Eletroque e fome: os relatos de ex-funcionários do Hospital Colônia de Barbacena

Disponível na Netflix, o documentário ‘Holocausto Brasileiro’ mostra relatos dos envolvidos do Hospital Colônia de Barbacena, com relatos fortes de ex-funcionários

Em Barbacena, Minas Gerais, o Hospital Colônia se ergue como um monumento à memória e ao horror. Entre 1903 e 1980, o local que prometia ser um refúgio para almas fragilizadas se transmutou em um palco de sofrimento e abominação, inspirando a obra ‘Holocausto Brasileiro’, da jornalista escritora Daniela Arbex.

Fundado em 1903, o Hospital Colônia, originalmente “Assistência aos Alienados”, prometia tratamento e acolhimento para pessoas com transtornos mentais. No entanto, a realidade era diferente. A superlotação, a falta de higiene, a má alimentação e a violência física e psicológica eram frequentes.

Um interno do hospital Colônia – Divulgação / Netflix

Em meio à escuridão, sussurros de resistência ecoavam. Os funcionários do Hospital Colônia, muitas vezes com recursos limitados e em condições precárias, se rebelavam contra a desumanização. O documentário ‘Holocausto Brasileiro’ que chegou na Netflix no último domingo, 25, exibe relatos de ex-pacientes do hospital, mas também exibe falas dos profissionais que trabalharam na instituição.

Más-condições

Segundo a ex-enfermeira Walkiria Monteiro, quando ela entrou no hospital havia cerca de 5 mil pacientes. Toda quarta-feira chegava um ônibus com muitos pacientes em péssimas condições vindos do Hospital Raul Soares, em Belo Horizonte. Ainda se baseando em suas palavras, o Colônia servia como uma forma de “depósito” para aqueles que eram considerados “desajeitados sociais”.

Crianças internadas no Hospital Colônia – Divulgação / Netflix

Francisca dos Reis, uma funcionária atual do Centro Hospitalar Psiquiátrico de Barbacena, afirma que a mãe entrou para ser funcionária do local sem ter uma avaliação adequada, logo, também não teve preparo correto.

Enfrentando a falta de treinamento, a sobrecarga de trabalho e a constante exposição à violência e à miséria, esses funcionários se dedicavam a oferecer um mínimo de dignidade aos que viviam no Colônia.

“Não tinha que ter profissão, não precisava saber ler nem escrever, basta saber distribuir a alimentação, lavar os corredores, dar banho nos pacientes, entendeu, e distribuir a medicação”, explica ela.

Segundo ela, a distribuição era muito simples: “As medicações eram um comprimido rosa e um azul. […] Simplesmente explicaram para ela: ‘Você faz a ronda. Se estiver gritando, batendo, você dá os dois juntos. Se estiver cantando, te importunando, dá o rosa’”.

No documentário, uma ex-funcionária chamada Roselmira Delbem relatou que, muitas vezes, encontrava corpos pelo corredor da instituição “um atrás do outro”, pois, eram muitos. Ela também relatou a falta de investimento no Colônia, alegando que eles não tinham mantimentos para manter os doentes da enfermaria.

“De repente, começou a vir uma canja branca, rala. Servia com a caneca, nos pratos de alumínio. Aí foi acabando, foi acabando, foi acabando… até chegar ao ponto em que aquela quantidade de pacientes morreu por falta de alimentação”, disse Roselmira.

A ex-funcionária Roselmira Delbem – Divulgação / Netflix

Walkiria também ressaltou que o local não tinha muitas injeções e que uma única agulha era usada em muitos pacientes. De acordo com a ex-enfermeira, a instituição tinha uma bacia para ferver a seringa (no singular), dez ampolas de um complexo de vitamina B e só. Essas dez ampolas não eram suficientes.

O eletrochoque

Outro recurso utilizado em abundância era o eletrochoque, graças a falta de opções (quando a vitamina e o xarope não davam conta, o que era óbvio que aconteceria). “E naquelas muito agressivas, muito violentas, que não tinha resposta, porque não tinha as medicações que tem hoje em dia, dava o eletrochoque”, diz Walkiria.

“Que eu, por sinal, fiz muito eletrochoque. […] Muitos recuperavam. Mas a gente não dava com anestesia, na época, […] era eu e o Dr. Zé Carlos. Fazia uma ou duas vezes por semana, mas os pacientes seguravam direitinho, acalmava o paciente, dava carinho pra eles. E eu punha no mínimo pra dar o eletrochoque. Eu dei muito. E a gente punha, assim, na cama, mais de 40 pacientes. Eu ficava com tristeza porque um via o outro, tendo as coisas, né?”, completa.

A ex-enfermeira Walkiria Monteiro – Divulgação / Netflix

Roselmira, que apenas auxiliava o paciente no momento do eletrochoque, também comentou sobre a prática: “Bom, era por finalidade terapêutica, né? Mas, de repente, aparecia, às vezes, alguns imprevistos, né? O paciente, às vezes, né, fazia umas travessuras, e tomava o eletrochoque”.

Documentário de Arbex

‘Holocausto Brasileiro’ expõe a negligência do Estado e a desumanização dos pacientes, muitos dos quais eram pobres, órfãos ou considerados “indesejáveis” pela sociedade. Estima-se que mais de 60 mil pessoas passaram pelo hospital, e milhares morreram em decorrência das precárias condições de vida e tratamento.

Através de fotos, vídeos e documentos históricos, o filme revela a dura realidade do Hospital Colônia e a luta por justiça e reparação das vítimas.

FONTE AVENTURAS NA HISTÓRIA

Imagens indicam que chuvas no Acre podem ter “movido” bairro brasileiro para território da Bolívia; veja

Bairro Leandro Barbosa, nos fundos da cidade de Brasileia foi completamente alagado e teve rua de acesso inundada e destruída

Cidade símbolo da tragédia no Acre, a cidade de Brasileia assiste a cenas impressionantes e inéditas enquanto o nível de água sobe. Os rios já subiram 15,58 metros, superando todas as maiores marcas históricas. Enquanto isso, contra a correnteza, um barco tentava levar 27 pessoas, a maior parte delas de idosos, até as sessões de hemodiálise, já que 12 dos 14 bairros foram alagados. As informações são dos governos estadual e municipal.

No bairro de Leonardo Barbosa, nos fundos da cidade, a única rua de acesso também foi engolida pela água e as imagens da erosão indicam que o bairro pode ter ficado anexado ao território da Bolívia. A prefeita Fernanda Hassem disse à CNN que só terá certeza quando a água baixar, mas que tudo indica que o cenário seja este.

As 186 pessoas da comunidade indígena dos Jambinaua tiveram que deixar suas casas e serem acolhidas em um abrigo municipal. O local onde eles viviam é uma das fronteiras terrestres do Brasil com a Bolívia.

“Nós precisamos de ajuda. Toda ação que estamos fazendo é humanitária e vamos precisar reconstruir a cidade”, diz a prefeita. Os cadastros da população mais atingida já foram feitos no governo federal.

“Até a minha casa está toda submersa. Eu até consegui tirar a maior parte das coisas. Na cheia do ano passado eu perdi tudo. Minha dor é até pequena perto dos outros que perderam tudo”, completa Fernanda.

Há apenas dois bairros com energia, depois de um desligamento preventivo para evitar choques e explosões. A concessionária decidiu desligar a rede quando a placa de energia elétrica ficou a menos de 50 centímetros do nível da água.

São 16 abrigos na cidade para acolher 319 famílias. Outras 3.128 famílias tiveram que deixar suas casas e ir pra outros locais, omo casas de parentes.

Já isolada por via terrestre, a cidade teve 32 pontes destruídas pelas cheias. Seis comunidades estão completamente isoladas. O fórum, a prefeitura e a delegacia da cidade estão debaixo d’água. Ao todo, 15 prédios públicos estão inundados.

FONTE CNN BRASIL

Paraíso turístico brasileiro é invadido por escorpiões venenosos

Mais de 200 escorpiões-amarelos, considerados os mais perigosos do país, foram capturados no município somente no início de fevereiro

Um dos principais paraísos turísticos do Rio de Janeiro foi invadido pelo escorpião-amarelo, considerado o mais perigoso do Brasil. Por isso, a cidade de Armação dos Búzios, na Região dos Lagos, está sendo monitorada pelo Instituto Vital Brazil (IVB).

De acordo com a entidade, apenas no início de fevereiro, foram capturados mais de 200 animais da espécie.

Em função do cenário preocupante, agentes do IVB ministraram treinamento teórico e prático para funcionários da prefeitura de Búzios. Além disso, a população local está sendo orientada sobre com o lidar com a situação, com divulgação das áreas mais infestadas.

Claudio Maurício Vieira, biólogo e coordenador do Laboratório de Artrópodes do Instituto Vital Brazil, relatou que a presença desses animais tem aumentado nos últimos cinco anos, principalmente na Região dos Lagos.

“Uma das estratégias essenciais que desenhamos para lidar com essa situação é o apoio teórico e prático às prefeituras para a identificação, prevenção e controle da proliferação de escorpiões. Isso inclui, por exemplo, a capacitação dos técnicos municipais de vigilância e agentes de saúde”, declarou, em entrevista ao G1.

O instituto elaborou um levantamento que detectou alto número de acidentes com escorpiões e aranhas no estado do Rio de Janeiro. Em 2020, foram 1.234; em 2021, 1.219; em 2022, 1.293 acidentes.

Especificamente em Búzios, os bairros que apresentam maior incidência dos escorpiões são Centro, Ferradura, João Fernandes, São José e Rasa.

“As condições climáticas de calor e umidade típicas desta estação favorecem a proliferação desses animais, que também são impulsionados a procurar abrigo em áreas habitadas devido às chuvas”, informou a Vigilância Ambiental de Búzios.

O órgão revelou, ainda, que os escorpiões, conhecidos por se alimentarem de baratas e moscas, podem ser encontrados em áreas que atraem esses insetos.

Evitar o acúmulo de lixo, manter as lixeiras fechadas adequadamente e a colaboração ativa de todos são ações essenciais para minimizar a presença desses animais em ambientes urbanos”, destacou a prefeitura.

O mais perigoso do Brasil

Existem 182 espécies de escorpiões no Brasil. Porém, somente quatro são perigosas, nesta ordem: escorpião-amarelo, escorpião-amarelo-do-Nordeste, escorpião-marrom e o escorpião-preto-da-Amazônia. São carnívoros, venenosos e da mesma classe das aranhas.

O que fazer

A Vigilância Ambiental da prefeitura orientou a população no sentido de relatar a presença de escorpiões pelo número (22) 2350-6010, ramal 6252.

Caso o morador seja picado, deve ser encaminhado imediatamente ao hospital de referência mais próximo, onde deverá receber soro antiescorpiônico.

FONTE REVISTA FÓRUM

Carrancas e Gonçalves estão entre os 10 destinos mais acolhedores do Brasil em 2024, diz Booking.com

Após anunciar Arraial D´Ajuda como o destino mais acolhedor do mundo, como parte do 12º Traveller Review Awards – premiação anual com base em mais de 309 milhões de avaliações verificadas, que reconhece prestadores de serviços de turismo e hospitalidade por sua excelência –, a Booking.com agora revela os destinos mais acolhedores do Brasil. A lista tem como base os locais com pelo menos 50 acomodações elegíveis ao prêmio da plataforma.

“Identificamos uma prevalência de lugares na região Sudeste do país, além de representantes do Sul e do Nordeste. É interessante que a maioria dos destinos em 2024 são novos na lista, ou seja, não estiveram entre os mais acolhedores no ano passado – incluindo São Bento do Sapucaí, Carrancas, Gonçalves, Flecheiras, Maraú, Cunha e Nova Petrópolis. Isso mostra não só como essas regiões estão desenvolvendo suas estruturas turísticas, como também que os turistas estão reconhecendo esses esforços e avaliando os prestadores nestes locais de forma bastante positiva”, afirma Nelson Benavides, Gerente Regional da Booking.com no Brasil.

Confira os destinos mais acolhedores do Brasil em 2024, de acordo com o Traveller Review Awards¹:

  • São Bento do Sapucaí, São Paulo
  • Pedra Azul, Espírito Santo
  • Carrancas, Minas Gerais
  • Visconde de Mauá, Rio de Janeiro
  • Gonçalves, Minas Gerais
  • Flecheiras, Ceará
  • Maraú, Bahia
  • Pomerode, Santa Catarina
  • Cunha, São Paulo
  • Nova Petrópolis, Rio Grande do Sul

Além dos destinos, a Booking.com também compartilha a lista dos cinco estados mais acolhedores do Brasil. “Quando pensamos em uma esfera maior – nas regiões do país -, estados do Sul e do Nordeste se destacam como os mais hospitaleiros, além do Espírito Santo, no Sudeste”, completa o executivo. São eles²:

  • Santa Catarina
  • Rio Grande do Sul
  • Espírito Santo
  • Alagoas
  • Rio Grande do Norte

Em 2024, um recorde de 1,48 milhões de parceiros de viagem em 221 países foram reconhecidos pelo Traveller Review Awards, incluindo mais de 58 mil prestadores de serviços no Brasil. Além disso, os apartamentos foram os tipos de acomodação mais premiados nacionalmente (24.216 premiados), seguidos pelas casas de temporada (9.749) e hotéis (6.789).

Asfalto brasileiro é o segundo pior do mundo, diz pesquisa

Se você tem queixas relacionadas às ruas brasileiras, não está sozinho, mas questão é mais complexa que qualidade do asfalto

Se você tem um carro, dirige pelas estradas brasileiras e já reclamou da qualidade das vias, não está sozinho. Um estudo de 2023 feito pelo portal CupomVálido, com dados da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e do portal britânico Compare The Market, mostrou que o asfalto do Brasil é avaliado como o segundo pior do mundo, ficando atrás apenas da Rússia.

Ainda, o país também ocupa a segunda posição entre os piores países para se dirigir, que leva em conta aspectos como mortalidade no trânsito, congestionamento e custos de manutenção dos veículos.

Asfalto brasileiro

Ao contrário do que pode parecer, a má qualidade do asfalto brasileiro não tem a ver com o material.

Segundo Diego Ciufici, superintendente da Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfaltos (Abeda), ao Jornal da USP, o asfalto não é necessariamente ruim, mas o desgaste e a falta de manutenção o tornam assim.

Veja alguns motivos citados para isso:

  • O asfalto brasileiro tem uma alta demanda. Como lembra Ciufici, 75% da produção nacional é escoada por vias rodoviárias, o que é uma particularidade do Brasil;
  • A saturação da malha não recebe investimentos suficientes para manter a qualidade em comparação com a demanda;
  • Além disso, o asfalto é parte pequena entre os materiais usados na pavimentação. Segundo o superintendente, ele atua apenas como ligante, “quase a cereja do bolo”. Assim, não há uma base sólida para as vias;
  • A professora Kamilla Vasconcelos Savasini, coordenadora do Laboratório de Tecnologia de Pavimentação da Escola Politécnica da USP, ainda menciona que buracos nas vias podem ter a ver com problemas estruturais do projeto, como condições climáticas que não foram previstas antecipadamente (muito calor e chuva, por exemplo).

E a qualidade?

Como reforçam os especialistas, o problema não é a qualidade do asfalto. Savasini lembra que o produto é resultado de uma parceria entre indústria e pesquisadores, que estão sempre buscando alternativas para melhorá-lo.

Ela explica que a verdadeira questão é a implementação. Ou seja, por mais que o material seja bom, dificuldades técnicas, operacionais e até econômicas impedem que as técnicas sustentáveis sejam efetivamente implementadas nos pavimentos.

A professora destaca que a boa qualidade das vias depende de manutenção regular e investimentos.

Soluções para o asfalto

Os pesquisadores destacam que a solução para um asfalto melhor são políticas públicas que garantam o investimento em infraestrutura. Para Ciufici, isso é uma questão de planejamento e alocação de orçamento, bem como planos de execução, não apenas algo para “tapar-buraco”.

Em resposta ao Jornal da USP, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes, responsável pelo asfalto, afirmou que monitora regularmente as estradas com base no Índice de Condição da Manutenção (ICM). Segundo o órgão, no ano passado 65,4% dos 61 mil km de vias foram avaliadas como ICM “Bom”.

FONTE OLHAR DIGITAL

Brasileiro com a cabeça invertida participa de estudo realizado por cientistas

Estudo conduzido por uma equipe de pesquisadores dos EUA foi publicado recentemente

Cientistas da Dartmouth College, nos EUA, conduziram um estudo com Claudio Vieira, um brasileiro com Artrogripose Múltipla Congênita (AMC), condição que o fez nascer com pernas atrofiadas, braços colados no peitoral e a cabeça virada para trás e invertida.

O estudo fora feito com o objetivo de entender como a orientação dos rostos afeta o reconhecimento. Claudio, que nasceu com graves limitações físicas, possui uma notável capacidade de reconhecer rostos, mesmo quando estão invertidos.

Mecanismos evolutivos e experiência

Como repercute o jornal O Globo, os cientistas observam que nossa habilidade com rostos verticais parece ser resultado de uma combinação de mecanismos evolutivos e experiência.

“Quase todo mundo tem muito mais experiência com rostos verticais e ancestrais cuja reprodução foi influenciada pela sua capacidade de processar rostos verticais, por isso não é fácil separar a influência da experiência e dos mecanismos desenvolvidos adaptados para rostos verticais em participantes típicos”, disse Brad Duchaine, autor principal do estudo e psicólogo da Dartmouth College.

Incertezas

Há bastante tempo, os pesquisadores têm conhecimento de que nossa habilidade de reconhecer rostos diminui consideravelmente quando um rosto está girado 180 graus.

No entanto, sempre foi uma tarefa desafiadora determinar se essa queda na capacidade se deve a mecanismos evolutivos que gradualmente moldaram as nossas habilidades de processamento facial ao longo do tempo ou, simplesmente, porque a maioria de nós interage principalmente com pessoas e as enxerga com os rostos na posição vertical.

Os cientistas começaram então a questionar como a perspectiva única de Cláudio em relação aos rostos afeta sua capacidade de detecção e correspondência facial. Para investigar isso, eles iniciaram testes sobre a capacidade do brasileiro em identificar rostos em 2015 e 2019.

Os resultados do estudo revelaram que Vieira foi mais preciso do que os controles com detecção invertida e julgamentos do efeito Thatcher (ou seja, com o rosto invertido), mas obteve pontuação semelhante aos controles com correspondência de identidade facial.

Conclusão dos pesquisadores

Os pesquisadores concluíram que nossa habilidade de reconhecer rostos em posição vertical é influenciada por uma combinação de fatores, incluindo mecanismos evolutivos e experiência pessoal.

Duchaine, o autor principal do estudo, observou: “Como Cláudio parece ter mais experiência com rostos verticais do que com rostos invertidos e ele viu rostos de um ponto de vista invertido, é revelador que ele não se sai melhor com rostos verticais do que com rostos invertidos para detecção de rosto e rosto”.

Os cientistas enfatizam a necessidade de pesquisas adicionais para compreender melhor as diferenças entre o reconhecimento de rostos na posição vertical e invertida, bem como outros aspectos do julgamento que as pessoas fazem ao observar rostos, como expressões faciais, idade, sexo e confiabilidade.

FONTE AVENTURAS NA HISTÓRIA

Brasileiro com a cabeça invertida participa de estudo realizado por cientistas

Estudo conduzido por uma equipe de pesquisadores dos EUA foi publicado recentemente

Cientistas da Dartmouth College, nos EUA, conduziram um estudo com Claudio Vieira, um brasileiro com Artrogripose Múltipla Congênita (AMC), condição que o fez nascer com pernas atrofiadas, braços colados no peitoral e a cabeça virada para trás e invertida.

O estudo fora feito com o objetivo de entender como a orientação dos rostos afeta o reconhecimento. Claudio, que nasceu com graves limitações físicas, possui uma notável capacidade de reconhecer rostos, mesmo quando estão invertidos.

Mecanismos evolutivos e experiência

Como repercute o jornal O Globo, os cientistas observam que nossa habilidade com rostos verticais parece ser resultado de uma combinação de mecanismos evolutivos e experiência.

“Quase todo mundo tem muito mais experiência com rostos verticais e ancestrais cuja reprodução foi influenciada pela sua capacidade de processar rostos verticais, por isso não é fácil separar a influência da experiência e dos mecanismos desenvolvidos adaptados para rostos verticais em participantes típicos”, disse Brad Duchaine, autor principal do estudo e psicólogo da Dartmouth College.

Incertezas

Há bastante tempo, os pesquisadores têm conhecimento de que nossa habilidade de reconhecer rostos diminui consideravelmente quando um rosto está girado 180 graus.

No entanto, sempre foi uma tarefa desafiadora determinar se essa queda na capacidade se deve a mecanismos evolutivos que gradualmente moldaram as nossas habilidades de processamento facial ao longo do tempo ou, simplesmente, porque a maioria de nós interage principalmente com pessoas e as enxerga com os rostos na posição vertical.

Os cientistas começaram então a questionar como a perspectiva única de Cláudio em relação aos rostos afeta sua capacidade de detecção e correspondência facial. Para investigar isso, eles iniciaram testes sobre a capacidade do brasileiro em identificar rostos em 2015 e 2019.

Os resultados do estudo revelaram que Vieira foi mais preciso do que os controles com detecção invertida e julgamentos do efeito Thatcher (ou seja, com o rosto invertido), mas obteve pontuação semelhante aos controles com correspondência de identidade facial.

Conclusão dos pesquisadores

Os pesquisadores concluíram que nossa habilidade de reconhecer rostos em posição vertical é influenciada por uma combinação de fatores, incluindo mecanismos evolutivos e experiência pessoal.

Duchaine, o autor principal do estudo, observou: “Como Cláudio parece ter mais experiência com rostos verticais do que com rostos invertidos e ele viu rostos de um ponto de vista invertido, é revelador que ele não se sai melhor com rostos verticais do que com rostos invertidos para detecção de rosto e rosto”.

Os cientistas enfatizam a necessidade de pesquisas adicionais para compreender melhor as diferenças entre o reconhecimento de rostos na posição vertical e invertida, bem como outros aspectos do julgamento que as pessoas fazem ao observar rostos, como expressões faciais, idade, sexo e confiabilidade.

FONTE AVENTURAS NA HISTÓRIA

Brasileiro mantém objetos sem uso que podem valer R$ 2 mil

A cifra é apontada por pesquisa desenvolvida pela plataforma de comércio eletrônico OLX

Sabe aquele eletrodoméstico que ainda funciona, mas que foi encostado, por pena ou por costume? Ou aquele celular que funciona perfeitamente, mas que você preferiu guardar do que vender? Esses são alguns (dos muitos) exemplos de produtos mantidos em casa, sem que se dê conta do valor que estes podem representar.

Sintonizada com tal hábito eminentemente ‘tupiniquim’, a OLX – uma das maiores empresas de comércio eletrônico com atuação no país, com sede na Holanda – desenvolveu pesquisa, junto a 800 consumidores, cuja principal conclusão é que o brasileiro possui mais de R$ 2 mil em produtos fora de uso.

Outra informação extraída da pesquisa – realizada em junho último – é de que 38% das pessoas consultadas admitiram ter anunciado os itens em desuso via e-commerce, somente nos últimos cinco anos.

Entre os objetos comercializados com maior frequência no segundo trimestre (2T23) se destacam roupas, calçados e acessórios, seguidos de eletrodomésticos e celulares. De acordo com a OLX, somente no primeiro semestre deste ano (1S23), tal mercado contabilizou, em média, 24 vendas por minuto.

O diretor-geral da OLX Brasil, Marcos Leite, acentua que, além da renda extra, o desejo do brasileiro de adquirir produtos acessíveis e de boa qualidade permite que o mercado de artigos de segunda mão passe a ser uma opção mais viável e acessível. “Os brasileiros amam economizar e, mais do que isso, se enchem de orgulho quando realizam uma compra inteligente. Mas uma boa compra deve ser pautada em produtos de qualidade”, acrescentou.

Entre os motivos determinantes para a decisão de vender seus ‘queridos objetos’, 64% dos ouvidos pela pesquisa admitiram a necessidade de ‘aumentar o espaço em casa’.

Para a geração Z, 67% dessa faixa etária (nascida entre as décadas de 1990 e 2010), ‘fazer dinheiro’ foi a principal justificativa alegada para a colocação à venda dos bens de estimação. Dessa forma, o ‘vil metal’ é o argumento apresentado por 32% dos entrevistados deste segmento, seja para compra ou para a venda de itens de segunda mão.

Também revelador da mentalidade do universo consultado, metade dos participantes da pesquisa afirmou ter ‘consciência’ de que itens de segunda mão ‘podem ser úteis a outras pessoas’. Entre os que vendem e compram pela plataforma, o preço é determinante para 72% deles.

A título de incentivar os nacionais a comprar e vender pela plataforma, pelo site e pelo aplicativo, que garante mais segurança, a OLX, recentemente, lançou a campanha chamada ‘Economizadores Exigentes’.

FONTE CAPITALIST

Brasileiro mantém objetos sem uso que podem valer R$ 2 mil

A cifra é apontada por pesquisa desenvolvida pela plataforma de comércio eletrônico OLX

Sabe aquele eletrodoméstico que ainda funciona, mas que foi encostado, por pena ou por costume? Ou aquele celular que funciona perfeitamente, mas que você preferiu guardar do que vender? Esses são alguns (dos muitos) exemplos de produtos mantidos em casa, sem que se dê conta do valor que estes podem representar.

Sintonizada com tal hábito eminentemente ‘tupiniquim’, a OLX – uma das maiores empresas de comércio eletrônico com atuação no país, com sede na Holanda – desenvolveu pesquisa, junto a 800 consumidores, cuja principal conclusão é que o brasileiro possui mais de R$ 2 mil em produtos fora de uso.

Outra informação extraída da pesquisa – realizada em junho último – é de que 38% das pessoas consultadas admitiram ter anunciado os itens em desuso via e-commerce, somente nos últimos cinco anos.

Entre os objetos comercializados com maior frequência no segundo trimestre (2T23) se destacam roupas, calçados e acessórios, seguidos de eletrodomésticos e celulares. De acordo com a OLX, somente no primeiro semestre deste ano (1S23), tal mercado contabilizou, em média, 24 vendas por minuto.

O diretor-geral da OLX Brasil, Marcos Leite, acentua que, além da renda extra, o desejo do brasileiro de adquirir produtos acessíveis e de boa qualidade permite que o mercado de artigos de segunda mão passe a ser uma opção mais viável e acessível. “Os brasileiros amam economizar e, mais do que isso, se enchem de orgulho quando realizam uma compra inteligente. Mas uma boa compra deve ser pautada em produtos de qualidade”, acrescentou.

Entre os motivos determinantes para a decisão de vender seus ‘queridos objetos’, 64% dos ouvidos pela pesquisa admitiram a necessidade de ‘aumentar o espaço em casa’.

Para a geração Z, 67% dessa faixa etária (nascida entre as décadas de 1990 e 2010), ‘fazer dinheiro’ foi a principal justificativa alegada para a colocação à venda dos bens de estimação. Dessa forma, o ‘vil metal’ é o argumento apresentado por 32% dos entrevistados deste segmento, seja para compra ou para a venda de itens de segunda mão.

Também revelador da mentalidade do universo consultado, metade dos participantes da pesquisa afirmou ter ‘consciência’ de que itens de segunda mão ‘podem ser úteis a outras pessoas’. Entre os que vendem e compram pela plataforma, o preço é determinante para 72% deles.

A título de incentivar os nacionais a comprar e vender pela plataforma, pelo site e pelo aplicativo, que garante mais segurança, a OLX, recentemente, lançou a campanha chamada ‘Economizadores Exigentes’.

FONTE CAPITALIST

Mineiro se torna 1º brasileiro negro a se formar em Harvard: ‘Que mais pessoas se sintam incentivadas’

Um jovem natural de Paracatu, cidade mineira com pouco mais de 90 mil habitantes, fez história nas últimas semanas. Arthur Abrantes, 26, se tornou o primeiro brasileiro negro a se graduar em Harvard. A universidade fica nos Estados Unidos e é considerada uma das cinco melhores universidades do mundo.

Ao BHAZ, Arthur conta que se formou em computação, psicologia e francês. Ele acredita que o que o levou tão longe foi a própria história de vida além, claro, do apoio dos pais – que não tiveram a chance de cursar o ensino superior.

“Semana passada, eu me tornei o primeiro brasileiro negro a se formar em Harvard College. Eu dedico essa conquista ao meu pai, Wariston Abrantes, que faleceu no meu segundo ano. Meu pai não teve as mesmas oportunidades que eu tive, mas abriu o caminho para mim. Obrigado, papai! Saudades”, escreveu ele no Instagram ao comemorar a formatura.

https://www.instagram.com/arthuroabrantes/?utm_source=ig_embed&ig_rid=f496d9e7-be33-43ad-8d67-997ca1398798

Aprovação

Arthur conta que, desde que descobriu a possibilidade de estudar nos Estados Unidos, começou a se preparar ao máximo para agarrar a oportunidade. Ele explica que precisou aprender a falar inglês por conta própria, além de exercer várias atividades fora da escola para enriquecer o currículo.

“O processo de seleção e a própria faculdade, obviamente, é tudo em inglês. Então aprendi sozinho usando a internet, aplicativos, séries, podcasts. Também me dediquei muito na escola, porque é outro componente que eles pedem, além de atividades extracurriculares, como esporte, teatro, robótica”, explica.

Em 2015 ele foi para os Estados Unidos pela primeira vez a partir do projeto Jovens Embaixadores, que leva, anualmente, 50 jovens da rede pública de ensino para o país. Ele também participou de um curso preparatório para jovens que desejam estudar fora o que, para ele, fez toda a diferença.

“Eu apliquei para 12 universidades e fui aprovado em 7. Entre elas, Harvard e Stanford, duas das mais importantes do mundo. Acho que o que conta é o diferencial, o que você traz de único para a universidade. Minha história de ter crescido no interior do Brasil, em uma cidade pequena, pode ter chamado a atenção”, explica.

‘Quero que as pessoas se sintam incentivadas’

Para incentivar outros jovens a ingressarem em universidades mundo a fora, Arthur criou um perfil no Instagram para compartilhar suas experiências em Harvard. Por lá, ele explica como se dá todo o processo de seleção, além de dar dicas de como se sair bem nas etapas.

“A sensação é muito boa não só pelo que essa conquista representa pra mim, como pra todo mundo do Brasil. Acho importante eu compartilhar minha história, porque lá atrás eu descobri essa oportunidade porque vi alguém que foi lá e fez. Quero muito que mais pessoas se sintam mais incentivadas a chegar lá”, disse.

https://www.instagram.com/faculdade.nos.eua/?utm_source=ig_embed&ig_rid=eb80c650-74f9-4bbd-b769-6e016cc1f483

Edição: Roberth Costa

FONTE BHAZ

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