Mais de 700 pinos de cocaína são apreendidos durante cumprimento de mandado na região

A PM apreendeu uma grande quantidade de drogas na tarde de terça-feira (03), em uma residência no Bairro Córrego do Ouro, em Santos Dumont.

Os militares foram ao local cumprir um mandado de busca e apreensão expedido pela 1ª Vara Cível/Crime. No local, os militares foram recebidos por uma mulher, de 25 anos, e por um homem, de 36 anos, sendo lido o mandado.

A equipe PM iniciou buscas e encontrou em cima do armário da cozinha uma sacola contendo em seu interior 719 pinos de cocaína, vários pinos vazios, uma barra de cocaína e um tablete de maconha.

Também foi aprendida a quantia de R$ 1.231, um celular e duas balanças de precisão.

No momento da qualificação do autor, este apresentou identidade falsa. Ao conseguir o verdadeiro nome do autor, foi constatado que ele tinha uma fuga em aberto. Também foram apreendidos um veículo Astra, cor cinza, e uma motocicletaYamaha/XJ6, de cor branca. O homem foi preso por tráfico de drogas, falsidade ideológica e fuga em aberto. A mulher foi presa por tráfico de drogas, desacato e resistência.

FONTE BARBACENA ONLINE

Polícia Civil prende traficante com 17 tabletes de maconha em Lafaiete

A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) prendeu, na última terça-feira (3), um homem de 61 anos, pelo crime de tráfico de drogas, em Conselheiro
Lafaiete.

Durante as buscas na residência do investigado foram apreendidos 17 tabletes e uma porção grande de maconha, além de um aparelho celular e uma motocicleta
que seria utilizada para o transporte das drogas.

“A prisão ocorreu no bairro Jardim Europa e faz parte do esforço da Polícia Civil para combater o tráfico de drogas e as demais modalidades criminosas
associadas”, explica o delegado responsável pelas investigações, Marcus Vinicius Rodrigues.

Texto: Marcus Vinícius Vieira Rodrigues.
Edição/revisão: Thays Ferreira e Welington Capristrano.

Assessoria de Comunicação
13° Departamento de Polícia Civil

Em 6 meses de 2021, arrecadação de IPVA chega a quase R$ 40 milhões

Com os cofres cheios. Assim entraram 9 prefeituras da região, quando arrecadação do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA), nos 6 primeiros de 2021 chegou a quase R$ 40 milhões.

Desse montante, a metade R$20,268 milhões, ficou em Lafaiete. Congonhas chegou a R$ 8.109 milhões seguida de Ouro Branco com R$ 5,860 milhões.

Entre Rios de Minas com R$ 1,801 milhões, Piranga (R$1.0651 milhão), Belo Vale vem logo após com R$ .073 milhões.

Frota

Segundo o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), as 9 cidades chegaram a 161.815 veículos, o que perfaz, em média, um carro para cada morador.

MunicípiosIPVA jan 2021IPVA fev 2021IPVA mar 2021IPVA abr 2021IPVA mai 2021IPVA jun 2021IPVA jul 2021Total IPVA 2021Total da Frota 2020
Conselheiro Lafaite R$ 9.306.346,82R$ 3.487.585,24R$ 3.723.185,21R$ 1.518.982,02R$ 819.453,87R$ 797.141,74R$ 615.544,64R$ 20.268.239,5477795
Congonhas R$ 3.629.052,38R$ 1.403.394,59R$ 1.529.746,44R$ 597.378,66R$ 346.455,09R$ 319.119,55R$ 284.792,98R$ 8.109.939,6930447
Ouro BrancoR$ 2.664.130,96R$ 1.056.603,37R$ 1.090.764,48R$ 393.572,38R$ 222.392,21R$ 244.724,83R$ 188.184,29R$ 5.860.372,5223033
Entre Rios de MinasR$ 962.800,89R$ 273.768,85R$ 306.120,41R$ 104.105,07R$ 62.713,45R$ 51.602,30R$ 40.158,70R$ 1.801.269,679576
Belo ValeR$ 555.196,42R$ 154.349,74R$ 160.955,05R$ 70.032,15R$ 52.045,28R$ 45.613,58R$ 27.697,02R$ 1.065.889,244647
Piranga R$ 538.495,98R$ 183.622,51R$ 163.479,07R$ 71.311,78R$ 45.032,18R$ 33.046,34R$ 38.505,91R$ 1.073.493,776611
Jeceaba R$ 227.863,53R$ 69.031,13R$ 75.906,81R$ 32.862,55R$ 32.739,77R$ 22.117,77R$ 14.545,85R$ 475.067,412953
Desterro de Entre RiosR$ 386.761,32R$ 130.853,58R$ 103.689,04R$ 52.817,94R$ 27.633,13R$ 28.869,49R$ 13.842,97R$ 744.467,474644
São Brás do Suaçuí R$ 213.958,07R$ 70.190,72R$ 75.892,57R$ 35.623,16R$ 18.756,33R$ 12.867,10R$ 11.746,39R$ 439.034,342109
TotalR$ 18.484.606,37R$ 6.829.399,73R$ 7.229.739,08R$ 2.876.685,71R$ 1.627.221,31R$ 1.555.102,70R$ 1.235.018,75R$ 39.837.773,65161815

Minas deverá ter terceira dose da vacina contra o coronavírus, afirma Zema

Ministério da Saúde confirma estudo sobre a necessidade de mais uma dose do imunizante para quem tomou duas doses da CoronaVac

Minas Gerais deverá concluir até o final de setembro a vacinação em massa da população acima de 18 anos contra a COVID-19. Mas o plano de imunização contra o coronavírus não será encerrado com as aplicações das duas doses da vacina. Boa parte da população deverá receber também a terceira dose do imunizante.

A afirmação foi feito na tarde desta terça-feira (03/08) pelo governador Romeu Zema (Novo), em visita a Montes Claros, onde ele participou de uma reunião com prefeitos. Zema disse que, além da terceira dose, crianças e adolescentes deverão ser contemplados numa nova etapa de vacinação, que ele chamou de “fase 2 do Plano Nacional de Vacinação”.

terceira dose está nos planos do Ministério da Saúde,  que anunciou que a questão será objeto de um estudo a ser realizado em parceria com a Universidade de Oxford (Inglaterra).

Procurado pela reportagem do Estado de Minas, na noite desta terça-feira, o Ministério da Saúde informou que “vai iniciar um estudo inédito para avaliar a necessidade de uma terceira dose de vacinas para COVID-19 para quem tomou a vacina CoronaVac.

“A pesquisa, que será realizada em parceria com a Universidade de Oxford e deve começar em duas semanas, vai verificar a intercambialidade da CoronaVac com outros imunizantes disponível para a população brasileira”, informou o Ministério, por meio de nota.

Embora tenha dito que a terceira dose da vacina contra a COVID-19 deverá atender uma “boa parte da população”, em entrevista à imprensa em Montes Claros,  governador acabou não especificando quem realmente vai ter mais uma aplicação do imunizante, além das duas doses programadas no atual Plano Nacional de Imunização adotado pelo Ministério da Saúde. Também não deu explicações sobre o motivo da aplicação da terceira dose.

Romeu Zema somente adiantou que o secretário de Estado de Saúde, Fábio Fábio Baccheretti, tem tratado do assunto em discussões com o Ministério da Saúde. Segundo ele, “em breve deveremos ter informações sobre essa fase 2 (terceira dose) do Plano Nacional de Imunização”.

Até então, houve uma discussão sobre a possível aplicação da terceira dose do imunizante contra o coronavírus, especialmente para os idosos que receberam a vacina CoronaVac – nesse caso, foram levantados questionamentos sobre e efácia da vacina em pessoas acima de 60 anos após a aplicação da segunda dose.

O governador destacou a “queda acentuada” dos números de casos e de mortes provocadas pela COVID-19 no estado e no país nos últimos 60 dias.

“E com a agilização da vacinação – quero lembrar que essa agilização acontece em Minas e também no Brasil –, nós teremos, segundo as estimativas, condição de concluir o processo de vacinação dos mineiros acima de 18 anos até o final de setembro”, afirmou Zema.

“Isso é uma ótima noticia porque o que o mineiro mais quer é vacina no braço. E isso tem sido prioridade no nosso governo. Não vamos voltar a gerar empregos na qualidade que precisamos, com a intensidade que as pessoas precisam, se não não tivermos a pandemia dentro de um controle”, observou.

Na sequência, o governador falou sobre a previsão da aplicação da terceira dose da vacinação contra a COVID-19.

“Com toda certeza, (com) esse final da vacinação em setembro das pessoas acima de 18 anos deverá ser uma etapa do plano de imunização. Tudo indica que uma terceira dose deverá ser aplicada em boa parte da população e adolescentes e crianças também deverão ser o seu lugar (na campanha de imunização) a partir de setembro”, destacou o chefe do Executivo mineiro.

Números da vacinação em Minas

 De acordo com o “vacinômetro” da Secretaria de Estado de Saúde, até o início desta terça-feira, foram vacinadas em Minas Gerais 10,19 milhoes de pessoas com a primeira dose, enquanto 3,76 milhões receberam a segunda dose do imunizante. Outras 434.651 pessoas receberam a dose única do imunizante da Janssen. O Estado já recebeu 18,13 milhões de doses de vacinas e distribuiu 16,72 milhões de doses para os municípios.

FONTE ESTADO DE MINAS

Sine Mariana: confira as relação de vagas que estarão abertas nesta quarta-feira (04/08)

A prefeitura de Mariana, por meio do Sistema Nacional de Empregos – SINE, informa que estão disponíveis 397 vagas no município para esta quarta-feira, 04 de agosto. As inscrições nas vagas do Sine Mariana podem ser realizadas pelo APP SINE Fácil ou Emprega Brasil. Para isso, é importante manter sempre seus dados corretos e atualizados a cada três meses para que seja possível o encaminhamento para as vagas de emprego.

Também é possível se inscrever para receber uma carta de encaminhamento pelo SAT – Sine Mariana, sistema exclusivo para vagas de emprego e que funciona pelo telefone 3558-5449.

Relação de vagas:

VagaEmpresaCódigoDataQuantidadeEncaminhamentosSituaçãoAções
Operador de RetroescavadeiraSira Ambiental575908103/07/202126ABERTAMais informações
Soldador ERNPE Serviçe577004805/07/20211122ABERTAMais informações
Gerente ComercialETM Service577230303/07/202116ABERTAMais informações
Ajudante de MotoristaCasa Brumaia578122103/07/202116ABERTAMais informações
PedreiroMarco XX Construções574614603/07/2021510ABERTAMais informações
Auxiliar de Limpeza – PCDTerraço578677905/07/2021510ABERTAMais informações
Operador EletromecânicoSodexo578741905/07/202114ABERTAMais informações
Motorista de Caminhão MunkProgeo578764605/07/202136ABERTAMais informações
MarceneiroLojas Gonçalves578814205/07/202115ABERTAMais informações
Auxiliar de MarceneiroLojas Gonçalves578814305/07/202115ABERTAMais informações
Operador de Mini EscavadeiraSómini Service579147507/07/2021210ABERTAMais informações
PedreiroGMP Construções579327808/07/2021515ABERTAMais informações
Carpinteiro de telhadosSira Ambiental572690909/07/202136ABERTAMais informações
Cozinheiro A La CarteQuintal579590012/07/2021210ABERTAMais informações
Motorista de ÔnibusSales Transportes579591812/07/20212040ABERTAMais informações
Auxiliar de Eletricista AutomotivoHely Auto Elétrica579600512/07/202116ABERTAMais informações
Representante ComercialUm por Cento Atacado579799313/07/2021110ABERTAMais informações
Encarregado de ReflorestamentoErg Engenharia579910114/07/2021210ABERTAMais informações
Técnico em Segurança do TrabalhoErg Engenharia579907514/07/2021210ABERTAMais informações
PedreiroCardan Engenharia576215814/07/20212040ABERTAMais informações
VagaEmpresaCódigoDataQuantidadeEncaminhamentosSituaçãoAções
CarpinteiroMarco XX Construções574610115/07/2021510ABERTAMais informações
Armador de FerragensMarco XX Construções574609515/07/2021510ABERTAMais informações
Operador de Bomba de ConcretoTecnosonda580583519/07/202113ABERTAMais informações
PedreiroTecnosonda580573319/07/20211236ABERTAMais informações
Operador de PerfuratrizTecnosonda580567419/07/202113ABERTAMais informações
Operador de MangoteTecnosonda580557119/07/202113ABERTAMais informações
CarpinteiroTecnosonda580555419/07/2021618ABERTAMais informações
Armador de FerragensTecnosonda580553919/07/20212040ABERTAMais informações
Motorista de Ônibus UrbanoTranscota Agência de Viagens580767220/07/2021816ABERTAMais informações
Bombeiro HidráulicoConstrutora Dinâmica580774720/07/202113ABERTAMais informações
CarpinteiroMOB Construtora580799920/07/20211020ABERTAMais informações
Técnico de EnfermagemSansim581123021/07/2021918ABERTAMais informações
Bombeiro HidráulicoConstrutora Aterpa581093122/07/202115ABERTAMais informações
Motorista de Caminhão TraçadoConstrutora Aterpa581134222/07/20211632ABERTAMais informações
Condutor de NiveladoraConstrutora Aterpa581134422/07/2021612ABERTAMais informações
Operador de Trator de EsteiraConstrutora Aterpa581134522/07/202136ABERTAMais informações
Engenheiro Civil/GeotecniaProgen577913123/07/202117ABERTAMais informações
Encarregado Geral de Operações de TransportesJSL Logística581494526/07/2021115ABERTAMais informações
Encarregado de tráfegoJSL Logística581489926/07/2021115ABERTAMais informações
PedreiroVINA Equipamentos581653126/07/20211030ABERTAMais informações
VagaEmpresaCódigoDataQuantidadeEncaminhamentosSituaçãoAções
PedreiroHTB Cosntruções571179627/07/202175100ABERTAMais informações
Auxiliar de LaboratórioTecnosonda581885028/07/202113ABERTAMais informações
TopógrafoTecnosonda581892428/07/202113ABERTAMais informações
PedreiroTarsifer Comécio581918528/07/2021618ABERTAMais informações
Montador de MóveisTransporte Mariana581918928/07/202113ABERTAMais informações
Mecânico DieselCasa da Borracha581919328/07/202113ABERTAMais informações
Operador de EscavadeiraConstrutora Aterpa581137528/07/202148ABERTAMais informações
Mestre de CarpinteiroMOB Construtora582046128/07/202114ABERTAMais informações
Técnico em Segurança do TrabalhoTerraço582052828/07/202113ABERTAMais informações
Operador de MotoserraConbrás Engenharia582073128/07/20211224ABERTAMais informações
Ajudante de ReflorestamentoConbrás Engenharia582070028/07/20211530ABERTAMais informações
CarpinteiroConstrutora Dinâmica582155829/07/2021612ABERTAMais informações
PedreiroConstrutora Dinâmica582160629/07/202148ABERTAMais informações
Ajudante de PintorA3 Atelier582182229/07/202115ABERTAMais informações
Motorista Operador de BetoneiraConcrelongo582247629/07/202128ABERTAMais informações
BorracheiroConsórcio MRF582298030/07/202124ABERTAMais informações
Mecânico de Máquinas PesadasConsórcio MRF582306930/07/202124ABERTAMais informações
Ajudante de Obras – PCDConsórcio MRF582326630/07/2021510ABERTAMais informações
Sinaleiro – PCDConsórcio MRF582326830/07/2021510ABERTAMais informações
Operador de RetroescavadeiraRGL Engenharia575273930/07/202115ABERTAMais informações
VagaEmpresaCódigoDataQuantidadeEncaminhamentosSituaçãoAções
Eletricista de InstalaçõesRGL Engenharia582327530/07/202115ABERTAMais informações
TopógrafoRGL Engenharia582330130/07/202115ABERTAMais informações
CaldeireiroManserv Industrial576486730/07/20211014ABERTAMais informações
CarpinteiroConsórcio MRF582501302/08/20211515ABERTAMais informações
Encarregado de ObrasMarco XX Construções582501402/08/202113ABERTAMais informações
Técnico de Planejamento de ObrasProgen582701603/08/2021816ABERTAMais informações
Analista AdministrativoProgen582702203/08/2021816ABERTAMais informações
Motorista de CaminhãoCotrin582702903/08/202126ABERTAMais informações

Fonte: MAIS MINAS

CPI do Covid-19: depoimentos podem ser transmitidos on line pelas redes sociais e Câmara cobra resposta às irregularidades apurada na CPI

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), instalada para apurar possíveis irregularidades nos recursos aplicados para o enfrentamento do Covid-19, em Lafaiete, e denúncias de “fura-filas” na vacinação, retomou nesta semana seus trabalhos, após recesso parlamentar.

Uma das mais polêmicas comissões criadas nos últimos 20 anos vem rendendo amplas discussões e movimentos os bastidores políticos e acirrando a tensão entre os dois poderes.

Ontem (3), o Presidente da CPÌ, o Vereador André Menezes (PL), afirmou que as oitivas serão abertas a Procuradoria e seus representantes.
Por força de Liminar, a Justiça obrigou a participação de membros da prefeitura nos depoimentos. O caso ainda está nas barras dos tribunais já que a Câmara recorreu da decisão provisória.

André disse que a CPI vem analisando cerca de 8 mil documentos e aguarda dezenas de ofícios enviados em busca de respostas. “Vamos retomar as oitivas agora com a presença dos representantes da Procuradoria. Nós entendemos que o sigilo até então definido é constitucional e garantiria os nomes dos depoentes e citados. A intenção preservar e não expor nomes”, justificou.

André rechaçou clima de perseguição pela CPI. “Nosso papel é fiscalizar as denúncias e são muitas que estamos investigando. Estamos trabalhando de forma idônea, lisura e transparência e no final dos trabalhos todos terão acesso ao relatório final com todos os nomes”, assinalou.

Abrir ao público

Outra informação adiantada pelo Vereador é de que há possibilidade da população participar dos depoimentos e até mesmo a transmissão on line nas redes sociais. “Estamos analisando estas questões e vamos decidir conjuntamente com os 5 membros da CPI”, comentou.

Segundo ele, aos menos 10 novos depoimentos devem ocorrer nas próximas.

Relatório

No dia 7 de maio, foi instalada a CPI do Covid-19 e no dia 29 de julho foi divulgado o relatório parcial que apontou irregularidades, desperdício de dinheiro público, má gestão, falta de equipamentos e medicamentos no Hospital de Campanha.

Na cronologia dos fatos, diversos depoentes foram demitidos e pediram demissão quando a Câmara denunciou clima de caça às bruxas.

Cobranças

Por unanimidade, os vereadores aprovaram um requerimento exigindo do Prefeito Mário Marcus, Vice-Prefeito, Marco Antônio, Secretária Municipal de Saúde, Rita Kássia, o Procurador Geral, Cayo Noronha, informações acerca das providências que foram tomadas em relação ao Relatório Parcial da CPI n9 00212021 (CPI – COVID).

O relatório parcial da CPI foi enviado a Polícia Federal e ao Minist5ério Público Federal

https://youtu.be/XmpXTvfYYis

Leia mais

CPI aciona Polícia Federal para investigar desvios relatados na CPI no Hospital de Campanha; vereadores denunciam perseguição contra servidoras

Vereadores classificam como covardia, perseguição e “caça às bruxas” a demissão de gerente do Hospital de Campanha que depôs na CPI

ANTT abre caminho para viabilizar trem ligando o Rio de Janeiro a Minas

Agência aprova reforma do trecho Três Rios-Sapucaia (RJ), primeiro passo para restabelecer viagem de 168 quilômetros por linha férrea entre os dois estados

O desejo de viajar no trem turístico Rio-Minas, planejado para trafegar entre Cataguases, na Zona da Mata Mineira, e Três Rios, no lado fluminense, está mais perto de ser realizado – pelo menos em parte. Depois da longa espera dos defensores da iniciativa, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTTaprovou reforma do trecho Três Rios-Sapucaia (RJ), que passa pelo município de Chiador, em Minas. O pedido foi apresentado pela concessionária Ferrovia Centro Atlântica (FCA)/VLI Logística, com autorização já publicada no “Diário Oficial da União”.

O trecho Três Rios-Sapucaia compreende inicialmente 37 quilômetros e consiste no primeiro módulo do trajeto completo de 168 quilômetros. Em Chiador, o trem vai parar na estação de Penha Longa, já que a antiga e primeira do estado, inaugurada em 1869 pelo imperador dom Pedro II (1825–1891), aguarda obras de restauração, informa a presidente da Oscip (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público) Amigos do Trem, Cyntia Nascimento Leite, que está à frente da empreitada.

“Nossa expectativa é de que o trem turístico comece a circular até o fim do ano que vem, pois o prazo para a obra é de 18 meses. A autorização da ANTT nos animou bastante. Estamos esperando há muitos anos, com luta, fé e determinação, para ver o trem cheio de passageiros interessados em curtir as belezas da região”, afirma Cyntia. A Amigos do Trem foi criada há 20 anos por Paulo Henrique do Nascimento, mineiro de Juiz de Fora, na Zona da Mata, que faleceu há três anos após dedicou décadas à tarefa de  estruturar as bases do projeto e colocar em prática suas ideias.

Passando por estações de oito municípios, a maioria em Minas, o trem percorrerá futuramente os 168 quilômetros em três horas, nos fins de semana e feriados. No roteiro, Cataguases, Leopoldina, Recreio, Volta Grande e Além Paraíba, na Zona da Mata, Sapucaia (RJ), Chiador (MG) e Três Rios (RJ) – enquanto uma composição fizer o trecho Três Rios-Cataguases, a outra vai operar no sentido inverso, ambas com partidas programadas para a parte da manhã e encontro no meio do caminho. Trata-se do antigo ramal ferroviário Leopoldina, e todos os 15 vagões, que pertenceram à Vale para a rota Belo Horizonte-Vitória (ES), foram restaurados na oficina de trens em Recreio.

Em nota, a VLI, administradora da Ferrovia Centro-Atlântica, informa que executará a reestruturação do trecho entre Três Rios (RJ) e Sapucaia (RJ) conforme deliberado pela ANTT. O cronograma estabelecido prevê a apresentação de um plano de trabalho dentro de três meses, e a execução e entrega da reestruturação do referido trecho em um período de 18 meses, a contar de 23 de julho deste ano.

DIVERSÃO E CONHECIMENTO Primeiro trem turístico interestadual do Sudeste do país, o Rio-Minas pretende pôr nos trilhos diversão, conhecimento e histórias do início ao fim. “Acreditamos que o Rio-Minas será importante para fortalecer não só o turismo, mas também a cultura e o comércio de maneira geral, gerando renda. Há muitos atrativos ao longo da ferrovia. No entorno, vivem cerca de 900 mil pessoas”, conta a presidente da Oscip. Entusiasmada, ela diz que os passageiros poderão ver futuramente, no trajeto completo, os rios, a represa de Furnas, fazendas centenárias, as próprias estações, que são um patrimônio histórico, e belas paisagens.

Quem viajar no Rio-Minas terá à disposição 15 vagões com capacidade para 870 pessoas. Vale destacar que, além de restaurante e lanchonete, haverá vagão específico para eventos e acessibilidade para passageiros com deficiência. A velocidade deverá chegar a 30 km/h. 

“Nestes anos de espera, contamos com a colaboração de várias instituições e ‘amigos do trem’, como o Grupo Mil, FCA/VLI, o Ministério Público Federal em Minas, o Sebrae Rio, as prefeituras de municípios localizados ao longo do trecho, a empresa mineira Sumicity e, claro, os voluntários”, diz a presidente da Oscip. Com o sinal verde da ANTT e do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), obras de recuperação do trecho podem começar finalmente a ser feitas, acrescenta.

Primeira viagem-teste

Em 19 de maio de 2018, a pacata cidade de Recreio, na Zona da Mata, viveu um momento histórico. Bem cedo, veio gente de todo lado para ver a partida do trem Rio-Minas, que, naquele dia, fazia uma viagem-teste em direção a Cataguases, num trajeto de 60 quilômetros. A equipe do Estado de Minas estava presente e divulgou um vídeo que viralizou na internet. Tendo à frente Paulo Henrique do Nascimento (foto), idealizador do projeto, que faleceria em novembro daquele ano, a viagem envolveu 15 pessoas, sendo sete a bordo e oito de carro, munidos de rádios de comunicação para fazer acompanhamento. Naquela viagem-teste, os passageiros ficaram de fora, apenas acenando de longe para o trem que trafegava em velocidade baixa (de 3 a 5 km/h) com duas  locomotivas e três vagões. 

FONTE ESTADO DE MINAS

Concurso da Caixa contará com 1 mil vagas para Técnico Bancário

Banco visa preencher maior parte das vagas até o final do ano. Até setembro o novo edital deve ser lançado

A Caixa Econômica Federal anunciou a contratação de 10 mil pessoas. As vagas serão destinadas para concurso público e para terceirizados. O objetivo é suprir a demanda de abertura de 250 novos pontos de atendimento. Mil vagas serão para técnicos bancários.

Inicialmente, a previsão era de 7,7 mil vagas, contudo o número aumentou conforme o banco. 3 mil profissionais devem ser oriundos do último concurso de 2014. Os profissionais serão convocados imediatamente, seguindo ordem de classificação. Essas primeiras vagas devem ser completadas até o final do ano.

“Vamos contratar mais 10 mil pessoas. Destas, 4 mil serão novos empregados, 3 mil dependem de autorização da Sest (Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais) e mil serão PCDs (deficientes) em um novo concurso, em setembro deste ano”, anunciou o presidente do banco.

A Caixa deve disponibilizar 1 mil vagas para Pessoas com Deficiência (PCD). Estas irão prestar concurso próprio para técnico bancário. Até setembro o novo edital deve ser lançado.

Serão contratados ainda 5,2 mil estagiários e adolescentes aprendizes. Fora os cerca de 800 recepcionistas e vigilantes terceirizados pela estatal.

A contratação de estagiários e jovens acontece através de parceria com entidades sem fins lucrativos. Essas entidades participam de processo de seleção pública e de convênios. 

Inclusive, segundo a Caixa, o Centro de Integração Empresa Escola (CIEE) pode chamar mais candidatos. No caso, essas vagas serão para estágio.

Quanto à contratação de terceirizados, as empresas devem observar as normas legais. Essas diretrizes tratam das atividades de vigilância e recepção, bem como as exigências contratuais.

Mil vagas para técnicos PCD

Para o cargo de técnico bancário destinado a PCD, é necessário ter nível médio completo. A remuneração inicial é R$ 3 mil, para jornada de 30 horas. 

Com todos os benefícios pertinentes ao cargo, o valor pode chegar a, aproximadamente, R$4.5 mil. 

Veja os detalhes:

– Auxílio refeição/alimentação – R$831,16 (já somado no valor de R$4.486,03)

– Auxílio cesta/alimentação – R$654,87 (já somado no valor de R$4.486,03)

– Auxílio 13ª cesta alimentação – R$654,87

– Auxílio creche/babá – R$502,98

– Possibilidade de ascensão e desenvolvimento profissional;

– Participação nos lucros e nos resultados;

– Possibilidade de participação em plano de saúde e em plano de previdência complementar;

– Possibilidade de participação em programa de elevação da escolaridade e desenvolvimento;

– Programas de preservação da saúde, qualidade de vida e prevenção de acidentes.

Vale destacar que o regime de contratação é por CLT e conta com contribuição ao FGTS.

FONTE EDITAL CONCURSOS

Uma cidade envenenada: a história desconhecida de um dos maiores desastres ambientais do Brasil

Centenas de toneladas de agrotóxico cancerígeno foram esquecidas nos anos 60 pelo governo federal na área de um orfanato; moradores ainda sofrem efeitos na saúde

Um portal em arco amarelo de arquitetura mexicana separa a Cidade dos Meninos do resto do mundo. Erguida na década de 1940 às margens do quilômetro 12,5 da Rodovia Presidente Kennedy, aquela estrutura com pintura desgastada separa o estado do Rio de Janeiro de uma área federal esquecida no tempo. Dois seguranças param qualquer carro desconhecido que busque entrar na pequena comunidade. Perguntam o nome dos forasteiros, para onde vão e qual a relação com os moradores. 

Lá dentro existe uma área rural no meio da Baixada Fluminense, uma das regiões mais violentas do país. Mas aqui a sensação é de paz e de um enorme silêncio. Toda a comunidade, onde moram 1400 famílias, é cortada por uma estrada de terra, a avenida Darcy Vargas. A primeira-dama de Getúlio Vargas recebeu a homenagem por ter iniciado na década de 1930 o projeto de construir um internato para órfãos que deu origem à comunidade. 

Hoje não há mais internos na Cidade dos Meninos. Pelo contrário; é como se aquela comunidade enfrentasse uma maldição que impede qualquer criança de frequentar uma escola erguida sobre aquele solo. “Um monstro invisível”, é o que contam por lá. 

‘Nós usávamos o pó de broca para tudo. Colocávamos nas casas para matar mosquito, (no cabelo) se a criança tinha piolho’, Maria Sarmento, de 93 anos, moradora

A comunidade é o palco de um dos maiores desastres ambientais do Brasil. Mas, à diferença de outras contaminações por substâncias tóxicas, como o caso Césio-137, em Goiânia, a história da Cidade dos Meninos foi esquecida. E o problema segue sem solução até hoje. 

O primeiro alerta do desastre que selou a história do orfanato e dos moradores está em uma placa, a menos de 1 quilômetro da entrada: “PERIGO – ÁREA CONTAMINADA”. 

Uma descontaminação sem sucesso ocorreu há mais de 25 anos. Desde então, governo e imprensa esqueceram a tragédia ambiental da Cidade dos Meninos (Fotos: Dado Galdieri//Hilaea Media)

Os telefones de emergência que constam no aviso já não funcionam mais. A placa foi instalada há quase três décadas, e marca também a última vez que o Governo Federal tirou do papel algum projeto para controlar a contaminação por hexaclorociclohexano, o HCH. Um pozinho branco, de aparência inofensiva, trata-se de um agrotóxico organoclorado mais conhecido como “pó de broca”– o nome vem de um besouro que ataca o cafezal, a “broca do café”. 

Nos tempos de glória, a Cidade dos Meninos chegou a abrigar mais de 1.200 órfãos. Nas cinco décadas em que funcionou, foi o lar de cerca de 5 mil órfãos e crianças retiradas das ruas do Rio de Janeiro e de outros estados do Brasil. Além deles, a comunidade acolheu também os funcionários do orfanato, que ganharam casas na região e construíram família. No começo dos anos 1990, a população beirava 5 mil pessoas. 

Logo no ano da inauguração do abrigo, o Ministério da Saúde e Educação instalou o Instituto de Malariologia em oito pavilhões desocupados do orfanato. Inicialmente apenas pesquisas sobre malária seriam realizadas ali. Mas, munidos pelo desejo de transformar o Brasil em uma “potência industrial”, três anos depois as instalações passaram a ser usadas para produzir inseticidas organoclorados, como o HCH e o DDT – que hoje são proibidos em todo o território nacional – para matar o mosquito que transmite a malária.  

Uma década depois, a fábrica fechou as portas. Os funcionários foram transferidos para Manguinhos, também no Rio de Janeiro, deixando para trás materiais de escritório, móveis e dezenas de tonéis de papelão contendo cerca de 400 toneladas de pó de broca puro. 

“Os moradores diziam: se fosse perigoso, o governo não deixaria aqui”, explica Miguel da Silva, uma liderança na comunidade. “Nós usávamos o pó de broca para tudo. Colocávamos nas casas para matar mosquito; se a criança tinha piolho, ou raspava o cabelo ou metia pó de broca. Era um santo remédio”, relembra dona Maria Sarmento, de 93 anos, uma das moradoras mais antigas da comunidade. 

Nas mãos das crianças, o veneno virava brinquedo. Elas jogavam as pedras do pó umas nas outras, como numa partida de paintball. Até em reformas e obras públicas o veneno foi usado. Pelo menos 360 toneladas de pó de broca foram espalhados pela Cidade dos Meninos em pouco mais de 20 anos.

Mas, diferentemente do que era dito pelos moradores na época, o pó de broca não era um “santo remédio”. Em 1985, o agrotóxico foi proibido em todo o Brasil, e antes disso já havia sido retirado do mercado de dezenas de países. Estudos consistentes apontam que o hexaclorociclohexano pode causar câncer, má-formação fetal, abortos espontâneos e alterações no sistema nervoso. Se isso não fosse suficiente, a substância é extremamente persistente no meio ambiente e em organismos humanos, podendo levar décadas para ser degradada.

  • Crianças na cidade dos meninos
  • Quatro prédios do abrigo hoje são ocupados por famílias. Até mesmo uma igreja neopentecostal funciona em uma sala de aula abandona

Está no sangue

Sessenta anos após o fechamento da fábrica de pesticidas, o pó de broca continua na comunidade. E não só na área da fábrica ou nas paredes rebocadas com o veneno. O sangue de 95% de 1.400 habitantes testados já chegou a apresentar resíduos alarmantes da substância cancerígena, de acordo com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). 

Houve uma iniciativa para descontaminação liderada pela Nortox, mas ela só piorou a situação. 

A contaminação fez o orfanato e as escolas públicas fecharem as portas. E, com elas, os empregos que restavam. Nem mesmo plantar ou criar animais aquele povo podia. Em 1999, todos os bichos da Cidade dos Meninos foram sacrificados para diminuir a contaminação, que passa pela carne e derivados. 

Mesmo assim, ainda tem gente na Cidade dos Meninos. Os “nativos”, como são chamados os moradores mais antigos, travam uma luta que dura décadas para continuar na comunidade mesmo em meio ao descaso do governo e ao número alarmante de casos de câncer. 

No lugar onde no passado ficava a fábrica de agrotóxico, hoje existe uma plantação de eucaliptos, feita sob medida para ser uma espécie de muralha natural, impedindo que o vento sopre resíduos de agrotóxicos para o resto da comunidade. 

“Não tem como errar a minha casa. Se você não achar, é só perguntar pra alguém onde mora o ‘Miguel do pó’, que vão te mostrar”, diz Miguel.

Em 1999, todos os bichos da Cidade dos Meninos foram sacrificados para diminuir a contaminação

À margem da estrada de chão batido cercada pelo verde, ouve-se rock nacional dos anos 1980, e uma tenda colorida e paredes com pinturas explicam o que  Miguel quis dizer com “não tem como errar a minha casa”. 

Ele mora na “casa da bruxinha” uma residência que estampa a pintura de uma bruxa na parede. Ao lado, no mesmo terreno, fica a Toca do Raul, uma espécie de bar e restaurante criado pela sobrinha, Fernanda de Barros, em homenagem ao roqueiro Raul Seixas. 

“Usavam para me zoar. ‘Miguel do pó’ porque eu só falava do pó de broca”, explica Miguel. Realmente, ninguém falou e brigou tanto contra a contaminação quanto ele.

Miguel participou de diversas ações judiciais para descontaminar a área. Contou a história da Cidade dos Meninos em palestras, audiências públicas e reuniões com vereadores, deputados estaduais, federais e até mesmo com ministros da Saúde. Ele assumiu a posição de porta-voz da população com o governo e viajou a Brasília diversas vezes a convite do governo federal para discutir o futuro da comunidade. Em 1992, conseguiu trazer o então ministro da Saúde, Adib Jatene, para conhecer pessoalmente a área contaminada. 

“Quem tem que sair é o pó, não é a gente”, responde, quando indagado por que ele e a família continuam ali. Miguel é vizinho da antiga fábrica de agrotóxicos. Todas as moradias que ficavam mais próximas à área foram desapropriadas e derrubadas. 

Vizinho do veneno: Miguel mora na casa mais próxima a área da antiga fábrica

Lutar por décadas pela descontaminação da Cidade dos Meninos não trouxe aplausos. Pelo contrário: até ameaça de morte ele já recebeu. “Um conhecido falou no bar ‘esse Miguel não tem jeito, só matando mesmo’, e o dono do bar ouviu só essa parte e espalhou que eu estava jurado de morte. A história cresceu, saiu na mídia e em todo canto”, diz. 

Aos 58 anos, Miguel já passou por poucas e boas. Experiências que o tornaram um exímio contador de histórias. Ele é formado em geografia, já serviu o Exército, foi secretário de Meio Ambiente de Duque de Caxias e se candidatou a vereador só para usar o tempo da propaganda obrigatória para falar sobre pó de broca.

“Nasci em 63, em Madureira, e vim pra cá em 65. Aprendi a andar na Cidade dos Meninos”, conta Miguel, enquanto puxa uma cadeira do bar. 

Filho de açougueiro, ele chegou com a família ainda pequeno, convidado por um tio, funcionário do abrigo. “Ele dizia que aqui não dava para passar fome. Você plantava e criava o que ia comer.” Miguel estudou no Colégio Municipal Sarah Kubitschek, junto com os órfãos. “Eles tinham vida boa, cinco refeições ao dia. Quando eu brigava com a minha mãe, pedia para ser colocado no abrigo”, conta, rindo. 

O abrigo para meninas virou “Cidade dos Meninos”  

Aos 93 anos, Maria Sarmento é a mais velha moradora da comunidade. Ao receber a reportagem, ela tem nas mãos um álbum de fotografias. O dedo enrugado de unhas vermelhas aponta para uma imagem em preto e branco. “Aqui tinha um laguinho, mas foi aterrado por culpa do pó de broca. Não podia ter mais nem peixe”, explica. 

A família chegou à região em 1949, dois anos após a abertura do abrigo para órfãos. Ela era auxiliar de enfermagem e seu marido, Mário, era enfermeiro. “Quando abriu a fábrica do pó de broca, tinha que ter uma parte de saúde no abrigo, vinhemos para cuidar dos meninos”, conta dona Maria. 

Moradora mais antiga da Cidade dos Meninos, Maria Sarmento trabalhava na enfermaria do orfanato

“A Cidade dos Meninos quase foi ‘Cidade das Meninas’”, relembra. A primeira-dama Darcy Vargas, esposa do então ditador Getúlio Vargas, foi a idealizadora do projeto original. Seriam construídas 80 residências de grande porte. Em cada uma, uma família seria responsável por criar 20 meninas órfãs. Quando elas chegassem à maioridade, assumiriam uma residência própria, onde passariam a criar outras 20 garotas, dando continuidade ao projeto.

A partir de 1939, Darcy passou a organizar eventos para angariar donativos para a construção do complexo. Ao lado do portal de arquitetura mexicana, ela construiu uma casa de chá, onde reunia socialites e empresários brasileiros para fazê-los abrir a carteira. Oito residências chegaram a ser erguidas, mas nunca receberam uma órfã sequer. O fim do governo Vargas, em 1945, frustrou os planos da então primeira-dama. 

No ano seguinte, Levy Miranda, presidente da Fundação Abrigo Cristo Redentor e amigo pessoal de Darcy Vargas, recebeu o terreno da fundação da ex-primeira-dama e deu continuidade ao projeto. O orfanato foi inaugurado em 1947. Apenas para meninos. 

Existem diversas explicações para a mudança. A oficial, registrada na biografia de Miranda, é que seria “muito difícil e de maior responsabilidade assumir o compromisso de dar assistência a jovens do sexo feminino”. Moradores e historiadores dizem que a fundação tinha receio que as órfãs acabassem engravidando enquanto estavam internadas; era prioridade investir na mão de obra masculina para a expansão econômica; e era mais fácil dar uma destinação aos meninos quando eles completassem 18 anos, mandando-os para o Exército. 

Dona Maria mora em uma das casas construídas para a “Cidade das Meninas”. Sentada em uma cadeira em frente a uma grande janela azul, ela mostra a espaçosa sala de estar. “É uma casa muito boa, muito bem construída. Aguenta até furacão. Mas é enorme, foi feita para 20 meninas.” É tão grande que foi dividida em duas. Ela mora na da frente, e na parte de trás mora Tereza da Silva, de 85 anos. Ao ouvir o barulho dos visitantes, Terezinha logo aparece na varanda da vizinha. 

Dona Tereza chegou em 1960 ao lado do marido, que foi órfão no abrigo e retornou anos depois como funcionário da instituição. “Tinha muita vida aqui, muita festa. Festa da igreja, forró”, diz Terezinha. “Meu marido morreu, mas hoje eu moro aqui com as minhas netas, e mais um monte de mulher vem me visitar.” 

O abrigo abriu as portas antes mesmo de ser totalmente construído. Em 1953, concluiu-se o pavilhão Instituto Nossa Senhora da Paz; em 1955, o Instituto Dom Bosco; em 1958, a Escola Darcy Vargas; em 1964, o Instituto Profissional Getúlio Vargas. A moradia dos meninos se dividia nesses quatro institutos, onde eles eram separados por idade e grau de instrução. 

Além de estudar, dormir e fazer refeições, eles participavam de cursos profissionalizantes de mecânica, tornearia, soldagem, serralheria e etc. O foco das atividades extraclasse era na área agrícola. A comunidade plantava os próprios alimentos e tinha criações de gados, aves e suínos. Eles produziam todo alimento que consumiam, e ainda sobrava para vender aos municípios vizinhos. 

Os alunos que trabalhavam nas lavouras recebiam remuneração pelo trabalho e eram orientados a depositar os ganhos em uma caderneta da Caixa Econômica para terem uma poupança quando deixassem o orfanato. 

Uma fábrica de veneno

Muito antes da pandemia de Covid-19, a malária ocupava o posto de principal doença infecciosa no país. Na primeira metade do século passado, a região da Baixada Fluminense era um dos maiores focos da doença. Foi nesse contexto que o Ministério da Educação e Saúde aproveitou oito pavilhões desocupados da Cidade dos Meninos para instalar o Instituto de Malariologia em 1947 – mesmo ano da fundação do orfanato. 

O instituto tinha como objetivos “realizar estudos, pesquisas e investigações sobre a malária”. Assim, criou-se uma fábrica de inseticidas no local apenas dois anos depois de ter aberto as portas, em 1949, segundo o que é descrito em um relatório do Ministério da Saúde de 2002

“Vamos libertar a economia nacional dos pesados encargos da importação de produtos químicos”, afirmou Pedro Calmon, ministro da Educação e Saúde do governo Eurico Gaspar Dutra, durante a inauguração da fábrica do agrotóxico HCH no meio da Cidade dos Meninos. 

Em ofícios datados de 1947 a 1960, a fundação fez diversas reclamações ao Ministério da Educação e Saúde. Diziam que a área do instituto estava sendo ampliada sem consentimento, reclamavam da proximidade do inseticida com os menores residentes nos abrigos e relataram ainda que parte dos funcionários da fábrica servia de mau exemplo para os menores internos. 

A fábrica do Instituto de Malariologia foi depois ampliada e sua gestão, transferida para o Departamento Nacional de Endemias Rurais, do Ministério da Saúde. O número de inseticidas produzidos aumentou. Passaram a ser fabricados diversos produtos químicos, como pastas do inseticida DDT e de BHC, 1080 (monofluoroacetato de sódio) e cianeto de cálcio – todos, subprodutos do HCH. A fábrica  começou a produzir também medicamentos, como penicilina, tetraciclina e outros. 

A produção só foi totalmente encerrada em 1960, devido a diversos pedidos da Fundação Abrigo Cristo Redentor. O setor de medicamentos foi transferido para Manguinhos, na cidade do Rio de Janeiro. 

Darcy Vargas é homenageada com uma estátua e no nome da avenida que corta a Cidade dos Meninos

O mesmo não aconteceu com as instalações da fábrica de agrotóxicos. Equipamentos, tambores contendo matérias-primas e rejeitos dispostos inadequadamente sobre o solo foram abandonados nas instalações da Cidade dos Meninos. 

Na época, os problemas causados pelos pesticidas eram pouco conhecidos. “Hoje se sabe que essas substâncias são extremamente prejudiciais à saúde”, explica a doutora em saúde pública e meio ambiente da Fiocruz Ana Cristina Simões Rosa. “A estrutura química delas é similar aos nossos hormônios naturais, o que facilita a entrada nas vias do metabolismo”, explica. Uma vez no corpo, as consequências são enormes. “É uma substância cancerígena. Ela atua na desregulação do sistema endócrino e em alterações no sistema nervoso e neurocognitivos”, completa. 

As agências reguladoras descobriram também outra característica preocupante das substâncias: a acumulação no meio ambiente. “Os organoclorados têm uma estrutura química muito estável no meio ambiente e no corpo humano, e por isso demoram anos para se degradar. Usar como inseticida uma substância que não se degrada no meio ambiente é uma bomba”, completa a pesquisadora da Fiocruz. 

Mas o Brasil só foi proibir o pó de broca na agricultura em 1985, e o produto foi usado em campanhas contra doenças até 1995. 

Autora de um dos principais trabalhos acadêmicos sobre a Cidade dos Meninos, a pesquisadora Rosália Maria de Oliveira explica que, mesmo com os avisos da comunidade científica, o governo usou com descuido os agrotóxicos organoclorados pela crença no “progresso”. “O campo de visibilidade das autoridades científicas era delimitado pela crença nos benefícios trazidos pelos avanços científicos e tecnológicos”, diz. 

  • Mais de mil pessoas moram hoje na Cidade dos Meninos. Amanda da Silva arruma o cabelo do irmão em frente ao Instituto Dom Bosco, onde vive com a família
  • “É um bom lugar para construir família”. Longe da violência da Baixada Fluminense, moradores não querem abandonar a Cidade dos Meninos

“A nossa brincadeira aqui era guerra de pó de broca”

Com a chuva e o sol, os tonéis de papelão desintegraram, e o pó de broca ficou jogado no chão. Outras substâncias químicas também foram esquecidas na fábrica, mas até hoje não se sabe ao certo quais. Só de HCH, eram de 300 a 400 toneladas, de acordo com a Fundação Estadual de Engenharia e Meio Ambiente (Feema) do Rio de Janeiro.

Sem nenhum aviso ou placa que alertasse sobre o perigo, a população entrava e saía da antiga fábrica. “A nossa brincadeira aqui era guerra de pó de broca. Tinha muito lugar para se esconder dentro da fábrica, então íamos para lá. O pó de broca esfarelava quando acertava em alguém. Então pegava no chão e largava em cima do colega”, conta Miguel, enquanto caminha pelo mato próximo à área da fábrica. 

As crianças apertavam as válvulas dos cilindros de cloro para ver o “gás amarelo” sair e jogavam umas nas outras. Encontrados em gavetas, pós das mais variadas cores eram tratados como relíquias. 

A família de Miguel era uma das que acreditavam que o agrotóxico era remédio, e o veneno foi usado até mesmo na cabeça do menino para matar piolho. “Agora eu tô quase careca, mas eu tinha o cabelo grande”, conta rindo. “Misturava o pó de broca com banha de porco, faz aquela pasta, bota um pouquinho de enxofre amarelinho que tinha também lá no chão da fábrica, bota na cabeça e amarra um saco para dar uma abafada. Agora imagina, se a gente se contamina botando a mão no pó ou comendo uma goiaba que tem por aqui, imagina colocando na cabeça. É uma overdose de pó de broca”, completa. 

Adultos e funcionários do abrigo  aproveitavam o local da fábrica e os materiais deixados também para pegar telhas para construir barracos ou galinheiros. “Como não tinha ninguém aqui para vigiar, o produto deixado lá virou de todo mundo”, conta. 

O pó de broca foi parar até nas feiras de rua de Duque de Caxias, onde era vendido por moradores em pacotes enrolados com jornal. E foi isso o que levou o caso à imprensa – mas apenas em 1988. Deu no jornal Última Hora, com o título “Pó tóxico ameaça um bairro”. A matéria fala sobre a comercialização do pó de broca na feira, relata que crianças da Cidade dos Meninos sofriam de problemas respiratórios, alérgicos, tonturas e enjoos. Os moradores relatavam que a carne e o leite dos animais da região têm “cheiro e sabor desagradáveis”.

Mas a história conseguiu repercussão apenas em julho de 1989, quando os jornais O DiaO Globo e Jornal do Brasil começaram a publicar sobre a contaminação. Nesse mesmo mês, a Feema vistoriou o local e encontrou cerca de 40 toneladas de pó de broca puro. O produto foi retirado e levado para ser incinerado em São Paulo. A Feema estimou que cerca de 350 toneladas do produto químico estavam espalhadas e recolheu amostras de solo e frutas da Cidade dos Meninos. O resultado mostrou  a presença de HCH em todos os resíduos analisados. 

Foi assim que a Fiocruz entrou no caso. Três anos depois, resultados de exames laboratoriais identificaram a presença de HCH em amostras de sangue de 31 pessoas de sete famílias que moravam a até 100 metros da antiga fábrica. 

Mas o interesse do público na Cidade dos Meninos não durou muito tempo. A tese de doutorado da pesquisadora da Fiocruz Rosália Maria de Oliveira analisou todas reportagens publicadas sobre a contaminação entre a década de 1940 e 2006, ano da publicação do trabalho. A imprensa acompanhou de perto o caso no começo dos anos 1990, mas com o passar dos anos o número de publicações diminuiu e a tragédia começou a ser esquecida mesmo sem ter sido solucionada.   

Miguel pega um pedaço de pau e cutuca o chão que era da antiga fábrica. “Olha, isso aqui é pó de broca, pó de broca puro”

Miguel do Pó perdeu dois irmãos para o câncer

Na mesma época em que foi descoberta a contaminação, uma tragédia transformou o jovem Miguel no “Miguel do Pó”. “Meu irmão caçula morreu de câncer no fígado. Ele tinha só 19 anos. Quando descobrimos o que o pó de broca pode causar, imaginei que a morte dele poderia ter alguma relação. E isso me causou uma grande revolta”, diz. 

No começo deste ano, Miguel perdeu mais um irmão. O mais velho. “Ele começou a construir uma casa aqui, pra viver até morrer. Ele enfrentou o câncer de pulmão por muito tempo, mas com isso o corpo ficou fraco e ele morreu do coração”, diz ao mostrar a estrutura de uma casa inacabada. A residência era localizada ao lado da cerca que separa a área da antiga fábrica de agrotóxicos. “Ele não acreditava no pó de broca. Pelo menos umas 18 pessoas morreram por decorrência de câncer por aqui”, conta. 

Um estudo feito em 2002 pelo pesquisador da Fiocruz Sergio Koifman relacionou a exposição ao pó de broca à ocorrência de câncer na região. Ao longo das décadas de 1980 e 1990, moradores que residiam a até 12 km da área da fábrica apresentaram aumento da mortalidade por câncer de pâncreas, fígado, laringe, bexiga e tumores hematológicos em homens, e de câncer de pâncreas e tumores hematológicos em mulheres, na comparação com grupos populacionais que viviam em áreas mais afastadas. 

Liderados por Miguel, em 1990 os moradores iniciaram uma ação civil pública impetrada pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro contra a União por danos causados à saúde e ao meio ambiente. 

A Procuradoria-Geral de Justiça do Rio de Janeiro também instaurou inquérito civil para apurar os danos à saúde e ao meio ambiente causados pelo HCH.  Foi reconhecida a responsabilidade do Ministério da Saúde pelo abandono do produto na área. Em 1990, a Justiça solicitou à pasta que adotasse medidas urgentes para diminuir a exposição da população e do ambiente.

Do processo nasceu a cerca que isola a área da fábrica. Em 1995, a proteção foi construída ao redor de 40 mil metros quadrados, apenas na área da fábrica, e cinco anos depois foi ampliada para 70 mil metros quadrados, pegando também as moradias de dez famílias vizinhas. 

Feita de concreto, com uma tela de aço armada para não deixar passar animais nem humanos, a obra nunca recebeu manutenção. Prova disso são os vários buracos que deixam a passagem livre para o foco da contaminação. 

Os animais de uma fazenda vizinha entram na área contaminada para pastar. “O leite dessas vacas é vendido por aí. Tanto o leite quanto o queijo”, diz Miguel. “Deveríamos montar uma banquinha e vender os produtos da Cidade dos Meninos em frente ao Ministério da Saúde. Só assim pra dar barulho”, completa. 

Quando o HCH contamina o solo, os animais que comem a grama são contaminados. “Se for um mamífero, como uma vaca ou um humano, essa substância vai se acumular no tecido gorduroso. No ato da amamentação, esse tecido é mobilizado, e a substância é passada pelo leite”, explica a pesquisadora da Fiocruz Ana Cristina. 

Cheiro de mofo e naftalina

A fábrica foi afinal demolida em 1995. Mas no local ainda dá para sentir um odor forte que parece uma mistura de naftalina e mofo. “Quase 30 anos depois da demolição e retirada do pó de broca, ainda dá pra sentir o cheiro”, comenta Miguel. Ele pega um pedaço de pau e cutuca o chão. “Olha, isso aqui é pó de broca, pó de broca puro”, fala enquanto passa o dedo no pó branco. Na mesma área, há ainda um esqueleto de algum animal que morreu por ali. 

A natureza tomou conta do território da antiga fábrica. Hoje, pés de goiaba e tangerina dividem espaço com algumas estruturas que ainda ficaram de pé. “Se eu encontrar uma fruta, vou te dar para comer. Não é um veneno que come e cai babando não, é bioacumulativo”, diz, rindo, para o repórter. Significa que o efeito não é imediato, a substância é absorvida pelo organismo e pode gerar doenças crônicas se acumulada em grande quantidade.

No chão ainda há embalagens plásticas de produtos usados na fábrica e pedaços das bombas de cerâmica que guardavam algumas substâncias químicas. “A gente se escondia dentro dessas bombonas aqui. O que tinha dentro delas antes a gente nunca vai saber”, diz. 

Enquanto mostra os escombros da fábrica, Miguel relembra que no mesmo dia em que recebeu do governo a notícia de que a verba para a obra havia sido liberada, em 1993, a Justiça decidiu fechar todas as escolas e o orfanato da Cidade dos Meninos. “Muita gente acha que é minha culpa. Dizem que eu fui o responsável por fechar as escolas, por acabar com o abrigo. Até hoje tem gente que pensa isso.” 

Vinte e cinco anos anos depois do fechamento, Miguel ainda tem que explicar para os vizinhos que não foi o responsável.

“Eu nasci depois que a fábrica foi fechada, não fui eu que deixei esse veneno aqui”, desabafa. 

Sem crianças: fezes de animais cobrem todo chão do Instituto Margarida, ocupado hoje apenas por árvores e pássaros

O fechamento total do orfanato só ocorreu em 1996, quando o Ministério da Previdência e Assistência Social extinguiu todos os convênios assinados pela Legião Brasileira de Assistência, que administrava a área. Com isso, cerca de 650 crianças que continuavam nas instalações foram transferidas. O abrigo da Cidade dos Meninos foi definitivamente desativado.

Veneno no sangue 

O que embasou a decisão da Justiça de fechar o orfanato foi uma pesquisa da Fiocruz que analisou o sangue de 186 internos da fundação e identificou em um quarto das amostras concentrações de HCH muito acima dos níveis encontrados em crianças da mesma faixa etária, mas que viviam em regiões onde não havia foco de contaminação. O que provava que a fábrica abandonada havia de fato contaminado os alunos. 

Um dos integrantes das últimas turmas do internato é o Rômulo de Carvalho, que continua morando na Cidade dos Meninos. Rômulo tinha 14 anos quando chegou ao orfanato, em 1989. 

“Eu não tinha família, não tinha ninguém”, conta. Hoje ele tem 46 anos e mora no antigo prédio do Instituto Getúlio Vargas. “Aqui era show de bola, não faltava nada pra gente. Estudava de manhã e à tarde tinha atividade pra fazer, trabalhávamos com horta, padaria e em estábulo. Tinha de tudo”, relembra. O pavilhão onde ele morava tinha aulas de música, biblioteca e até mesmo teatro.

“Até gostaria de sair, mas não tenho condições”. Rômulo dorme onde antes era a sala do diretor do Instituto Getúlio Vargas

Em 1993, após a decisão judicial, ele foi realocado para o Abrigo de São Bento, no centro do Rio de Janeiro, onde ficou por poucos meses, até completar 18 anos. Depois disso, foi morar na rua. 

Cinco anos depois, Rômulo voltou à Cidade dos Meninos e ao Instituto Getúlio Vargas, mas dessa vez não como aluno. “Eu improvisei uma casinha pra mim”, diz, em frente à fachada da antiga escola. 

Rômulo convida a reportagem para conhecer sua casa. A sala e a cozinha ficam instaladas onde antes era a coordenadoria da escola, e o quarto onde dorme com a esposa e três filhos fica no lugar antes ocupado pela sala do diretor. 

“Nunca imaginei que um dia iria dormir na sala do diretor, mas o jeito foi improvisar. Eu até gostaria de sair daqui, mas não tenho condições”, conta, dando um sorriso tímido e ligando o ventilador usado para refrescar o cômodo que não foi estruturado para abrigar moradores.  

Rômulo está desempregado, mas faz bicos para sustentar a família. Ajuda em obras, capina lotes, pega qualquer oportunidade que aparece. “Mas com essa pandemia ficou difícil”, desabafa. 

Ele mostra que onde antes era o corredor da escola em breve será a casa da ex-mulher. “Fechei aqui e estou construindo, com a terra daqui mesmo, terrinha preta e boa. Aqui vai ser o armário dela.” 

No quintal em frente ao instituto, ele improvisou um balanço em uma árvore – um brinquedo para os filhos, uma tentativa de transformar a escola abandonada em um lar. 

“Coloquei um balanço pros meninos”. 10 famílias tentam construir um lar no prédio da antiga escola

Além dele, outras dez famílias vivem no prédio onde antes ficava o Instituto Getúlio Vargas. Dos quatro prédios do orfanato, três foram invadidos e transformados em dezenas de moradias. Uma igreja neopentecostal foi montada onde antes era uma sala de aula. 

Rômulo garante não ter medo dos efeitos do agrotóxico. “Eu como fruta daqui, goiaba, jaca. Brincava na terra, pegava pó de broca na mão para matar formiga. Muita gente aqui morre de câncer, mas ninguém sabe se é por culpa do veneno ou não. Tem pessoas idosas aqui, da época do pó de broca, que estão vivas até hoje”, argumenta. 

O ex-interno e a esposa fizeram diversos exames de sangue desde 1993, mas nunca receberam nem um resultado sequer. “É uma prova da contaminação, eles não dão, senão teriam que pagar indenização pra gente.” 

O maior lamento sobre o pó de broca, para Rômulo, é o fechamento das escolas e do abrigo. “Nosso amigo Miguel que foi levantar a poeira, incentivou que olhassem, e aí acabou fechando tudo. Se ele não mexesse, não tinha fechado, não”, diz.  

Associação de moradores

A Associação de Moradores e Amigos da Cidade dos Meninos foi criada por Miguel em 1987. Hoje, o presidente é Avelino da Silva, de 63 anos. No domingo em que a reportagem esteve na comunidade, houve uma reunião com alguns membros. Além de Miguel e Avelino, estavam presentes o diretor financeiro, Renato dos Santos, e o vice-presidente, Jair Jovelino. 

Avelino chegou à comunidade depois do fechamento da fábrica e mesmo assim apresenta resíduos do agrotóxico no corpo. “Eu tenho os documentos e exames da Fiocruz que comprovam que sofro com a contaminação do HCH. Lá em casa, eu e o meu filho estamos contaminados”, diz o presidente da associação.

Uma imagem de santa Margarida abençoa o que antes era uma sala de aula

Avelino entra em um escritório improvisado da associação para buscar uma pasta com documentos. Lá, uma imagem de santa Margarida abençoa o que antes era uma sala de aula. Ao voltar, ele caminha bem devagar. “Eu tive um acidente vascular isquêmico”, diz, explicando por que manca.

Há três anos ele ficou em coma por três dias depois de um acidente vascular cerebral isquêmico (AVCI). Quando não mata na hora, o AVCI deixa sequelas como paralisias. “Um dos principais efeitos do HCH é no sistema nervoso. Eu tive esse problema, uma bolha no cérebro, mas não sei se foi por consequência da contaminação ou porque eu trabalho demais”, diz. 

Já Renato, de 69 anos, que vive na Cidade dos Meninos desde 1980, não apresentou resíduos de pó de broca no sangue. Sua esposa, que foi funcionária da fundação, testou positivo para a contaminação.  

Avelino tem sequelas de um AVCI. Contaminação por hexaclorociclohexano pode ser a causa

“Solução” trazida pela Nortox piorou problema

Em 1993, diversos órgãos federais, estaduais e municipais assinaram um Termo de Compromisso de Ajustamento de Conduta e de Obrigações (TAC) sobre a contaminação na Cidade dos Meninos. Na primeira cláusula, o Ministério da Saúde assumia a responsabilidade pela “completa e permanente descontaminação da área denominada Cidade dos Meninos, bem como pela assistência à população afetada pela contaminação pelo HCH proveniente de sua extinta fábrica, arcando com a integralidade dos recursos necessários à implementação das medidas propostas pelos órgãos técnicos”. 

Para descontaminar a área, o Ministério da Saúde escolheu uma das maiores produtoras nacionais de agrotóxico, a Nortox Agro Química. Em 1992, a Nortox, junto à Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), resolveu utilizar cal virgem para cobrir a contaminação. 

Antes da aplicação, a Nortox fez análises cromatográficas em 26 amostras de solo contaminado às quais foram misturadas cal em laboratório. Os testes mostraram uma desativação da ordem de 72% de HCH após 22 dias da aplicação da cal, em condições de laboratório. 

A operação se tornou um evento na comunidade, e os moradores acompanharam de perto a demolição da fábrica e a aplicação de cal, que ocorreu em setembro de 1995. “Demoliram tudo, fizeram uma montanha de entulho. Aí eles furaram um poço, jogaram tudo dentro, ligaram uma bomba que jogou o cal virgem em cima de tudo. Misturaram e regaram todo dia, depois que o cal encobriu tudo, eles fizeram a terraplanagem”, detalha Miguel. 

Miguel conta que o período da ação da Nortox foi a “pior época” para os moradores. “Eles criaram um problema maior. Foi o período que mais vizinhos morreram”, garante. Vários vizinhos ouvidos relataram a mesma situação. 

Como morava na casa mais próxima à fábrica, Miguel acompanhou os técnicos da Nortox até o local. “Eles ficaram surpresos com a quantidade de substância, diziam: ‘O cheiro tá forte, é organoclorado, tá em tudo que é profundidade, vamos cavar 5 metros aqui e ainda vamos achar’.” 

Miguel contou a pesquisadores da Pontifícia Universidade Católica (PUC) o que ouviu, temendo que a solução adotada pela empresa não funcionasse – o que acabou sendo confirmado. Pesquisadores da PUC e da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) levaram o caso à Procuradoria da República no Rio de Janeiro. Eles alegavam que o processo de aplicação de cal virgem poderia resultar na formação de compostos mais tóxicos e voláteis, além de aumentar a possibilidade de contaminação das águas subterrâneas e ampliação da área contaminada. 

O Ministério da Saúde afirmava que o tratamento havia removido 98% dos contaminantes. E a Nortox corroborou. “Tendo em vista a situação que prevaleceu no local por longos 30 anos, as quantidades existentes do tóxico ativo já não representam mais qualquer ameaça à população e ao meio ambiente”, declarou a empresa em 1996, em um relatório sobre a descontaminação. 

Mas pelo menos dez pesquisas feitas nos anos seguintes comprovaram que o tratamento com cal foi ineficaz. Duas delas são dissertações de mestrado apresentadas à Fiocruz em que são relatadas análises de amostras de solo coletadas no período de 1994 a 1999. O terceiro foi o relatório “Investigação de áreas contaminadas por HCH – Cidade dos Meninos”, feito pela Feema, Cetesb e a Agência Alemã de Cooperação Técnica. 

A análise feita pela pesquisadora da Fiocruz Lúcia Helena Pinto Bastos em 1999 foi além e mostrou que a tentativa frustrada de tratamento feita pela Nortox piorou a situação. Em 1989, a Feema havia determinado que a área contaminada era de 13 mil metros quadrados. Porém, a área na qual a Nortox enterrou os rejeitos da demolição da fábrica tratados com cal era de 33 mil metros quadrados. Como a descontaminação não foi bem-sucedida, toda terra que entrou em contato com o produto acabou contaminada, triplicando o tamanho da área afetada. 

“Mesmo após o tratamento, o odor de mofo, característico do HCH, permanecia na área foco, indicando a ineficácia do processo. Além disso, considerando-se a estabilidade química do HCH, tornava-se improvável que a reação química de degradação do HCH a triclorobenzenos (TCB), na presença de cal, ocorresse em condições ambientais brandas e sem controle reacional”, identificou o estudo

Procurada, a Nortox respondeu que não se pronunciará a respeito do assunto.

Como a contaminação continuou, o Ministério da Saúde passou a procurar novos métodos para remediar a área. A pasta consultou as embaixadas do Japão, Alemanha, Países Baixos, Estados Unidos da América, Reino Unido e Canadá. Mas até hoje nenhuma proposta foi executada. 

Meio século depois, 73% dos moradores continuam contaminados

Em 2000 o Ministério da Saúde realizou uma grande avaliação de risco no solo, água, ar, alimentos e no sangue da população da Cidade dos Meninos. O resultado só saiu em 2005, sob grande pressão dos moradores, que ameaçavam entrar na Justiça com um mandado de busca e apreensão dos laudos.

Os testes laboratoriais foram feitos pela Fiocruz. O resultado mostrou que aproximadamente 95% dos 1.400 moradores testados estavam contaminados, com 30% apresentando níveis elevados de toxicidade. Em apenas 2% da população não foi encontrada evidência de contaminação. 

Ana Cristina, que atua no Centro de Estudos da Saúde do Trabalhador e Ecologia Humana (Cesteh) da Fiocruz, responsável pelos testes, explica: “O estudo constatou que a população tinha alterações de hormônios da tireoide. Alteração nos hormônios da testosterona em homens e do estrógeno em mulheres”.  

A avaliação seguinte só começou a ser feita em 2018 – e por causa da pandemia ainda não foi concluída.  

Mas a reportagem teve acesso a um relatório entregue aos moradores com os resultados dos exames de sangue feitos até 2019. Setecentas e quinze pessoas participaram do teste. Foram encontrados resíduos de organoclorados, como o HCH e o DDT, em 73,5% dos casos. 

O exame trouxe boas notícias também. A contaminação é dez vezes menor do que a encontrada nos testes divulgados em 2005. “Essas moléculas vão se degradando com o passar do tempo”, explica Ana Cristina. 

Agora, os moradores reclamam do acompanhamento de saúde. Quando alguém se sente mal, o atendimento mais próximo é no postinho da comunidade, localizado próximo à igreja católica. E lá só tem um médico. De acordo com o Ministério de Saúde, a Unidade Básica de Saúde da Cidade dos Meninos emprega seis agentes comunitários, uma enfermeira, um técnico de enfermagem e um dentista, além de um auxiliar de saúde bucal.  

A reportagem questionou o Ministério da Saúde se já foram definidos novos planos de descontaminação da Cidade dos Meninos, mas não obteve respostas. 

Moradora de bicicleta na Cidade dos Meninos

“Nárnia” para os jovens 

“Nós somos um acidente ambiental”, diz Fernanda de Barros, sentada atrás do balcão da Toca do Raul. A ideia de abrir um bar na zona rural pode parecer um mau negócio, mas ela garante que não. Os clientes são principalmente colegas, um público “mais restrito”, como ela mesmo diz, e que gosta das músicas que tocam por lá. Rock antigo, na maior parte do tempo. 

“Aqui é muito bom de morar, não tem perigo, não tem bala perdida”, diz enquanto vê o filho de 5 anos brincar no quintal. “É um bom lugar para construir família”, completa. 

Do outro lado do portão de entrada da Cidade dos Meninos, a Baixada Fluminense reúne os maiores índices de criminalidade do Rio de Janeiro. É onde ocorrem mais assaltos de pedestres e roubos de carros e ônibus no estado. Um relatório da plataforma Fogo Cruzado mostrou que foram registrados 1.033 tiroteios na região apenas em 2020: 293 pessoas morreram, oito destas foram vítimas de balas perdidas. E seis eram crianças. Duque de Caxias foi o município que mais registrou tiroteios. 

Os dados ajudam a explicar por que grande parte dos “nativos” pensa como Fernanda. Eles não veem motivos para sair da comunidade, mesmo vivendo há décadas sob risco de ter a casa desapropriada, como já aconteceu com muitos moradores. 

Quando os funcionários vieram trabalhar no orfanato, receberam casas para morar, e décadas depois o governo disse que precisava dos imóveis de volta. “Eles tiravam a família da casa e depois derrubavam. Ou seja, não estavam precisando. Eles só queriam tirar o povo daqui”, conta Miguel.

Em 1999, o Ministério da Previdência e Assistência Social (MPAS), responsável pela área, instituiu uma comissão técnica, junto ao governo do Rio de Janeiro e o município de Duque de Caxias, para definir o futuro uso da área da Cidade dos Meninos. No ano seguinte, dez famílias foram removidas da área próxima à antiga fábrica. O Ministério da Saúde assinou um termo de responsabilidade para pagar o aluguel de imóveis para essas dez famílias até que novas residências fossem construídas em áreas descontaminadas da Cidade dos Meninos. 

O que nunca aconteceu. 

Em 2003, quase 400 moradores fizeram um cadastramento para serem removidos da área e receberem indenização. 

O que também nunca aconteceu. 

“Os moradores nunca fazem parte dos planos”, diz Jair Jovelino, vice-presidente da associação de moradores. Ele é “goiaba da terra”, como chamam por lá as pessoas que nasceram e cresceram na Cidade dos Meninos. “Se tivermos que sair, a associação vai lutar para sairmos com condições de morar bem lá fora. Não ser jogado em um Minha Casa Minha Vida em área comandada por milicianos. Aqui nós temos paz e tranquilidade, nada paga isso”, diz. 

Não são só os “nativos” que pensam assim. Entre os moradores mais recentes também existe identificação com a cidade. É o caso de Julia Moraes e Stefanny Souza, ambas com 22 anos. Stefanny faz faculdade de direito na parte urbana de Duque de Caxias e volta para a Cidade dos Meninos após as aulas. Recentemente, ela fez um trabalho sobre a história da comunidade. “Tinha muita coisa que eu não sabia. Um dos mortos na chacina da Candelária era órfão daqui, sabia?”, pergunta.

Elas não costumam usar o nome “Cidade dos Meninos”. Para os mais jovens, é apenas “Fundação” ou “Nárnia”. “Quando chega na Fundação à noite, tem muita neblina. Lembra o primeiro filme de Nárnia. O portal de entrada seria como o guarda-roupa que eles usam no filme para chegar em Nárnia”, explica Stefanny. 

As meninas dizem que “Nárnia” é um refúgio do resto do mundo. “Fica longe de todos os problemas lá de fora. Chegaram até a falar em tirar a gente daqui, de indenizar. Mas eu sei que não vão disponibilizar tanta grana pra pagar e todo mundo sair daqui. E quanto vão dar? Com R$ 50 ou R$ 150 mil você não compra algo tão bom quanto o que temos aqui”, diz a aluna de direito. 

Miguel e família pensam o mesmo. O maior denunciante da contaminação por agrotóxico não imagina uma vida longe da Cidade dos Meninos. Sentado novamente em um banco na Toca do Raul, ele aponta para a “casa da bruxinha”. “Quero morrer ali. Quero viver aqui até morrer. Depois quero que minhas cinzas sejam espalhadas por aqui. Sai o pó de broca, fica o pó do Miguel.” 

FONTE REPORTER BRASIL

Lucro do FGTS, como fazer para receber e qual será o valor?

O lucro do FGTS acumulado em todo ano de 2020 deve ser repassado para todos os trabalhadores até o fim desse mês

O Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) obteve um lucro durante todo o acumulo de 2020 de R$ 8,46 bilhões, desse valor, R$ 5,9 bilhões vão ser repassados aos trabalhadores que tinham saldo no fundo, até o dia 31 de dezembro.

A distribuição de resultado do FGTS é uma medida legal cujo objetivo é acrescentar a rentabilidade das contas do trabalhador, além da remuneração mensal com a aplicação da Taxa Referencial (TR) que já a alguns anos está zerada, mais 3% ao ano.

Apesar de ser uma boa notícia, é preciso destacar que os valores que serão repassados aos trabalhadores será menor que o que foi disponibilizado no ano passado, isso porque o FGTS teve uma queda de lucros de 25,2% em relação ao ano de 2019, que somou um total de R$ 11,324 bilhões.

De acordo com informações do Conselho Curador do FGTS a queda do lucro no comparativo 2019 e 2020 diz respeito, principalmente, a pandemia da Covid-19, que ocasionou no aumento do desemprego, bem como pela realização do saque emergencial do FGTS de até um salário mínimo oferecida no ano passado.

Como receber e qual será o valor?

Os trabalhadores não precisarão realizar qualquer ação para receber os valores do lucro do FGTS, a Caixa Econômica Federal será a responsável por distribuir os valores, direto nas contas dos trabalhadores.

No entanto, a quantia só poderá ser retirada quando os recursos forem sacados nas hipóteses de demissão sem justa causa, término do contrato de trabalho com tempo determinado, aposentadoria, doenças graves ou na casa própria, ou seja, seguirá as regras tradicionais de saque do FGTS.

O trabalhador conseguirá evidenciar quanto terá para receber assim que o Conselho Curador do FGTS decidir o índice sobre o montante que cada trabalhador possui em conta. A decisão deve ocorrer na próxima reunião marcada para o dia 10 de agosto.

Para saber quanto o trabalhador vai receber, podemos pegar o índice definido pelo Conselho Curador no ano passado como exemplo, que foi de 3%, onde, caso o trabalhador tinha R$ 15 mil de saldo em 2020, o mesmo terá direito a um valor de R$ 450.

A conta é simples, basta multiplicar 15000 (saldo) x 3%, o que dará esse valor, todavia, como a rentabilidade do FGTS é acrescida de 3%, sendo assim o trabalhador terá um rendimento total no ano de 2020 de R$ 900.

Consulta do saldo

É possível realizar a consulta por meio do aplicativo FGTS, disponível para celulares Android e iOS, bem como pelo internet banking da Caixa. Após a instalação do aplicativo do FGTS, basta se cadastrar e acessar a plataforma.

Para saber quanto você receberá do lucro do FGTS, observe o valor creditado na conta como ‘cred dist resultado ano base 12/2020’.

Resumo geral

  • Trabalhadores que tinham saldo positivo no FGTS até o dia 31 de dezembro vão receber parte do lucro do fundo até o fim de agosto;
  • Valor recebido pelos trabalhadores este ano será menor que no ano passado;
  • Saldo poderá ser consultado por meio do aplicativo FGTS ou pelo internet banking da Caixa;

FONTE JORNAL CONTÁBIL

about

Be informed with the hottest news from all over the world! We monitor what is happenning every day and every minute. Read and enjoy our articles and news and explore this world with Powedris!

Instagram
© 2019 – Powedris. Made by Crocoblock.