Empresários investem para criar ‘rota do vinho’ em Minas Gerais

Minas Gerais se tornará um importante polo de produção de vinhos, se depender dos planos de Alessandro Rios, fundador da empresa de laticínios Verde Campo, que hoje pertence à Coca-Cola, e Antônio Alberto Júnior, sócio da panificadora Jeito Caseiro.

Os empresários estão à frente de um projeto de enoturismo que tem como ponto de partida a abertura de sua vinícola — localizada em um terreno de quase 2 milhões de metros quadrados em Bom Sucesso — para que pequenos produtores engarrafem os seus próprios rótulos. “O objetivo é esparramar vinhedos pelo Sul do Estado para que turistas possam visitar de 20 a 30 lugares diferentes”, afirma Alberto Júnior.

A expectativa de Alberto Júnior é ter retorno do projeto até 2030 — Foto: Daniel Mansur
A expectativa de Alberto Júnior é ter retorno do projeto até 2030 — Foto: Daniel Mansur

A ideia de criar uma rota do vinho não é por um acaso: há cerca de 108 milhões de consumidores no Brasil, mas o consumo anual da bebida — estimado em 2,7 litros per capita — é baixo se comparado ao da França e da Itália, por exemplo. Daí o interesse da dupla em apresentar ao público todo o processo da uva até a taça, que envolve cerca de 50 mil famílias e 1 mil vinícolas no país.

A iniciativa corre em paralelo à construção do complexo Enovila, que consumiu investimento de R$ 140 milhões. Trata-se de um empreendimento que abarca vinícola, represa, restaurante e casas que estarão à venda no sistema de compartilhamento. Os interessados adquirem cotas, que custam a partir R$ 360 mil, e não o imóvel em si. Essa fração dá direito ao sócio usar a casa durante quatro semanas por ano. A expectativa de Alberto Júnior é ter retorno do projeto até 2030.

Com o passe em mãos, os sócios podem usufruir da moradia uma semana em cada estação do ano e produzir seu próprio vinho. Embora sejam independentes, as casas serão unidas por um mesmo telhado e por uma única parede frontal. O intuito do renomado arquiteto Gustavo Penna foi fazer uma releitura das antigas vilas de Minas Gerais, como Tiradentes, Ouro Preto e Mariana. “A ideia foi dar uma sensação de comunidade.”

As primeiras 35 moradias começaram a ser construídas em fevereiro, e a expectativa é que sejam entregues até janeiro de 2027. Ao todo, serão 60 imóveis. Mas não será necessário esperar até lá para aproveitar o complexo. As visitas começam em julho, quando o restaurante do chef Kaliu Castro ficará pronto e será oferecida a experiência do ‘wine bar’ na represa do Funil, com almoços e coquetéis harmonizados com vinhos.

As primeiras 35 moradias começaram a ser construídas em fevereiro — Foto: Projeção/Divulgação/Enovila
As primeiras 35 moradias começaram a ser construídas em fevereiro — Foto: Projeção/Divulgação/Enovila

Hoje, a vinícola produz 20 mil garrafas que estampam a marca Alma Gerais no rótulo, e a estimativa é alcançar 100 mil rolhas em três anos. O vinhedo já teve duas safras, de 2022 e 2023, que inicialmente serão consumidas pelo restaurante. “Ainda não estamos distribuindo para revendedores, pois primeiro estamos fazendo um trabalho de mostrar que Minas Gerais possui bons vinhos. Só depois vamos tornar a nossa marca conhecida.”

Segundo o empresário, todo lucro do restaurante e das experiências de vinhos será destinado para o desenvolvimento local e para o projeto de enoturismo no Estado.

“Na Enovila, os sócios ficam com a parte boa de ser donos de uma vinícola, deixando os pepinos do processo por conta dos administradores. Isso é possível, pois ele se associa a um clube e não ao CNPJ da vinícola, como acontece na Argentina. Lá, muitos investidores acabaram desistindo depois que tiveram que negociar safras ruins”, afirma Alberto Júnior.

FONTE ECONÔMICO VALOR

Fuga de empresas, criação de impostos e vínculo empregatício: as mentiras que contam sobre a regulação do trabalho por plataforma

Construída em conjunto com empresas e trabalhadores, proposta enviada pelo governo ao Congresso Nacional garante direitos e incrementa segurança jurídica

Enviada para o Congresso Nacional pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a proposta de regulação do trabalho por plataforma tem sido alvo recorrente de peças desinformativas. O Projeto de Lei Complementar (PLP 12/2024) foi resultado de acordo no Grupo de Trabalho Tripartite entre governo, empresas e trabalhadores, que foi criado em 2023.

Trabalhadores e empresários se mostraram comprometidos em encontrar um terreno comum que atenda às necessidades dos motoristas e, ao mesmo tempo, viabilize o crescimento e a sustentabilidade das empresas. O debate possibilitou uma construção que primou pela autonomia dos trabalhadores, pela flexibilidade da jornada de trabalho, pela instituição de uma remuneração mínima e justa, pela transparência das informações decorrentes do trabalho dos autônomos e pela efetivação do direito à previdência social para os trabalhadores das plataformas.

A proposta construída entre governo, empresas e trabalhadores é uma peça de inovação jurídica nos tempos atuais. O trabalho por plataforma é uma invenção relativamente recente, mas com um impacto consistente na vida das pessoas, no desenvolvimento de mercados e no aparecimento de novas oportunidades de negócios. O PLP 12/2024 é uma demonstração de que o Brasil possui as condições necessárias para trazer essa discussão da questão do trabalho por plataforma nos fóruns globais.

Mentira: A regulação cria vínculo empregatício
Verdade: A regulação não tira autonomia do trabalhador por aplicativo

Empresas e trabalhadores acordaram um modelo que prioriza a autonomia do trabalhador. A partir da criação da categoria “trabalhador autônomo por plataforma”, ambos passam a ter uma relação de trabalho melhor definida e sem vínculo empregatício.

Ao contrário do que peças desinformativas repercutem, o trabalhador por plataforma não vai passar a bater ponto ou ter um horário estabelecido, tal como num emprego celetista. A determinação de uma jornada máxima de 12 horas diárias que consta na proposta sequer define turnos ao longo do dia para tal controle. Pelo contrário, o trabalhador pode dispor do próprio horário da maneira mais conveniente, tal qual como esse modelo de trabalho sempre lhe permitiu.

Essa autonomia defendida na proposta também se aplica à atividade do trabalhador em diferentes plataformas. O PLP 12/2024 não impõe que o autônomo se vincule a uma única plataforma, como algumas peças de desinformação insistem em mentir. Outra farsa propagada pelas campanhas de fake news é que o trabalhador por plataforma será obrigado a se filiar a um sindicato. A própria Constituição Federal determina que ninguém pode ser obrigado a filiar-se ou manter-se em um sindicato e nem existe tal obrigação no texto da proposta.

Priorizando essa autonomia do trabalhador, o PLP 12/2024 trouxe mais transparência na relação com as empresas. Segundo o texto, o trabalhador terá acesso a um relatório mensal, contendo informações sobre os critérios de oferta de viagens, pontuação, bloqueio, suspensão e exclusão da plataforma, bem como sobre os critérios que compõem o valor de sua remuneração, a soma do tempo trabalhado, a remuneração total, a remuneração específica dos serviços realizados em horários de alta demanda, o valor médio da hora trabalhada e sua comparação com a remuneração mínima. Tudo isso em linguagem clara e de simples entendimento.

Mentira: A regulação do trabalho por plataforma cria impostos
Verdade: Trabalhadores passam a contar com licenças do INSS a partir de contribuição dividida com empresas

Construída com a participação de trabalhadores e empresas, a proposta de regulação do trabalho por plataforma não cria impostos. Dentro do que ela se propõe, não existem cobranças por exploração comercial e nem taxas relacionadas a serviços públicos. O que se procurou foi uma maneira economicamente sustentável dos trabalhadores por plataforma acessarem à previdência social via Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS).

Dessa forma, os trabalhadores poderão acessar os benefícios da previdência social. No caso de não poderem trabalhar por mais de 15 dias em decorrência de problema de saúde ou acidente, o trabalhador poderá receber o auxílio por incapacidade temporária. As trabalhadoras por plataforma, que atualmente precisam se planejar e esticar jornadas de trabalho quando engravidam, passam a contar com licença-maternidade. Em último caso, o trabalhador acidentado que não puder mais trabalhar vai ter sua aposentadoria por invalidez garantida.

A contribuição consiste em uma fração com o menor impacto econômico possível para trabalhadores e para empresas tomando por base o valor do salário mínimo e a jornada de oito horas diárias de trabalho. Dividido pelas oito horas diárias de trabalho, o salário mínimo resulta numa hora-mínima que vale R$ 8,00. Sobre essa hora trabalhada, o trabalhador autônomo por plataforma vai contribuir com R$ 0,60. Enquanto isso, as empresas do setor contribuirão para o INSS com 20% sobre essa mesma hora-mínima, ou seja, R$ 1,60.

No total, ambas contribuições somam R$ 2,20 por hora a serem incluídos na cobrança do serviço. Diluída em frações de tempo menores, compatíveis com os deslocamentos que realizamos nas cidades, a quantia impacta muito pouco sobre o consumidor final. Numa viagem de 15 minutos, o valor pago pelo passageiro a ser repassado para a previdência do será de R$ 0,55, garantindo ao autônomo as licenças e a aposentadoria.

Mentira: As empresas vão sair do Brasil
Verdade: As empresas participaram da construção da proposta enviada ao Congresso Nacional

O PLP 12/2024 é produto do Grupo de Trabalho Tripartite para a construção da proposta de regulação do trabalho por plataforma, que foi instalado no primeiro semestre de 2023 e contou com a participação das empresas do ramo. Elas foram representadas pelas seguintes empresas e entidades: Associação Brasileira de Mobilidade e Tecnologia (Amobitec), iFood, Uber, Zé Delivery, Lalamove, Movimento de Inovação Digital (MID), Mercado Livre, Rappi, 99, inDrive, Associação Latino-Americana de Internet (Alai).

Tanto empresas quanto trabalhadores se mostraram comprometidos em encontrar um terreno comum que atenda às necessidades dos motoristas e, ao mesmo tempo, viabilize o crescimento e a sustentabilidade das empresas. Enquanto os motoristas solicitavam regras claras que garantissem um valor mínimo por corrida, remuneração por paradas extras e atualização anual por meio de negociação coletiva, os empresários ofereciam uma remuneração mínima equivalente ao salário mínimo nacional, proporcional ao tempo efetivamente trabalhado e comprovado.

proposta de regulação remetida ao Congresso Nacional traz maior segurança jurídica para as empresas. Segundo o texto acordado, as operadoras de aplicativo podem adotar normas e medidas para garantir a segurança da própria plataforma, dos trabalhadores e dos usuários. Elas também são livres para coibir fraudes, abusos e mau uso da plataforma conforme procedimentos próprios e regras previamente estipuladas. A legislação também prevê que as empresas são livres para aplicar suspensões, bloqueios e exclusões, observados regramentos prévios. Esses incrementos trazidos pelo PLP 12/2024 impactam em maior segurança jurídica para as empresas.

 

FONTE GOV

Prefeitura realiza pesquisa para criação dos planos Diretor, de Desenvolvimento Sustentável e de Mobilidade Urbana

Os moradores de Congonhas podem participar da consulta pública do Plano Integra que prevê a elaboração dos planos Diretor e de Desenvolvimento Sustentável e Mobilidade Urbana do município, que é um conjunto de diretrizes que deverão ser seguidas pela Prefeitura nos próximos 10 anos.

O formulário pode ser acessado na plataforma do Programa Integra disponível no site da Prefeitura ou pelo link abaixo. A consulta pública tem por objetivo acolher a opinião e sugestões  da população sobre diversos temas tais como atendimentos de serviços públicos, como saúde, educação e assistência social, além de informações de acesso à infraestrutura urbana, saneamento básico e transporte coletivo.

O Programa de Planejamento Integrado de Congonhas (Integra) foi lançado em fevereiro com objetivo de garantir um crescimento organizado e sustentável, menos dependente da mineração e com respeito aos moradores e ao patrimônio histórico e cultural da cidade. O projeto está sendo desenvolvido em parceria com a ONU-Habitat que é uma agência especializada em urbanização sustentável e que será responsável pela revisão do Plano Diretor e pela elaboração do Plano de Mobilidade. E também com o apoio da Fundação Dom Cabral (FDC) que fornecerá apoio técnico na elaboração do Plano de Desenvolvimento Sustentável na busca pela diversificação econômica,  inclusão social, potencialização do turismo, cultura e do patrimônio histórico e a proteção ambiental e equilibrada de modo a atrair novos e diferentes investimentos.

Link da pesquisa:

FORMULÁRIO PARA O CIDADÃO

FORMULÁRIO PARA O EMPREENDEDOR 

Reportagem/Foto: Reinaldo Silva

Lula tende a criar NOVO programa vale-carne! Benefício de R$ 35 para quem recebe bolsa família!

governo Lula está avaliando a implementação de um projeto intitulado “Carne no Prato”. Este projeto, apresentado por pecuaristas de Mato Grosso do Sul, propõe a criação de um voucher para auxiliar famílias de baixa renda a comprar até 2 quilos de carne bovina por mês.

Vale-Carne enviado para análise!

A proposta foi enviada pelo ministro Paulo Teixeira ao Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) e à Casa Civil para avaliação. Conforme os proponentes do projeto, este poderá beneficiar até 19,5 milhões de pessoas e criar uma demanda anual por mais 2,3 milhões de cabeças de gado.

Qual o ponto negativo da proposta?

No entanto, especialistas questionam a viabilidade do “Programa Carne no Prato”. Argumentam que limitar a escolha do benefício apenas à carne bovina pode não ser a melhor abordagem, visto que outros tipos de proteínas podem oferecer melhor custo-benefício. Além disso, a criação de gado tem impactos ambientais que precisam ser considerados.

Como funciona o programa?

Segundo o pecuarista Guilherme Bumlai, o programa funcionaria como um voucher de R$ 35, destinado à compra de pelo menos 2 quilos de carne bovina por mês. Este benefício estaria inicialmente disponível para famílias inscritas no Cadastro Único dos Programas Sociais, como as beneficiárias do Bolsa Família. O voucher seria utilizado para compra de carne bovina em supermercados e açougues conveniados.

Como se cadastrar no CadÚnico?

Para se cadastrar no Cadastro Único (CadÚnico), siga estes passos simplificados:

  1. Localize o CRAS (Centro de Referência de Assistência Social) mais próximo da sua residência.
  2. Entre em contato com o CRAS para agendar um atendimento.
  3. Compareça ao CRAS no horário agendado com os documentos necessários.
  4. Preencha o formulário de cadastro com as informações solicitadas.
  5. Após o cadastro, aguarde a análise das informações e a possível inclusão em programas sociais do governo.

Como se cadastrar no bolsa família?

Para se cadastrar no Bolsa Família em 2024, siga estas etapas:

  1. Reúna os documentos necessários:
    • Documento com foto (RG ou CNH) do solicitante
    • Título de eleitor ou CPF do solicitante
    • Comprovante de endereço do solicitante
    • Comprovante de tutela (se aplicável)
    • Documentos com foto (RG), CPF e outros (se aplicável) dos demais familiares
  2. Verifique a necessidade de outros documentos, como comprovante de vacinação, matrícula escolar e acompanhamento pré-natal.
  3. Utilize o site ou aplicativo MOPS para encontrar o posto de atendimento mais próximo.
  4. Compareça ao posto de assistência social ou órgão público para uma entrevista, levando os documentos necessários. Não é necessário levar toda a família.
  5. Durante a entrevista, serão confirmadas as informações dos documentos.
  6. Após o cadastro, caso ainda não tenha, você receberá o NIS, que é o número de cadastro para cidadãos que já recebam algum benefício social.

Consequências para o setor pecuário

Embora o “Programa Carne no Prato” possa ser uma maneira de incentivar o setor pecuário, que tem enfrentado queda nos preços do boi gordo, não está claro como o projeto seria financiado ou como seria garantida a utilização correta dos vouchers.

Ainda há dúvidas se a restrição da escolha de alimentos dos beneficiários à carne bovina seria a melhor abordagem para atender às necessidades nutricionais dessas famílias.

Considerações finais

A proposta do “Programa Carne no Prato” está sendo analisada e ainda não foi aprovada. Porém, levanta questões importantes sobre acesso a alimentos, segurança nutricional e o futuro da pecuária no Brasil. Afinal, buscar soluções que beneficiem tanto os produtores rurais quanto as famílias em situações de vulnerabilidade social é um desafio constante.

FONTE: MONITOR DO MERCADO

Paróquia Nossa Senhora da Conceição, em Catas Altas, festeja 300 anos de sua criação

Celebrando três séculos de história e evangelização, a Paróquia Nossa Senhora da Conceição, em Catas Altas (MG), inicia nesta sexta-feira, 16 de fevereiro, as comemorações pelos 300 anos de sua criação.

Instituída em 16 de fevereiro de 1724, quando o atual território da Arquidiocese de Mariana era ligado à então Diocese do Rio de Janeiro (RJ), a paróquia de Catas Altas é uma das três comunidades de fé que estão festejando seu tricentenário nessa data.

Para o Pároco local, Padre Bruno Gomes Silva, é motivo de muita alegria. “Olhamos para trás e percebemos 300 anos de história, de caminhada, de alegrias e desafios, mas de um grande desejo de evangelizar”, disse.

“É nesse sentido que nós vamos celebrar essa festa, claro, pensando propriamente em todas as pessoas que por aqui passaram, se dedicaram, mas, ao mesmo tempo, olhar para nossa história é também o motivo de agradecer a Deus por tanto cuidado, tanto carinho e tanta generosidade”, reforçou.

Celebrações

A abertura das festividades é nesta sexta-feira, 16 de fevereiro, dia da criação da paróquia, e seguem até o dia 25. Marcando o início das comemorações, uma missa solene cantada será realizada às 19h na Igreja Matriz.

Ao longo dos próximos dias, uma programação com a participação de ex-párocos, pastorais e movimentos marcarão a festa. Já no sábado, 24 de fevereiro, acontece uma procissão motorizada pelas ruas da cidade histórica.

A celebração será encerrada no domingo, dia 25, com a missa festiva celebrada pelo Arcebispo Metropolitano de Mariana, Dom Airton José dos Santos, às 9h.

“Tenho dito que é a festa da unidade paroquial. Como uma grande família que somos, [vamos] agradecer a Deus essa dádiva que é a nossa paróquia”, declarou Padre Bruno.

Confira a programação completa:

Fotos: Paróquia Nossa Senhora da Conceição, em Catas Altas/Divulgação

Pesquisadores criam plataforma de vacina de Covid que pode ser adaptada e usada contra outras doenças; entenda

Tecnologia já teve eficácia comprovada em testes realizados em animais e, agora, está sendo adaptada para atuar contra chikungunya.

Pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) desenvolveram uma plataforma de imunização contra variantes da Covid-19. A tecnologia, baseada em DNA encapsulado em nanopartículas lipídicas, já teve a eficácia comprovada em testes realizados em animais e, agora, está sendo adaptada para atuar contra a chikungunya.

No caso da Covid, a ideia é produzir uma vacina de DNA, que, segundo o professor Pedro Pires Goulart Guimarães, do Departamento de Fisiologia e Biofísica do Instituto de Ciências Biológicas (ICB) da UFMG, é mais estável e tem custo menor do que as de RNA, como as Pfizer e da Moderna.

Para que o RNA e o DNA entrem na célula e resultem na produção de antígenos, eles são encapsulados em nanopartículas lipídicas – sistemas de liberação de fármacos de maneira controlada no organismo.

Os pesquisadores, então, desenvolveram diferentes formulações de nanopartículas, em busca da que garantisse maior eficácia de imunização.

“Nós produzimos dezenas de nanopartículas diferentes e usamos triagem in vivo. Usando um único animal, conseguimos testar dezenas de formulações diferentes. Fizemos nanopartículas com 36 formulações diferentes, injetamos todas juntas no mesmo animal e, depois, vimos qual foi a melhor”, explicou o professor Pedro Guimarães.

O imunizante passou por testes pré-clínicos em hamsters e camundongos. Os bichos receberam duas doses, com intervalo de 21 dias entre elas, e o inóculo letal do coronavírus.

Os resultados indicaram eficácia e imunogenicidade da vacina e foram publicados na revista científica “Nature Communications” de janeiro.

“A nossa vacina induziu eficácia e imunogenicidade semelhante à da Pfizer, protegeu também contra variantes de Covid. A gente vê que a carga viral está reduzida nos animais vacinados, e os animais vacinados não morrem”, disse o professor.

Apesar do sucesso dos resultados em animais, não há, até o momento, previsão para a realização de testes da vacina em humanos. Para isso, são necessárias mais pesquisas e aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

“Isso envolve vontade política, porque tem custos altos. O teste clínico tem custos elevados”, afirmou Pedro Guimarães.

Outras doenças

Após os resultados indicarem eficácia do imunizante contra a Covid-19, os pesquisadores têm um novo alvo: a chikungunya.

A ideia é que a plataforma de nanopartículas lipídicas seja utilizada no desenvolvimento de vacinas contra essa e outras doenças, reduzindo o tempo e os custos envolvidos no processo.

O imunizante contra a chikungunya já está sendo testado em animais. A previsão é que essa etapa da pesquisa seja concluída até o fim deste ano.

FONTE G1

Kynam: a madeira mais cara do mundo é criada por envenenamento

Uma curiosa terapia intravenosa chamou a atenção dos usuários do Facebook na Ásia. Imagens de árvores recebendo um estranho líquido fez com que os internautas discutissem o que poderia estar acontecendo ali. 

Entre as teorias, havia quem acreditasse se tratar de uma intervenção artística para aumentar a conscientização sobre o desmatamento desenfreado ocorrendo em escala global — ou sobre a poluição causada pelo homem matando a vida vegetal. Outros afirmaram ser algum método de tratamento para salvar as árvores de fungos ou parasitas.

Houve ainda aqueles que disseram se tratar de um ato de vandalismo, e que os sacos estavam cheios de urina humana. Mas como sempre costuma acontecer quando essas teorias surgem na internet, todas estavam erradas.

A madeira mais cara que ouro

(Fonte: Road Observation Academy/Facebook/Reprodução)

As imagens mostravam um tratamento intravenoso feito com veneno em árvores de aquilaria para conseguir a madeira mais cara do mundo. O Kynam — ou kyara como é conhecido na Ásia — é um tipo extremamente raro de pau-de-águila, uma árvore utilizada na produção de incenso e perfume.

Há alguns anos foi descoberto que é ao ser infectada pelo fungo Phialophora parasitica que a aquilaria passa por um estresse biológico para se defender do parasita. E é isso que faz com que ela desenvolva seu aroma tão específico — quando não infectada, ela é uma madeira comum.

Esse uso faz do pau-de-águila uma madeira extremamente cara. Dependendo da origem, ela pode custar mais que o ouro, principalmente quando infectada com um tipo específico de mofo. Nesses casos, ela pode levar décadas para desenvolver a madeira perfumada, o que eleva bastante seu valor.

Com 625 gramas, esse pedaço de Kynam custa R$ 3.27 milhões. (Fonte: Oud_learner/Ouddict/Reprodução)

As imagens que viralizaram nas redes sociais eram de árvores passando por este processo. As bolsas estavam com um líquido venenoso, feito com esse parasita, para estimular a produção da preciosa resina. Atualmente, existem plantações de pau-de-águila em toda a Ásia, indo da Indonésia até Mianmar.

O processo consiste em pendurar dezenas de bolsas intravenosas nos galhos das árvores e conectá-las à madeira por tubos com grandes agulhas. Conforme o líquido venenoso penetra na árvore, ele ativa o mecanismo de autodefesa dela. E é assim que se cria a madeira mais cara do mundo.

FONTE MEGA CURIOSO

Nova lei determina criação de banco de dados de agressores de mulheres

Entre os criminosos que deverão ser cadastrados estão os autores de feminicídios, estupros e invasão de celular ou computador.

Lei 24.650, de 2024, foi publicada na edição desta terça-feira (9/1/24) do Diário Oficial Eletrônico Minas Gerais. A nova norma cria um banco de dados de condenados por violência contra a mulher no Estado.

A lei é derivada do Projeto de Lei (PL) 3.400/21, do deputado Sargento Rodrigues (PL), que foi aprovado de forma definitiva (2º turno) pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) em 6 de dezembro.

A norma acrescenta o artigo 5º-B à Lei 22.256, de 2016, que institui a Política de Atendimento à Mulher Vítima de Violência no Estado.

Desta forma, ela prevê que serão cadastradas pessoas condenadas com sentença transitada em julgado (sem direito a recurso) pela prática dos seguintes crimes contra a mulher: feminicídio, estupro, estupro de vulnerável, lesão corporal, perseguição, violência psicológica e invasão de dispositivo informático.

No banco de dados constarão, conforme a nova lei, informações como nome, filiação, data de nascimento, número do documento de identificação, fotografia, endereço residencial e relação ou grau de parentesco com a vítima.

Já o acesso ao banco obedecerá ao disposto na Lei 13.968, de 2001, que trata do uso de informações pelas Polícias Militar e Civil.

FONTE ALMG

TJMG quer criar mais de 500 cargos com salários de até R$ 23 mil sem concurso público

Projeto enviado pelo TJMG para análise da Assembleia de Minas prevê a criação de novos cargos para o Judiciário mineiro sem concurso público

Um ato normativo do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), enviado à Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), pretende criar mais de 500 novos cargos sem concursos públicos no Judiciário mineiro.

Entre os cargos que podem ser criados estão assessores de juízes e assistentes técnicos, escreventes e coordenadores de serviços, com salários que variam de R$ 5,5 mil a R$ 23,6 mil. Ao todo, o custo das novas vagas criadas é estimado em R$ 156 milhões no ano de 2024 e mais R$ 161 milhões em 2025.

O texto enviado para análise dos deputados estaduais prevê ainda que outros 104 postos poderão ser ocupados por servidores efetivos.

A informação sobre os projetos para criação de novos cargos foi divulgada pelo jornal “Folha de S. Paulo” e confirmada pela reportagem da Itatiaia nesta sexta-feira (15).

Segundo a mensagem do TJMG a reorganização estrutural é necessária para que o Judiciário consiga atender à crescente demanda.

“Não se pode olvidar que o cenário atual em que se encontra o Poder Judiciário Nacional é preocupante, diante do crescimento progressivo de demandas postas à sua apreciação, conforme revela a 19ª edição do Relatório Justiça em Números de 2022, construído a partir da Base Nacional de Dados do Poder Judiciário do Conselho Nacional de Justiça, que registrou o cômputo de 77,3 milhões de processos em tramitação nos tribunais e varas do Brasil no ano de 2021, dos quais 27,7 milhões são referentes a casos novos. E desses novos processos, 97,2% chegaram à Justiça em formato eletrônico. Esse panorama reflete os desafios que o Poder Judiciário mineiro necessita enfrentar nesse momento, para alcançar resultados mais efetivos na prestação jurisdicional e que permitam atender à coletividade com maior eficiência e qualidade”, diz a mensagem, assinada pelo presidente do TJMG, desembargador José Arthur de Carvalho Pereira Filho.

Em resposta à reportagem da Itatiaia, a assessoria do TJMG respondeu:

Quando o TJMG pretende enviar a manifestação para a ALMG?
Os Projetos de Lei já foram encaminhados à Assembleia Legislativa. São dois Projetos de Lei, um de Lei Complementar e um de Lei Ordinária. O de Lei Complementar trata basicamente de algumas questões de organização e divisão do Judiciário e tem previsão de criação tão somente de vagas de juiz auxiliar de 2º grau, porque hoje temos um represamento de processos que são distribuídos na segunda instância. Para ajudar a desafogar um pouco e acabar com esse gargalo é que está sendo proposta a criação desses cargos de juiz de 2º grau.

Existe figura parecida na 1ª Instância na capital, que é o juiz auxiliar de BH. Ele coopera com o juiz da Comarca de Belo Horizonte pelo volume, pela dimensão da Comarca, para cobrir afastamentos e represamento de demandas.

Qual o motivo para as 500 vagas criadas serem de livre nomeação do tribunal? A realização de um concurso público chegou a ser avaliada?
Em relação aos cargos comissionados, em sua maioria são de assessores de juízes. Foram criados para termos uma reserva técnica – que hoje não existe -, atendendo a demanda de instalação de varas e criação de Comarcas, que ocorrem no Estado. Hoje, temos muitas demandas desse tipo, em razão do elevado número de processos. Muitas vezes, um juiz apenas não consegue dar conta do volume e é necessário instalar uma nova unidade judiciária em determinados locais.

Para que isso seja feito, é preciso haver o cargo de gerente de secretaria, que é o antigo escrivão. Precisamos, claro, de servidores concursados, que trabalhem na secretaria, e de assessores. Para esse cargo de assessor, que perfaz a maioria dos 500 cargos do Projeto, optamos pelo recrutamento amplo, que pode ser assumido tanto pelo servidor de carreira como por pessoas que não sejam servidoras, mas sejam bacharéis em Direito e atendam aos pré-requisitos do cargo.

Por que tomamos tal medida? Porque, muitas vezes, o próprio servidor da Comarca ou não atende a esse requisito – formação em Direito – ou não tem interesse em ocupar a vaga. De tal forma, não podemos deixar a administração à mercê da disponibilidade de servidores com o perfil requerido. Com isso, por uma questão de eficiência da administração, optamos pelo cargo de recrutamento amplo, que possibilita trazer pessoas de fora, quando necessário.

Os demais cargos do projeto são cargos da estrutura da organização do Tribunal. Há cargos para lotação na Presidência, na Corregedoria, na 1ª, 2ª e 3ª Vice-Presidências que devem incrementar a força de trabalho das unidades administrativas, onde também há uma crescente demanda. E temos várias cobranças, do próprio Conselho Nacional de Justiça (CNJ), de avanço na administração, que dependem de aumento de pessoal. O CNJ, em que pese não forçar os Tribunais a criarem uma estrutura – por impossibilidade, inclusive, de impor um avanço orçamentário e financeiro -, recomenda e coloca como meta para o Tribunal conseguir, dentro de sua organização, avançar com a criação de cargos para esses setores.

Um exemplo recente é a Ação de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 828, em que o Supremo Tribunal Federal decidiu que todas as ocupações, os conflitos coletivos existentes no Estado, sejam acompanhados por uma Comissão de Conflitos Fundiários, para que se tente uma mediação, antes de liminar, visando a um reassentamento, à regularização fundiária ou à realocação dessas pessoas de forma organizada, mediada.

Para que o Tribunal faça isso, é preciso reforço da equipe, porque o Estado é muito grande, com 298 Comarcas, e estamos precisando fazer com que os servidores se desdobrem, o que aumenta o custo com horas extras. Precisamos, para maior eficiência da administração, fazer uma adequação da estrutura do Tribunal – tudo isso de acordo com a disponibilidade orçamentária e financeira.

Ou seja, os PLs que foram para a Assembleia Legislativa e que ainda vão tramitar, no próximo ano, possibilitarão que o TJMG cresça. E esse crescimento ocorre de acordo com a demanda, com a necessidade do serviço para manter a qualidade da prestação jurisdicional.

Qual será o valor anual estimado com a criação dos novos cargos no orçamento estadual?

Importante registrar que esses cargos formarão uma reserva técnica do Tribunal e serão providos de acordo com a necessidade dos projetos, dos serviços, e de acordo com a disponibilidade financeira e orçamentária. Ou seja, não geram impacto imediato para o Tribunal. O impacto será gerado a partir da ocupação de cada um desses cargos e isso só vai ocorrer de acordo com a disponibilidade financeira e orçamentária do Tribunal.

Importante frisar ainda que o Tribunal mantém a lógica e a recomendação, inclusive constitucional, de ter o seu quadro de servidores formado por efetivos. Temos um concurso em andamento e estamos para lançar um novo certame para as diversas carreiras do Tribunal, que serão exclusivas de servidores efetivos.

Portanto, optamos, no caso de alguns cargos de direção, chefia e assessoramento, pelo recrutamento amplo, para dar flexibilidade, trazer know-how e oxigenação à Instituição. Mas, de modo geral, o Tribunal sempre privilegia sempre a prata da casa.

FONTE ITATIAIA

Mineradoras dão ‘sinal verde’ para criação de rotas alternativas para minério

Empresa quer criar nova ferrovia, de R$ 2 bilhões, para retirar veículos pesados da BR-381

Mineradoras sinalizam interesse em abrir vias alternativas para retirar carretas de minério das regiões cortadas pelas BRs 356 e 040, além de estarem de olho em licitações para requalificar estradas. É o que afirma Luiz Márcio Viana, presidente do Sindicato da Indústria Mineral de Minas Gerais (Sindiextra), que diz ainda que a zona de risco de algumas barragens, é o que tem impedido o avanço da proposta.

“Nós, da mineração, e as empresas fizemos alguns esforços. A Vale, por exemplo, construiu uma rodovia alternativa que vai da Mina de Pico à mina de Fábrica. Essa via, hoje, está sem ser utilizada por estar em Zona de Salvamento de barragens, que estão tendo o seu processo finalizado. A CSN fez a estrada da Mina do Engenho até a a região de Pires, em Congonhas, e essa estrada está em funcionamento. Nós queremos que as empresas possam ter suas estradas alternativas funcionando e retirando das estradas públicas o máximo de veículos de carga”, afirma.

Viana afirma, ainda, que há possibilidade de investimento em ferrovias.

“As empresas mineradoras também estão fazendo terminais de carga para ferrovias e isso é alguma coisa que precisa de licenciamento ambiental. Então precisa que o Governo do Estado estude terminais, por exemplo, como o de São Gonçalo do Bação, em Itabirito, o da Serra Azul, para que mais caminhões sejam retirados. Aí são medidas muito grandes e cada um desses terminais retiraria cerca de 10 mil caminhões das estradas que são controlados por mineradoras a Vale e a CSN respectivamente, as ferrovias Centro Atlântica e MRS devem passar a atender todas as cargas de mineradoras e também de outros produtores que demandam esse tipo de transporte viário”, completa.

As empresas mineradoras ainda estariam iniciando conversas com a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) sobre as licitações do governo federal em algumas rodovias, como a BRs 135 e a 040.

Investimento em ferrovias

A Grupo Cedro Mineração protocolou um projeto junto à ANTT para instalar uma ferrovia de 30 quilômetros de extensão entre Itaúna, região Centro-Oeste, e São Joaquim de Bicas, na Grande BH, transportando minério na região de Serra Azul sem passar pela BR-381. O investimento é de quase R$ 2 bilhões.

“Vai ser uma ferrovia ao longo das mineradoras que produzem no complexo Serra Azul e ligando ao ramal principal que leva o minério para os portos. Estamos aguardando a outorga. Estamos falando em retirar da BR-381 de 2.500 a 3.000 carretas por dia, algo em torno de 20 milhões de toneladas de minério de ferro por ano e trazer uma tranquilidade para a população. Também estamos estudando um projeto de engenharia para interligar as operações através de correias transportadoras para os terminais de embarque próximos da região”, explica o presidente do Conselho Administrativo da Cedro Participações, Lucas Kallas.

A reportagem entrou em contato com a ANTT para saber um posicionamento da agência sobre a outorga do projeto e aguarda retorno.

FONTE ITATIAIA

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