Ouro Preto ganha exposição virtual sobre a vida e a obra de Aleijadinho

A mostra começa em novembro, mês da morte do artista, no Museu da Inconfidência

A exposição ‘Aleijadinho Virtual – O primeiro artista brasileiro’ vai acontecer a partir do dia 11 de novembro no Museu da Inconfidência em Ouro Preto. A mostra vai reunir, de forma inédita, a vida e as principais obras do maior mestre do barroco-rococó das Américas. Os visitantes terão acesso a uma experiência interativa em realidade virtual (VR) e uma exposição com as obras em realidade aumentada (AR). A mostra é realizada pelo Studio KwO XR, e conta com o patrocínio do Instituto Cultural Vale através da Lei de Incentivo à Cultura. A entrada é franca.

Um dos objetivos da exposição, que acontece até o dia 10 de dezembro, é contribuir para a preservação do patrimônio do artista, criando um registro digital de alta definição de suas obras mais importantes. A mostra é composta por duas partes: uma experiência interativa em realidade virtual (VR), e uma exposição de obras do artista em realidade aumentada (AR). Na experiência VR haverá três estações de realidade virtual de última geração, com sessões individuais a cada 15 minutos em cada uma delas. O público poderá agendar gratuitamente um horário e ao colocar os óculos será transportado para um encontro virtual com Aleijadinho em meio as suas obras mais famosas em Ouro Preto e Congonhas. Os visitantes poderão se movimentar dentro da experiência, interagir com objetos e até mesmo esculpir um dos 12 Profetas de Aleijadinho enquanto o Mestre os guia no ofício. A experiência VR é aberta para maiores de 12 anos.

Já a exposição em realidade aumentada vai mostrar dezenas de obras de Aleijadinho digitalmente em 3D. Usando a câmera de seus próprios celulares, o público poderá ver as obras como hologramas em alta definição presentes no espaço físico da exposição. Entre as obras estão Cristo com Cruz às Costas, o altar da Igreja de São Francisco e os 12 Profetas do Santuário de Bom Jesus de Matosinhos. A classificação é livre e não é necessário agendamento prévio.

“A ideia do projeto surgiu quando fomos convidados para criar uma experiência imersiva em torno das festividades da Semana Santa em Congonhas, e o local mais importante das festas religiosas era o Santuário de Bom Jesus de Matosinhos, que reúne um conjunto de obras de Aleijadinho. Na ocasião percebemos que, apesar de ser considerado o maior artista do período colonial e patrono das artes no Brasil, Aleijadinho não era realmente conhecido pelo público”, explicou Francisco Almendra, diretor do projeto.

Inovação e tecnologia

Segundo Francisco Almendra, a exposição recria Aleijadinho digitalmente de maneira fiel às pesquisas históricas, mas com uma voz contemporânea, ligada em temas atuais. Foi usado scan 3D para digitalizar suas obras mais famosas em alta resolução, mas ao invés de encontrá-las distantes e frias como num museu, o público vai ficar lado a lado com Aleijadinho e ajudar a esculpir um dos profetas de pedra sabão em sua oficina. 

“Hoje em dia ninguém quer viver passivamente como se fazia no passado; queremos interagir, trocar. E é isso que vamos fazer em ‘Aleijadinho Virtual’: interagir em primeira mão com o primeiro grande artista brasileiro, utilizando a tecnologia para facilitar essa ponte entre o passado e o futuro, levando o físico para o digital, e nos convidando a fazer parte da História”, explicou Almendra.

Para Alex Calheiros, diretor do Museu da Inconfidência, “Aleijadinho tem uma presença significativa em muitos lugares da cidade. Na Igreja de São Francisco, no próprio Museu da Inconfidência com uma sala dedicada a ele, e em outras igrejas e espaços que também tem obras dele. Porém, essa mostra tem um caráter um pouco diferente, já que não vamos exibir fisicamente as obras do Aleijadinho e sim uma exposição imersiva, usando realidade aumentada e realidade virtual. Então é uma mostra com um caráter mais moderno e educativo. Será importante para uma maior aproximação com as escolas e com um público mais amplo, como as crianças e adolescentes”.

A história de Aleijadinho

Famoso por suas obras sacras, Antônio Francisco Lisboa, Aleijadinho criou um novo estilo de escultura e arquitetura brasileira. Pouco se sabe sobre a sua doença misteriosa, que começou depois dos 40 anos, quando ele já era um artista conhecido. Aleijadinho era negro e alforriado, filho de um português com uma mulher africana escravizada. O artista faleceu em 18 de novembro de 1814.

Preservação do patrimônio material

O projeto ‘Aleijadinho Virtual’ tem por objetivo preservar o patrimônio material do artista, com um registro digital de alta definição das suas obras mais importantes. O processo de escaneamento 3D se deu em colaboração com o Museu da Inconfidência, o Museu Congonhas, o IPHAN, as Secretarias de Cultura de Ouro Preto e Congonhas e as Arquidioceses de Mariana e de Ouro Preto.

Usando um processo chamado fotogrametria, foi criado um registro fotográfico minucioso das peças somando milhares de imagens e com isso modelos 3D de alta resolução de cada obra registrada. Esses modelos 3D servirão tanto para a exposição digital e a experiência VR, quanto para fins de preservação e pesquisa.

A coleção completa de modelos 3D será disponibilizada para as equipes do IPHAN, Museu da Inconfidência e Museu Congonhas, e poderão ser usadas futuramente por pesquisadores da área ligados a estas instituições. A partir do dia 15 de dezembro a exposição segue para Congonhas.

Sobre o Studio KwO XR

O Studio KwO XR é um estúdio carioca especializado em criar experiências em realidade virtual e aumentada para clientes e parceiros ao redor do mundo, assim como projetos autorais para o grande público. Pioneiro no setor imersivo brasileiro, o KwO conquistou o Emmy 2020 em Novas Abordagens em Documentário por sua participação em “Awavena”; em 2023, conquistou o prêmio de Melhor Experiência VR com “Tinta & Fogo” no Laval Virtual, o maior festival VR da Europa. 

O portfólio do KwO inclui mais de 80 projetos desde 2015, englobando pesquisa, criação, produção e distribuição em realidades estendidas e metaverso. Seus clientes incluem grandes marcas como Coca-Cola, Tetra Pak e Bradesco; veículos de comunicação como The Washington Post, Al-Jazeera, TV Globo e TV Record; instituições como UNESCO, BNDES, MPRJ e SESC; e artistas consagrados como Vik Muniz e Maria Nepomuceno. Em seu trabalho autoral, o Studio KwO cria experiências interativas e exposições imersivas em temas variados ligados à cultura e ao meio-ambiente — tais como Tinta & Fogo, Aleijadinho Virtual, e Mário de Andrade e a Origem de Macunaíma. 

Sobre o Instituto Cultural Vale

O Instituto Cultural Vale parte do princípio de que viver a cultura possibilita às pessoas ampliarem sua visão de mundo e criarem novas perspectivas de futuro. Tem um importante papel na transformação social e busca democratizar o acesso, fomentar a arte, a cultura, o conhecimento e a difusão de diversas expressões artísticas do nosso país, ao mesmo tempo em que contribui para o fortalecimento da economia criativa. Nos anos 2020-2022, o Instituto Cultural Vale patrocinou mais de 600 projetos em mais de 24 estados e no Distrito Federal. Dentre eles, uma rede de espaços culturais próprios, patrocinados via Lei Federal de Incentivo à Cultura, com visitação gratuita, identidade e vocação únicas: Memorial Minas Gerais Vale (MG), Museu Vale (ES), Centro Cultural Vale Maranhão (MA) e Casa da Cultura de Canaã dos Carajás (PA). Onde tem Cultura, a Vale está. Visite o site do Instituto Cultural Vale: institutoculturalvale.org

SERVIÇO:

Aleijadinho Virtual – O primeiro artista brasileiro’ – experiência interativa em realidade virtual (VR) e exposição de obras do artista em realidade aumentada (AR)

Data: de 11 de novembro a 10 de dezembro no anexo do Museu da Inconfidência (Praça Tiradentes, 139 – Centro Histórico – Ouro Preto). Horário: de terça-feira a domingo, das 10h às 17h

Experiência interativa VR: agendar pelo site aleijadinhovirtual.com.br . Classificação 12 anos.

Exposição virtual: sem agendamento prévio. Classificação livre.

Entrada gratuita 

 Palestra gratuita aberta ao público:

Dia 10/11, às 18h, no Museu da Inconfidência, Ouro Preto (lugares limitados com agendamento prévio): A realidade virtual e as técnicas de digitalização 3D utilizadas no projeto Aleijadinho – O Primeiro Artista Brasileiro. Duração 1 hora.

Maiores informações: www.studiokwo.com / contato@studiokwo.com / IG: @studiokwo

Preservação do patrimônio: Começam as restaurações das capelas e esculturas de Aleijadinho em Congonhas

A Secretaria Municipal de Planejamento e Gestão (Seplag), por meio da Superintendência de Gestão de Cidades, através da Diretoria de Patrimônio, informa que deu início aos trabalhos de execução dos serviços especializados de desinfecção, pelo método “anoxia”, nas esculturas e peças da capela da Santa Ceia, que fazem parte do conjunto de obras do mestre Aleijadinho dispostas no adro da Basílica do Senhor Bom Jesus de Matosinhos, em Congonhas MG.

Trata-se de importante ação de preservação do patrimônio histórico e artístico local que há vários anos não acontecia e que vai proporcionar maior salvaguarda e longevidade aos monumentos que fazem parte do conjunto tombado pela Unesco como patrimônio da humanidade em Congonhas.

Na capela da Santa Ceia, a desinfecção será nos dois armários, mesas, tablado e banco, além das esculturas que se encontram ali dispostas. Elas já passam pelo processo inicial de embalagem. Os procedimentos serão acompanhados por equipe técnica especializada da Prefeitura, Iphan e empresa contratada. Além disso, todas as forças de segurança foram acionadas e as medidas adotadas para agir sob qualquer possível eventualidade durante o processo.

De acordo com projeto técnico, o trabalho tem previsão de 8 meses.

Por: Daniel Palazzi – Comunicação Prefeitura de Congonhas
Foto: Hugo Cordeiro

Preservação do patrimônio: Começam as restaurações das capelas e esculturas de Aleijadinho em Congonhas

A Secretaria Municipal de Planejamento e Gestão (Seplag), por meio da Superintendência de Gestão de Cidades, através da Diretoria de Patrimônio, informa que deu início aos trabalhos de execução dos serviços especializados de desinfecção, pelo método “anoxia”, nas esculturas e peças da capela da Santa Ceia, que fazem parte do conjunto de obras do mestre Aleijadinho dispostas no adro da Basílica do Senhor Bom Jesus de Matosinhos, em Congonhas MG.

Trata-se de importante ação de preservação do patrimônio histórico e artístico local que há vários anos não acontecia e que vai proporcionar maior salvaguarda e longevidade aos monumentos que fazem parte do conjunto tombado pela Unesco como patrimônio da humanidade em Congonhas.

Na capela da Santa Ceia, a desinfecção será nos dois armários, mesas, tablado e banco, além das esculturas que se encontram ali dispostas. Elas já passam pelo processo inicial de embalagem. Os procedimentos serão acompanhados por equipe técnica especializada da Prefeitura, Iphan e empresa contratada. Além disso, todas as forças de segurança foram acionadas e as medidas adotadas para agir sob qualquer possível eventualidade durante o processo.

De acordo com projeto técnico, o trabalho tem previsão de 8 meses.

Por: Daniel Palazzi – Comunicação Prefeitura de Congonhas
Foto: Hugo Cordeiro

“Aleijadinho”: Uma Reflexão

Chamar alguém de “aleijadinho” é extremamente desrespeitoso e ofensivo. Esse termo é pejorativo e discriminatório, pois se refere de forma depreciativa a uma pessoa com alguma deficiência física ou mobilidade reduzida. É importante tratar todas as pessoas com respeito, empatia e dignidade, independentemente de suas condições físicas ou quaisquer outras características. Usar linguagem depreciativa ou ofensiva pode causar danos emocionais e perpetuar estigmas prejudiciais.

O respeito ao grande mestre do barroco brasileiro, Antônio Francisco Lisboa. Foi um dos mais importantes artistas barrocos do Brasil, conhecido por suas esculturas e trabalhos arquitetônicos na região de Minas Gerais. Nasceu no ano de 1737 em Vila Rica e faleceu em 18 de novembro de 1814. Sua infância e juventude são marcadas por eventos significativos em sua vida.

  1. Origens e Herança Artística: O garoto Antônio nasceu em uma família de artistas. Seu pai, Manuel Francisco Lisboa, era mestre de obras e escultor, e sua mãe, Isabel da Costa Lisboa, também tinha habilidades artísticas. Essa herança artística influenciou profundamente seu futuro.
  2. Formação Artística: Ainda jovem recebeu treinamento em escultura e arquitetura, seguindo os passos de seu pai e de outros mestres locais.
  3. Trabalhos na Região de Minas Gerais: Ao longo de sua carreira trabalhou principalmente na região de Minas Gerais, especialmente nas cidades de Ouro Preto e Congonhas do Campo. Ele é mais conhecido por seu trabalho nas igrejas de São Francisco de Assis em Ouro Preto e no Santuário do Bom Jesus de Matosinhos em Congonhas, onde esculpiu os famosos profetas de pedra-sabão.
  4. Contribuição ao Barroco Brasileiro: Antônio Francisco Lisboa desempenhou um papel fundamental na definição e desenvolvimento do estilo barroco no Brasil. Suas esculturas e elementos arquitetônicos são considerados obras-primas deste período artístico.

A vida e obra de Antônio Francisco Lisboa é um testemunho da resiliência e do talento artístico, apesar das dificuldades de saúde que enfrentou. Seu legado é um tributo à riqueza cultural e artística do Brasil durante o período colonial.

Justificando o apelido

Devido às condições físicas, Antônio Francisco Lisboa passou a ser conhecido como “Aleijadinho”, que é uma forma pejorativa de se referir a alguém com deficiências físicas. No entanto, ao longo do tempo, o apelido foi usado para refletir e homenagear sua notável habilidade artística apesar das dificuldades físicas que enfrentaria. Aleijadinho é celebrado por suas esculturas e por sua contribuição para a arquitetura barroca no Brasil colonial, incluindo o Santuário do Bom Jesus de Matosinhos em Congonhas do Campo, um Patrimônio Mundial da UNESCO.

Domingos Teodoro Costa
Membro do Instituto Histórico e Geográfico de Congonhas IHGC / IHG-MG.

“Aleijadinho”: Uma Reflexão

Chamar alguém de “aleijadinho” é extremamente desrespeitoso e ofensivo. Esse termo é pejorativo e discriminatório, pois se refere de forma depreciativa a uma pessoa com alguma deficiência física ou mobilidade reduzida. É importante tratar todas as pessoas com respeito, empatia e dignidade, independentemente de suas condições físicas ou quaisquer outras características. Usar linguagem depreciativa ou ofensiva pode causar danos emocionais e perpetuar estigmas prejudiciais.

O respeito ao grande mestre do barroco brasileiro, Antônio Francisco Lisboa. Foi um dos mais importantes artistas barrocos do Brasil, conhecido por suas esculturas e trabalhos arquitetônicos na região de Minas Gerais. Nasceu no ano de 1737 em Vila Rica e faleceu em 18 de novembro de 1814. Sua infância e juventude são marcadas por eventos significativos em sua vida.

  1. Origens e Herança Artística: O garoto Antônio nasceu em uma família de artistas. Seu pai, Manuel Francisco Lisboa, era mestre de obras e escultor, e sua mãe, Isabel da Costa Lisboa, também tinha habilidades artísticas. Essa herança artística influenciou profundamente seu futuro.
  2. Formação Artística: Ainda jovem recebeu treinamento em escultura e arquitetura, seguindo os passos de seu pai e de outros mestres locais.
  3. Trabalhos na Região de Minas Gerais: Ao longo de sua carreira trabalhou principalmente na região de Minas Gerais, especialmente nas cidades de Ouro Preto e Congonhas do Campo. Ele é mais conhecido por seu trabalho nas igrejas de São Francisco de Assis em Ouro Preto e no Santuário do Bom Jesus de Matosinhos em Congonhas, onde esculpiu os famosos profetas de pedra-sabão.
  4. Contribuição ao Barroco Brasileiro: Antônio Francisco Lisboa desempenhou um papel fundamental na definição e desenvolvimento do estilo barroco no Brasil. Suas esculturas e elementos arquitetônicos são considerados obras-primas deste período artístico.

A vida e obra de Antônio Francisco Lisboa é um testemunho da resiliência e do talento artístico, apesar das dificuldades de saúde que enfrentou. Seu legado é um tributo à riqueza cultural e artística do Brasil durante o período colonial.

Justificando o apelido

Devido às condições físicas, Antônio Francisco Lisboa passou a ser conhecido como “Aleijadinho”, que é uma forma pejorativa de se referir a alguém com deficiências físicas. No entanto, ao longo do tempo, o apelido foi usado para refletir e homenagear sua notável habilidade artística apesar das dificuldades físicas que enfrentaria. Aleijadinho é celebrado por suas esculturas e por sua contribuição para a arquitetura barroca no Brasil colonial, incluindo o Santuário do Bom Jesus de Matosinhos em Congonhas do Campo, um Patrimônio Mundial da UNESCO.

Domingos Teodoro Costa
Membro do Instituto Histórico e Geográfico de Congonhas IHGC / IHG-MG.

Coral Cidade dos Profetas estreia Tributo a Aleijadinho

Realizada na Basílica do Senhor Bom Jesus de Matosinhos, em Congonhas, apresentação cênica-musical conta com obras de compositores do período colonial e participação do grupo de teatro Dez Pras Oito

Reconhecido como um dos maiores expoentes do barroco brasileiro, Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho, será reverenciado em um concerto especial apresentado pelo Coral Cidade dos Profetas. O “Tributo a Aleijadinho” acontecerá no dia 18 de agosto, às 20h, na Basílica do Senhor Bom Jesus de Matosinhos. Essa será uma oportunidade para o público se conectar, por meio da música, com a grandiosidade das obras do mestre, em um cenário que mantém vivo seu legado artístico. O concerto conta com patrocínio da Copasa, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, e apoio da Prefeitura Municipal de Congonhas.

O repertório trará obras de compositores como José Joaquim Emerico Lobo de Mesquita, João de Deus de Castro Lobo e Manoel Dias de Oliveira, que dialogam com a época em que o artista viveu. “Enquanto Aleijadinho erguia suas obras, a música colonial mineira estava sendo composta e executada nas igrejas de Minas Gerais. Vamos apresentar um repertório escrito durante esse período, unindo a música sacra antiga às obras do mestre, em um local onde ele deixou sua grande marca”, destaca o maestro do Coral Cidade dos Profetas, José Herculano Amâncio.

O concerto também contará com solos das sopranos do coro, Carmem Célia Gomes e Bruna Pércia, além da participação especial da contralto Luciana Monteiro e da mezzo-soprano Aline Lobão. Outra surpresa aguarda o público. Durante a apresentação, haverá encenações do Dez Pras Oito, com cenas enriquecendo ainda mais a experiência.

Segundo o diretor do grupo de teatro, José Félix Junqueira, a iniciativa busca unir os propósitos de ambos os grupos. “Nós trabalhamos muito com nossa história e nossa memória. Já o Coral, trabalha com o resgate da música colonial, que faz parte da nossa história também. No nosso caso, temos um trabalho dedicado a Aleijadinho e a Feliciano Mendes, ermitão que contratou o escultor. Então, vamos fazer interferências que remetem à passagem do artista em Congonhas, onde ele deixou sua obra-prima”, conta.

Aleijadinho em Congonhas

Nascido em 29 de agosto de 1730, Aleijadinho desempenhou um papel fundamental na história da arte e da cultura de Minas Gerais. Entre 1796 e 1805, o artista viveu em Congonhas, onde deixou seu principal conjunto de obras: 64 imagens talhadas em cedro, expostas nas capelas dos Passos da Paixão, além de seis relicários no interior da Basílica do Senhor Bom Jesus de Matosinhos e os 12 profetas esculpidos em pedra-sabão, localizados no adro do templo.

Esse belo legado conferiu a Congonhas o título de Patrimônio Cultural da Humanidade pela Unesco. O artista também deixou sua marca no município ao criar a portada da Matriz de Nossa Senhora da Conceição.

Coral Cidade dos Profetas

Fundado em 1988, na cidade histórica de Congonhas/MG, o Coral Cidade dos Profetas é um dos principais corais do Brasil que executa, difunde e perpetua o legado da música colonial mineira.

Ao longo de 35 anos, o grupo, que é mantido pela Associação Cultural Canto Livre, gravou três álbuns, sendo eles “Missa em Fá de Lobo de Mesquita”, “Mestres do Colonial Mineiro” e “CD em Louvor à Virgem Maria”. Além disso, teve sua trajetória retratada no documentário “Coral Cidade dos Profetas e Música Colonial Mineira”.

O Coral Cidade dos Profetas não só tem uma presença ativa em diversos eventos do interior de Minas Gerais, como Semana Santa e Festivais de Inverno, mas também participa de Festivais e Encontros de Corais Nacionais e Internacionais. O grupo contribui, ainda, para o desenvolvimento cultural da comunidade, oferecendo, gratuitamente, formação musical para pessoas de 12 a 80 anos.

Serviço:

Tributo a Aleijadinho

Data: Sexta-feira, 18 de agosto de 2023 – Gratuito

Horário: 20h

Local: Basílica do Senhor Bom Jesus de Matosinhos (Praça do Santuário, s/nº, bairro Basílica, Congonhas/MG).

Coral Cidade dos Profetas estreia Tributo a Aleijadinho

Realizada na Basílica do Senhor Bom Jesus de Matosinhos, em Congonhas, apresentação cênica-musical conta com obras de compositores do período colonial e participação do grupo de teatro Dez Pras Oito

Reconhecido como um dos maiores expoentes do barroco brasileiro, Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho, será reverenciado em um concerto especial apresentado pelo Coral Cidade dos Profetas. O “Tributo a Aleijadinho” acontecerá no dia 18 de agosto, às 20h, na Basílica do Senhor Bom Jesus de Matosinhos. Essa será uma oportunidade para o público se conectar, por meio da música, com a grandiosidade das obras do mestre, em um cenário que mantém vivo seu legado artístico. O concerto conta com patrocínio da Copasa, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, e apoio da Prefeitura Municipal de Congonhas.

O repertório trará obras de compositores como José Joaquim Emerico Lobo de Mesquita, João de Deus de Castro Lobo e Manoel Dias de Oliveira, que dialogam com a época em que o artista viveu. “Enquanto Aleijadinho erguia suas obras, a música colonial mineira estava sendo composta e executada nas igrejas de Minas Gerais. Vamos apresentar um repertório escrito durante esse período, unindo a música sacra antiga às obras do mestre, em um local onde ele deixou sua grande marca”, destaca o maestro do Coral Cidade dos Profetas, José Herculano Amâncio.

O concerto também contará com solos das sopranos do coro, Carmem Célia Gomes e Bruna Pércia, além da participação especial da contralto Luciana Monteiro e da mezzo-soprano Aline Lobão. Outra surpresa aguarda o público. Durante a apresentação, haverá encenações do Dez Pras Oito, com cenas enriquecendo ainda mais a experiência.

Segundo o diretor do grupo de teatro, José Félix Junqueira, a iniciativa busca unir os propósitos de ambos os grupos. “Nós trabalhamos muito com nossa história e nossa memória. Já o Coral, trabalha com o resgate da música colonial, que faz parte da nossa história também. No nosso caso, temos um trabalho dedicado a Aleijadinho e a Feliciano Mendes, ermitão que contratou o escultor. Então, vamos fazer interferências que remetem à passagem do artista em Congonhas, onde ele deixou sua obra-prima”, conta.

Aleijadinho em Congonhas

Nascido em 29 de agosto de 1730, Aleijadinho desempenhou um papel fundamental na história da arte e da cultura de Minas Gerais. Entre 1796 e 1805, o artista viveu em Congonhas, onde deixou seu principal conjunto de obras: 64 imagens talhadas em cedro, expostas nas capelas dos Passos da Paixão, além de seis relicários no interior da Basílica do Senhor Bom Jesus de Matosinhos e os 12 profetas esculpidos em pedra-sabão, localizados no adro do templo.

Esse belo legado conferiu a Congonhas o título de Patrimônio Cultural da Humanidade pela Unesco. O artista também deixou sua marca no município ao criar a portada da Matriz de Nossa Senhora da Conceição.

Coral Cidade dos Profetas

Fundado em 1988, na cidade histórica de Congonhas/MG, o Coral Cidade dos Profetas é um dos principais corais do Brasil que executa, difunde e perpetua o legado da música colonial mineira.

Ao longo de 35 anos, o grupo, que é mantido pela Associação Cultural Canto Livre, gravou três álbuns, sendo eles “Missa em Fá de Lobo de Mesquita”, “Mestres do Colonial Mineiro” e “CD em Louvor à Virgem Maria”. Além disso, teve sua trajetória retratada no documentário “Coral Cidade dos Profetas e Música Colonial Mineira”.

O Coral Cidade dos Profetas não só tem uma presença ativa em diversos eventos do interior de Minas Gerais, como Semana Santa e Festivais de Inverno, mas também participa de Festivais e Encontros de Corais Nacionais e Internacionais. O grupo contribui, ainda, para o desenvolvimento cultural da comunidade, oferecendo, gratuitamente, formação musical para pessoas de 12 a 80 anos.

Serviço:

Tributo a Aleijadinho

Data: Sexta-feira, 18 de agosto de 2023 – Gratuito

Horário: 20h

Local: Basílica do Senhor Bom Jesus de Matosinhos (Praça do Santuário, s/nº, bairro Basílica, Congonhas/MG).

Profetas de Congonhas reagem bem a banho com biocida

Estátuas de Aleijadinho se livram aos poucos dos líquens para retomar a beleza esculpida pelo mestre. Equipe de restauro segue monitorando efeitos do tratamento

Congonhas – Os líquens morreram e se desprendem lentamente da superfície de pedra-sabão, deixando à mostra a verdadeira face dos profetas. O bom resultado estimula os especialistas encarregados da limpeza das 12 obras esculpidas por Antonio Francisco Lisboa, o Aleijadinho (1738-1814), destaques do Santuário Basílica Bom Jesus de Matosinhos, em Congonhas, na Região Central de Minas. “Nosso objetivo é retirar as colônias de micro-organismos. Durante oito meses, vamos fazer o monitoramento”, informa o especialista Adriano Ramos, do Grupo Oficina de Restauro.

Há dois meses, conforme documentado pelo Estado de Minas, foi aplicado um biocida para limpeza de braços, cabeça e demais partes das peças esculpidas entre 1800 e 1805. “Além da interferência na beleza dos profetas, os líquens podem ser depositários de poluição, por isso ficamos em alerta”, avisa o restaurador. Desde o início de junho, foram feitas duas aplicações do produto, serviço custeado pela prefeitura local com acompanhamento do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

A equipe responsável pelo trabalho de aplicação do produto, coordenada por Adriano Ramos e pela também restauradora Rosângela Reis Costa, é composta ainda pelo geólogo Antônio Gilberto Costa e pelo biólogo Aristóteles Goes Neto, com consultoria do geólogo português José Delgado Rodrigues. “Estamos com um grupo multidisciplinar para estudar todos os aspectos envolvendo os profetas”, ressalta o coordenador diante do extraordinário conjunto, composto ainda pela basílica e por seis capelas (Passos da Paixão de Cristo), reconhecido como Patrimônio Mundial pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e Cultura (Unesco).

O restaurador Adriano Ramos aponta evolução positiva do trabalho e explica que a retirada dos líquens é benéfica também como proteção contra efeitos da poluição

Referência

Congonhas viveu, recentemente, os efeitos de uma nuvem de poeira, proveniente da mineração, e os profetas, testemunhas de pedra da história local em mais de 200 anos, podem funcionar como um termômetro da situação. “Para avaliar qualquer fator externo nas peças, temos um geólogo, um biólogo e um consultor internacional, também geólogo, na nossa equipe”, diz Adriano Ramos, do Grupo Oficina de Restauro. Além da limpeza com o biocida para retirada dos líquens, a equipe vai verificar, via monitoramento de oito meses, se a poluição vem causando danos às peças esculpidas por Aleijadinho.

Olhando para as obras-primas em pedra-sabão, Adriano explica que os líquens, quando crescem, podem ser depositários de poluentes. “Há dois tipos: os folhosos, que se assemelham, guardadas as devidas proporções, a uma couve-flor, e os crostosos, que entranham na pedra e são de mais difícil remoção. Estamos diante de um patrimônio mundial, e faremos o melhor. Mas, resultados, só mesmo daqui a alguns meses”.

Na estátua de Habacuque, uma das 12 que compõem o conjunto, o desprendimento dos %u201Ctufos%u201D de micro-organismos que cobriam a obra já pode ser percebido

Tratamento

A limpeza dos profetas demandou três aplicações, sendo a primeira no início de junho, conforme documentado pelo EM. O tratamento é altamente especializado, para não interferir na beleza e integridade do conjunto bicentenário. A última limpeza, com biocida, ocorreu em 2012.

Programada para ocorrer de cinco em cinco anos, a limpeza estava atrasada em seis anos, e foi alvo de reportagem do jornal, em 3 de novembro de 2021, quando visitantes mostraram essa preocupação com o bem cultural histórico e religioso. A Prefeitura de Congonhas custeia e está à frente do serviço, conforme entendimento com o Iphan, responsável pelo tombamento do conjunto em 1939, e autorização do santuário basílica vinculado à Arquidiocese de Mariana.

Réplicas

Quem visita o Museu de Congonhas, a poucos metros da basílica, pode ver a Galeria das Réplicas, que tem 10 lugares reservados para os profetas, com seus nomes, e expostos apenas Jonas e Joel. Em 18 de novembro de 2011, conforme documentou o EM, os dois profetas foram escaneados em 3D, com uso de um robô usado na indústria automotiva de Minas.

Com atraso de seis anos, os banhos começaram a ser dados em junho(foto: Leandro Couri/EM/D.A PRESS)

Na sequência, foram feitas as duas peças em fibra de vidro. A explicação, na época, é que, caso os profetas em pedra-sabão presentes no adro da basílica sofressem algum ato de vandalismo, mesmo com segurança, seria possível fazer a restauração com total fidelidade. Além disso, as peças seriam mapeadas, e alvo de mais pesquisas.

Passados quase 12 anos, o serviço está paralisado. De acordo com a Secretaria Municipal de Planejamento e Gestão/Prefeitura de Congonhas, todo o projeto de confecção das réplicas dos profetas de Aleijadinho é realizado juntamente com o Iphan.

Técnicos preparam o biocida, que já foi usado em três aplicações(foto: Leandro Couri/EM/D.A PRESS)

Em nota, as autoridades municipais informam que o projeto se encontra em andamento “adotando condicionantes estabelecidas pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, sendo uma das condicionantes a limpeza das peças originais com aplicação do biocida.

Ainda segundo a nota oficial, “após essa etapa, serão realizados estudos para mudança da metodologia de escaneamento e confecção das réplicas”. A expectativa é que este processo esteja concluído nos próximos meses.

Obra-prima

De acordo com o Iphan, o conjunto dos profetas do Antigo Testamento, esculpido por Antonio Francisco Lisboa (1738-1814), o Aleijadinho, no Santuário Bom Jesus de Matosinhos, é considerado uma das obras-primas do barroco mundial. O conjunto foi tombado pelo Iphan em 1939 e reconhecido pela Unesco como Patrimônio Mundial em 1985.

O conjunto se compõe da igreja, com interior em estilo rococó e seis capelas dispostas lado a lado, denominadas de Passos, com a via-crúcis de Jesus, além de um adro murado e uma escadaria externa monumental decorada com estátuas de 12 profetas.

Réplicas das esculturas de Joel e Jonas: trabalho segue inacabado

A escolha de 12, dentre os 16 profetas que constituem a série do Antigo Testamento, se deve, conforme a especialista em arte sacra e colonial do Brasil, Myriam Andrade, à disposição arquitetônica dos suportes para as esculturas. Assim, o artista, restrito a esse número, selecionou os profetas na ordem de sua entrada na Bíblia, excluindo Miquéias para dar lugar a Habacuc. Cada um deles traz lateralmente o texto de sua profecia gravado em latim nos rolos de pergaminhos.

A riqueza de detalhes pode ser percebida pelos visitantes, seja no expressionismo das estátuas ou nas exóticas vestimentas dos profetas barrocos. Essa última foi, inclusive, tema de pesquisa do historiador Robert Smith, que verificou referências à arte religiosa portuguesa no período de 1500-1800, inspirada nas pinturas flamengas do fim da era medieval.

FONTE ESTADO DE MINAS

Profetas de Congonhas reagem bem a banho com biocida

Estátuas de Aleijadinho se livram aos poucos dos líquens para retomar a beleza esculpida pelo mestre. Equipe de restauro segue monitorando efeitos do tratamento

Congonhas – Os líquens morreram e se desprendem lentamente da superfície de pedra-sabão, deixando à mostra a verdadeira face dos profetas. O bom resultado estimula os especialistas encarregados da limpeza das 12 obras esculpidas por Antonio Francisco Lisboa, o Aleijadinho (1738-1814), destaques do Santuário Basílica Bom Jesus de Matosinhos, em Congonhas, na Região Central de Minas. “Nosso objetivo é retirar as colônias de micro-organismos. Durante oito meses, vamos fazer o monitoramento”, informa o especialista Adriano Ramos, do Grupo Oficina de Restauro.

Há dois meses, conforme documentado pelo Estado de Minas, foi aplicado um biocida para limpeza de braços, cabeça e demais partes das peças esculpidas entre 1800 e 1805. “Além da interferência na beleza dos profetas, os líquens podem ser depositários de poluição, por isso ficamos em alerta”, avisa o restaurador. Desde o início de junho, foram feitas duas aplicações do produto, serviço custeado pela prefeitura local com acompanhamento do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

A equipe responsável pelo trabalho de aplicação do produto, coordenada por Adriano Ramos e pela também restauradora Rosângela Reis Costa, é composta ainda pelo geólogo Antônio Gilberto Costa e pelo biólogo Aristóteles Goes Neto, com consultoria do geólogo português José Delgado Rodrigues. “Estamos com um grupo multidisciplinar para estudar todos os aspectos envolvendo os profetas”, ressalta o coordenador diante do extraordinário conjunto, composto ainda pela basílica e por seis capelas (Passos da Paixão de Cristo), reconhecido como Patrimônio Mundial pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e Cultura (Unesco).

O restaurador Adriano Ramos aponta evolução positiva do trabalho e explica que a retirada dos líquens é benéfica também como proteção contra efeitos da poluição

Referência

Congonhas viveu, recentemente, os efeitos de uma nuvem de poeira, proveniente da mineração, e os profetas, testemunhas de pedra da história local em mais de 200 anos, podem funcionar como um termômetro da situação. “Para avaliar qualquer fator externo nas peças, temos um geólogo, um biólogo e um consultor internacional, também geólogo, na nossa equipe”, diz Adriano Ramos, do Grupo Oficina de Restauro. Além da limpeza com o biocida para retirada dos líquens, a equipe vai verificar, via monitoramento de oito meses, se a poluição vem causando danos às peças esculpidas por Aleijadinho.

Olhando para as obras-primas em pedra-sabão, Adriano explica que os líquens, quando crescem, podem ser depositários de poluentes. “Há dois tipos: os folhosos, que se assemelham, guardadas as devidas proporções, a uma couve-flor, e os crostosos, que entranham na pedra e são de mais difícil remoção. Estamos diante de um patrimônio mundial, e faremos o melhor. Mas, resultados, só mesmo daqui a alguns meses”.

Na estátua de Habacuque, uma das 12 que compõem o conjunto, o desprendimento dos %u201Ctufos%u201D de micro-organismos que cobriam a obra já pode ser percebido

Tratamento

A limpeza dos profetas demandou três aplicações, sendo a primeira no início de junho, conforme documentado pelo EM. O tratamento é altamente especializado, para não interferir na beleza e integridade do conjunto bicentenário. A última limpeza, com biocida, ocorreu em 2012.

Programada para ocorrer de cinco em cinco anos, a limpeza estava atrasada em seis anos, e foi alvo de reportagem do jornal, em 3 de novembro de 2021, quando visitantes mostraram essa preocupação com o bem cultural histórico e religioso. A Prefeitura de Congonhas custeia e está à frente do serviço, conforme entendimento com o Iphan, responsável pelo tombamento do conjunto em 1939, e autorização do santuário basílica vinculado à Arquidiocese de Mariana.

Réplicas

Quem visita o Museu de Congonhas, a poucos metros da basílica, pode ver a Galeria das Réplicas, que tem 10 lugares reservados para os profetas, com seus nomes, e expostos apenas Jonas e Joel. Em 18 de novembro de 2011, conforme documentou o EM, os dois profetas foram escaneados em 3D, com uso de um robô usado na indústria automotiva de Minas.

Com atraso de seis anos, os banhos começaram a ser dados em junho(foto: Leandro Couri/EM/D.A PRESS)

Na sequência, foram feitas as duas peças em fibra de vidro. A explicação, na época, é que, caso os profetas em pedra-sabão presentes no adro da basílica sofressem algum ato de vandalismo, mesmo com segurança, seria possível fazer a restauração com total fidelidade. Além disso, as peças seriam mapeadas, e alvo de mais pesquisas.

Passados quase 12 anos, o serviço está paralisado. De acordo com a Secretaria Municipal de Planejamento e Gestão/Prefeitura de Congonhas, todo o projeto de confecção das réplicas dos profetas de Aleijadinho é realizado juntamente com o Iphan.

Técnicos preparam o biocida, que já foi usado em três aplicações(foto: Leandro Couri/EM/D.A PRESS)

Em nota, as autoridades municipais informam que o projeto se encontra em andamento “adotando condicionantes estabelecidas pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, sendo uma das condicionantes a limpeza das peças originais com aplicação do biocida.

Ainda segundo a nota oficial, “após essa etapa, serão realizados estudos para mudança da metodologia de escaneamento e confecção das réplicas”. A expectativa é que este processo esteja concluído nos próximos meses.

Obra-prima

De acordo com o Iphan, o conjunto dos profetas do Antigo Testamento, esculpido por Antonio Francisco Lisboa (1738-1814), o Aleijadinho, no Santuário Bom Jesus de Matosinhos, é considerado uma das obras-primas do barroco mundial. O conjunto foi tombado pelo Iphan em 1939 e reconhecido pela Unesco como Patrimônio Mundial em 1985.

O conjunto se compõe da igreja, com interior em estilo rococó e seis capelas dispostas lado a lado, denominadas de Passos, com a via-crúcis de Jesus, além de um adro murado e uma escadaria externa monumental decorada com estátuas de 12 profetas.

Réplicas das esculturas de Joel e Jonas: trabalho segue inacabado

A escolha de 12, dentre os 16 profetas que constituem a série do Antigo Testamento, se deve, conforme a especialista em arte sacra e colonial do Brasil, Myriam Andrade, à disposição arquitetônica dos suportes para as esculturas. Assim, o artista, restrito a esse número, selecionou os profetas na ordem de sua entrada na Bíblia, excluindo Miquéias para dar lugar a Habacuc. Cada um deles traz lateralmente o texto de sua profecia gravado em latim nos rolos de pergaminhos.

A riqueza de detalhes pode ser percebida pelos visitantes, seja no expressionismo das estátuas ou nas exóticas vestimentas dos profetas barrocos. Essa última foi, inclusive, tema de pesquisa do historiador Robert Smith, que verificou referências à arte religiosa portuguesa no período de 1500-1800, inspirada nas pinturas flamengas do fim da era medieval.

FONTE ESTADO DE MINAS

Vandalismo: menores são apreendidos após picharem obra de Aleijadinho em Congonhas

Militares compareceram à Igreja da Basílica do Senhor Bom Jesus, onde, após contato com guardas municipais, localizaram três menores rabiscando a segunda Capela dos Passos, que leva à Igreja Bom Jesus do Matozinhos. No momento em que perceberam a presença policial, as menores correram e tentaram dispensar os materiais que estavam utilizando para rabiscar a referida capela.

Ao serem abordadas, as menores assumiram parte dos rabiscos. Ainda, foram encontrados a pedra e a caneta utilizadas, as quais foram apreendidas e reconhecidas pelas menores. Foram acionados, o conselho tutelar – que acompanhou a ocorrência até a chegada dos respectivos responsáveis – e os respectivos responsáveis pelas menores.

Diante do exposto, as menores M.C.S., 13 anos, V.M.E.B.M., 13 anos, e E.C.A., 14 anos, foram encaminhadas até a presença da autoridade policial para as providências subsequentes.

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