Micro-ônibus do projeto Gambiologia mistura galeria de arte e museu de engenhoca

Visitas ao veículo que cruzou Pará e Maranhão neste ano podem ser feitas gratuitamente em Belo Horizonte

Em outubro deste ano, o Hacklab Volante saiu da cidade de Brumadinho para cruzar pela primeira vez as fronteiras de Minas Gerais, subindo em direção a dois estados, respectivamente do Nordeste e do Norte do país: Maranhão e Pará, por meio da Lei Federal de incentivo à Cultura. 

Por lá, o micro-ônibus adaptado do movimento Gambiologia atravessou oito cidades e atingiu cerca de dez mil pessoas, que puderam conhecer mais sobre experimentos eletrônicos, reaproveitamento de sucata, energia sustentável, arte multimídia e gambiarra em geral.

Misturando galeria de arte, oficina, museu de engenhocas e feira de ciências itinerante, o micro-ônibus agora volta a Belo Horizonte para encerrar a temporada de 2023 em sua terra-natal, com uma exposição que acontece entre esta sexta-feira (15) e domingo (17), no Parque Municipal Américo Renné Giannetti.

Gratuita e aberta ao público, a visitação acontece das 14h às 20h, na sexta e no sábado; e das 10h às 16h, no domingo. O Hacklab Volante ficará estacionado próximo ao gramado à direita de quem chega ao Parque pela entrada principal da Avenida Afonso Pena.

Arte da gambiarra 

O Hacklab Volante é um laboratório que leva a espaços públicos atividades de formação em arte e tecnologia, combinadas de modo a incentivar a sustentabilidade ambiental e econômica. Ele parte de conceitos do movimento Gambiologia, que estuda a gambiarra para aplicação na arte contemporânea.

Um dos fundadores do Gambiologia, Fred Paulino, que é coordenador geral e pedagógico do projeto, explica que o Hacklab Volante se propõe a “discutir a tecnologia como ferramenta de transformação social, a fim de estimular o pensamento crítico e promover o acesso e a melhor compreensão do público em geral ao universo eletrônico”.

O veículo é uma escultura eletrônica ambulante com estética nada minimalista, que chama atenção com sua sinalização artística diferenciada. Nele, habitam obras interativas, esculturas mecânicas, jogos eletrônicos, energia solar, sintetizadores, arte sonora e “o menor cinema do mundo” – obra de autoria coletiva que consiste em uma uma cabine de exibição para apenas duas pessoas.

Obras e artistas participantes

1- “Quadro Gambiológico Sequencial” – colagem eletrônica (Fred Paulino, 2023)

2- “Menor Cinema do Mundo” – técnicas variadas (Autoria coletiva, 2022)

3- “Máquina de Hipnose” – colagem eletrônica (Fred Paulino, 2020)

4- “Cromotópio” – marcenaria/mecânica (Daniel Herthel, 2022)

5- “Ludotecnia” – sintetizador digital (Jorge Crowe, 2018)

6- “Genius Gigante” – jogo eletrônico (Fred Paulino e Maurício Jabur, 2022)

7- “Máquina de Trotes” – eletrônica antropológica (Sara Lana,2023)

8- “Lavanda” – sintetizador analógico (Marcelo Kraiser, 2023)

9- “Máquina de Ritmos” – sintetizador analógico (Marcelo Kraiser, 2023)

10- “Reco Synth” – sintetizador analógico (Arthur Joly, 2022)

11- “Grilo Solar” – escultura eletrônica (Paulo Nenflídio, 2019)

12- “Realejo eletrônico” – escultura eletrônica interativa (Paulo Nenflídio, 2022)

13- “Brain Machine” – objeto vestível interativo (Maurício Jabur, 2022)

14- “Circuit Bending Pezinho” – circuit bending (Fred Paulino, 2012)

15- “Atari Punk Console Goiabada” – sintetizador analógico (Fred Paulino, 2010)

16- “Manual interativo de ferramentas” (Fred Paulino e Sandro Miccoli, 2023)

17- “Máquina de Raio-X” – objeto vestível interativo (Juliana Porfírio, 2023)

SERVIÇO 

ENCERRAMENTO DA TEMPORADA 2023

Quando. Sexta-feira e sábado (15 e 16/12), das 14h às 20h;

domingo (17/12), das 10h às 16h

Onde. Parque Municipal Américo Renné Giannetti

(Avenida Afonso Pena, 1.377 – Centro)

Quanto. Gratuito

FONTE O TEMPO

75% das pessoas apresentam maior estresse no final do ano

O estresse e nervosismo que caracteriza o período de final de ano foi alvo de uma recente pesquisa conduzida pela International Stress Management Association no Brasil (ISMA-BR). A presidente da associação, a psicóloga Ana Maria Rossi, destacou que o estresse relacionado ao final do ano inicia-se já na segunda semana de novembro, prolongando-se até a primeira semana de janeiro.

De acordo com os dados obtidos pela ISMA, a tensão experimentada em dezembro é notavelmente superior, apresentando um aumento médio de 75% em comparação com outros meses do ano. A pesquisa, realizada em 2019, envolveu 678 participantes com idades entre 25 e 55 anos.

Os resultados revelaram que 75% dos entrevistados admitiram sentir-se mais irritados durante o período, enquanto 70% relataram aumento da ansiedade. Além disso, 80% mencionaram sentir tensão no corpo, e 38% enfrentaram problemas para dormir.

A análise de gênero indicou que as mulheres são mais impactadas, com uma média de 82% de estresse, em comparação com os 75% relatados pelos homens. A psicóloga Ana Maria Rossi ressaltou que os efeitos do estresse de final de ano manifestam-se de forma física, emocional e comportamental.

No âmbito físico, as queixas mais comuns incluem dores musculares, dor de cabeça, no pescoço, nos ombros, nas costas, nos maxilares, agravamento do bruxismo e problemas gastrointestinais. Emocionalmente, o estresse resulta em ansiedade, depressão, aumento da tristeza e do sentimento de culpa. Comportamentalmente, as pessoas afetadas recorrem ao aumento da medicação, do consumo de bebidas alcóolicas e de comidas calóricas e gordurosas.

A pesquisa também destacou as diferenças emocionais entre as celebrações de Natal e Ano Novo. Enquanto o Natal é tradicionalmente associado à celebração e à reunião familiar, a psicóloga Ana Maria Rossi observou que essa época pode desencadear sentimentos de tristeza, depressão ou culpa. O estudo sugere que a pressão emocional durante o final do ano é um fenômeno relevante e merece atenção no contexto de saúde mental.

FONTE JORNAL GALILÉ

Ipsemg está com editais abertos para credenciamento de profissionais da saúde 

Especialistas irão trabalhar nas unidades próprias do Instituto em Belo Horizonte

Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de Minas Gerais (Ipsemg) está com editais abertos para credenciamento de profissionais da saúde em Belo Horizonte. As contratações visam garantir a oferta de serviços de assistência à saúde aos servidores públicos do Estado e seus familiares vinculados ao Instituto. 

Os editais buscam por profissionais médicos anestesiologista, ultrassonografista, pediatra, pneumologista pediátrico, do trabalho e com experiência comprovada de no mínimo um ano em terapia intensiva para atuar em UTI Cardiovascular e ainda prestadores de serviço de assistência social.  

Os interessados devem acessar o site do Ipsemg, menu Editais, página Credenciamento Rede Própria e conferir a documentação necessária para formalização do vínculo com o Instituto. O requerimento e os documentos devem ser entregues nos protocolos do Hospital Governador Israel Pinheiro (HGIP) ou Cidade Administrativa, conforme especificado no edital, até as datas de encerramentos dos editais que estão previstas para dezembro de 2023 e janeiro de 2024.  

Confira abaixo os editais disponíveis: 

  • Edital de credenciamento rede interna para médico pneumologista pediátrico​ n°31/2023 – Vigente até 15/12/2023; 
  • Edital de credenciamento rede interna para Assistente Social nº 39/2023 – Vigente até 19/12/2023; 
  • Edital de credenciamento rede interna para médico do trabalho​ n°28/2023 – Vigente até 19/12/2023; 
  • Edital de credenciamento rede interna para médico com residência ou título de especialista em pediatria nº 40/2023 – Vigente até 26/12/2023; 
  • Edital de credenciamento rede interna médico com experiência comprovada de no mínimo um ano em terapia intensiva para atuar em UTI cardiovascular nº 57/2022 – Vigente até 28/12/2023; 
  • Edital de credenciamento rede interna para médico Anestesiologista ​ n°41/2023 – Vigente até 9/1/2024; 
  • Edital de credenciamento rede interna médico ultrassonografista para atendimento neonatal e pediátrico nº 39/2022 – Vigente até 19/01/2023. 

Assistência à saúde do Ipsemg 

O Ipsemg presta assistência médica e hospitalar aos beneficiários da assistência à saúde e a seus dependentes inscritos conforme prevê a Lei Complementar 64/2002 e alterações posteriores.  

Com o objetivo de tornar a cobertura mais ampla no estado, o Instituto credencia serviços de saúde na capital e no interior de Minas Gerais. Acompanhe neste site os editais disponíveis e mais informações sobre os serviços prestados. 

FONTE AGÊNCIA MINAS

PIS/Pasep 2024 começa a ser pago em 15 de fevereiro

O Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (CODEFAT) deu o aval ao calendário de pagamento do abono do PIS/PASEP para o ano de 2024. As datas, sugeridas pelo Ministério do Trabalho e Emprego, foram aprovadas por unanimidade durante a reunião do conselho, que é composto por representantes dos trabalhadores, empregadores e do governo federal.

Os pagamentos terão início em fevereiro e se estenderão até o final de dezembro do próximo ano, totalizando um montante de 18 bilhões e 300 milhões de reais destinados ao abono. O benefício do Pis/Pasep é destinado a trabalhadores que recebem até dois salários mínimos.

A liberação do dinheiro seguirá a ordem de aniversário do trabalhador, começando em 15 de fevereiro para aqueles nascidos em janeiro. O prazo para o saque se estenderá até o final de 2024.

O PIS, Programa de Integração Social, destinado a trabalhadores da iniciativa privada com carteira assinada, será pago pela Caixa Econômica Federal, com liberação automática para os clientes Caixa. Enquanto isso, o Pasep, Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público, destinado a servidores que atendem aos critérios estabelecidos, terá seus pagamentos gerenciados pelo Banco do Brasil, de acordo com o número final de inscrição do funcionário.

Confira o cronograma de pagamento:

PIS (Caixa Econômica Federal):

NASCIDOS EMRECEBEM A PARTIR DERECEBEM ATÉ
Janeiro15/2/202427/12/2024
Fevereiro15/3/202427/12/2024
Março/Abril15/4/202427/12/2024
Maio/Junho15/5/202427/12/2024
Julho/Agosto17/6/202427/12/2024
Set/Outubro15/7/202427/12/2024
Nov/Dezembro17/8/202427/12/2024

Pasep (Banco do Brasil):

FINAL DA INSCRIÇÃORECEBEM A PARTIR DERECEBEM ATÉ
015/2/202427/12/2024
115/3/202427/12/2024
2 e 315/4/202427/12/2024
4 e 515/5/202427/12/2024
6 e 717/6/202427/12/2024
815/7/202427/12/2024
917/8/202427/12/2024

Fonte: Codefat

FONTE JORNAL GALILÉ

Youtuber preso por estupro admite vítimas: ‘pelo menos mais sete crianças’

Mãe de menina de 10 anos descobriu um número estranho no telefone da filha. Suspeito admitiu que existem pelo menos mais sete crianças vítimas

Um homem, de 19 anos, que é youtuber e tinha 12 mil seguidores, foi preso acusado de aliciar menores por meio da internet, e de cometer estupro de vulnerável e armazenar conteúdo sexual de crianças e adolescentes.  

Segundo a delegada Cristiana Angelini, do Departamento Estadual de investigação de Fraudes e Crimes Cibernéticos da Polícia Civil de Minas Gerais, as investigações tiveram início quando uma mãe procurou a delegacia, em 23 de agosto último, denunciando que a filha dela, de apenas 10 anos, estava sendo vítima de um homem na internet.

“A mãe desconfiou do tempo em que a filha ficava na internet. Resolveu, então, fazer uma verificação dos conteúdos acessados e descobriu um telefone diferente, com DDD de São Paulo, quando decidiu procurar a nossa delegacia”, conta Angelini.

A polícia passou a investigar e identificou o youtuber, que faz um trabalho de relaxamento, que visa diminuir a ansiedade, atividade conhecida por ASMR (Resposta Sensorial Meridional Autônoma). Mas descobriu que este não era seu único perfil, pois tinha um, também, de pornografia, com crianças e adolescentes.

A delegada Angelini fez, então, um pedido de prisão preventiva, autorizado pela Justiça. Na última terça-feira (12/12), o suspeito foi preso na cidade paulista de Capivari.

Mais vítimas

“Lá, apreendemos celulares e computadores, que serão examinados, agora, pelo pessoal de laboratório da Polícia Civil”, diz a delegada.

Todo o trabalho de investigação foi feito pela Polícia Civil mineira, mas o suspeito está preso em São Paulo, no entanto, deverá ser transferido para Belo Horizonte.

“O que essa mãe fez é um exemplo para todas as mães, que devem se manter atentas, principalmente com relação ao uso do equipamento por seus filhos. É um exemplo a ser seguido”, ressalta a delegada Angelini.

A policial afirma que o suspeito será indiciado pelos crimes de estupro de vulnerável, armazenamento de conteúdo sexual, incitar criança a praticar atos libidinosos.

Segundo, ainda, a delegada Angelini, o suspeito ensinava as vítimas como agir, o que fazer, como gravar, sempre em cenas sexuais.

“Em seu depoimento, o suspeito alegou não saber que se tratavam de crianças, acreditava que eram adolescentes acima de 14 anos, o que também é crime. Ele admitiu que existem pelo menos mais sete crianças vítimas”, afirma a delegada.

FONTE ESTADO DE MINAS

Dados de violência psicológica se igualam aos de violência física em Minas; Governo faz campanha de alerta

Secretaria de Justiça e Segurança Pública busca orientar vítimas para que possam identificar tipos de agressão; conheça as ações de enfrentamento no estado 

Paulo* falava do corpo de Alice*. Debochava e o comparava com o de outras mulheres que via nas redes sociais. Anunciava todas as horas que a vizinha saía para malhar e ameaçava, em tom de brincadeira, que poderia ter casos extraconjugais se Alice “não melhorasse um pouquinho o que estava oferecendo para ele”. 

Esse assunto virou constância e Alice, do outro lado, se sentia culpada. Achava que realmente não se cuidava e que Paulo “tinha lá sua razão”. 

A mulher, de 36 anos, passou a tomar remédio e a ser crítica com o seu corpo da mesma forma que o seu companheiro fazia, e o resultado de tudo isso foi estresse e uma crise de ansiedade. 

Alice demorou um tempo para entender que ela era vítima de violência psicológica, situação bem comum em relações conjugais, como explica a delegada da Divisão Especializada em Atendimento à Mulher, Danúbia Soares Quadros. 

“Quando o agressor é um namorado, ou o marido, o bombardeio de abusos ocorre junto com gestos de afeição. Então, tudo fica muito confuso para a mulher que está passando por uma situação como essa”, diz a delegada. 

Alice só teve a certeza de que sofria violência psicológica quando levou o primeiro tapa no rosto e fez um chamado para o 190, da Polícia Militar

“Além dos traumas que tenho dos abusos verbais, aprendi que ele é sempre a porta para uma violência maior ainda”, lembra.

Dados estatísticos 

A análise dos dados do perfil das vítimas de violência contra a mulher em Minas chama a atenção por colocar a violência psicológica em um patamar muito próximo da tão discutida violência física. 

Até o dia 10/12, levantamento da Polícia Civil indicava que, entre as mais de 140 mil mulheres em situação de violência em todo o estado neste ano, 38,1% sofreram violência psicológica e 38,2%, violência física. 

Os dados estão disponíveis em um painel de Business Intelligence (BI), aberto para a consulta de todos os cidadãos, na internet. 

A ferramenta reflete o esforço do Governo de Minas para estratificar os dados e, a partir deles, fomentar frentes de atuação.

Campanha  

A proximidade das estatísticas entre os dois tipos de violência é o pontapé para o lançamento, nesta quinta-feira (14/12), de campanha virtual de conscientização sobre violência psicológica pela Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp)

Com o tema “Nós vemos a violência que ninguém vê”, a ação contará com divulgação ativa nas redes sociais e busca alertar para as características desse tipo de crime, além das possíveis consequências tanto para a mulher quanto para o agressor. 

“As pessoas sempre se preocupam muito com a violência física. Essa é uma preocupação nossa também. Mas queremos com esse alerta dizer que a violência psicológica é tão comum quanto a física e muitas vezes até mais traumática. Além de traumas, baixa autoestima e diversas doenças da mente, a violência psicológica tende a ser um aviso de que algo pior pode acontecer. Estamos trabalhando, dessa vez, na informação para ajudar a cortar o mal pela raiz”, ressaltou o secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública, Rogério Greco. 
 

                                                                                                                                              Sejusp / Divulgação

Entre as 54.992 mulheres que sofreram violência psicológica em Minas, a maioria (82%) foi classificada como vítima de ameaça. 

Perseguição e atrito verbal, nesta ordem, seguem como os demais principais motivos da busca pela polícia, nesta modalidade. 

As autodeclaradas pardas são as mais atingidas (45%), e a faixa etária predominante das vítimas está concentrada entre 25 e 34 anos (28,2%). 

Vale ressaltar que, em 2021, foi aprovada a inclusão da violência psicológica contra a mulher ao Código Penal e, de acordo com a nova lei, o agressor pode ficar de seis meses a dois anos preso, além de pagar multa.  

Assim como Alice*, Helena Maria*, de 41 anos, também foi alvo de violência psicológica. 

Por mais de três anos ela ouviu do ex-namorado críticas à sua aparência física. 

“Eu tenho muito melasma no rosto. Ele sempre me dizia que eu jamais seria desejada por outro homem, pois ninguém ia querer uma mulher manchada como eu”. 

A vida da Helena, durante os longos três anos de relacionamento, foi de angústia e crises. “Deixei de me sentir capaz, queria apenas ficar em casa. Foi uma ameaça de morte que me fez acender a luz e sair da minha própria escuridão. Decidi que, por maior que fosse a minha dependência emocional, eu queria estar viva. E para viver eu precisava sair daquela relação”, conta. 

Mais dados 

De janeiro a 10/12, exatas 144.157 mulheres foram vítimas de algum tipo de violência em Minas. 

Além das destacadas violência psicológica e física, a violência patrimonial representou 4,3% dos abusos neste ano, seguida da violência moral (2,8%) e violência sexual (1,8%). 

Para saber mais sobre as diferenças formas de violência, veja o post abaixo:

https://www.instagram.com/p/C01SQiXuZin/?utm_source=ig_embed&ig_rid=244cccb8-f1d0-4eed-b180-15c122099d7c

As jovens de 12 a 17 anos são as principais vítimas de violência sexual, seguidas de meninas de 0 a 11 anos. 

Já quando o assunto é violência física, mulheres de 25 a 34 anos estão no topo do ranking. A violência patrimonial, por sua vez, ocorreu em maior quantidade com mulheres de 55 anos ou mais. 

O levantamento aponta, ainda, que 67% das mineiras que sofreram algum tipo de agressão foram atacadas pelos seus ex-companheiros ou companheiros atuais. 

O percentual pode chegar a 70% quando o recorte é feito entre as mulheres autodeclaradas negras. 

Vias de fato é o crime mais recorrente, seguido de lesão corporal. Para saber mais sobre o perfil das vítimas de violência em Minas, acesse o BI aqui

Atendimento especializado
 

Tiago Ciccarini / Sejusp

Estão em pleno funcionamento, em Minas Gerais, 69 Delegacias de Atendimento à Mulher, tanto no interior quanto na capital, para atendimento às mulheres em situação de violência, incluindo casos de importunação ofensiva e violência doméstica e sexual. 

Em Belo Horizonte, a Delegacia de Plantão Especializada em Atendimento à Mulher e a Casa da Mulher Mineira, que completou em 2023 um ano atuação, abarcam série de ações que são fundamentais para acolher a mulher que busca por amparo. 

Na Casa da Mulher Mineira é possível solicitar medidas protetivas de urgência, que contemplam

  • Acompanhamento policial até sua residência para retirada de seus pertences em segurança (roupas, documentos, medicamentos etc); 
  • Recebimento da guia de exame de corpo de delito; 
  • Realização da representação criminal para a devida responsabilização do agressor; 
  • Recebimento e encaminhamento para casas abrigo; 
  • Serviços de atendimento psicossocial e orientação jurídica na Defensoria Pública, entre outros. 

Todo o trabalho é desenvolvido em ambiente adequado e com privacidade para escuta qualificada e humanizada dessas pessoas.  

Para algumas ocorrências, como ameaça, lesão, vias de fato e descumprimento de medida protetiva, é possível realizar o registro de denúncia por meio da Delegacia Virtual, sem a necessidade de comparecimento da mulher a uma unidade física da Polícia Civil.   

O projeto “Chame a Frida” – atendente virtual de atenção às vítimas de crimes no ambiente doméstico e familiar – é mais um aliado no combate à violência contra a mulher. 

Ele se expandiu e, hoje, alcança 41 cidades, em diferentes regiões mineiras. A ferramenta da Polícia Civil consiste em um chatbot, que utiliza o aplicativo WhatsApp para atender de forma imediata às solicitações por meio de mensagens pré-programadas. 

Na prática, a mulher inicia uma conversa e, de forma automática, são realizados o acolhimento e o esclarecimento das principais dúvidas. 

A atendente virtual Frida ainda pode fazer uma avaliação preliminar do risco, direcionar ou acionar a polícia, além de apresentar serviços disponíveis. 

Outras frentes 

O Governo de Minas também gerencia o Centro Risoleta Neves de Atendimento (Cerna), que atua como um Centro de Referência Estadual de Atendimento às Mulheres, realizando abordagem psico-jurídico-social às mulheres mineiras da capital e do interior, além de oferecer capacitações a outros equipamentos da rede de enfrentamento à violência contra mulheres, incluindo discussão de casos e orientações técnicas para o devido atendimento psicossocial.   

O Cerna oferece a cada mulher atendida um profissional de referência que é o responsável pelo seu Plano de Acompanhamento Pessoal (PAP), documento institucional que descreve a forma de atendimento a ser realizado, define objetivos, planeja e avalia estratégias de cuidado de forma multiprofissional. 

Respeitando a autonomia das mulheres, o equipamento não faz busca ativa de usuárias. 

No entanto, todas as mulheres que buscam o serviço são atendidas. 

O desligamento do serviço é feito somente no momento em que a atendida reencontra sua autonomia, segurança pessoal e autoestima, após todo o processo psicoterapêutico e acompanhamento da equipe multidisciplinar.  

Conheça ações de enfrentamento à violência contra a mulher em Minas

Projeto Dialogar: a Polícia Civil possui, também, o Dialogar – núcleo de facilitação ao diálogo. Por meio dele são realizadas práticas restaurativas de convivência, valorização da vida e dos direitos humanos, por meio de oficinas de reflexão e responsabilização dos autores de violência doméstica. O programa atua em parceria com o Tribunal de Justiça, que realiza os encaminhamentos compulsórios dos autores. Além disso, há o atendimento aos homens que comparecem voluntariamente ou são encaminhados por outras instituições. 

Patrulha de Prevenção à Violência Doméstica: a Patrulha de Prevenção à Violência Doméstica, serviço da Polícia Militar, foi o primeiro serviço preventivo policial militar da América Latina. É composto por um conjunto de procedimentos a serem executados após a identificação pela triagem das ocorrências registradas dos casos reincidentes e de maior gravidade de violência doméstica, que orienta o atendimento às vítimas reais e/ou potenciais, realiza visitas aos autores e faz os encaminhamentos da pessoa impactada à rede de atendimento que abrange as ações e serviços de setores como a assistência social, da justiça, da segurança pública e da saúde.   

Programa Mediação de Conflitos: buscando prevenir a violência, o Programa Mediação de Conflitos (PMC), da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), atende em maioria mulheres,  aproximadamente 70% do público atendido. Ao intervir de forma preventiva e/ou no enfrentamento à violência contra a mulher, o programa esclarece direitos, media conflitos e intervém em busca da proteção da mulher que relata risco à sua vida. Esclarece, ainda, junto às mulheres, direitos relacionados ao ciclo da violência, como reivindicações de paternidade, pensão de alimentos etc. 

Trabalho com homens agressores – Ceapa: para além do trabalho de prevenção e enfrentamento realizado com as mulheres, a Sejusp também atua com homens agressores. Por meio do programa Central de Acompanhamento de Alternativas Penais (Ceapa), homens processados e julgados por crimes relacionados à Lei Maria da Penha são encaminhados pela Justiça para participar de grupos reflexivos de responsabilização sobre os atos cometidos. 

Durante os encontros, várias temáticas são discutidas e experiências trocadas, a fim de que os participantes se reconheçam como autores responsáveis pela violência praticada e possam, assim, modificar seu comportamento. 

A Sejusp, inclusive, possui três Unidades de Prevenção à Criminalidade, em Barbacena, Curvelo e Pouso Alegre, voltadas, especificamente, para a execução de ações de responsabilização de autores de violência doméstica e atendimento de mulheres em situação de violência. 

A iniciativa é uma parceria com o Ministério Público e já realizou, desde maio de 2022, um total de 7.070 atendimentos no chamado Projeto de Prevenção e Enfrentamento à Violência contra a Mulher.

*Nomes fictícios para preservar as identidades das mulheres.

FONTE AGÊNCIA MINAS

Itabirito: parceria UFMG/Prefeitura oferece 160 vagas de pós-graduação para servidores da Educação

As inscrições podem ser realizadas até o dia 17 de dezembro, por meio de formulário online.

A Prefeitura de Itabirito, em parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), proporcionará a 160 servidores a oportunidade de fazer a pós-graduação “Formação em Docência para a Educação Básica”.

A pós-graduação será ofertada à professores, diretores e supervisores na modalidade semipresencial. As inscrições podem ser realizadas até o dia 17 de dezembro, por meio de formulário online.

Serão ofertadas vagas para início no primeiro semestre de 2024 destinadas às áreas de concentração: Múltiplas Linguagens em Educação Infantil; Alfabetização e Letramento; Processos de Aprendizagem e Ensino na Educação Básica; Docência e inclusão escolar: pessoas com deficiência e a prática pedagógica na escola. 

Um processo de seleção preencherá as vagas com base nas inscrições dos candidatos, considerando a primeira opção de área de concentração. Podem se inscrever servidores públicos efetivos municipais da Educação com pelo menos cinco anos de serviço.

Para acessar o edital e o link do formulário de inscrição, CLIQUE AQUI

FONTE RADAR GERAL

Mais de 1100 Alunos da Rede Municipal visitam o Museu de Reduções em Belo Horizonte

A Secretaria Municipal de Educação concluiu, na última semana, uma série de visitas técnicas envolvendo alunos do 4º e 5º anos ao Museu de Reduções. O projeto contou com a participação de 1100 estudantes e aproximadamente 300 profissionais.

O Museu de Reduções, recentemente inaugurado no Mercado de Origem em Belo Horizonte, anteriormente funcionava em Amarantina, Ouro Preto. A iniciativa para criar o Museu das Reduções surgiu do desejo dos irmãos Ênnio, Décio, Evangelina e Sylvia Alves de Vilhena, que empreenderam a reprodução de grandes monumentos arquitetônicos brasileiros. A jornada incluiu viagens pelo país, pesquisas, fotografias, cálculos, elaboração de croquis e plantas para criar réplicas que se destacam como verdadeiras obras de arte. Essas reproduções não se limitam a meras maquetes, pois são confeccionadas com os mesmos materiais das construções originais, sem o uso de produtos sintéticos ou industrializados. Dentre os elementos produzidos manualmente estão lampiões, grades, sinos, portões, balaústres, treliças, comportas metálicas, janelas, portas, colunas em cantaria, engradamentos, telhas de barro, de amianto, de zinco, entre outros.

Os artistas legaram ao Museu 29 réplicas de monumentos situados em 24 municípios de 15 estados brasileiros, representando a evolução da arquitetura ao longo dos últimos cinco séculos. Isso proporciona a estudantes, professores e à sociedade a oportunidade não apenas de contemplar e vivenciar parte significativa da história brasileira, mas também de aplicar conceitos atuais de multi e interdisciplinaridade.

Graças às habilidades manuais e intelectuais dos Irmãos Vilhena, eles desenvolveram ferramentas e técnicas capazes de transformar grandes monumentos arquitetônicos em pequenas obras de arte.

Essas visitas representam uma valiosa aula fora do ambiente escolar, oferecendo uma experiência enriquecedora aos participantes. Os alunos têm acesso a explicações que abrangem diversos componentes curriculares, como História, Geografia, Arte, Matemática, entre outros. Aprender torna-se mais divertido e interessante, transitando desde os séculos passados até o mundo contemporâneo, como destaca a Secretária Adjunta de Educação, Professora Edilvânia Resende.

Os alunos, em seus depoimentos, manifestaram encantamento diante da riqueza de detalhes e beleza das obras de arte. A Secretaria de Educação incentiva toda a comunidade lafaietense a se programar para esse incrível passeio cultural em nossa capital mineira.

O projeto é idealizado pela ARTS Realizações em parceria com o Museu das Reduções, Fundação Doimo e Mercado de Origem Olhos d’Água e patrocinado pelas empresas Ferro Puro Mineração, do Grupo Avante, e Mascarenhas Barbosa Roscoe Construções, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, com Pronac número 204630.

CSN processa ativistas após audiência pública sobre barragem de Congonhas, em Minas Gerais

A estratégia da maior siderúrgica da América Latina é classificada pelos ativistas e movimentos sociais como tentativa de silenciar opositores diante de preocupações com a barragem e planos de expansão

A CSN interpelou judicialmente cinco ativistas que fizeram críticas à atuação da empresa em Congonhas (MG) durante uma audiência pública na Assembleia Legislativa de Minas Gerais. Um ambientalista, um sindicalista e três militantes do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) receberam notificações judiciais que exigem explicações em 48h sob ameaça de serem processados criminalmente com base no artigo 144 do Código Penal (calúnia, difamação ou injúria).

Na audiência, realizada em 25 de setembro, os ativistas compartilharam no plenário da Assembleia Legislativa de Minas Gerais as preocupações levantadas pelos moradores de Congonhas e pelos trabalhadores da CSN. Apesar do convite, a empresa não enviou um representante para participar do debate.

Em novembro, mais de dois meses após a audiência, a CSN acionou o escritório de advocacia Torres, Falavigna, Vainer, especializado em direito criminal, para enviar as interpelações judiciais. No documento, a empresa destaca sua envergadura, destacando que é “a maior siderúrgica do Brasil e da América Latina”. Também diz que, caso seja apresentada uma retratação, os interpelados ficarão “isentos de pena”.

 CSN processou cinco ativistas que participaram de audiência pública na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, em setembro (Foto: Elizabete Guimarães/ALMG/Divulgação)

O MAB denuncia a perseguição da CSN como uma tentativa de silenciar aqueles que se opõem a seus projetos, aproveitando a disparidade de recursos entre a empresa bilionária e os afetados, que têm menos recursos para se defender.

A preocupação dos moradores de Congonhas se concentra na barragem do complexo Casa de Pedra, da CSN, que armazena 63,3 milhões de metros cúbicos de rejeitos, localizada a poucos metros de bairros residenciais.

Congonhas está na mesma região de Minas Gerais que Mariana e Brumadinho, que aumenta o medo. A barragem de rejeitos da mina Córrego do Feijão, da Vale, em Brumadinho, que rompeu em 2019 matando 270 pessoas, tinha 12,7 milhões de metros cúbicos de rejeito (cinco vezes menor que a da CSN em Congonhas), enquanto a barragem de Fundão, operada pela Samarco em Mariana, responsável pelo desastre que dizimou o Rio Doce e matou 19 pessoas, em 2015, armazenava 43,7 milhões de metros cúbicos de rejeitos.

Em um estudo antigo, de 2009, contratado pela CSN, estimou-se que o rompimento da barragem de Casa de Pedra poderia resultar na destruição de 350 casas e na morte de até 1.500 pessoas.

O receio diante de tragédias recentes instiga a população a buscar detalhes sobre os planos da empresa. Em dezembro de 2022, a CSN Mineração anunciou um investimento de R$13,8 bilhões no complexo Casa de Pedra, com previsão de acelerar a capacidade de produção até 2027.

O MAB critica a falta de informação à sociedade sobre os impactos do projeto. “Até o momento a sociedade não foi informada sobre as diretrizes do projeto e seus impactos e sequer foi consultada sobre um novo empreendimento minerário no município”, afirma o MAB.

A organização reclama que além da ausência na audiência na Assembleia Legislativa, a empresa também não compareceu a outra audiência com a mesma finalidade, que ocorreu na Câmara Municipal de Congonhas. “A CSN inverte a lógica dos fatos buscando transformar as vítimas e os seus defensores em culpados, tentando criminalizar aqueles que lutam em defesa do povo”, avalia o MAB.

Além dos três militantes do MAB, outro interpelado foi Sandoval de Souza Pinto Filho, que é diretor de meio ambiente e saúde da União das Associações Comunitárias de Congonhas (Unaccon). “A CSN está se escondendo da responsabilidade social usando o poder Judiciário como suposto escudo”, entende Sandoval, que classifica a interpelação judicial como “aventura jurídica irresponsável” e avalia que o tom foi: “intimidatório”.

Também alvo da empresa, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Extração do Ferro e Metais Básicos (Metabase) de Congonhas, Rafael Ribeiro de Ávila, considera a atitude da empresa abusiva. “A CSN tem essa prática antissindical constantemente”, afirma.

Procurada, a CSN se negou a responder às perguntas enviadas. A empresa foi questionada se há na ação uma tentativa de silenciamento das vozes que se opõem ao empreendimento da empresa. Também foi perguntado o motivo da empresa não ter comparecido à audiência pública na Assembleia Legislativa.

A audiência foi convocada pelo deputado estadual, Leleco Pimentel (PT), com o objetivo de promover um debate entre a empresa e a comunidade sobre planos de expansão da CSN em Congonhas. Para justificar a ausência, a CSN argumentou, em comunicado enviado aos deputados, que está sujeita a normas e regulamentos da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e, por isso, projetos e investimentos que estaria fazendo na área não poderiam ser divulgados, sob pena de descumprimento das regras de mercado.

“Onde há injustiça e onde as pessoas incomodam existem empresas como a CSN, que é arrogante, completamente dominada por pessoas que venderam a consciência e que hoje querem criminalizar a ação dos que denunciam”, entende o deputado Leleco. Para o deputado, o objetivo da CSN ao acionar judicialmente cinco pessoas que participaram da audiência pública é: “criminalizar as lideranças para enfraquecer a luta”.

FONTE CARTA CAPITAL

Mais de 10% das mortes e dos acidentes em rodovias no Brasil acontecem em MG

Levantamento da Confederação Nacional do Transporte (CNT) revela que foram 712 óbitos e 8.814 acidentes em rodovias que passam no Estado

Minas Gerais é o Estado com mais acidentes e mortes em rodovias no Brasil. De acordo com o levantamento da Confederação Nacional do Transporte (CNT), foram 712 óbitos entre novembro de 2022 e outubro de 2023, o que representa 12% dos 5.520 óbitos em todo o país. O estado é também o que teve o maior número de acidentes neste período, com 8.814. A quantidade corresponde a 13,2% dos 66.508 registrados em território nacional.

“É um estado que possui uma malha rodoviária muito grande, e isso ajuda a justificar esses números. Além disso, a tipografia de Minas faz com que essas rodovias fiquem mais perigosas, com muitas subidas e descidas, além das curvas que também oferecem riscos”, aponta o especialista em trânsito e professor do Cefet-MG, Agmar Bento.

Para ele, somada a grande quantidade de veículos e as características demográficas do Estado, a falta de investimentos também colabora para o maior número de acidentes e mortes. “Não temos uma malha ferroviária densa. Por isso,  quase todo o deslocamento, seja de mercadorias ou pessoas, está concentrado em rodovias. E elas são, em maioria, de pista simples, o que favorece a ocorrência de acidentes, principalmente durante a ultrapassagem”, acrescenta.

O estudo da Confederação Nacional do Transporte (CNT) apresentou que Minas Gerais possui uma média de 8 mortes a cada 100 acidentes. A principal causa dos óbitos, conforme a pesquisa, é a velocidade incompatível com a via. O levantamento mostrou  que 103 pessoas morreram por dirigir acima da velocidade permitida na rodovia, o que representa 14,5% dos óbitos em rodovias no Estado.

“Nossas rodovias são mais sinuosas, o que exige que os condutores reduzam a velocidade nesses trechos. Porém, o que acontece é o contrário, há o excesso de velocidade e, consequentemente, o maior número de acidentes”, relata o tenente Luiz Fernando Ferreira, do Batalhão de Polícia Militar Rodoviário.

Conforme o militar, a falta de radares nas rodovias também colabora com os números, uma vez que favorece o comportamento imprudente dos motoristas, potencializando os riscos de acidentes. “Infelizmente, o que temos de radar não é o suficiente. Houve uma melhora nos últimos meses, com mais equipamentos sendo instalados, mas ainda muito distante da quantidade necessária”, aponta.

A BR-116 e a BR-381 foram as rodovias com mais mortes, com 159 em cada uma. Juntas, elas representam 22,3% dos óbitos ocorridos no Estado. “São mortes que, na grande maioria dos casos, poderiam ser evitadas. O que a gente percebe é o motorista com vontade de chegar logo ao destino fazendo ultrapassagens em locais indevidos e provocando essas batidas. Quando essa colisão é frontal, o risco de uma fatalidade é ainda maior”, relata o tenente Luiz Fernando Ferreira.

Acidentes e condições inadequadas

A BR-381 foi a rodovia que mais registrou acidentes no período analisado pela pesquisa. Foram 2.628, o que corresponde a 29,8% dos 8.814 em todo o Estado. A colisão, ou batida entre dois veículos, é o acidente mais recorrente em Minas. Conforme o levantamento, foram 4.625, números que representam 52,5%. O segundo mais comum é a saída de pista, com 1.814 (20,6%).

Para o tenente Luiz Fernando Ferreira, esses acidentes tendem a ser mais frequentes durante o período chuvoso, quando as rodovias estão mais escorregadias. “A pista molhada com excesso de velocidade é uma combinação muito perigosa. Muitas vezes, o motorista perde o controle e o carro sai da pista. Por isso a gente alerta sobre a importância do cinto de segurança. É ele que vai ajudar a segurar o motorista ou os passageiros caso isso aconteça”, explica.

O levantamento da Confederação Nacional do Transporte (CNT) apontou que os acidentes nas rodovias do Estado deixaram 11.457 pessoas feridas. A maior parte deles foi provocada pela falta de reação dos motoristas. Segundo estudo, foram 1.315 provocados por esse motivo, o que corresponde a 14,9% das causas dos acidentes.

“Isso ocorre por causa de uma distração do condutor, seja pelo uso do celular ou até mesmo pelo longo período dirigindo, o que provoca cansaço. O tempo de reação do ser humano é, em média, de dois segundos. Quando tem algum desses fatores, esse intervalo pode ser maior, tornando insuficiente para evitar um acidente”, explica o professor Agmar Bento.

Além da falta de reação, um outro agravante para os motoristas é a condição inadequada das rodovias. O estudo constatou 403 pontos críticos no período analisado. De acordo com a pesquisa, 80,5% das rodovias possuem deficiência na geometria da via. Além disso, 78,7% da extensão dessas rodovias apresentam algum tipo de problema, sendo 70,6% relacionados à pavimentação e 75,3% com a sinalização.

“Isso expõe um abandono do poder público. Se você sabe quais os pontos críticos, você precisa solucionar esse problema. Para o motorista, resta, então, o cuidado. É ter mais atenção ao passar por esses trechos”, conclui o professor. 

A reportagem de O TEMPO questionou o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), responsável pelas rodovias federais, e a Secretaria de Estado de Infraestrutura e Mobilidade de Minas Gerais (Seinfra), responsável pelas rodovias estaduais, sobre as condições apresentadas pelo estudo. Os órgãos também foram demandados sobre os investimentos realizados neste período para melhorar as condições dos trechos citados no levantamento. A matéria será atualizada com os posicionamentos. 

FONTE O TEMPO

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