Descida do Rio Piranga comemora 21 anos do Equipiranga e expõe degradação e impactos ambientais

Aconteceu, neste fim de semana (08 e 09/04), a descida ecológica do rio Piranga, em comemoração aos 21 anos do Movimento Ecológico e Cultural do Vale do Piranga (EQUIPIRANGA). O percurso do 1º dia teve início na ponte Rancho D’Oro (divisa de Catas Altas da Noruega com Lamim) até a Cachoeira Zé de Arminda; no 2º dia, o percurso seguiu da ponte do Monteiro à cidade de Piranga.

Entre as dezenas de pessoas presentes no evento, registramos a Secretária de Cultura, Turismo, Esportes e Lazer de Lamim (Nathália Gonçalves de Assis), o ex-prefeito de Catas Altas da Noruega, Giovane Luiz Lobo Neiva, a Gestora do IGR “Villas e Fazendas” (Sidnéia de Souza Martins), o Presidente do IGR “Nascente do Rio Doce” (Reiginaldo Soares de Carvalho), bem como o Presidente do Equipiranga (Leonardo Silva Miranda de Oliveira), entre outros.

Em dois dias foram percorridos cerca de 30 km, onde identificamos grandes desafios para a proteção e conservação do principal curso d’água da nossa região: o rio Piranga. Margens desmatadas, assoreamento, poluição por atividades econômicas de grande impacto, lançamento de esgotos etc. A elaboração e a implementação de projetos e iniciativas para minorar estes grandes problemas identificados é imprescindível não apenas para garantir a proteção do recurso ambiental mais importante do Vale do Piranga, mas também para se pensar em ações de incentivo ao turismo ambiental no curso d’água.

Na cidade de Piranga, primeira a poluir diretamente o rio com suas descargas domésticas, o maior desafio está na construção da tão sonhada estação de tratamento de esgoto, objetivo que deveria ser perseguido pelas outras cidades, distritos ou povoados da região, que também despejam, ainda que indiretamente ou diretamente, seus esgotos no rio Piranga como Itaverava, Catas Altas da Noruega, Lamim, Santana dos Montes, Caranaíba, Capela Nova, Monsenhor Izidro, Joselândia, Piranguita, Jequitibá, Santo Antônio do Pirapetinga etc. Este é um anseio que deveria se estender por toda a bacia do rio Piranga e afluentes.

Adiada a reunião pública para discutir impactos do terminal ferroviário em Entre Rios

A J. Mendes, atendendo solicitação da Prefeitura de Entre Rios de Minas, comunicou o adiamento da reunião-pública que seria realizada no próximo dia 17 para ouvir a comunidade em torno dos impactos de construção do terminal ferroviário.
Segundo a mineradora, uma nova data será amplamente divulgada bem como em nosso ponto de atendimento e rede sociais.

Primeira audiência

Na noite do dia 25 de julho, representantes da mineradora JMN, vereadores, movimentos sociais, ambientais e a prefeitura de Entre Rios de Minas participaram da primeira reunião para discutir os aspectos positivos e negativos da implantação do terminal de cargas. A previsão de operação é no segundo semestre de 2023.
O projeto prevê a construção de uma via de acesso pela MG383 até a ferrovia da MRS de onde será embarcada a produção vinda da mina situada em Desterro de Entre Rios e de outras mineradoras.
Pela primeira vez a comunidade conheceu detalhes da obra e seus impactos. Representantes da empresa salientaram que o projeto foi classificado de pequeno porte e ressaltaram que a localização, após estudos de outros possíveis alternativas locacionais, é de menor impacto ambiental e social, inclusive ventilaram a construção de uma ferrovia ligando a mina até a MRS, possiblidade descartada.
Pelos estudos da JMN, haverá uma redução em mais de 21% no fluxo de caminhões e de veículos e queda de mais de 70 km nos trajetos da mina até os fornecedores.

Audiência debate impactos da venda da Vale Manganês para a VDL

Segundo a Vale, foi assinado um contrato de venda dos ativos de ferroligas de Manganês nos municípios Barbacena, Ouro Preto e Conselheiro Lafaiete, em Minas Gerais, para o grupo VDL.

A Câmara Municipal de Ouro Preto realizou uma Audiência Pública para tratar dos impactos socioeconômicos e ambientais da venda da Vale Manganês S.A para o grupo VDL Siderúrgica de Itabirito. Foram convidados para compor a mesa secretário municipal de Meio Ambiente, Francisco de Assis, e o secretário municipal de Desenvolvimento Social, Habilitação e Cidadania, Edvaldo César Rocha. Como convidados estavam Roberto Carvalho e Luís Reis, do Sindicato dos Metalúrgicos São Julião de Ouro Preto, Valdeci Coelho, do sindicato dos metalúrgico de Barbacena, e Valério Vieira, da Central Sindical e Popular Conlutas (CSP).

Um representante da VDL e outro da Vale Manganês também foram convidados para participar da Audiência Pública, porém não estiveram presentes. Referente à VDL, a funcionária da Câmara Elizabeth Chades Pinheiro, produziu uma certidão dizendo que os representantes da empresa negaram receber o convite dizendo que não existia nenhuma compra da Vale Manganês pelo grupo VDL. Sobre a Vale, foi dito que a empresa assinou em 28 de setembro deste ano um contrato de venda dos ativos de ferroligas de Manganês nos municípios Barbacena, Ouro Preto e Conselheiro Lafaiete, em Minas Gerais, para o grupo VDL, um conglomerado empresarial que atua nos segmentos de transporte, mineração e siderurgia.

Ainda de acordo com a Vale, a conclusão da transação ainda está sujeita a aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE). Cerca de 500 empregados próprios e terceirizados que trabalham nas unidades serão transferidos para o grupo VDL, que dará continuidade às operações nós referidos municípios. “Prestaremos esclarecimentos após o anúncio oficial da aquisição, ressaltando que se trata de uma transação de caráter privado, com a existência de aspectos comerciais de caráter confidencial”, finalizou o comunicado da Vale, lido pelo vereador Wanderley Kuruzu (PT), que presidiu a Audiência Pública.

Essa foi a segunda Audiência Pública para tratar do assunto, porém, por falha de comunicação por parte da Câmara Municipal, as empresas não haviam sido convidadas na primeira reunião. Representando o Sindicato dos Metalúrgicos São Julião de Ouro Preto, Roberto Carvalho manifestou sua insatisfação com a ausência das duas empresas na Audiência Pública. Ele revelou ainda que a transação já houve aprovação do CADE, contrariando o que a Vale manifestou à Casa Legislativa de Ouro Preto.

“É um total desrespeito a essa Casa e ao próprio Município, que só foi avisado dessa possível transferência após a primeira audiência. Já está aprovado pelo CADE, sem restrição. Ficamos indignados com a ausência das empresas, uma ainda se recusou a receber o convite. O que é isso? Audiência Pública é para tratar das discussões das preocupações dos trabalhadores. Até então, o que existe de encontros entre empresa e sindicato é de esquiva da discussão por parte da empresa, dos interesses e preocupações dos trabalhadores. Imagina o trabalhador que não quer ser contratado, ele terá direito de ser demitido pela empresa primeira? Isso deveria ser discutido antes da transferência dos ativos da Vale Manganês para o grupo VDL. Então, uma total indignação pelo desrespeito das duas empresas, que deveriam estar presentes para tratar do assunto”, disse Roberto Carvalho.

O representante do Sindicato dos Metalúrgicos São Julião de Ouro Preto relatou em sua fala que a Vale tem mostrado falta de interesse em manter todos os ativos dela que não sejam relacionados com a mineração. A Vale Manganês, portanto, é uma empresa siderúrgica que está nessa relação de descarte para a venda. Várias empresas participaram do trâmite, de acordo com Roberto, e duas foram selecionadas: o grupo Maringá e o grupo VDL, sendo a segunda a escolhida para negociar.

“Em momento algum nós fomos chamados nesse processo para colocar a demanda dos trabalhadores. A gente entende que é um assunto privado, mas tudo que é de interesse dos trabalhadores, o sindicato tem que correr atrás e buscar atender as preocupações. A Vale nunca colocou nada formal da manutenção das conquistas e dos empregos. O que ela tentou foi desviar o foco, discutindo uma questão de insalubridade”, relatou Roberto Carvalho.

Se não houver mais nenhum órgão refutando a ação e o CAD já tiver autorizado a transação, a venda pode acontecer na próxima quinta-feira, 18 de novembro, segundo Roberto.

A união dos três sindicatos — de Barbacena, Conselheiro Lafaiete e Ouro Preto — se deu porque o problema era comum em todas as unidades, e foi montado um plano de ação, que tem ações de cunho político, que, de acordo com Roberto Carvalho, já estão acontecendo, e jurídico, que estão em processo de elaboração.

“Tivemos uma reunião com o prefeito (de Ouro Preto) que se mostrou sensibilizado com a demanda dos trabalhadores, se comprometeu a chamar a VDL para conversar para a manutenção das nossas conquistas. Teve a segunda Audiência Pública e estamos estudando junto com políticos na esfera estadual e federal para essa continuidade das discussões, caso a gente não evolua no atendimento dos interesses da classe trabalhadora”, finalizou Roberto Carvalho.

Audiência debate impactos da venda da Vale Manganês para a VDL, em Ouro Preto
Foto: Facebook / CMOP

Os representantes do Sindicato dos Metalúrgicos São Julião de Ouro Preto explanaram dados indicando os impactos socioeconômicos dos benefícios conquistados pelos trabalhadores da Vale Manganês. Veja:

  1. Cartão-alimentação de R$ 715, que perfaz, com o número total de trabalhadores, o valor de R$ 53.625, que é movimentado mensalmente na economia local. Isso é uma estimativa de produção com dois fornos, mas existe a estimativa de um cenário da reativação de um antigo forno, que é o maior da produção, chamado R1. Assim, haveria cerca de mais 300 trabalhadores e o valor gasto mensalmente na cidade passaria a ser R$ 214.500.
  2. Participação em lucros e resultados, que movimenta em média R$ 630 mil na economia local durante o ano. Com o terceiro forno, o valor passaria a ser R$ 2,52 milhões.
  3. Plano de saúde, com auxílio de aquisição de medicamentos que faz uma movimentação no setor farmacológico da região de aproximadamente R$ 150 mil, com o terceiro forno passaria para R$ 600 mil.
  4. Auxílio em cursos técnicos e superiores, auxílio creche, movimentando valores significativos nos empreendimentos de ensino particulares da região.

Além disso, ainda há os impostos que envolvem todos esses benefícios que também vão para os cofres públicos.

“Nossa preocupação é que na transferência dos ativos, a gente perca isso, não queremos nada além da manutenção das conquistas e do salário”, Luís Reis.

Com isso, o Sindicato dos Metalúrgicos São Julião de Ouro Preto fez os seguintes encaminhamentos na Audiência Pública:

  • Entrega do Acordo Coletivo de Trabalho para o período de 2021/2022.
  • Que a comissão a ser criada busque junto ao Executivo municipal a mediação entre sindicato, trabalhadores e o grupo VDL para debate das preocupações e demandas dos trabalhadores.
  • Criação de uma comissão, com a participação de representantes dos sindicatos, do Legislativo e Executivo municipal, com o objetivo de garantir o cumprimento dos encaminhamentos extraídos desta audiência, bem como a promoção de ações no âmbito municipal, estadual, federal e judicial através do Ministério Público do Trabalho e Ministério do Trabalho.
  • Representação encaminhada à empresa com a solicitação do pedido de manutenção dos acordos de trabalho e seus aditivos oriundos dos acordos anteriores firmados com a empresa Vale Manganês para a adquirente VDL Siderúrgica Itabirito.
  • Representação à Vale Manganês encaminhando as reivindicações apresentadas pelo Sindicato do Metalúrgicos São Julião de Ouro Preto, o Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos de Barbacena e Sindicato dos Trabalhadores de Conselheiro Lafaiete às empresas Vale Manganês e a VDL Siderúrgica Itabirito, para saber:
    – Garantia de demissão pela Vale Manganês com todos os direitos trabalhistas para todos os empregados que não quiserem ser transferidos;
    – Estabilidade de emprego para todos os trabalhadores transferidos no período mínimo de 12 meses, exceto para os trabalhadores em via de aposentadoria, nos próximos 24 meses, estes deverão ter garantia de emprego até a efetivação de sua aposentadoria;
    – Manutenção do processo de negociação nos moldes de hoje, via acordo coletivo de trabalho com o sindicato da classe;
    – Manutenção de todas as conquistas adquiridas ao longo dos acordos coletivos, previstos no acordo coletivo pactuado em 11/12/2020, inclusive os termos aditivos;
    – Manutenção do plano de saúde AMS para todos os trabalhadores e dependentes em tratamento de saúde em qualquer especialidade e em tratamento prescrito pelo profissional responsável;
    – Manutenção de plano de saúde AMS para todos os aposentados por invalidez e seus dependentes;
    – Em relação a disparidade existente sobre os planos de saúde no mercado nas regiões de Ouro Preto, Mariana Barbacena e Conselheiro Lafaiete, solicitamos a migração do atual plano de saúde AMS para o plano Pasa Plus;
    – Garantia pela Vale Manganês do pagamento integral da PLR (participação nós lucros) do ano de 2021 a todos os trabalhadores, inclusive os que optarem pela demissão;
    – Garantia de estabilidade de emprego dos dirigentes sindicais do grupo Vale Manganês;
  • Requerimento direcionado à Comissão de Minas e Energia da Câmara Federal – Deputado Federal Padre João e encaminhados à Vale, solicitando as informações:
    a) Quais os passivos trabalhistas da antiga CPFL (Companhia Paulista de Ferro Ligas), hoje Vale Manganês, e quais as garantias serão transmitidas aos trabalhadores da ativa;
    b) Quais os ativos e passivos ambientais – se forem sanados ou se estão em andamento, bem como os termos de ajustamento firmados com o município de Ouro Preto com os órgãos ambientais.
  • Direcionar junto ao requerimento de abertura da CPI de pedido de desapropriação da área de aproximadamente 243 hectares nas proximidades da Rancharia, no bairro Saramenha em Ouro Preto, considerando que a Vale já possui um grande passivo ambiental.

CSP

Audiência debate impactos da venda da Vale Manganês para a VDL, em Ouro Preto
Foto: Reprodução / CMOP

O representante da CSP, Valério Vieira, vê uma tendência mundial dentro do mercado industrial a retirada de benefícios dos trabalhadores, bem como a redução da fiscalização da produção das empresas, visando a maior taxa de lucro. Valério ainda disse que vê a venda da Vale Manganês para o grupo VDL como uma ação “às escuras”, o que pode representar uma ameaça para os trabalhadores.

“Falta transparência na negociação para os trabalhadores de Ouro Preto, o que, para mim, sinaliza um golpe da Vale junto da VDL, para realmente abaixar as conquistas dos metalúrgicos e tenha uma taxa de lucro maior. Eu não vejo uma outra situação, da maneira que está sendo feita, as escuras. Se as empresas têm o interesse de manter a qualidade de vida dos trabalhadores, que estivesse aqui desde o início para conversar abertamente”, opinou Valério.

Meio Ambiente

Audiência debate impactos da venda da Vale Manganês para a VDL, em Ouro Preto
Foto: Reprodução / CMOP

O secretário municipal de Meio Ambiente, Francisco de Assis, se pronunciou com acolhimento às demandas dos sindicatos, assim como o secretário municipal de Desenvolvimento Social, Habitação e Cidadania, Edvaldo César Rocha. Francisco, ainda, chamou a atenção para os impactos ambientais contidos nessa transação, pois os ativos estão sendo vendidos, porém não se sabe qual será o futuro dos passivos da Vale Manganês.

“A gente percebe níveis de contaminação do lençol freático. Temos um aterro municipal que de um lado tem a Vale e do outro a Hindalco. Conto com a ajuda do sindicato para levantar todos os passivos ambientais, porque isso é uma página importante da sociedade de Ouro Preto, do nosso chão, que é constantemente explorado e, de repente, muda-se o CNPJ, o dono da empresa e o passivo fica com o nosso povo. Acho que devemos envolver a Bacia do Piranga, órgãos de proteção ambiental e vamos pensar possibilidades futuras de todos hectares que eram propriedade do nosso povo e que foi repassado a esses empreendimentos em nome da geração de emprego e renda”, disse Francisco de Assis.

Informações conflitantes

Francisco de Assis chamou a atenção sobre os conflitos nas informações contidas nos comunicados das empresas. No da Vale, fala-se da aprovação do CADE para a realização da transação, mas há uma documentação apresentada pelo Sindicato dos Metalúrgicos São Julião de Ouro Preto que a venda já foi aprovada pelo conselho no dia 29 de outubro. “Falta comunicação ou é má intenção. Então, não vamos deixar barato de forma alguma”, complementou o secretário de Meio Ambiente.

Outro conflito de informações que chamou a atenção dos presentes na Câmara foi o fato de Sérgio Santos, representante da VDL, ter se recusado a pegar o convite para a audiência, dizendo que não existia nenhuma compra da Vale Manganês por parte do grupo VDL.

Ao mesmo tempo, em comunicado enviado à Câmara de Ouro Preto, a Vale confirma que assinou no dia 28 de setembro deste ano um contrato de venda dos ativos da ferroliga manganês dos municípios de Barbacena, Conselheiro Lafaiete e Ouro Preto, em Minas Gerais, para o grupo VDL. “Alguém está mentindo aqui, mas para quê?”, questionou o vereador.

Audiência debate impactos da venda da Vale Manganês para a VDL, em Ouro Preto
Foto: Reprodução / CMOP

Posicionamento da VDL

Após a Audiência Pública, o grupo VDL fez um posicionamento oficial em que confirma a compra da Vale Manganês, ainda sujeito à aprovação do CADE. Segundo a empresa, essa informação, bem como o posicionamento abaixo, foi encaminhado à Assessoria das Comissões da Câmara de Ouro Preto, na última quinta-feira, 11 de novembro, no mesmo dia da audiência.

Em seu comunicado, a VDL enfatiza que prevê integrar às suas operações 100% da estrutura e dos cerca de 500 empregados próprios e terceirizados, que trabalham nas unidades da Vale Manganês.

Veja o posicionamento da VDL na íntegra:

Atento e acompanhando a movimentação da Câmara Municipal de Ouro Preto (CMOP) e suas comissões, da Prefeitura e sindicatos do setor, o Grupo VDL confirma assinatura de acordo de compra dos ativos da Vale Manganês, no dia 28 de setembro, ainda sujeito à aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE). Essa informação, bem como o posicionamento abaixo, foi encaminhado à Assessoria das Comissões da CMOP, no dia 11/11/2021.   

Enfatizamos que a companhia prevê integrar às suas operações 100% da estrutura e dos cerca de 500 empregados próprios e terceirizados, que trabalham nas unidades da Vale Manganês.

A aquisição das operações de Ouro Preto, Barbacena e Conselheiro Lafaiete tem grande sinergia com o braço industrial do Grupo, integra nossa visão de futuro para nossos negócios em ferroligas no Brasil e é parte relevante e fundamental da nossa estratégia de expansão nos setores de siderurgia e mineração.

O Grupo VDL entende a importância de se construir um diálogo e um relacionamento aberto e transparente com a gestão pública, população e instituições representativas do setor. Dessa forma, prestaremos eventuais esclarecimentos após anúncio oficial de aprovação da aquisição pelo CADE.”

Vale

Em contato com a redação do Mais Minas, a Vale informou que a conclusão do desinvestimento encerrará a atuação da mineradora nas atividades de produção de ferroligas de manganês, simplificando as operações da empresa e permitindo maior foco em seus ativos estratégicos. De acordo com a empresa, a transação não envolve os ativos de minério de manganês da companhia em outros estados.

FONTE MAIS MINAS

Série de reportagens: direção do Hospital São Camilo comenta os impactos da pandemia e queda de receita

As instituições hospitalares foram atingidas em cheio pelo coronavírus com queda de receita, impactos financeiros e demissão e funcionários. Ao longo da semana, o site CORREIO DE MINAS entrevista as direções das 4 instituições diante da pandemia e pós vírus. Nesta primeira reportagem, o Hospital São Camilo é nosso entrevistado.

Hospital São Camilo / DIVULGAÇÃO

O São Camilo, em função da instalação do Hospital de Campanha e passou a co-habitar como Queluz, em uma ala da instituição. A direção explica que houve grande impactos como a queda de 75% no faturamento. O impacto veio como paralelamente com a redução também de quadro de pessoal (demissões, antecipação de férias, suspensão de contratos de trabalho, redução de carga horária).
“Por outro lado, acorreu o aumento do custo de alimentação, uma vez, que no acordo realizado entre os Hospitais São Camilo e Queluz, toda parte de alimentação de pacientes e empregados de ambos os hospitais ficou a cargo do nosso Hospital”, informou a direção.
“Outro impacto direto foi na suspensão de todas as cirurgias eletivas e as cirurgias de urgência dependem da demanda do Hospital Queluz, hoje praticamente nossos cirurgiões não operam”, analisou a direção.
As principais fontes de receitas do São Camilo são as internações do SUS e de convênios e particulares, além de doações qwue, em função da pandemia, diminuíram substancialmente, e com a redução do espaço físico, o hospital ficou om apenas 3 apartamentos para atendimento geral.
“Esperamos nosso retorno, ao final da pandemia, onde encontraremos um hospital com uma infraestrutura melhor do que a condições que tínhamos anteriormente.
Acreditamos que os impactos negativos, serão compensados, por um bem maior, ou seja, um atendimento digo,  dado a nossa população no momento de tantas incertezas como este que ora vivenciamos”, finalizou a diretoria.

Força-tarefa ambiental requisita das mineradoras medidas de combate à poeira e fará novas vistorias

Na última sexta-feira, as Secretarias Municipal e de Estado de Meio Ambiente, juntamente com a Fundação Estadual de Meio Ambiente (FEAM) vistoriaram as áreas das mineradoras localizadas em Congonhas e iniciaram a elaboração de um planto para minimizar os efeitos da poeira que têm afetado toda cidade.

Mineradoras têm 30 dias para apresentar um plano de combate a poeira/REPRODUÇÃO

As seguintes medidas já foram requeridas à CSN, Ferrous e Vale:

I) Redução de áreas de solo exposto, com a devida revegetação de taludes ou aplicação de polímero em áreas subutilizadas (áreas que não possuem planejamento de utilização superficial nos próximos 02 anos e possuem solo exposto).

II) Revisão das distâncias médias de transportes, informando se
há possibilidade de reduzir a DMT e aumentar a eficiência no controle de emissão de material particulados.

III) Revisão/readequação do planejamento de umectação das vias internas de forma a conferir mais eficiência no controle.

IV) Desenvolver um projeto específico para mitigação de emissão de material particulado, contemplando ações e investimentos, no mínimo, nas seguintes áreas: a) pilhas; b) taludes; c) vias internas; d) ampliar o programa de recomposição arbórea e de revegetação com gramíneas.

V) Propostas acessórias e complementares que visem a adoção de novas tecnologias ou medidas para redução (considerável) da emissão de materiais particulados.

As empresas deverão ser orientadas sobre a necessidade de outras medidas no decorrer das análises e dos trabalhos, que terão sequência nas duas próximas semanas, quando ocorrerão outras vistorias.

A expectativa é para que estas medidas complementares sejam adotadas no prazo de 30 dias.Ao final, um relatório conjunto poderá sugerir novos padrões e controle, e até mesmo um reajuste nas exigências ambientais durante as operações e processos de licenciamento das mineradoras.

Leia mais:

CSN assegura que barragens não sofreram impactos dos temporais e garante estabilidade

A CSN Mineração informa que as barragens do Complexo Casa de Pedra, em Congonhas (MG), não sofreram impactos em função das fortes chuvas dos últimos dias. Na última semana, a Defesa Civil de Congonhas realizou uma vistoria na Barragem Casa de Pedra e constatou que a estrutura é estável e encontra-se preparada para suportar um grande volume de

Moradores que moram debaixo da barragem Casa de Pedra  / ARQUIVO

chuvas. Ela é feita para aguentar uma quantidade atípica de chuvas (chuva de dez mil anos), bem acima do que ocorreu recentemente. Além disso, o monitoramento das estruturas é constante, com a utilização de 329 equipamentos, incluindo drones.

Reforçamos que a Barragem Casa de Pedra é construída pelo método a jusante, considerado mais seguro, pois sua base é sobre terreno natural (sólido). A CSN Mineração lembra que cumpre todos os requisitos legais estabelecidos pela Política Nacional de Segurança de Barragens (PNSB), Agência Nacional de Mineração (ANM) e demais legislações vigentes no Brasil. A empresa possui laudos que atestam a estabilidade das estruturas do Complexo Casa de Pedra, sendo que o mais recente foi emitido por uma empresa independente no mês de setembro de 2019.

 

Câmara Municipal de Belo Vale promoveu Audiência para debater impactos da mineração; sociedade civil cobra transparência e ações do favor do meio ambiente

Moradores de Moeda e Belo Vale relataram os impactos negativos da mineração e cobram mais fiscalização

A Câmara  recebeu na tarde desta terça-feira (25), representantes de mineradoras que atuam no município de Belo vale. Compareceram a VALE S.A, Mineração Argentina  representada por Jean Frank e Mineração Polares Ltda. Convocada,  a Green Metals, que vem trazendo graves impactos para a comunidade dos Pintos, não compareceu.

O evento foi proposto e coordenado pelo Vereador Antônio Moura, com apoio de seus colegas vereadores Higor Cordeiro e Everton Correa. Antônio Moura, conhecido como “Cocoto” esclareceu que o objetivo principal é de desistitucionalizar a discussão e trazer luz, transparência e informação para a comunidade. “É preciso mudar essa relação direta do Poder Público com as mineradoras e chamar o cidadão para participar. Queremos transparência para dinamizar a questão do debate”, afirmou Cocoto. E acrescentou que os debates não se esgotariam ali: “As empresas que não atenderam ao convite serão convocadas, e terão que apresentar suas licenças e documentos atuais de operação, mesmo que seja judicialmente”, alertou Antônio.

Organizações da Sociedade Civil de Belo Vale e Moeda estiveram presentes e fizeram seus depoimentos sobre os graves impactos que as cidades estão sofrendo. Representantes dos Pintos e Boa Morte reclamaram, principalmente, da qualidade da água, que falta e muitas vezes chega igual lama. Lucimar, proprietária do Restaurante Varandão apresentou fotos sobre a péssima qualidade a água e Maria Alair da Pousada Vargem do Cedro, cobrou maior participação e postura do poder público para as questões.

Secretário diz que empresas não pagam CFEM

O Poder Público esteve representado pela secretaria do Meio Ambiente, Fernanda Castro e secretário de Planejamento, Itamar, que disseram que o município não tem poder de fiscalização, mas estão em contato direto com os órgãos ambientais do Estado para que façam as devidas cobranças às mineradoras, pois, algumas não pagam nem mesmo o CFEM.

O sitiante Gomerci Rezende Lara relatou poluição dos cursos d’água na comunidade dos Pintos, em Belo Vale

A secretaria do Meio Ambiente, também, foi alertada para que esclareça sobre a atuação da Green Metals, a qual provoca sérios impactos no trevo da MG-442, como também, sobre o cumprimento das cláusulas do “Termo de Compromisso” firmado com a mineradora. “Tenho um sítio na área há anos, e perdi toda a tranquilidade. A Green Metals diz que fez uma Estação de Tratamento de Água (ETA) para atender os Pintos, mas o que vejo é lama descendo pelo riacho” alertou o advogado Gomerci Rezende Lara, que ajuizou Ação Cívil contra a mineradora.

Os representantes da Associação do Meio Ambiente de Moeda (AMA) querem maior rigor sobre as minerações de areia no Rio Paraopeba, cujos caminhões estão passando por dentro do centro da cidade.

Em suma, Belo Vale passa por um momento delicado com os empreendimentos da mineração. E há muito a ser feito, com urgência para que Belo Vale não seja surpreendido com rompimento de barragem, como a Marés II, da VALE, classificada no nível de alerta 1. Não podemos conviver com as ações desrespeitosas dessas empresas. Antônio Moura promete rigor na investigação e condução desses fatos e quer maior participação dos cidadãos belovalenses.

 

 

  • Tarcísio Martins, jornalista e ambientalista – APHAA-BV

Belo Vale: Audiência discute impactos da mineração

Rafael, setor meio ambiente da VALE, falando sobre as barragens Marés I e II./Foto: Tarcísio Martins

Acontece neste momento em Belo Vale uma Audiência Pública na Câmara Municipal para tratar das questões das mineradoras na Serra dos Mascates (Moeda).  O encontro conta com a presença de representantes de mineradoras que atuam na região.

Estão sendo discutidos os seguintes temas:

  • As duas barragens da VALE no município – Marés I e II – Consideradas de risco pela própria VALE, a qual já demarcou a área que poderia ser atingida – Contradições nas informações . A empresa ainda luta para ampliar seus empreendimentos na região, e está atualmente sob uma liminar na não concluir a PDE II que traz sérios danos …
  • CSN – discussão das atividades da empresa, e o possível rompimento da Barragem de Congonhas e consequências para Belo Vale.
  • Os danos causados à comunidade dos Pintos, por rompimento de um sump de contenção, que atingiu, inclusive o Rio Paraopeba. A GREEN METALS vem atuando sem LO, sob um TAC do MPMG e causando danos na MG-442 utilizando trevo de forma indevida, sem autorização do DEER/MG – ela está controlando o trânsito para privilegiar seus caminhões.
  • Mineração Polaris S.A – uma das maiores poluidoras do Córrego Mares, recentemente multada pelo MP, e que faz um trabalho sujo.
  • As questões do uso e qualidade das águas será também tema de discussões.

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Mineração: Vale do Alto Paraopeba, pânico e injustiças

Contenções de lagoa de mineradora arrebentam na zona rural de Belo Vale e atingem comunidad

Lafaiete: audiência Pública discute impactos da reforma da previdência

Deputado Padre João/DIVULGAÇÃO

A Reforma da Previdência será tema de uma Audiência Pública na Câmara Municipal de Conselheiro Lafaiete, na sexta-feira, 24/05, a partir das 14h. O encontro se dará atendendo um requerimento dos vereadores petistas, Chico Paulo e Pedro Américo e contará com a participação do deputado federal, Padre João (PT).

De acordo com o vereador Chico Paulo, o objetivo da Audiência Pública é esclarecer os impactos negativos na população brasileira. Convida seus familiares, amigos, a comunidade e venha debater a proposta da Nova Previdência (PEC06/19)

Relação dos convidados confirmados para audiência pública:

  • Deputado Federal Pe. João (PT), representando a Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados;
  • Deputado Estadual Beatriz Cerqueira (PT), representando a Comissão de Educação, Ciência e Tecnologia da ALMG
  • Maria Alves, Diretora de Políticas Sociais e da Previdência Social da Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras da Agricultura – FETAEMG
  • Lindolfo Castro, Auditor Fiscal da Secretária Estadual da Fazenda-SEF-MG e ex. Presidente do Sindicato dos Auditores Fiscais de Minas Gerais-SINDFISCO
  • Gustavo Machado, pesquisador do Instituto Latino-Americano, Estatística e Socioeconômico – ILAESE
  • Fátima Guerra,pesquisadora do Departamento Intersindical,Estatística e Socioeconômico – DIEESE

 

 

 

Sem qualquer fiscalização, carretas de minério impactam nas cidades espalham perigo na MG 383

Quem trafega pela MG 383, entre a BR 040 até a cidade de Desterro de Entre Rios, já percebe que as carretas de minério dominaram a rodovia impactando diretamente na paisagem. Ao longo da MG 383 surgem inúmeros comércios atraídos pelo tráfego dos caminhões. Bares, lanchonetes e pequenos empreendimentos nascem ao longo da rodovia e movimentam e economia regional.

Há informações de que a balança em Entre Rios pode ser desativada; caminhões espalham minério na rodovia /DIVULGAÇÃO

Mas por detrás deste crescimento surgem impactos nas cidades. A rodovia não suporta o volume diário e surgem buracos, isso sem contar com o perigo, excesso de velocidade e imprudência de motoristas.

Segundo informações colhidas pela nossa reportagem, trafegam pela rodovia mais de 600 carretas de minério ao dia. Durante a noite, o movimento é também intenso com o objetivo de burlar a fiscalização.

Os veículos carregados são oriundos das mineradoras MML, situada em Passa Tempo, e JMM, de Desterro de Entre Rios, empresa do grupo da Ferro+ e Prosper.

Na Praça de Pesagem, localizada, localizada no km 32 da MGC-383, perto do trevo de Entre Rios, segundo dados, são feitas diariamente mais de 30 autuações em função do excesso de peso. Em março, a balança suspendeu suas atividades, sem uma justificativa plausível. Há informações de que a balança poderia ser desativada o que aumentaria vulnerabilidade da rodovia. “Ela está operando normalmente. A continuidade da operação da balança dependerá da disponibilidade orçamentária”, informou a nossa reportagem o Departamento de Estradas e Rodagens (DER), órgão que a balança está vinculado.

Nossa reportagem questionou o DEER sobre o excesso de velocidade de caminhões e carretas na MG 383. “O DEER/MG possui um programa de controle de velocidade através de equipamentos de fiscalização eletrônica de velocidade dos tipos fixo e estático que contemplam o estado de Minas Gerais. Na rodovia MGC383 próximo à Praça de Pesagem de Entre Rios de Minas, encontram-se em operação dois radares fixos nos km’s 33,2 e 33,5”, informou o órgão.

Distrito do Pereirinhas, sofre com poeira, barulho e excesso de caminhões /DIVULGAÇÃO

No mês de março de 2019 foram fiscalizados 8.956 veículos na Praça de Pesagem de Entre Rios de Minas. Ela funciona durante 12 horas por dia, em todos os dias da semana.

Arrecadação

Há mais de 3 anos, Desterro de Entre Rios recebem CFEM (Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais), também conhecido royalties do minério. Em 2018, entrou nos cofres Município uma receita extra de R$1,3 milhões e somente em 2019 esse valor chegou a quase R$600 mil.

Reunião

Na última reunião da Câmara, ocorrida no final de abril, os vereadores criticaram a falta de empenho da prefeitura em cobrar maiores contrapartidas das mineradoras. Segundo eles, o Município precisa de maior gestão para acompanhar de perto o valor arrecadado da CFEM. A prefeitura de Desterro sequer até hoje implantou o sistema de nota fiscal eletrônica, o que poderia aumentar a arrecadação.

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