Em crise climática, Maldivas recebe 1 milhão de garrafas de água da China

O Ministério das Relações Exteriores das Maldivas informou que a água foi um presente

China enviou mais de 1 milhão de garrafas de água de geleiras tibetanas para as Maldivas. O País sofre com as mudanças climáticas e está cada vez mais dependente das usinas de dessalinização.

  • O Ministério das Relações Exteriores das Maldivas informou que a água foi um presente de Yan Jinhai, presidente da Região Autônoma de Xizang, ou Tibete, que fica a 3.385 quilômetros de distância, em uma das cadeias montanhosas mais altas do mundo.

  • A água mineral, transportada em 90 contêineres, chegou na semana passada ao país insular e foi descarregada na capital, Malé, segundo a autoridade portuária.

    “O presidente da Região Autônoma de Xizang anunciou o desejo de doar 1.500 toneladas de água potável (…) durante a visita oficial ao país em novembro”, afirmou o ministério das Maldivas em um comunicado.

    A pasta das Relações Exteriores rebateu as versões que circulam nas redes sociais de que a água teria sido enviada para o consumo do presidente Mohamed Muizzu, que chegou ao poder no ano passado com uma plataforma pró-China e anti-Índia.

    “O governo das Maldivas decidiu utilizar a água para dar assistência às ilhas em caso de escassez de água”, afirmou o ministério.

    Nível do mar

    O arquipélago do Oceano Índico está na linha de frente das mudanças climáticas. Com o aumento do nível, o mar invade seu território e afeta as fontes de água potável.

    O Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) da ONU alertou em 2017 que, se o nível do mar aumentasse entre 18 e 59 centímetros, as Maldivas seriam praticamente inabitáveis no final do século.

    Conhecida por suas praias de areia branca e pelo turismo de luxo, as Maldivas ocupam uma posição estratégica nas rotas comerciais leste-oeste.

    *Com informações de agências internacionais e AFP

 

FONTE TERRA

Ilha submersa do tamanho da Islândia encontrada na costa do Brasil

Um grupo formado por pesquisadores brasileiros e britânicos descobriu que um planalto vulcânico no fundo do mar da costa do Brasil, conhecido como Elevação Grande Rio, já foi uma ilha com área equivalente à Islândia. A descoberta pode endossar o pedido do Brasil para extensão de suas fronteiras marítimas para essa região.

  • Essa região fica a cerca de 1200 quilômetros de distâncias da costa brasileira;
  • A parte do planalto oceânico que foi uma ilha corresponde a um quinto da área total da elevação;
  • Atualmente a região está a cerca de 650 metros abaixo da superfície do oceano.

As primeiras descobertas aconteceram em 2018, quando os pesquisadores realizaram uma expedição a bordo de um submersível e encontraram camadas incomuns de argila vermelha semelhante a solos tropicais, algo que não deveria estar no fundo do mar.

Agora, uma pesquisa recente analisou a composição mineral de amostras dessa argila e comprovou que ela não poderia ter se formado se não estivesse acima da superfície. Esse tipo de solo se forma a partir de intemperismo ao ar livre, sob calor e umidade tropicais.

A formação da ilha

A Elevação do Grande Rio se formou há cerca de 80 milhões de anos a partir de um intenso vulcanismo que surgiu abaixo da dorsal meso-oceânica do Atlântico Sul. À medida que a atividade vulcânica diminuiu, o planalto derivou para o oeste e afundou.

A argila vermelha é uma evidência de que a região nem sempre esteve no fundo do mar (Crédito: características do fundo do mar ao longo da margem continental, inclusive a Elevação Rio Grande (Crédito: Ana Alberoni, modificado de Alberoni et al., 2019 )

No entanto, há cerca de 40 milhões de anos, a atividade vulcânica teve um último suspiro na porção ocidental da elevação, e foi nessa região, em meio a lava solidificada, que os pesquisadores encontraram a argila vermelha.

Este é um resultado excelente. As argilas vermelhas são uma prova conclusiva de que isto já foi uma ilha.

Luigi Jovane, geólogo marinho da Universidade de São Paulo e coautor do estudo, em resposta a Eos.org

Expedições na região

Antes de encontrar a argila, os pesquisadores haviam realizado uma expedição na região a bordo do navio de pesquisa brasileiro Alpha Crucis, também em 2018. Nessa viagem o fundo oceânico da Elevação do Rio Grande foi mapeado com um sonar. O objetivo da investigação era caracterizar crostas de ferromanganês ricas em minerais que ocorrem na região.

O mapeamento revelou uma enorme fenda de cerca de 30 quilômetros de comprimento cortando a elevação, além de antigos terraços de praia, plataformas cortadas pelas ondas e cascatas submersas.

características do fundo do mar ao longo da margem continental, inclusive a Elevação Rio Grande (Crédito: Ana Alberoni, modificado de Alberoni et al., 2019 )
características do fundo do mar ao longo da margem continental, inclusive a Elevação Rio Grande (Crédito: Ana Alberoni, modificado de Alberoni et al., 2019 )

Cerca de oito meses depois, a bordo do RRS Discovery do Centro Oceanográfico Nacional, os pesquisadores voltaram à região. Esse navio conta com um veículo operado remotamente (ROV), que foi o que permitiu encontrar a argila vermelha e coletar uma amostra.

A análise do material revelou que ele era composto majoritariamente por um mineral argiloso conhecido como caulinita, presente em solos tropicais e resistente ao intemperismo químico extremo.

Essas argilas vermelhas são exatamente iguais, química e mineralogicamente, à terra vermelha ou  terra roxa que encontramos em todo o Brasil. Estamos confiantes de que eles representam as superfícies superiores desgastadas in situ das lavas.

Luigi Jovane

Essa descoberta endossa a ideia que essa área da elevação já esteve acima da superfície do mar. Na verdade, amostras recolhidas da região recolhidas na década de 1980 já haviam apontado isso, no entanto, não existiam evidências de atividade vulcânicas que aconteceram acima da superfície do mar.

Interesse econômico

Além de ser fascinante, a descoberta também tem um importante valor econômico devido à presença do ferromanganês. Em 2018, o Brasil entrou com um pedido na Organização das Nações Unidas para que suas fronteiras marítimas fossem estendidas até a Elevação Rio Grande.

Atualmente a zona econômica exclusiva do Brasil se estende 370 quilômetros a partir da costa brasileira. A elevação está muito além, em águas internacionais. Para expandir seus domínios até lá, é preciso provar que a Elevação Rio Grande possui as mesmas características geológicas do país, e a descoberta aponta que sim.

 

FONTE OLHAR DIGITAL

Corretor anuncia uma ilha por R$ 10 milhões em lago entre Goiás e Minas Gerais

Uma família de Brasília e investidores estrangeiros estariam interessados na ilha de Tupaciguara (MG); projetos vão de “paraíso” privado a resort de luxo

Minas Gerais e Goiás não são banhados pelo mar, mas há uma ilha à venda entre os dois estados. São 220 mil metros quadrados de faixa de terra com mata virgem cercada por água doce. O preço: R$ 10 milhões. E já há muitos interessados com projetos prontos para sua ocupação, que incluem resort e condomínio horizontal.

A propriedade privada está no meio do reservatório de uma represa do rio Paranaíba, entre Tupaciguara, no Triângulo Mineiro, e Itumbiara, sul de Goiás. No papel, fica em território mineiro, mas a cidade mais próxima é a goiana, distante 8 quilômetros. O pedaço de terra mais próximo está a 300m da ilha.

O lago artificial alimenta uma usina hidrelétrica de Furnas, que começou a operar em 1981. As águas abrangem ainda Araporã, também em Minas Gerais.

A ilha é anunciada nas redes sociais do corretor de imóveis Welerson Antunes, que mora em Brasília e atua em todo o Centro-Oeste, além de Minas Gerais e Pará. Ele é acostumado a negociar mansões e fazendas. Entre outros, anuncia também uma fazenda por R$ 825 milhões, no Mato Grosso. Em Brasília, mês passado, vendeu uma casa por R$ 60 milhões.

Ao TEMPO, Antunes disse haver uma fila de interessados na ilha de Tupaciguara. “Tem empresas da Itália e dos Estados Unidos, que planejam construir resort. Mas tem também uma família de Brasília, que vê ali uma casa de campo, um pedaço do paraíso. Estamos em tratativas com os interessados para ver o melhor negócio para as partes”, contou.

Antunes garante ser permitida a construção de empreendimentos na ilha, seguindo as normas do município de Tupaciguara. “É tudo legalizado. Quando foi feito o projeto da represa, o dono da fazenda que seria alagada viu que aquele pedaço de terra, na parte mais alta, não seria afetado. Por isso vislumbrou um bom negócio e pediu o desmembramento da sua propriedade. A ilha tem escritura, registro e matrícula próprios, livre inclusive da jurisdição da Marinha”, garante Antunes.

Conforme as normas municipais, a propriedade, segundo o corretor, pode ser dividida em 194 lotes, sobrando 26,8 mil m² para área de lazer, 1,9 mil m² para a construção de um heliponto e 67,1 mil m² para a construção de ruas. Além disso, 56,7 mil m² de área verde poderiam ser conservados.

Apenas no Instagram da corretora de Antunes, o anúncio da venda da ilha, publicado em 3 de março, teve quase 1 milhão de visualizações, 15 mil curtidas e 900 comentários, até esta quarta-feira (13). As pessoas perguntam principalmente sobre formas de pagamento e que tipos de construção podem fazer na ilha.

Tecnicamente, o pedaço de terra em questão não é uma ilha, mas “remanescente ilhado em reservatório de acumulação de água para geração de energia elétrica”, como é classificado o pedaço de terra não inundado para construção de uma hidrelétrica. Esse tipo de terreno pode ficar com o antigo dono, mesmo após desapropriação para a obra de interesse público.

 

FONTE O TEMPO

Ilha Maldita foi destino brasileiro mais procurado, em 2023b

Essa época do ano é marcada por reflexões e balanços sobre o ano que está terminando. E, aqui no Viagem em Pauta, não vai ser diferente.

O 2023 do site começou com a produção da ‘SP fica bem aqui’, série em que visitamos destinos turísticos inusitados em plena capital paulista, cuja estreia foi em setembro, no C3 TV, novo canal da antiga TV Climatempo.

Ao longo do ano, teve também desembarque em destinos onde nunca tínhamos estado, como Mogi das Cruzes, endereço do cenográfico Parque das Neblinas, e a Martinica, destino francês ultramarino, no Caribe, que recentemente ganhou um voo saindo do Brasil.

A outra boa notícia é que, em outubro deste ano, o Viagem em Pauta estreou no portal Terra, onde passou a produzir conteúdo para o Você, a editoria de lifestyle do portal.

Final de tarde na Praia da Conceição, em Fernando de Noronha (foto: Bruno Lima/ MTUR)


DESTINOS MAIS PROCURADOS NO SITE EM 2023

10.

Como é o ‘Circuito das Águas Paulista’, no interior de São Paulo
De compras de malhas à atividades na natureza e de esportes de aventura a passeios culturais, esse roteiro turístico abriga nove cidades de regiões montanhosas do interior de São Paulo.

É ali que ficam destinos temáticos como a Capital Nacional da Água Mineral, a Capital Brasileira do Termalismo, a Capital Nacional das Flores e até uma cidade que fez da aventura sua principal atividade turística.

Situado na Serra da Mantiqueira, esse consórcio criado em 2004 é formado pelos municípios de Águas de Lindoia, Lindoia, Amparo, Socorro, Holambra, Jaguariúna, Monte Alegre do Sul, Pedreira e Serra Negra.

Fontana di Trevi (foto: Prefeitura de Serra Negra/Reprodução)

9.

Cunha (SP) ganha hospedagem em cabanas domo
Outra matéria que deu o que falar aqui foi a inauguração dessas cabanas em forma de domo geodésico, em uma área de 140 mil m², a 15 minutos do Centro de Cunha, no interior de São Paulo.

São 12 opções de cabanas, a 1.100 metros de altitude e com estrutura de hotel, como cozinha completa, roupa de cama, lareira e WI-FI. A cabana é equipada também com uma cama queen, jacuzzi e churrasqueira.

Já quem não quiser cozinhar, pode reservar o serviço “CHEF”, em que um cozinheiro prepara as refeições na cabana do hóspede.

1_domo
foto: Divulgação

8.

Destinos do Nordeste para quem não gosta de praia
Se você é daqueles que não são chegados em faixas de areia, isoladas nem muvucadas, esse texto foi a sua praia.

Neste roteiro pelo Nordeste sem praias, teve cidades históricas, dunas coloridas, pêndulo humano e até, vejam só, um castelo de contornos surrealistas, em pleno agreste.

7.

Destinos nacionais que os brasileiros (ainda) não conhecem
O brasileiro ainda não se deu conta que, bem aqui no quintal de casa, fica alguns dos cenários mais impressionantes de todo o continente.

Muito além do Brasil de folheto publicitário, ainda tem um país inteiro para ser explorado, turisticamente, em endereços que não costumam aparecer na lista dos destinos nacionais mais procurados.

Nessa seleção, que você pode ler na íntegra no site do Viagem em Pauta (viagememepauta.com.br), teve ilustres desconhecidos entre os turistas brasileiros, como Marsilac (SP), Superagui (PR) e o Vale do Catimbau (PE).

Trilha do Santuário (foto: Eduardo Vessoni)

6.

12 curiosidades sobre Santos Dumont
Entre os mais acessados de 2023, teve não só destino, mas também um dos nomes mais lembrados quando o assunto é… viajar.

‘Pai da aviação’, ‘Marechal do ar’, ‘Rei do Ar’ e ‘Brasileiro Voador’. Apelidos não faltaram para descrever Alberto Santos Dumont. Porém, esse brasileiro de Palmira, na Zona da Mata, em Minas Gerais, foi muito mais do que o pai da máquina de voar mais pesada que o ar.

De relógio de pulso a motor portátil para alpinistas; de hangar à criação do termo ‘aeroporto’ , tudo foram invenções desse mineiro fã da literatura de Júlio Verne.

Santos Dumont e seu Demoiselle (foto: Domínio Público)

5.

Conheça Parelheiros, destino turístico de SP
Muito além do passado violento que, por anos, esteve associado a Parelheiros, esse distrito na zona sul de São Paulo é destino turístico que pouca gente conhece.

Essa área de cerca de 400 km² é Patrimônio Ambiental e ocupa cerca de 24% do município, conhecida pela biodiversidade de seus parques de preservação de Mata Atlântica e grande produção agrícola.

É ali que fica o único rio completamente limpo da cidade, o Capivari, e também a maior concentração de produtores orgânicos da cidade.

4.

Quatro destinos turísticos diferentões em São Paulo
No episódio de abertura da série ‘SP fica bem aqui’, você conheceu destinos turísticos diferentões na cidade de São Paulo.

Na nova temporada de vídeos, teve turismo de aventura no extremo sul da capital paulista, turismo rural em Parelheiros, trilhas no Parque das Neblinas e uma caminhada até um mirante natural, em plena Floresta Cantareira.

3.

Sete travessias imperdíveis na América do Sul
Com 13 países espalhados em quase 18 milhões de km², a América do Sul tem cenários que vão de terras isoladas na Patagônia a desertos e florestas.

Fãs que somos desse continente ainda mal explorado, turisticamente, pelos brasileiros (afinal nem só com estação de esqui e vinícolas se faz turismo por aqui), selecionamos algumas das travessias mais cenográficas nesse lado do continente.

A lista tinha opções para cruzar a maior planície de sal do mundo, viajar pelas duas estradas mais icônicas da Argentina e navegar pelos Lagos Andinos.

2.

Proibidos: 3 lugares lindos em São Paulo que você não pode ir
O mundo do turismo, tudo já parece ter sido explorado (em alguns casos, aliás, super explorado).

Mas nem tudo é para todo mundo. E é melhor que continue assim.

Nessa lista, uma das mais acessadas por aqui, em 2023 (e que também dá para ler na retrospectiva no site), você conhece três lugares incríveis em São Paulo onde não é permitida a visita pública, como uma ilha do litoral infestada de cobras com venenos mortais, outra que já serviu para treinamento militar e até uma espécie de vila de Lost, encravada na Serra do Mar.

Trem de acesso (foto: Eduardo Vessoni)

1.

Ilha Maldita
É difícil imaginar que aquelas terras de praias paradisíacas um dia foram conhecidas como Ilha Maldita.

Endereço de presídios erguidos em diferentes períodos de sua história, Fernando de Noronha foi uma espécie de depósito humano, cujo objetivo era ocupar aquele território estratégico entre a Europa e o Novo Mundo.

A 545 km do Recife, capital de Pernambuco, a ilha era uma barreira natural intransponível que funcionou, a partir de 1737, como isolamento de exilados políticos ou presos comuns, como ciganos, combatentes da Revolução Farroupilha (1844), presos da Revolução Praieira (1849) e até capoeiristas, considerados desordeiros, em 1890.

FONTE VIAGEM EM PAUTA

A ilha mais mortal do mundo fica no Brasil

Existe um lugar no nosso planeta que está cheio de perigos, mas também transborda de mistério e intriga. Este lugar é tão perigoso, na verdade, que o governo brasileiro tornou ilegal pisar lá sem um cientista ou um médico. Parece o enredo de um filme do Indiana Jones, certo? Não, é real como a vida. Esse lugar é nada menos que a Ilha da Queimada Grande, ou Ilha das Cobras, localizada na costa de São Paulo, Brasil.

Queimada Grande, a temida Ilha das Cobras

Como você deve imaginar, o nome “Ilha das Cobras” não surgiu do nada. Ela está repleta de cobras – não as inofensivas serpentes de jardim, mas sim as víboras venenosas. E não é só a quantidade de cobras que impressiona, mas o tipo – a Jararaca-ilhoa, uma das cobras mais venenosas do mundo. A ilha está literalmente rastejando com elas!

Então, por que exatamente existem tantas cobras na Ilha das Cobras? Que bom que você perguntou! A ilha foi outrora parte do continente brasileiro, mas o aumento do nível do mar a separou há cerca de 11.000 anos. Presas na ilha, as cobras evoluíram para sua própria espécie única – a Jararaca-ilhoa. E como não havia predadores no solo para desafiá-las, sua população explodiu.

A Ilha das Cobras não é grande – cerca de 43 hectares ou do tamanho de 60 campos de futebol. Estimativas sugerem que pode haver entre uma e cinco cobras por metro quadrado. Isso é um monte de arrepios concentrados numa área pequena!

A jararaca-ilhoa

No entanto, no meio de todo esse perigo rastejante, há um certo mistério que nos atrai. É um verdadeiro paraíso para os pesquisadores, oferecendo uma oportunidade única de estudar estas víboras mortais em seu próprio habitat intocado. Na verdade, pesquisadores descobriram que o veneno da Jararaca-ilhoa tem potenciais usos medicinais, incluindo para doenças cardíacas e coágulos sanguíneos. Agora, isso é um lado positivo surpreendente!

Porém, pisar nesta ilha não é para os fracos de coração. Por isso, o governo brasileiro controla estritamente o acesso à ilha, concedendo permissão apenas a pesquisadores selecionados e à Marinha do Brasil para manutenção do farol da ilha. Sim, até a Ilha das Cobras precisa de um farol para alertar os navios de suas costas rochosas (embora, estamos supondo que as cobras seriam um grande alerta também!).

jararaca-ilhoa

Apesar dos perigos, a Ilha das Cobras atraiu sua parcela de aventureiros ousados e buscadores de emoção ao longo dos anos. Histórias de pescadores que se aventuraram muito perto da ilha e encontraram seu destino fazem parte do folclore local. Essa mistura de perigo e intriga, junto com a beleza natural intocada da ilha, torna-a um lugar que simultaneamente aterroriza e fascina.

A história da Ilha das Cobras é um testemunho da extraordinária adaptabilidade e habilidades de sobrevivência das criaturas da natureza. Lembra-nos que mesmo nos lugares mais inóspitos, a vida encontra uma maneira de prosperar e evoluir. Também oferece uma lição importante em conservação e respeito por habitats naturais. Essas cobras podem ser mortais, mas também são uma parte integral da biodiversidade do nosso mundo.

Veneno mortal

Para começar, vale ressaltar que o veneno é o principal recurso da jararaca-ilhoa para conseguir suas refeições. Sem ele, a víbora estaria numa situação complicada, sem conseguir se alimentar! O veneno não apenas incapacita a presa, mas também inicia o processo de digestão.

O veneno da víbora da Ilha das Cobras é um coquetel potente de toxinas projetado para agir rapidamente. Quando a vítima é mordida, o veneno rapidamente percorre o corpo, visando o sistema nervoso. Ele é principalmente neurotóxico, o que significa que afeta os nervos e interrompe a comunicação entre o cérebro e os músculos. Isso pode levar a fraqueza muscular, visão embaçada e, em casos graves, paralisia.

O veneno também contém uma mistura de outras toxinas que causam danos aos tecidos locais, levando a um inchaço grave, hematomas e bolhas no local da mordida. Essas toxinas podem causar a morte das células e os tecidos podem se tornar necróticos, podendo levar à perda de um membro se não for tratado rapidamente.

Além disso, o veneno da víbora Jararaca-ilhoa tem um componente hemotóxico potente, o que significa que pode causar danos graves ao sangue e aos vasos sanguíneos. Isso pode levar à queda da pressão arterial, interromper o processo de coagulação do sangue e até mesmo causar sangramento interno. Em casos extremos, pode levar à falência de órgãos e, finalmente, à morte.

É um paradoxo intrigante – a mesma substância que pode causar a morte também possui a chave para tratamentos que salvam vidas.

Ilha das Cobras, a mais perigosa do mundo

Território pouco explorado

Portanto, na próxima vez que você pensar em reservar uma viagem de aventura, talvez deixe a Ilha das Cobras de lado, a menos que você tenha um PhD em herpetologia. Mas ei, não deixe isso impedi-lo de maravilhar-se com este extraordinário pedaço da natureza a partir da segura distância da sua tela. Com seus habitantes mortais e rica história, a Ilha das Cobras continuará a fascinar, e com razão. É um lembrete arrepiante da habilidade incrível da Mãe Natureza de se adaptar, sobreviver e até prosperar – com ou sem nossa interferência.

O perigoso encanto da Ilha das Cobras é inegável. É uma história de evolução, sobrevivência e fascínio da humanidade pelo selvagem, perigoso e indomável. Esta é a Ilha das Cobras – mortal, cativante e inegavelmente fascinante.

FONTE MISTERIOS DO MUNDO

Ilha minúscula em que todos são parentes é a mais povoada do mundo

Sem carros, água encanada e eletricidade, local no meio do Caribe é um pequeno paraíso particular para os seus muitos habitantes

Uma pequena ilha no Caribe colombiano, com o tamanho de dois campos de futebol, é considerada a mais povoada do mundo. Estima-se que até 1.200 pessoas vivam no local (não há censos recentes), amontoando-se em 115 casas. Sem qualquer espaço livre para novas construções, as habitações cresceram para o alto, e há residências onde moram até dez pessoas.

Santa Cruz del Islote faz parte do arquipélago de San Bernardo e está a 2 horas de lancha de Cartagena, na Colômbia. Ela foi construída sobre um recife de corais há 150 anos.

Segundo a lenda, pescadores encontraram a ilha enquanto navegavam pelo mar e decidiram se estabelecer no local, pois perceberam que ali não havia mosquitos. Com o passar dos anos, as famílias dos habitantes originais cresceram e seus descendentes continuaram vivendo no lugar.

Com um estilo de vida que parou no tempo, quem mora em Santa Cruz del Islote não quer deixar o lugar — Foto: Expeditions / Reprodução

Com um estilo de vida que parou no tempo, quem mora em Santa Cruz del Islote não quer deixar o lugar — Foto: Expeditions / Reprodução

Devido a essa origem comum, até hoje os moradores têm apenas seis sobrenomes diferentes e todos na ilha são considerados parentes de sangue ou por casamento.

Em Santa Cruz del Islote as casas são pintadas de cores vibrantes e passam de geração para geração, fazendo com que somente nativos habitem a ilha. As ruas são sinuosas e estreitas, com quatro vias principais, e não há carros, motos nem polícia na ilha sem registro de crimes até hoje.

Os terrenos vazios se resumem a uma pequena área que funciona como uma praça comunitária, onde as crianças brincam e jogam bola. Devido à falta de espaço, os mortos são enterrados em uma ilha vizinha.

Sem espaço para novas construções, as casa na ilha foram crescendo para o alto — Foto: Hotel Poblado e The Star / Reprodução

Sem espaço para novas construções, as casa na ilha foram crescendo para o alto — Foto: Hotel Poblado e The Star / Reprodução

Sem água corrente, o local tem um poço abastecido regularmente por um barco, onde os habitantes buscam o líquido em baldes. Também não há sistema de esgoto. A eletricidade só fica disponível algumas horas por dia, vinda de um gerador e de duas estações de energia solar, já que a ilha não tem rede de elétrica.

Há apenas uma escola para as muitas crianças locais – cerca de 65% dos moradores de Santa Cruz del Islote têm menos de 18 anos –, além de uma igreja, lojas e um restaurante.

As casas de cores vibrantes marcam a ilha caribenha, que não tem carros nem motos — Foto: Wikimedia / Creative Commons

As casas de cores vibrantes marcam a ilha caribenha, que não tem carros nem motos — Foto: Wikimedia / Creative Commons

Santa Cruz del Islote vive, principalmente, do turismo, com visitantes que viajam cerca de 1 hora em barcos turísticos para conhecer a pitoresca ilha. Como não há lugar para ficarem, eles costumam pernoitar em um hotel vizinho na ilha Múcura. Muitos habitantes também são pescadores.

Com uma vida tão tranquila e isolada, Santa Cruz del Islote vive apenas uma preocupação: o aumento do nível dos oceanos, que pode engolir o local. Um indício deste futuro incerto é que a ilha já vem sofrendo com inundações constantes, deixando os habitantes apreensivos.

“Todos os dias consigo acordar com o som e a vista do mar. Eu não gostaria de morar em outro lugar”, disse Juve Nal, morador local, em entrevista à CNN.

https://www.instagram.com/zackdfilms/?utm_source=ig_embed&ig_rid=16471657-cb10-4040-a455-aba0ce8a9cfb

FONTE REVISTA CASA E JARDIM

about

Be informed with the hottest news from all over the world! We monitor what is happenning every day and every minute. Read and enjoy our articles and news and explore this world with Powedris!

Instagram
© 2019 – Powedris. Made by Crocoblock.