Festa do Divino em Lamim (MG) prossegue neste fim de semana com cortejo do Imperador pelas ruas da cidade; como nasceu a tradição?

Lamim em festa há 15 dias que iniciou no dia na semana passada e prossegue neste fim de semana. Amanhã acontece a tradicional Festa do Divino, o principal evento religioso da cidade e da região com novenas, missas, repiques de sino, barraquinhas, almoço beneficente, celebrações diversas e shows. Hoje (27) tem a tarde esportiva e às 21: 00 horas show com a banda Mago Zen.

È o ponto alto da festa, quando Lamim, recebe milhares de romeiros de diversas partes e o tradicional cortejo do Imperador, o casal Helves Agnado Reis e Elizabeth Rezende até a Matriz, contando com a participação de bandas de congados e almoço beneficente. Ainda à noite, o sorteio do novo festeiro movimenta a cidade.

Já semana seguinte a festa, acontece as eleições suplementares e nos dias 8 a 11 a cidade comemora 313 anos. Entre 9 a 11, no Feriado de Corpus Christi, a cidade celebra a Festa do Laminense Ausente com uma extensa programação. Serão quase 30 dias de festa.

Festival da bandas

No domingo (21), dentro da Festa do Divino aconteceu o 12º Festival de Bandas quando a cidade para “para ver a banda passar”. Dezenas de corporações da região marcaram presenças no encontro tradicional.

Como nasceu a história do Imperador?

Conhecer Lamim, no Vale do Piranga, é voltar os olhos para o passado e mergulhar na religiosidade do Brasil Colônia. A Festa do Divino é uma das mais famosas tradições da comunidade e sua história se confunde com a fundação do município.

Os moradores contam que, em 1710, três bandeirantes portugueses, da ilha de São Miguel, nos Açores, chegaram à região. E, à noite, temendo a forte tempestade que açoitava o lugar, fizeram a promessa de dedicar a terra recém-descoberta ao Divino Espírito Santo, de quem um deles era devoto. 

O casal Helves Agnado Reis e Elizabeth Rezende

Na manhã seguinte, sãos e salvos, os bandeirantes ergueram a bandeira do Divino pela graça recebida e cumpriram a promessa. Era o Dia de Pentecostes e Lamim se tornou a “terra do Divino Espírito Santo”, onde todos os anos deveria haver uma grande festa naquela data.

Festa de Pentecostes

Para os católicos, a solenidade de Pentecostes, lembra a descida do Espírito Santo sobre os apóstolos em Jerusalém, na forma de um vento forte e línguas de fogo que pousavam sobre cada um deles, explica a Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). É a “festa da unidade na diversidade, é a festa da luz diante das trevas do pecado e da morte.”

O nome da cidade é o sobrenome de um dos bandeirantes, José Pires Lamim, que morreu jovem, aos 25 anos. Os dois amigos ergueram uma capela do Divino, com o altar-mor sobre a sepultura do companheiro para que ele sempre fosse lembrado. Durante 50 anos, os festejos eram na fazenda do bandeirante José Francisco Rêgo.

Mas a fama dos milagres do Divino fez com que muitos fiéis desejosos de alcançar uma graça pedissem para se tornar festeiros. E uma igreja foi construída, além de uma grande casa, que abrigava o imperador do Divino (o festeiro sorteado), onde ele podia organizar os preparativos da festa e da cavalhada. 

O feijão divino

A devoção ao Divino, celebrada no Dia de Pentecostes, é comum em várias cidades brasileiras, como herança portuguesa. Mas em Lamim, ela tem um significado ainda mais especial. 

Em 1801, ninguém quis se apresentar para ser sorteado como imperador. E o festeiro do ano anterior tinha dinheiro para fazer mais uma festa. Brás da Cunha Teixeira resolveu aumentar a plantação de feijão, rezando para que a colheita fosse farta, para que ele pudesse fazer a festa do Padroeiro. 

O imperador teve uma grande surpresa ao colher os grãos do cereal, que tinham uma pomba estampada; E os devotos entenderam que estavam diante de um milagre do Divino Espírito Santo que causa admiração em todos que veem o feijão até hoje.

Se você duvida, vá conferir a festa do Divino em Lamim, neste domingo. Veja a programação da Matriz do Divino Espírito Santo, acompanhe os festejos e a eleição do novo imperador para o ano que vem.

Festa do Divino em Lamim (MG): cidade celebra tradição de mais de 300 anos tem até feijão com a marca da pomba sagrada

Lamim em festa em 15 dias. Começa hoje (19) e vai até dia 28 a tradicional Festa do Divino, o principal evento religioso da cidade e da região com novenas, missas, repiques de sino, barraquinhas, celebrações diversas e shows.

O ponto alto da festa acontece no dia 28, quando Lamim, recebe milhares de romeiros de diversas partes, o tradicional cortejo do Imperador, o casal Helves Agnado Reis e Elizabeth Rezende até a Matriz, contando com a participação de bandas de congados e almoço beneficente. Na semana seguinte a festa, acontece as eleições suplementares e nos dias 8 a 11 a cidade comemora 313 anos.

Festival da bandas

Neste domingo (21), dentro da Festa do Divino acontece o 12º Festival de Bandas quando a cidade para “para ver a banda passar”. Dezenas de corporações da região são esperadas para este encontro tradicional.

A história

Conhecer Lamim, no Vale do Piranga, é voltar os olhos para o passado e mergulhar na religiosidade do Brasil Colônia. A Festa do Divino é uma das mais famosas tradições da comunidade e sua história se confunde com a fundação do município.

Os moradores contam que, em 1710, três bandeirantes portugueses, da ilha de São Miguel, nos Açores, chegaram à região. E, à noite, temendo a forte tempestade que açoitava o lugar, fizeram a promessa de dedicar a terra recém-descoberta ao Divino Espírito Santo, de quem um deles era devoto. 

O casal Helves Agnado Reis e Elizabeth Rezende

Na manhã seguinte, sãos e salvos, os bandeirantes ergueram a bandeira do Divino pela graça recebida e cumpriram a promessa. Era o Dia de Pentecostes e Lamim se tornou a “terra do Divino Espírito Santo”, onde todos os anos deveria haver uma grande festa naquela data.

Festa de Pentecostes

Para os católicos, a solenidade de Pentecostes, lembra a descida do Espírito Santo sobre os apóstolos em Jerusalém, na forma de um vento forte e línguas de fogo que pousavam sobre cada um deles, explica a Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). É a “festa da unidade na diversidade, é a festa da luz diante das trevas do pecado e da morte.”

O nome da cidade é o sobrenome de um dos bandeirantes, José Pires Lamim, que morreu jovem, aos 25 anos. Os dois amigos ergueram uma capela do Divino, com o altar-mor sobre a sepultura do companheiro para que ele sempre fosse lembrado. Durante 50 anos, os festejos eram na fazenda do bandeirante José Francisco Rêgo.

Mas a fama dos milagres do Divino fez com que muitos fiéis desejosos de alcançar uma graça pedissem para se tornar festeiros. E uma igreja foi construída, além de uma grande casa, que abrigava o imperador do Divino (o festeiro sorteado), onde ele podia organizar os preparativos da festa e da cavalhada. 

O feijão divino

A devoção ao Divino, celebrada no Dia de Pentecostes, é comum em várias cidades brasileiras, como herança portuguesa. Mas em Lamim, ela tem um significado ainda mais especial. 

Em 1801, ninguém quis se apresentar para ser sorteado como imperador. E o festeiro do ano anterior tinha dinheiro para fazer mais uma festa. Brás da Cunha Teixeira resolveu aumentar a plantação de feijão, rezando para que a colheita fosse farta, para que ele pudesse fazer a festa do Padroeiro. 

O imperador teve uma grande surpresa ao colher os grãos do cereal, que tinham uma pomba estampada; E os devotos entenderam que estavam diante de um milagre do Divino Espírito Santo que causa admiração em todos que veem o feijão até hoje.

Se você duvida, vá conferir a festa do Divino em Lamim, neste domingo. Veja a programação da Matriz do Divino Espírito Santo, acompanhe os festejos e a eleição do novo imperador para o ano que vem.

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