Balanço do período chuvoso 2023/2024 aponta queda superior a 10 mil desalojados em relação ao período anterior

Cedec atribui resiliência das cidades afetadas às ações preparatórias de capacitação, campanhas educativas e à estruturação de equipes locais 

 

O período chuvoso de 2023/2024 em Minas Gerais teve redução de mais de dez mil desalojados se comparado ao período anterior. Conforme balanço divulgado, nesta quarta-feira (03), pela Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (Cedec), entre 27/9 de 2023 e  31/3 deste ano, 2.833 pessoas foram desalojadas, 399 ficaram desabrigadas e seis vítimas morreram em decorrência das chuvas no estado.

No período anterior (2022/2023), ainda segundo levantamentos da Cedec/MG, 12.923 pessoas foram desalojadas, 2.241 ficaram desabrigadas e houve 22 óbitos, em virtude de ocorrências relacionadas à chuva.

Para a Cedec, os treinamentos e capacitações realizados com os servidores municipais contribuíram para essa redução. Isso porque, ao todo, 561 municípios mineiros receberam desde abril de 2023, logo após o último período chuvoso, capacitação da Coordenadoria Estadual de Defesa Civil.

“Essa redução mostra na prática como o investimento em ações de capacitação e prevenção fizeram a diferença para que o estado de Minas Gerais passasse pelo período chuvoso com mais força e resiliência. Ao todo, 4.022 pessoas, em todo o estado, receberam treinamento para atuação na prevenção, resposta, mitigação e reconstrução em caso de desastres”, afirma o superintendente de Gestão de Desastres da Cedec, major Luis Antônio e Silva.

A Defesa Civil Estadual também investe constantemente na melhoria das estruturas das Coordenadorias Municipais de Proteção e Defesa Civil. Em julho de 2023, foram distribuídos aos municípios mais 15 kits, contendo uma viatura 4×4, um notebook, uma trena digital e coletes reflexivos. Os kits somaram-se aos outros 497 já doados, totalizando 512 em todo o estado.

Assistência do Estado a municípios afetados

Entre 27/9 de 2023 e 31/3 de 2024, 102 municípios decretaram situação de anormalidade, recebendo apoio da Cedec para a organização de ações de resposta e recuperação da normalidade. Além disso, equipes de resposta foram enviadas para auxiliar as cidades mais afetadas.

Além disso, mais de 11 mil itens, totalizando cerca de 117 toneladas de suprimentos, como cestas básicas, colchões, kits dormitório (fronha, lençol, travesseiro, cobertor/manta casal), kits higiene (sabonete, papel higiênico, absorventes, escova e creme dental), kits limpeza (pano, sabão, detergente líquido, esponja, sabão em pó, água sanitária, esponja de lã de aço) e itens avulsos (telhas, vestuário, água mineral, álcool em gel, lonas, alimentos, fraldas) foram doados, a fim de apoiar as famílias atingidas.

Campanha educativa

Visando à formação da cultura da resiliência e ao incentivo à adoção de medidas de autoproteção, a Coordenadoria Estadual de Defesa Civil lançou, em setembro do ano passado, a campanha ‘Cadastre Aí’, que convida os mineiros a se cadastrarem no sistema que envia alertas meteorológicos, como tempestades, baixa umidade do ar e risco geológico, via SMS.

Ações de conscientização foram desenvolvidas em todo o estado, tais como blitz educativas, campanhas em escolas, em centros comerciais e em estações rodoviárias. Na Região Metropolitana de Belo Horizonte, as equipes desempenharam ações de divulgação na rodoviária de BH, no Posto de Policiamento Rodoviário da PMMG, localizado na MG-010, município de Vespasiano, e no Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, em Confins.

Antes da campanha, Minas Gerais ocupava a 8ª colocação no número de usuários cadastrados para receber o alerta meteorológico. Hoje, ocupa o 3º lugar geral entre os estados brasileiros com maior número de cadastrados, ficando atrás apenas de São Paulo e Rio de Janeiro.

Para receber alertas meteorológicos diretamente no seu celular, basta enviar uma mensagem de texto (SMS) com o CEP do local desejado para o número 40199.

Parceria com a UEMG

O ano de 2023 foi marcado por uma iniciativa inédita entre a Coordenadoria Estadual de Defesa Civil de Minas Gerais, a Universidade do Estado de Minas Gerais e o Serviço Geológico do Brasil. Seguindo o formato híbrido, as instituições lançaram o “Curso de Formação para Coordenadores Municipais de Proteção e Defesa Civil”, que tem como objetivo capacitar os agentes municipais para que possam desenvolver as atividades de Gestão de Riscos e Gestão de Desastres de forma mais eficiente e integrada ao Sistema Nacional de Proteção e Defesa Civil (Sinpdec), com foco em promover a cultura da resiliência.

O coordenador municipal de Proteção e Defesa Civil da cidade de Igarapé, Marcionilio Gonçalves Maia Júnior, foi um dos alunos formados pela 1ª turma do “Curso de Formação de Coordenadores Municipais” e destaca que, após a experiência, passou a enxergar sua profissão de uma forma completamente diferente. “Nós voltamos com muito mais confiança no nosso trabalho. Nós voltamos, de fato, entendendo qual era a importância do conhecimento. Entendendo a importância de se fazer mapeamento de risco, de ter um plano de contingência bem elaborado, com contatos atualizados, com situações reais de emergência. Tudo isso foi de uma importância enorme”, explica.

O coordenador ainda ressalta que a parte prática, realizada por meio de uma aula ministrada diretamente das ruas de Ouro Preto, foi essencial para o aprendizado. “As visitas técnicas que nós fizemos foram muito ricas, porque ali no campo nós conseguimos entender o que de fato a gente tinha que ter atenção, o que de fato a gente poderia fazer em certas situações”, afirmou.

Colaboração com a UFJF

Também de forma inédita, a Coordenadoria Estadual de Defesa Civil, em parceria com a Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), promove o Curso de Especialização em Gestão Pública em Proteção e Defesa Civil, que está em andamento com a primeira turma. O curso é oferecido de forma gratuita, na modalidade semipresencial, e busca capacitar agentes públicos e profissionais para uma atuação proativa na Proteção e Defesa Civil. Isso inclui o desenvolvimento de práticas preventivas e inovadoras, a formulação e implementação de políticas públicas, a capacitação em habilidades multidisciplinares, a gestão eficiente de sistemas públicos e a promoção de uma visão estratégica de redução de riscos de desastres, contribuindo assim para uma sociedade mais segura e resiliente.

Programa Defesa Civil nas escolas

Outra iniciativa da Defesa Civil é o programa “Defesa Civil nas escolas”, que visa fomentar a cultura da resiliência e da autoproteção em alunos do ensino fundamental de escolas públicas do estado.

O projeto piloto está sendo implementado nos municípios de Nova Lima e Rio Piracicaba. Em Nova Lima, serão contemplados cerca de 250 alunos do sexto e sétimo anos do ensino fundamental. Já em Rio Piracicaba, a previsão é de atingir cerca de 120 alunos do sexto ao nono ano do ensino fundamental.

Durante o projeto, os alunos vão receber orientações sobre temas variados relacionados à Proteção e Defesa Civil, que serão apresentadas de forma lúdica e interativa, de modo que os adolescentes possam participar ativamente do processo de construção do conhecimento. Jogos, oficinas, maquetes, peças de teatro e mostras culturais estão entre as diversas atividades desenvolvidas nos oito encontros previstos.

Essas iniciativas demonstram o compromisso da Coordenadoria Estadual de Defesa Civil de Minas Gerais em proteger e assistir as comunidades frente aos riscos, sobretudo aqueles ocorridos durante o período chuvoso, implementando estratégias eficientes que contemplem ações de prevenção, preparação e mitigação, sem deixar de lado a capacidade de apresentar respostas adequadas em casos de emergência.

 

FONTE AGÊNCIA MINAS

Brasileiros se casam menos e se divorciam cada vez mais, aponta IBGE

Dados são da pesquisa Estatísticas do Registro Civil 2022, divulgadas na manhã desta quarta-feira (27)

Os brasileiros estão se casando cada vez menos e se divorciando cada vez mais.

Embora a pandemia de Covid-19 tenha alterado pontualmente as estatísticas, essa é tendência foi confirmada pelos novos números da pesquisa Estatísticas do Registro Civil 2022, divulgadas na manhã desta quarta-feira, 27, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Os cônjuges estão demorando mais para casar e o tempo de duração das uniões também vem diminuindo ao longo dos anos.

Desde 2015, o número total de registros de casamento vem apresentando tendência de queda.

Entre 2019 e 2020 houve um decréscimo ainda mais expressivo por conta da pandemia e das consequentes orientações sanitárias de distanciamento social para conter a disseminação do coronavírus.

As precauções adotadas inviabilizaram a realização de cerimônias, fazendo com que muitos casais adiassem a decisão da união, segundo os pesquisadores do IBGE.

Entre 2020 e 2021, o número de casamentos aumentou, dando indícios de que as cerimônias matrimoniais voltaram a acontecer em razão das campanhas de vacinação em massa e da flexibilização das medidas para contenção da Covid-19.

Mesmo assim, o número de registros de casamentos não superou a média dos cinco anos anteriores à pandemia (2015 a 2019). De 2021 a 2022, o número de casamentos também cresceu, mas ainda continuou abaixo dessa média (1.076.280). Em 2022 foram registrados 970.041 casamentos – dos quais 11.022 entre pessoas do mesmo sexo.

As idades dos cônjuges nos casamentos entre pessoas de sexos distintos, independente do estado civil prévio, aumentaram ao longo dos últimos anos, tanto para homens quanto para mulheres.

Em 2000, 6,3% das mulheres que se casaram tinham 40 anos ou mais de idade. Em 2022, 24,1% dos registros de casamentos civis entre pessoas de sexos diferentes ocorreram com mulheres nessa mesma faixa etária.

Esse fenômeno também foi observado entre os homens. Houve um aumento de aproximadamente 20 pontos porcentuais na participação de registros de casamentos em que os homens apresentavam idades mais avançadas (40 anos ou mais), comparando os anos de 2000 (10 2%) e 2022 (30,4%).

De acordo com os pesquisadores do IBGE, a ampliação da idade ao se casar pode estar relacionada ao adiamento da decisão pelo casamento civil e ao aumento do número de recasamentos.

Comparando as últimas décadas, a participação de registros de casamentos em que pelo menos um dos cônjuges era divorciado ou viúvo variou de 12,8%, em 2002, para 1,4%, em 2012 e, em 2022, alcançou 30,4% de todos os registros de casamentos civis entre pessoas de sexos diferentes do País.

Em 2022, considerando pelo menos um dos cônjuges divorciado ou viúvo, as idades médias do homem e da mulher eram de 45,0 e 40,9 anos, respectivamente.

Ainda em 2022, a pesquisa apurou 420.039 divórcios concedidos em 1ª instância ou realizados por escrituras extrajudiciais, o que representa um aumento de 8,6% em relação ao total contabilizado em 2021 (386.813).

Consequentemente, houve um acréscimo, também, na taxa geral de divórcios: o número de divórcios para cada 1.000 pessoas de 20 anos ou mais de idade passou de 2,5 (2021) para 2,8 (2022).

O tempo médio de casamento também vem caindo. Em 2010, era de cerca de 16 anos. Em 2022, o número caiu para 13,8 anos. Nas Grandes Regiões, esse tempo médio variou de 15,0 a 17,1 anos, em 2010, para de 12,7 a 15,3 anos, em 2022.

Nota-se aumento significativo do porcentual de divórcios judiciais entre casais com filhos menores de idade em cuja sentença consta a guarda compartilhada dos filhos.

A Lei do Divórcio (Lei n.6.515, de 26.12.1977) prevê a guarda compartilhada de filhos menores de idade em caso de divórcio, contudo, somente com a Lei n. 13.058, de 22.12.2014, essa modalidade passou a ser priorizada ainda que não haja acordo entre os pais quanto à guarda dos filhos, desde que ambos estejam aptos a exercer o poder familiar. Em 2022, o porcentual chegou a 38%.

Informações do Estadão Conteúdo 

 

FONTE CNN BRASIL

Universidades Federais aponta greve docente a partir de 15 de abril

O Setor das Instituições Federais de Ensino (Ifes) do ANDES-SN aprovou o indicativo de greve das e dos docentes das universidades federais, institutos federais e cefets da base do Sindicato Nacional para 15 de abril. A deliberação teve como base o resultado das assembleias realizadas nas seções sindicais, as quais, por grande maioria, referendaram a decisão congressual pela necessidade de construção de uma greve.

O calendário definido pelo Setor das Ifes aponta a realização de uma nova rodada de assembleias nas seções sindicais entre 26 de março e 09 de abril. O Setor orienta como pauta das assembleias: deflagração da greve no dia 15 de abril, criação dos comitês locais de mobilização e construção das pautas locais. Na sequência, ocorrerá uma outra reunião do Setor das Ifes no dia 10 de abril, com tempo de 72 horas para informar, governo e reitorias, sobre a deflagração de greve no dia 15 de abril.

“Essa reunião dos Setor nos anima muito porque traz, de maneira muito concreta, uma ânsia e uma construção desde as bases no sentido daquilo que precisamos avançar nas nossas lutas. Os relatos trazidos de 37 seções sindicais é de que nós tivemos assembleias, algumas massivas, com ampla participação de professoras e professores, muito superior às assembleias dos últimos períodos, e que trouxeram um debate político de muita qualidade sobre a conjuntura e sobre a necessidade de nós articularmos a luta no setor da Educação”, avaliou Helga Martins, 1ª vice-presidenta da Regional Planalto do ANDES-SN e da coordenação do Setor das Ifes.

A diretora apontou que as greves das demais categorias do setor da Educação, organizadas na Fasubra e no Sinasefe, e a falta de avanço nas tentativas de negociação com o governo sobre as pautas centrais da categoria – recomposição salarial, reestruturação da carreira, “revogaço” de medidas que atacam docentes e a educação pública como o Novo Ensino Médio, a BNC Formação, a portaria 983/2020, entre outras – além da precarização das condições de trabalho levaram à deliberação pela deflagração do movimento paredista.

“Todo esse caldo, toda essa pauta que nós estamos construindo, e que faz parte dos embates diretos que resvalam nas nossas pautas de locais, veio à tona nas assembleias e a base disse: ‘é greve! É greve do setor da Educação. É greve para lutarmos pelas nossas pautas centrais nacionalmente, e também nos nossos locais de trabalho’. Por isso, é fundamental que esse mês de abril seja um mês de muita luta, de muita mobilização”, ressaltou Helga.

A reunião contou com a participação de representantes de 37 seções sindicais, que avaliaram as deliberações da categoria e as indicações feitas na primeira rodada de assembleia, depois de o 42º Congresso do ANDES-SN aprovar a construção da greve nas instituições federais de ensino e do setor da Educação, no primeiro semestre de 2024, rumo à greve unificada do funcionalismo público federal. Também foram apresentados informes encaminhados por seções sindicais que não estiveram presentes na reunião, e que serão incluídos no relatório da reunião.

“A partir da deliberação do Setor das Federais, agora começa o período de uma nova rodada de assembleias gerais das seções sindicais vinculadas ao ANDES-SN, do dia 26 de março até o dia 9 de abril, culminando em mais uma reunião do Setor das Ifes no dia 10, no sentido da deflagração da greve no dia 15 de abril. Então, agora cabe a todo mundo ir para os corredores, para os locais de trabalho nas universidades, IFs e cefets conversar com os colegas, convocar assembleias e, nesse sentido de convocação das assembleias, encaminhar a deliberação de hoje para construirmos uma greve do setor de Educação”, conclamou Helton de Souza, 2º vice-presidente da Regional São Paulo do ANDES-SN e também da coordenação do Setor das Ifes.

Encaminhamentos
Além de aprovar o indicativo de greve da base do ANDES-SN para 15 de abril e o calendário de rodadas de assembleias, a reunião do Setor das Ifes apontou ainda outros encaminhamentos, para intensificar a mobilização da categoria. Confira:
– Reforçar o dia 03/04 como Dia Nacional de Paralisação e Mobilização, com foco em ações nos estados, em articulação com os demais servidores/as;
– Construir a jornada de lutas do Fonasefe de 16 a 18 de abril, com atividades em Brasília.
16/04: Audiência pública na Câmara Federal
17/04: Caravana e Marcha em Brasília dos servidores e das servidoras
18/04: atividades setoriais, possibilidade de ato no MEC das entidades da Educação
– Intensificar a produção de material do ANDES-SN e unificado com as entidades da Educação sobre a greve e as pautas;
– Incorporar na agenda de mobilização possíveis dias de luta que venham a ser construídos pelos comandos de greve da Fasubra e Sinasefe;
– Que os comitês locais ampliem a articulação com as demais categorias de trabalhadores e estudantes; e que sejam criados comitês nos locais onde não existem.

Análise de conjuntura
No período da manhã, as e os representantes das seções sindicais e da diretoria do ANDES-SN ouviram representantes da Fasubra e do Sinasefe, apresentaram informes locais e debateram a conjuntura. Pela Fasubra, Rosângela Costa e Almiran Rodrigues atualizaram as e os docentes sobre a greve das técnicas e dos técnicos deflagrada no último dia 11. Das 48 entidades filiadas à Fasubra, 44 aderiram ao movimento paredista englobando 63 IFE, dentre estas, 59 Universidades e 4 Institutos Federais. Foi reiterada a importância da unidade entre as entidades ligadas à Educação para fortalecer as negociações com o governo e a importância de todas e todos participarem das atividades do dia 03 de abril.

Artemis Martins, da coordenação-geral do Sinasefe, afirmou que o movimento encampado pela Fasubra encorajou a entidade a deflagrar greve, por tempo indeterminado, a partir do dia 03 de abril. Ela afirmou que há uma expectativa de que essas movimentações também cresçam e se fortaleçam dentro das universidades federais.

Informes Nacionais
Logo após a fala das e dos representantes das entidades, Jennifer Webb, 1º tesoureira, e Mário Mariano Ruiz, 1º vice-presidente Regional Leste deram os informes nacionais.

Jennifer falou sobre o processo de tentativa de negociação com o governo federal no último período e atualizou as e os docentes sobre as mesas geral, de política educacional e de carreira. Esta última já contou com 3 rodadas de negociação e uma reunião com representantes dos ministérios da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) e da Educação (MEC) para discutir tecnicamente as propostas de reestruturação da carreira docente do Magistério Federal. Ela contou que o ANDES-SN também tem se reunido semanalmente com o Sinasefe para a construção de uma pauta unitária de carreira. Até o momento, 7 pontos já foram consensuados e um pedido de uma nova rodada de negociação foi feito pelas entidades.

“A greve será fundamental, porque também vai pressionar no sentido da negociação da carreira, tanto do Sinasefe quanto do ANDES-SN, para esse momento de negociação que a gente espera que seja em breve, inclusive a gente vai pedir que seja na próxima semana”, afirmou a 1ª tesoureira do ANDES-SN.

Conjuntura e Construção da Greve
O presidente do ANDES-SN, Gustavo Seferian, trouxe uma análise sobre a construção da greve, que foi seguida do debate sobre as deliberações e indicativos vindos das assembleias de base sobre a construção da greve e a constituição dos comitês locais de mobilização, que já somam 24. Para Seferian, diante do cenário posto, só a mobilização e articulação conjunta é capaz de garantir respostas do governo, que não respondeu até o momento as pautas da categoria.

“Ninguém faz greve porque gosta ou por princípio, fazemos greve por necessidade e nas atuais circunstâncias, diante do que é o silêncio do governo federal, ao não nos colocar qualquer espécie de índice de recomposição da nossa remuneração para esse ano e uma fratura violenta com os princípios que erigem a luta histórica desse sindicato, sobretudo no que se refere a necessidade de termos a paridade do que são as conquistas dos trabalhadores e das trabalhadoras ativos e os aposentados e aposentadas”, afirmou.

Seferian reforçou ainda que a importância da presencialidade nas assembleias.  “A greve não se constrói pelo WhatsApp, de pijama, em casa, mas sim dos nossos locais de trabalho. Quais foram as categorias que tiveram recomposição de seus salários, melhores condições de vida colocadas em um redesenho da sua carreira, para além daquelas que apoiaram os intentos golpistas e que conformam o aparelho de repressão do Estado? Foram aquelas que se mobilizaram e construíram greves”, disse.

 

FONTE ANDES

Pesquisa aponta os lugares mais relaxantes do mundo – e tem brasileiro na lista!

Quem faz uma viagem de férias bem provavelmente quer dias de paz e sossego, deixando para trás as preocupações e estresse do dia a dia, certo? Pode ser uma viagem para conhecer lugares novos ou mesmo para destinos já conhecidos, mas uma coisa é certa: é sempre bom ter um lugarzinho para relaxar.

Mas será que há locais que são mais propícios para ter essa sensação de relaxamento? A SpaSeekers, uma agência de reservas de spa do Reino Unido, fez um levantamento para descobrir quais são as atrações turísticas mais relaxantes do mundo.

Lugares mais relaxantes do mundo

A empresa analisou as avaliações de viagens online em diversos sites e registrou o número de vezes que a palavra “relaxante” foi mencionada. Para não ser tão injusto, os avaliadores excluíram todos os spas e hotéis que apareciam, mas mantiveram atrações com fontes termais (por isso alguns spas aparecem na lista).

No total, a pesquisa traz 50 lugares, sendo um brasileiro (que ficou lá no final da classificação). Vamos trazer aqui o top 10 e também atração brasileira. Confira!

10 – Royal Botanic Gardens Victoria – Austrália

A Austrália é mesmo um paraíso, com cenários deslumbrantes e muita natureza. E quando falamos em relaxar e descansar, um lugar bastante procurado é o Royal Botanic Gardens, o Jardim Botânico que combina os jardins de Melbourne e Cranbourne. Ele teve 950 menções de “relaxamento” nas avaliações online. O parque é enorme e possui mais de 10.000 espécies diferentes de plantas de diversos lugares do mundo.

9 – Jardim Majorelle – Marrocos

Com mais de mil menções, o Jardim Majorelle, localizado em Marrakech, Marrocos, entrou na 9º posição da lista. Com sua mistura de edifícios Art Déco e arte islâmica, é um lugar bastante visitado pelos turistas e o único do continente africano a aparecer no top 10.

Foto: Carter Obasohan / Unsplash

8 – St. Stephen’s Green – Irlanda

É muito comum pensarmos em Dublin e relacionarmos a cidade irlandesa às construções históricas, mas há um “respiro verde” no meio de tanto cinza. O St. Stephen’s Green é um grande parque com muitas árvores, flores e lagos com patos, perfeito para relaxar durante o dia.

Foto: Paul Costello / Unsplash

7 – Hanmer Springs Thermal Pools – Nova Zelândia

As piscinas termais de Hammer Springs é um convite ao relax – e quem não gosta de passar um tempinho mergulhado em águas quentes? O 7º atrativo da lista, localizado na Nova Zelândia, combina as características geotérmicas naturais do local com tratamentos de spa modernos, entretenimento para crianças e muitas trilhas para caminhada e ciclismo para fazer entre um mergulho e outro.

6 – Gardens by the Bay – Singapura

Sem dúvida nenhuma os Jardins da Baía estão entre os locais mais visitados em Singapura, e não é por menos: é lindo! Mas não é só sua beleza ou o famoso show de luzes que atraem os turistas diariamente, ele também serve como uma forma de escapar das ruas movimentadas de Singapura, para momentos de relaxamento.

5 – Parque del Retiro – Espanha

Se você estiver em Madri e quiser um lugarzinho para relaxar, já anota essa dica: Parque del Retiro. O parque municipal é um símbolo da cidade, visitado por turistas e moradores. Ele tem jardins, lagos, galerias de arte, monumentos e também locais para eventos.

4 – Jardins de Luxemburgo – França

Andar pelas charmosas ruas de Paris é por si só um atrativo, vislumbrando todas as construções e arquitetura da cidade. Mas sempre queremos dar uma pausa na caminhada para descansar, certo? Nesse caso, uma boa parada pode ser nos Jardins de Luxembugo, outro ponto turístico da cidade e bom local para relaxar no meio de muito verde na capital francesa.

3 – Thermae Bath Spa (Inglaterra)

Entramos no top 3 dos lugares mais relaxantes do mundo, e todos eles têm as mesmas características: são atrações com águas termais.

O Thermae Bath Spa foi construído em 70 d.C. em Bath, cidade da Inglaterra, e mantém suas estruturas romanas. Depois, claro, vieram muitas atualizações no local, que continua atraindo visitantes de todo o mundo.

2 – Széchenyi Baths and Pool – Hungria

Muitos turistas que vão a Budapeste já colocam no seu roteiro de viagem uma visita ao famoso Széchenyi Baths and Pool, um dos maiores spas do continente. Suas banheiras e piscinas são rodeadas por construções neobarroca e neorrenascentista, e em algumas ocasiões o local ainda se transforma em boate à noite.

1 – Blue Lagoon – Islândia

Se você já pesquisou alguma coisa sobre a Islândia, bem provavelmente já se deparou com uma foto da Lagoa Azul. Apesar de fazer muito frio no país, a água é quentinha e a sua cor azulada deixa o lugar ainda mais belo. A Lagoa Azul, que teve mais de 4 mil menções com a palavra “relaxante”, ainda tem como característica sua lama branca rica em sílica, usada em máscaras faciais e tratamentos de pele. Ela fica localizada perto do Aeroporto de Keflavik.

Parque do Ibirapuera – 48ª colocação

Lá no finzinho da lista encontramos o único local brasileiro apontado na pesquisa. Inaugurado em agosto de 1954, durante as comemorações dos 400 anos de São Paulo, o Parque do Ibirapuera abriga museus, planetário, restaurantes e áreas para prática esportiva. É realmente um lugar relaxante no meio da selva de pedra.

Confira a lista completa no site da SpaSeekers.

 

FONTE MELHORES DESTINOS

Calor matou mais que deslizamentos de terra no Brasil, aponta estudo

Nos anos de 2010, o Brasil enfrentou de 3 a 11 ondas de calor por ano, quase quatro vezes mais do que na década de 1970, quando de zero a no máximo três desses eventos climáticos extremos foram registrados.

As consequências são fatais: de 2000 a 2018, em torno de 48 mil brasileiros morreram por efeito de bruscos aumentos de temperatura – número superior ao de mortes por deslizamentos de terra.

Os dados inéditos foram compilados em estudo publicado na quarta-feira (24/1) por 12 pesquisadores de sete universidades e instituições brasileiras e portuguesas, como a Universidade de Lisboa e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no periódico científico Plos One.

“Os eventos de ondas de calor aumentaram em frequência e intensidade”, diz à BBC News Brasil o físico Djacinto Monteiro dos Santos, que liderou o estudo, como parte de sua pesquisa no Departamento de Meteorologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Para definir o que são ondas de calor, usou-se um padrão conhecido como Fator de Excesso de Calor (EHF, na sigla em inglês), que leva em consideração a intensidade, duração e frequência de aumentos na temperatura para prever níveis considerados nocivos à saúde humana.

A pesquisa analisou dados das 14 áreas metropolitanas mais populosas do Brasil, onde vive 35% da população nacional, um total de 74 milhões de brasileiros.

Foram assim consideradas as seguintes cidades: Manaus e Belém, no Norte; Fortaleza, Salvador e Recife, no Nordeste; São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, no Sudeste; Curitiba, Florianópolis e Porto Alegre, no Sul; e as regiões metropolitanas de Goiânia, Cuiabá e do Distrito Federal, no Centro-Oeste.

Além de aumentarem em volume, as ondas de calor também estão cada vez mais prolongadas.

Nas décadas de 1970 e 1980, esses eventos adversos duravam de três a cinco dias. Entre os anos de 2000 e 2010, entre quatro e seis dias.

As vítimas do calor

Para calcular as vítimas das ondas de calor, os pesquisadores analisaram mais de 9 milhões de registros de óbitos de períodos em que ocorreram esses fenômenos no Brasil.

“Seguimos uma série de padrões de tratamentos de dados para evitar alterações nos resultados”, afirma Renata Libonati, professora do Instituto de Geociências da UFRJ e coautora da pesquisa.

Os cálculos levaram à conclusão de que em torno de 48 mil brasileiros morreram por consequência de ondas de calor entre 2000 e 2018.

As mortes se deram por razões como problemas circulatórios, doenças respiratórias e por condições crônicas agravadas pela alta temperatura.

ANADOLU/GETTY IMAGES
Legenda da foto,’Os eventos climáticos extremos não são democráticos, eles atingem muito mais aqueles que não têm acesso a recursos de adaptação’, diz pesquisador da UFRJ.

Outra descoberta da pesquisa é a de que há grupos mais vulneráveis a esses eventos extremos do clima. Em primeiro lugar, os idosos e, entre eles, as mulheres.

“Pela questão fisiológica, sabemos que os mais velhos são os mais vulneráveis, por terem corpos com menor capacidade de regulação térmica e por apresentarem mais comorbidades”, esclarece Libonati.

A maior vulnerabilidade das mulheres também se justifica por razões fisiológicas, segundo o estudo.

Pessoas pardas, pretas e menos escolarizadas também estão entre os grupos considerados mais vulneráveis, conforme a pesquisa.

“Os eventos climáticos extremos não são democráticos, eles atingem muito mais aqueles que não têm acesso a recursos de adaptação”, comenta o físico Monteiro dos Santos, da UFRJ.

“Situações socioeconômica precárias, que atingem as faixas mais pobres, levam a acesso também precário a condições de moradia, sistema de saúde e meios de prevenção.”

Santos afirma que as condições urbanas também costumam fazer com que regiões mais pobres das cidades sejam mais vulneráveis.

“Quando a sensação térmica é de 45ºC na Zona Sul do Rio de Janeiro [onde estão bairros de famílias mais ricas], aí é de 58ºC em Bangu, na Zona Oeste [área mais pobre]”, exemplifica o pesquisador.

O climatologista Carlos Nobre, pesquisador sênior do Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo (USP) e copresidente do Painel Científico para a Amazônia, ressalta que estes impactos do calor extremo tem sido evidenciados por pesquisas científicas.

“Já há dados globais que mostram que as ondas de calor são os eventos climáticos extremos que mais vitimam no planeta, à frente, por exemplo, de enchentes, e que há grupos mais vulneráveis a essas tragédias”, diz Nobre.

Membro da Academia Brasileira de Ciências, Nobre é hoje um dos mais renomados nomes no campo de estudos das mudanças climáticas. Ele não tem ligação com o estudo da UFRJ e o leu a pedido da BBC News Brasil.

GETTY IMAGES
Legenda da foto,’Já há dados globais que mostram que as ondas de calor são os eventos climáticos extremos que mais vitimam no planeta’, diz o climatologista Carlos Nobre

“A pesquisa é interessante por trazer dados inéditos e por mostrar como as ondas de calor tem efeitos no Brasil que já foram vistos em outras regiões do planeta”, opina o climatologista.

“Outro aspecto que quero destacar é como a análise foi feita em torno de centros urbanos, nos quais os efeitos do aquecimento global são ainda mais sentidos, por efeitos como o da ilha de calor [fenômeno caracterizado pela maior temperatura em cidades, em relação às áreas rurais].”

Nobre ressalta que, na cidade de São Paulo, a temperatura média é 4ºC acima do que em áreas menos urbanizadas do Estado.

Quando há aumentos bruscos, com as ondas de calor, os efeitos são ainda mais drásticos em regiões urbanas.

“Já se tem ciência de que populações com menos acesso a recursos, como os mais pobres, sofrem mais. Afinal, ter um ar condicionado, por exemplo, já soluciona o problema”, complementa o pesquisador da USP.

“Essa nova pesquisa, contudo, faz associações socioeconômicas e traz dados inéditos que podem ajudar a guiar políticas públicas.”

Os autores da pesquisa avaliam que, apesar de ter matado mais de 48 mil brasileiros em duas décadas, as ondas de calor tem menos visibilidade e recebem menos atenção em comparação com outros eventos climáticos catastróficos.

“Mesmo com a alta mortalidade, as ondas de calor são desastres negligenciados no Brasil”, diz Renata Libonati, da UFRJ e coautora do estudo.

“Em comparação a deslizamentos e enchentes, que apresentam grande impacto visual, o aumento de temperatura pode ser tido como invisível.”

O levantamento calculou que ocorreram mais mortes por efeito de ondas de calor no Brasil do que por deslizamentos de terra, que costumam ocorrer por efeito de tempestades.

A referência para a comparação é uma pesquisa do ano passado do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) que chegou à conclusão de que, de 1988 a 2022, houve cerca de 4,1 mil mortes de brasileiros por deslizamentos em 269 municípios de 16 Estados.

O climatologista Carlos Nobre acrescenta outro motivo para desastres como alagamentos terem recebido maior atenção midiática do que as ondas de calor.

“Outros desastres climáticos causam mortes imediatamente, como em enchentes. Já o aumento da temperatura por vezes leva dias, semanas ou até meses para matar.”

Medidas urgentes

Segundo os autores do novo estudo brasileiro, o interesse global pelas consequências das ondas de calor aumentou após 2003. Carlos Nobre concorda com a conclusão, que é um consenso entre pesquisadores do campo.

Naquele ano, uma onda de calor atingiu a Europa, em particular a França, vitimando cerca de 70 mil pessoas durante o verão.

Desde então, segundo os cientistas escrevem no artigo publicado na Plos One, “a mega onda de calor do verão europeu de 2003 foi estudada profundamente”.

GETTY IMAGES
Legenda da foto,Túmulos de vítimas da onda de calor de 2003 na França: corpos não reclamados por familiares foram enterrados sem identificação

Segundo um relatório conjunto da Organização Mundial de Saúde (OMS) e da Organização Mundial de Meteorologia (OMM), divulgado no ano passado, o calor mata 15 milhões de pessoas ao ano em todo o mundo.

“Após o trauma de 2003, os países europeus passaram a adotar protocolos transversais de prevenção e combate, unindo defesa civil, meteorologia, sistemas de saúde e esforços de comunicação, o que tem mostrado resultados positivos”, diz Libonati, da UFRJ.

Carlos Nobre, que também é ex-diretor do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), indica que seria preciso começar pela implementação de sistemas de alertas de ondas de calor.

“Mortes por deslizamentos e alagamentos ocorrem, mas diminuem ano a ano, pelo sucesso de forças de prevenir e combater que o Brasil tem implementado, com mais de 4 mil pluviômetros espalhados por 1,2 mil cidades, monitorando pontos de maior risco.”

Uma das medidas apresentadas pelo estudo lançado na Plos One é a instalação de sistemas similares para alertar a população sobre a chegada de ondas de calor.

“Se nada for feito nesse sentido, mortes por efeito das altas temperaturas, que poderiam ser prevenidas, vão aumentar ano a ano”, conclui Nobre.

FONTE BBC NEWS BRASIL

‘Relógio do Juízo Final’ pode apontar para o apocalipse iminente com guerras e mudanças climáticas. Entenda

A iniciativa simbólica é mantida pelo Boletim dos Cientistas Atômicos da Universidade de Chicago e busca medir quanto tempo até uma catástrofe sem precedentes

Assim como a ficção alertou em diversas ocasiões, a humanidade construiu tecnologias capazes de aniquilar a vida terrestre. Esse é o caso da bomba atômica, que teve sua invenção detalhada no recente ‘Oppenheimer’, do diretor Christopher Nolan. As guerras com armamento nuclear, no entanto, não são o único motivo de preocupação, já que é possível acompanhar os desastres causados pelas mudanças climáticas — também impulsionadas pela atividade humana.

A função do ‘Relógio do Juízo Final’ (Doomsday Clock) é calcular qual o impacto de toda essa interferência no planeta, fazendo uma estimativa de quanto tempo ainda temos antes de uma catástrofe sem precedentes.

Cena de ‘Oppenheimer’ — Foto: divulgação

Criado e mantido pelo Boletim dos Cientistas Atômicos, organização da Universidade de Chicago, o relógio é atualizado anualmente. Em 2023, por exemplo — após dois anos sem mudanças — o tempo restante foi alterado para 90 segundos, considerando a guerra na Ucrânia e os riscos biológicos da covid-19.

A humanidade também pode ganhar tempo caso sejam feitos esforços no sentido de controlar possíveis confronto nucleares e a escalada da crise climática. Em 2010, o tempo restante para meia-noite subiu de cinco para seis minutos após diversos líderes se comprometerem a reduzir as emissões gases prejudiciais ao meio ambiente.

Represetanação do ‘Relógio do Juízo Final’ — Foto: Reprodução/thebulletin.org

Apesar da pequena dose de esperança no início da década passada, o cenário não é promissor na visão dos especialistas — e a situação pode piorar. Segundo a previsão do site MailOnline, o relógio deve se aproximar ainda mais do apocalipse.

O anúncio deste ano será feito na próxima terça-feira (23), a partir das 12h. Um comitê do Boletim dos Cientistas Atômicos, que já contou com 13 vencedores do prêmio Nobel ao longo das décadas, é responsável por decidir qual será a movimentação do ponteiro.

Retrato da guerra entre Rússia e Ucrânia. Foto de 3 de março de 2022 — Foto: Getty Images

A presidente e CEO do Boletim, Rachel Bronson, e o cientista e comediante Bill Nye estarão presentes na cerimônia de amanhã.

O ‘Relógio do Juízo Final’ em ‘Watchmen’ — Foto: Reprodução

O veículo britânico afirma que o relógio não chegará à meia-noite, uma vez que isso significa a destruição total, mas o ponteiro deve se aproximar. Os principais fatores são o conflito entre Israel e a Palestina e a guerra entre Ucrânia e Rússia — que parece distante de um encerramento. As preocupantes mudanças climáticas também se enquadram entre as causas de um provável adiantamento, levando em conta os constantes avisos da ciência em relação ao aumento da temperatura no planeta.

Em ‘Wacthmen’, série de quadrinhos da DC adaptada para o cinema por Zack Snyder em 2009, o ‘Relógio do Juízo Final’ aparece com os ponteiros indicando cinco minutos restantes. Na época da publicação original, em 1986, a marca era assustadora, e os roteiristas não tinham ideia do que estava por vir.

FONTE REVISTA MONET

Pesquisa aponta Conselheiro Lafaiete em 5º lugar do Brasil em Qualidade da Educação

A mais recente edição do “Ranking de Competitividade dos Municípios,” divulgada no início de 2024 pelo Centro de Liderança Pública (CLP), revelou que Conselheiro Lafaiete ocupa a 5ª posição nacional em termos de “Qualidade da Educação Pública.” O estudo analisou os dados de 410 cidades que representam o total de municípios com mais de 80 mil habitantes de diferentes regiões do Brasil, que concentram aproximadamente 60% da população brasileira.

De acordo com a análise mais recente, Lafaiete passou a compor esta lista dos 5 municípios com mais de 80 mil habitantes com melhor desempenho neste quesito porque conseguiu avançar expressivas 63 posições, o maior avanço deste grupo de cidades destacadas nos primeiros lugares do ranking. Esse fato já havia sido identificado em uma pesquisa sobre educação realizada pelo Instituto Áquila que classificou Conselheiro Lafaiete como a 1ª colocada em Qualidade de Educação no estado de Minas Gerais, considerando cidades com mais de 100 mil habitantes.

O prefeito Mário Marcus destaca que esse reconhecimento evidencia os resultados dos investimentos constantes realizados pela Administração em prol da qualidade educacional. Em especial, ressalta o fortalecimento da política pública pedagógica do ensino e aprendizagem dos alunos. O prefeito enfatiza, no entanto, a responsabilidade contínua de implementar melhorias contínuas em todos os níveis da educação municipal. Ele lembra que esse destaque é também resultado da valiosa contribuição e do apoio de todos os educadores e servidores da educação pública, que desempenham um papel crucial nesse processo.

Estudo técnico aponta falhas na execução de obras de asfaltamento em Entre Rios; empresa responsável é notificada

A partir de estudo da Câmara Municipal, Município notificou a empresa responsável pelas obras realizadas entre os anos de 2018 e 2020

Obras públicas de pavimentação asfáltica contratadas pela Prefeitura Municipal de Entre Rios de Minas e executadas pela empresa Locadora Terramares LTDA entre os anos de 2018 a 2020 foram objeto de um amplo estudo técnico contratado pela Câmara Municipal de Entre Rios de Minas. As análises do pavimento de onze ruas e avenidas, localizadas em cinco bairros, foram solicitadas após Requerimento da Comissão de Obras e Serviços Públicos Municipais, proveniente de relatório de visita de campo, onde foram registradas fotos com inúmeras patologias no revestimento asfáltico, como trincas e rachaduras. As inconformidades colocaram em xeque a qualidade das obras, levando à contratação da empresa Solocap Geotecnologia Rodoviária LTDA. O laudo aponta a existência de falhas na execução, como inconsistências nos editais de contratação da empresa responsável. Estima-se que o valor das obras oscile entre R$ 2,5 milhões a R$ 3 milhões.

No dia 29 de dezembro de 2023, o Município de Entre Rios de Minas, representado pelo Prefeito interino Ronivon Alves de Souza, notificou a empresa responsável, estabelecendo o prazo de 10 dias para que a empresa Locadora Terramares LTDA se manifeste sobre as irregularidades e aponte as formas de adequação para garantir a reabilitação dos pavimentos. Todos os contratos e pagamentos foram cautelarmente suspensos até que a situação seja resolvida.

ACESSE O RELATÓRIO COMPLETO

Os resultados do estudo técnico foram apresentados durante a reunião ordinária de 21 de novembro de 2023. A demonstração foi conduzida pelo diretor da empresa, Cristiano Costa Moreira, engenheiro com especialização em Engenharia Rodoviária. Dentre os dados mais preocupantes, de acordo com o relatório, chama a atenção o alto índice de deflexão atribuído como “muito fraco” e “péssimo”, extraído quando avaliadas as faixas de rolamento das ruas, tanto no lado direito quanto no esquerdo. Dentre as 172 ocorrências aferidas pelo método na faixa da direita das vias, 30 foram classificadas como “muito fraco” e em 86 o estado era “péssimo”, ou seja, 77,4% dos pontos estudados não atende às condições devidas. Já na faixa esquerda das vias, em 139 ocorrências, 17 foram classificadas como “muito fraco”, enquanto 86 em estado “péssimo”, de maneira que 74,1% encontram-se em inconformidade com os padrões da engenharia.

As ruas foram analisadas por meio do sistema FWD (Falling Weicht Deflectometer), o qual é capaz de aferir as condições estruturais do pavimento, podendo aplicar sobre o asfalto uma carga dinâmica que varia entre 41 KN a 150 KN, conforme a norma técnica do Departamento Nacional de Estradas de Rodagem – DNER PRO 273/96. Também foram executadas análises laboratoriais que aferiram a resistência não somente dos pavimentos, mas estruturas complementares como grades de bueiros e meio fios.

O relatório teve como objeto as seguintes vias: Rua Luiz Fernandes Rodrigues, Rua Santa Terezinha, Rua Padre Milton Rodrigues Malta e Rua da Conquista, no Bairro Padre Vitor;  Rua Califórnia e Rua Palestina, Bairro Cachoeira; Parte da Avenida Tiradentes, Bairro Cachoeira; Parte da Avenida Tiradentes, Bairro São Vicente (inclui estacionamento do Centro de Ensino Infantil Geralda Vieira de Melo); Rua Rui Barbosa de Araújo, Bairro Sassafrás; Rua Donato de Oliveira Resende e Rua João Luiz Gonçalves, Comunidade do Colônia. Todas as vias apresentavam, recorrentemente, trincas, fissuras e rachaduras quando das visitas realizadas pelos vereadores Rivael Nunes Machado, João Gonçalves de Resende, Thiago Itamar Santos Villaça e Rodrigo de Paula Santos Silva.

Outro ponto que chama a atenção diz respeito à sondagem realizada pela empresa, conforme exigido pela Câmara. No que tange à composição da obra como um todo, considerando a base, o subleito e o revestimento, foram identificados os materiais CBUQ (Concreto Betuminoso Usinado à Quente) na camada de revestimento, o Cascalho Argiloso na base e Argila Vermelha no subleito, em todas as vias analisas. A questão maior é que, nos editais e contratos fornecidos pela Prefeitura e repassados à empresa, predominava a exigência de implantação de Brita Graduada Simples (BGS) ou de Minério para reforço da base de sustentação da pavimentação, o que, de acordo com o relatório de sondagem, isso não ocorreu. Conforme as tabelas abaixo, constam os materiais encontrados, bem como as exigências propostas pelos editais utilizados pela Prefeitura tanto em processo licitatório próprio quanto na Adesão à Ata de Registro de Preços.

Resistência de meio fios e grades de bueiro também foi verificada

Outro ponto de grande relevância do estudo técnico realizado pela empresa Solocap é referente à resistência de meio fios e grades de bueiro implantadas, de forma complementar, nas obras de pavimentação. Elementos importantes da urbanização que permitem a drenagem e o escoamento de águas pluviais, estes também foram também diagnosticados com rachaduras e fissuras por parte da Comissão de Obras, a qual pediu pelo teste de resistência. Dentre os pontos mais importantes do diagnóstico, aferiu-se que a resistência de meios fios testados é de apenas 6 Mpa, sendo que o Município contratou a implantação de estruturas com resistência de 15 Mpa.

As estruturas de meio fio e grade de bueiros foram também levadas ao laboratório, no entanto, diante da baixa resistência dos materiais, não foi possível efetuar os testes adequados, já que elas se esfacelavam perante os equipamentos de aferição. Assim, a empresa propôs uma avaliação de durabilidade com base em solução de sulfato de magnésio, conforme a norma do DNER 089:1994, a qual deveria demonstrar a existência de sulfato de magnésio em índice menor ou igual a 12,0%. No entanto, as estruturas empregadas pela empresa nas contratações do Município de Entre Rios de Minas apresentaram índices superiores nas amostras, respectivamente, 18,77% e 16,12%, o que demonstra a presença de componentes não desejáveis na fabricação dos pré-moldados, impactando diretamente na durabilidade.

Vereadores encaminham relatório à Secretaria de Obras e ao Ministério Público de Minas Gerais

Depois da apresentação na reunião ordinária, os vereadores discutiram os resultados da análise. O vereador Thiago Itamar (Ted), relator da Comissão de Obras, agradeceu o trabalho realizado pela empresa Solocap e reiterou que o laudo apresentado comprova o que a comissão já esperava. Disse que não entendia, à época, o fato de o Chefe do Executivo, a Secretaria de Obras ou os representantes legais nunca tomaram uma postura da empresa responsável pelas obras, considerando que os erros são visíveis e se estendem desde 2017. Diante disso, Ted ressaltou que é um descaso com o dinheiro público, considerando que o Município vive um momento financeiro delicado e foram gastos milhões de reais nessas obras. Dessa forma, diz ser a favor de encaminhar o caso para o Ministério Público de Minas Gerais. 

O Presidente da Casa à época, Vereador Roni Enfermeiro, pediu para que os vereadores se manifestassem sobre o caso, para que fossem tomadas as devidas providências e o Município ressarcido pela empresa. Exaltou ainda o  excelente trabalho feito pela comissão de obras e afirmou que o primeiro Requerimento já foi encaminhado ao Ministério Público, que acompanha o caso de perto. 

O vereador Rivael Nunes Machado, presidente da Comissão de Obras, falou sobre a morosidade no Ministério Público, considerando que existem denúncias desde 2014 que ainda não foram julgadas. Ainda diz ser a favor do diálogo e sugeriu que o relatório fosse encaminhado ao Poder Executivo e que fosse realizada uma reunião para discutir sobre o assunto. Reiterou que o Executivo deveria se manifestar antes de o relatório ser encaminhado ao Ministério Público. Por fim, solicitou a presença do representante da empresa Solocap, caso a reunião fosse agendada. 

O vereador Levi da Costa Campos (Levi do Montijo) afirmou que desde de 2017 questionava sobre a pavimentação asfáltica no Município, enviando diversos Requerimentos, que não eram respondidos, os quais solicitavam informações ao Executivo. Reiterou ainda o péssimo serviço prestado pela empresa Terramares, responsável pelas obras. Por fim, diz ser a favor da abertura de uma segunda Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), devido a morosidade do Ministério Público. 

O vereador José Resende (Juquinha do Táxi) lamentou a situação da pavimentação asfáltica do Município e afirmou que o relatório deveria ter sido solicitado pelo Executivo, e não pelo Legislativo, para cobrar a empresa responsável pelas obras. Juquinha diz que espera que o Executivo Municipal esteja sendo enganado pela empresa e faça as cobranças necessárias para provar a Casa Legislativa essa teoria. 

O vereador Rodrigo de Paula (Rodrigo do Tico) afirmou que o relatório apresentado é de embasamento técnico, a parte operacional já era vista pelos vereadores e mostrava que as pavimentações sofriam com deficiências técnicas. Rodrigo afirma ter acompanhado a comissão de obras nas visitas e na realização dos relatórios. Dessa forma, diz que o Executivo deve ser cobrado para que o Município possa ser ressarcido pela empresa responsável. Diante disso, destaca a responsabilidade do Executivo no caso, considerando que ele é responsável por contratar a empresa, bem como realizar a fiscalização para que as obras sejam executadas de acordo com o planejamento. Por fim, reiterou que muitas coisas que acontecem na cidade são frutos da cobrança dos parlamentares, como no caso das obras realizadas pela COPASA. 

O vereador João Gonçalves (Joãozinho Cricri) parabenizou a empresa Solocap pelo trabalho apresentado. Joãozinho relembrou os diversos requerimentos enviados para o Executivo no mandato anterior e atual solicitando informações sobre as obras que não foram respondidos. O vereador afirma que não pode haver tamanho descaso com o dinheiro público e o Município não pode tomar um prejuízo de mais de três milhões de reais, gastos com pavimentações asfálticas de péssima qualidade.

Portanto, o Requerimento n° 119/2023, o qual informa o encaminhamento das análises apresentadas pela empresa Solocap Geotenologia Rodoviária ao Prefeito Municipal, à Secretaria de Obras e ao Ministério Público de Minas Gerais, foi aprovado pelos vereadores com dois votos contrários.

Fonte: Comunicação Legislativa – Câmara Municipal de Enttre Rios de Minas

FONTE ENTRE RIOS NEWS

about

Be informed with the hottest news from all over the world! We monitor what is happenning every day and every minute. Read and enjoy our articles and news and explore this world with Powedris!

Instagram
© 2019 – Powedris. Made by Crocoblock.