Teste de sirene da Vale interdita trânsito em rodovia da região

As Defesas Civis estadual e municipal de Belo Vale, com o apoio da Vale, realizarão na manhã desta terça-feira (15/03), às 10h, simulado prático de emergência da Zona de Autossalvamento (ZAS) das barragens Marés I e II, da mina de Fábrica, em Belo Vale. Cerca de 25 pessoas devem participar da atividade preventiva.

No horário do simulado, os moradores serão avisados por meio do toque real de sirenes – antes é emitida uma mensagem informando que se trata de um simulado – e deverão seguir as rotas de fuga e se dirigir aos pontos de encontro localizados em área segura.

O simulado faz parte do Plano de Ação de Emergência para Barragens de Mineração (PAEBM), em cumprimento à legislação vigente. O objetivo é reforçar a cultura de prevenção e orientar a população sobre como proceder em caso de emergência.

Trânsito

Como medida preventiva, durante a execução das atividades haverá interdição temporária do trânsito de veículos na rodovia MG-442, próximo ao Restaurante Pé da Serra.

A Vale informa que não houve alteração na condição de segurança das estruturas. A barragem Marés I teve seu nível 1 de emergência encerrado em dezembro de 2021, obtendo Declaração de Condição de Estabilidade (DCE) positiva. Marés II permanece em nível 1 do PAEBM, que não requer a evacuação da população a jusante.

Belo Vale é anterior à autonomia da Capitania de Minas; município carrega 347 anos de história

À (E), foto de Salomão de Vasconcellos, publicada no artigo ‘Belo Vale na cronologia histórica mineira’, Jornal Folha de Minas, 1943, mostra a antiga capela do arraial de São Pedro do Paraopeba, atual Vargem de Santana. À (D), foto de Tarcísio Martins, mostra a Capela Nossa Senhora da Conceição que substituiu à antiga, sendo reformada, em 2020.

Antes mesmo, da autonomia administrativa do território mineiro, em 1720, o povoado que daria origem ao município de Belo Vale, Roças de Matias Cardoso de Almeida – 1673 – atual Vargem de Santana, já figurava no mapa das terras de Minas Gerais. Os bandeirantes paulistas, com o reforço dos indígenas capturados, foram os primeiros a ocupar as terras do Vale do Médio Paraopeba. Estava deflagrada a revolução das montanhas com seus preciosos bens minerais e naturais.

A bandeira de Fernão Dias Paes configura-se como a expedição que marcou presença efetiva no início da ocupação colonial, criadora dos primeiros núcleos urbanos em Minas. O bandeirante alcançou as Roças de Matias Cardoso de Almeida, em 1674, constituindo-se, historicamente, o segundo arraial fundado nas Gerais. Esse fato possibilitou que belíssimas capelas coloniais barrocas fossem levantadas nos tradicionais povoados de Belo Vale.

Seguindo-se ao declínio do Ciclo do Ouro, os portugueses que se ocupavam da mineração voltaram-se para as atividades da agricultura e pecuária nas terras férteis da encosta da serra da Moeda, banhadas pelo então caudaloso Rio Paraopeba. Construíram enormes e poderosas fazendas coloniais rurais, destacando-se a poderosa Fazenda Boa Esperança, que influenciou a construção de dezenas de outras, dando vida e incentivando a economia da região. Atualmente, são raros os casarões coloniais e sítios arqueológicos que se mantém de pé. Em ruínas, carecem de investigação, para que essa memória seja recuperada e preservada.   

Tarcísio Martins, jornalista e ambientalista    

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