Denúncia na saúde: Câmara e o Ministério Público vão investigar denúncia de médicos trabalhando em dois locais diferentes no mesmo horário

Secretário condena políticagem, pede parceria do Conselho e ampliação da investigação

desde 2010 e revela que pratica vem desde outras gestões

Depois de quase 60 de dias, o Conselho Municipal de Saúde encaminhou, ontem, dia 9, após deliberação dos conselheiros, o resultado da análise e apuração das denúncias apresentadas pela Federação das Associações de Bairros (FAMOCOL) cobrando que o Ministério Público e Câmara investiguem o acúmulo de cargos na secretaria municipal de saúde por médicos que trabalham no mesmo horário em 2 lugares distintos.

O Conselho também pediu ao secretário municipal de saúde que abra um procedimento administrativo para apurar as supostas ilegalidades no setor envolvendo os profissionais.

 “Em relação à existência de profissional atuando em locais diferentes em um mesmo horário, as explicações apresentadas não são compatíveis e existe uma clara violação da Legislação Federal”, ressaltou a recomendação aprovada pelos conselheiros na quais apontou como insuficientes as alegações e justificativas apresentadas pela Procuradoria do Município que justificou e anexou uma ata de reunião da Secretaria Municipal de Saúde do ano de 2015 com profissionais da saúde para tratar número de consultas que possibilitavam o cumprimento de carga horária nos centros regionais de saúde.

Após apuração, conselho remeteu que o Ministério Público e Câmara apure a acumulação de cargos na PMCL

O Conselho contestou a versão alegando que uma ata não pode sobrepor à Constituição Federal que proíbe a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando houver compatibilidade de horários.

Ampliação da denúncia

O Secretário Municipal de Saúde, Alessandro Gláucio, afirmou que responsabilidade de acúmulo de vinculo seria da secretaria municipal de administração, já que possivelmente haveria dois contratos dos profissionais.

Ele também salientou que a prática seria recorrente nas administrações públicas em Lafaiete e pediu a ampliação do prazo de investigação desde 2010 a 2017 pela Câmara e pelo Ministério Público.

Horas extras

Alessandro defendeu a atual administração afirmando que houve menos índices de profissionais em duplicidade no trabalho em relação aos governos anteriores. Ele citou por exemplo que no ano passado foram realizadas 65 mil horas extras pagas entre os profissionais de saúde enquanto que em 2016 foram 72,5 mil. Ele atribui culpa a “fragilidade do sistema” pelo acúmulo de cargos.

Desdobramentos

Assim que receber a recomendação, o Ministério Público vai investigar o teor das denúncias. Já a Câmara pode até mesmo abrir uma Comissão Especial ou uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI).

 Supersalários

Visita ilustre: depois de mais de 25 anos de atuação na construção do SUS em Lafaiete, o médico Carlos Reinaldo levou documentos de fundação do conselho e disse que a saúde evoluiu nos últimos anos

Outra denúncia apurada pelo Conselho foi a possibilidade de outros profissionais da saúde estarem recebendo super salários que chegariam a mais de R$ 60 mil. A Procuradoria do Município alegou que há um erro de registro no Portal da Transparência, descartado uma eventual irregularidade nos pagamentos. O Conselho nomeou 3 membros para investigar junto a secretaria de administração e fazenda o pagamento dos profissionais e confrontação dos contra cheques, já que nas explicações da  Procuradoria não foram acompanhadas por uma comprovação documental comprobatória que possa justificar os esclarecimentos prestados. “Ainda, deve ser questionado o fato de um erro tão grande ocorrer durante 12 meses e ninguém da gestão ter observado tal fato”, questionou o Conselho.

Parceria e sem politicagem

A reunião do Conselho foi marcada por uma discussão aberta os seus membros e o secretário que expuseram suas posturas e divergências em relação ao setor de saúde. “Não tenho partido e acredito que o conselho deva ser político mas sem usar da politicagem. Temos que ser parceiros e não uma queda de braços entre os dois lados. Isso não contribui com um clima de cooperação e parceria”, disparou Alessandro. Os conselheiros se defenderam afirmando que o papel de órgão sempre foi investigar e apurar as denúncias e não de enfretamento. Ficou acertada uma reunião de trabalho entre parte da equipe da secretaria de saúde e membros do conselho para alinhar soluções e levantar demandas do setor.

Maternidade São José suspende serviço de lavagem de roupa hospitalar da policlínica, SAMU e CAPS, conselho de saúde vê risco no atendimento e exige solução da secretaria

Reunidos ontem à tarde, dia 23, os membros do Conselho Municipal de Saúde discutiram alternativas para a lavagem de roupa hospitalar da policlínica municipal, SAMU, alguns centros regionais de saúde, Centro de Especialidades Odontológicas (CEO) e o CAPS. Isso porque ha varios anos o serviço era prestado, sem custo, pelo Hospital e Maternidade São José em um troca com o Município por uma multa aplicada através de um termo de Ajustamento de Conduta.

Porém em função de reparo e da manutenção dos equipamentos de lavandeira, a Maternidade comunicou a suspensão de até 60 dias do serviço de lavação.  O prazo final expira na próxima sexta feira, dia 27. Como se trata de roupa contaminada não há em Lafaiete uma lavanderia especializada neste tipo de serviço. Mensalmente são lavadas entre 2,5  toneladas a 3 toneladas de roupa, sejam lençois, fronhas, cobertores, etc.

Conselheiros exigiram uma solução para a lavagem de rouba da políclinca até amanhã

Os conselheiros criticaram a prefeitura já que vinham alertando que a Maternidade poderia suspender os serviços. “A situação é muito séria e pode até mesmo se, não encontrar uma solução, interromper o funcionamento da policlínica e CAPS”, sinalizou o presidente do Conselho, Roberto Santana. Os conselheiros criticaram a demora em uma solução.

Representantes da secretaria municipal de saúde expuseram que o “plano B” seria buscar em um dos hospitais de Lafaiete uma parceria para descontaminação da roupa, mas os entendimentos devem iniciar hoje, dia 24. Caso não aceitem, a prefeitura terá que comprar este serviço na rede privada o que demandaria mais tempo em função de uma licitação ou compra direta.

Sem uma solução, o conselho deliberou que a prefeitura comunique até a amanhã, dia 25, uma alternativa e que dentro de 30 dias dê informações sobre a possibilidade de promover uma licitação deste serviço para a cobertura em casos excepcionais. “Sempre que precisamos os hospitais foram parceiros da prefeitura e esperamos que não seja de outra forma neste momento”, disse Lourdes Maria representante da prefeitura.

Para os conselheiro faltaram planejamento e organização a secretaria diante da iminência da policlínica e CAPS ficarem sem o serviço o que comprometeria o funcionamento.

 

Pé de guerra: Conselho de Saúde pede a promotoria que execute multa de mais de R$ 867 mil contra a prefeitura de Lafaiete

Por unanimidade conselheiros cobraram do Ministério Público a execução da multa de mais de R$867 mil da prefeitura/CORREIO DE MINAS

Uma decisão deve colocar em rota de colisão o Conselho de Saúde e a Prefeitura de Lafaiete. Por unanimidade os membros votaram para que o órgão exerça seu papel deliberativo e cobre uma posição do Ministério Público na execução de uma multa o valor de R$867 mil. Ontem a noite, dia 11, o Presidente do Conselho de Saúde, Roberto Santana, comunicou o pedido de execução contra a prefeitura. A promotora Daniele Vignoli Leite, curadora do patrimônio público e da saúde, será oficializada da decisão nos próximos dias.

A multa se refere a má aplicação de recursos na área de saúde já que a verba destinada a atenção básica foi desviada de função e aplicada a construção da UBS do Bairro Albinópolis e Belavinha, entre os anos de 2008-2012.

O caso foi alvo de uma ação movida pelo Ministério Público. Os conselheiros decidiram que os recursos devolvidos, do orçamento próprio da prefeitura, sejam revertidos na atenção básica.

Em breve a Procuradoria do Município deve ser oficializada da execução e promova a devolução dos valores atualizados em uma conta em conta específica da atenção básica.  A aplicação dos recursos dependerá de um plano e aprovado pelo Conselho de Saúde.

Multa de R$ 3 milhões

Por outro lado, o Ministério Público cobra também uma multa de R$ 3 milhões de uma ação ajuizada em razão de irregularidades no atendimento de emergência do Município, no ano de 2005. Nesta época a prefeitura pagava plantões de sobreaviso aos médicos e nem sempre os profissionais compareciam aos atendimentos. A irregularidade já foi sanada na ação e hoje os plantões pagos pelo Município são presenciais e com comprovação.

A multa deveria ser destinada ao Fundo Estadual de Direitos Coletivos Lesados, cujos recursos podem ser empregados em qualquer outra área e em qualquer outro Município, motivo pelo qual a 2ª Promotoria fez acordo no ano de 2011 para que a multa fosse aplicada em ações de saúde no Município de Conselheiro Lafaiete.

Ocorre que não houve a aplicação integral dos valores como acordo, motivo pelo qual está se tentando nova negociação para que haja a aplicação, sob pena do ser obrigado o Ministério Público a executar a multa e destinar para o Fundo Estadual.

Porém o Município questiona junto a Promotoria considerando alto valor da multa aplicada e justifica que já investe mais de 15% de recursos previstos constitucionais, o que indiretamente a multa já estaria quitada. O recursos foi apresentado ao Ministério Público. Agora o Conselho aguarda a avaliação do recurso do Município para em seguida definir a aplicação dos mais de R$ 3 milhões na saúde.

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