Diário da Covid-19: Nordeste tem a menor proporção de casos e óbitos

Políticas públicas adotadas pelos governadores e população mais jovem explicam o relativo sucesso da região

A pandemia tem gerado uma situação paradoxal, pois o número de indivíduos infectados nunca foi tão alto como neste início de 2022; o número de mortes permanece elevado, embora esteja abaixo dos picos anteriores, mas as medidas preventivas gerais e as restrições à mobilidade espacial e às aglomerações sociais praticamente desapareceram. Na heterogeneidade brasileira, o impacto da covid-19 tem ocorrido de forma diferenciada em termos regionais.

A tabela abaixo com dados do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) mostra os coeficientes de incidência (casos por milhão) e de mortalidade (óbitos por milhão) para o mundo, o Brasil, as regiões e as Unidades da Federação, para o dia 12 de fevereiro de 2022. Nota-se que o coeficiente de incidência mundial é de 52,1 mil casos por milhão de habitantes, muito abaixo do coeficiente brasileiro de 128,6 mil casos por milhão. Já o coeficiente de mortalidade global é de 747 óbitos por milhão e do Brasil, de 2.991 óbitos por milhão.

Tabela: dados da covid-19 na Região Nordeste

Portanto, os coeficientes brasileiros são muito superiores aos coeficientes globais. Dentro do Brasil, as regiões que possuem coeficientes de incidência acima da média nacional são as regiões Centro-Oeste (172,8 mil casos por milhão) e Sul (188,9 mil casos por milhão). A Região Nordeste possui o menor coeficiente de incidência com 99,9 mil casos por milhão no dia 12/02.

Em relação ao coeficiente de mortalidade, as regiões Sul (3,3 mil óbitos por milhão), Sudeste (3,4 mil óbitos por milhão) e Centro-Oeste (3,7 mil óbitos por milhão) possuem proporção de mortes acima da média nacional. Abaixo da média brasileira estão as regiões Norte (2,6 mil óbitos por milhão) e Nordeste (2,1 mil óbitos por milhão), com o menor coeficiente do país. Sem dúvida, os menores coeficientes de mortalidade estão nas regiões que possuem as estruturas etárias mais rejuvenescidas, mas as políticas públicas adotadas no Nordeste foram fundamentais para a menor prevalência de casos e óbitos na região.

Segundo dados do Conass, o Brasil registrou 27,4 milhões de casos da covid-19 e 638,1 mil óbitos, no dia 12/02/22. A média móvel de 7 dias dos casos ficou em 136,1 mil casos diários e a média móvel de mortes ficou em 892 óbitos diários. O Brasil continua ocupando o terceiro lugar no ranking global do número de pessoas infectadas e o segundo lugar no ranking de vidas perdidas (atrás apenas dos Estados Unidos).

O gráfico abaixo mostra as variações absolutas diárias do número de casos no território nacional entre 14/03/2020 e 12/02/2022 e a média móvel de 7 dias. Desde o início de março de 2020, o número de pessoas infectadas cresceu continuamente até o pico de 45 mil casos em agosto e um pico ainda em patamar superior em março de 2021, com mais de 77 mil casos. No Natal de 2021, a média de casos caiu para cerca de 3 mil casos, mas deu um salto para 189 mil casos no dia 03/02 e caiu ligeiramente para 136 mil no dia 12/02. Desta forma, a curva epidemiológica dos casos conhecidos está em queda, mas em um patamar muito elevado.

O gráfico abaixo mostra as variações absolutas diárias do número de mortes da covid-19 no território nacional entre 28/03/2020 e 12/02/2022 e a média móvel de 7 dias. Desde meados de março de 2020, o número de vidas perdidas para o novo coronavírus cresceu continuamente até um pico de cerca de 1 mil óbitos de maio a julho de 2020 e um pico geral de mais de 3 mil mortes diárias em abril de 2021. No final de 2021 a média de mortes caiu para menos de 100 óbitos diários, mas deu um salto nas semanas seguintes e chegou a uma média móvel de quase 1 mil óbitos diários no dia 11 de fevereiro de 2022.

O panorama global

Segundo o site Our World in Data, com dados da Universidade Johns Hopkins, o mundo ultrapassou 410 milhões de casos conhecidos da covid-19 e registrou 5,88 milhões de vítimas fatais. O gráfico abaixo (painel superior) mostra que a média móvel caiu de 436 casos por milhão (ou 3,44 milhões de casos diários) em 25 de janeiro para 306 casos por milhão (ou 2,41 milhões de casos diários), no dia 11 de fevereiro de 2022.

A parte inferior do gráfico mostra a curva de mortalidade e indica que, na virada do ano, a média de vidas perdidas ficou abaixo de 1 óbito por milhão (o que significa cerca de 6 mil óbitos diários). Mas no dia 10 de fevereiro a média chegou a 1,4 óbitos por milhão (ou 10,9 mil óbitos diários). No dia 11/02 a média caiu ligeiramente para 10,7 mil óbitos. Deste modo, o mês de fevereiro apresenta curvas em declínio, mas em nível elevado.

O coeficiente de incidência tem batido recordes sucessivos no mundo e nos diversos países, mas a principal explicação para o fato do coeficiente de mortalidade não ter aumentado para os picos anteriores, mesmo com o grande surto de casos, é o avanço do processo de imunização. O gráfico abaixo mostra que a percentagem da população com vacinação completa já chegou a 54% no mundo e a mais de 60% na maioria dos continentes. Porém, a África tem uma taxa de vacinação muito baixa.

A reversão do quadro pandêmico depende do avanço da vacinação, aliado à efetivação de medidas de prevenção. O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom, afirmou no dia 11 de fevereiro que a fase aguda da pandemia deve passar ainda em 2022 se 70% da população mundial estiver vacinada até meados de junho ou julho. O caminho a seguir está claro e o essencial é colocar em prática as ações recomendadas pela ciência e dar os passos corretos.

FONTE PROJETO COLABORA

Leão com pneumonia: covid-19 em animais exige estudos aprofundados

De gatos a tigres, de cães a gorilas, multiplicam-se os casos de infecção por coronavírus, ainda pouco estudados, em bichos domésticos e selvagens

(Adriano Mendes, Amy Stryholm, Katja Koeppel e Marietjie Venter*) – O SARS-CoV-2 é a causa da doença que conhecemos como covid-19. Embora essa doença tenha causado estragos em todas as populações humanas em todo o mundo, o que não é tão apreciado é que o vírus também pode infectar uma variedade de animais.

A Organização Mundial de Saúde Animal relatou surtos de SARS-CoV-2 em gatos, cães, furões, martas, lontras, leões, tigres, pumas, leopardos da neve, gorilas, veados de cauda branca, gato pescador, quati da América do Sul, hiena manchada, urso-gato-asiático, lince euro-asiático e lince do Canadá. Recentemente, o vírus foi identificado em hamsters de estimação após a transmissão zoonótica reversa de humanos.

Em nosso artigo, relatamos a infecção de um puma exótico (julho de 2020) e três leões africanos (julho de 2021) em um zoológico particular em Joanesburgo, África do Sul. A transmissão de uma variante Delta – semelhante às que circulavam em humanos na África do Sul na época – de um tratador para os três leões foi identificada. Um leão desenvolveu pneumonia, enquanto os outros casos tiveram infecção leve. Tanto o puma quanto os leões permaneceram positivos para o RNA SARS-CoV-2 por até sete semanas, mas eliminaram completamente a infecção.

Este trabalho é o primeiro exemplo de infecção animal por SARS-CoV-2 na África e se soma a apenas um punhado de artigos que abordam globalmente a infecção em populações de leões em cativeiro. Três relatos anteriores foram publicados de zoológicos nos EUA, Índia e Barcelona.

O fato de uma ampla gama de animais parecerem suscetíveis à infecção tem pelo menos três consequências importantes.

Em primeiro lugar, não está claro o grau de gravidade da doença em diferentes animais e suas implicações no bem-estar animal. Em segundo lugar, os animais têm sistemas imunológicos diferentes e vivem em ambientes diferentes dos humanos, o que significa que haveria pressão evolutiva alterada sobre o vírus. Isso tem o potencial de influenciar o surgimento futuro de variantes virais se ocorrerem surtos mais amplos, como foi o caso de furões na Europa e cervos de cauda branca nos EUA.

Finalmente, qualquer esperança de erradicar o vírus com o uso de vacinas e antivirais precisará levar em conta o fato de que provavelmente existem bolsões de infecção animal onde o vírus ainda pode circular. Os virologistas chamam esses animais de “reservatórios”. Assim como uma represa fornece excesso de água para uma comunidade, esses animais podem abrigar o vírus depois que muitas pessoas se tornam imunes. Até o momento, houve poucos relatos desses animais transmitindo de volta para humanos e nenhum relato de grandes felinos transmitindo de volta.

Uma melhor compreensão da dinâmica de transmissão e patogênese em espécies suscetíveis mitigará o risco para humanos e animais selvagens que ocorrem na África.

Descobertas da pesquisa com animais

Em julho de 2020 e novamente em junho de 2021, uma de nós (Dra. Katja Koeppel) foi alertada sobre dois pumas e três leões com sintomas de doenças respiratórias, alojados em um zoológico nos arredores de Joanesburgo. Estes incluíam sintomas semelhantes à covid-19 (e muitas infecções respiratórias virais), como tosse, dificuldade em respirar e perda de apetite. Pelo menos, um dos leões teve pneumonia.

Inicialmente esses animais foram tratados com antibióticos, o que não funcionou. Foi então que Koeppel se conectou ao programa Zoonotic arbo- and Respiratory virus Research no Centro de Zoonoses Virais da Universidade de Pretória para testar o SARS-CoV-2. Um puma e todos os três leões testaram positivo para PCR.

Com a cooperação útil do zoológico, foi iniciada uma investigação sobre o surto de leões em 2021. Todos os funcionários que estiveram em contato com os leões foram entrevistados e submetidos a testes de COVID-19. Encontramos dois dos 12 membros da equipe PCR positivos, indicando uma infecção ativa por SARS-CoV-2. Além disso, outros três membros da equipe tinham anticorpos para o vírus, indicativos de uma infecção anterior. Apenas um membro da equipe relatou um teste positivo anterior.

A investigação concluiu assim que quatro funcionários foram infectados de forma assintomática com SARS-CoV-2 enquanto estavam em contato com os leões. Usando análises genéticas adicionais, determinamos que todos os vírus do leão e o vírus do guardião de felinos eram quase idênticos (a variante SARS-CoV-2 Delta).

Isso sugeriu que todos os leões e pelo menos um dos membros da equipe estavam envolvidos em uma única cadeia de transmissão. Como os leões estavam em duas gaiolas diferentes e não em contato com outros animais, o vírus provavelmente foi transmitido do humano para as duas gaiolas.

Se leões e outros animais podem pegar covid-19, o que devemos fazer sobre isso?

Necessidade de vigilância mais ampla necessária

Um crescente corpo de pesquisas mostra que os protocolos covid-19 devem ser estendidos para áreas em que há uma interface humano-animal. Estes incluem zoológicos, santuários de vida selvagem e fazendas de caça.

Isso é de vital importância para as regiões que dependem do ecoturismo, como é o caso em grande parte da África. Protocolos simples de prevenção à covid-19, como exames regulares de saúde, higiene das mãos e, o mais importante, mascaramento consistente, serão tão eficazes para impedir a propagação do novo coronavírus para animais quanto o foi para os humanos.

Nossa pesquisa também ilustra o perigo potencial que o SARS-CoV-2 representa para a saúde animal. Como está sendo relatado atualmente nos EUA, o vírus se espalhou para populações de cervos selvagens de cauda branca em vários estados. Uma vez na natureza, o vírus será difícil de controlar. Felizmente, os cervos parecem não ser afetados pela doença.

Os leões em nosso estudo se recuperaram bem após o tratamento com antiinflamatórios, antibióticos e vitaminas. O leão com pneumonia também recebeu dexametazona, o mesmo medicamento usado em humanos. Mas os leões infectados na Índia não tiveram a mesma sorte.

À medida que a pandemia diminui, a vigilância contínua das populações de animais selvagens será vital para garantir que a pandemia não mude para outra esfera da vida.

FONTE PROJETO COLABORA

Hoje (14) a prefeitura de Lafaiete vacina crianças com 7 anos

A Secretaria Municipal de Saúde informa o INÍCIO da Vacinação de 1ª Dose para crianças com 07 anos completos
Confira o calendário e fique atento as datas de nascimento:
➡ Terça-feira, 15/02 das 08:30 às 16h:
Público: Crianças com 07 anos completos nascidas de 1 de setembro a 31 de dezembro
➡ Local:
LOJA MAÇÔNICA ESTRELA DE QUELUZ (MAÇONARIA): Av. Furtado -nº175
Documentação a ser apresentada:
ORIGINAL e CÓPIA:
• RG ou outro documento com foto;
• Comprovante de residência;
• CPF ou Cartão Nacional SUS.
✅ A criança deverá estar acompanhada de seus pais e/ou responsáveis

Congonhas tem queda de leitos ocupados, confirma 42 novos casos e tem 3 óbitos em investigação

A Secretaria Municipal de Saúde informa que, até às 12h desta segunda-feira, 14 de Fevereiro de 2022, 10.683 casos de Covid-19 haviam sido confirmados em Congonhas. Deste total, 10.235 pacientes já receberam alta. Foram confirmados 42novos casos nas últimas 24 horas e estão sendo monitorados 474 casos da doença.A ocupação de leitos clínicos para pacientes com coronavírus está em 40% e de UTI está em 30%.Foram confirmados 111 óbitos por Covid-19. Até o momento 31 óbitos foram descartados e há três óbitos suspeitos em investigação.

A pandemia ainda não acabou por isso é muito importante que todos colaborarem na prevenção do contágio. Mantenha o isolamento social,  use máscara de proteção facial e higienize as mãos com água e sabão ou álcool em gel com frequência.

Tomar as vacinas é fundamental. Confira o seu cartão e mantenha seu quadro vacinal completo e em dia. Vacinas evitam quadros graves da doença e salvam vidas.

Acesse o informe completo: Informe Epidemiológico – 14/02

Ao sentir os sintomas da doença, antes de procurar os serviços de saúde, ligue para:

– Unidade Básica de Saúde mais próxima. (Veja os números abaixo)

– UPA: 3732-1070

– Hospital Bom Jesus: 3732-3200

UNIDADES BÁSICAS DE SAÚDE

  • Alto Maranhão – 3733-2158
  • Alvorada – 3731-1746
  • Basílica – 3731-7960
  • Campinho – 3732-2257
  • Centro I – 3732-1376
  • Centro II – 3731-5750
  • Cinquentenário – 3731-2371
  • Dom Oscar I e II – 3732-1946
  • Ideal – 3731-4365
  • Jardim Profeta I e II – 3732-1945
  • Jardim Vila Andreza – 3731-4365
  • Joaquim Murtinho – 3733-1483
  • Lamartine – 3731-9310
  • Lobo Leite – 3733-3160
  • Pires – 3733-5074
  • Primavera – 3731-5235
  • Residencial – 3731-2036
  • Santa Mônica – 3731-6577
  • Santa Quitéria – 3733-4041
  • Vila Cardoso – 3733-6030
  • Vila São Vicente – 3731-2860

Informes Epidemiológicos Mensais

Hoje (11) tem vacinação para crianças de 07 anos

A Secretaria Municipal de Saúde informa o INÍCIO da Vacinação de 1ª Dose para crianças com 07 anos completos
Confira o calendário e fique atento as datas de nascimento:
➡ Sexta-feira, 11/02 das 08:30 às 16h:
Público: Crianças com 07 anos completos nascidas de 1 de janeiro a 30 de abril
➡ Local:
Salão Paroquial Ingrig Myrna Maciel (Edifício Imaculada)
Praça Barão de Queluz, 27B – Centro
Documentação a ser apresentada:
ORIGINAL e CÓPIA:
• RG ou outro documento com foto;
• Comprovante de residência;
• CPF ou Cartão Nacional SUS.
✅ A criança deverá estar acompanhada de seus pais e/ou responsáveis

Covid: “Pico de infecção em Minas passou”, diz secretário de Saúde

Número de mortes também deve cair em duas semanas, segundo Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG)

O pico da atual onda de infecções pela variante ômicron já passou em Minas Gerais, segundo o secretário de Estado de Saúde, Fábio Baccheretti. “Ele estava projetado para 1º e 2 de fevereiro e a curva está descendo. Em algumas regiões, não está, mas nas maiores, Centro, Triângulo e Sul, está caindo bastante. Estamos descendo a curva como esperado e assim como observado em outros países”, disse, em coletiva de imprensa nesta quinta-feira (10). 

A projeção do secretário é que o número de óbitos também volte a cair em duas semanas, após a diminuição das internações. Mesmo com a tendência de queda, Minas registrou mais de 26 mil novos registros de Covid-19 em 24 horas nesta quinta e se aproxima de 3 milhões de casos desde o início da pandemia.

Por ora, a tendência global é de diminuição das restrições contra a Covid-19, enquanto a onda da ômicron perde força na Europa. Ainda assim, o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus declarou, em janeiro, que é “perigoso” pensar que a pandemia se aproxima do fim, já que novas variantes do coronavírus podem surgir a qualquer momento. 

FONTE O TEMPO

O que muda na prática se covid virar endemia?

Ao longo das últimas semanas, países como Reino Unido, França, Espanha e Dinamarca decidiram que a covid-19 não será mais encarada com uma pandemia e começará a ser tratada como uma endemia em seus territórios.

Com isso, a doença provocada pelo coronavírus deixará de ser vista como uma emergência de saúde e muitas das restrições — uso de máscaras, proibição de aglomerações e exigência do passaporte vacinal — cairão por terra.

Embora anúncios do tipo fossem esperados, eles causaram muita confusão: em alguns casos, a endemia foi interpretada como o fim da covid — quando, na verdade, estamos muito longe disso (e é bem possível que essa doença nunca desapareça).

Mas, afinal, o que uma endemia significa na prática? Os países europeus acertaram na decisão? E será que o Brasil também vai chegar nessa mesma etapa logo mais?

Uma palavra, múltiplas interpretações

Para começo de conversa, vale esclarecer que uma endemia não é necessariamente uma boa notícia.

Embora anúncios do tipo fossem esperados, eles causaram muita confusão: em alguns casos, a endemia foi interpretada como o fim da covid — quando, na verdade, estamos muito longe disso (e é bem possível que essa doença nunca desapareça).

Mas, afinal, o que uma endemia significa na prática? Os países europeus acertaram na decisão? E será que o Brasil também vai chegar nessa mesma etapa logo mais?

Ela apenas significa que há uma quantidade esperada de casos e mortes relacionadas a uma determinada doença, de acordo com um local e uma época do ano específicas. E esses números nem aumentam, nem diminuem.

A infecção pelo herpes simples, que provoca feridas na boca e na região genital, é uma endemia. Estima-se que pelo menos dois terços da população mundial com mais de 50 anos já tiveram contato com esse vírus. Apesar de incômodo, esse quadro não está relacionado a grandes complicações ou risco de óbito.

Por outro lado, outras doenças bem mais sérias e mortais, como tuberculose, aids e malária, também são endêmicas. Só na malária, estima-se que cerca de 240 milhões de casos e 640 mil mortes aconteçam todos os anos, segundo as estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS).

A questão, portanto, tem a ver com a estabilidade nas estatísticas relacionadas com aquela enfermidade. Quando esses números fogem do controle, a situação evolui para uma epidemia (se o problema for localizado numa região) ou para uma pandemia (caso a crise se alastre por vários continentes).

Mosquito Anopheles
Legenda da foto,Os mosquitos Anopheles são os transmissores do protozoário causador da malária, doença considerada endêmica em partes da África e das Américas

Num evento do Fórum Econômico Mundial realizado no final de janeiro, representantes de várias instituições discutiram todos esses conceitos e debateram quando a covid-19 poderia ser realmente classificada como uma endemia.

Na visão do imunologista Anthony Fauci, líder da resposta à pandemia dos Estados Unidos, endemia significa “uma presença não disruptiva sem a possibilidade de eliminação [de uma doença]”.

De acordo com a avaliação do especialista, o coronavírus não será extinto e passará, aos poucos, a afetar os seres humanos de forma similar a outros agentes causadores do resfriado comum.

Na mesma ocasião, o médico Mike Ryan, diretor executivo do Programa de Emergências em Saúde da OMS, também bateu nessa tecla. “Nós provavelmente nunca vamos eliminar esse vírus. Depois da pandemia, ele se tornará parte de nosso ecossistema. Mas é possível acabar com a emergência de saúde pública.”

Ele também reforçou que endemia não é sinônimo de coisa boa. “Ela só significa que a doença ficará entre nós para sempre. O que precisamos é diminuir a incidência, aumentando o número de pessoas vacinadas, para que ninguém mais precise morrer [de covid]”, completou.

Retrato de Anthony Fauci
Legenda da foto,Para Anthony Fauci, a covid caminha para se tornar uma endemia e nunca deixará de existir

A hora e a vez da covid?

De um lado, os cientistas se mostram reticentes em já encarar a covid-19 como uma endemia, pela falta de parâmetros e de uma estabilidade nas notificações por um período mais prolongado.

“Isso ainda não foi bem estabelecido. Quais são os números de casos, hospitalizações e mortes pela doença aceitáveis, ou esperados, todos os anos?”, questiona a epidemiologista Ethel Maciel, professora titular da Universidade Federal do Espírito Santo.

Por outro, é inegável que o avanço da vacinação e os recordes de novas infecções impulsionadas pela ômicron nos últimos dois meses garantiram um alto nível de proteção, especialmente contra as formas mais graves da doença.

Até o momento, 53% da população mundial já recebeu ao menos duas doses da vacina. E as projeções publicadas no periódicoThe Lancet pelo Instituto de Métricas em Saúde da Universidade de Washington, nos EUA, indicam que, dado o alto grau de transmissibilidade da nova variante, metade das pessoas do planeta terão sido infectadas entre novembro de 2021 e março de 2022.

“É muita gente com imunidade”, avalia o infectologista Julio Croda, da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul e da Fundação Oswaldo Cruz (FioCruz).

Esse aprimoramento das defesas do organismo garante uma proteção contra as complicações da covid, relacionadas à hospitalização e morte, ao menos por alguns meses.

“Graças à imunidade obtida pela vacinação e, em menor grau, pelo alto número de infecções, a doença se tornou menos letal”, diz Croda, que também é presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical.

A covid chegou a ter uma taxa de letalidade de 1 a 2%. Atualmente, esse número está em 0,25%, segundo alguns registros nacionais e internacionais.

Croda explica que essa taxa de 0,25% ainda é o dobro do que ocorre na gripe (que fica em 0,1%). Mesmo assim, houve uma diminuição de praticamente dez vezes na mortalidade por covid que era observada há poucos meses.

E isso, mais uma vez, tem a ver com a imunidade adquirida ao longo desse tempo.

Os vírus e nosso sistema de defesa fazem um verdadeiro cabo de guerra. Quando surge uma doença infecciosa nova, a corda pende com mais frequência para o patógeno, já que nossas células imunes não fazem a menor ideia de como combater a ameaça.

Com o passar do tempo — e a disponibilidade de vacinas seguras e efetivas — o jogo começa a virar, e o sistema imunológico “aprende” a lidar com o inimigo. Nessa situação, mesmo que o agente infeccioso consiga invadir o organismo, suas consequências tendem a ser menos preocupantes.

Ilustração do coronavírus
Legenda da foto,Imunidade obtida contra o coronavírus por infecções anteriores e pela vacinação garante uma covid menos grave na maioria dos casos

É justamente isso que parece estar acontecendo com a covid: dois anos e poucos meses depois dos primeiros casos, o número de indivíduos com algum nível de proteção é suficientemente alto para que não ocorra mais um aumento na demanda por leitos no mesmo patamar das outras ondas, em que o sistema de saúde chegou a entrar em colapso.

Resumindo, pelo observado até agora, a covid ainda não pode ser comparada com a gripe e está longe de ser um resfriado comum, mas parece caminhar para chegar mais próximo disso algum dia no futuro.

O que muda na prática?

Os países europeus que já classificam a covid-19 como uma endemia em seus territórios acabaram (ou acabarão em breve) com a maioria das restrições que marcaram os últimos 24 meses.

De forma geral, não haverá mais necessidade de uso de máscaras em locais fechados, não será preciso mostrar o comprovante de vacinação e as aglomerações estarão completamente liberadas.

Num discurso recente no Parlamento do Reino Unido, o primeiro-ministro Boris Johnson disse que, “conforme a covid se tornar endêmica, nós precisaremos substituir as requisições da lei pela orientação, de modo que as pessoas infectadas com o vírus sejam cuidadosas umas com as outras”.

Boris Johnson
Legenda da foto,No Reino Unido, o primeiro-ministro Boris Johnson defende que as restrições legais para conter a covid sejam substituídas por conselhos e orientações

Maciel entende que alguns cuidados devem permanecer mesmo assim, ainda que a situação fique menos grave.

“O vírus vai continuar circulando. Mesmo que as medidas não sejam mais obrigatórias, é importante que todos tomem alguns cuidados quando necessário”, orienta.

A epidemiologista avalia que é preciso empoderar e ensinar as pessoas, para que elas avaliem o risco de cada situação e tomem as medidas para proteger a si e a todos ao redor.

Um sujeito com sintomas de gripe ou covid, por exemplo, deve trabalhar de casa, se possível, para não colocar em risco os demais colegas. E, caso tenha que sair, ele pode usar máscara para, assim, evitar a transmissão do vírus para os contatos próximos.

“É a mesma coisa que acontece com a infecção pelo HIV. Ter uma relação sexual sem preservativo te coloca numa situação de risco, mesmo que essa doença seja considerada hoje uma endemia”, compara.

Que fique claro: o alívio nas políticas restritivas não significa que elas foram inúteis ou não deveriam ter sido adotadas no passado. É consenso entre os especialistas que todas essas medidas salvaram muitas vidas num momento em que não existiam outros meios para barrar a infecção e suas complicações.

Hoje em dia, possuímos ferramentas testadas e aprovadas — vacinas e remédios — para lidar com a covid e torná-la menos ameaçadora para a grande maioria da população.

E, claro, caso surja uma nova variante agressiva e com capacidade de escapar da imunidade, será preciso instaurar novamente muitos desses cuidados preventivos que começam a ser abandonados em certas partes do mundo.

Além das questões relacionadas à prevenção, outra mudança significativa da endemia envolve a vigilância: a forma como os casos são detectados e notificados é bem diferente.

Durante os últimos dois anos, muitos países fizeram uma busca ativa de infectados, mesmo aqueles que nem apresentavam sintomas típicos da covid. Foram montadas tendas de testagem em diversos locais e kits de diagnóstico eram distribuídos gratuitamente (ou vendidos por um preço baixo) para os cidadãos — no Brasil, foram poucas as cidades ou os Estados que lançaram uma política nesses moldes.

Aqueles indivíduos que testavam positivo eram então monitorados e orientados a ficar em quarentena. Na sequência, as pessoas com quem eles tiveram contato próximo nos dias anteriores eram comunicadas a também buscar os exames.

Durante uma pandemia ou uma epidemia, essa estratégia permite cortar as cadeias de transmissão do vírus na comunidade e evita que a situação cresça e gere uma bola de neve, que desemboca em um aumento massivo de hospitalizações e mortes.

Com a endemia, todo esse amplo programa de testagem, isolamento e rastreamento de contatos deixa de fazer sentido.

“Passa-se então para um modelo de vigilância sentinela, em que não é necessário testar todo mundo que apresenta sintomas de infecção respiratória”, explica Croda.

“Um sistema que concentre os testes nos hospitais ou nos ambulatórios de atenção primária é custo-efetivo e ajuda a identificar padrões no número de casos.”

Testagem de covid-19 no Rio de Janeiro
Legenda da foto,Durante a endemia, nem todos os casos suspeitos precisam necessariamente de testes

“Se a vigilância notar um novo crescimento em determinada região, é possível intervir cedo, antecipando campanhas de vacinação ou disponibilizando mais testes para aquele local”, completa o especialista.

Ainda nesse contexto endêmico, a ciência ainda não sabe ao certo como será o futuro da vacinação contra a covid. Será que todos deverão tomar uma quarta dose? Ou haverá a necessidade de reforços anuais, a exemplo do que ocorre com a gripe?

“É possível que precisemos de vacinas adaptadas de acordo com o surgimento de novas variantes, para proteger principalmente os grupos mais vulneráveis, como idosos, pacientes imunossuprimidos e crianças”, antevê Croda.

É cedo para decretar uma endemia?

As decisões tomadas por alguns países europeus geraram algumas controvérsias no meio acadêmico.

Num artigo publicado na revista especializada Nature, o pesquisador Aris Katzourakis, da Universidade de Oxford, no Reino Unido, criticou o que ele considera um “otimismo preguiçoso”.

“Como virologista evolutivo, fico frustrado quando gestores públicos invocam a palavra ‘endemia’ como uma desculpa para fazer pouco, ou não fazer nada. Existem mais coisas que podem ser feitas do que aprender a conviver com rotavírus, hepatite C ou sarampo endêmicos”, escreveu.

Katzourakis também diz que é um erro pensar que a evolução dos vírus sempre os tornam mais “bonzinhos”.

“Lembre-se que as variantes alfa e delta são mais virulentas que a versão original detectada em Wuhan, na China. E a segunda onda da pandemia de gripe espanhola em 1918 foi muito mais mortal que a primeira”, argumenta.

“Pensar que a endemia é leve e inevitável não é apenas errado, mas perigoso: deixa a humanidade à mercê de muitos anos da doença, incluindo ondas imprevisíveis e novos surtos. É mais produtivo considerar o quão ruim as coisas podem ficar se continuarmos a dar ao vírus oportunidades de nos enganar. E daí então podemos fazer mais para garantir que isso não aconteça”, finaliza.

Para Croda, só o tempo dirá se a decisão dos países europeus foi certa ou errada. “Isso depende muito de fatores que não controlamos. Nesse meio tempo, pode surgir uma nova variante extremamente contagiosa, com escape imunológico e maior risco de hospitalização e óbito”, especula.

“É justamente para evitar que isso aconteça que precisamos ofertar vacinas para todos, especialmente para aqueles que ainda não tomaram nenhuma dose. Essa deveria ser a prioridade número um do mundo inteiro”, acrescenta.

CoronaVac sendo aplicada em criança chilena
Legenda da foto,Vacinação é primordial para diminuir o risco de complicação da covid

Maciel concorda. “Quando a transmissão está muito alta, tudo pode acontecer, inclusive o surgimento de novas variantes.”, alerta.

“E o Brasil, além de seguir com a vacinação, precisa ampliar o acesso aos tratamentos contra a covid, como os anticorpos monoclonais e os antivirais, que já são usados em outros países”, complementa.

Onde o Brasil se encaixa nesse debate?

Por ora, ainda é muito cedo para falar de endemia no nosso país, explicam os especialistas. Estamos na crista da onda da ômicron, com recordes no número de casos e um aumento expressivo nas hospitalizações e nas mortes por covid durante os últimos dias.

O Instituto de Métricas em Saúde da Universidade de Washington, nos EUA, projeta que o Brasil deve atingir o pico de óbitos relacionados a essa nova variante no meio de fevereiro. A partir daí, os números devem cair novamente e se estabilizar durante o mês de março.

Portanto, estamos alguns passos atrás do que é observado em outras partes do mundo, onde os números já estão se estabilizando.

Para garantir uma situação mais tranquila por aqui, também é preciso ampliar a cobertura vacinal com a terceira dose. No momento, 23% dos brasileiros tomaram o reforço, número muito aquém do ideal. Vários estudos já mostraram que essa aplicação do imunizante é essencial para proteger contra a ômicron e seus efeitos mais graves no organismo.

Croda entende que, com o passar do tempo, vários países devem seguir os passos dos europeus e começarão a encarar a covid sob uma nova ótica.

“E a América do Sul pode até ter uma vantagem nisso, já que é o continente com a maior cobertura vacinal contra a covid do mundo”, compara.

“Assim que a onda da ômicron passar, podemos ficar numa condição muito melhor para diminuir as restrições”, diz.

Profissional de saúde olha pra paciente em leito
Legenda da foto,Piora nos números de hospitalização e óbitos por covid acende o sinal de alerta no Brasil

Para entender como os gestores públicos enxergam essa discussão e se já há algum planejamento para que o país entre nessa fase de transição, a BBC News Brasil entrou em contato com o Conselho Nacional de Secretários da Saúde (Conass) e com o Ministério da Saúde.

Por meio de uma nota de esclarecimentos, o Conass declarou que “o avanço da vacinação no Brasil, que hoje já alcança mais de 75% do público-alvo vacinado com as duas doses, é o primeiro passo para que o país caminhe para superar a pandemia da covid-19, porém, a introdução da variante ômicron mostrou a complexidade do enfrentamento do vírus e sua alta capacidade de mutações.”

“A rápida transmissão desta variante criou uma nova pressão na rede assistencial e o aumento de óbitos. Não é possível considerar de caráter endêmico uma doença que traz esse peso na assistência e que tenha essa alta morbimortalidade. Superar a pandemia não quer dizer que não teremos mais casos e óbitos pela covid-19, mas não temos parâmetros ainda para saber o quanto de casos e óbitos serão considerados esperados e, dessa forma, tratados como endêmicos”, continua o texto.

“As atenções e os esforços atuais devem estar voltados para garantir a ampliação e manutenção dos leitos clínicos e UTI covid, além da intensificação das campanhas de incentivo para que todos os brasileiros completem o esquema vacinal, incluindo a dose de reforço. Ainda não é o momento para baixar a guarda e decretar o controle da pandemia no Brasil”, conclui o Conass.

O Ministério da Saúde não enviou resposta até a publicação desta reportagem.

FONTE BBC NEWS

Diário da Covid-19: Diminui a média de casos, mas aumenta a média de mortes

Já chega a 50 o número de países que registraram mais de um milhão de casos. Ainda não é possível prever o fim da pandemia

A média de pessoas infectadas pela covid-19 diminuiu na primeira semana de fevereiro de 2022, enquanto a média de mortes aumentou, tanto no Brasil quanto no mundo.  Em grande parte, este padrão já era esperado, pois, em geral, o aumento dos óbitos acontece com uma certa defasagem temporal após o surto de contaminação.

O pico dos casos no mundo ocorreu no dia 25 de janeiro com média móvel de 3,43 milhões de pessoas infectadas (valor 4 vezes mais alto do que o maior pico anterior de abril de 2021). No dia 04 de fevereiro, mesmo com valores ainda elevados, a média móvel caiu para 2,9 milhões de casos. No Brasil, a média móvel atingiu o máximo de 189,2 mil casos no dia 29/01 e caiu ligeiramente para 182,3 mil casos no dia 04/02. Em termos de coeficiente de incidência, o Brasil apresenta cerca de 800 casos por milhão de habitantes e o mundo, cerca de 400 casos por milhão, conforme mostra o painel superior do gráfico abaixo do site Our World in Data, com dados da Universidade Johns Hopkins.

O painel inferior do gráfico abaixo mostra que as curvas epidemiológicas de mortalidade subiram em 2022, mas em valores abaixo dos patamares de 2021. No mundo, até o dia 04 de fevereiro, o número de vidas perdidas ultrapassou a média de 10 mil óbitos diários (1,3 óbitos por milhão) e, no Brasil, ultrapassou 700 vítimas fatais (3,4 óbitos por milhão).

Segundo dados do Ministério da Saúde, em 05 de fevereiro de 2022, o Brasil registrou 26.473.273 pessoas infectadas e 631.802 vidas perdidas, com média móvel de 7 dias de 199,8 mil casos e 754 mortes (o que dá 1 morte a cada 2 minutos, todos os dias de 30 de janeiro a 05 de fevereiro de 2022). No dia 05/02 foram registradas 1.308 mortes em 24 horas.

A covid-19 já atingiu mais de 220 países e territórios nos últimos 2 anos e, ao invés de diminuir, vem apresentando números inesperados em 2022. No dia 01 de março de 2020, havia somente 1 país com mais de 10 mil casos confirmados de Covid-19 (a China) e havia 6 países com valores entre 1 mil e 10 mil casos (Irã, Coreia do Sul, França, Espanha, Alemanha e Estados Unidos). No dia 01/05/2020 havia apenas um país com o registro de 1 milhão de pessoas infectadas. No dia 01 de janeiro de 2021 já eram 18 países com mais de 1 milhão de casos da covid-19. Um ano depois passou para 42 países com mais de 1 milhão de casos. Mas somente no mês de janeiro o salto foi grande e o mundo chegou a 50 países com mais de 1 milhão de casos em 01/02/2022. Os destaques ficam para os EUA, que já registram quase 80 milhões de casos acumulados, e a Índia, com mais de 40 milhões de casos.

A lista dos 50 primeiros colocados do ranking, com a data em que chegaram à marca de 1 milhão, são: EUA (27/04/20), Índia (16/07), Brasil (19/06), Rússia (01/09), Espanha (15/10), Argentina (19/10), França (23/10), Colômbia (24/10), Turquia (28/10), Reino Unido (31/10), Itália (11/11), México (15/11), Alemanha (26/11), Polônia (02/12), Irã (03/12), Peru (22/12), Ucrânia (24/12), África do Sul (26/12), Indonésia (26/01/21), República Tcheca (01/02), Holanda (06/02), Chile (01/04), Canadá (05/4), Romênia (09/04), Iraque (21/04), Filipinas (26/04), Suécia (05/05), Bélgica (06/05), Bangladesh (10/07), Paquistão (23/07), Malásia (25/07), Japão (07/08), Portugal (15/08), Tailândia (20/08), Israel (24/08), Sérvia (09/10), Vietnã (11/11), Áustria (18/11), Hungria (21/11), Suíça (30/11), Jordânia (10/12), Grécia (12/12), Marrocos (09/01/2022), Austrália (10/01), Irlanda (11/01), Dinamarca (13/01), Cazaquistão (16/01), Cuba (17/01), Georgia (17/01) e Eslováquia (30/01).

Analisando a situação regional, o gráfico abaixo do Our World in Data mostra as curvas epidemiológicas da covid-19 no Brasil, no mundo e nos continentes, de 01 de setembro do ano passado a 04 de fevereiro do corrente ano. Nota-se uma tendência recente de queda do número de casos em todos os continentes, podendo indicar um arrefecimento do atual surto pandêmico. Por exemplo, a Oceania registrou 2.540 casos por milhão no dia 13/01 e caiu para 647 casos por milhão no dia 04/02. A América do Norte também apresentou grande queda do coeficiente de incidência e, no dia 04/02, apresentou 653 casos por milhão, abaixo da América do Sul com 750 casos por milhão de habitantes.

Em relação ao coeficiente de mortalidade, o gráfico abaixo mostra as curvas epidemiológicas do Brasil, do mundo e dos continentes no mesmo período do gráfico anterior. Com exceção da Oceania, todos os demais continentes apresentam tendência de alta do número de mortes para a covid-19. A África registra uma certa estabilidade em patamar baixo e a Europa uma certa estabilidade em patamar alto. A América do Sul tinha 0,57 óbitos por milhão no dia 01/01 e passou para 3,8 óbitos por milhão de habitantes no dia 04/02, a maior aceleração no ano de 2022.

Gráfico mostra curva de mortes por covid-19 no mundo

Desde 2020, diversas projeções foram feitas antevendo o fim da covid-19. Porém, todas as previsões falharam e a pandemia tem se mostrado muito mais resiliente do que se imaginava. Ao longo do tempo, a tendência é que a ampliação da proporção de pessoas contaminadas e o aumento da quantidade de pessoas plenamente vacinadas possam contribuir para o controle da doença. Contudo, o surgimento de novas variantes do SARS-CoV-2, a persistência de um movimento antivacina e a difusão de posturas negacionistas são elementos que dificultam o controle da pandemia e tornam as perspectivas futuras bastante incertas.

FONTE PROJETO COLABORA

Colapso: cidade da região tem todos os leitos de UTI ocupados

Nas últimas 72 horas foram confirmados 133 novos casos positivos de covid-19 em Barbacena. Todos os 20 leitos de UTI Covid estão ocupados e 3 óbitos aguardam resultados de exames.

Confira os números divulgados nesta segunda-feira (07):

Total de óbitos: 317

Total de casos confirmados: 12.614

Pacientes confirmados hospitalizados: 18

Total de pacientes recuperados: 12.020

Pacientes em isolamento domiciliar: 633

Pacientes internados com suspeita de Covid: 3

LEITOS (atualização em 07/02, às 16h43)

Leitos clínicos disponíveis: 5

Leitos de UTI-Covid disponíveis: 0

VACINÔMETRO (última atualização em 07/02, às 17h46)
Barbacenenses vacinados (1ª dose): 108.945
Barbacenenses vacinados (2ª dose): 104.049

Barbacenenses vacinados (3ª dose): 46.999

Barbacenenses vacinados (4ª dose): 39

Barbacenenses vacinados (dose única): 3.030

Barbacenenses vacinados (reforço dose única): 2295

Barbacenenses vacinados (doses pediátricas): 3115

PACIENTES DE OUTROS MUNICÍPIOS ATENDIDOS NA REDE DE SAÚDE DE BARBACENA

Casos confirmados: 794

Hospitalizados: 22

Óbitos: 247

FONTE BARBACENA ONLINE

Hoje (08) tem vacinação para crianças de 8 anos; confira o calendário do resto da semana

A Secretaria Municipal de Saúde informa o INÍCIO da Vacinação de 1ª Dose para crianças com 08 anos completos
Confira o calendário e fique atento as datas de nascimento:
➡ Terça-feira, 08/02 das 08:30 às 16h:
Público: Crianças com 08 anos completos nascidas de 1 de janeiro a 30 de abril
➡ Quarta-feira, 09/02 das 08:30 às 16h:
Público: Crianças com 08 anos completos nascidas de 1 de maio a 31 de agosto
➡ Quinta-feira, 10/02 das 08:30 às 16h:
Público: Crianças com 08 anos completos nascidas de 1 de setembro a 31 de dezembro
➡ Local:
Salão Paroquial Ingrig Myrna Maciel (Edifício Imaculada)
Praça Barão de Queluz, 27B – Centro
Documentação a ser apresentada:
ORIGINAL e CÓPIA:
• RG ou outro documento com foto;
• Comprovante de residência;
• CPF ou Cartão Nacional SUS.
✅ A criança deverá estar acompanhada de seus pais e/ou responsáveis

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