’: turistas reagem a banho de tecnologia

Visitantes aprovam visual de esculturas do mestre do barroco após banho de biocida para retirada de líquens – com 6 anos de atraso – nas peças do século 18

Chega ao fim mais uma etapa da saga de conservação dos 12 profetas localizados no adro do Santuário Basílica do Bom Jesus de Matosinhos, no Centro Histórico de Congonhas, na Região Central de Minas. Em um período de quase quatro décadas, a partir de 1985, foram quatro ações para livrar as simbólicas esculturas em pedra-sabão feitas por Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho, dos líquens que descaracterizam e desgastam os ícones do conjunto reconhecido como Patrimônio Mundial.

“É mais uma etapa nesta história”, diz o diretor de Patrimônio Histórico da Prefeitura de Congonhas, Hugo Cordeiro. E, depois dela, quem chega, já nota a diferença. São 11h de uma manhã ensolarada na “Cidade dos Profetas”, onde a luminosidade realça ainda mais a beleza das peças em pedra-sabão, no adro do templo do século 18. Recém-chegada à cidade, uma família de Vitória (ES) contempla as obras de arte esculpidas por Aleijadinho, e gosta do que vê, ao comparar com outros tempos. “Estão bem preservadas, limpas”, diz o aposentado Pedro Gabriel de Oliveira, diante das estátuas barrocas agora livres dos micro-organismos, especialmente líquens, que dominavam cabeça, braços e tronco.

Posando para fotos ao lado da mulher, Linda Viana de Oliveira, e da filha, Joice Torres Viana de Oliveira, Pedro Gabriel conta que já esteve em Congonhas outras vezes e se dispõe sempre a voltar. Na primeira visita à “Cidade dos Profetas”, Joice se encantou com o conjunto arquitetônico e artístico reconhecido como patrimônio mundial pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e Cultura (Unesco) e formado ainda pelas seis capelas (Passos da Paixão de Cristo), com 64 esculturas em cedro vermelho. A exemplo da família capixaba, cerca de 500 mil pessoas visitam Congonhas anualmente, de acordo a prefeitura local.

Cerca de 500 mil pessoas visitam Congonhas anualmente, de acordo a prefeitura local.
Cerca de 500 mil pessoas visitam Congonhas anualmente, de acordo a prefeitura local.Jair Amaral/EM/D.A Press

Esculpidos entre 1800 e 1805, os profetas Joel, Jonas, Amós, Abdias, Daniel, Baruc, Isaías, Oseias, Ezequiel, Jeremias, Naum e Habacuc exibem aspecto bem diferente de cinco meses atrás quando começou o trabalho de remoção dos micro-organismos, com aplicação de álcool a 70% e de um biocida, com recursos da Prefeitura de Congonhas.

Em 6 de junho, o Estado de Minas documentou o início do serviços nas estátuas de Abdias, Habacuc, Naum e Amós, a cargo da equipe do Grupo Oficina de Restauro, de Belo Horizonte. Da equipe coordenada pelos restauradores Adriano Ramos e Rosângela Reis Costa, fizeram parte o geólogo Antônio Gilberto Costa e o biólogo Aristóteles Goes Neto, com consultoria do geólogo português José Delgado Rodrigues.

O próximo passo é monitorar e cuidar das esculturas em pedra-sabão, para não haver proliferação de líquens. “Concluímos nossa etapa, que era a de remoção dos micro-organismos. A partir de agora, será fundamental o acompanhamento semestral”, orienta Rosângela Reis Costa. Continuidade é a palavra de ordem, pois o depósito de excremento de pássaros ou mesmo de poeira na pedra-sabão após as chuvas pode favorecer a proliferação dos líquens, explica Rosângela, que prefere não falar em “limpeza”, pois, em se tratando de pedra, a questão se torna muito complexa.

Aplicado pela última vez em 2012, o biocida, antecedido de álcool 70, não interfere na beleza e integridade do conjunto bicentenário, segundo os especialistas. Além de supervisão de representantes do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), o serviço foi acompanhado pelo reitor da basílica, cônego Nédson Pereira de Assis, e pelo diretor de Patrimônio Histórico de Congonhas, Hugo Cordeiro. A atual linha de pesquisas, a cargo do corpo técnico multidisciplinar, não contempla possível ação de poeira de mineração sobre as obras.

Satisfeito com o resultado do serviço, que considera “muito bom” por ter removido, de forma cuidadosa, toda a camada de líquens, e trazido de volta o esplendor da obra de Aleijadinho, cônego Nédson considera essencial o monitoramento constante para evitar problemas. “A arte do mestre do Barroco e da sua equipe não era mais perceptível, pois os líquens descaracterizavam os rostos, as mãos, enfim, todos os detalhes que impregnados na pedra.”

O reitor concorda com a necessidade de monitoramento do conjunto para preservação. “Precisamos, sim, fazer o acompanhamento constante, e não deixar passar muito tempo sem a aplicação do biocida, indicado para ocorrer de cinco em cinco anos”, ressaltou o reitor, lembrando que o uso de álcool 70 pode ter efeito satisfatório e menos agressivo à pedra contra os líquens, desde que seguidas as determinações dos especialistas e do Iphan. Com o monitoramento, a prefeitura e a reitoria da basílica podem observar se há desgaste da pedra ou nova formação de comunidades de micro-organismos.

Cônego Nédson considera importante a conservação das estátuas dos profetas, tanto para se manter a qualidade artística da obra de Aleijadinho, o gênio do Barroco, quanto para transmissão da fé expressa no conjunto aos devotos que chegam à basílica e podem sentir o amor do artista pela Igreja e por Cristo.

Preservação

O mais recente serviço de remoção dos micro-organismos nos profetas de Aleijadinho demandou três aplicações, sendo a primeira no início de junho. Programado para ocorrer de cinco em cinco anos, o serviço estava atrasado em seis anos, como mostrou reportagem do Estado de Minas em 3 de novembro de 2021, quando visitantes demonstravam preocupação com o bem histórico e religioso. A Prefeitura de Congonhas custeou e esteve à frente da empreitada, conforme entendimento com o Iphan, responsável pelo tombamento do conjunto em 1939, e com autorização da reitoria da basílica, vinculada à Arquidiocese de Mariana.

Quem chega de longe está sempre de olhos bem abertos para ver a maravilha desse tesouro de Minas e da humanidade, a exemplo de dois amigos cariocas admirados com as obras de Aleijadinho. “É a exuberância da simplicidade barroca”, observou Djalma Lima, professor de literatura, sobre a “monumentalidade” do patrimônio. Ao lado, Patrícia Amaral, professora de sociologia e filosofia, destacou a importância de se preservar o patrimônio cultural brasileiro, “embora seja uma tarefa muito difícil”.

Referência Mundial

De acordo com o Iphan, o conjunto dos profetas do Antigo Testamento esculpido por Antonio Francisco Lisboa (1738-1814), o Aleijadinho, na Basílica Bom Jesus de Matosinhos é considerado uma das obras-primas do barroco mundial. O conjunto foi tombado pelo Iphan em 1939 e reconhecido pela Unesco como Patrimônio Mundial em 1985.

Com grande visitação turística, o conjunto se compõe da igreja, com interior em estilo rococó, e seis capelas dispostas lado a lado, denominadas Passos, com a via-crúcis de Jesus, além de um adro murado e uma escadaria externa monumental decorada com estátuas dos 12 profetas.

A escolha dos mensageiros

A escolha de Joel, Jonas, Amós, Abdias, Daniel, Baruc, Isaías, Oseias, Ezequiel, Jeremias, Naum e Habacuc entre os 16 profetas que constituem a série do Antigo Testamento, se deve, conforme a especialista em arte sacra e colonial do Brasil, Myriam Andrade, à disposição arquitetônica dos 12 suportes para as esculturas. Assim, o artista, restrito a esse número, selecionou os personagens na ordem de sua entrada na Bíblia, excluindo Miquéias para dar lugar a Habacuc. Cada um deles traz lateralmente o texto de sua profecia gravado em latim nos rolos de pergaminhos. A riqueza de detalhes pode ser percebida pelos visitantes, seja no expressionismo das estátuas ou nas exóticas vestimentas dos profetas barrocos. Essa última foi, inclusive, tema de pesquisa do historiador norte-americano Robert Smith, que verificou referências à arte religiosa portuguesa no período de 1500-1800, inspirada nas pinturas flamengas do fim da era medieval.

Batalha de quatro décadas


A orientação é que o biocida seja aplicado de cinco em cinco anos para deixar os profetas livres dos micro-organismos grudados na pedra-sabão. Mas, desde 1985, houve apenas quatro intervenções nas esculturas:


1985

Feito trabalho de conservação nas esculturas, a cargo de restauradores Instituto Estadual Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha-MG).


2007

Vinte e dois anos depois, é feito novo serviço de remoção dos líquens, desta vez pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).


2012

Também com acompanhamento do Iphan, novo serviço de limpeza é executado cinco anos depois, com aplicação de biocida (acima).


2023

Em 6 de junho, após 11 anos (o trabalho deveria ter ocorrido em 2017), teve início a nova aplicação de biocida, com custos bancados pela Prefeitura de Congonhas e acompanhamento do Iphan. O serviço já foi concluído.

FONTE ESTADODE MINAS

Profetas de Aleijadinho ‘cara limpa’: turistas reagem a banho de tecnologia

Visitantes aprovam visual de esculturas do mestre do barroco após banho de biocida para retirada de líquens – com 6 anos de atraso – nas peças do século 18

Chega ao fim mais uma etapa da saga de conservação dos 12 profetas localizados no adro do Santuário Basílica do Bom Jesus de Matosinhos, no Centro Histórico de Congonhas, na Região Central de Minas. Em um período de quase quatro décadas, a partir de 1985, foram quatro ações para livrar as simbólicas esculturas em pedra-sabão feitas por Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho, dos líquens que descaracterizam e desgastam os ícones do conjunto reconhecido como Patrimônio Mundial.

“É mais uma etapa nesta história”, diz o diretor de Patrimônio Histórico da Prefeitura de Congonhas, Hugo Cordeiro. E, depois dela, quem chega, já nota a diferença. São 11h de uma manhã ensolarada na “Cidade dos Profetas”, onde a luminosidade realça ainda mais a beleza das peças em pedra-sabão, no adro do templo do século 18. Recém-chegada à cidade, uma família de Vitória (ES) contempla as obras de arte esculpidas por Aleijadinho, e gosta do que vê, ao comparar com outros tempos. “Estão bem preservadas, limpas”, diz o aposentado Pedro Gabriel de Oliveira, diante das estátuas barrocas agora livres dos micro-organismos, especialmente líquens, que dominavam cabeça, braços e tronco.

Posando para fotos ao lado da mulher, Linda Viana de Oliveira, e da filha, Joice Torres Viana de Oliveira, Pedro Gabriel conta que já esteve em Congonhas outras vezes e se dispõe sempre a voltar. Na primeira visita à “Cidade dos Profetas”, Joice se encantou com o conjunto arquitetônico e artístico reconhecido como patrimônio mundial pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e Cultura (Unesco) e formado ainda pelas seis capelas (Passos da Paixão de Cristo), com 64 esculturas em cedro vermelho. A exemplo da família capixaba, cerca de 500 mil pessoas visitam Congonhas anualmente, de acordo a prefeitura local.

Cerca de 500 mil pessoas visitam Congonhas anualmente, de acordo a prefeitura local.
Cerca de 500 mil pessoas visitam Congonhas anualmente, de acordo a prefeitura local.Jair Amaral/EM/D.A Press

Esculpidos entre 1800 e 1805, os profetas Joel, Jonas, Amós, Abdias, Daniel, Baruc, Isaías, Oseias, Ezequiel, Jeremias, Naum e Habacuc exibem aspecto bem diferente de cinco meses atrás quando começou o trabalho de remoção dos micro-organismos, com aplicação de álcool a 70% e de um biocida, com recursos da Prefeitura de Congonhas.

Em 6 de junho, o Estado de Minas documentou o início do serviços nas estátuas de Abdias, Habacuc, Naum e Amós, a cargo da equipe do Grupo Oficina de Restauro, de Belo Horizonte. Da equipe coordenada pelos restauradores Adriano Ramos e Rosângela Reis Costa, fizeram parte o geólogo Antônio Gilberto Costa e o biólogo Aristóteles Goes Neto, com consultoria do geólogo português José Delgado Rodrigues.

O próximo passo é monitorar e cuidar das esculturas em pedra-sabão, para não haver proliferação de líquens. “Concluímos nossa etapa, que era a de remoção dos micro-organismos. A partir de agora, será fundamental o acompanhamento semestral”, orienta Rosângela Reis Costa. Continuidade é a palavra de ordem, pois o depósito de excremento de pássaros ou mesmo de poeira na pedra-sabão após as chuvas pode favorecer a proliferação dos líquens, explica Rosângela, que prefere não falar em “limpeza”, pois, em se tratando de pedra, a questão se torna muito complexa.

Aplicado pela última vez em 2012, o biocida, antecedido de álcool 70, não interfere na beleza e integridade do conjunto bicentenário, segundo os especialistas. Além de supervisão de representantes do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), o serviço foi acompanhado pelo reitor da basílica, cônego Nédson Pereira de Assis, e pelo diretor de Patrimônio Histórico de Congonhas, Hugo Cordeiro. A atual linha de pesquisas, a cargo do corpo técnico multidisciplinar, não contempla possível ação de poeira de mineração sobre as obras.

Satisfeito com o resultado do serviço, que considera “muito bom” por ter removido, de forma cuidadosa, toda a camada de líquens, e trazido de volta o esplendor da obra de Aleijadinho, cônego Nédson considera essencial o monitoramento constante para evitar problemas. “A arte do mestre do Barroco e da sua equipe não era mais perceptível, pois os líquens descaracterizavam os rostos, as mãos, enfim, todos os detalhes que impregnados na pedra.”

O reitor concorda com a necessidade de monitoramento do conjunto para preservação. “Precisamos, sim, fazer o acompanhamento constante, e não deixar passar muito tempo sem a aplicação do biocida, indicado para ocorrer de cinco em cinco anos”, ressaltou o reitor, lembrando que o uso de álcool 70 pode ter efeito satisfatório e menos agressivo à pedra contra os líquens, desde que seguidas as determinações dos especialistas e do Iphan. Com o monitoramento, a prefeitura e a reitoria da basílica podem observar se há desgaste da pedra ou nova formação de comunidades de micro-organismos.

Cônego Nédson considera importante a conservação das estátuas dos profetas, tanto para se manter a qualidade artística da obra de Aleijadinho, o gênio do Barroco, quanto para transmissão da fé expressa no conjunto aos devotos que chegam à basílica e podem sentir o amor do artista pela Igreja e por Cristo.

Preservação

O mais recente serviço de remoção dos micro-organismos nos profetas de Aleijadinho demandou três aplicações, sendo a primeira no início de junho. Programado para ocorrer de cinco em cinco anos, o serviço estava atrasado em seis anos, como mostrou reportagem do Estado de Minas em 3 de novembro de 2021, quando visitantes demonstravam preocupação com o bem histórico e religioso. A Prefeitura de Congonhas custeou e esteve à frente da empreitada, conforme entendimento com o Iphan, responsável pelo tombamento do conjunto em 1939, e com autorização da reitoria da basílica, vinculada à Arquidiocese de Mariana.

Quem chega de longe está sempre de olhos bem abertos para ver a maravilha desse tesouro de Minas e da humanidade, a exemplo de dois amigos cariocas admirados com as obras de Aleijadinho. “É a exuberância da simplicidade barroca”, observou Djalma Lima, professor de literatura, sobre a “monumentalidade” do patrimônio. Ao lado, Patrícia Amaral, professora de sociologia e filosofia, destacou a importância de se preservar o patrimônio cultural brasileiro, “embora seja uma tarefa muito difícil”.

Referência Mundial

De acordo com o Iphan, o conjunto dos profetas do Antigo Testamento esculpido por Antonio Francisco Lisboa (1738-1814), o Aleijadinho, na Basílica Bom Jesus de Matosinhos é considerado uma das obras-primas do barroco mundial. O conjunto foi tombado pelo Iphan em 1939 e reconhecido pela Unesco como Patrimônio Mundial em 1985.

Com grande visitação turística, o conjunto se compõe da igreja, com interior em estilo rococó, e seis capelas dispostas lado a lado, denominadas Passos, com a via-crúcis de Jesus, além de um adro murado e uma escadaria externa monumental decorada com estátuas dos 12 profetas.

A escolha dos mensageiros

A escolha de Joel, Jonas, Amós, Abdias, Daniel, Baruc, Isaías, Oseias, Ezequiel, Jeremias, Naum e Habacuc entre os 16 profetas que constituem a série do Antigo Testamento, se deve, conforme a especialista em arte sacra e colonial do Brasil, Myriam Andrade, à disposição arquitetônica dos 12 suportes para as esculturas. Assim, o artista, restrito a esse número, selecionou os personagens na ordem de sua entrada na Bíblia, excluindo Miquéias para dar lugar a Habacuc. Cada um deles traz lateralmente o texto de sua profecia gravado em latim nos rolos de pergaminhos. A riqueza de detalhes pode ser percebida pelos visitantes, seja no expressionismo das estátuas ou nas exóticas vestimentas dos profetas barrocos. Essa última foi, inclusive, tema de pesquisa do historiador norte-americano Robert Smith, que verificou referências à arte religiosa portuguesa no período de 1500-1800, inspirada nas pinturas flamengas do fim da era medieval.

Batalha de quatro décadas


A orientação é que o biocida seja aplicado de cinco em cinco anos para deixar os profetas livres dos micro-organismos grudados na pedra-sabão. Mas, desde 1985, houve apenas quatro intervenções nas esculturas:


1985

Feito trabalho de conservação nas esculturas, a cargo de restauradores Instituto Estadual Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha-MG).


2007

Vinte e dois anos depois, é feito novo serviço de remoção dos líquens, desta vez pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).


2012

Também com acompanhamento do Iphan, novo serviço de limpeza é executado cinco anos depois, com aplicação de biocida (acima).


2023

Em 6 de junho, após 11 anos (o trabalho deveria ter ocorrido em 2017), teve início a nova aplicação de biocida, com custos bancados pela Prefeitura de Congonhas e acompanhamento do Iphan. O serviço já foi concluído.

FONTE ESTADODE MINAS

Ícones do Barroco brasileiro passam por desinfestação em Congonhas

Pela primeira vez em sua história, as 15 peças esculpidas pelo Aleijadinho, que formam a Santa Ceia, em Congonhas, na Região Central de Minas, passam pelo processo de desinfestação

Congonhas – Um acervo extraordinário do Barroco brasileiro, com reconhecimento internacional, se encontra, neste exato momento, dentro de cinco gigantescas bolhas de plástico. O motivo é justo, necessário e preventivo. Pela primeira vez em sua história, as 15 peças esculpidas por Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho (1738-1814), que formam a Santa Ceia, em Congonhas, na Região Central de Minas, passam pelo processo de desinfestação denominado anóxia ou anoxia, para matar cupins e evitar a proliferação dos insetos, caso presentes na madeira.

O método consiste em colocar as imagens dentro da bolha de plástico especial – cada uma tem 3 m de comprimento, 2 m de largura e 1 m de altura –, fechada com barreiras e válvulas. Quando tudo está bem acondicionado e vedado, a equipe técnica injeta nitrogênio para ser retirado todo o oxigênio existente no interior da bolha. Dessa forma, “tudo o que estiver vivo lá dentro morre”, diz o especialista Adriano Ramos, do Grupo Oficina de Restauro, de Belo Horizonte, à frente do processo de desinfestação. Ele informa que foram localizados ovos dos insetos numa das esculturas, daí a urgência da prevenção.

Peças passam pelo processo de desinfestação denominado anóxia ou anoxia, para matar cupins e evitar a proliferação dos insetos
Peças passam pelo processo de desinfestação denominado anóxia ou anoxia, para matar cupins e evitar a proliferação dos insetosJair Amaral/EM/D.A press

Exposto na capela da Santa Ceia, um dos seis Passos da Paixão de Cristo, que guardam as 64 peças sacras esculpidas por Aleijadinho, no entorno da Basílica do Senhor Bom Jesus de Matosinhos, as 15 imagens do tesouro barroco de Minas ficarão na bolha durante 45 dias. Enquanto isso, a prefeitura conduz o trabalho de conservação das capelas, com acompanhamento do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), pois os bens são tombados pela União e integram o complexo arquitetônico e artístico (incluindo os 12 profetas esculpidos também por Aleijadinho, no adro da basílica) reconhecido como Patrimônio Mundial.

Segurança

Dentro de rigoroso esquema de segurança, com proteção da Guarda Municipal e Polícia Militar, as peças foram retiradas, há duas semanas, da capela da Santa Ceia, informa o diretor de Patrimônio da Prefeitura de Congonhas, arquiteto Hugo Cordeiro. “Esperamos que a Santa Ceia possa ser admirada novamente, no Passo, até o Natal”, afirma. Além da figura do Cristo, dos 12 apóstolos e dois servos, fazem parte do acervo um leitãozinho numa bandeja e a mesa. Em tamanho natural, foram feitas por Aleijadinho entre 1796 e 1799.

O trabalho de desinfestação, com recurso de um termo de ajustamento de conduta (TAC) firmado pelo Ministério Público Federal, ocorre em lugar mantido em sigilo, seguindo monitorado pela equipe comandada por Adriano Ramos. Enquanto verificam uma das bolhas com as imagens de Cristo e dos apóstolos João (São João Evangelista) e Bartolomeu (São Bartolomeu), ele e o técnico em restauração Fábio Canuto falam sobre o processo de anóxia ou anoxia e mostram equipamentos usados, incluindo o oxímero, que monitora os níveis de nitrogênio e de oxigênio, o qual precisa estar “zerado” dentro da bolha.

Depois de colocadas as peças dentro da bolha, tomando o cuidado para que não encostem no plástico, a equipe injeta o nitrogênio, faz a selagem e a vedação com válvulas. A partir daí, é ficar de olho e esperar o resultado. Com experiência de décadas na restauração de bens culturais, Adriano Ramos não se cansa de exaltar a beleza e a qualidade das peças, um patrimônio visitado por gente do mundo inteiro. “São de cedro vermelho, esculpidas no final do século XVIII. Na época, a madeira, após cortada, ficava secando por um ano.”

Restauro das capelas

Em outra frente de trabalho, desta vez com recursos da Prefeitura de Congonhas, está em andamento a restauração das seis capelas abrigando sete cenas da Paixão de Cristo. O prazo previsto das intervenções é de seis meses. Na primeira capela, a da Santa Ceia, os trabalhos estão a todo vapor, conforme comprovou o EM, na manhã de quinta-feira, na companhia do diretor de Patrimônio, Hugo Cordeiro, e do engenheiro Ronaldo José Silva de Lourdes, ambos da prefeitura local, da arquiteta Raymara Luz, do escritório do Iphan na cidade e da técnica em conservação e restauração, Adenice Souza, também do Iphan.

Iniciados há duas semanas, os serviços na capela da Santa Ceia, a maior das seis e primeira a ser construída (entre 1799 e 1808), têm previsão de término antes do Natal, quando as peças deverão estar no local. A conservação dos templos, com material (cal, argamassa de cal e areia) e técnicas construtivas da época, segundo Raymara, contempla a recomposição de rebocos e algumas partes degradadas, tratamento das cúpulas, limpeza das cantarias e pintura das esquadrias de madeira. Devido às chuvas do ano passado, a capela foi coberta provisoriamente, conforme documentou o EM, por uma estrutura metálica e lona, afixada no chão – a instalação da proteção foi em 22 de março, pela Prefeitura de Congonhas.

O trabalho de conservação das seis capelas será feito por etapas, informa Raymara. Na sequência, após Santa Ceia, estão Horto das Oliveiras, Prisão, Flagelação e Coroa de Espinhos, Cruz às Costas e Crucificação (ver o quadro). Nesse período, a ação de desinfestação poderá ocorrer tanto nesse espaço como em outro determinado pela reitoria da basílica, vinculada à Arquidiocese de Mariana, e que tem como reitor o cônego Nédson Pereira de Assis.

Duas frentes de trabalho

1) Esculturas de Aleijadinho

– 15 peças da capela da Santa Ceia passam pelo processo de desinfestação via anóxia ou anoxia. O prazo é de 45 dias.

– Todo o conjunto de 64 peças, no prazo de 13 meses, passará pelo mesmo processo. Algumas esculturas dentro da capela, outras em local a ser determinado.

– Os recursos para esse trabalho provém de um termo de ajustamento de conduta (TAC) firmado pelo Ministério Público Federal.

2) Capelas ou Passos da Paixão de Cristo

– As seis capelas, no entorno da Basílica do Bom Jesus de Matosinhos, passarão pelo processo de conservação.

– A primeira é a da Santa Ceia. A expectativa é ficar pronta, com as 15 peças, antes do Natal.

– Os recursos para a obra são da Prefeitura de Congonhas

Arte e fé
Conheça a história das seis capelas de Congonhas que retratam os Passos da Paixão de Cristo e trazem, na fachada, citações bíblicas:

1) Santa Ceia

Construída entre 1799 e 1808, é a maior das capelas, com 10 metros de altura e área de 6m x 6m. Traz os 12 apóstolos, Cristo e dois servos esculpidos por Aleijadinho, que teria também sido o responsável pelo desenho do prédio. Segundo pesquisas, foi a única que Aleijadinho viu concluída. As pinturas das paredes são de Mestre Ataíde. A citação em latim sobre a porta é de São Mateus: “Enquanto ceavam, Ele tomou o pão e disse: ‘Eis o meu corpo’”.

2) Horto das Oliveiras

Cristo suando sangue, o anjo da amargura com o cálice e os apóstolos Pedro, Tiago e João são as imagens que compõem o cenário criado pelo Mestre Ataíde. Foi construída entre 1813 e 1818. A citação é de São Lucas: “Tendo caído em agonia, orava com mais insistência”.

3) Prisão

O cenário pintado por Ataíde recria o Monte das Oliveiras, com colunas e decoração, arcos e vegetação para valorizar o conjunto de peças – Cristo, Judas, São Pedro e soldados. A citação é de São Marcos: “Como se fosse um ladrão, com espadas e varapaus, vieste prender-Me?”.

4) Flagelação e Coroação de Espinhos

Da construção das primeiras capelas às três seguintes passaram-se quase cinco décadas, sendo a obra feita de 1864 a 1875. Esse passo, um dos mais visitados pelos turistas, mostra duas cenas separadas por uma barra. Do lado esquerdo, está Cristo atado a uma coluna, enquanto um soldado o esbofeteia; do direito, a imagem também conhecida como Senhor da Pedra Fria ou Cristo da Cana Verde. A citação é de São João: “Eis o homem”. A policromia das imagens da capela, da Cruz às Costas e da Crucificação é de autoria de Francisco Xavier Carneiro, contemporâneo do Mestre Ataíde.

5) Cruz às Costas

Construída entre 1864 e 1875. As imagens esculpidas por Aleijadinho mostram Cristo ao lado de duas mulheres, de guardas romanos, do mascote da guarda e de um arauto que anuncia o cortejo pelas ruas de Jerusalém. As pinturas nas paredes são de autor desconhecido. A citação é de São João: “Tomando sobre si a cruz”.

6) Crucificação

As peças mostram Maria Madalena ao pé da cruz, soldados disputando as vestes de Cristo, o centurião romano São Longuinho, o bom ladrão, Dimas, e o mau ladrão, Gestas. A citação é de São João: “Num lugar chamado Gólgota, O crucificaram. Com Ele, outros dois, um de cada lado”.

Fonte: Luciomar Sebastião de Jesus, escultor e pesquisador de Congonhas

FONTE ESTADO DE MINAS

Ícones do Barroco brasileiro passam por desinfestação em Congonhas

Pela primeira vez em sua história, as 15 peças esculpidas pelo Aleijadinho, que formam a Santa Ceia, em Congonhas, na Região Central de Minas, passam pelo processo de desinfestação

Congonhas – Um acervo extraordinário do Barroco brasileiro, com reconhecimento internacional, se encontra, neste exato momento, dentro de cinco gigantescas bolhas de plástico. O motivo é justo, necessário e preventivo. Pela primeira vez em sua história, as 15 peças esculpidas por Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho (1738-1814), que formam a Santa Ceia, em Congonhas, na Região Central de Minas, passam pelo processo de desinfestação denominado anóxia ou anoxia, para matar cupins e evitar a proliferação dos insetos, caso presentes na madeira.

O método consiste em colocar as imagens dentro da bolha de plástico especial – cada uma tem 3 m de comprimento, 2 m de largura e 1 m de altura –, fechada com barreiras e válvulas. Quando tudo está bem acondicionado e vedado, a equipe técnica injeta nitrogênio para ser retirado todo o oxigênio existente no interior da bolha. Dessa forma, “tudo o que estiver vivo lá dentro morre”, diz o especialista Adriano Ramos, do Grupo Oficina de Restauro, de Belo Horizonte, à frente do processo de desinfestação. Ele informa que foram localizados ovos dos insetos numa das esculturas, daí a urgência da prevenção.

Peças passam pelo processo de desinfestação denominado anóxia ou anoxia, para matar cupins e evitar a proliferação dos insetos
Peças passam pelo processo de desinfestação denominado anóxia ou anoxia, para matar cupins e evitar a proliferação dos insetosJair Amaral/EM/D.A press

Exposto na capela da Santa Ceia, um dos seis Passos da Paixão de Cristo, que guardam as 64 peças sacras esculpidas por Aleijadinho, no entorno da Basílica do Senhor Bom Jesus de Matosinhos, as 15 imagens do tesouro barroco de Minas ficarão na bolha durante 45 dias. Enquanto isso, a prefeitura conduz o trabalho de conservação das capelas, com acompanhamento do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), pois os bens são tombados pela União e integram o complexo arquitetônico e artístico (incluindo os 12 profetas esculpidos também por Aleijadinho, no adro da basílica) reconhecido como Patrimônio Mundial.

Segurança

Dentro de rigoroso esquema de segurança, com proteção da Guarda Municipal e Polícia Militar, as peças foram retiradas, há duas semanas, da capela da Santa Ceia, informa o diretor de Patrimônio da Prefeitura de Congonhas, arquiteto Hugo Cordeiro. “Esperamos que a Santa Ceia possa ser admirada novamente, no Passo, até o Natal”, afirma. Além da figura do Cristo, dos 12 apóstolos e dois servos, fazem parte do acervo um leitãozinho numa bandeja e a mesa. Em tamanho natural, foram feitas por Aleijadinho entre 1796 e 1799.

O trabalho de desinfestação, com recurso de um termo de ajustamento de conduta (TAC) firmado pelo Ministério Público Federal, ocorre em lugar mantido em sigilo, seguindo monitorado pela equipe comandada por Adriano Ramos. Enquanto verificam uma das bolhas com as imagens de Cristo e dos apóstolos João (São João Evangelista) e Bartolomeu (São Bartolomeu), ele e o técnico em restauração Fábio Canuto falam sobre o processo de anóxia ou anoxia e mostram equipamentos usados, incluindo o oxímero, que monitora os níveis de nitrogênio e de oxigênio, o qual precisa estar “zerado” dentro da bolha.

Depois de colocadas as peças dentro da bolha, tomando o cuidado para que não encostem no plástico, a equipe injeta o nitrogênio, faz a selagem e a vedação com válvulas. A partir daí, é ficar de olho e esperar o resultado. Com experiência de décadas na restauração de bens culturais, Adriano Ramos não se cansa de exaltar a beleza e a qualidade das peças, um patrimônio visitado por gente do mundo inteiro. “São de cedro vermelho, esculpidas no final do século XVIII. Na época, a madeira, após cortada, ficava secando por um ano.”

Restauro das capelas

Em outra frente de trabalho, desta vez com recursos da Prefeitura de Congonhas, está em andamento a restauração das seis capelas abrigando sete cenas da Paixão de Cristo. O prazo previsto das intervenções é de seis meses. Na primeira capela, a da Santa Ceia, os trabalhos estão a todo vapor, conforme comprovou o EM, na manhã de quinta-feira, na companhia do diretor de Patrimônio, Hugo Cordeiro, e do engenheiro Ronaldo José Silva de Lourdes, ambos da prefeitura local, da arquiteta Raymara Luz, do escritório do Iphan na cidade e da técnica em conservação e restauração, Adenice Souza, também do Iphan.

Iniciados há duas semanas, os serviços na capela da Santa Ceia, a maior das seis e primeira a ser construída (entre 1799 e 1808), têm previsão de término antes do Natal, quando as peças deverão estar no local. A conservação dos templos, com material (cal, argamassa de cal e areia) e técnicas construtivas da época, segundo Raymara, contempla a recomposição de rebocos e algumas partes degradadas, tratamento das cúpulas, limpeza das cantarias e pintura das esquadrias de madeira. Devido às chuvas do ano passado, a capela foi coberta provisoriamente, conforme documentou o EM, por uma estrutura metálica e lona, afixada no chão – a instalação da proteção foi em 22 de março, pela Prefeitura de Congonhas.

O trabalho de conservação das seis capelas será feito por etapas, informa Raymara. Na sequência, após Santa Ceia, estão Horto das Oliveiras, Prisão, Flagelação e Coroa de Espinhos, Cruz às Costas e Crucificação (ver o quadro). Nesse período, a ação de desinfestação poderá ocorrer tanto nesse espaço como em outro determinado pela reitoria da basílica, vinculada à Arquidiocese de Mariana, e que tem como reitor o cônego Nédson Pereira de Assis.

Duas frentes de trabalho

1) Esculturas de Aleijadinho

– 15 peças da capela da Santa Ceia passam pelo processo de desinfestação via anóxia ou anoxia. O prazo é de 45 dias.

– Todo o conjunto de 64 peças, no prazo de 13 meses, passará pelo mesmo processo. Algumas esculturas dentro da capela, outras em local a ser determinado.

– Os recursos para esse trabalho provém de um termo de ajustamento de conduta (TAC) firmado pelo Ministério Público Federal.

2) Capelas ou Passos da Paixão de Cristo

– As seis capelas, no entorno da Basílica do Bom Jesus de Matosinhos, passarão pelo processo de conservação.

– A primeira é a da Santa Ceia. A expectativa é ficar pronta, com as 15 peças, antes do Natal.

– Os recursos para a obra são da Prefeitura de Congonhas

Arte e fé
Conheça a história das seis capelas de Congonhas que retratam os Passos da Paixão de Cristo e trazem, na fachada, citações bíblicas:

1) Santa Ceia

Construída entre 1799 e 1808, é a maior das capelas, com 10 metros de altura e área de 6m x 6m. Traz os 12 apóstolos, Cristo e dois servos esculpidos por Aleijadinho, que teria também sido o responsável pelo desenho do prédio. Segundo pesquisas, foi a única que Aleijadinho viu concluída. As pinturas das paredes são de Mestre Ataíde. A citação em latim sobre a porta é de São Mateus: “Enquanto ceavam, Ele tomou o pão e disse: ‘Eis o meu corpo’”.

2) Horto das Oliveiras

Cristo suando sangue, o anjo da amargura com o cálice e os apóstolos Pedro, Tiago e João são as imagens que compõem o cenário criado pelo Mestre Ataíde. Foi construída entre 1813 e 1818. A citação é de São Lucas: “Tendo caído em agonia, orava com mais insistência”.

3) Prisão

O cenário pintado por Ataíde recria o Monte das Oliveiras, com colunas e decoração, arcos e vegetação para valorizar o conjunto de peças – Cristo, Judas, São Pedro e soldados. A citação é de São Marcos: “Como se fosse um ladrão, com espadas e varapaus, vieste prender-Me?”.

4) Flagelação e Coroação de Espinhos

Da construção das primeiras capelas às três seguintes passaram-se quase cinco décadas, sendo a obra feita de 1864 a 1875. Esse passo, um dos mais visitados pelos turistas, mostra duas cenas separadas por uma barra. Do lado esquerdo, está Cristo atado a uma coluna, enquanto um soldado o esbofeteia; do direito, a imagem também conhecida como Senhor da Pedra Fria ou Cristo da Cana Verde. A citação é de São João: “Eis o homem”. A policromia das imagens da capela, da Cruz às Costas e da Crucificação é de autoria de Francisco Xavier Carneiro, contemporâneo do Mestre Ataíde.

5) Cruz às Costas

Construída entre 1864 e 1875. As imagens esculpidas por Aleijadinho mostram Cristo ao lado de duas mulheres, de guardas romanos, do mascote da guarda e de um arauto que anuncia o cortejo pelas ruas de Jerusalém. As pinturas nas paredes são de autor desconhecido. A citação é de São João: “Tomando sobre si a cruz”.

6) Crucificação

As peças mostram Maria Madalena ao pé da cruz, soldados disputando as vestes de Cristo, o centurião romano São Longuinho, o bom ladrão, Dimas, e o mau ladrão, Gestas. A citação é de São João: “Num lugar chamado Gólgota, O crucificaram. Com Ele, outros dois, um de cada lado”.

Fonte: Luciomar Sebastião de Jesus, escultor e pesquisador de Congonhas

FONTE ESTADO DE MINAS

Ouro Preto ganha exposição virtual sobre a vida e a obra de Aleijadinho

A mostra começa em novembro, mês da morte do artista, no Museu da Inconfidência

A exposição ‘Aleijadinho Virtual – O primeiro artista brasileiro’ vai acontecer a partir do dia 11 de novembro no Museu da Inconfidência em Ouro Preto. A mostra vai reunir, de forma inédita, a vida e as principais obras do maior mestre do barroco-rococó das Américas. Os visitantes terão acesso a uma experiência interativa em realidade virtual (VR) e uma exposição com as obras em realidade aumentada (AR). A mostra é realizada pelo Studio KwO XR, e conta com o patrocínio do Instituto Cultural Vale através da Lei de Incentivo à Cultura. A entrada é franca.

Um dos objetivos da exposição, que acontece até o dia 10 de dezembro, é contribuir para a preservação do patrimônio do artista, criando um registro digital de alta definição de suas obras mais importantes. A mostra é composta por duas partes: uma experiência interativa em realidade virtual (VR), e uma exposição de obras do artista em realidade aumentada (AR). Na experiência VR haverá três estações de realidade virtual de última geração, com sessões individuais a cada 15 minutos em cada uma delas. O público poderá agendar gratuitamente um horário e ao colocar os óculos será transportado para um encontro virtual com Aleijadinho em meio as suas obras mais famosas em Ouro Preto e Congonhas. Os visitantes poderão se movimentar dentro da experiência, interagir com objetos e até mesmo esculpir um dos 12 Profetas de Aleijadinho enquanto o Mestre os guia no ofício. A experiência VR é aberta para maiores de 12 anos.

Já a exposição em realidade aumentada vai mostrar dezenas de obras de Aleijadinho digitalmente em 3D. Usando a câmera de seus próprios celulares, o público poderá ver as obras como hologramas em alta definição presentes no espaço físico da exposição. Entre as obras estão Cristo com Cruz às Costas, o altar da Igreja de São Francisco e os 12 Profetas do Santuário de Bom Jesus de Matosinhos. A classificação é livre e não é necessário agendamento prévio.

“A ideia do projeto surgiu quando fomos convidados para criar uma experiência imersiva em torno das festividades da Semana Santa em Congonhas, e o local mais importante das festas religiosas era o Santuário de Bom Jesus de Matosinhos, que reúne um conjunto de obras de Aleijadinho. Na ocasião percebemos que, apesar de ser considerado o maior artista do período colonial e patrono das artes no Brasil, Aleijadinho não era realmente conhecido pelo público”, explicou Francisco Almendra, diretor do projeto.

Inovação e tecnologia

Segundo Francisco Almendra, a exposição recria Aleijadinho digitalmente de maneira fiel às pesquisas históricas, mas com uma voz contemporânea, ligada em temas atuais. Foi usado scan 3D para digitalizar suas obras mais famosas em alta resolução, mas ao invés de encontrá-las distantes e frias como num museu, o público vai ficar lado a lado com Aleijadinho e ajudar a esculpir um dos profetas de pedra sabão em sua oficina. 

“Hoje em dia ninguém quer viver passivamente como se fazia no passado; queremos interagir, trocar. E é isso que vamos fazer em ‘Aleijadinho Virtual’: interagir em primeira mão com o primeiro grande artista brasileiro, utilizando a tecnologia para facilitar essa ponte entre o passado e o futuro, levando o físico para o digital, e nos convidando a fazer parte da História”, explicou Almendra.

Para Alex Calheiros, diretor do Museu da Inconfidência, “Aleijadinho tem uma presença significativa em muitos lugares da cidade. Na Igreja de São Francisco, no próprio Museu da Inconfidência com uma sala dedicada a ele, e em outras igrejas e espaços que também tem obras dele. Porém, essa mostra tem um caráter um pouco diferente, já que não vamos exibir fisicamente as obras do Aleijadinho e sim uma exposição imersiva, usando realidade aumentada e realidade virtual. Então é uma mostra com um caráter mais moderno e educativo. Será importante para uma maior aproximação com as escolas e com um público mais amplo, como as crianças e adolescentes”.

A história de Aleijadinho

Famoso por suas obras sacras, Antônio Francisco Lisboa, Aleijadinho criou um novo estilo de escultura e arquitetura brasileira. Pouco se sabe sobre a sua doença misteriosa, que começou depois dos 40 anos, quando ele já era um artista conhecido. Aleijadinho era negro e alforriado, filho de um português com uma mulher africana escravizada. O artista faleceu em 18 de novembro de 1814.

Preservação do patrimônio material

O projeto ‘Aleijadinho Virtual’ tem por objetivo preservar o patrimônio material do artista, com um registro digital de alta definição das suas obras mais importantes. O processo de escaneamento 3D se deu em colaboração com o Museu da Inconfidência, o Museu Congonhas, o IPHAN, as Secretarias de Cultura de Ouro Preto e Congonhas e as Arquidioceses de Mariana e de Ouro Preto.

Usando um processo chamado fotogrametria, foi criado um registro fotográfico minucioso das peças somando milhares de imagens e com isso modelos 3D de alta resolução de cada obra registrada. Esses modelos 3D servirão tanto para a exposição digital e a experiência VR, quanto para fins de preservação e pesquisa.

A coleção completa de modelos 3D será disponibilizada para as equipes do IPHAN, Museu da Inconfidência e Museu Congonhas, e poderão ser usadas futuramente por pesquisadores da área ligados a estas instituições. A partir do dia 15 de dezembro a exposição segue para Congonhas.

Sobre o Studio KwO XR

O Studio KwO XR é um estúdio carioca especializado em criar experiências em realidade virtual e aumentada para clientes e parceiros ao redor do mundo, assim como projetos autorais para o grande público. Pioneiro no setor imersivo brasileiro, o KwO conquistou o Emmy 2020 em Novas Abordagens em Documentário por sua participação em “Awavena”; em 2023, conquistou o prêmio de Melhor Experiência VR com “Tinta & Fogo” no Laval Virtual, o maior festival VR da Europa. 

O portfólio do KwO inclui mais de 80 projetos desde 2015, englobando pesquisa, criação, produção e distribuição em realidades estendidas e metaverso. Seus clientes incluem grandes marcas como Coca-Cola, Tetra Pak e Bradesco; veículos de comunicação como The Washington Post, Al-Jazeera, TV Globo e TV Record; instituições como UNESCO, BNDES, MPRJ e SESC; e artistas consagrados como Vik Muniz e Maria Nepomuceno. Em seu trabalho autoral, o Studio KwO cria experiências interativas e exposições imersivas em temas variados ligados à cultura e ao meio-ambiente — tais como Tinta & Fogo, Aleijadinho Virtual, e Mário de Andrade e a Origem de Macunaíma. 

Sobre o Instituto Cultural Vale

O Instituto Cultural Vale parte do princípio de que viver a cultura possibilita às pessoas ampliarem sua visão de mundo e criarem novas perspectivas de futuro. Tem um importante papel na transformação social e busca democratizar o acesso, fomentar a arte, a cultura, o conhecimento e a difusão de diversas expressões artísticas do nosso país, ao mesmo tempo em que contribui para o fortalecimento da economia criativa. Nos anos 2020-2022, o Instituto Cultural Vale patrocinou mais de 600 projetos em mais de 24 estados e no Distrito Federal. Dentre eles, uma rede de espaços culturais próprios, patrocinados via Lei Federal de Incentivo à Cultura, com visitação gratuita, identidade e vocação únicas: Memorial Minas Gerais Vale (MG), Museu Vale (ES), Centro Cultural Vale Maranhão (MA) e Casa da Cultura de Canaã dos Carajás (PA). Onde tem Cultura, a Vale está. Visite o site do Instituto Cultural Vale: institutoculturalvale.org

SERVIÇO:

Aleijadinho Virtual – O primeiro artista brasileiro’ – experiência interativa em realidade virtual (VR) e exposição de obras do artista em realidade aumentada (AR)

Data: de 11 de novembro a 10 de dezembro no anexo do Museu da Inconfidência (Praça Tiradentes, 139 – Centro Histórico – Ouro Preto). Horário: de terça-feira a domingo, das 10h às 17h

Experiência interativa VR: agendar pelo site aleijadinhovirtual.com.br . Classificação 12 anos.

Exposição virtual: sem agendamento prévio. Classificação livre.

Entrada gratuita 

 Palestra gratuita aberta ao público:

Dia 10/11, às 18h, no Museu da Inconfidência, Ouro Preto (lugares limitados com agendamento prévio): A realidade virtual e as técnicas de digitalização 3D utilizadas no projeto Aleijadinho – O Primeiro Artista Brasileiro. Duração 1 hora.

Maiores informações: www.studiokwo.com / contato@studiokwo.com / IG: @studiokwo

Ouro Preto ganha exposição virtual sobre a vida e a obra de Aleijadinho

A mostra começa em novembro, mês da morte do artista, no Museu da Inconfidência

A exposição ‘Aleijadinho Virtual – O primeiro artista brasileiro’ vai acontecer a partir do dia 11 de novembro no Museu da Inconfidência em Ouro Preto. A mostra vai reunir, de forma inédita, a vida e as principais obras do maior mestre do barroco-rococó das Américas. Os visitantes terão acesso a uma experiência interativa em realidade virtual (VR) e uma exposição com as obras em realidade aumentada (AR). A mostra é realizada pelo Studio KwO XR, e conta com o patrocínio do Instituto Cultural Vale através da Lei de Incentivo à Cultura. A entrada é franca.

Um dos objetivos da exposição, que acontece até o dia 10 de dezembro, é contribuir para a preservação do patrimônio do artista, criando um registro digital de alta definição de suas obras mais importantes. A mostra é composta por duas partes: uma experiência interativa em realidade virtual (VR), e uma exposição de obras do artista em realidade aumentada (AR). Na experiência VR haverá três estações de realidade virtual de última geração, com sessões individuais a cada 15 minutos em cada uma delas. O público poderá agendar gratuitamente um horário e ao colocar os óculos será transportado para um encontro virtual com Aleijadinho em meio as suas obras mais famosas em Ouro Preto e Congonhas. Os visitantes poderão se movimentar dentro da experiência, interagir com objetos e até mesmo esculpir um dos 12 Profetas de Aleijadinho enquanto o Mestre os guia no ofício. A experiência VR é aberta para maiores de 12 anos.

Já a exposição em realidade aumentada vai mostrar dezenas de obras de Aleijadinho digitalmente em 3D. Usando a câmera de seus próprios celulares, o público poderá ver as obras como hologramas em alta definição presentes no espaço físico da exposição. Entre as obras estão Cristo com Cruz às Costas, o altar da Igreja de São Francisco e os 12 Profetas do Santuário de Bom Jesus de Matosinhos. A classificação é livre e não é necessário agendamento prévio.

“A ideia do projeto surgiu quando fomos convidados para criar uma experiência imersiva em torno das festividades da Semana Santa em Congonhas, e o local mais importante das festas religiosas era o Santuário de Bom Jesus de Matosinhos, que reúne um conjunto de obras de Aleijadinho. Na ocasião percebemos que, apesar de ser considerado o maior artista do período colonial e patrono das artes no Brasil, Aleijadinho não era realmente conhecido pelo público”, explicou Francisco Almendra, diretor do projeto.

Inovação e tecnologia

Segundo Francisco Almendra, a exposição recria Aleijadinho digitalmente de maneira fiel às pesquisas históricas, mas com uma voz contemporânea, ligada em temas atuais. Foi usado scan 3D para digitalizar suas obras mais famosas em alta resolução, mas ao invés de encontrá-las distantes e frias como num museu, o público vai ficar lado a lado com Aleijadinho e ajudar a esculpir um dos profetas de pedra sabão em sua oficina. 

“Hoje em dia ninguém quer viver passivamente como se fazia no passado; queremos interagir, trocar. E é isso que vamos fazer em ‘Aleijadinho Virtual’: interagir em primeira mão com o primeiro grande artista brasileiro, utilizando a tecnologia para facilitar essa ponte entre o passado e o futuro, levando o físico para o digital, e nos convidando a fazer parte da História”, explicou Almendra.

Para Alex Calheiros, diretor do Museu da Inconfidência, “Aleijadinho tem uma presença significativa em muitos lugares da cidade. Na Igreja de São Francisco, no próprio Museu da Inconfidência com uma sala dedicada a ele, e em outras igrejas e espaços que também tem obras dele. Porém, essa mostra tem um caráter um pouco diferente, já que não vamos exibir fisicamente as obras do Aleijadinho e sim uma exposição imersiva, usando realidade aumentada e realidade virtual. Então é uma mostra com um caráter mais moderno e educativo. Será importante para uma maior aproximação com as escolas e com um público mais amplo, como as crianças e adolescentes”.

A história de Aleijadinho

Famoso por suas obras sacras, Antônio Francisco Lisboa, Aleijadinho criou um novo estilo de escultura e arquitetura brasileira. Pouco se sabe sobre a sua doença misteriosa, que começou depois dos 40 anos, quando ele já era um artista conhecido. Aleijadinho era negro e alforriado, filho de um português com uma mulher africana escravizada. O artista faleceu em 18 de novembro de 1814.

Preservação do patrimônio material

O projeto ‘Aleijadinho Virtual’ tem por objetivo preservar o patrimônio material do artista, com um registro digital de alta definição das suas obras mais importantes. O processo de escaneamento 3D se deu em colaboração com o Museu da Inconfidência, o Museu Congonhas, o IPHAN, as Secretarias de Cultura de Ouro Preto e Congonhas e as Arquidioceses de Mariana e de Ouro Preto.

Usando um processo chamado fotogrametria, foi criado um registro fotográfico minucioso das peças somando milhares de imagens e com isso modelos 3D de alta resolução de cada obra registrada. Esses modelos 3D servirão tanto para a exposição digital e a experiência VR, quanto para fins de preservação e pesquisa.

A coleção completa de modelos 3D será disponibilizada para as equipes do IPHAN, Museu da Inconfidência e Museu Congonhas, e poderão ser usadas futuramente por pesquisadores da área ligados a estas instituições. A partir do dia 15 de dezembro a exposição segue para Congonhas.

Sobre o Studio KwO XR

O Studio KwO XR é um estúdio carioca especializado em criar experiências em realidade virtual e aumentada para clientes e parceiros ao redor do mundo, assim como projetos autorais para o grande público. Pioneiro no setor imersivo brasileiro, o KwO conquistou o Emmy 2020 em Novas Abordagens em Documentário por sua participação em “Awavena”; em 2023, conquistou o prêmio de Melhor Experiência VR com “Tinta & Fogo” no Laval Virtual, o maior festival VR da Europa. 

O portfólio do KwO inclui mais de 80 projetos desde 2015, englobando pesquisa, criação, produção e distribuição em realidades estendidas e metaverso. Seus clientes incluem grandes marcas como Coca-Cola, Tetra Pak e Bradesco; veículos de comunicação como The Washington Post, Al-Jazeera, TV Globo e TV Record; instituições como UNESCO, BNDES, MPRJ e SESC; e artistas consagrados como Vik Muniz e Maria Nepomuceno. Em seu trabalho autoral, o Studio KwO cria experiências interativas e exposições imersivas em temas variados ligados à cultura e ao meio-ambiente — tais como Tinta & Fogo, Aleijadinho Virtual, e Mário de Andrade e a Origem de Macunaíma. 

Sobre o Instituto Cultural Vale

O Instituto Cultural Vale parte do princípio de que viver a cultura possibilita às pessoas ampliarem sua visão de mundo e criarem novas perspectivas de futuro. Tem um importante papel na transformação social e busca democratizar o acesso, fomentar a arte, a cultura, o conhecimento e a difusão de diversas expressões artísticas do nosso país, ao mesmo tempo em que contribui para o fortalecimento da economia criativa. Nos anos 2020-2022, o Instituto Cultural Vale patrocinou mais de 600 projetos em mais de 24 estados e no Distrito Federal. Dentre eles, uma rede de espaços culturais próprios, patrocinados via Lei Federal de Incentivo à Cultura, com visitação gratuita, identidade e vocação únicas: Memorial Minas Gerais Vale (MG), Museu Vale (ES), Centro Cultural Vale Maranhão (MA) e Casa da Cultura de Canaã dos Carajás (PA). Onde tem Cultura, a Vale está. Visite o site do Instituto Cultural Vale: institutoculturalvale.org

SERVIÇO:

Aleijadinho Virtual – O primeiro artista brasileiro’ – experiência interativa em realidade virtual (VR) e exposição de obras do artista em realidade aumentada (AR)

Data: de 11 de novembro a 10 de dezembro no anexo do Museu da Inconfidência (Praça Tiradentes, 139 – Centro Histórico – Ouro Preto). Horário: de terça-feira a domingo, das 10h às 17h

Experiência interativa VR: agendar pelo site aleijadinhovirtual.com.br . Classificação 12 anos.

Exposição virtual: sem agendamento prévio. Classificação livre.

Entrada gratuita 

 Palestra gratuita aberta ao público:

Dia 10/11, às 18h, no Museu da Inconfidência, Ouro Preto (lugares limitados com agendamento prévio): A realidade virtual e as técnicas de digitalização 3D utilizadas no projeto Aleijadinho – O Primeiro Artista Brasileiro. Duração 1 hora.

Maiores informações: www.studiokwo.com / contato@studiokwo.com / IG: @studiokwo

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