Casos de feminicídio motivaram manifestação silenciosa de mulheres em frente ao Fórum

Um grupo de mulheres de Resende Costa (MG) promoveu uma manifestação silenciosa pelo Direito das Mulheres e contra o feminicídio, em frente ao Fórum da Comarca de Resende Costa, nessa segunda-feira (06). O ato aconteceu em memória de outras duas mulheres que foram vítimas de feminicídio na cidade. Um dos acusados foi a julgamento na segunda-feira (6).

Manifestação em Resende Costa, ontem (06). Foto: Reprodução / RCTV

Ás vésperas do julgamento de um caso de feminicídio, que ocorreu em Resende Costa há quatro anos, um outro crime contra uma mulher voltou a ocorrer na cidade. Como noticiado pelo Mais Vertentes, um homem matou a esposa a facadas e atentou contra a própria vida em seguida. O caso de feminicídio aconteceu na noite deste sábado (04), no bairro Bela Vista em Resende Costa.

Maria Sueli Pinto, de 49 anos, foi morta no sábado (4)/REPRODUÇÃO

As manifestantes levaram cartazes pedindo justiça e em memória de Maria Sueli Pinto, 49 anos, que foi vítima do marido, no último final de semana. O mesmo está internado e já recebeu ordem de prisão. “Parem de nos matar”, afirmava um dos cartazes da manifestação silenciosa.

Caso Luciana

A manifestação silenciosa também homenageou Luciana dos Reis, que foi vítima de feminicídio em 2018. No dia 29 de março de 2018, José Nicodemos de Jesus Neto, após intensa discussão com a ex-companheira, usou uma faca e desferiu um único golpe no abdome da vítima de apenas 28 anos.

José Nicodemos de Jesus Neto foi preso, trazido a São João del-Rei, onde foi autuado pelo delegado de plantão e no dia 02 de abril de 2018, encaminhado para o presídio de Resende Costa. O autor foi levado ao Tribunal do Júri, conhecido como Júri Popular, ontem (06). José N. J. Neto foi condenado a 23 anos e 3 meses de reclusão. Pelo crime ser considerado hediondo, o autor vai cumprir, no mínimo, 2/3 da pena em regime fechado. Descontando os 3 anos e meio que já cumpriu, Neto ainda deve ficar mais 12 anos preso no regime fechado.

Luciana Reis foi morta pelo marido com uma facada em 2018/REPRODUÇÃO

A violência doméstica foi motivo de três denúncias contra Neto, em 2017. Luciana já havia  denunciado uma lesão corporal e duas ameaças do ex-companheiro. O assassinato de Luciana acendeu mais um alerta para casos de feminicídio. Na época, o CRAS (Centro de Referência de Assistência Social) de Resende Costa e a Polícia Militar iniciaram campanhas contra a violência física, psicológica ou patrimonial, contra a mulher.

Em caso de Violência Doméstica, ligue 180. A ligação é gratuita e o serviço funciona 24 horas por dia, todos os dias da semana. São atendidas todas as pessoas que ligam relatando eventos de violência contra a mulher. O Ligue 180 atende todo o território nacional e também pode ser acessado em outros países.

Com informações de Fernando Chaves, jornalista. (Mais Vertentes)

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