Brasil pode bater recorde de frio nos próximos dias: veja onde

O país se prepara para receber a onda de frio mais intensa do ano até agora, com temperaturas mínimas que podem bater recordes

O Brasil se prepara para receber a onda de frio mais intensa do ano até agora, com temperaturas que podem bater recordes em algumas regiões.

Uma massa de ar frio de origem polar se desloca para o país, trazendo consigo uma queda abrupta nas temperaturas, especialmente no Sul.

Sul enfrenta o primeiro grande frio do outono

O Sul do Brasil será a região mais afetada pelo frio, com temperaturas mínimas previstas entre 7°C e 17°C em boa parte dos estados.

Cidades como Porto Alegre e Curitiba podem ter recordes de frio, com mínimas entre 11°C e 14°C entre os dias 18 e 21 de abril.

Geadas

A combinação de ar frio e céu claro favorece a formação de geada, especialmente nas áreas mais elevadas.

O alerta para o fenômeno se concentra nos pontos mais altos da serra catarinense e no sudeste do Paraná para quinta-feira (18). Na sexta-feira (19), a ameaça se estende para os pontos mais altos da serra gaúcha e se repete no sudeste do Paraná.

No sábado (20), a previsão indica risco de geada apenas nos pontos mais elevados da serra catarinense.

Sol radiante e poucas nuvens

Apesar da queda nas temperaturas, a previsão indica a chegada de uma área de alta pressão que deve inibir a formação de nuvens carregadas e trazer dias de sol radiante em todo o Sul a partir de quinta-feira (18) até sábado (20).

 

FONTE CANAL RURAL

O frio intenso chega mais cedo neste ano?

Leia análise da MetSul Meteorologia sobre a possibilidade de frio intenso cedo em 2024. Clima global torna a resposta mais difícil neste ano.

O frio intenso vai chegar mais cedo neste ano? Esta é uma curiosidade permanente do público a cada começo de outono, todos os anos, afinal a estação marca a transição do verão para o inverno e já chegou a ter episódios de neve em abril e massas de ar polar extremamente fortes no mês de maio com marcas abaixo de zero e muita geada em estados do Centro-Sul do Brasil.

Um exemplo recente na história climática brasileira se deu no começo da segunda quinzena de maio de 2022 com uma enorme massa de ar polar e de grande intensidade que trouxe frio muito intenso em vários estados. Foi o ar polar impulsionado pelo ciclone Yakecan, que até neve causou em Santa Catarina. Gama, com 1,4°C, teve a menor mínima no Distrito Federal desde o início das medições em 1963. São Paulo anotou a menor temperatura em maio desde 1990. Goiânia e várias outras cidades tiveram o maior frio desde 1977.

Ou seja, foi um evento tão extraordinário de frio de outono que a maioria das cidades do Centro do Brasil que anotaram mínimas históricas em maio de 2022 não registraram depois marcas tão baixas no decorrer do inverno. Um exemplo clássico de frio muito intenso cedo.

Então, fica a pergunta. Teremos frio intenso cedo neste ano? Para buscar a resposta é preciso enxergar o que os modelos numéricos mostram e o que a história, por analogia, revela sobre anos passados que apresentaram condições semelhantes nos primeiros três meses do calendário. Em 2024, o clima de longo prazo na temperatura se torna ainda mais desafiador e difícil em termos de previsão com o aquecimento acelerado do planeta em curso.

Os modelos de previsão de mais curto prazo possuem prognósticos para até dez ou quinze dias. Já os modelos de médio prazo, como o europeu e o norte-americano CFS, chegam a ter prognósticos para 40 dias, sejam diários ou semanais.

Intervalo maior de 40 dias apenas em modelos de clima que trazem tendência apenas mensal, que pode mascarar episódios de frio intenso de curta duração, afinal um mês pode ter uma semana gelada e três quentes, o que fará com que o mês termine com temperatura acima da média.

Analisando os dados destes modelos com previsões para até 40 dias, ou seja, até o fim de abril, nenhuma simulação indica grande massa de ar polar até o final do próximo mês, embora apontem ingresso de ar mais frio no Sul do Brasil na segunda metade de abril. Claro, em se tratando de uma tendência para 40 dias, mudanças podem ocorrer. Mas, hoje, os dados não indicam nenhuma incursão de ar muito gelado.

E a história? O que mostra? Meteorologistas trabalham com uma técnica chamada de analogia em que são buscadas referências do passado em anos semelhantes ao em andamento. Nos Estados Unidos, dois anos passados têm sido muito mencionados pela proximidade climática com 2024: 1973 e 1998. Ambos começaram com El Niño forte e depois tiveram La Niña.

Anomalias de temperatura no Brasil em abril em 1973 e em 1998 | INMET

Com base em dados de Porto Alegre, o primeiro frio de maior intensidade do outono em 1973 foi ocorrer apenas em maio, na segunda semana, com mínimas de 9,8ºC no dia 11; 9,9ºC no dia 12; e 9,5ºC no dia 13. No restante do mês, mínima de um dígito somente ocorreria no dia 23 com 9,6ºC. Em junho, a primeira mínima de um dígito do mês só foi ocorrer no dia 15, quase no fim do outono, com 7,5ºC.

Já em 1998, no começo de abril houve algumas madrugadas pouco frias com 12ºC a 13ºC, logo nada de relevante. A primeira mínima de um dígito só veio a ser dar no dia 5 de maio com 9,7ºC. O restante de maio não foi nada frio, mas a primeira semana de junho teve uma sequência de madrugadas com mínimas abaixo de 10ºC, a mais baixa de 7,1ºC, no dia 4.

Em 2016, último ano de transição de forte El Niño para La Niña, o frio chegou na última semana de abril. A capital teve mínimas no Jardim Botânico de 11,4ºC no dia 26; 9,5ºC no dia 27; 7,2ºC no dia 28; 6,8ºC no dia 29; 8,0ºC em 30 de abril; 7,5ºC no dia 1º de maio; 8,2ºC no dia 2 de maio; 12,9ºC no dia 3; 10,8ºC no dia 4; 11,1ºC no dia 5; e 12,3ºC no dia 6. Foi, assim, um episódio forte de frio e ainda prolongado entre o fim de abril e o começo de maio.

Anomalias de temperatura no Brasil em maio e junho de 2016 | INMET

Mais tarde naquele mês, novas incursões de ar frio trouxeram temperatura baixa. Porto Alegre teve 7,0ºC no dia 18; 6,8ºC no dia 19; 8,5ºC no dia 20; 9,0ºC em 23 de maio; e 7,1ºC no dia 24. Não houve um dia sequer de calor em maio de 2016 na capital gaúcha, logo sem ocorrência de veranico.

Em síntese, o cenário mais provável não indica uma massa de ar polar intensa tão cedo, embora devam ocorrer incursões de ar frio de menor ou média intensidade, como se viu no final da semana passada depois da passagem da frente fria pelo Sul do Brasil. O mais provável é que o frio de maior intensidade chegue em maio, com maior probabilidade na segunda metade do mês, ou na primeira metade de junho.

Projeção de anomalia de temperatura do modelo climático europeu para maio | METSUL
Projeção de anomalia de temperatura do modelo climático europeu para maio | METSUL

Em 2016, aliás, último ano que o clima passou de El Niño para La Niña, o mês teve um elevado número de noites muito frias. Em Porto Alegre, por exemplo, foram 19 dias com menos de 10ºC. Já os dias com menos de 5ºC de mínima foram cinco com uma sequência de madrugadas com mínimas na casa de 3ºC. No interior gaúcho, a grande maioria dos dias em junho de 2016 anotou marcas negativas.

Modelo climático CFS (EUA) projeta La Niña praticamente madura em junho | NOAA

Modelos de clima se dividem sobre junho no Sul do Brasil. Uns indicam temperatura acima da média, aliás a maioria, e alguns apontam temperatura abaixo da média. Uma vez que o Pacífico Leste estará passando por forte resfriamento, não se pode descartar um episódio de frio mais significativo em junho, o que, a propósito, não fugiria do padrão histórico do mês de em muitos anos ter eventos de frio intenso.

 

FONTE METSUL

Carnaval em Minas: calor intenso e chuvas isoladas devem predominar em BH e cidades históricas

Tempestades rápidas podem ser a tônica das tardes de folia na Região Central do estado por conta do calor

Sol entre nuvens e pancadas isoladas de chuva devem marcar o Carnaval na maior parte de Minas Gerais entre sábado (10/2) e terça-feira (13/2).

É o que indica a previsão do tempo elaborada pelo Sistema de Meteorologia e Recursos Hídricos de Minas Gerais (Simge), do Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam).

No fim de semana de folia em Belo Horizonte e em cidades históricas, como Ouro Preto, Diamantina e Tiradentes, a previsão é de céu com muitas nuvens e tempo abafado.

Por conta do calor, há possibilidade de chuvas isoladas de curta duração, mas os termômetros devem ficar na casa dos 28°C.

“Há possibilidade de chuva, em função do calor. Tendem a ser chuvas isoladas em grande parte de Minas, incluindo toda a faixa central – onde está Belo Horizonte -, assim como na Zona da Mata e faixa Leste do estado. São chuvas típicas do verão, ou seja, calor e aumento da nebulosidade na parte da tarde e chuvas isoladas”, explica o meteorologista do Simge, Heriberto dos Anjos.

A temperatura sobe ainda mais a partir de segunda-feira (12/2) em boa parte de Minas, com a temperatura máxima superando os 34°C no Triângulo Mineiro.

Em Belo Horizonte, os termômetros devem superar os 28°C. Assim como no fim de semana, há possibilidade de chuvas rápidas, principalmente no período da tarde, em toda a Região Metropolitana de Belo Horizonte.

Chuvas no Norte e Noroeste mineiro

As regiões que devem concentrar o maior acumulado de chuva durante o Carnaval serão no Noroeste e Norte mineiro, principalmente nas proximidades de Montes Claros, Pirapora, Três Marias, Unaí e Paracatu.

Nas áreas citadas, o acumulado de chuva pode superar a marca de 100 milímetros no período de folia.

Simge

O trabalho de monitoramento das condições climáticas é feito no Igam há 25 anos, pelo Simge. O sistema é referência para que, nos casos de eventos naturais, os órgãos públicos tomem decisões que podem salvar vidas.

O trabalho de alerta é realizado em parceria com a Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (Cedec) e tem o apoio da Cemig para aquisição das informações.

Ainda, para realizar a previsão de tempo e clima, bem como o monitoramento e a vigilância meteorológica, o Simge conta atualmente com ferramentas como produtos derivados de satélite, modelos meteorológicos e climáticos provenientes de órgãos nacionais e internacionais, sistemas de detecção de raios, dados observados por meio de Plataformas de Coleta de Dados (PCDS) automáticas e dados de radares meteorológicos.

FONTE AGÊNCIA MINAS

Minas Gerais em alerta nos próximos dias

A entrada constante de umidade, combinada às altas temperaturas, são como um combustível para o aumento das instabilidades. O estado de Minas Gerais volta a ficar em alerta no decorrer destes próximos dias e a situação passa a ser preocupante nas cidades do interior, norte e sul mineiro, devido ao excesso do volume de chuva. A previsão é de fortes pancadas de chuva acompanhadas de raios até o final desta semana.

De acordo com o Cemaden, somente nas últimas 24 horas (das 11h do dia 05/02 às 11h do dia 06/02) foram registrados 57,8mm de chuva em Betim, seguido de 60,2mm em Conselheiro Lafaiete. Já em Ouro Preto, o acumulado de precipitação foi de 71,2mm neste mesmo período.

Minas Gerais em alerta nos próximos dias

Nesta quarta-feira (07), grande parte do estado segue em ALERTA para temporais, com pancadas de chuva forte e rajadas de vento, especialmente a partir da tarde. Na quinta-feira (08), chove a qualquer hora do dia na região do Vale do Rio Doce, no norte e no nordeste de Minas Gerais e a chance de pancadas fortes de chuva com risco de raios, aumenta no sul e leste mineiro entre a tarde e à noite.

Tendência

A tendência é de que na sexta-feira (09), ventos vindos do oceano contribuiram ainda mais para a presença de muitas nuvens na metade norte do estado de Minas Gerais. Há chance de chuva a qualquer momento, com risco de temporais isolados, acontecendo com forte intensidade.

Já na Região Metropolitana de Belo Horizonte e nas demais áreas do sul de Minas, dia de sol com pancadas de chuva moderadas a forte a partir da tarde.

FONTE CLIMA TEMPO

Réveillon ou férias no Rio? Passeio já começa com estresse na Grande BH

BR-040 rumo ao RJ tem pior trecho a partir de Nova Lima. Tráfego pesado de carretas, asfalto deteriorado e trânsito de estradas vicinais são alguns dos desafios

Carretas abarrotadas de minério se espremendo na pista que deveria ser de trânsito rápido, enquanto seus motoristas tentam fugir do asfalto esmagado da faixa da direita; carros, caminhões, caminhonetes, tratores e até carroças entrando e saindo de vias rurais, levantando nuvens de poeira e espalhando barro dos pneus; tudo isso em via estreita, com segmentos sem acostamentos e pontes apertadas. Logo de início, a viagem de Belo Horizonte rumo ao litoral do Rio de Janeiro pela BR-040 já exige toda capacidade dos motoristas. Nesse percurso, o segmento entre Nova Lima, na Grande BH, e Conselheiro Lafaiete, na Região Central, é o pior, segundo a pesquisa da Confederação Nacional dos Transportes (CNT) de Rodovias 2023.

Com base nos mapas produzidos nesse levantamento, a reportagem do Estado de Minas vem publicando um guia com as condições dos principais roteiros procurados pelos mineiros para os recessos de final de ano e férias de janeiro. Na primeira reportagem da série, o Estado de Minas mostrou as condições da BR-381, para o Vale do Aço, Porto Seguro (BA) e São Paulo. Na sequência, as sofríveis condições da BR-262 rumo ao Espírito Santo e um alívio na direção do Triângulo Mineiro. Nesta edição, o trabalho mostra o estado da BR-040, até Brasília e Rio de Janeiro, além das condições da BR-135, até Montes Claros, da BR-356, para Ouro Preto, e da MG-050 com destino à região do Lago de Furnas, no Sul de Minas.

O estudo da CNT revela que Minas tem 43,1% das rotas examinadas com condições de pavimentação, sinalização e geometria ruins ou péssimas, enquanto 35,6% são classificadas como regulares e apenas 21,3% em situação boa ou ótima. Esses percentuais representam a média dos três critérios, referidos no levantamento como “condição geral” da via. O estado geral da BR-040 e da BR-101 a partir de BH, nos 459 quilômetros avaliados na viagem para a capital fluminense, é considerado regular em 243 quilômetros (53%), bom em 195 quilômetros (42%) e ruim em 21 quilômetros (5%).

O trecho de condições gerais ruins fica entre Congonhas e Conselheiro Lafaiete, sendo que um segmento ainda maior, quando se observa apenas a questão da conservação do pavimento, se encontra com classificação ruim devido a buracos, trincas, remendos e afundamentos. São 55 quilômetros da BR-040 entre Nova Lima e Ouro Branco. Há também classificação ruim de pavimento nos 40 quilômetros da mesma rodovia que separam Santos Dumont de Juiz de Fora.

Estrutura projetada se tornou obsoleta

Um dos integrantes do movimento SOS BR-040, que há 10 anos busca soluções para a rodovia, Sandoval de Souza Pinto Filho descreve inúmeros problemas no trecho mais crítico, entre o trevo da estrada de Ouro Preto (BR-356), em Nova Lima, e o trevo de acesso a Ouro Branco, após a cidade de Congonhas. “É nítido que o volume de veículos que trafega pelas pistas supera muito o projeto da estrada, que, onde foi alargada, na verdade, só recebeu parte do antigo acostamento. Com isso, não há mais acostamento em vários trechos”, observa.

A intrincada rede de acessos rurais que despeja desde veículos agrícolas a cavalos na rodovia é um dos problemas que o ativista destaca para a insegurança e conservação desse segmento. “Aquilo é um trem fantasma. Uma série de acessos irregulares, que piora já em Congonhas, no Km 600 até o Km 618. Essas estradinhas sem pavimento injetam um tráfego local que entra e precisa atravessar ou acelerar para o ritmo de viagem, levando poeira e barro que emporcalham a rodovia e entopem as drenagens, retendo a água das chuvas, fazendo com que carros atolem e aquaplanem. O mesmo ocorre com as carretas de mineradoras”, critica Sandoval.

De acordo com ativista de Congonhas, o fluxo intenso de carretas acima do peso compromete vários pontos do pavimento na faixa da direita, o que faz com que condutores de carretas trafeguem pela esquerda. Outro problema são as pontes muito estreitas que, diante do aumento do tráfego no recesso e férias, costumam resultar em grandes engarrafamentos (que já ocorrem nos horários de pico), ao afunilar as pistas no Km 612 e no Km 615. Ele também cobra a instalação de áreas de escape para carretas nas curvas mais fechadas, depois de fortes descidas.

“São 10 quilômetros de descidas fortes até a curva da Celinha, no Km 588, e oito quilômetros até a Curva do Pires. Os veículos de transporte pesado chegam muitas vezes com superaquecimentos de freios e saem passando por cima do que estiver na frente. Com essas áreas, poderiam fazer como no Anel Rodoviário de BH e sair da pista em segurança”, sugere.

Realidades bem distintas em rodovias concedidas

A partir do eixo da BR-040, outros dois circuitos rumo a destinos tradicionais de viagem em Minas Gerais apresentam situações distintas. A saída para a BR-135, pedagiada e concedida, tem conceitos bom para 93 quilômetros e regular para 206 quilômetros entre Curvelo, na Região Central, e Montes Claros, no Norte de Minas.

Já partindo da porção Sul da 040, na BR-356, que foi concedida ao estado de Minas Gerais, os pesquisadores da CNT encontraram uma situação bem diferente. Todo o trecho entre Nova Lima e Ouro Preto foi considerado ruim nos 68 quilômetros analisados. Enquanto o pavimento desse segmento e a sinalização foram avaliadas como ruins, a geometria recebeu classificação péssima.

O estado precário de rodovias e trechos viários que serão mais intensamente usados pelos viajantes neste período de férias e festas são reflexo direto da dependência rodoviária das atividades brasileiras em relação a Minas Gerais, um estado de ligação com a maior malha do país. É o que destaca o professor Raphael Lúcio Reis dos Santos, do Departamento de Engenharia de Transportes do Cefet-MG.

“Os deslocamentos nacionais de cargas e pessoas são feitos de forma significativa pelas rodovias, e essa sobrecarga ocasiona patologias (buracos, afundamentos, trincas e remendos) e toda uma gama de desgastes”, considera. “Quando chega um período como o de férias, injetamos ainda mais veículos nessas vias, como ocorre na BR-040, onde o transporte de cargas de mineração se desloca lado a lado com carros pequenos indo para o litoral, por exemplo”, afirma.

O professor defende que as já tradicionais proibições de tráfego de carretas muito longas sejam mantidas nas datas mais conturbadas de saída e retorno de férias. “É usual nesse período haver restrição a veículos pesados, e isso é importante pelo aumento do fluxo de tráfego. São rodovias já com problemas, e essa concorrência dos veículos menores com os pesados se mostrou causa de acidentes recentes”, destaca o especialista.

Falta de prevenção resulta em buracos

As avarias no pavimento, principalmente em áreas de intenso tráfego, são esperadas e por isso, segundo o professor, deveriam ser combatidas com manutenções preventivas. No manual de pavimentação asfáltica básica da Petrobras Asfaltos e da Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfalto (Abeda) fica bem claro que “as estruturas asfálticas não sofrem danos de forma súbita, mas sim deterioração funcional e estrutural acumuladas a partir de início de abertura ao tráfego. Na estrutura, associam-se os conceitos: serventia, desempenho, gerência, restauração, manutenção preventiva e reconstrução”.

Um dos componentes dos veículos que mais sofrem com o asfalto em condições ruins são os pneus e a suspensão, segundo o professor Raphael Lúcio. “Os pneus são fundamentais. Furar um pneu pode ser o início de um acidente. Além de tudo, trafegar em vias esburacadas implica aumento de consumo de combustível e mais gastos de pneu. Antes de viajar, é importantíssimo que as pessoas façam uma revisão do veículo. Observem pneus, a calibragem ideal para bagagens e número de passageiros. Além da situação da suspensão”, recomenda.

Para o especialista em transporte e trânsito, o mapeamento da CNT é fundamental para que os motoristas se informem e o poder público possa agir para garantir a segurança do tráfego nas rodovias. “A pesquisa nos mostra a situação atual e pode ajudar a fazer um planejamento mais eficiente, prevendo o que se deve encontrar ao viajar, onde há condições precárias. O motorista deve conhecer mais sobre o trecho por onde vai passar. Antecipar os locais de abastecimento, para não ficar sem combustível. Dormir bem. Descansar quando precisar nas paradas. São uma série de recomendações que ajudam a ter uma boa viagem”, indica.

Condição melhor rumo a Brasília

No sentido oposto à saída para o Rio de Janeiro, as condições da BR-040 em direção a Brasília são melhores, segundo os levantamentos da Confederação Nacional do Transporte. Nesse percurso, são 460 quilômetros em situação boa e 234 quilômetros em condição regular, de acordo com os mapas avaliados pela reportagem. O que não significa que não existam problemas estruturais, a exemplo da falta de duplicação das pistas a partir de Curvelo em direção à capital federal, trecho em que o tráfego pesado de caminhões de transporte de carvão também desafia motoristas de veículos menores.

FONTE ESTADO DE MINAS

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