Famílias de baixa renda em Congonhas podem receber de forma gratuita plantas de construção

Por iniciativa do Governo Municipal, famílias com renda de até três salários mínimos poderão receber, gratuitamente, apoio técnico para a elaboração de projetos para a construção de suas casas. Os projetos serão desenvolvidos por engenheiros da prefeitura e o objetivo é garantir moradia de qualidade às pessoas de baixa renda e incentivar a regularização das construções.

De acordo com a Secretaria de Planejamento e Gestão, o Programa de Engenharia Social do município possui três modelos padrões de projetos de até 70m² que podem ser avaliados pelos interessados e adequados à topografia dos terrenos.

As primeiras famílias que serão atendidas com os projetos sociais, fazem parte de um cadastro da Diretoria de Habitação que hoje conta com cerca de 60 famílias cadastradas para a demanda. Os demais interessados em participar do projeto poderão fazer em breve a solicitação do benefício através do protocolo on-line no site da Prefeitura, ou presencialmente, no protocolo físico no Edifício JK, no centro. O solicitante deverá apresentar os documentos de posse ou de propriedade, conforme Decreto 5.370/2011 e o documento de identidade ou carteira de habilitação.

O solicitante passará por avaliação socioeconômica pelas assistentes sociais para comprovação do direito e sua solicitação será encaminhada para os setores de Habitação e Superintendência de Gestão da Cidade. O benefício só poderá ser concedido em loteamentos legalmente instituídos ou regularizados e o solicitante só pode ser possuidor de um único imóvel no município. Além disso, a construção deverá ser utilizada exclusivamente para fim residencial e próprio e é fica vedada a construção de mais de uma residência em um mesmo terreno.

ISENÇÃO DE TAXAS

O Governo Municipal alterou a lei e, além de receber as plantas das casas gratuitamente em um prazo de 30 dias, o cidadão que tiver direito a este benefício, ficará isento do pagamento de quaisquer taxas.

Dúvidas e informações: (31) 3732-0722 ou 3732-0719 ou presencialmente na Av. JK, 230 – 1º Andar, Sala 107.

Prefeitura entregará títulos de propriedade para 160 famílias de Lafaiete

A Prefeitura de Conselheiro Lafaiete realizará na próxima quinta-feira, 14/12, a entrega dos títulos de propriedade a 160 famílias, moradoras do Bairro Nossa Senhora da Guia, que foram beneficiadas com a legitimação de posse de seus imóveis. A cerimônia acontecerá no Solar do Barão de Suaçuí.

A Regularização Fundiária, ação pioneira no município, foi realizada em parceria entre a Prefeitura de Conselheiro Lafaiete e a Faculdade de Direito – FDCL, com o apoio do Ministério Público.

Para o Prefeito Mário Marcus a regularização fundiária é uma importante ação na área habitacional, um instrumento para promoção do direito à moradia para as famílias. O objetivo foi dar mais dignidade às pessoas, promovendo segurança às famílias que a partir de agora terão a titulação de seus imóveis e pleno direito sobre suas propriedades. “Esta é uma política pública muito importante, pois, promove cidadania e respeito à população e beneficia diversas famílias em nossa cidade”, enfatizou.

A administração municipal está realizando a regularização fundiária de outros núcleos, beneficiando mais famílias em nosso município. Em breve, serão protocolizadas as Certidões de Regularização Fundiária dos Núcleos Informais Triângulo II, parte do Paulo VI e São João que estão em processo final de atualização das documentações e ajustes dos projetos. Está em andamento também núcleos no Siderúrgico, na Avenida Dona Rosa Dutra e Vila Madalena, no Almeidas.

A fim de fomentar ainda mais a política de direito à moradia o município acaba de firmar contrato com a VersaUrb, empresa especializada em Regularização Fundiária de Interesse Social que beneficiará mais 2 mil unidades em Conselheiro Lafaiete.

Tragédia em família: homem mata padastro a golpes de madeira

No domingo as 01:46h em Barbacena (MG), foi repassado via COPOM que uma guarnição do corpo de bombeiro estaria atendendo uma ocorrência, e solicitava apoio da polícia militar no local.No local um corpo caído ao solo no cômodo de uma residência.

Em contato com a guarnição do Bombeiros, estes afirmaram que foram acionados para ocorrência de agressão. Que ao chegarem no local depararam com um cidadão ao solo aparentemente sem sinais vitais. Que realizaram os procedimentos de reanimação, mas não obtiveram êxito, e ao tomarem conhecimento do ocorrido no local acionaram a Polícia Militar e viatura do SAMU, onde o médico confirmou o óbito.

Em contato com a vítima de agressão de 46 anos, ela declarou que seu companheiro de 40 anos desferiu um soco em seu rosto e que seu filho de 25 anos ao tomar conhecimento das Agressões pegou um pedaço de madeira e deferiu 03 (três) golpes na cabeça de seu padrasto que veio ao óbito. Ela relatou que as agressões e ameaças eram constantes.

Em conversa com autor afirmou que ao chegar em casa deparou com sua mãe com o rosto inchado, momento que subiu para sua residência, pegou o pedaço de madeira e desceu em direção a casa de seu padrasto, ao deparar com a vítima desferiu golpes na cabeça da vítima. Que o fez por se sentir revoltado com a situação de sua mãe.

Em contato com testemunhas alegaram que ouviram gritos e ao chegarem no cômodo da residência encontraram a vítima caída ao solo e o autor em cima do padrasto, tendo que retirá-lo de cima da vítima. O autor alega que no momento da situação estava muito nervoso por ver sua mãe machucada e que devido as diversas agressões e ao tempo que ela sofria foi tomado pela raiva. Alega que se arrependeu do cometimento do crime.

Em conversa com as testemunhas alegaram que a vítima era muito agressiva, e que durante anos esposa vinha sofrendo agressões, e que toda a família sofria com a situação. Diante o exposto foi dada voz de prisão ao autor, sendo garantido seus direitos constitucionais e após conduzido até a presença da autoridade policial.

Tragédia em família: homem mata padastro a golpes de madeira

No domingo as 01:46h em Barbacena (MG), foi repassado via COPOM que uma guarnição do corpo de bombeiro estaria atendendo uma ocorrência, e solicitava apoio da polícia militar no local.No local um corpo caído ao solo no cômodo de uma residência.

Em contato com a guarnição do Bombeiros, estes afirmaram que foram acionados para ocorrência de agressão. Que ao chegarem no local depararam com um cidadão ao solo aparentemente sem sinais vitais. Que realizaram os procedimentos de reanimação, mas não obtiveram êxito, e ao tomarem conhecimento do ocorrido no local acionaram a Polícia Militar e viatura do SAMU, onde o médico confirmou o óbito.

Em contato com a vítima de agressão de 46 anos, ela declarou que seu companheiro de 40 anos desferiu um soco em seu rosto e que seu filho de 25 anos ao tomar conhecimento das Agressões pegou um pedaço de madeira e deferiu 03 (três) golpes na cabeça de seu padrasto que veio ao óbito. Ela relatou que as agressões e ameaças eram constantes.

Em conversa com autor afirmou que ao chegar em casa deparou com sua mãe com o rosto inchado, momento que subiu para sua residência, pegou o pedaço de madeira e desceu em direção a casa de seu padrasto, ao deparar com a vítima desferiu golpes na cabeça da vítima. Que o fez por se sentir revoltado com a situação de sua mãe.

Em contato com testemunhas alegaram que ouviram gritos e ao chegarem no cômodo da residência encontraram a vítima caída ao solo e o autor em cima do padrasto, tendo que retirá-lo de cima da vítima. O autor alega que no momento da situação estava muito nervoso por ver sua mãe machucada e que devido as diversas agressões e ao tempo que ela sofria foi tomado pela raiva. Alega que se arrependeu do cometimento do crime.

Em conversa com as testemunhas alegaram que a vítima era muito agressiva, e que durante anos esposa vinha sofrendo agressões, e que toda a família sofria com a situação. Diante o exposto foi dada voz de prisão ao autor, sendo garantido seus direitos constitucionais e após conduzido até a presença da autoridade policial.

54% dos brasileiros se preocupam mais com dinheiro do que com a família, revela pesquisa

Estudo mostra que preocupações financeiras superam saúde, trabalho e família na vida dos brasileiros, causando impactos emocionais e físicos significativos em grande parte da população.

A preocupação com o dinheiro é uma realidade constante para mais da metade dos brasileiros, ultrapassando até mesmo as inquietações com saúde, trabalho e família, conforme revela um estudo realizado pela fintech Onze em parceria com a seguradora Icatu.

Dos 8.573 trabalhadores entrevistados, surpreendentes 54% destacaram que as finanças são sua principal fonte de ansiedade, superando fatores como família (17%), saúde (13%) e trabalho (8%).

As histórias por trás dos números

Para muitos, como Suzilene Tanaka, auxiliar técnica de enfermagem, a ansiedade financeira resulta em jornadas exaustivas, trabalhando em múltiplos empregos para complementar a renda familiar.

Tanaka relata noites mal dormidas, descansando apenas três horas por dia, reflexo direto da pressão financeira constante.

“Se eu não aprender a conviver com as dívidas, eu vou surtar. Não estou conseguindo pagar todas as minhas contas, pago somente o que dá”, desabafa Fabrícia Oliveira, evidenciando os impactos das preocupações financeiras em sua saúde física e mental.

Impacto além da conta bancária

O estudo revela que 55% dos entrevistados se preocupam com a falta de dinheiro para emergências, enquanto 42% estão angustiados com a dificuldade de pagar as contas mensais.

A realidade financeira precária afeta principalmente aqueles com renda mensal igual ou inferior a dois salários mínimos (R$ 2.640), contingente que ultrapassa 70% dos entrevistados.

A falta de estabilidade financeira afeta não apenas as carteiras, mas também tem impacto sobre a saúde emocional e física dos brasileiros.

Cerca de 71% dos entrevistados sofrem impactos emocionais devido a problemas financeiros, enquanto 20% enfrentam problemas físicos.

Ansiedade (53%), insônia (41%) e dificuldades nos relacionamentos interpessoais (15%) são os principais desdobramentos relatados.

“Há um desânimo generalizado. Trabalho na área da saúde e deveria haver mais valorização. O salário é baixo, mesmo com o risco que enfrentamos”, acrescenta Suzilene, evidenciando não apenas a pressão financeira, mas também a desvalorização de setores essenciais.

A pesquisa aponta para um cenário alarmante no qual a instabilidade financeira transcende a questão econômica, afetando profundamente a saúde física e mental dos brasileiros.

FONTE MULTIVERSO NOTÍCIAS

54% dos brasileiros se preocupam mais com dinheiro do que com a família, revela pesquisa

Estudo mostra que preocupações financeiras superam saúde, trabalho e família na vida dos brasileiros, causando impactos emocionais e físicos significativos em grande parte da população.

A preocupação com o dinheiro é uma realidade constante para mais da metade dos brasileiros, ultrapassando até mesmo as inquietações com saúde, trabalho e família, conforme revela um estudo realizado pela fintech Onze em parceria com a seguradora Icatu.

Dos 8.573 trabalhadores entrevistados, surpreendentes 54% destacaram que as finanças são sua principal fonte de ansiedade, superando fatores como família (17%), saúde (13%) e trabalho (8%).

As histórias por trás dos números

Para muitos, como Suzilene Tanaka, auxiliar técnica de enfermagem, a ansiedade financeira resulta em jornadas exaustivas, trabalhando em múltiplos empregos para complementar a renda familiar.

Tanaka relata noites mal dormidas, descansando apenas três horas por dia, reflexo direto da pressão financeira constante.

“Se eu não aprender a conviver com as dívidas, eu vou surtar. Não estou conseguindo pagar todas as minhas contas, pago somente o que dá”, desabafa Fabrícia Oliveira, evidenciando os impactos das preocupações financeiras em sua saúde física e mental.

Impacto além da conta bancária

O estudo revela que 55% dos entrevistados se preocupam com a falta de dinheiro para emergências, enquanto 42% estão angustiados com a dificuldade de pagar as contas mensais.

A realidade financeira precária afeta principalmente aqueles com renda mensal igual ou inferior a dois salários mínimos (R$ 2.640), contingente que ultrapassa 70% dos entrevistados.

A falta de estabilidade financeira afeta não apenas as carteiras, mas também tem impacto sobre a saúde emocional e física dos brasileiros.

Cerca de 71% dos entrevistados sofrem impactos emocionais devido a problemas financeiros, enquanto 20% enfrentam problemas físicos.

Ansiedade (53%), insônia (41%) e dificuldades nos relacionamentos interpessoais (15%) são os principais desdobramentos relatados.

“Há um desânimo generalizado. Trabalho na área da saúde e deveria haver mais valorização. O salário é baixo, mesmo com o risco que enfrentamos”, acrescenta Suzilene, evidenciando não apenas a pressão financeira, mas também a desvalorização de setores essenciais.

A pesquisa aponta para um cenário alarmante no qual a instabilidade financeira transcende a questão econômica, afetando profundamente a saúde física e mental dos brasileiros.

FONTE MULTIVERSO NOTÍCIAS

A familía de Bernardo Guimarães e o legado deixado para Conselheiro Lafaiete

Comumente se ouve ou se lê sobre o grande romancista e poeta brasileiro Bernardo Guimarães (Bernardo Joaquim da Silva Guimarães, 1825-1884) quando de sua estada em Queluz de Minas. Conta-se muito sobre a obra “A Captiva Isaura”, conta-se (MUITO) pouco sobre a as aulas que ele lecionava de latim e francês para os jovens queluzianos (ou queluzenses, como alguns preferem). Seria também louvável que ele fosse lembrado por tudo aquilo que mesmo não morando na saudosa e romântica “Queluz Mineira”, fez por honra e graça de nossa Minas Gerais. A exemplo, o grande jornal “A Atualidades”, que para os historiadores é fonte indispensável de pesquisas.

Retomando ao que se propõe o título deste artigo, enalteço o legado deixado pela Família Guimarães a nossa Conselheiro Lafaiete, pois a contribuição do clã não foi somente a de Bernardo Guimarães. Trazendo um pouco à luz do conhecimento para nossa gente, apresento-lhes o Doutor Pedro Bernardo Guimarães, filho derradeiro (o oitavo) de Bernardo Guimarães e de Dona Teresa Gomes de Lima Guimarães, falecida em 1934. O Doutor aqui apresentado foi Engenheiro Geógrafo, Deputado Estadual, Professor, Jornalista e Grande Orador (as escritas em versais são intencionais). Foi ainda o primeiro historiador da cidade de Itajubá, quando escreveu o livro “Município de Itajubá” que foi editado pela Imprensa Oficial de Minas Gerais.

No ano de 2018, através do Requerimento nº 264/2018, o Vereador Marcelo Krauss Rezende, da cidade de Itajubá, solicita que Casa Legislativa daquele município encaminhasse ao Conselho de Patrimônio Histórico, sugestão de Tombamento da referida obra de Dr. Pedro. Requerimento justificado pela magnitude que representa(va), o trabalho de historiografia do ilustre filho caçula de Bernardo Guimarães. Doutor Pedro publicou outras obras de grande relevância para nosso Estado, como “Fastos – História de Minas”.

“Pedro Bernardo Guimarães era o caçula do autor de “A Escrava Isaura”, Bernardo Guimarães. Não conheceu o pai, pois, quando o poeta e romancista vila-riquense morreu, Pedro ainda não tinha nascido. Dona Teresa estava no segundo mês de gravidez. Pedro nasceria postumamente sete meses após a morte do pai, em 19 de outubro de 1884, no velho sobrado da família, no Alto das Cabeças, em Ouro Preto.

Dos filhos do romancista, foi o único que se dedicou à política, tendo sido deputado do Congresso Mineiro, ‘notabilizando-se na Câmara pelos seus discursos e pela sua independência de caráter’. Da prole Bernardiana foi o que mais escreveu, não só em jornais e revistas, como em livros. Teve intensa atividade jornalística, que se assinala desde a meninice até os últimos minutos de sua vida (…).” Excerto extraído do Requerimento nº 264/2018. Itajubá, Minas Gerais.

Pedro Bernardo Guimarães – Arquivo da Internet (https://www.oguiadeitajuba.com.br/).

Como fatos importantes que unem o Doutor Pedro Guimarães à nossa cidade, cito seu trabalho em educandários da cidade quando por aqui residiu por duas vezes. Reconhecidamente um célebre Professor, trabalhou em dois importantes educandários de Queluz, sendo um deles o Gymanasio Queluziano onde o consagrado escritor Bernardo Guimarães (seu pai) também havia lecionado.

No tempo em que residiu em Queluz, mais precisamente no Bairro de Lafayette, Doutor Pedro também se tornou conhecido e repeitado pela sua grande capacidade discursiva, enquanto orador. Era convidado a proferir seus belos discursos em várias ocasiões, inclusive em momentos fúnebres. E não foram somente os ares deda cidade Queluz de Minas que testemunharam seus discursos, mas toda região.

Ainda morando por aqui, em 1928, quando era também colaborador do Jornal de Queluz, outro fato de extrema importância aconteceu, foi quando recebeu o comunicado que havia sido eleito para a Societè Academique d’Histoire Internationale de Paris, fundada pelo grande poeta e escritor francês Frederic Mistral (Maillane, 8 de setembro de 1830 — Maillane, 25 de março de 1914). A principal ora de Mistral foi “Mireia” que conta o amor de Vincent e da linda Mireia, uma provençal. História equiparável à de Romeu e Julieta e que se tornou tema de ópera em 1863, por ninguém menos que Charles Gounod.

Frederic Mistral – Arquivo da Internet.

Já em fevereiro do ano de 1929, Doutor Pedro Bernardo Guimarães projeta e escreve mais uma vez o nome de nossa Queluz de Minas nos anais da História e da Cultura do Brasil.

Foi partindo daqui, desta terra, pisando sobre as pedras das nossas ruas estreitas e respirando o nosso ar, que Doutor Pedro consolidou a maior iniciativa de preservação da memória de Bernardo Guimarães. Qual teria sido? Foi a aquisição, pelo Governo ao Governo do Estado de Minas Gerais, da casa onde viveu e escreveu sua melhores obras o grande Bernardo Guimarães. Foi nesse ano que a casa foi incorporada ao patrimônio do Estado.

Tal e grande feito, levou Doutor Pedro a comunicar formalmente a Academia Brasileira de Letras acerca do grande acontecimento – a transferência da casa onde morou o pai, em Ouro Preto, para o Governo Mineiro.

Eis um trecho da carta enviada à Academia:

“Exmo sr. presidente [sic] de Academia Brasileira de Letras – Saudações –

Tenho a honra comunicar a v.ex., em nome da minha mãe, a viúva Bernardo Guimarães, no meu e dos meus irmãos, que o exmo sr. presidente Antônio Carlos, em nobilíssimo gesto que mais positiva a superioridade intelectual do preclaro mineiro que atualmente dirige os destinos do Estado, acaba de adquirir, adjudicando-o ao patrimônio de Minas, o prédio em que durante muitos annos viveu, escreveu suas melhores obras e veio a fallecer em Ouro Preto, meu saudoso pae, o romancista Bernardo Guimarães (…)”.

Ainda em fevereiro do corrente ano, a Academia de Brasileira de Letras remete a Doutor Pedro Bernardo Guimarães a seguinte resposta:

“Academia Brasileira de Letras – Rio de Janeiro, 22 de fevereiro de 1929.

Ilmo. Sr. Professor Pedro Guimarães – Gymnasio Queluziano.

Accusando o officio de 10 do corrente no qual V. S. comunicava em seu nome e no da Excellentissima Viuva Bernardo Guimarães, haver o sr. Presidente do Estado de Minas Gerais , adquirido prédio onde viveu, falleceu, em Ouro Preto, tenho o prazer de, por minha vez, comunicar-lhe que, lido o seu officio, em sessão de ontem, foi louvado o o acto de benemerência patriótica de S. Ex. o Sr. Antônio Carlos, que assim, mais uma vez demonstra seu carinho pelas nossas tradições históricas e literárias.

Congratulando-me, pois com V. S. e a Excellentissima Viuva Bernardo Guimarães, agradeço-lhe a gentileza da comunicação, e prevaleço-me da oportunidade para apresentar a V. S. as expressões de minha elevada consideração e distinto apreço.
O 1º secretario (a): OLEGARIO MARIANNO.”

Depois de alastrada a notícia da grande atitude da Família Guimarães e do Governo Mineiro em salvaguardar a casa onde viveu o Bernardo Guimarães, em Ouro Preto, o Jornal de Queluz publicou, com o título “A casa de Bernardo Guimarães e da cabeça de Tiradentes” uma extensa transcrição da correspondência de O Globo.

Eis a matéria:

“QUELUZ DE MINAS, 12 –

Estamos informados que o governo de Minas, em um significativo gesto de homenagem, fez converter ao patrimônio do Estado a casa onde viveu e falleceu em 1884 popular consagrado escriptor e poeta Bernardo Guimarães.

Esse prédio, de estylo colonial, é um vasto sobrado da Rua das Cabeças, na antiga e legendária cidade de Ouro Preto. Sendo das mais velhas das edificações da ex-capital, prende-se ao seu passado a legenda que se refere à tragedia da Inconfidencia, envolvendo a na tradição de ter sido o santuário accidentalmente escolhido para guardar a cabeça de Tiradentes, mysteriosamente desapparecida, dias após o suplicio, do poste de ignomínia em que a collocára, para exemplo do povo, a justiça colonial.

Ao que dizem as chronicas daquelle tempo, um fanático pelo Herde dessa conspiração liberal, valendo-se do descuido dos guardas e das brumas de certa noite, roubou o craneo do martyr, sem que as devassas abertas conseguissem descobrir seu paradeiro. A preciosa reliquia foi objecto de secreta veneração, até que um dia, velho e alquebrado, o mystico ladrão, sentindo approximar-se a morte, chamou o padre Silveira Gatto e, em sigillo de confissão, entregou-lhe o craneo descarnado de Xavier.

(…)
Querendo ter certeza relativamente da administração mineira no sentido de ter conservado a casa histórica, fomos hoje, procurar o Dr. Pedro Bernardo Guimarães, filho do escriptor mineiro, e que actualmente reside nesta cidade, onde è lente do Gymnasio Queluziano. Pedro Bernardo Guimarães que regresava na véspera de Bello Horizonte, recebeu-nos em sua residência, à Rua Marechal Floriano Peixoto, dizendo-nos:

Voltei, hontem, de Bello Horizonte onde deixei concluída a formalidade da transferencia da casa em que morou meu pae, Bernardo Guimarães, ao patrimonio do Estado. Positivou-se assim a vontade manifestada por esse espírito culto, que é o Dr. Antonio Carlos, em que só vi durante as nogociações e nas diversas vezes que o procurei no Palácio da Liberdade, gestos de nobreza excepcional quanto ao nome e à memoria do meu projenitor. Recebendo minha septuagenaria mãe, juntamente em dia em que o assoberbavam múltiplos negocios da adiministração, S. Ex. Foi de uma figalguia empolgante.

(…)
Pedro Guimarães, concluindo a entrevista, disse-nos mais:
-Não ficou só ahi o presidente Antônio Carlos. Determinou mais que se erigisse no cemiterio da egreja de S. José, em Ouro Preto, um mausoléo a que sejam recolhidos os despojos de Bernardo Guimarães (…). Recolhi os ossos de meu pae a uma urna de zinco que está guardado no cemiterio daquelle templo oropretano, onde aguardam o prometido jazigo em que repousem (…).”

Doutor Pedro Bernardo Guimarães faleceu no ano de 1948, na cidade de Uberlândia, onde era Professor, em quatro Educandários. Nessa mesma cidade foi Secretário da Prefeitura, em 1933.

Recentemente, tive o prazer, assim como em outros momentos em conversar, ao telefone, com Senhor Anchieta (neto de Doutor Pedro Guimarães e bisneto de Bernardo Guimarães) sobre este artigo que eu pretendia publicar, quando tomei a liberdade em perguntar a ele se eu poderia citá-lo no texto. Ele, dotado de extrema polidez, disse-me que seria um honra para ele. Disse-me ainda inda que não tinha conhecimento de todos os (grandes) fatos citados por mim. Prometeu-me, quando possível, enviar-me algum material sobre o Doutor Pedro Bernardo Guimarães, um homem a quem devemos o reconhecimento e reverências!

A História não termina aqui.

“A memória é a consciência inserida no tempo.”
(Fernando Pessoa)

Por Luiz Otávio da Silva – Pesquisador, Pós-graduando em História e Pós-graduando em
Arquitetura e Patrimônio.

A familía de Bernardo Guimarães e o legado deixado para Conselheiro Lafaiete

Comumente se ouve ou se lê sobre o grande romancista e poeta brasileiro Bernardo Guimarães (Bernardo Joaquim da Silva Guimarães, 1825-1884) quando de sua estada em Queluz de Minas. Conta-se muito sobre a obra “A Captiva Isaura”, conta-se (MUITO) pouco sobre a as aulas que ele lecionava de latim e francês para os jovens queluzianos (ou queluzenses, como alguns preferem). Seria também louvável que ele fosse lembrado por tudo aquilo que mesmo não morando na saudosa e romântica “Queluz Mineira”, fez por honra e graça de nossa Minas Gerais. A exemplo, o grande jornal “A Atualidades”, que para os historiadores é fonte indispensável de pesquisas.

Retomando ao que se propõe o título deste artigo, enalteço o legado deixado pela Família Guimarães a nossa Conselheiro Lafaiete, pois a contribuição do clã não foi somente a de Bernardo Guimarães. Trazendo um pouco à luz do conhecimento para nossa gente, apresento-lhes o Doutor Pedro Bernardo Guimarães, filho derradeiro (o oitavo) de Bernardo Guimarães e de Dona Teresa Gomes de Lima Guimarães, falecida em 1934. O Doutor aqui apresentado foi Engenheiro Geógrafo, Deputado Estadual, Professor, Jornalista e Grande Orador (as escritas em versais são intencionais). Foi ainda o primeiro historiador da cidade de Itajubá, quando escreveu o livro “Município de Itajubá” que foi editado pela Imprensa Oficial de Minas Gerais.

No ano de 2018, através do Requerimento nº 264/2018, o Vereador Marcelo Krauss Rezende, da cidade de Itajubá, solicita que Casa Legislativa daquele município encaminhasse ao Conselho de Patrimônio Histórico, sugestão de Tombamento da referida obra de Dr. Pedro. Requerimento justificado pela magnitude que representa(va), o trabalho de historiografia do ilustre filho caçula de Bernardo Guimarães. Doutor Pedro publicou outras obras de grande relevância para nosso Estado, como “Fastos – História de Minas”.

“Pedro Bernardo Guimarães era o caçula do autor de “A Escrava Isaura”, Bernardo Guimarães. Não conheceu o pai, pois, quando o poeta e romancista vila-riquense morreu, Pedro ainda não tinha nascido. Dona Teresa estava no segundo mês de gravidez. Pedro nasceria postumamente sete meses após a morte do pai, em 19 de outubro de 1884, no velho sobrado da família, no Alto das Cabeças, em Ouro Preto.

Dos filhos do romancista, foi o único que se dedicou à política, tendo sido deputado do Congresso Mineiro, ‘notabilizando-se na Câmara pelos seus discursos e pela sua independência de caráter’. Da prole Bernardiana foi o que mais escreveu, não só em jornais e revistas, como em livros. Teve intensa atividade jornalística, que se assinala desde a meninice até os últimos minutos de sua vida (…).” Excerto extraído do Requerimento nº 264/2018. Itajubá, Minas Gerais.

Pedro Bernardo Guimarães – Arquivo da Internet (https://www.oguiadeitajuba.com.br/).

Como fatos importantes que unem o Doutor Pedro Guimarães à nossa cidade, cito seu trabalho em educandários da cidade quando por aqui residiu por duas vezes. Reconhecidamente um célebre Professor, trabalhou em dois importantes educandários de Queluz, sendo um deles o Gymanasio Queluziano onde o consagrado escritor Bernardo Guimarães (seu pai) também havia lecionado.

No tempo em que residiu em Queluz, mais precisamente no Bairro de Lafayette, Doutor Pedro também se tornou conhecido e repeitado pela sua grande capacidade discursiva, enquanto orador. Era convidado a proferir seus belos discursos em várias ocasiões, inclusive em momentos fúnebres. E não foram somente os ares deda cidade Queluz de Minas que testemunharam seus discursos, mas toda região.

Ainda morando por aqui, em 1928, quando era também colaborador do Jornal de Queluz, outro fato de extrema importância aconteceu, foi quando recebeu o comunicado que havia sido eleito para a Societè Academique d’Histoire Internationale de Paris, fundada pelo grande poeta e escritor francês Frederic Mistral (Maillane, 8 de setembro de 1830 — Maillane, 25 de março de 1914). A principal ora de Mistral foi “Mireia” que conta o amor de Vincent e da linda Mireia, uma provençal. História equiparável à de Romeu e Julieta e que se tornou tema de ópera em 1863, por ninguém menos que Charles Gounod.

Frederic Mistral – Arquivo da Internet.

Já em fevereiro do ano de 1929, Doutor Pedro Bernardo Guimarães projeta e escreve mais uma vez o nome de nossa Queluz de Minas nos anais da História e da Cultura do Brasil.

Foi partindo daqui, desta terra, pisando sobre as pedras das nossas ruas estreitas e respirando o nosso ar, que Doutor Pedro consolidou a maior iniciativa de preservação da memória de Bernardo Guimarães. Qual teria sido? Foi a aquisição, pelo Governo ao Governo do Estado de Minas Gerais, da casa onde viveu e escreveu sua melhores obras o grande Bernardo Guimarães. Foi nesse ano que a casa foi incorporada ao patrimônio do Estado.

Tal e grande feito, levou Doutor Pedro a comunicar formalmente a Academia Brasileira de Letras acerca do grande acontecimento – a transferência da casa onde morou o pai, em Ouro Preto, para o Governo Mineiro.

Eis um trecho da carta enviada à Academia:

“Exmo sr. presidente [sic] de Academia Brasileira de Letras – Saudações –

Tenho a honra comunicar a v.ex., em nome da minha mãe, a viúva Bernardo Guimarães, no meu e dos meus irmãos, que o exmo sr. presidente Antônio Carlos, em nobilíssimo gesto que mais positiva a superioridade intelectual do preclaro mineiro que atualmente dirige os destinos do Estado, acaba de adquirir, adjudicando-o ao patrimônio de Minas, o prédio em que durante muitos annos viveu, escreveu suas melhores obras e veio a fallecer em Ouro Preto, meu saudoso pae, o romancista Bernardo Guimarães (…)”.

Ainda em fevereiro do corrente ano, a Academia de Brasileira de Letras remete a Doutor Pedro Bernardo Guimarães a seguinte resposta:

“Academia Brasileira de Letras – Rio de Janeiro, 22 de fevereiro de 1929.

Ilmo. Sr. Professor Pedro Guimarães – Gymnasio Queluziano.

Accusando o officio de 10 do corrente no qual V. S. comunicava em seu nome e no da Excellentissima Viuva Bernardo Guimarães, haver o sr. Presidente do Estado de Minas Gerais , adquirido prédio onde viveu, falleceu, em Ouro Preto, tenho o prazer de, por minha vez, comunicar-lhe que, lido o seu officio, em sessão de ontem, foi louvado o o acto de benemerência patriótica de S. Ex. o Sr. Antônio Carlos, que assim, mais uma vez demonstra seu carinho pelas nossas tradições históricas e literárias.

Congratulando-me, pois com V. S. e a Excellentissima Viuva Bernardo Guimarães, agradeço-lhe a gentileza da comunicação, e prevaleço-me da oportunidade para apresentar a V. S. as expressões de minha elevada consideração e distinto apreço.
O 1º secretario (a): OLEGARIO MARIANNO.”

Depois de alastrada a notícia da grande atitude da Família Guimarães e do Governo Mineiro em salvaguardar a casa onde viveu o Bernardo Guimarães, em Ouro Preto, o Jornal de Queluz publicou, com o título “A casa de Bernardo Guimarães e da cabeça de Tiradentes” uma extensa transcrição da correspondência de O Globo.

Eis a matéria:

“QUELUZ DE MINAS, 12 –

Estamos informados que o governo de Minas, em um significativo gesto de homenagem, fez converter ao patrimônio do Estado a casa onde viveu e falleceu em 1884 popular consagrado escriptor e poeta Bernardo Guimarães.

Esse prédio, de estylo colonial, é um vasto sobrado da Rua das Cabeças, na antiga e legendária cidade de Ouro Preto. Sendo das mais velhas das edificações da ex-capital, prende-se ao seu passado a legenda que se refere à tragedia da Inconfidencia, envolvendo a na tradição de ter sido o santuário accidentalmente escolhido para guardar a cabeça de Tiradentes, mysteriosamente desapparecida, dias após o suplicio, do poste de ignomínia em que a collocára, para exemplo do povo, a justiça colonial.

Ao que dizem as chronicas daquelle tempo, um fanático pelo Herde dessa conspiração liberal, valendo-se do descuido dos guardas e das brumas de certa noite, roubou o craneo do martyr, sem que as devassas abertas conseguissem descobrir seu paradeiro. A preciosa reliquia foi objecto de secreta veneração, até que um dia, velho e alquebrado, o mystico ladrão, sentindo approximar-se a morte, chamou o padre Silveira Gatto e, em sigillo de confissão, entregou-lhe o craneo descarnado de Xavier.

(…)
Querendo ter certeza relativamente da administração mineira no sentido de ter conservado a casa histórica, fomos hoje, procurar o Dr. Pedro Bernardo Guimarães, filho do escriptor mineiro, e que actualmente reside nesta cidade, onde è lente do Gymnasio Queluziano. Pedro Bernardo Guimarães que regresava na véspera de Bello Horizonte, recebeu-nos em sua residência, à Rua Marechal Floriano Peixoto, dizendo-nos:

Voltei, hontem, de Bello Horizonte onde deixei concluída a formalidade da transferencia da casa em que morou meu pae, Bernardo Guimarães, ao patrimonio do Estado. Positivou-se assim a vontade manifestada por esse espírito culto, que é o Dr. Antonio Carlos, em que só vi durante as nogociações e nas diversas vezes que o procurei no Palácio da Liberdade, gestos de nobreza excepcional quanto ao nome e à memoria do meu projenitor. Recebendo minha septuagenaria mãe, juntamente em dia em que o assoberbavam múltiplos negocios da adiministração, S. Ex. Foi de uma figalguia empolgante.

(…)
Pedro Guimarães, concluindo a entrevista, disse-nos mais:
-Não ficou só ahi o presidente Antônio Carlos. Determinou mais que se erigisse no cemiterio da egreja de S. José, em Ouro Preto, um mausoléo a que sejam recolhidos os despojos de Bernardo Guimarães (…). Recolhi os ossos de meu pae a uma urna de zinco que está guardado no cemiterio daquelle templo oropretano, onde aguardam o prometido jazigo em que repousem (…).”

Doutor Pedro Bernardo Guimarães faleceu no ano de 1948, na cidade de Uberlândia, onde era Professor, em quatro Educandários. Nessa mesma cidade foi Secretário da Prefeitura, em 1933.

Recentemente, tive o prazer, assim como em outros momentos em conversar, ao telefone, com Senhor Anchieta (neto de Doutor Pedro Guimarães e bisneto de Bernardo Guimarães) sobre este artigo que eu pretendia publicar, quando tomei a liberdade em perguntar a ele se eu poderia citá-lo no texto. Ele, dotado de extrema polidez, disse-me que seria um honra para ele. Disse-me ainda inda que não tinha conhecimento de todos os (grandes) fatos citados por mim. Prometeu-me, quando possível, enviar-me algum material sobre o Doutor Pedro Bernardo Guimarães, um homem a quem devemos o reconhecimento e reverências!

A História não termina aqui.

“A memória é a consciência inserida no tempo.”
(Fernando Pessoa)

Por Luiz Otávio da Silva – Pesquisador, Pós-graduando em História e Pós-graduando em
Arquitetura e Patrimônio.

Família de jovem morta em acidente volta a pedir prisão de acusado de feminicídio

A cidade de Ouro Preto revive a dor de uma tragédia de uma acusação de feminicídio que ocorreu há oito meses, quando uma jovem de 27 anos teve sua vida abruptamente interrompida. O caso, inicialmente tratado como um acidente de trânsito, se transformou em uma acusação de crime contra a mulher que até hoje busca a devida justiça. Há pouco mais de um mês atrás o Galilé já repercutiu uma outra movimentação da família da jovem.

No fatídico dia 5 de dezembro do ano passado, a jovem foi encontrada morta após o que, à primeira vista, parecia um acidente automobilístico. Porém, as investigações conduzidas pela Polícia Civil de Ouro Preto revelaram que por trás desse aparente acidente se escondia um caso de feminicídio, em que o veículo havia sido deliberadamente usado como uma ferramenta para ceifar a vida da vítima.

O motorista do carro, o suspeito, mostrava sinais de embriaguez, sendo submetido ao teste do etilômetro com um resultado de 0,42 mg/l, configurando crime de trânsito. Inicialmente autuado por embriaguez ao volante, lesão corporal culposa no trânsito e homicídio culposo no trânsito, a investigação da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) revelou que o incidente não foi um acidente. A apuração indicou que, após uma discussão, o homem acelerou o veículo em direção a uma ribanceira, após anunciar sua intenção de matar os ocupantes do carro.

Desde então, a família da jovem tem lutado para ver o acusado não fique impune e para que a justiça seja feita em memória da filha, irmã e amiga que perderam de maneira tão trágica. Em busca de visibilidade e conscientização sobre os perigos do feminicídio, a família realizou mais um protesto nesta data, retornando ao local onde a jovem perdeu sua vida, em uma comovente demonstração de luto e indignação.

Família de jovem falecida volta a pedir prisão de acusado de feminicídio em Ouro Preto
Protesto da família e amigos da jovem no local de sua morte.

O pai da vítima entende que o sentimento de impunidade é o que mais machuca seu coração O fato de todo esse tempo ter se passado e ainda nenhuma ação ter sido tomada pelo Ministério Público o indigna.

“Eles vão ter que me dar uma explicação de por que minha filha está comendo terra e o filho de uma égua não está comendo arroz com feijão na cadeia, sendo que já foi caracterizado como feminicídio ou homicídio. Já está na segunda vara. Então, ele tem que estar preso. Eu não estou aguentando mais, não.”Disse o pai ao Galilé.

A polícia respondeu o pai da vítima com essa mensagem: “O inquérito concluído pela polícia civil foi enviado para o Ministério Público que poderá ajuizar Ação Penal para que que o Autor responda pelo crime de feminicidio. Somente ao final do processo judicial poderá haver alguma decisão acerca da prisão”.

A espera por justiça já se estende por oito meses, período em que a família tem enfrentado a dor da perda e a frustração da demora no desenrolar do caso. Os manifestantes levantam cartazes e proclamam palavras de ordem, exigindo a prisão do acusado e a garantia de que a memória da vítima não seja apagada.

FONTE JORNAL GALILÉ

Família de jovem morta em acidente volta a pedir prisão de acusado de feminicídio

A cidade de Ouro Preto revive a dor de uma tragédia de uma acusação de feminicídio que ocorreu há oito meses, quando uma jovem de 27 anos teve sua vida abruptamente interrompida. O caso, inicialmente tratado como um acidente de trânsito, se transformou em uma acusação de crime contra a mulher que até hoje busca a devida justiça. Há pouco mais de um mês atrás o Galilé já repercutiu uma outra movimentação da família da jovem.

No fatídico dia 5 de dezembro do ano passado, a jovem foi encontrada morta após o que, à primeira vista, parecia um acidente automobilístico. Porém, as investigações conduzidas pela Polícia Civil de Ouro Preto revelaram que por trás desse aparente acidente se escondia um caso de feminicídio, em que o veículo havia sido deliberadamente usado como uma ferramenta para ceifar a vida da vítima.

O motorista do carro, o suspeito, mostrava sinais de embriaguez, sendo submetido ao teste do etilômetro com um resultado de 0,42 mg/l, configurando crime de trânsito. Inicialmente autuado por embriaguez ao volante, lesão corporal culposa no trânsito e homicídio culposo no trânsito, a investigação da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) revelou que o incidente não foi um acidente. A apuração indicou que, após uma discussão, o homem acelerou o veículo em direção a uma ribanceira, após anunciar sua intenção de matar os ocupantes do carro.

Desde então, a família da jovem tem lutado para ver o acusado não fique impune e para que a justiça seja feita em memória da filha, irmã e amiga que perderam de maneira tão trágica. Em busca de visibilidade e conscientização sobre os perigos do feminicídio, a família realizou mais um protesto nesta data, retornando ao local onde a jovem perdeu sua vida, em uma comovente demonstração de luto e indignação.

Família de jovem falecida volta a pedir prisão de acusado de feminicídio em Ouro Preto
Protesto da família e amigos da jovem no local de sua morte.

O pai da vítima entende que o sentimento de impunidade é o que mais machuca seu coração O fato de todo esse tempo ter se passado e ainda nenhuma ação ter sido tomada pelo Ministério Público o indigna.

“Eles vão ter que me dar uma explicação de por que minha filha está comendo terra e o filho de uma égua não está comendo arroz com feijão na cadeia, sendo que já foi caracterizado como feminicídio ou homicídio. Já está na segunda vara. Então, ele tem que estar preso. Eu não estou aguentando mais, não.”Disse o pai ao Galilé.

A polícia respondeu o pai da vítima com essa mensagem: “O inquérito concluído pela polícia civil foi enviado para o Ministério Público que poderá ajuizar Ação Penal para que que o Autor responda pelo crime de feminicidio. Somente ao final do processo judicial poderá haver alguma decisão acerca da prisão”.

A espera por justiça já se estende por oito meses, período em que a família tem enfrentado a dor da perda e a frustração da demora no desenrolar do caso. Os manifestantes levantam cartazes e proclamam palavras de ordem, exigindo a prisão do acusado e a garantia de que a memória da vítima não seja apagada.

FONTE JORNAL GALILÉ

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