atitude - Correio de Minas

Não durou muito tempo a decisão polêmica que permitiu a flexibilização de funcionamento de parte do comércio de Itaverava. Um decreto, datado de 18 de abril, suspende, por prazo indeterminado, os alvarás de funcionamento e localização de atividades com potencial de aglomeração.

Para conter aglomeração prefeito joga óleo em bancos e praças de Itaverava / DIVULGAÇÃO

A decisão afeta estabelecimentos como hotéis, academias, boates, salões de festas, clínicas de estética, salões de beleza, campos de futebol e quadras poliesportivas. Também estão incluídos no decreto bibliotecas, centros culturais, bares, restaurantes, lanchonetes, além de estabelecimentos localizados em galerias, lojas de vestuário e centros comerciais. Eventos públicos ou privados, bem como cultos e celebrações religiosas, com presença de público também estão proibidos. Também fica suspensa a utilização de praças públicas e outros locais para a prática de atividades de esporte e lazer, seja individual ou coletiva. O decreto ainda determina o uso de máscara.
Na noite de 18 de abril, quando o decreto entrou em vigor, o Prefeito José Flaviano Pinto gravou um vídeo mostrando a importância do isolamento na cidade. Ele filmou ruas vazias e desabafou em relação às criticas recebidas via redes sociais. Para o prefeito, o fechamento dos estabelecimentos que geram aglomeração e não são essenciais é fundamental. José Flaviano também cobrou sugestões dos críticos para contribuir no enfrentamento do novo coronavírus em Itaverava.
Um dia antes, o prefeito chegou a jogar óleo queimado nos bancos das praças e de locais públicos da cidade e no distrito de Monsenhor Izidro para evitar que as pessoas sentassem e fizessem aglomerações. “O povo não está podendo ficar dentro dos bares então estão comprando bebidas, lanches e se assentando nesses lugares. Com isso, as ruas ficam sempre cheias de pessoas que deveriam estar em suas casas já que não estão trabalhando. Um lugar sujo de óleo queimado é fácil de se limpar. Já a infecção pelo coronavírus é caixão ou CTI. Só quem já viu alguém morrendo por não conseguir respirar vai entender essa atitude do prefeito. Vida só tem uma”, defendeu uma moradora de Itaverava.

Veja polemica instalada em Itaverava

https://youtu.be/lFbMNc92oWc

https://youtu.be/OATPggddSgo

Laudo pericial apontou responsabilidades compartilhadas entre prefeitura, moradores e administração do Cemitério para por fim a praga dos escorpiões/DIVULGAÇÃO

Um laudo pericial, feito em de abril 2017, atendendo um pedido do Ministério Público no inquérito civil nº MPMG 0183.16.000412-7, concluiu que “não foram observadas infestações de insetos ou aracnídeos na área interna do Cemitério Nossa Senhora da Conceição. No entanto, existem diversos focos para proliferação de aracnídeos como escorpiões e insetos como baratas, uma vez que o local se constituiu em um ambiente favorável para permanência de animais, pois possui comida e abrigo em abundância”.

O laudo, elaborado pela bióloga e perita Carla Juliana Leroy, exorta foram encontrados escorpiões e baratas mortas, mas que esses animais têm hábitos noturnos. Foram realizadas 15 entrevistas com moradores de residências localizados ao entorno do cemitério quando afirmaram a presença diárias de escorpiões encontrados em salas, banheiros e quintais. Em outras casas, moradores vedavam em soleiras de portas com roles de areia para evitar a entradas dos animais, trazendo insegurança e risco à saúde levando a morte que for picado.

Carla aponta que o aparecimento de escorpiões é um problema de saúde pública. “No cemitério o aparecimento de escorpiões se dá pela sua facilidade de adaptação urbana aliada a grande oferta de alimentos preferidos como as barragens, a temperatura e umidade no interior de túmulos e aos inúmeros focos para proliferação como frestas, entulhos, restos de madeira e pedras”. A proliferação acontece em meses quentes do verão e cai na estão seca e fria. Foi constatado o cemitério em condições precária de limpeza.

Medidas

O laudo sugere diversas medidas para controle de proliferação de escorpiões como a ação efetiva da vigilância em saúde do Município no qual compete o registro, a captura, a apreensão e eliminação de animais desta natureza. O laudo sugere um estudo conjunto para ações preventivas e de conscientização em saúde com a administração do cemitério e outras entidades, como conselho de saúde, associação de bairro, etc. Também sugere limpeza ao entorno e inúmeras ações dentro do cemitério.

Cabe a prefeitura a limpeza das vias públicas, fiscalização em lotes vagas e em residências para evitar possíveis de focos junto com os agentes de saúde, como também o uso químico de inseticidas/venenos. Eliminar os animais invertebrados como baratas, aranhas, grilos dos quais se alimentam os escorpiões, como também introduzir o controle natural como aves, lagartos e sapos.

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Após confirmação de 12 casos em Lafaiete, prefeito de Itaverava radicaliza e joga óleo em bancos de praças públicas; decreto fecha bares e restaurantes

Laudo aponta que não há infestação, mas focos de escorpiões em cemitério e sugere ações em saúde da prefeitura, paróquia e moradores