Artista Luana Dias faz bonito no Concurso Intérprete de Libras Musical e agradece ao público; ela ficou entre os 6 melhores do Brasil

No último sábado, dia 02 de setembro, a intérprete de Libras Luana Dias representou a cidade de Conselheiro Lafaiete (MG) no Concurso Intérprete de Libras Musical na fase presencial que aconteceu na capital mineira. O município disponibilizou uma van, com o apoio do Vereador Professor Oswaldo Barbosa e do Secretário da Cultura Geraldo Lafayette para que a ASSULAR (Associação de Surdos de Conselheiro Lafaiete) pudesse comparecer ao evento.

Luana recebeu o carinho, o apoio e o reconhecimento de moradores de Lafaiete e região, amigos, familiares e colegas de profissão. Apesar de ser seu segundo ano de participação no concurso representando a cidade, esse ano sua responsabilidade era muito maior, pois em segredo realizava uma homenagem a sua amiga Clarissa Fernandes que completou na mesma data do evento um ano de sua partida.

“Esse ano o concurso tinha um significado especial para mim. Sábado fez um ano que nossa querida Clarissa partiu. Em cada música que apresentei nesse concurso, desde a fase online, foi com o propósito de trazer uma mensagem especial. A premiação nunca foi o meu objetivo principal, pois sei que tem coisas que valem mais do que isso”, afirmou Luana.

As escolhas de cada música e as estratégias tradutórias eram para ela uma forma de homenagear a memória e demonstrar a gratidão de ter convivido com alguém tão especial. “Nesse mesmo dia, 02 de setembro, minha amiga Norma Vieira passa pela mesma dor que passei a um ano atrás de também perder uma grande amiga de trabalho. Estendo a ela essa homenagem como forma de prestar minhas condolências nesse momento tão difícil.”

Luana explica ainda o que ela chamou de sua trilogia musical nesse concurso onde existe uma lógica e ordem para apresentação de cada uma de suas versões musicais em libras.

A primeira que foi usada na versão online, ”Aquarela” de Toquinho, trata de mostrar a realidade da vida, porém usando de metáforas carregadas de elementos do imaginário de uma criança. Essa primeira música Luana realiza escolhas tradutórias que se remetem ao momento da partida de Clarissa que deixou o mundo sem cor para aqueles que a amavam.

A segunda música, “Andanças” de Beth Carvalho, fala sobre um andarilho que caminha só, olha para a lua cheia e sente uma saudade imensa. Ele se recorda de seu amor e em seu coração tem seu amado eternizado a lhe acompanhar durante sua trajetória nesse mundo. “Para mim essa música trata exatamente de como eternizamos aqueles que amamos em nossos corações… Clarissa para sempre!” Completou Luana.

A terceira música, “Domingo” do grupo Só Pra Contrariar, fala sobre o amor. “Meu desejo é que todos que amamos Clarissa possamos celebrar a vida, viver um novo amor como o recomeçar de um novo dia, como num dia lindo de domingo. Dói a partida dela, mas precisamos seguir a diante como forma de gratidão por tudo o quanto ela nos apoiou enquanto esteve aqui. Certamente é o que ela deseja a cada um de nós.”

Maria Aparecida de Oliveira Paulo afirmou em uma postagem nas redes sociais o seguinte: “Pra mim que sou mãe de surdo é muito gratificante ver a evolução que os sinais da libras teve nesses últimos tempo. Parabéns para você Luana Dias, que representou muito bem a nossa cidade de Conselheiro Lafaiete.”

Luana ficou entre os seis melhores candidatos do concurso que contou com a participação de profissionais de 8 estados do país. Ela agradece o apoio de todos que contribuíram para que ela chegasse até aqui e afirma que pretende participar da próxima edição no ano que vem.

Quem foi Clarissa Fernandes:

Clarissa Fernandes nasceu ouvinte e perdeu a audição aos 5 anos de idade e aos 14 anos, finalmente foi inserida na comunidade surda e adquire tardiamente a Língua Brasileira De Sinais.

Clarissa vivenciou a experiência da maternidade, se casou, se formou no curso de Licenciatura em Letras Libras pela Universidade Federal de Santa Catarina em 2011. Foi surdoatleta, apoiou mulheres em suas lutas, militou a favor da educação bilíngue, prestou concurso e ingressou como docente de libras no Instituto Federal de Minas Gerais Campus Ouro Preto. Fez seu mestrado em Educação na Universidade Federal de Ouro Preto. Foi tutora do curso de Letras Libras da UFSC Polo Ribeirão das Neves onde Luana se formou. Foi membro e coordenadora do Núcleo de Apoio as Pessoas com Necessidades Educacionais Específicas do IFMG Campus Ouro Preto.

De 2017 a 2022 Clarissa e Luana trabalharam juntas. Luana estava ao seu lado durante sua última aula e Clarissa a disse que iria embora cedo no outro dia para estudar a disciplina isolada do doutorado. E no outro dia ela simplesmente foi embora cedo demais e deixando em legado enorme. No dia 2 de setembro de 2022 Clarissa sofreu um acidente e não sobreviveu.

Atualmente tramita na Câmara Municipal um Projeto de Lei Clarissa Fernandes de autoria do Vereador Professor Oswaldo Barbosa que visa implementar medidas que assegurem o direito linguístico da comunidade surda no município nas esferas da saúde, educação, cultura e esportes. Clarissa participou da construção do texto desse projeto de lei junto a comunidade surda. A Lei Clarissa Fernandes já foi sancionada nos municípios de Belo Horizonte e Ouro Preto.

  • Fotos: Henrique Miranda

Artista Luana Dias faz bonito no Concurso Intérprete de Libras Musical e agradece ao público; ela ficou entre os 6 melhores do Brasil

No último sábado, dia 02 de setembro, a intérprete de Libras Luana Dias representou a cidade de Conselheiro Lafaiete (MG) no Concurso Intérprete de Libras Musical na fase presencial que aconteceu na capital mineira. O município disponibilizou uma van, com o apoio do Vereador Professor Oswaldo Barbosa e do Secretário da Cultura Geraldo Lafayette para que a ASSULAR (Associação de Surdos de Conselheiro Lafaiete) pudesse comparecer ao evento.

Luana recebeu o carinho, o apoio e o reconhecimento de moradores de Lafaiete e região, amigos, familiares e colegas de profissão. Apesar de ser seu segundo ano de participação no concurso representando a cidade, esse ano sua responsabilidade era muito maior, pois em segredo realizava uma homenagem a sua amiga Clarissa Fernandes que completou na mesma data do evento um ano de sua partida.

“Esse ano o concurso tinha um significado especial para mim. Sábado fez um ano que nossa querida Clarissa partiu. Em cada música que apresentei nesse concurso, desde a fase online, foi com o propósito de trazer uma mensagem especial. A premiação nunca foi o meu objetivo principal, pois sei que tem coisas que valem mais do que isso”, afirmou Luana.

As escolhas de cada música e as estratégias tradutórias eram para ela uma forma de homenagear a memória e demonstrar a gratidão de ter convivido com alguém tão especial. “Nesse mesmo dia, 02 de setembro, minha amiga Norma Vieira passa pela mesma dor que passei a um ano atrás de também perder uma grande amiga de trabalho. Estendo a ela essa homenagem como forma de prestar minhas condolências nesse momento tão difícil.”

Luana explica ainda o que ela chamou de sua trilogia musical nesse concurso onde existe uma lógica e ordem para apresentação de cada uma de suas versões musicais em libras.

A primeira que foi usada na versão online, ”Aquarela” de Toquinho, trata de mostrar a realidade da vida, porém usando de metáforas carregadas de elementos do imaginário de uma criança. Essa primeira música Luana realiza escolhas tradutórias que se remetem ao momento da partida de Clarissa que deixou o mundo sem cor para aqueles que a amavam.

A segunda música, “Andanças” de Beth Carvalho, fala sobre um andarilho que caminha só, olha para a lua cheia e sente uma saudade imensa. Ele se recorda de seu amor e em seu coração tem seu amado eternizado a lhe acompanhar durante sua trajetória nesse mundo. “Para mim essa música trata exatamente de como eternizamos aqueles que amamos em nossos corações… Clarissa para sempre!” Completou Luana.

A terceira música, “Domingo” do grupo Só Pra Contrariar, fala sobre o amor. “Meu desejo é que todos que amamos Clarissa possamos celebrar a vida, viver um novo amor como o recomeçar de um novo dia, como num dia lindo de domingo. Dói a partida dela, mas precisamos seguir a diante como forma de gratidão por tudo o quanto ela nos apoiou enquanto esteve aqui. Certamente é o que ela deseja a cada um de nós.”

Maria Aparecida de Oliveira Paulo afirmou em uma postagem nas redes sociais o seguinte: “Pra mim que sou mãe de surdo é muito gratificante ver a evolução que os sinais da libras teve nesses últimos tempo. Parabéns para você Luana Dias, que representou muito bem a nossa cidade de Conselheiro Lafaiete.”

Luana ficou entre os seis melhores candidatos do concurso que contou com a participação de profissionais de 8 estados do país. Ela agradece o apoio de todos que contribuíram para que ela chegasse até aqui e afirma que pretende participar da próxima edição no ano que vem.

Quem foi Clarissa Fernandes:

Clarissa Fernandes nasceu ouvinte e perdeu a audição aos 5 anos de idade e aos 14 anos, finalmente foi inserida na comunidade surda e adquire tardiamente a Língua Brasileira De Sinais.

Clarissa vivenciou a experiência da maternidade, se casou, se formou no curso de Licenciatura em Letras Libras pela Universidade Federal de Santa Catarina em 2011. Foi surdoatleta, apoiou mulheres em suas lutas, militou a favor da educação bilíngue, prestou concurso e ingressou como docente de libras no Instituto Federal de Minas Gerais Campus Ouro Preto. Fez seu mestrado em Educação na Universidade Federal de Ouro Preto. Foi tutora do curso de Letras Libras da UFSC Polo Ribeirão das Neves onde Luana se formou. Foi membro e coordenadora do Núcleo de Apoio as Pessoas com Necessidades Educacionais Específicas do IFMG Campus Ouro Preto.

De 2017 a 2022 Clarissa e Luana trabalharam juntas. Luana estava ao seu lado durante sua última aula e Clarissa a disse que iria embora cedo no outro dia para estudar a disciplina isolada do doutorado. E no outro dia ela simplesmente foi embora cedo demais e deixando em legado enorme. No dia 2 de setembro de 2022 Clarissa sofreu um acidente e não sobreviveu.

Atualmente tramita na Câmara Municipal um Projeto de Lei Clarissa Fernandes de autoria do Vereador Professor Oswaldo Barbosa que visa implementar medidas que assegurem o direito linguístico da comunidade surda no município nas esferas da saúde, educação, cultura e esportes. Clarissa participou da construção do texto desse projeto de lei junto a comunidade surda. A Lei Clarissa Fernandes já foi sancionada nos municípios de Belo Horizonte e Ouro Preto.

  • Fotos: Henrique Miranda

Idoso e assassinado com requintes de crueldade

Na noite de segunda-feira, 04 de setembro, por volta das 22h30, uma equipe PM compareceu numa residência, situada no Barro Preto, em São João Del Rei, em virtude de ocorrência de um homicídio.
Segundo informações, um homem, de 60 anos, foi encontrado, caído, com o rosto todo ensangüentado, com um pedaço de madeira por cima, e alguns cacos de vidro, provenientes de uma garrafa de cerveja quebrada, ao lado do corpo.
Ainda de acordo com o repassado, a vítima, e sua companheira haviam feito uso de drogas, durante o último final de semana; e, em momento posterior, pessoas não identificadas bateram na porta, e chamaram pelo homem, tendo ele atendido, e as agressões iniciado.
Dois indivíduos foram avistados próximo ao local dos fatos, sendo um deles baixo, e moreno; e o outro, alto negro, tatuagem com desenho de diamante nas sobrancelhas, e usava uma blusa camuflada.
O rastreamento segue em andamento, na busca dos autores.

Idoso e assassinado com requintes de crueldade

Na noite de segunda-feira, 04 de setembro, por volta das 22h30, uma equipe PM compareceu numa residência, situada no Barro Preto, em São João Del Rei, em virtude de ocorrência de um homicídio.
Segundo informações, um homem, de 60 anos, foi encontrado, caído, com o rosto todo ensangüentado, com um pedaço de madeira por cima, e alguns cacos de vidro, provenientes de uma garrafa de cerveja quebrada, ao lado do corpo.
Ainda de acordo com o repassado, a vítima, e sua companheira haviam feito uso de drogas, durante o último final de semana; e, em momento posterior, pessoas não identificadas bateram na porta, e chamaram pelo homem, tendo ele atendido, e as agressões iniciado.
Dois indivíduos foram avistados próximo ao local dos fatos, sendo um deles baixo, e moreno; e o outro, alto negro, tatuagem com desenho de diamante nas sobrancelhas, e usava uma blusa camuflada.
O rastreamento segue em andamento, na busca dos autores.

Carreta tomba em rodovia e motorista fica preso na cabine

Na noite desta segunda-feira (04), o Segundo Pelotão de Bombeiros foi acionado para um acidente automobilístico na MGC 383 Km 92, Colônia do Giarola, São João Del Rei (MG) por volta das 21:50h. No local a guarnição se deparou com uma carreta tombada às margens da rodovia e o motorista, J.A.C, de 36 anos estava preso dentro da cabine do veículo.

Foram utilizados equipamentos de salvamento para quebrar o pára-brisa e conseguir o acesso à vítima que estava consciente e orientado e, aparentemente, não tinha nenhum ferimento. Após alguns minutos, foi feita a retirada do condutor e repassado à unidade do Samu que já se fazia presente, deslocando para a UPA da cidade. A PM ficou responsável pelo local e dar andamento nos serviços de praxe.

Carreta tomba em rodovia e motorista fica preso na cabine

Na noite desta segunda-feira (04), o Segundo Pelotão de Bombeiros foi acionado para um acidente automobilístico na MGC 383 Km 92, Colônia do Giarola, São João Del Rei (MG) por volta das 21:50h. No local a guarnição se deparou com uma carreta tombada às margens da rodovia e o motorista, J.A.C, de 36 anos estava preso dentro da cabine do veículo.

Foram utilizados equipamentos de salvamento para quebrar o pára-brisa e conseguir o acesso à vítima que estava consciente e orientado e, aparentemente, não tinha nenhum ferimento. Após alguns minutos, foi feita a retirada do condutor e repassado à unidade do Samu que já se fazia presente, deslocando para a UPA da cidade. A PM ficou responsável pelo local e dar andamento nos serviços de praxe.

Nova política de concessões rodoviárias pode impactar a BR-040

O panorama das concessões rodoviárias no Brasil está prestes a passar por mudanças significativas com a introdução de uma nova política pública. A Portaria Nº 848/2023, publicada pelo Ministério dos Transportes, entra em vigor nesta sexta (01) estabelecendo pré-requisitos e critérios para a adaptação dos chamados “contratos estressados”. Entre as rodovias que serão diretamente afetadas por essa política pode estar a BR-040, trecho de 180 quilômetros que conecta o Rio de Janeiro a Juiz de Fora e que pode ter a concessão prorrogada por 15 anos sem uma nova licitação.

O ministro dos Transportes, Renan Filho, destacou que a recente decisão do Tribunal de Contas da União (TCU), que viabiliza a renegociação de contratos sem a necessidade de relicitação de ativos, exerceu um papel crucial na definição dessa nova política pública. Renan Filho enfatizou a natureza “inovadora” da determinação do TCU, ressaltando seu potencial para injetar cerca de R$ 40 bilhões nos setores rodoviário e ferroviário durante o quadriênio de sua gestão, ao revitalizar investimentos.

A BR-040 pode estar no rol de “contratos estressados”, que são aqueles em que as concessões não foram bem sucedidas ou que esbarram em desequilíbrio de contrato na execução de obras. A Concer vem se mantendo, por força de liminar, à frente da Rio-Juiz de Fora por mais dois anos além do prazo de concessão enquanto discute um passivo de R$ 2 bilhões com o governo federal. Uma das regras da portaria é a prorrogação de licitações por mais 15 anos com renúncia de todos os processos judiciais, administrativos e arbitrais existentes e início imediato de obras.

“É louvável o olhar marco do Ministério dos Transportes sobre a questão e os gargalos em todo o país que podem ser revertidos a partir da portaria. Mas o nosso olhar é sobre o trecho que nos é fundamental, que é o Rio-Juiz de Fora, em especial, a nova pista de subida da serra e todas as melhorias que a rodovia precisa para atender as necessidades de Petrópolis”, pontua Cláudio Mohammad, presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas, entidade que lidera o movimento empresarial Petrópolis 2030, que atualmente conta com 26 instituições signatárias.

A portaria estabelece uma série de regras, entre elas, início imediato de execução das obras e tarifa de pedágio menor que as previstas nos estudos em andamento para novas licitações, por exemplo. E pontua ainda que o acompanhamento e fiscalização dos novos contratos ficarão a cargo da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), que deverá contar com verificadores independentes para auditoria de tráfego e receita, avaliação do atendimento aos parâmetros de desempenho e avaliação técnica das obras em execução.

“Queremos garantias de que vai, de fato, ser assim, porque a ANTT gere hoje o contrato e após 25 anos de concessão chegou-se a um impasse administrativo-financeiro com a Concer que paralisou obras e não nos entregou as melhorias que queremos e que estavam previstas contratualmente”, afirma Mohammad.

Projeto da nova subida da Serra.
Foto: Divulgação

O movimento Petrópolis 2030 aponta ainda que o objetivo do grupo é cobrar celeridade e a melhor solução para que a cidade tenha o seu principal acesso com excelência, o que deveria ter sido executado pela atual concessão. A observação é feita a partir de uma outra possibilidade que é a nova licitação para o trecho que passa por Petrópolis.

O Ministério dos Transportes decidiu que dividirá a concessão da BR-040 entre as cidades do Rio de Janeiro e Belo Horizonte em dois trechos distintos. A decisão de licitar Rio-Juiz de Fora em uma concorrência e o percurso Juiz de Fora-Belo Horizonte em outra disputa foi comunicada oficialmente à ANTT no dia 21 de agosto.

“Uma semana após essa mudança vem a portaria que abre a possibilidade de não haver mais a licitação e a Concer operar por 15 anos. O que queremos é objetividade e celeridade qualquer que seja o modelo a ser adotado para o nosso trecho e, desde que as obras sejam cumpridas. Petrópolis tem um atraso de 20 anos em modernização e infraestrutura que vem impedindo seu progresso”, afirma o presidente da CDL Petrópolis.

Uma reunião do movimento empresarial está sendo marcada para o início deste mês com o secretário estadual de Transportes, Washington Reis, em Petrópolis e a BR-040 é o principal tema desta audiência.

FONTE TRIBUNA DE PETROPOLIS

Nova política de concessões rodoviárias pode impactar a BR-040

O panorama das concessões rodoviárias no Brasil está prestes a passar por mudanças significativas com a introdução de uma nova política pública. A Portaria Nº 848/2023, publicada pelo Ministério dos Transportes, entra em vigor nesta sexta (01) estabelecendo pré-requisitos e critérios para a adaptação dos chamados “contratos estressados”. Entre as rodovias que serão diretamente afetadas por essa política pode estar a BR-040, trecho de 180 quilômetros que conecta o Rio de Janeiro a Juiz de Fora e que pode ter a concessão prorrogada por 15 anos sem uma nova licitação.

O ministro dos Transportes, Renan Filho, destacou que a recente decisão do Tribunal de Contas da União (TCU), que viabiliza a renegociação de contratos sem a necessidade de relicitação de ativos, exerceu um papel crucial na definição dessa nova política pública. Renan Filho enfatizou a natureza “inovadora” da determinação do TCU, ressaltando seu potencial para injetar cerca de R$ 40 bilhões nos setores rodoviário e ferroviário durante o quadriênio de sua gestão, ao revitalizar investimentos.

A BR-040 pode estar no rol de “contratos estressados”, que são aqueles em que as concessões não foram bem sucedidas ou que esbarram em desequilíbrio de contrato na execução de obras. A Concer vem se mantendo, por força de liminar, à frente da Rio-Juiz de Fora por mais dois anos além do prazo de concessão enquanto discute um passivo de R$ 2 bilhões com o governo federal. Uma das regras da portaria é a prorrogação de licitações por mais 15 anos com renúncia de todos os processos judiciais, administrativos e arbitrais existentes e início imediato de obras.

“É louvável o olhar marco do Ministério dos Transportes sobre a questão e os gargalos em todo o país que podem ser revertidos a partir da portaria. Mas o nosso olhar é sobre o trecho que nos é fundamental, que é o Rio-Juiz de Fora, em especial, a nova pista de subida da serra e todas as melhorias que a rodovia precisa para atender as necessidades de Petrópolis”, pontua Cláudio Mohammad, presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas, entidade que lidera o movimento empresarial Petrópolis 2030, que atualmente conta com 26 instituições signatárias.

A portaria estabelece uma série de regras, entre elas, início imediato de execução das obras e tarifa de pedágio menor que as previstas nos estudos em andamento para novas licitações, por exemplo. E pontua ainda que o acompanhamento e fiscalização dos novos contratos ficarão a cargo da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), que deverá contar com verificadores independentes para auditoria de tráfego e receita, avaliação do atendimento aos parâmetros de desempenho e avaliação técnica das obras em execução.

“Queremos garantias de que vai, de fato, ser assim, porque a ANTT gere hoje o contrato e após 25 anos de concessão chegou-se a um impasse administrativo-financeiro com a Concer que paralisou obras e não nos entregou as melhorias que queremos e que estavam previstas contratualmente”, afirma Mohammad.

Projeto da nova subida da Serra.
Foto: Divulgação

O movimento Petrópolis 2030 aponta ainda que o objetivo do grupo é cobrar celeridade e a melhor solução para que a cidade tenha o seu principal acesso com excelência, o que deveria ter sido executado pela atual concessão. A observação é feita a partir de uma outra possibilidade que é a nova licitação para o trecho que passa por Petrópolis.

O Ministério dos Transportes decidiu que dividirá a concessão da BR-040 entre as cidades do Rio de Janeiro e Belo Horizonte em dois trechos distintos. A decisão de licitar Rio-Juiz de Fora em uma concorrência e o percurso Juiz de Fora-Belo Horizonte em outra disputa foi comunicada oficialmente à ANTT no dia 21 de agosto.

“Uma semana após essa mudança vem a portaria que abre a possibilidade de não haver mais a licitação e a Concer operar por 15 anos. O que queremos é objetividade e celeridade qualquer que seja o modelo a ser adotado para o nosso trecho e, desde que as obras sejam cumpridas. Petrópolis tem um atraso de 20 anos em modernização e infraestrutura que vem impedindo seu progresso”, afirma o presidente da CDL Petrópolis.

Uma reunião do movimento empresarial está sendo marcada para o início deste mês com o secretário estadual de Transportes, Washington Reis, em Petrópolis e a BR-040 é o principal tema desta audiência.

FONTE TRIBUNA DE PETROPOLIS

Mineração em alto mar pode começar em breve, com ou sem regulamento

Uma parte remota do oceano ainda é desconhecida. Nesse contexto, o biólogo de águas profundas Adrian Glover integra um esforço para explorar as profundezas marinhas de uma região remota situada nas profundezas do Pacífico, conhecida como Zona Clarion-Clipperton (CCZ). Esta área é uma das porções mais intocadas e menos exploradas em todo o nosso planeta, representando um ecossistema ainda preservado em grande parte. No entanto, corre o risco de em breve essa área testemunhar a realização da primeira operação mundial de mineração em alto mar.

A CCZ, uma vasta extensão de planície abissal, que supera ligeiramente em tamanho a área total da União Europeia, estende-se entre as costas do México e do Havai, e é caracterizada por uma paisagem pontuada por afloramentos rochosos e montes submarinos.

Mineração em alto mar tem motivação econômica

Inúmeras rochas escuras, cujas dimensões as assemelham a pequenas batatas, são dispersas ao longo do leito marinho na região da CCZ, sendo designadas como nódulos polimetálicos. Esses nódulos constituem depósitos ricos em metais preciosos, como cobalto, cobre e níquel, essenciais para a produção de veículos elétricos, bem como elementos de terras raras, de extrema importância para as tecnologias de energia limpa.

Além disso, são encontradas pequenas quantidades de lítio, um recurso de elevada demanda na fabricação de baterias. Especialistas em topografia submarina antecipam que a quantidade total de nódulos presentes na CCZ é substancial, muitas vezes superando os recursos atualmente explorados em áreas terrestres.

Desse modo, cada nódulo inicia seu desenvolvimento a partir de um pequeno fragmento, talvez um dente de tubarão ou até mesmo um pedaço de concha. Através de um longo tempo, os metais se unem gradualmente, formando uma crosta que se expande ao redor desse núcleo, crescendo apenas cerca de um a dez centímetros a cada milhão de anos.

A fauna na CCZ não se destaca pela sua abundância, mas, ao contrário, impressiona pela diversidade. Os nódulos polimetálicos constituem o habitat de centenas, quiçá milhares de espécies cujo conhecimento é ainda incipiente, conforme observa Glover. “Esses nódulos servem como morada para um variado leque de organismos sobre os quais detemos escassos dados”, ressalta.

“Se esses organismos possuem o potencial para fornecer recursos alimentares valiosos, desempenhar um papel fundamental na mitigação das mudanças climáticas, ou até mesmo oferecer promissores insights na busca pela cura do câncer, ainda permanece incerto. Não obstante, dispomos da capacidade de conduzir pesquisas com o intuito de desvendar essas incógnitas.”

Efeitos ambientais graves

mineracao em alto mar 1
A tarja representa a região da Clarion-Clipperton

O que pode vir a ser a primeira tentativa de mineração em alto mar não tem gerado interesse em novas descobertas. Como é o caso de uma start-up com sede em Vancouver, denominada The Metals Company (TMC), que está empenhada em acelerar o início das operações de exploração na CCZ, com uma previsão de início para 2024, em colaboração com a nação insular do Pacífico, Nauru.

O empreendimento envolveria a utilização de imponentes máquinas destinadas a raspar o leito marinho, coletando os cobiçados nódulos enquanto levantam densas nuvens de sedimentos, um processo que potencialmente poderia acarretar sérios danos ao ecossistema submarino. Essa atividade, além de remover habitats naturais e espécies marinhas, também poderia alterar substancialmente o equilíbrio ecossistêmico.

É inegável que persistem inúmeras incertezas quanto aos possíveis efeitos adversos sobre o ambiente marinho, bem como quanto à biodiversidade existente nessa remota porção do Oceano Pacífico e ao potencial dessa região para contribuir para a preservação da saúde dos oceanos.

Devido ao mandato da Autoridade Internacional dos Fundos Marinhos (ISA), que se vê frequentemente em um dilema de objetivos concorrentes, há uma crescente apreensão entre especialistas de que ela possa conceder prematuramente a aprovação para a exploração comercial, sob a pressão da indústria envolvida.

Em contrapartida, o CEO da TMC afirma que a mineração em alto mar representa uma oportunidade excepcional para promover uma transição global longe dos combustíveis fósseis. Sua empresa obteve direitos de exploração em vastas extensões da CCZ, as quais, segundo ele, detêm quantidades suficientes de metais para abastecer cerca de 280 milhões de veículos elétricos, o que equivale à totalidade da frota automobilística dos Estados Unidos.

Aqueles envolvidos na atividade de mineração em alto mar argumentam que essa prática poderia marcar o advento de uma extração mineral pautada pela ética, com o potencial de erradicar o trabalho infantil associado às minas terrestres em diversos países, proporcionar receitas substanciais às nações em desenvolvimento por meio da distribuição dos lucros provenientes da exploração em alto mar e, de forma notável, deixar um legado ambiental mais positivo em comparação com a mineração terrestre.

FONTE SO CIENTIFICA

Mineração em alto mar pode começar em breve, com ou sem regulamento

Uma parte remota do oceano ainda é desconhecida. Nesse contexto, o biólogo de águas profundas Adrian Glover integra um esforço para explorar as profundezas marinhas de uma região remota situada nas profundezas do Pacífico, conhecida como Zona Clarion-Clipperton (CCZ). Esta área é uma das porções mais intocadas e menos exploradas em todo o nosso planeta, representando um ecossistema ainda preservado em grande parte. No entanto, corre o risco de em breve essa área testemunhar a realização da primeira operação mundial de mineração em alto mar.

A CCZ, uma vasta extensão de planície abissal, que supera ligeiramente em tamanho a área total da União Europeia, estende-se entre as costas do México e do Havai, e é caracterizada por uma paisagem pontuada por afloramentos rochosos e montes submarinos.

Mineração em alto mar tem motivação econômica

Inúmeras rochas escuras, cujas dimensões as assemelham a pequenas batatas, são dispersas ao longo do leito marinho na região da CCZ, sendo designadas como nódulos polimetálicos. Esses nódulos constituem depósitos ricos em metais preciosos, como cobalto, cobre e níquel, essenciais para a produção de veículos elétricos, bem como elementos de terras raras, de extrema importância para as tecnologias de energia limpa.

Além disso, são encontradas pequenas quantidades de lítio, um recurso de elevada demanda na fabricação de baterias. Especialistas em topografia submarina antecipam que a quantidade total de nódulos presentes na CCZ é substancial, muitas vezes superando os recursos atualmente explorados em áreas terrestres.

Desse modo, cada nódulo inicia seu desenvolvimento a partir de um pequeno fragmento, talvez um dente de tubarão ou até mesmo um pedaço de concha. Através de um longo tempo, os metais se unem gradualmente, formando uma crosta que se expande ao redor desse núcleo, crescendo apenas cerca de um a dez centímetros a cada milhão de anos.

A fauna na CCZ não se destaca pela sua abundância, mas, ao contrário, impressiona pela diversidade. Os nódulos polimetálicos constituem o habitat de centenas, quiçá milhares de espécies cujo conhecimento é ainda incipiente, conforme observa Glover. “Esses nódulos servem como morada para um variado leque de organismos sobre os quais detemos escassos dados”, ressalta.

“Se esses organismos possuem o potencial para fornecer recursos alimentares valiosos, desempenhar um papel fundamental na mitigação das mudanças climáticas, ou até mesmo oferecer promissores insights na busca pela cura do câncer, ainda permanece incerto. Não obstante, dispomos da capacidade de conduzir pesquisas com o intuito de desvendar essas incógnitas.”

Efeitos ambientais graves

mineracao em alto mar 1
A tarja representa a região da Clarion-Clipperton

O que pode vir a ser a primeira tentativa de mineração em alto mar não tem gerado interesse em novas descobertas. Como é o caso de uma start-up com sede em Vancouver, denominada The Metals Company (TMC), que está empenhada em acelerar o início das operações de exploração na CCZ, com uma previsão de início para 2024, em colaboração com a nação insular do Pacífico, Nauru.

O empreendimento envolveria a utilização de imponentes máquinas destinadas a raspar o leito marinho, coletando os cobiçados nódulos enquanto levantam densas nuvens de sedimentos, um processo que potencialmente poderia acarretar sérios danos ao ecossistema submarino. Essa atividade, além de remover habitats naturais e espécies marinhas, também poderia alterar substancialmente o equilíbrio ecossistêmico.

É inegável que persistem inúmeras incertezas quanto aos possíveis efeitos adversos sobre o ambiente marinho, bem como quanto à biodiversidade existente nessa remota porção do Oceano Pacífico e ao potencial dessa região para contribuir para a preservação da saúde dos oceanos.

Devido ao mandato da Autoridade Internacional dos Fundos Marinhos (ISA), que se vê frequentemente em um dilema de objetivos concorrentes, há uma crescente apreensão entre especialistas de que ela possa conceder prematuramente a aprovação para a exploração comercial, sob a pressão da indústria envolvida.

Em contrapartida, o CEO da TMC afirma que a mineração em alto mar representa uma oportunidade excepcional para promover uma transição global longe dos combustíveis fósseis. Sua empresa obteve direitos de exploração em vastas extensões da CCZ, as quais, segundo ele, detêm quantidades suficientes de metais para abastecer cerca de 280 milhões de veículos elétricos, o que equivale à totalidade da frota automobilística dos Estados Unidos.

Aqueles envolvidos na atividade de mineração em alto mar argumentam que essa prática poderia marcar o advento de uma extração mineral pautada pela ética, com o potencial de erradicar o trabalho infantil associado às minas terrestres em diversos países, proporcionar receitas substanciais às nações em desenvolvimento por meio da distribuição dos lucros provenientes da exploração em alto mar e, de forma notável, deixar um legado ambiental mais positivo em comparação com a mineração terrestre.

FONTE SO CIENTIFICA

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