Homens atiraram em criança para retardar PM, suspeita polícia

Menino de 8 anos teve pulmão atingido, em Contagem, mas estado de saúde é estável

A Polícia Militar suspeita que os dois homens que teriam atirado em uma criança de 8 anos em Contagem nesta quinta-feira (23) efetuaram o disparo para retardar a perseguição policial. Uma tia da criança, testemunha ocular do disparo, segundo os militares, teria afirmado que os disparos partiram do carro suspeito. Nenhuma arma, porém, foi encontrada pelos PMs. 

A criança, chamada Bernardo, estava indo a uma festa com a família quando foi atingida pelo disparo, segundo a polícia. O tiro a atingiu no braço e chegou ao pulmão, que foi perfurado. Ela foi levada pelos policiais ao Hospital Municipal de Contagem em estado grave e passou por uma cirurgia de duas horas. A bala não atingiu o coração e, na noite desta quinta, a criança permanecia sedada e entubada, em estado grave, porém estável, de acordo com a Prefeitura de Contagem.

O carro suspeito, um C4, foi abordado durante uma blitz de rotina na rua do Registro, no bairro Camilo Alves. Os policiais mandaram que o carro parasse, porém os suspeitos fugiram. “Carros possantes, de cor escura, vidros escuros, são usados pela marginalidade. Temos estratégica de policiamento nos principais corredores da cidade, e esse é um corredor de tráfico e fuga”, disse o tenente-coronel Murilo César Ferreira, em coletiva de imprensa. 

Durante a perseguição, em que mais viaturas foram acionadas, o carro dos suspeitos subiu em um meio-fio, próximo a onde estava a família. Neste momento, de acordo com o tenente-coronel reconta o relato da tia, um dos suspeitos teria atirado no menino. “A polícia veio a efetuar disparos, mas foi longe e para assegurar a integridade do policial e de terceiros”, continuou o policial. Os disparos da polícia só teriam sido efetuados em outra rua e após o menino ter sido atingido, segundo ele. 

A viatura parou para socorrer a criança e a fuga continuou. O C4 teria se deparado com mais uma viatura, atirado contra ela e batido no carro dos militares. A essa altura, o helicóptero Pégasus, da PM, já havia sido acionado e os suspeitos foram alcançados por outra viatura algumas ruas adiante.

A polícia não localizou a arma supostamente utilizada pelos suspeitos, que também não estavam com drogas ou sinais de embriaguez. Os documentos do carro estavam em dia e, pelas informações preliminares da polícia, um deles tinha passagem por roubo e direção perigosa. 

Um inquérito policial militar será instaurado para investigar as circunstâncias do tiro. Inicialmente, a polícia não trabalha com a hipótese de que os tiros tenham partidos de militares. Segundo o tenente-coronel, a bala se perdeu após perpassar a criança, por isso não seria possível precisar o calibre da arma que a disparou.

FONTE O TEMPO

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