Do resgate do jacaré falso a cobra que era linguiça: veja casos inusitados em MG

Ocorrências inusitadas mobilizaram a Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros no Estado; casos viralizaram

Durante a semana, o “resgate de um jacaré falso” viralizou. O caso ocorreu em um condomínio residencial de Vespasiano, na região metropolitana de Belo Horizonte. Funcionários viram o item decorativo no formato do animal em um jardim, e acionaram a Polícia Militar e os bombeiros. As equipes foram até o local, e só perceberam que se tratava de um objeto de decoração durante a tentativa de captura.

Esse não foi o único caso inusitado que mobilizou as forças de segurança no Estado. A reportagem de O TEMPO listou uma série de “ocorrências curiosas”. Entre elas, o resgate de um gato que foi confundido com uma onça, e a captura de uma cobra que, na verdade, era uma linguiça.

É só um gatinho!

Um gato-de-bengala, ou Bengal, que costuma ser vendido por valores entre R$ 4 mil e R$ 7 mil, foi capturado pelos bombeiros e solto em uma mata após assustar moradores de um condomínio no bairro Vila da Serra, em Nova Lima, na região metropolitana de Belo Horizonte. O felino, que pertencia a família de uma criança de 7 anos, residente no condomínio, foi confundido com uma onça e assustou os moradores. Isso porque o animal possui pelagem manchada similar a de tigres e outros felinos caçadores.

Uma força-tarefa foi realizada para tentar encontrar o gato, que atendia pelo nome de Massinha. Voluntários, bombeiros e até mesmo equipes especializadas no resgate de animais foram mobilizados. Foram mais de dez horas de buscas, até a “gatinha” retornar para os braços de sua tutora.

+ Veja mais sobre a história da Massinha

Maus-tratos a cachorro de plástico

A Polícia Militar de Meio Ambiente de São Lourenço, no Sul do Estado, recebeu uma denúncia anônima de que um cachorro estaria sofrendo maus-tratos. O cão, segundo o denunciante, ficava preso em uma corrente, exposto ao sol, sem comida e sem água. Por causa disso, o animal estaria triste e magro.

Os militares foram até a casa dos supostos tutores do animal, um casal de idosos. No local, verificaram que o cão era de plástico.

+ Leia a matéria completa do caso

Boneca “socorrida” pelo Samu

Equipes do Samu, da cidade de Santo Antônio do Monte, na região Centro-Oeste de Minas Gerais, encaminharam para o Instituto Médico Legal (IML) um suposto feto que havia sido encontrado queimado em uma rua da cidade. O laudo apontou que se tratava de um feto com aproximadamente dois meses de gestação e 10 centímetros de comprimento.

No entanto, após investigação da Polícia Civil, confirmou-se que o material se tratava de um boneco de borracha.

+ Confira um pouco mais sobre a ocorrência

É uma cobra? Não, uma calcinha!

Em Uberaba, na região do Triângulo Mineiro, um casal acionou os bombeiros ao confundir uma calcinha com uma cobra. Eles achavam que havia uma “cobra com chifres”, de cerca de 2 metros, atrás do fogão, na cozinha da residência. Eles ligaram duas vezes para o Corpo de Bombeiros.

Na primeira ligação, solicitaram o resgate. Na segunda, quando os militares já estavam a caminho, pediram urgência no atendimento. Quando a corporação chegou, verificou que a cobra, na verdade, se tratava de uma peça íntima – uma calcinha preta esquecida atrás do eletrodoméstico.

+ Veja mais sobre este caso

Era só uma linguiça!

Um caso semelhante ocorreu em Viçosa, na região da Zona da Mata mineira. Uma moradora chamou os bombeiros acreditando que tinha uma cobra em sua casa. Ela pensou que se tratava de uma cobra coral, venenosa. No entanto, o motivo da confusão foi uma linguiça de pouco mais de um metro que estava no chão da residência.

A origem da linguiça não ficou definida. No entanto, acredita-se que um cão ou um gato possa ter levado o embutido até a varanda do imóvel.

+ Confira a matéria sobre o caso

Mais uma cobra!

Moradores da cidade de Araxá, no Alto Paranaíba, ligaram para bombeiros assustados com uma cobra entrelaçada no portão de uma casa. Porém, quando os profissionais chegaram até o local, notaram que o “bicho” não representava ameaça alguma: era apenas um brinquedo. Os militares conversaram com a proprietária da residência, que recolheu a cobra. De acordo com ela, o brinquedo pertence aos filhos.

+ Relembre a história

 

FONTE O TEMPO

Dengue desacelera, mas Minas Gerais investiga 557 mil casos

No ano, estado acumula 326,3 mil casos confirmados da doença

Os casos confirmados de dengue desaceleraram na última semana, mas as autoridades de saúde analisam mais de 557 mil casos suspeitos da doença em Minas Gerais. Até o momento, são 158 mortes confirmadas no estado e outras 245 em apuração.

De acordo com dados do Ministério da Saúde, na última semana epidemiológica, foram mais de 17,3 mil casos prováveis da doença, sendo confirmados mais 4,5 mil casos. No ano, Minas Gerais acumula 326,3 mil casos confirmados de dengue.

Atendimento reforçado
Belo Horizonte vai ter sete centros de saúde abertos neste sábado (6) e domingo (7), das 7h às 19h, para atender pessoas com sintomas de dengue, chikungunya e zika. Além dessas unidades, outros três Centros de Atendimento às Arboviroses (CAAs) também vão funcionar, assim como um hospital temporário.

Devem procurar os centros de saúde as pessoas que apresentarem febre, dores musculares e nas articulações, manchas vermelhas na pele, dor de cabeça ou atrás dos olhos, náuseas ou vômitos (veja mais sintomas das doenças no fim da matéria). Confira neste link os locais que estarão abertos, por regional, e o horário de funcionamento.

Quais são os sintomas da dengue?

O quadro sintomático da dengue inclui, segundo o Ministério da Saúde:

  • Febre alta (maior que 38ºC);
  • Dor no corpo e nas articulações;
  • Dor atrás dos olhos;
  • Mal-estar;
  • Falta de apetite;
  • Dor de cabeça;
  • Manchas vermelhas no corpo;

Além desses sintomas, o Ministério de Saúde recomenda que as pessoas estejam atentas aos sinais de alerta e de agravamento do quadro, que podem levar a choque grave e até morte. Os sinais de alarma são os seguintes:

  • Dor abdominal intensa e contínua;
  • Vômitos persistentes;
  • Acúmulo de líquidos;
  • Letargia ou irritabilidade;
  • Aumento progressivo do hematócrito;
  • Sangramento de mucosa.

 

FONTE ITATIAIA

Alta nos casos de dengue gera escassez de repelentes e bebidas hidratantes

Tribuna consultou farmácias e supermercados da cidade, que relataram dificuldades na reposição do estoque; saiba qual a funcionalidade desses produtos na prevenção e no combate à doença

Com o alto número de casos de dengue, a procura por repelentes, bebidas hidratantes e antitérmicos aumentou cerca de 40% em Juiz de Fora, de acordo com funcionários de farmácias da cidade. Com o avanço da demanda e a dificuldade de repor o estoque, lojistas e a população enfrentam a escassez desses produtos nas prateleiras dos estabelecimentos. Além disso, a alta dos preços também é um fator recorrente nas queixas dos consumidores.

De acordo com consulta realizada pela reportagem em cinco farmácias e dois supermercados, os valores do repelente variam de R$ 18,99 a R$ 49,90. Já as bebidas hidratantes estão na faixa de R$ 6 a R$ 8. Entretanto, conforme os consumidores, além de não estarem disponíveis no estoque dos estabelecimentos, os produtos também estariam sendo vendidos a preços mais altos.

A arquiteta Mariza Salgado foi diagnosticada com dengue na última quarta-feira (27) e desde então tem procurado bebidas hidratantes e soro para ajudar na recuperação. Ela conta que teve dificuldades para encontrar os produtos, e verificou que uma das bebidas isotônicas que procurou não estava disponível em dois mercados, em uma farmácia e uma padaria. No caso de outra bebida isotônica de marca diferente, ela só encontrou a versão zero.

Há duas semanas, a cuidadora de idosos Angelita Mendes tem buscado bebidas hidratantes e também não encontrou em supermercados da cidade. Na sexta-feira (29), ela achou o produto em uma farmácia no Bairro Cascatinha, mas por um preço mais elevado do que o de costume. Segundo Angelita, a bebida estava sendo vendida a quase o dobro do valor que era encontrado anteriormente.

A reportagem questionou a Agência de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon/JF) sobre se fiscalizações estão sendo realizadas para saber se os preços comercializados estão dentro do esperado ou se práticas abusivas foram identificadas. Por meio de nota, o órgão informou que não recebeu nenhuma reclamação sobre o aumento de preços de repelentes de insetos. No entanto, o Departamento de Pesquisa do Procon realizou uma pesquisa comparativa de preços do produto, deve ser divulgada em breve. A orientação para os consumidores é para que acionem o Procon em caso de qualquer variação de preço que gere estranhamento. As reclamações podem ser feitas presencialmente, na sede localizada na Avenida Itamar Franco 992, Centro, ou pelos telefones 3690-7610 ou 3690-7611.

Dificuldade na reposição do estoque de repelentes

Mariana Oliveira, gerente da farmácia Dia e Noite, localizada na Avenida Getúlio Vargas, relatou à reportagem que a procura por repelentes e bebidas hidratantes aumentou significativamente nas últimas semanas. Segundo ela, o estabelecimento chegou a ficar sem repelentes em alguns momentos, mas conseguiu repor o estoque. Entretanto, sem variedade de marcas. “Nós estamos recebendo principalmente marcas desconhecidas, que não sabemos exatamente o atestado de qualidade, pois os fornecedo res tradicionais não estão tendo o produto para repassar.” A funcionária também destacou que tem trabalhado apenas com repelentes líquidos, já que os em loção não estão sendo revendidos. Atualmente, a loja enfrenta a falta de bebidas hidratantes.

Uma farmácia no Bairro São Mateus chegou a ficar três dias sem repelentes. O atendente do local, que preferiu não ser identificado, disse que a procura pelo produto aumentou em cerca de 40% desde o crescimento de casos da doença na cidade, além da busca por antitérmicos e soro de hidratação. Já outro estabelecimento no Bairro São Pedro, a Drogaria Romanus, chegou a ficar sem repelentes por uma semana, e agora, o estoque já está no fim novamente. “A procura cresceu muito, e alguns fornecedores também estão enfrentando a falta desses produtos, então sempre que chega um novo estoque, acaba rapidamente”, afirma o lojista Tales Fernandes.

No Santa Luzia, a comerciante Deysiane Marcia Goulart, que trabalha na farmácia Rede Soma, disse que também lida com a escassez de medicamentos para náusea e vômito. “Nós ficamos duas semanas com dificuldade na compra de repelentes, agora conseguimos repor o estoque, mas os produtos da linha infantil ainda estão em falta. Além disso, os sachês reidratantes também não estão acompanhando a demanda.” Em relação ao aumento dos preços, a trabalhadora aponta que, de fato, os valores cresceram em razão do alto custo cobrado pelos fornecedores.

Importância da hidratação

O infectologista Marcos Moura destaca que os repelentes são fundamentais no combate à dengue, já que impedem a picada do mosquito. Segundo o médico, a recomendação é de que crianças usem o produto infantil, já que são menos alérgicos, mas como a duração desses repelentes é de cerca de quatro horas, ele chama atenção para a necessidade de reaplicar o produto mais vezes ao longo do dia. Em relação à produção de repelentes caseiros, o especialista alerta que é preciso tomar cuidado, pois podem ter efeitos reduzidos ou tóxicos. “Como eles não são padronizados pela Anvisa, pode existir uma falsa sensação de proteção ou ainda ter um efeito ruim e ser nocivo à saúde.”

Além do uso de repelentes como forma de prevenção, Marcos reforça que é extremamente necessário se hidratar. “Pessoas que já fazem uso de hidratação contínua tendem a estar mais preparadas durante a dengue. A ideia é que isso aconteça antes e principalmente durante a doença e, claro, se testar positivo, deve-se procurar um médico, pois é preciso aumentar a ingestão hídrica para ter uma convalescença melhor. Inclusive, pessoas que bebem pouca água ou se hidratam mal durante a dengue tendem a ter um período de contaminação maior e mais arrastado, com prostração e dor no corpo”, explica o médico.

A respeito de alternativas caso o paciente não encontre isotônicos nos mercados e drogarias, o médico diz que o mais importante é ingerir bastante líquido, como água, suco e chá, e ter também uma alimentação mais líquida, como sopas. “Não significa que os isotônicos sejam mais potentes. Eles são melhor absorvidos e disponibilizados, assim como o soro caseiro, mas o ideal é que a pessoa tome todo o volume de líquidos prescrito, com vários produtos ao longo do dia.”

O médico ressalta ainda que os pacientes com sintomas graves precisam fazer a hidratação no hospital com soro venoso. “Um paciente com potencial de gravidade não pode apenas tomar soro oral, porque isso acaba tendo desfecho desfavorável”, alerta.

 

FONTE TRIBUNA DE MINAS

Saiba por que Minas Gerais tem o maior número de casos de dengue em 2024

Minas Gerais é o Estado mais atingido pela dengue neste ano no país: são mais de 832 mil casos prováveis da doença. Outros dois Estados do Sudeste e Sul, São Paulo e Paraná, aparecem logo em seguida com 535 e 246 mil casos, respectivamente.

Em 2023, Minas também bateu recorde para o país todo com mais de 400 mil infectados, conforme apontam dados do Painel de Monitoramento de Arboviroses do Ministério da Saúde.

Até o momento, 544 óbitos estão em investigação e 148 foram confirmados. Além da dengue, a chikungunya também atinge MG com mais de 72 mil casos prováveis e 28 mortes confirmadas.

As mineiras são as mais atingidas: 56% dos casos. Os homens representam 44%. Em raça e cor, 59,3% da população infectada em Minas é parda, seguido por brancos (31,09%), preta (8,3%), amarela (1,1%) e indígena (0,3%).

A faixa etária com a quantidade mais elevada de dengue é dos 20 a 29 anos: 156.593 casos.

Por que Minas Gerais tem tantos casos de dengue?

 

Segundo especialistas, Minas pode estar sofrendo mais com as transmissões da doença por conta de fatores climáticos, ambientais e também do relaxamento das medidas de controle que combatem a doença.

Ana Flávia Santos é infectologista e médica do Serviço de Epidemiologia e Controle de Infecção Hospitalar (SECIH) da Rede Mater Dei em Belo Horizonte e explica não haver um motivo específico, mas sim, multifatorial.

“Há um conjunto de fatores que podem ser atribuídos para o aumento de casos de dengue em determinados estados e municípios, mas o excesso de calor e chuva, associado a um alto índice de infestação pelo Aedes com o relaxamento das medidas de controle do vetor, contribuíram significativamente para a epidemia atual”, revela.

A médica destaca que a presença dos quatro sorotipos da dengue ao mesmo tempo em Minas cria uma situação atípica onde mais pessoas podem se infectar novamente pela doença. “Quando uma pessoa se infecta uma vez, fica imune àquele sorotipo específico, mas permanece suscetível aos demais, ou seja, desprotegida em relação aos outros sorotipos”, diz.

A circulação da doença por diferentes regiões, ano a ano, também é algo que os pesquisadores observam de perto. “Por exemplo, neste ano, há pouca circulação de dengue no Nordeste, que tradicionalmente são Estados onde existe um número de casos bastante elevado. Atualmente a epidemia está concentrada no Centro-Sul do país. Minas Gerais e São Paulo são dois Estados com elevada carga da doença”, explica Julio Croda, médico infectologista e especialista da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

As mineiras são as mais atingidas: 56% dos casos. Os homens representam 44%. Em raça e cor, 59,3% da população infectada em Minas é parda, seguido por brancos (31,09%), preta (8,3%), amarela (1,1%) e indígena (0,3%).

A faixa etária com a quantidade mais elevada de dengue é dos 20 a 29 anos: 156.593 casos.

Por que Minas Gerais tem tantos casos de dengue?

 

Segundo especialistas, Minas pode estar sofrendo mais com as transmissões da doença por conta de fatores climáticos, ambientais e também do relaxamento das medidas de controle que combatem a doença.

Ana Flávia Santos é infectologista e médica do Serviço de Epidemiologia e Controle de Infecção Hospitalar (SECIH) da Rede Mater Dei em Belo Horizonte e explica não haver um motivo específico, mas sim, multifatorial.

“Há um conjunto de fatores que podem ser atribuídos para o aumento de casos de dengue em determinados estados e municípios, mas o excesso de calor e chuva, associado a um alto índice de infestação pelo Aedes com o relaxamento das medidas de controle do vetor, contribuíram significativamente para a epidemia atual”, revela.

A médica destaca que a presença dos quatro sorotipos da dengue ao mesmo tempo em Minas cria uma situação atípica onde mais pessoas podem se infectar novamente pela doença. “Quando uma pessoa se infecta uma vez, fica imune àquele sorotipo específico, mas permanece suscetível aos demais, ou seja, desprotegida em relação aos outros sorotipos”, diz.

A circulação da doença por diferentes regiões, ano a ano, também é algo que os pesquisadores observam de perto. “Por exemplo, neste ano, há pouca circulação de dengue no Nordeste, que tradicionalmente são Estados onde existe um número de casos bastante elevado. Atualmente a epidemia está concentrada no Centro-Sul do país. Minas Gerais e São Paulo são dois Estados com elevada carga da doença”, explica Julio Croda, médico infectologista e especialista da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

Infectologista e pesquisador da Fiocruz Julio Croda — Foto: ATENÇÃO: DEFINIR CRÉDITO!
Infectologista e pesquisador da Fiocruz Julio Croda — Foto: ATENÇÃO: DEFINIR CRÉDITO!

Croda avalia que o surto de chikungunya pode se confundir com o da dengue. “Em Minas Gerais, além da dengue, pode estar tendo também um aumento de casos de arboviroses, sendo considerado dengue”, diz.

O espaço geográfico de Minas também é um dos fatores que pode contribuir para a quantidade de infectados. Para o médico Marcelo Daher da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) MG tem uma característica climática importante.

“Você tem um Estado que pega vários locais, parte com a temperatura muito elevada e outros com muitas chuvas, e isso contribui. Outro fator é o crescimento desordenado das cidades onde você tem muitos alagamentos. Não ter uma infraestrutura urbana bem feita, colabora para o aumento de várias doenças”, destaca.

Segundo Renato Kfouri, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), a dinâmica da dengue é complexa. Kfouri ressalta que a maneira correta de se avaliar a doença é através da incidência de casos por 100 mil habitantes.

Renato Kfouri, diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações — Foto: Sociedade Brasileira de Imunizações/Divulgação
Renato Kfouri, diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações — Foto: Sociedade Brasileira de Imunizações/Divulgação

No momento, conforme os dados do Ministério da Saúde, o coeficiente de incidência de Minas Gerais é o segundo maior do Brasil: 4.052. Fica atrás apenas do Distrito Federal, que apresenta um número de 6.751.

“São muitas variáveis para dizer qual o retrato da dengue neste ano. Dengue você nunca olha para um mês ou um ano, você tem que olhar a série histórica, para entender a circulação do vírus e obviamente do mosquito”, diz.

O Secretario de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) e presidente do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), Fábio Baccheretti, explicou que o El Niño e as altas temperaturas registradas em Minas devem ser consideradas.

“O segundo e mais importante é que temos o sorotipo 2 circulando muito fortemente em Minas Gerais este ano. Isso significa que toda a população é suscetível a doença porque os últimos anos epidêmicos foram de sorotipo 1. Então é como se pegasse uma população praticamente toda com a possibilidade de pegar a doença por não ter uma imunidade recente relacionada à dengue”, destaca.

Baccheretti também revela que boa parte das das notificações de dengue são na verdade de chikungunya. “É um vírus que chegou pelo norte do estado pela Bahia há dois anos. Ou seja, temos chikungunya circulando muito, mas muitas vezes é notificado dengue. Em Minas Gerais não é à toa que está sendo maior este ano e ele acompanha com outros Estados. Este crescimento precoce e rápido tem a ver com o período chuvoso e de calor, fazendo que ele [mosquito] proliferasse muito mais rápido que o habitual” diz.

Outros pontos indiretos, segundo o secretário, é a quebra dos anos epidêmicos de dengue que ocorriam a cada três anos.

“Muito provavelmente pela pandemia alguma coisa aconteceu pelas pessoas ficarem mais em casa tomando mais cuidado com sua casa. Em 2023 tivemos um momento muito vinculado a chikungunya e em 2024, tivemos esses casos que não aconteceram em 2022. Então se acumulou. Mas é uma tendência Mundial. Temos aí as Américas com as maiores epidemias da sua história e países que nunca tiveram epidemia tendo a doença”, explica.

FONTE VALOR O GLOBO

Onda de calor pode causar salto de mais de 20% na transmissão da dengue em MG

Minas registra um caso provável da doença a cada 12 segundos; tempo de incubação do vírus no mosquito é encurtado com alta temperatura

A onda de calor deve agravar o pior surto de dengue, zika e chikungunya vivido em Minas Gerais. Uma pesquisa da Universidade de Michigan (EUA), realizada no Brasil, calculou que, em um aumento de temperatura de 2ºC, as transmissões de arboviroses podem aumentar. O crescimento pode chegar a 20%.

Para se ter ideia, a previsão da onda de calor em Minas Gerais é de temperaturas até 5ºC acima da média até a sexta-feira (15 de março). Infectologistas escutados pela reportagem alertam para um possível aumento no número de mosquitos Aedes aegypti e de diagnósticos diários das doenças. No Estado, a cada 12 segundos, um novo caso suspeito de dengue é registrado.

De acordo com o epidemiologista Carlos Henrique Nery Costa, um ajuste biológico ocorre naturalmente no Aedes aegypti conforme as condições de temperatura. Ele explica que o mosquito fica mais ativo durante o calor. “O inseto não tem controle de temperatura, então, à medida que fica mais quente, a transmissão dos vírus fica mais acelerada”, alerta ele, que é doutor em Saúde Pública Tropical pela universidade de Harvard. O processo é o mesmo que causa alta dos casos de arboviroses durante o verão, mas, dessa vez, intensificado pela temperatura ainda mais elevada pela onda de calor.

Na pesquisa da Universidade de Michigan, por exemplo, a cidade de Recife foi usada como base de estudo, e o número de novos casos após a primeira pessoa infectada por dengue saltou de quatro para seis em um aumento de temperatura de 2ºC. Nery Costa reforça que, quanto mais quente, o tempo de incubação do vírus no mosquito fica menor, isto é, ele passa a transmitir dengue, zika ou chikungunya mais rápido.

“Naturalmente, leva alguns dias para que o inseto passe a transmitir as doenças desde o primeiro contato com os vírus. Isso é o que chamamos de tempo de incubação. Mas, com as altas temperaturas, o vírus chega mais rápido às partes bucais do inseto. Então, à medida que a temperatura sobe, aumenta a proliferação da dengue”, analisa Nery Costa.

De fato, de acordo com o infectologista em medicina tropical Julio Croda, o ciclo de transmissão das arboviroses pode cair de até 10 dias para 6 a 7 dias por causa do aumento da temperatura. A maior preocupação, segundo o médico, é a multiplicação do vetor. Ele explica que os mosquitos se reproduzem mais rápido durante o calor. “O mosquito da dengue é muito eficaz em se proliferar e transmitir as arboviroses. Com a alta temperatura, o ciclo reprodutivo fica mais rápido. Mais calor, mais mosquito no ambiente. A frequência do vetor vai aumentar”, diz.

Clima e ambientes ideais para a proliferação do mosquito 

É o que também alerta Mário Giusta, professor de Biomedicina da Una Contagem. Ele chama de “tempestade perfeita” a ocorrência da onda de calor em meio à maior epidemia de dengue do Estado. “A onda de calor, consequentemente, gera aumento das chuvas. Seja imediatamente ou após o fenômeno. Isso é ideal para a intensificação do vetor da dengue. A eclosão dos ovos do inseto funciona muito bem nesse clima. Preocupa bastante o aumento de população do vetor, que vai ter consequência na alta de casos”, alerta.

Segundo o especialista, outro desafio em meio à onda de calor é a dificuldade do controle dos mosquitos no ambiente urbano. “Dentro dos centros urbanos, nós não temos um controle ecológico do Aedes aegypti, não há limitação para o aumento reprodutivo do mosquito. Então, isso intensifica ainda mais o problema. É perfeito para o mosquito: está quente, chove e não há controle ecológico”, continua.

Contra a explosão de casos, previna-se dos focos do mosquito

Para evitar grandes saltos na proliferação das arboviroses, Mário Gusta aconselha medidas de prevenção contra os focos do Aedes aegypti e proteção pessoal, como uso de repelentes. “O jeito, agora, é tentar evitar a presença do inseto. Então, o ideal é tomar muito cuidado essa semana, reforçar o uso de repelentes e cuidar do ambiente em que estamos, evitando focos de água parada e entulhos, como é amplamente divulgado”.

O que diz a PBH? 

A Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) informou que as ações de combate ao Aedes aegypti são realizadas durante todo o ano, em todas as regiões do município, independentemente da temperatura. “Cabe ressaltar que para o ciclo completo do mosquito é necessário água. Por isso, a principal forma de combater o mosquito é eliminar objetos que possam acumular água, interrompendo assim o  ciclo de vida”, acrescentou.

A reportagem também questionou o Estado de Minas sobre ações contra os focos da dengue durante a onda de calor e aguarda retorno.

Cuidados contra focos do mosquito: 

 

  • Eliminar água armazenada em vasos de plantas, pneus, garrafas plásticas, piscinas sem uso e sem manutenção é a melhor forma de evitar a proliferação do Aedes aegypti;
  • Deixe sempre bem tampados e lave com bucha e sabão as paredes internas de caixas d’água, poços, cacimbas, tambores de água ou toneis, cisternas, jarras e filtros;
  • Não deixe acumular água em pratos de vasos de plantas e xaxins. Coloque areia fina até a borda do pratinho;
  • Plantas que possam acumular água devem ser tratadas com água sanitária na proporção de uma colher de sopa para um litro de água, regando no mínimo, duas vezes por semana. Tire sempre a água acumulada nas folhas;
  • Não junte vasilhas e utensílios que possam acumular água (tampinha de garrafa, casca de ovo, latinha, saquinho plástico de cigarro, embalagem plástica e de vidro, copo descartável etc.) e guarde garrafas vazias de cabeça para baixo;
  • Entregue pneus velhos ao serviço de limpeza urbana, caso precise mantê-los, guarde em local coberto;
  • Deixe a tampa do vaso sanitário sempre fechada. Em banheiros pouco usados, dê descarga pelo menos uma vez por semana;
  • Retire sempre a água acumulada da bandeja externa da geladeira e lave com água e sabão;
  • Sempre que for trocar o garrafão de água mineral, lave bem o suporte no qual a água fica acumulada;
  • Mantenha sempre limpo: lagos, cascatas e espelhos d’água decorativos. Crie peixes nesses locais, eles se alimentam das larvas dos mosquitos;
  • Lave e troque a água dos bebedouros de aves e animais no mínimo uma vez por semana;
  • Limpe frequentemente as calhas e a laje das casas, coloque areia nos cacos de vidro no muro que possam acumular água;
  • Mantenha a água da piscina sempre tratada com cloro e limpe-a uma vez por semana. Se não for usá-la, evite cobrir com lonas ou plásticos;
  • Mantenha o quintal limpo, recolhendo o lixo e detritos em volta das casas, limpando os latões e mantendo as lixeiras tampadas.
  • Não jogue lixo em terrenos baldios, construções e praças;
  • Permita sempre o acesso do agente de controle de zoonoses em residência ou estabelecimento comercial.

 

FONTE O TEMPO

Casos de Covid crescem quase 200% em Minas Gerais de janeiro para fevereiro

Os casos de Covid cresceram quase 200%, em apenas um mês, em Minas Gerais. Em janeiro, segundo dados da Secretaria de Estado de Saúde foram 9.269 casos, em 31 dias. Já em fevereiro, durante os 29 dias do mês, são 26.999 casos confirmados da doença.

A cidade que mais tem casos de Covid, segundo os números da Secretaria Estadual de Saúde, é Belo Horizonte. Na capital, só em fevereiro foram 5.261 novos casos registrados. Ou seja, mais de 180 novos casos contabilizados por dia.

Em seguida, aparecem outras cidades como Divinópolis, na região Centro-Oeste e Uberaba, no Triângulo Mineiro. Nas duas cidades, em apenas um mês foram mais de três mil novos casos da doença.

Em Uberaba, a prefeitura elaborou novas estratégias para realizar testes e também fazer o atendimento de pacientes com sintomas da doença, como explica secretária de Saúde de Uberaba, Valdilene Rocha.

“Secretaria de Saúde de Uberaba continua com as ações de prevenção contra covid. Diante do aumento significativo em 2024 a nossa equipe de atenção básica foi reforçada, com todos os insumos necessários pra que nós possamos continuar enfrentando essa doença. Temos um espaço de covid, que é a nossa central de atendimento de triagem de enfermagem, testagem e se necessário o atendimento médico. Reforçamos também através da central de vacina e atenção básica e o reforço com a bivalente”, comenta.

 

Dificuldade na testagem

No momento em que a dengue é uma das doenças mais diagnosticadas nas unidades de saúde, quem pega Covid tem dificuldades na testagem.

Somente em fevereiro, por dia, ao menos duas mortes por Covid foram registradas em Minas Gerais. No período, segundo os dados do estado, foram 80 óbitos confirmados.

O professor e infectologista do Departamento de Clínica Médica da Faculdade de Medicina da UFMG, Unaí Tupinambás, diz que o dado é preocupante e reforça os baixos índices de vacinação.

“O que nos preocupa muito são os dados de mortalidade por covid no Brasil. Só esse ano foram mais de 1.300 mortes só pela doença. Lembrando que a covid tem uma vacina eficaz contra as ações moderadas e graves. E a baixa cobertura também é muito preocupante, principalmente na população pediátrica, os adolescentes. Sobre os casos, infelizmente esse número tende a aumentar agora que vai chegar na época do outono, então o apelo que nós fazemos é para as pessoas tomarem a vacina”, orienta.

Até o momento, levando em consideração os três meses de 2024, Minas Gerais tem 45.481 casos confirmados de Covid. No mesmo período, o estado contabilizou 165 mortes.

A cidade que mais registrou mortes foi Uberlândia, no Triangulo Mineiro. Somente na cidade, em um mês, 19 pessoas morreram de Covid. Em seguida, aparecem Belo Horizonte, com 15 óbitos.

Com relação às mortes, em janeiro foram 37 óbitos por Covid, enquanto em fevereiro o número dobrou, chegando a 80 no mês de fevereiro. A Secretaria de Saúde alertou que o cenário pode piorar com a chegada do outono.

FONTE CBN SAÚDE

Minas Gerais tem 1 novo caso de dengue a cada 12 segundos

Com equivalência a cerca de cinco registros por minuto no ano de 2024 e 1 novo caso da doença a cada 12 segundos, o estado de Minas Gerais vive sua maior epidemia de dengue da história. De acordo com o secretário de Estado de Saúde, Fábio Baccheretti, em 71 dias, há um montante de 514.830 possíveis casos de dengue, ou seja, mais de 7.200 casos por dia. Os dados foram divulgados nesta terça-feira durante uma coletiva de imprensa.

Numa tentativa de conter o crescimento da arbovirose, o governo anunciou estratégias de vacinação, com um novo Dia D marcado para o próximo dia 23.

— Ainda estamos na fase dos dados chegarem, mas certamente já batemos 2016 falando de um ano inteiro —, disse Baccheretti. A referência de oito anos atrás é feita pelo período ter sido considerado o pior ano epidêmico até o presente momento, com cerca de 520 mil casos.

Dengue: casos crescem 315% em relação a 2023, mostra novo boletim do Ministério da Saúde. — Foto: Informe Semanal do Ministério da Saúde de 20/02/2024.

Atualmente, Minas Gerais tem 185.690 casos de dengue confirmados, com 66 mortes pela doença e 308 sob investigação. De acordo com informações oficiais, o pico da arbovirose no Estado ocorreu entre fevereiro e março, no entanto, os serviços de atendimento ainda devem sofrer com alta procura.

Na última sexta-feira, começou a vacinação contra a dengue para o público de 12 a 14 anos, em Belo Horizonte. O grupo para ser imunizado é formado por cerca de 120 mil pessoas.

Em meio ao recorde de casos de dengue na capital mineira e a grande procura por atendimento médico, apenas um terço das crianças de 10 e 11 anos tomaram a vacina contra a doença na capital. Cerca de uma semana após o início da vacinação, apenas 15 mil doses foram aplicadas no público alvo, segundo o município.

FONTE O GLOBO

Em março, Lafaiete (MG) já confirma 5 casos/dia de covid-19; em 2024 foram duas mortes

Em Conselheiro Lafaiete os casos de Covid-19 continuam surgindo com crescimento do índice de ocorrências. Já foram confirmados, desde o início da pandemia, 28.056 casos, sendo registrados 325 óbitos.

Em 2021 foram 13.265 casos, em 2022, 11.164, em 2023, após o avanço da vacinação foram confirmados 632 casos e, em 2024 já foram 164 casos, sendo 21 em janeiro, 120 em fevereiro e em março até dia 4, 23 casos.

Quanto à óbitos neste ano de 2024 já foram confirmados 2. Ao todo 325 pessoas perderam a vida em consequência da doença. Foram 27 óbitos em 2020, 262 em 2021, no pico da pandemia, 31 em 2022 e 3 em 2023.

Dengue: Minas Gerais confirma 7.083 novos casos

O número de casos passou de 114.544 registrados nessa terça-feira (27/2) para 121.627 contabilizados nesta quarta (28/2).

Minas Gerais confirmou 7.083 novos casos de dengue nas últimas 24 horas. De acordo com o Painel de Monitoramento de Arboviroses da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), os casos confirmados passaram dos 114.544 registrados na terça-feira (27/2) para 121.627 contabilizados nesta quarta (28/2).

Além disso, o estado registrou 334.532 casos prováveis, um aumento de 34.369 casos comparado ao número da terça-feira, de 327.908.

O balanço ainda contabilizou 33 mortes confirmadas, uma diminuição em comparação às 37 apontadas nessa terça, já que, de acordo com a SES-MG, o número de óbitos pode sofrer alterações após o fim do processamento dos casos. Na última atualização, eram 228 óbitos em investigação.

Em relação a chikungunya, foram registrados 37.322 casos prováveis da doença, um aumento de 4,79% comparado ao número divulgado anteriormente, de 35.615. Até o momento, sete mortes foram confirmadas por chikungunya, e 23 estão em investigação.

Quanto à zika, foram registrados 67 casos prováveis e sete confirmados para a doença. Não há mortes confirmadas ou em investigação por zika em Minas.

Casos em Belo Horizonte

A capital mineira acumula até o momento 7.665 casos confirmados de dengue, de acordo com boletim divulgado pela Secretaria Municipal de Saúde nesta terça-feira. Quanto aos casos suspeitos, são contabilizados 29.159. O número de mortes em BH permanece o mesmo do último boletim divulgado na sexta-feira (23/2), contabilizando sete.

Neste ano, foram confirmados ainda 542 casos de chikungunya em residentes de Belo Horizonte e um óbito pela doença. Há 549 casos em investigação. No dia 23, havia 452 casos registrados de chikungunya, sofrendo um aumento de 19,82%. Não há casos de zika confirmados na capital.

Vacinação em BH

Em meio ao aumento de casos das arboviroses transmitidas pelo mosquito aedes aegypti, a vacinação contra a dengue começou nesta terça-feira nos 152 Centros de Saúde de Belo Horizonte. A aplicação da vacina Qdenga será inicialmente em crianças de 10 e 11 anos.

A capital mineira recebeu do Ministério da Saúde 49,5 mil doses do imunizante, destinadas à aplicação de primeiras doses, contemplando as duas idades, que totalizam 48 mil pessoas. Como o esquema vacinal da Qdenga é composto por duas doses, que devem ser aplicadas em um intervalo de três meses, será necessário que o município receba mais vacinas para a posterior aplicação da segunda dose.

Outras 22 cidades do estado iniciaram a vacinação na terça. Ao todo, são 78.790 doses. Os municípios contemplados estão, em sua maioria, na Grande BH e na Região do Vale do Rio Doce.

FONTE ESTADO DE MINAS

Ipatinga e Governador Valadares estão entre as 175 cidades do país com altos índices de tuberculose, hanseníase e outras doenças

Minas Gerais tem outros sete municípios com altos índices das doenças e considerados prioritários no Programa Brasil Saudável.

Ipatinga e Governador Valadares estão entre as 175 cidades do país que têm altas cargas de 14 doenças e infecções que acometem, de forma mais intensa, as populações em situação de maior vulnerabilidade.

Além de Valadares e Ipatinga, Minas Gerais tem outros sete municípios nessa condição. São eles: Betim, Montes Claros, Contagem, Juiz de Fora, Uberaba, Uberlândia e Belo Horizonte. As cidades são consideradas prioritárias no Programa Brasil Saudável.

O levantamento foi feito pelo Comitê Interministerial para a Eliminação da Tuberculose e Outras Doenças Determinadas Socialmente (CIEDDS), e é o pontapé inicial para os trabalhos do programa. Esses municípios ganham um olhar de atenção do Governo Federal no combate a essas enfermidades.

Lançado neste mês pelo Ministério da Saúde, “Brasil Saudável”, busca eliminar infecções e doenças como tuberculose, hanseníase, HIV/aids e malária, que acometem populações em vulnerabilidade social. A meta é que a maioria das doenças sejam eliminadas como problema de saúde pública.

Veja a lista de doenças:

  1. Malária
  2. Doença de Chagas
  3. Tracoma
  4. Filariose linfática
  5. Esquistossomose
  6. Oncocercose
  7. Geo-helmintíase
  8. Sífilis
  9. Hepatite B
  10. HIV/aids
  11. HTLV
  12. Tuberculose
  13. Hanseníase
  14. Hepatites virais

O Brasil é o primeiro país do mundo a lançar uma política governamental para eliminar ou reduzir, como problemas de saúde pública, 14 doenças e infecções que acometem, de forma mais intensa, as populações em situação de maior vulnerabilidade social.

Com a iniciativa, o país estabelece um marco internacional, alinhado à OMS, às metas globais estabelecidas pela Organização das Nações Unidas (ONU) por meio dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 e à iniciativa da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) para a eliminação de doenças nas Américas.

Entre 2017 e 2021, as doenças determinadas socialmente foram responsáveis pela morte de mais de 59 mil pessoas no Brasil.

Ação coordenada

O Brasil Saudável será coordenado pelo Ministério da Saúde, por meio do CIEDDS, com ações articuladas entre as pastas da Ciência, Tecnologia e Inovação; do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome; dos Direitos Humanos e da Cidadania; da Educação; da Igualdade Racial; da Integração e do Desenvolvimento Regional; da Previdência Social; do Trabalho e Emprego; da Justiça e Segurança Pública; das Cidades; das Mulheres; do Meio Ambiente e Mudança do Clima; e dos Povos Indígenas.

Também está previsto o estabelecimento de parcerias com movimentos sociais e organizações da sociedade civil para potencializar a implementação das ações nos municípios prioritários.

FONTE G1

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