Operação mira grupo do setor de café suspeito de sonegar R$ 340 mi em MG

Treze mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos em Varginha

Um grupo econômico do setor de café, sediado em Varginha, é alvo da operação Coffee Break, das forças de segurança e justiça do Estado, na manhã desta terça-feira (27 de fevereiro). A empresa é investigada por aplicar fraudes tributárias e ter sonegado cerca de R$ 340 milhões. Treze mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos hoje – 12 em Varginha e um em Botelhos, no Sul de Minas. 

Os militares estão abordando a sede das empresas envolvidas no esquema e as residências dos gestores do grupo econômico e dos membros de uma associação criminosa. De acordo com a Polícia Militar, a fraude acontece por meio de uma quadrilha especializada na criação de empresas de fachada.

Essas “empresas” emitem notas fiscais falsas e fingem assumir a carga tributária, mas sem o devido recolhimento do ICMS ao Estado de Minas Gerais. Por isso, os investigados do grupo econômico do setor de café podem responder, além do crime de sonegação fiscal, por associação criminosa, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro. 

O crime teria, segundo apurado pela Operação Coffee Break, influenciado o setor de café no Estado. A associação criminosa se especializou neste ramo e oferecia toda a estrutura da sonegação aos “clientes”: desde a venda de café sem a emissão de documentos fiscais obrigatórios até a confecção de notas fiscais falsas para controle do estoque. 

“O esquema criminoso é bastante sofisticado, contando com planejamento e controle das operações simuladas, tudo com o objetivo de conferir aparência de licitude às fraudes, embaraçando a fiscalização”, afirmou o 24º Batalhão de Polícia Militar, de Varginha, por meio de nota. 

A operação tem participação do Ministério Público, através do Centro de Apoio Operacional de Defesa da Ordem Econômica e Tributária (CAOET), da Receita Estadual de Minas Gerais, da Polícia Militar e da Polícia Civil. 

FONTE O TEMPO

Consórcio de café e arroz é testado no Sul de Minas

Emater e Epamig implantam unidades demonstrativas de arroz no Sul de Minas

Minas Gerais já foi um importante produtor de arroz no país, mas nas últimas décadas a cultura perdeu espaço para outras lavouras. Devido a uma ação conjunta da Emater-MGEpamig, Ufla e Embrapa Arroz e Feijão, o cultivo do cereal pode voltar a ganhar força no Sul de Minas. Na região de Guaxupé, foram implantadas, em 2023, unidades demonstrativas de arroz de sequeiro em consórcio com o café e a novidade tem agradado os produtores.

A iniciativa faz parte do Programa de Melhoramento Genético de Arroz de Terras Altas de Minas Gerais, financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig), que pretende testar 18 cultivares de arroz em cidades do Sul de Minas, Vale do Jequitinhonha e Campo das Vertentes. Na Unidade Regional da Emater-MG (Uregi) em Guaxupé, foram implantadas unidades demonstrativas de arroz em Guaranésia, Monte Santo de Minas, Arceburgo, São Sebastião do Paraíso, São Tomás de Aquino, Jacuí, Bom Jesus da Penha e Guaxupé. Já na Uregi de Alfenas, foram criadas unidades demonstrativas em Lambari, Fama e Alfenas.

“Muitos produtores estavam interessados em usar uma planta de cobertura no meio do cafezal para melhorar o solo. Durante a Expocafé (2023), falei dessa demanda com a pesquisadora da Epamig, Janine Guedes, e vimos a oportunidade de testar o arroz na região. Ao contrário do milho e soja, o cereal valorizou bastante no mercado e, ao ser plantado na entrelinha do cafezal, gera uma renda a mais para o cafeicultor”, salienta o extensionista da Emater-MG, Geraldo José Rodrigues, que atua no programa Certifica Minas Café.

Vantagens do consórcio

Os técnicos da Emater-MG fizeram a seleção dos produtores para a instalação das unidades demonstrativas, que receberam as sementes e demais insumos sem custo. “Está havendo muito interesse grande pelo programa. O arroz é uma ótima alternativa, principalmente para o agricultor familiar. Se o cereal é plantado entre as linhas do café novo, ele serve como proteção contra pragas e doenças. Já quando o café é maior, serve de palhada e traz alto índice de nitrogênio, o que é positivo para sistemas de produção”, explica Janine.

O plantio das unidades demonstrativas foi feito em outubro e a colheita deve ocorrer em março. O trabalho tem apoio do Programa “Melhor Arroz” da Universidade Federal de Lavras (UFLA). Pesquisadores e estudantes estão acompanhando a produtividade, adaptabilidade, desenvolvimento e rentabilidade dos materiais. Nas unidades, serão avaliados também a altura, floração, acamamento e possíveis doenças. Quando ocorrer a colheita, algumas amostras serão levadas para avaliações na UFLA. “Daí vamos saber quais materiais se adaptaram melhor às condições de clima e solo, e também quais tiveram melhores respostas às tecnologias disponíveis em cada propriedade”, diz a pesquisadora da Epamig.

Renda para o cafeicultor

O cafeicultor João Eduardo de Paula Vieira, de São Sebastião do Paraíso, plantou 300 metros de linha de arroz e diz que a lavoura cresceu bem. “Eu plantei o arroz primeiro e depois o café. Estou animado, pois está tudo bonito. O arroz está grande e deve estar pronto para a colheita no próximo mês. Vai ser para o consumo da família, mas poderia ser vendido, gerando uma renda até o café produzir. Então ajuda o produtor”, comenta João Eduardo.

O extensionista da Emater-MG conta que a produção também poderá ser adquirida pelas prefeituras para abastecer o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) e o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). E dependendo do desenvolvimento do projeto na região, a pesquisadora da Epamig diz que, futuramente, poderão ser plantadas variedades de arroz especiais (negro, vermelho e aromáticos), que tem um valor de mercado maior.

Mercado em crescimento

O cultivo do arroz de terras altas cresceu consideravelmente nos últimos dois anos, devido à alta dos preços do produto nos mercados. Atualmente, a saca do grão (50 Kg) está valendo cerca de R$180, ao passo que em 2023 a cotação era de R$ 90. “Minas Gerais já foi o 3º maior estado produtor de arroz do Brasil e, hoje, ocupa a 18ª posição. Perdemos muitas áreas de arroz no estado, que foram substituídas pela soja”, explica Janine.

Outro ponto favorável ao resgate da cultura do arroz no estado é a mudança na legislação, que se tornou mais rigorosa, favorecendo o arroz de sequeiro, em detrimento das áreas de arroz inundado, que emite muitos gases causadores do efeito estufa e pode poluir os rios. Atualmente, 80% do arroz brasileiro vem do Sul do país, onde o cultivo é 100% irrigado. Em Minas Gerais, são produzidas, em média, 10,3 mil toneladas de arroz em uma área de 3,2 mil hectares.

FONTE AGÊNCIA MINAS

Café mais caro do mundo é feito com cocô de animal e pode custar R$ 14 mil

O modo de produção do Kopi Luwak, também conhecido como café civeta, é fortemente criticado pela causa animal; entenda

No caminho pelo sistema digestivo da civeta, enzimas e bactérias fermentem as cerejas, o que, de acordo com quem conhece o assunto, dá um sabor frutado, pouco amargo e nada ácido.

O que faz esse tipo de café ser tão caro?

Leandro Paiva avalia que, assim como o Marfim Negro ou do Jacu, o Kopi Luwak possui estratégias de marketing e promoção mais fortes do que a própria qualidade. E isso valoriza o produto. “No caso do Kopi Luwak, há a ideia de preservar as matas da Indonésia. Então, você acaba comprando um café para auxiliar a mata, e preservando a mata, o bichinho que está em extinção também é protegido”, explica.

A bebida também é conhecida como Café Civeta  — Foto: Globo Rural/ Reprodução
A bebida também é conhecida como Café Civeta — Foto: Globo Rural/ Reprodução

Na Inglaterra, uma xícara de Kopi Luwaki chega a custar 50 libras esterlinas, o equivalente a pouco mais de R$ 300. Um quilo deste café chega a ser vendido por R$ 14 mil.

Mas sua produção não deixa de ser alvo de críticas de ativistas da causa da proteção animal. Uma iniciativa da ONG World Animal Protection pede o fim da criação de civetas em cativeiro. “Estamos pressionando os fornecedores deste produto para manterem em seus estoques somente o café obtido por meio de indivíduos criados em liberdade”, afirma a publicação.

FONTE GLOBO RURAL

Café mais caro do mundo é feito com cocô de animal e pode custar R$ 14 mil

O modo de produção do Kopi Luwak, também conhecido como café civeta, é fortemente criticado pela causa animal; entenda

No caminho pelo sistema digestivo da civeta, enzimas e bactérias fermentem as cerejas, o que, de acordo com quem conhece o assunto, dá um sabor frutado, pouco amargo e nada ácido.

O que faz esse tipo de café ser tão caro?

Leandro Paiva avalia que, assim como o Marfim Negro ou do Jacu, o Kopi Luwak possui estratégias de marketing e promoção mais fortes do que a própria qualidade. E isso valoriza o produto. “No caso do Kopi Luwak, há a ideia de preservar as matas da Indonésia. Então, você acaba comprando um café para auxiliar a mata, e preservando a mata, o bichinho que está em extinção também é protegido”, explica.

A bebida também é conhecida como Café Civeta  — Foto: Globo Rural/ Reprodução
A bebida também é conhecida como Café Civeta — Foto: Globo Rural/ Reprodução

Na Inglaterra, uma xícara de Kopi Luwaki chega a custar 50 libras esterlinas, o equivalente a pouco mais de R$ 300. Um quilo deste café chega a ser vendido por R$ 14 mil.

Mas sua produção não deixa de ser alvo de críticas de ativistas da causa da proteção animal. Uma iniciativa da ONG World Animal Protection pede o fim da criação de civetas em cativeiro. “Estamos pressionando os fornecedores deste produto para manterem em seus estoques somente o café obtido por meio de indivíduos criados em liberdade”, afirma a publicação.

FONTE GLOBO RURAL

Polícia Civil Minas Gerais apreende carga de café avaliada em cerca de R$ 500 mil

Carga foi roubada nessa quarta-feira (19/07), na cidade de Formiga

A Polícia Civil de Minas Gerais, por meio do Departamento Estadual de Investigação de Crimes Contra o Patrimônio, recuperou, nesta quinta (20/07), 32 toneladas de café. A carga, avaliada em cerca de R$ 500 mil, havia sido roubada, nessa quarta (19/07), em Formiga. O proprietário do estabelecimento onde o produto foi apreendido foi conduzido para prestar esclarecimentos. A ação foi desencadeada pela Delegacia Especializada em Investigação e Repressão ao Furto, Roubo e Desvio de Cargas do Depatri.

Polícia Civil Minas Gerais apreende carga de café avaliada em cerca de R$ 500 mil

Carga foi roubada nessa quarta-feira (19/07), na cidade de Formiga

A Polícia Civil de Minas Gerais, por meio do Departamento Estadual de Investigação de Crimes Contra o Patrimônio, recuperou, nesta quinta (20/07), 32 toneladas de café. A carga, avaliada em cerca de R$ 500 mil, havia sido roubada, nessa quarta (19/07), em Formiga. O proprietário do estabelecimento onde o produto foi apreendido foi conduzido para prestar esclarecimentos. A ação foi desencadeada pela Delegacia Especializada em Investigação e Repressão ao Furto, Roubo e Desvio de Cargas do Depatri.

Conhecida pelos queijos artesanais, Canastra agora lança marca território do café

Cafeicultores da região e Sebrae Minas se unem para agregar valor ao produto e fortalecer o posicionamento no mercado

Localizada entre o Oeste e Sul de Minas Gerais, a Serra da Canastra fica na cabeceira do Rio São Francisco, rodeada de quilômetros de belas paisagens naturais típicas do Cerrado brasileiro. A região também é conhecida pela qualidade dos queijos artesanais, iguaria que recebeu, em 2008, o título de Patrimônio Cultural Imaterial do país. Mas, se engana quem pensa que só de queijo vive a Canastra. A cafeicultura tem ganhado destaque com uma produção significativa. E para valorizar ainda mais a origem produtora, a Associação dos Cafeicultores da Canastra (Acanastra) e o Sebrae Minas lançam, no dia 27 de junho, em Piumhi, a marca território Café da Canastra, uma estratégia de promoção e posicionamento do produto no mercado para fortalecer a união dos produtores e a identidade do território.

Nos últimos anos, a cafeicultura na Região da Canastra tem se desenvolvido, beneficiando todos os elos da cadeia, – fornecedores de insumos, assistência técnica, produtores, armazéns e empresas de torrefação – dando visibilidade ao território como ofertante de cafés diferenciados no estado.

Anualmente, a Região da Canastra produz cerca de 750 mil sacas de café de 60kg, em mais de 1,1 mil propriedades, em um total de 33 mil hectares de área plantada. O território é formado por 10 municípios aptos para a produção sustentável de cafés especiais. São eles: Bambuí, Capitólio, Delfinópolis, Doresópolis, Medeiros, Pimenta, Piumhi, São João Batista do Glória, São Roque de Minas e Vargem Bonita.

Sao Roque de Minas_MG, 13 de junho de 2022 sebrae_cafe_canastra Imagem: Marcus Desimoni / NITRO

Em 2019, as duas associações de produtores de café existentes na região buscaram o apoio do Sebrae Minas para unir forças e criar uma nova instituição que representasse os cafeicultores da Região da Canastra, sendo constituída a Acanastra, que hoje contabiliza 35 associados. A entidade surge com o objetivo de criar uma identidade própria para os cafés produzidos na região e colocar a origem Canastra no mapa das regiões produtoras de cafés do Brasil.

“Ao longo dos anos, desde a introdução da cafeicultura na região, criamos um jeito único de produzir café, integrado com a valorização do ambiente e de nossa cultura. Nossas plantações são indústrias a ‘céu aberto’, e a natureza governa tudo. Desta forma, estamos sempre atentos a novas tecnologias e manejo que possibilitam o armazenamento de água no solo. Consequentemente, isso gera maior produtividade e qualidade nos cafés. Com a parceria do Sebrae Minas, organizamos nossa governança para valorizarmos ainda mais o trabalho dos produtores e o reconhecimento da região. A criação da marca território é um importante marco em todo esse processo”, comemora Bacili.

Neste período também foram promovidas ações voltadas para a melhoria dos processos da produção cafeeira na região. Por meio do programa Educampo – importante ferramenta de gestão da atividade cafeeira disponibilizada pelo Sebrae Minas – e de consultorias e acompanhamentos do pós-colheita, foi possível gerar aumento na produtividade e na melhoria da qualidade do café produzido.

 “Há uma década, o Sebrae Minas promove diversas ações na região para resgatar a tradição e identidade em torno da produção do agronegócio. A exemplo do queijo, agora com o café, o resultado pode ser visto nos ganhos de qualidade, sabor e, principalmente, de valor. Tudo isso graças ao esforço e comprometimento dos produtores da região que não têm poupado esforços para buscar mais conhecimento técnico e novas soluções para suas lavouras, garantindo a qualidade do produto”, explica o presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae Minas, Marcelo de Souza e Silva.

Piumhi_MG, 14 de junho de 2022 sebrae_cafe_canastra Imagem: Marcus Desimoni / NITRO

Estratégia

Em 2022, o Sebrae Minas e a Acanastra deram início ao trabalho de branding do café produzido na Região da Canastra. Para isso, foi realizado um diagnóstico que identificou as características regionais e as diferenciações do produto, que resultaram na criação da marca território Café da Canastra.  “Essa estratégia expressa e comunica o propósito, valores, identidade, tradições e o posicionamento da região no mercado. Mais do que isso, serve para mostrar que não se trata de um simples café, mas de um produto com origem determinada e controlada, gerando valor para o território, produtores, compradores e consumidores”, explica Marcelo Silva.

Após o lançamento, que acontece no dia 27 de junho, em Piumhi, a marca território Café da Canastra será incluída, gradativamente, nas embalagens dos produtos, assim como em materiais promocionais da região.  O próximo passo será a elaboração de um plano de ação com o objetivo de regulamentar, proteger, controlar e promover a marca território. O lançamento da marca território tem o apoio dos Sicoob Credialto, Credibam, Credicapi e Sarom.

Para o presidente da Acanastra, o trabalho de reposicionamento do café da região vai elevar o patamar da atuação dos cafeicultores locais no mercado. “Estamos na Serra da Canastra, na nascente do Rio São Francisco, o que favorece o cultivo do produto. Ao longo dos anos, criamos um jeito único de produzir café, integrado com a valorização do ambiente e de nossa cultura. Nossas plantações são irrigadas a ‘céu aberto’ e buscamos novas tecnologias para conseguirmos um café diferenciado. Com a parceria do Sebrae Minas, organizamos nossa governança para valorizarmos ainda mais o trabalho dos produtores e o reconhecimento da região, e a criação da marca território é um importante marco em todo esse processo”, comemora Bacili.

Valorização de origem  

A Canastra se torna a sétima região em todo o estado beneficiada com o trabalho do Sebrae Minas em relação ao desenvolvimento local em torno da cafeicultura. Outras regiões contempladas são: Cerrado Mineiro, Matas de Minas, Mantiqueira de Minas, Chapada de Minas e a Região Vulcânica – sendo as três primeiras citadas, já com a Indicação Geográfica (IG).

O Café da Canastra difere de outras regiões do estado, por possuir características climáticas e geográficas que influenciam na qualidade do produto, além de métodos de cultivo e colheita utilizados pelos produtores locais. Em geral, os cafés da região apresentam aroma e sabor de mel, frutas amarelas, tropicais e cítricas e chocolate ao leite com nuances de castanha, limão-cravo e laranja. Possui doçura alta com notas de açúcar mascavo e cana de açúcar em equilíbrio com a acidez elevada e predominantemente cítrica. O corpo é denso, cremoso e sedoso com finalização longa e doce.

Devido a essas caraterísticas únicas, que em 2022, a Acanastra, com apoio do Sebrae Minas, deu entrada ao pedido de registro de IG, na modalidade Denominação de Origem (DO), no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI).

Vale lembrar que as IGs são instrumentos legais que asseguram a exclusividade no uso do nome geográfico do produto do território, sob a gestão de uma entidade representativa dos produtores. A opção pela modalidade de DO garante que o nome do território ou localidade do produto possui qualidades e características exclusivas ou essencialmente ligadas ao meio geográfico, incluídos fatores naturais e humanos.

Para dar embasamento ao pedido feito ao INPI, entre 2021 e 2022, foram realizados estudos para delimitação da área geográfica do Café da Canastra, além da organização da governança, elaboração do Caderno de Especificações Técnicas da DO, constituição do conselho regulador da DO e a criação de um estatuto da Associação dos Cafeicultores da Canastra.

Assim, como foi para o Queijo da Canastra, a conquista da Indicação Geográfica irá garantir a qualidade e a autenticidade dos cafés produzidos nos 10 municípios que fazem parte da região, valorizando a cultura e a tradição local, agregando valor à produção, impulsionando o desenvolvimento econômico do território e fortalecendo a imagem da Canastra, garantindo assim um diferencial competitivo do café no mercado. A expectativa é que futuramente outros produtos da Canastra recebam o mesmo apoio da valorização de origem dada ao queijo e ao café.

Piumhi_MG, 14 de junho de 2022 sebrae_cafe_canastra Imagem: Marcus Desimoni / NITRO

Café da Canastra

  • 10 municípios
  • 1,1 mil produtores
  • 750 mil sacas produzidas por ano
  • 33.223 ha de área plantada – Piumhi (16.228 ha) e São Roque de Minas (5.888 há), somam juntas mais de 60% da área de café
  • 21.500 empregos diretos e indiretos

Lançamento da marca território Café da Canastra

  • Dia 27 de junho, às 19h
  • Fazenda do Lindomar Eventos: – Rodovia MG 050, km 228,3
  • Piumhi/MG
  • Informações: (35) 3526-8874

O paraíso do queijo, azeite, vinho, café e doces

(Por Arnaldo Silva) Queijo, vinho, azeite, café e doces, transforma Minas Gerais no paraíso gastronômico do Brasil. Nossa culinária é uma das mais diversificadas do mundo. Referência em todo o Brasil, a cozinha mineira é saborosa e atrai paladares de todo de todos os cantos do país. (na foto abaixo, de Rinaldo Almeida, Fazenda de Azeite em Maria da Fé MG)

Não só montanhas, estâncias hidrominerais, cachoeiras e arquitetura colonial que atraem turistas. A nossa culinária, com as centenas de festivais gastronômicos por todo o Estado, fomenta a economia e turismo no Estado. 

São mais de 300 anos de pura tradição e história. Além dos nossos saborosos e inigualáveis pratos, Minas Gerais sempre se destacou na produção de queijos e café de altíssima qualidade, se destacando no mundo inteiro. Recentemente, vinhos e azeites produzidos em Minas Gerais estão cada dia mais presentes nas mesas dos mineiros e também do brasileiro. 

Que o queijo mineiro é o melhor do Brasil isso todos sabem desde o século 18. De uns anos para cá os queijos mineiros vem recebendo premiações constantes, não só nacionais, mas internacionais, como aconteceu no Mondial du Fromage, a “Copa do Mundo dos queijos” realizada na França ano passado. Das 56 medalhas conquistadas por queijos brasileiros, 50 foram para queijos mineiros. (na foto acima, queijaria da Granparma, na Fazenda Malhada, em Cachoeira de Minas, Sul do Estado e na foto abaixo, do Luís Leite, a Fazenda Caxambu, em Sacramento, no Triângulo Mineiro, que produz um dos mais premiados queijos do Brasil, inclusive no Mondial Du Fromage)         

Os queijos premiados de Minas estão presentes em várias cidades, por todas as regiões mineiras podendo, ser encontrado em Araxá, Serra do Salitre e Sacramento no Alto Paranaíba/Triângulo Mineiro; São Roque de Minas, Medeiros, Delfinópolis, Bambuí, Vargem Bonita, Tapiraí e Piumhi na Serra da Canastra; Barbacena no Campo das Vertentes; Alagoa, Aiuruoca e Cruzília no Sul de Minas; Datas, Serro e Diamantina no Jequitinhonha. Além de experimentar os deliciosos queijos, o turista pode desfrutar das belezas arquitetônicas e naturais dessas cidades, todas com belíssimos atrativos culturais, arquitetônicos e naturais, bem como bons restaurantes, hotéis e pousadas. 

Minas é o maior produtor de leite do Brasil, segundo dados do IBGE, divulgados em 2019, Minas lidera a produção nacional de leite, com 9,8 bilhões de litros de leite por ano, seguido de Paraná com 4,4 bilhões e em terceiro, Rio Grande do Sul com 4,2 bilhões. (foto acima Eramos Pereira/Epamig) Boa parte desse leite vai para a produção de queijos. Minas é o maior produtor de queijos do Brasil e o sexto maior produtor de queijos do mundo e também de doces, principalmente doce de leite.

Por todos os municípios mineiros, você encontra doces caseiros e industriais. Os mais famosos doces de leite do Estado são: Doce Viçosa, de Viçosa e Ubari, de Ubá, Sabores do Grama, de Santo Antônio do Grama, na Zona da Mata, Reserva de Minas, de Machado, Ercila de Itanhandu, Tatitânia, Boreal de Rio Pomba, Majestic de Alfenas no Sul do Estado, Nevada de Carmópolis de Minas, no Oeste do Estado; Rancho Paraíso de Itaguara e Doces Antunes, de Moeda MG (na foto acima, doce de leite caseiro feito pela Regina Kátia/@reginasfarm)

Tiradentes no Campo das Vertentes (na foto acima de César Reis) e Araxá no Alto Paranaíba se destacam na produção de doces diversos em Minas Gerais. A primeira é uma das mais belas cidades históricas do Brasil. 

Já Araxá (na foto acima de Celso Flávio), famosa por seu queijo, pelas cervejas artesanais, por sua famosa culinária, por suas águas radioativas, pelo Grande Hotel, pela história de Dona Beja e suas belezas naturais. 

Outro destaque mineiro é o azeite e suas fazendas produtores. (foto acima de Eramos Pereira/Epamig) Há mais de 70 anos, pesquisadores da Epamig (Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais) em Maria da Fé, no Sul de Minas, vêm trabalhando no desenvolvimento do cultivo de oliveiras em Minas Gerais, obtendo resultados impressionantes. Nossos azeites vêm conquistando mercados e premiações nacionais e internacionais, sendo comparados aos tradicionais azeites gregos, portugueses e italianos pela qualidade e baixa acidez. 

As cidades com destaque na produção de azeites no Estado estão concentradas na região Sul de Minas, precisamente na Serra da Mantiqueira. São belíssimas e acolhedoras cidades, muitas delas pacatas e pitorescas, destaques também no turismo ecológico e gastronômico. Cidades como Andradas e Poços de Caldas, tem azeites premiados, bem como Alagoa, Aiuruoca (na foto acima de Marlon Arantes), Delfim Moreira, Cristina, Maria da Fé e Itanhandu. 

Minas Gerais também é pioneira na produção de azeite de abacate, produzido pela empresa Paraíso Verde, com produção centrada em São Sebastião do Paraíso, no Sudoeste do Estado. 

A terra da cachaça, também produz vinhos e de qualidade. Aliás, vinho foi a primeira bebida a ser produzida em Minas Gerais. A bebida foi introduzida em nossas terras pelos portugueses no século 18. Com a descoberta de diamantes na região, consideráveis números de portugueses vieram para a região de Diamantina (na foto acima de Giselle Oliveira). Importar a bebida da Europa naquela época era bem difícil, a solução foi plantar uva e produzir vinhos. Diamantina com seus mais de 1280 metros de altitude se tornou propícia para a produção de vinhos finos, de excelente qualidade. 

Os vinhos de altitude de Diamantina são finos e de alta qualidade (na foto acima alguns dos rótulos de vinhos diamantinenses – Foto Avodaj/Divulgação), como o vinho Quinta D´Alva, Vindiminas, Diamante das Minas, Vesperata, dentre outros rótulos produzidos pelas seis vinícolas existentes no município atualmente. Além da beleza arquitetônica da cidade patrimônio cultural da humanidade, o turista poderá desfrutar da excelente culinária e artesanato local, típicos de Minas Gerais. 

Tradicionalmente, o Sul de Minas se destaca na produção de vinhos. (na foto acima, Vinícola Fidêncio em Bueno Brandão MG) Introduzida na região por imigrantes italianos, a bebida vem crescendo em produção e qualidade, sendo essa qualidade reconhecida em diversas premiações, nacionais, quanto internacionais, como a recente premiação internacional, conquista em Londres, pelo Vinho Maria Maria de Três Pontas. Andradas, Andrelândia, Cordislândia e Caldas são outras cidades que se destacam na produção de vinhos finos de qualidade. Caldas, por sinal, é uma das mais antigas cidades do Sul de Minas, estância hidromineral, conta com uma riquíssima culinária, sendo destaque, a famosa Festa do Biscoito, que acontece sempre nos fins de semana no mês de julho. 

Na região central de Minas, a 120 km de Belo Horizonte, a histórica cidade de Santana dos Montes (na foto acima do César Reis), produz cerveja artesanal e vinho de qualidade, em suas fazendas centenárias. Destaque para o vinho Dos Montes, produzido na Fazenda Guarará, com uvas cultivadas na própria fazenda. 

Em Sabará, cidade histórica pertinho de BH e Catas Altas (na foto acima de Thiago Andrade/@thiagotba82), outra cidade história, a 120 km da capital, na Serra do Espinhaço, é produzida o famoso vinho de jabuticaba, tinto suave, de mesa e seco. O festival de vinho de Catas Altas, que acontece sempre em maio, é um dos mais importantes e tradicionais festivais gastronômicos mineiros. 

Outra bebida famosa em Minas, produzida em todas as cidades mineiras é o licor. Em Itaipé, no Vale do Mucuri é bebida é uma das mais tradicionais no Estado. São licores de todos os sabores, com destaque para os produzidos com frutos nativos de Minas Gerais. 

E agora a mais famosa bebida mineira: o café. (fotografia acima de Chico do Vale) Minas Gerais é o maior produtor de café do Brasil. Nosso Estado sozinho produz sozinho mais de 50% de todo o café nacional e por esse motivo, nossos cafés são os mais premiados do Brasil, bem como reconhecido como um dos melhores cafés do mundo. 

As cidades produtoras de café que se destacam em Minas Gerais são: Cristina, Ervália, Campos Gerais, Três Pontas, Muzambinho, Conceição das Pedras, Paraisópolis, Jesuânia, Lambari, Dom Viçoso, Pedralva, Carmo de Minas e Guaxupé no Sul de Minas.

Diamantina, Montes Claros, Buritizeiro, Presidente Kubistchek, Medina, Ladainha, Pedra Azul, Nanuque, Felício dos Santos, Salinas, Turmalina, Teófilo Otoni, Serro, Gouveia, Santa Maria do Salto, Malacacheta,  Angelândia, Mutum, Carangola e Inhapim no Vale do Jequitinhonha, Mucuri, Vale do Rio Doce e Norte de Minas. (na foto acima do Sérgio Mourão, cafezal em Angelândia MG)         

Patrocínio, Monte Carmelo, Araguari, Patos de Minas, Campos Altos, Serra do Salitre, São Gotardo, Araxá e Carmo do Paranaíba no Alto Paranaíba/Triângulo Mineiro.         

Unaí no Noroeste de Minas, é um dos grandes destaques na produção de cafés de qualidade, bem como os tradicionais cafés da Zona da Mata Mineira, destacando os cafés produzidos em Viçosa, Manhumirim, Muriaé, Araponga, Alto Jequitibá, Espera Feliz e Alto Caparaó, cidades tradicionais na produção de café, com premiações nacionais e internacionais. 

Vindo às Minas Gerais, curta nossas belezas naturais como rios, cachoeiras e montanhas, como a Pedra do Pedrão, em Pedralva, no Sul de Minas, (na foto acima de Rinaldo Almeida). Se delicie com a qualidade das águas das estâncias hidrominerais. Vivencie nossa história, com a beleza de nossa arquitetura colonial. Volte ao passado, andando de Maria Fumaça, aventure-se pelas trilhas e montanhas mineiras, mas conheça nossos vinhos, licores, cafés, queijos, e azeites. (na foto abaixo de Giseli Jorge, terreiro de café em Andradas MG, Sul de Minas)

As fazendas produtivas de azeites, queijos, doces, vinhos e cafés, em sua maioria, recebem visitantes para conhecerem e degustarem seus vinhos, azeites, queijos e cafés.

FONTE CONHEÇA MINAS

Pão e café ficam mais caros e viram artigos de luxo na mesa do consumidor

Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic) prevê reajuste entre 35% a 40% no preço do torrado e do moído

Quem costuma passar na padaria para comprar o café da manhã ou o lanche da tarde notou um aumento nos preços nos últimos meses e tem gastado mais para levar o pãozinho quente para casa. O aposentado Benedito Alves, 76, até mudou a rotina. Ele sai cedo do bairro Goiânia, na região nordeste de BH, e vai até o bairro vizinho, na região leste, só para encontrar preços mais atrativos.

“Prefiro pegar um ônibus já que não pago e vir no Santa Inês. Os preços e a qualidade estão melhores apesar de estou aproveitando esses aumentos em tudo para fazer uma mudança de hábito. Já não como bolo, farinha, no fim das contas tem sido bom para a saúde e para o bolso”, brinca o aposentado.

O sacrifício dele tem explicação. De acordo com uma pesquisa realizada pelo site Mercado Mineiro, o pão de sal na capital pode custar entre R$ 11,49 e R$ 19,90. Só neste ano, o pãozinho acumula alta de quase 10% – o valor do quilo saltou de R$ 14 para R$15,40. A situação se repete entre a muçarela e o presunto, que tiveram reajustes ainda maiores – 33,83% e 16,76%, respectivamente. 

Até o cafezinho não saiu ileso. Nos últimos doze meses, o café já sofreu alta de 12,33%, em Belo Horizonte, enquanto o IPCA variou 9,43%, de acordo com o IBGE. O problema é que, segundo o presidente do Sindicato e da Associação Mineira da Indústria da Panificação (Amipão), Vinícius Dantas, a expectativa é que os valores continuem aumentando pelo menos até o fim do ano por conta dos custos de produção.

“Esses aumentos recentes na energia elétrica vai impactar drasticamente Nosso setor tem a segunda maior conta de energia no país por conta dos freezers, fornos. O mercado já está retraído e absorvendo uma parte dos reajustes há bastante tempo, mas vai chegar um momento que não vai ser possível suportar mais”, pontua. 

Com a alta do dólar, com a seca e com a geada intensa dos últimos meses, a Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic) prevê, inclusive, reajuste entre 35% a 40% no preço também do torrado e do moído a partir deste mês. A alta seria a maior nos últimos 25 anos.

“Os aumentos das padarias são em cadeia. Tem desde o trigo que é importado e cotado em dólar, fora o transporte, porque ele vem por via terrestre. Além disso, tem o leite, que subiu bastante e estamos na entressafra. O preço de todos os derivados está em patamares muito altos desde o ano passado”, explica o economista, Feliciano Abreu. 

Lanche salgado.
Por conta dos preços, a costureira Cleusa Ângela Tiago, 69, deixou para trás o hábito de ir à padaria todos os dias. Agora, só tem pão duas vezes na semana e mesmo assim a compra tem se resumido somente ao básico. “Não dá, aquela vontade de comprar um refrigerante e salgadinho para ter um lanche mais gostoso nunca mais aconteceu, é luxo do luxo”, conta.

O vendedor João Victor Araújo, 20, também consumido somente o básico. “Saudade quando a gente vinha para comprar bolo, presunto. O pão por si só já tem sido um luxo mesmo”, conta ele que diminuiu até a quantidade. Agora, ao invés de cinco pães de sal, o orçamento só dá para dois.

A sócia da padaria do Baixinho, no bairro Santa Inês, Wânia Rodrigues, já percebeu a mudança no consumo. “Os produtos de valores mais altos e que não são de primeira necessidade, como fatiados mais nobres, diminuíram o consumo. As pessoas cobram antes presunto e muçarela, por exemplo, de três em três dias, agora é uma vez por semana”, afirma a empresário, que  também não tem aguentando os reajustes.

“Além de subir muito o preço, estamos tendo dificuldade de encontrar matéria-prima. Farinha de trigo e ovos, que são básicos para a gente, tiveram aumentos absurdos”, conta ela, que tem pagado 150% mais para o fornecedor de margarina desde o último ano. “Percebemos, antes, que os valores subiam durante a entressafra, mas depois abaixavam. Agora só sobe, não tem mais fôlego”, completa.

De acordo com o economista Feliciano Abreu, a alta nos produtos “supérfluos” nas padarias tem explicação. Para não perder os clientes, os empresários têm aumentado o valor dos itens em detrimento do pão. ​

“Quando você vê os preços médios na padaria você vê que tem aumentos considerados, como o leite e a própria manteiga, mas o pão em si as padarias têm tentando segurar os aumentos, porque se o dono da padaria aumentar ele acaba perdendo muito cliente. Então, ele tende a manter o preço do pão até pelo preço de custo e prefere ganhar no preço do pão integral e refrigerante, por exemplo”. 

Preço salgado
Veja quais foram os reajustes no preço das padarias em Belo Horizonte

Trivial
Produto / preço médio / variação em 12 meses
Pão Francês (kg) / R$ 15,40 / 9,97%
Pão Doce (kg) / R$ 18,07 / 13,15%
Pão Sovado (kg) / R$ 20,39 / 8,43%
Pão de Forma Seven Boys / R$ 7,96 / 5,84%
Pão de Forma Wickbold / R$ 7,75 / 10,97%
Manteiga Itambé (500g) / R$ 24,70 / 14,89%
Margarina Qualy (500g) / R$ 7,72 / 5,28%
Leite Itambé / R$ 5,01 / 15,88%
Leite Cotochés / R$ 4,61 / 9,80%
Leite Tipo C Saquinho / R$ 3,82 / 5,65%

Lanche
Produto / preço médio / variação em 12 meses

Mortadela (kg) / R$ 22,82 / 6,60%
Presunto (kg) / R$ 34,46 / 16,76%
Mussarela (kg) / R$ 41,84 / 33,83%
Cafezinho / R$ 1,28 / 2,90%
Pingado/ R$ 1,67 / 7,05%
Café c/ Leite / R$ 2,32 / 5,95%
Pão c/ Manteiga / R$ 2,05 / 4,23%
Pão de Queijo / R$ 2,60 / 4,30%

– O pão de sal pode custar entre R$ 11,49 e R$ 19,90
– Já o pão doce pode custar de R$ 11,49 a R$ 32,40, o quilo

Fonte: Mercado Mineiro e O Tempo

Seis toneladas de biscoitos serão servidos na festa em São Tiago neste fim de semana

                 Seis toneladas do produto serão servidas para o público durante o evento

Quem aprecia a famosa combinação mineira de um bom cafezinho com biscoito tem um ótimo programa para fazer nesta semana no município de São Tiago, região do Campo das Vertentes. De 12 a 15 de setembro, será realizada a 21ª edição da tradicional Festa do Café com Biscoito. O evento ocorre na Praça Matriz e destaca uma tradição que começou no século 18. Naquela época, a região era ponto de parada de viajantes e tropeiros. Ao chegar ao lugar, que ainda era um arraial, eles tomavam café com biscoitos produzidos pelas quitandeiras do lugar.

Seis toneladas serão servidas ao público/DIVULGAÇÃO

A atividade permanece até hoje e deu fama à cidade, além de movimentar a economia local. São 60 fábricas que produzem os mais variados tipos de biscoitos: polvilho tradicional, polvilho temperado, biscoito amanteigado, biscoito doce, recheado, diet, sem lactose etc.

Somente para degustação, serão disponibilizadas durante a festa seis toneladas de biscoito. Tudo isso acompanhado de 2,5 mil litros de café. A expectativa de vendas também surpreende. Os organizadores estimam que a comercialização de biscoitos fique entre 15 e 20 toneladas. O evento também vai contar com estandes de cachaça, doces, queijos, artesanato, além de extensa programação de shows, apresentações de dança e outras atrações culturais.

Sebastião Rondon produz 16 variedades de biscoito. Ele tem uma fábrica onde emprega 33 pessoas. Para ele, a festa é uma grande oportunidade de divulgar a produção e conquistar novos clientes. “Hoje tenho um cliente em Salvador que conheceu os biscoitos que produzo durante a festa”, afirma.

Além da Bahia, ele vende os produtos em Minas Gerais e para os estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Goiás. Os biscoitos de São Tiago conquistaram o selo de procedência do Instituto Nacional de Propriedade Industrial (Inpi), garantindo que o produto de lá não se repete em nenhum outro lugar. “O que valoriza nosso produto é que ele ainda mantém as características artesanais, continuamos com a tradição”, diz Rondon.

A Festa do Café com Biscoito é promovida pela Assabiscoito (Associação São-Tiaguense de Produtores de Biscoitos), com apoio da Emater-MG, órgão vinculado à Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais (Seapa) e outras instituições. A organização espera receber 50 mil visitantes durante todo o evento.

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