Eleições 2024: Lafaiete inicia o ano com 16 pré-candidaturas ao Executivo

Com eleições previstas para o dia 06/10, o calendário eleitoral traz outras datas importantes como o prazo máximo para mudança de partido e domicílio eleitoral até 06/04, o período de convenções entre 20/07 e 05/08 e o período de campanha entre 15/08 e 05/10.

O ano se inicia com 16 pré candidaturas, com mais de uma dentre de determinado partido, federação ou grupo político. Até o momento se colocam como pré candidatos:

Aloísio Rezende: candidato a Prefeito pelo Patriota em 2020, a Deputado Estadual pelo PP em 2022, passou pelo PL em 2023 e atualmente está filiado ao PSD. Seu nome também é cogitado como companheiro de chapa do também pré candidato Júlio Barros, do Rede.

André Menezes:  Vereador eleito e reeleito com a maior votação entre os eleitos de 2020. Teve seu nome cogitado tanto para concorrer ao Executivo Municipal em 2020, tanto como candidato como companheiro de chapa em 2020. Disputa o PL com o também pré-candidato Marcos de Paula e com o atual Prefeito Mário Marcus, este com vistas para 2026.

Darci Tavares: Vereador por dois mandatos e Presidente da Câmara por quatro mandatos, vice-Prefeito e atual assessor do Governo Mário Marcus, colocou seu nome como pré candidato em 2020, mas acabou apoiando a candidatura de Aloísio Rezende. Agora em 2024, coloca seu nome novamente como pré-candidato ao Executivo Municipal.

Dr. Júlio Barros: candidato do PT à Prefeitura Municipal entre 2000 e 2012, ficou em segundo lugar em todas as eleições que concorreu com exceção de 2004, onde foi eleito Prefeito. Concorreu a Vice-Prefeito em 2016 na chapa de Benito Laporte, ficando em terceiro lugar. Filia-se ao Rede em 2020 e apoia  a candidatura de Cléber da Caixa para Prefeito e concorre a Deputado Federal em 2022. Para 2024, coloca novamente seu nome para o Executivo Municipal, podendo ter como vice o também pré-candidato, Aloísio Rezende.

Dr. Marco Antônio: Vice Prefeito Municipal desde 2017, Vereador por dois mandatos, tendo presidido a Câmara Municipal em 2010, concorreu a Deputado Federal pelo PHS em 2018 e a Deputado Estadual pelo Republicanos em 2022, seu atual partido.

Dylan Franco: irmão do ex Deputado Glycon Franco, seu principal conselheiro político desde sua primeira eleição para Vereador no ano 2000. Agora entende que é sua hora de entrar no cenário político como candidato e para isso conta com o apoio incondicional de seu irmão. Atualmente no Podemos, tende a mudar de partido com vistas para a eleição de outubro. Pode ter como Vice, o ex Vereador Victor Bhering, atualmente no PV e consequente mente na Federação Brasil da Esperança, junto com PT e PC do B.

Elisa Lopes: candidata a Deputada Federal pelo Novo em 2018 e pela Federação PSDB Cidadania em 2022 e a Vice-Prefeita na chapa de Aloísio Rezende em 2020, a atual Secretária de Administração é outro nome cogitado para a sucessão de Mário Marcus.

Giusepe Laporte: eleito para seu primeiro mandato de Vereador em 2020 pelo MDB, partido pelo qual concorreu a Deputado Estadual em 2022, sendo majoritário na cidade e na região. Como seu atual partido tem outro pré-candidato a Prefeito, o mesmo deve migrar para o Podemos, presidido pela Deputada Federal Nely Aquino, o qual se aproximou em 2023.

Leandro Chagas: Empresário e Presidente da ACIAS (Associação Comercial Industrial Agropecuária e Serviços) Conselheiro Lafaiete, vem se destacando como uma jovem liderança empreendedora, o que coloca seu nome entre os possíveis candidatos à sucessão de Mário Marcus.

Marcos de Paula:  empresário, concorreu a Vice-Prefeito na chapa de Divino Pereira em 2020 e a Deputado Estadual em 2022, ambas pelo PSD. Filiou ao PL em 2023, partido pelo qual se colocou como pré-candidato a Prefeito, mas enfrenta concorrência pelo partido do também pré-candidato, Vereador André Menezes e do atual Prefeito Mário, que não pode se reeleger e já vislumbra uma eventual candidatura a Deputado Estadual em 2026.

Neuza Mapa: Candidata a Prefeita de Itaverava em 2016 e a Deputada Estadual em 2018, ambas pelo PT, migrou para o PDT onde concorreu a Prefeita de Conselheiro Lafaiete em 2020 e a Deputada Federal em 2022. Em 2023, se filiou ao PSB partido pelo qual se coloca como pré-candidata ao Executivo Municipal.

Pastor Chrystian: Pastor da Igreja Evangélica Luz e Vida, concorreu a Vereador pelo MDB em 2020 e a Deputado Estadual pelo Avante em 2022, partido pelo qual se coloca como pré-candidato a Prefeito.

Renato Percentual: empresário do ramo da comunicação e logística, com experiências de coordenação em diversas campanhas eleitorais, coloca seu nome como pré-candidato ao Executivo Municipal.

Talysson Zebral: com a experiência de líder estudantil, assessor parlamentar, assessor da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República e empresário, além da militância no PT, coloca seu nome como pré candidato a Prefeito Municipal, cargo que o mesmo concorreu em 2020 pelo PC do B. Como o PT, faz parte da Federação Brasil da Esperança junto com o PV e PC do B, enfrenta a concorrência interna dos ex Vereadores Victor Bhering e Zilda Helena.

Victor Bhering: vereador entre 1997 e 2008, eleito para o primeiro mandato pelo PMDB e os demais pelo PSB, partido pelo qual concorreu a Prefeito no ano de 2008. Filiado ao PV, tem seu nome cogitado para concorrer novamente ao Executivo Municipal. Como enfrenta concorrência interna na Federação Brasil da Esperança, pode concorrer pelo PDT, presidido pelo seu ex assessor jurídico e ex Chefe de Gabinete do ex Deputado Estadual Glycon Franco ou compor uma chapa com Dylan Franco.

 Zilda Helena: Vereadora entre 2001 e 2008, Secretária Municipal de Desenvolvimento Social entre 2013 e 2016, concorreu a Deputada Estadual em 2010 e 2022 e a Vereador em 2020. Paar 2024, coloca seu nome como pré-candidata do partido e da Federação onde encontra concorrência interna do ex Vereador Victor Bhering  (PV) e de Talysson Zebral (PT).

Até o encerramento da janela e prazo de filiações partidária em 06/04, este número de pré-candidatos tende a diminuir pelo fato de haver mais de um pré candidato em um partido, federação ou grupo político, além da formação de novos grupos políticos, composições entre pré candidatos, desistências de candidaturas e até mesmo surgimento de candidaturas que não estão sendo citadas até o período de convenções e registros das candidaturas em agosto.

Candidaturas Coletivas: representatividade e fortalecimento da participação popular

Por João Vicente

A candidatura coletiva, também conhecida como mandato coletivo, é uma forma de representação política em que um grupo de pessoas concorre juntas a um cargo eletivo,  como vereador ou deputado. Diferente da candidatura individual tradicional, em que apenas uma pessoa é eleita e representa o grupo, na candidatura coletiva todas as pessoas eleitas têm voz e voto na tomada de decisões. Essa forma de candidatura busca representar de maneira mais ampla os interesses e demandas de um grupo específico, como movimentos sociais, comunidades ou coletivos.

Desde as eleições de 2012, as disputas eleitorais no Brasil passaram a contar com um novo tipo de candidaturas: as candidaturas coletivas. Embora ainda não estejam regulamentadas pela legislação eleitoral, com o passar dos anos, as candidaturas coletivas têm despontado em todo país como uma possibilidade de transformar a política institucional a partir de novas formas de organização e participação popular.

Salto do modelo colaborativo nas eleições 2022

As eleições de 2022 representaram um salto de 1.733% de candidaturas coletivas registradas no TSE em relação às eleições gerais anteriores. Foram 220 registros em 2022, em contraposição às 12 apresentadas ao órgão em 2018.

Os estados de São Paulo, Maranhão, Pernambuco, Paraná e Bahia lideraram, respectivamente, com 42, 30, 21, 17 e 14 chapas compartilhadas apresentadas ao TSE. Minas Gerais apresentou 3 candidaturas.

Os partidos de esquerda estiveram à frente (representaram 57% do total), sobretudo, o PSOL, que designou 69 candidaturas coletivas nas últimas eleições gerais, seguido pelo PT (31), Rede (13), PCdoB (13), PDT (9), PSB (8), Patriota (8) e Avante (8).

Segundo levantamento realizado pela Folha de São Paulo, em setembro de 2022, também os partidos de direita e de extrema-direita tiveram expressividade significativa, nas últimas eleições, em campanhas compartilhadas. Estas foram caracterizadas pelo agrupamento de policiais e bombeiros militares, de modo a fortalecer-se contra pautas progressistas, tradicionalmente vinculadas ao espectro da esquerda.

Nessas eleições, das candidaturas coletivas e compartilhadas registradas no TSE, 57% pertenciam a siglas de esquerda e 43% à direita política. Desse modo, a modalidade, encabeçada e caracterizada, em um primeiro momento, por movimentos associados à esquerda, passa a ser incorporada por agrupamentos de direita.

A candidata da Nossa Voz, Egrinalda Santos(PT-PB), acrescenta ainda a descrença das pessoas na política como um desafio a ser superado pelas candidaturas coletivas.”A construção da nossa candidatura vem pela confiabilidade do povo ao qual a gente representa, né? Então é esse o ponto que a gente sempre coloca: somos pessoas de base. Nós estamos bem intencionadas para com quem já vem diante de sofrimentos aos quais a gente também sente na pele”, diz a representante do Movimento dos Catadores de Material Reciclável.

Participação Popular

Sobre o funcionamento das candidaturas coletivas e possíveis mandatos, no caso de se elegerem, Heloísa de Sousa, da Coletiva Nossa Voz, explica que a falta de uma legislação que regulamente a atuação das chapas ainda é um grande obstáculo, pois, segundo ela, “esses espaços são construídos muito individualmente”.

“Por exemplo, na urna ainda não vai aparecer a foto das quatro. Vai aparecer a minha foto, que eu sou a candidata inscrita pela coletiva Nossa Voz. O TSE reconhece as candidaturas coletivas, mas ainda não está regulamentado que é necessário, por exemplo, que todas as integrantes possam formalmente dizer que são candidatas e, assim, se afastar [dos trabalhos] para poder fazer as campanhas”, ressalta a candidata.

Sobre a condução de um possível mandato, Heloísa comenta que a Nossa Voz conta com um “conselho político amplo e plural” que define a linha política e os passos da candidatura.

Desafios

Embora todas as chapas sublinhem a boa recepção por parte do eleitorado durante o início da campanha, por trazerem consigo a proposta de renovação da política, as candidaturas coletivas na Paraíba também têm se deparado com uma série de obstáculos e desafios. A falta de recursos e a violência política são alguns deles.

Josi Barbosa, por exemplo, lembra que a equipe da É Nóis a Mudança precisou organizar uma rifa para custear o evento de lançamento da candidatura. Segundo ela, a falta de verba tem dificultado, inclusive, o deslocamento da equipe para divulgar a campanha em regiões dentro e fora da capital.

Beatriz Firmino, Luana Mafra e Vitoria Ohara, da candidatura Poder Delas (UP) / Divulgação

De acordo com Vitoria Ohara, além da falta de recursos financeiros, a Poder Delas também tem enfrentado episódios de violência política, sobretudo devido ao que ela chama de “fascistização da política”.

“Muitas vezes, quando a gente está na rua, vem algum bolsonarista, alguém que comunga com essas ideias, e nos xinga. Mas o importante é que a gente vê a reação das outras pessoas. A maioria delas não acha nada legal essas atitudes e acaba defendendo o nosso lado”, relata a candidata do UP.

Regulamentação e barreiras à gestão coletiva nas Casas Legislativas

A legislação eleitoral brasileira prevê apenas a candidatura e mandato individual, ou seja, caso seja afastado, o parlamentar cujo nome estará no registro legal da chapa colaborativa não poderá ser substituído por outro do grupo, mas do suplente eleito.

As dificuldades enfrentadas pelos parlamentares de mandato colaborativo decorrem da informalidade da modalidade. As barreiras legais se manifestam desde o período das candidaturas, com o registro no Tribunal Superior Eleitoral – que, muitas vezes, é negado –, até o exercício do mandato, obstado, ocasionalmente, pelo regimento das Assembleias e Câmaras.

Há ainda escassa regulamentação para essas iniciativas. Nos últimos anos, a partir de esforços para sanar tal ausência, a Resolução nº 23.675/2021 do TSE representa um largo passo. Ela adiciona à resolução regulamentadora do registro de candidatos(as) no Brasil (nº 23.609/2019) a menção nominal à coletividade na urna eletrônica, desde que seja acompanhada de identificação clara do candidato representante do grupo. Apesar do avanço, ainda há a individualização da candidatura. Em suma, o registro continua sendo uninominal. 

Quanto aos óbices supracitados, Lourença afirma: “temos essa barreira das próprias regras das casas parlamentares que são muito individualistas e dão muito poder a uma pessoa, ao vereador, ao deputado em si. Na nossa prática política, a gente tenta quebrar com isso, mas a gente esbarra muito em burocracias que são desnecessárias. Precisamos evoluir burocraticamente dentro das casas legislativas para facilitar a atuação dos mandatos coletivos e a efetivação dessa nova forma de fazer política.”

Ademais, a PEC 379/2017 e o PL 4724/2020, que tramitam no Legislativo federal, visa incorporar o mecanismo da governança compartilhada à legislação política.

Fonte: Brasil de Fato e Assessoria de Monitoramento dos Poderes Públicos/Nesp

Candidaturas Coletivas: representatividade e fortalecimento da participação popular

Por João Vicente

A candidatura coletiva, também conhecida como mandato coletivo, é uma forma de representação política em que um grupo de pessoas concorre juntas a um cargo eletivo,  como vereador ou deputado. Diferente da candidatura individual tradicional, em que apenas uma pessoa é eleita e representa o grupo, na candidatura coletiva todas as pessoas eleitas têm voz e voto na tomada de decisões. Essa forma de candidatura busca representar de maneira mais ampla os interesses e demandas de um grupo específico, como movimentos sociais, comunidades ou coletivos.

Desde as eleições de 2012, as disputas eleitorais no Brasil passaram a contar com um novo tipo de candidaturas: as candidaturas coletivas. Embora ainda não estejam regulamentadas pela legislação eleitoral, com o passar dos anos, as candidaturas coletivas têm despontado em todo país como uma possibilidade de transformar a política institucional a partir de novas formas de organização e participação popular.

Salto do modelo colaborativo nas eleições 2022

As eleições de 2022 representaram um salto de 1.733% de candidaturas coletivas registradas no TSE em relação às eleições gerais anteriores. Foram 220 registros em 2022, em contraposição às 12 apresentadas ao órgão em 2018.

Os estados de São Paulo, Maranhão, Pernambuco, Paraná e Bahia lideraram, respectivamente, com 42, 30, 21, 17 e 14 chapas compartilhadas apresentadas ao TSE. Minas Gerais apresentou 3 candidaturas.

Os partidos de esquerda estiveram à frente (representaram 57% do total), sobretudo, o PSOL, que designou 69 candidaturas coletivas nas últimas eleições gerais, seguido pelo PT (31), Rede (13), PCdoB (13), PDT (9), PSB (8), Patriota (8) e Avante (8).

Segundo levantamento realizado pela Folha de São Paulo, em setembro de 2022, também os partidos de direita e de extrema-direita tiveram expressividade significativa, nas últimas eleições, em campanhas compartilhadas. Estas foram caracterizadas pelo agrupamento de policiais e bombeiros militares, de modo a fortalecer-se contra pautas progressistas, tradicionalmente vinculadas ao espectro da esquerda.

Nessas eleições, das candidaturas coletivas e compartilhadas registradas no TSE, 57% pertenciam a siglas de esquerda e 43% à direita política. Desse modo, a modalidade, encabeçada e caracterizada, em um primeiro momento, por movimentos associados à esquerda, passa a ser incorporada por agrupamentos de direita.

A candidata da Nossa Voz, Egrinalda Santos(PT-PB), acrescenta ainda a descrença das pessoas na política como um desafio a ser superado pelas candidaturas coletivas.”A construção da nossa candidatura vem pela confiabilidade do povo ao qual a gente representa, né? Então é esse o ponto que a gente sempre coloca: somos pessoas de base. Nós estamos bem intencionadas para com quem já vem diante de sofrimentos aos quais a gente também sente na pele”, diz a representante do Movimento dos Catadores de Material Reciclável.

Participação Popular

Sobre o funcionamento das candidaturas coletivas e possíveis mandatos, no caso de se elegerem, Heloísa de Sousa, da Coletiva Nossa Voz, explica que a falta de uma legislação que regulamente a atuação das chapas ainda é um grande obstáculo, pois, segundo ela, “esses espaços são construídos muito individualmente”.

“Por exemplo, na urna ainda não vai aparecer a foto das quatro. Vai aparecer a minha foto, que eu sou a candidata inscrita pela coletiva Nossa Voz. O TSE reconhece as candidaturas coletivas, mas ainda não está regulamentado que é necessário, por exemplo, que todas as integrantes possam formalmente dizer que são candidatas e, assim, se afastar [dos trabalhos] para poder fazer as campanhas”, ressalta a candidata.

Sobre a condução de um possível mandato, Heloísa comenta que a Nossa Voz conta com um “conselho político amplo e plural” que define a linha política e os passos da candidatura.

Desafios

Embora todas as chapas sublinhem a boa recepção por parte do eleitorado durante o início da campanha, por trazerem consigo a proposta de renovação da política, as candidaturas coletivas na Paraíba também têm se deparado com uma série de obstáculos e desafios. A falta de recursos e a violência política são alguns deles.

Josi Barbosa, por exemplo, lembra que a equipe da É Nóis a Mudança precisou organizar uma rifa para custear o evento de lançamento da candidatura. Segundo ela, a falta de verba tem dificultado, inclusive, o deslocamento da equipe para divulgar a campanha em regiões dentro e fora da capital.

Beatriz Firmino, Luana Mafra e Vitoria Ohara, da candidatura Poder Delas (UP) / Divulgação

De acordo com Vitoria Ohara, além da falta de recursos financeiros, a Poder Delas também tem enfrentado episódios de violência política, sobretudo devido ao que ela chama de “fascistização da política”.

“Muitas vezes, quando a gente está na rua, vem algum bolsonarista, alguém que comunga com essas ideias, e nos xinga. Mas o importante é que a gente vê a reação das outras pessoas. A maioria delas não acha nada legal essas atitudes e acaba defendendo o nosso lado”, relata a candidata do UP.

Regulamentação e barreiras à gestão coletiva nas Casas Legislativas

A legislação eleitoral brasileira prevê apenas a candidatura e mandato individual, ou seja, caso seja afastado, o parlamentar cujo nome estará no registro legal da chapa colaborativa não poderá ser substituído por outro do grupo, mas do suplente eleito.

As dificuldades enfrentadas pelos parlamentares de mandato colaborativo decorrem da informalidade da modalidade. As barreiras legais se manifestam desde o período das candidaturas, com o registro no Tribunal Superior Eleitoral – que, muitas vezes, é negado –, até o exercício do mandato, obstado, ocasionalmente, pelo regimento das Assembleias e Câmaras.

Há ainda escassa regulamentação para essas iniciativas. Nos últimos anos, a partir de esforços para sanar tal ausência, a Resolução nº 23.675/2021 do TSE representa um largo passo. Ela adiciona à resolução regulamentadora do registro de candidatos(as) no Brasil (nº 23.609/2019) a menção nominal à coletividade na urna eletrônica, desde que seja acompanhada de identificação clara do candidato representante do grupo. Apesar do avanço, ainda há a individualização da candidatura. Em suma, o registro continua sendo uninominal. 

Quanto aos óbices supracitados, Lourença afirma: “temos essa barreira das próprias regras das casas parlamentares que são muito individualistas e dão muito poder a uma pessoa, ao vereador, ao deputado em si. Na nossa prática política, a gente tenta quebrar com isso, mas a gente esbarra muito em burocracias que são desnecessárias. Precisamos evoluir burocraticamente dentro das casas legislativas para facilitar a atuação dos mandatos coletivos e a efetivação dessa nova forma de fazer política.”

Ademais, a PEC 379/2017 e o PL 4724/2020, que tramitam no Legislativo federal, visa incorporar o mecanismo da governança compartilhada à legislação política.

Fonte: Brasil de Fato e Assessoria de Monitoramento dos Poderes Públicos/Nesp

Prazo para registro de candidatos termina nesta segunda-feira (15)

Partidos, federações partidárias e coligações têm até esta segunda-feira (15) para apresentar o registro dos candidatos que vão disputar as eleições de outubro. 

Antes do registro, os nomes foram escolhidos em convenções partidárias (reunião de filiados), etapa que se encerrou no dia 5.

Os registros devem ser entregues até às 8h (via internet) ou até as 19h (presencialmente).

Até o momento, já foram 12 pedidos de nomes para concorrer à presidência da República. Os candidatos registrados poderão ir às ruas para pedir votos a partir de amanhã terça-feira (16). Também a partir desta terça, os candidatos poderão promover comícios; distribuir materiais gráficos, como os “santinhos”; e realizar propaganda na internet.

Agência Brasil

Eleições em Lafaiete: PTB e PMN indicam vice na chapa encabeçada por Cléber da REDE

 

Reunião definiu rumos do grupo nas eleições/REPRODUÇÃO

O ex-Deputado Estadual e Vice Prefeito de Belo Horizonte, Paulo Lamac, esteve na semana passada reunido com o diretório e lideranças da Rede Sustentabilidade em Lafaiete.  A visita faz parte da estratégia de consolidação da sigla, agregar forças como também promover alianças com o PTB e o PMN em torno da pré-candidatura a sucessão municipal, Cléber Múcio, mais conhecido como Cléber da Caixa.

Ao  final do encontro político, ficou definido que que o PMN e o PTB apresentariam até amanhã (29), o nome do pré candidato a vice prefeito na chapa.

Fizeram presentes a assa reunião, o ex-prefeito, Dr. Júlio Barros, Capitão César (Porta Voz da Rede Sustentabilidade de Conselheiro Lafaiete),  Marco Antônio Henriques (Marquinhos da Famocol e Presidente do PTB), Davi Welington de Resende (Presidente do PMN), Daniele Carvalho Correa (Presidente da Famocol), Roberto Santana (Presidente Conselho Municipal de Saúde-CMS), Alberto Coelho (Conselheiro do CMS), Eustáquio da REDE e Santana do PMN.

Lafaiete tem mais duas pré-candidaturas confirmadas; 10 pretendentes prometem “duelo de titãs”

Zezé do Salão prepara terreno para sua candidatura as eleições/ARQUIVO

A semana foi quente nas articulações para a disputa eleitoral deste ano. O ex vereador José Ricardo Sírio, mais conhecido como Zezé do Salão (PTC) confirmou que é pré candidato a sucessão municipal. Ele antecipou que o vice será Professor Flávio Dutra. A chapa já articula adesões de diversos grupos e correntes em Lafaiete. “Está na hora de sangue novo e renovação plural em todos os setores”, garantiu Zezé.

Candidato

Conforme o site Paraopebas Notícias, o Presidente licenciado da CDL-CL Aloísio Rezende, que também é conhecido como Aloísio ServeBem, anunciou neste sábado (27) a sua pré-candidatura pelo Patriota à Prefeitura de Conselheiro Lafaiete.

Aloísio de Resende, Presidente licenciado do CDL-CL/REPRODUÇÃO

“Penso que Conselheiro Lafaiete precisa de uma gestão que saiba definir suas prioridades e executar as políticas públicas, principalmente, para aqueles que mais precisam”, disse. A vice da chapa será a professor Elisa Lopes (Patriota).

Mais nomes

Somam-se aos 2 pré candidatos, os nomes de Divino Pereira (PSD), Cléber Múcio (REDE), Giovanny Laporte (PTB), Àlvaro Fernando (PT), Talysson Zebral (PCdoB), Darci Tavares (MDB) e Neuza Mapa (PDT). Isso sem contar o atual gestor, Mário Marcus (DE), que é candidato a reeleição.

Ainda sem uma confirmação oficial da data das eleições, a disputa, com 10 prováveis pretendentes, promete um “duelo de titãs”.

Eleição em Itabirito é antecipada para 4 de agosto

O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) divulgou nesta segunda-feira (24), após uma sessão de julgamentos, que a eleição suplementar em Itabirito será realizada no dia 4 de agosto, antecipando a data de reagendamento para o pleito que havia sido definida para o dia 1º de setembro.

A primeira data anunciada para a eleição municipal era 7 de julho. Porém, a Corte Eleitoral mineira adiou o prazo em função de uma documentação enviada pela Defesa Civil de Itabirito, que apresentava considerações e indagações relativas a algumas medidas de segurança no dia da eleição, especialmente em função do risco de rompimento das barragens Forquilha I e III, da Vale.

Com a mudança de data da eleição suplementar, a entrega dos pedidos de registros dos candidatos à Justiça Eleitoral poderá ser realizada até às 19h do dia 4 de julho. Já no dia 5 de julho, os candidatos poderão iniciar a propaganda eleitoral.  A diplomação dos candidatos eleitos deve ocorrer até o dia 23 de agosto.

Do dia 4 de julho até a proclamação dos candidatos eleitos, o cartório eleitoral de Itabirito funcionará das 12h às 19h nos dias úteis, e das 13h às 19h aos sábados, domingos e feriados.

Vale ressaltar que, enquanto não há candidatos eleitos no novo pleito, o presidente da Câmara de Vereadores, Arnaldo Pereira dos Santos (MDB), continua respondendo pelo Executivo municipal. Arnaldo, inclusive, é um dos candidatos na eleição suplementar. Porém, como a data foi reagendada, novas convenções partidárias devem ser realizadas.

Candidatos

Concorrentes ao cargo de prefeito da cidade estão em processo de registro de candidaturas/Foto: SOU NOTÍCIA

O engenheiro Orlando Caldeira é o presidente do PPS em Itabirito e vai concorrer à chefia do executivo municipal na eleição extemporânea. O pré-candidato contará com o apoio dos partidos PDT e PSC na disputa eleitoral. Nas eleições de 2016, Orlando foi o segundo candidato mais votado, com 10.793 votos. Esta será, portanto, a terceira tentativa de Orlando para ocupar o cargo de prefeito de Itabirito, haja visto que o engenheiro disputou as eleições de 2012, ficando em terceiro lugar, com 3.750 votos.

Nas eleições de 2016, Arnaldo foi eleito com 580 votos, podendo atuar como vereador da cidade pela quinta vez. Além disso, Arnaldo foi por cinco vezes o presidente da Câmara, cargo que ocupava até assumir o comando da prefeitura da cidade como prefeito interino, em cerimônia realizada no dia 03 de abril. O prefeito interino é membro do Compurb e membro efetivo da Comissão de Legislação e Justiça e da Comissão de Serviços Públicos Municipais.

Jornalista, apresentador de TV e ex-proprietário do Sou Notícia, Matheus Baldi (Patriota) também deve continuar na disputa eleitoral. O comunicador fez com que o portal alcançasse um público crescente na região e ultrapassando as fronteiras de um site de notícias. Matheus chegou a ter um programa chamado Interessa na TV Alterosa, afiliada ao SBT. Contudo, novos desafios levaram o jornalista para São Paulo, onde apresenta o programa Que Beleza, no ar todo domingo, a partir da 13h30, na Record News. A eleição suplementar deste ano marcará a primeira tentativa de Matheus na vida pública.

O vereador e empresário Maximiliano Silva Baêta Fortes, mais conhecido como Max Fortes (PSB), também teve seu nome lançado como candidato a prefeito de Itabirito nas convenções realizadas no começo de Junho. Max atualmente exerce seu segundo mandato como vereador e vai concorrer à chefia do executivo municipal na eleição extemporânea, agendada para o dia 7 de julho. Nas eleições municipais de 2012, Max foi o terceiro vereador mais votado, com 777 votos. No ano de 2015 tomou posse como presidente da Câmara Municipal de Itabirito. Em 2016, o edil repetiu a mesma colocação das eleições de 2012, garantindo o terceiro lugar com 808 votos.

O empresário Luís Flávio Niquini (PSDC) teve seu nome oficializado como candidato à chefia do executivo municipal após o encerramento do primeiro prazo para registro de candidaturas. Ele concorreu ao cargo em outras oportunidades, mas não obteve votação expressiva.

Após a saída do PCdoB da base aliada da atual administração de Itabirito, o professor Thiago Toledo foi confirmado como candidato a prefeito de Itabirito pelo partido. Ele terá o apoio do PSOL na disputa eleitoral. (Sou  Notícia).

Leia mais:

Prefeito de Itabirito perde mandato e cidade pode ter nova eleição

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