Jorge Fonseca volta a Lafaiete em exposição intimista após 15 anos: “será um reencontro e um presente”, contou

Consagrado e criativo, o artista Jorge Fonseca faz exposição de retorno a Lafaiete depois de 15 anos. Com o objetivo de valorizar os talentos e brincar a população com mais cultura e arte, a Faculdade de Direito de Conselheiro Lafaiete (FDLC) convida a comunidade para participar da exposição “Bodas de Prata da Casa: celebrando 25 anos de carreira onde tudo começou”, do artista lafaietense, Jorge Fonseca.

Autodidata e ex-maquinista da Rede Ferroviária, hoje MRS, ele iniciou sua empreitada de sucesso em 1996. Jorge possui um vasto acervo de obras consagradas e prêmios colecionados em mostras, galerias e exposições como o 53º Salão Paranaense (1996), no Salão de Arte Contemporânea de Campos (RY, 1996) e no Salão Nacional de Goiás (2002).
Em 2009, recebeu da Fundação Pollock-Krasner, de Nova York, uma bolsa de estímulo à produção, por mérito e conjunto da obra.

Em 2016, conquistou o 1º lugar no Prêmio Funarte-Conexão Circulação Artes Visuais. Em 2017, foi indicado e venceu por votação popular do Prêmio PIPA Online.
Além da expressiva representação artística, Jorge tem obras de artes expostas no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (Coleção Chateaubriand, Museu de Arte Contemporânea de Niterói (Coleção Sataminni), Museu de Arte Contemporânea de Curitiba, Museu de Arte Contemporânea de Goiás e Museu Afro-Brasil/SP, entre outros.

Panorama e retrospectiva

Em conversa com nossa reportagem, Jorge, radicado em Villa Rica, hoje Ouro Preto, contou um pouco de sua trajetória e refletiu sobre sua volta às origens ao expor em sua terra natal. No próximo dia 23 ele completa mais uma primavera.

“Será uma retrospectiva, um reencontro com minha cidade que deixei há mais de 20 anos. A exposição tem peças de diversas fases da minha vida e será uma retrospectiva de minha carreira. Será um reencontro com minha história. Será um presente para mim”, analisou.

FIOTIM

Fiotim – O Museu em Movimento, do artista mineiro Jorge Fonseca, também conhecido como Jorge K. foi uma de suas obras mais marcantes quando ele percorreu em um trailer mais de 6 estados, mais de 30 mil km e fez 50 exposições em praças pública e espaços institucionais.

Criado pela sua fantasia criativa, Jorge Fonseca percorreu o rio São Francisco e seus ribeirinhos. O Museu em Movimento é um projeto de Jorge Fonseca inspirado em visita feita pelo artista ao Instituto Inhotim, em Brumadinho (MG). Foi a partir desse contato, que o ‘arteiro-viajante’, como é conhecido o artista, teve a ideia de fazer miniaturas de tudo o que via, utilizando os mais diversos materiais, como vidro, madeira, plástico, reciclados, bordados, papelão, dentre outros, como afirma Jorge Fonseca.

Para abrigar a instalação com as obras, o artista escolheu um trailer – com ares de circo e parque de diversões. Em sua parte externa, há um jardim artificial composto por gramado, plantas, flores, aves, paisagens, fontes, lâmpadas coloridas e cataventos. Internamente, estão as 40 obras de arte – releituras feitas em miniatura das obras monumentais de Inhotim. Além disso, o espaço conta com Parque Everland, composto por objetos interativos.

Lar de Maria

Jorge Fonseca também atuou entre 1997 a 2004 como gestor do Lar de Maria, em Lafaiete, quando desenvolveu iniciativas pioneiras, em período fértil e de efervescência da entidade.

Nesse período foram implantados projetos de arte-educação, dependência química, profissionalização de adolescentes, melhoras no abrigo, criando e alavancando o trabalho de doações através do telemarketing, o primeiro de Lafaiete até então. O Lar de Maria chegou a atender mais de 1 mil pessoas em diversas faixas etárias.

Convite

Para comemorar os 25 anos de carreira de Jorge Fonseca, o artista inaugura nesta quinta-feira (14), dentro do evento FDCL Business Week, sua exposição comemorativa nas dependências da instituição.

A abertura oficial com presença do artista está programada para às 19:00 horas. A exposição permanece montada e aberta para visitação até 29 de outubro. A entrada é gratuita. “Para mim será um prazer estar voltando a Lafaiete após a minha última exposição. Será um presente para mim também. Estou em fase mais madura na minha carreira artística e consolidada e fez com meu trabalho. Quero compartilhar isso com as pessoas que me viram começar e voltar a minha terra”, sintetizou Jorge.

Mostra Nacional “Labirinto de Amor”, de Jorge Fonseca, expõe 20 obras da trajetória do artista lafaeitense

             CAIXA Cultural Brasília recebe mostra individual Labirinto de Amor de Jorge Fonseca;

Quando você passa eu fico assim – obra de Jorge Fonseca/Reprodução

Obras da exposição dão um novo significado a objetos do imaginário coletivo e apontam brechas de afeto em coisas simples do cotidiano

A CAIXA Cultural Brasília recebe desde 13 de janeiro a 3 de março de 2019 (terça-feira a domingo), a exposição Jorge Fonseca – Labirinto de amor. As mais de 20 obras reunidas na mostra, produzidas entre 1998 e 2018, dão um novo significado a objetos do imaginário coletivo e apontam brechas de afeto em coisas simples do cotidiano. Praticamente todas do acervo do próprio artista, elas contam um pouco da trajetória desse artista autodidata mineiro, que foi maquinista de trem e marceneiro por mais de 15 anos.

Costurar, pintar e bordar o amor. Enfeitar e dar graça a desilusões, tropeços, desavenças. É assim que Jorge Fonseca concebe sua obra. “A mostra sugere a observação da nossa vida e da vida do outro de um jeito diferente. São obras que contam histórias, falam de percalços, sofrimentos, humores e alegrias tão familiares às pessoas”, explica o artista, em atividade desde o início dos anos 1990 e cujas obras compõem acervos de grandes instituições e colecionadores. “É como o nome da exposição sugere: a vida nada mais é que um grande labirinto de situações inesperadas”.

Em criações singulares que misturam artesanato, arte conceitual, pop, kitsch, há uma forte atitude contemporânea, uma crítica contundente às relações humanas. Fonseca dá outra leitura a materiais comuns, tecidos, miudezas de armarinho ou objetos simples que habitam o imaginário de muita gente. “É o que chamo de ‘obra desfrutável’. As pessoas se envolvem emocionalmente com as histórias contadas por cada peça”, diz a crítica de arte Fernanda Terra, curadora da exposição.

“Elas se reconhecem, recordam vivências ou lembram de alguém que viveu aquilo. É algo que fala do real, da vida como ela é, mas não de uma forma endurecida e sim cheia de afeto. É difícil observar uma das obras e não abrir um sorriso. E ao mesmo tempo é ácida, irônica, remete aos sentimentos mais íntimos”, ressalta Terra. A curadora destaca ainda que Fonseca é um grande observador do cotidiano, das relações, dos sentimentos. “Por mais que sua obra aborde questões da cultura popular novelística, folclore e religiosidade, o amor se destaca. É um reflexo de como ele enxerga o outro, sempre de um jeito carinhoso”.

Sobre Jorge Fonseca: 

Jorge Fonseca nasceu em Conselheiro Lafaiete (MG), a 100 quilômetros da capital mineira. Era nos intervalos da jornada de trabalho, como maquinista, que ele aproveitava para dar vida às suas criações, no início dos anos 1990. “Isso ajuda a explicar a predominância do bordado na minha obra nessa fase. Eu passava longos períodos no trem, em demoradas viagens, quase não tinha tempo para exercer o ofício em casa. Levava para a cabine tecidos, linhas, agulhas, materiais de armarinho e bordava ali mesmo, durante as longas paradas do trem”, conta o artista.

Nessa época, em 1995, ele foi convidado a integrar o Salão de Arte Contemporânea de Campos (RJ). No ano seguinte, conquistou seu primeiro prêmio, no mesmo salão fluminense, e no 53º Salão Paranaense. Em 2009, Fonseca foi contemplado com uma bolsa da Fundação Pollock-Krasner (Nova York), para estímulo à produção. Foi o vencedor do último Prêmio PIPA Online, em 2017. Sua obra integrou dezenas de exposições coletivas e individuais em espaços como a Pinacoteca de São Paulo, o MAM Rio, a Funarte do Rio de Janeiro e de Brasília, o Palácio das Artes, a 6ª Bienal de Arte Contemporânea de Kaunas, na Lituânia, a Feira Internacional de Arte de Buenos Aires e a Quadrienal de Praga, na República Tcheca.

Caixa Cultural São Paulo recebe Labirinto de Amor, exposição inédita do artista plástico lafaietense Jorge Fonseca

De 26 de maio a 29 de julho, o público poderá interagir com mais de 30 obras do mineiro autodidata que já foi maquinista de trem e marceneiro; a entrada é gratuita

 Costurar, pintar e bordar o amor. Enfeitar e dar graça a desilusões, tropeços, desavenças. É assim que o artista plástico Jorge Fonseca concebe sua obra, criações que dão um novo significado a objetos do imaginário coletivo e apontam brechas de afeto em coisas simples do cotidiano. Entre os dias 26 de maio e 29 de julho, boa parte de seu trabalho poderá ser conhecido na Caixa Cultural São Paulo, na exposição inédita e gratuita Labirinto de Amor.  A visitação pode ser feita das 9h às 19h, de terça a domingo.

As mais de 30 obras da mostra (que pertencem a acervos de grandes instituições e colecionadores) foram produzidas entre 1998 e 2015 e contam um pouco da trajetória deste artista mineiro autodidata, que por mais de 15 anos foi maquinista de trem e marceneiro. Segundo a curadora da exposição, a crítica de arte Fernanda Terra, Jorge Fonseca é um grande observador do cotidiano, das relações, dos sentimentos. “Por mais que sua obra aborde questões da cultura popular novelística, folclore e religiosidade, o amor se destaca”, afirma. “É um reflexo de como ele enxerga o outro, sempre de um jeito carinhoso”, completa.

Em criações singulares que misturam artesania, arte conceitual, pop, kitsch, há uma forte atitude contemporânea, uma crítica contundente às relações humanas. Ele dá outra leitura a materiais comuns, tecidos, miudezas de armarinho ou objetos simples que habitam o imaginário de muita gente. “É o que chamo de ‘obra desfrutável’. As pessoas se envolvem emocionalmente com as histórias contadas por cada peça. Se reconhecem, recordam vivências ou lembram de alguém que viveu aquilo. É algo que fala do real, da vida como ela é, mas não de uma forma endurecida e sim cheia de afeto. É difícil observar uma das obras e não abrir um sorriso. E ao mesmo tempo é ácida, irônica, remete aos sentimentos mais íntimos”, sublinha a curadora.

De acordo com ela, a exposição “Labirinto do Amor” é também um convite a interagir, na prática, com o universo lúdico de Jorge Fonseca. Os visitantes poderão tocar e participar de três obras que provocam os desejos, medos e emoções. Fernanda Terra diz que duas peças interativas fazem parte da instalação Fiotim, museu em movimento que já percorreu várias cidades brasileiras. Um exemplo é a obra Renascedouro, uma espécie de tiro ao alvo onde a pessoa derruba as fraquezas humanas como medo, inveja, tédio, raiva ou preguiça.

“A mostra sugere a observação da nossa vida e da vida do outro de um jeito diferente. São obras que contam histórias, falam de percalços, sofrimentos, humores e alegrias tão familiares às pessoas. É como o nome da exposição sugere: a vida nada mais é que um grande labirinto de situações inesperadas”, diz.

O cotidiano sob uma ótica afetuosa

Jorge Fonseca nasceu em Conselheiro Lafaiete, a 100 km da capital mineira. Era nos intervalos da jornada de trabalho, como maquinista, que ele aproveitava para dar vida às suas criações, no início da década de 1990. “Isso ajuda a explicar a predominância do bordado na minha obra nessa fase. Eu passava longos períodos no trem, em demoradas viagens, quase não tinha tempo para exercer o ofício em casa. Levava para a cabine tecidos, linhas, agulhas, materiais de armarinho e bordava ali mesmo, durante as longas paradas do trem”, conta o artista.

              Nessa época, em 1995, ele foi convidado a integrar o Salão de Arte Contemporânea de Campos (RJ) e no ano seguinte conquistou seu primeiro prêmio no mesmo salão fluminense e no 53º Salão Paranaense. Em 2009 foi contemplado com uma bolsa da Fundação Pollock-Krasner (Nova York), para estímulo à produção. Foi o vencedor do último Prêmio PIPA Online, em 2017. Sua obra integrou dezenas de exposições coletivas e individuais em respeitados espaços como a Pinacoteca de São Paulo, MAM Rio, Funarte do Rio de Janeiro e Brasília, Palácio das Artes, 6ª Bienal de Arte Contemporânea de Kaunas, na Lituânia, Feira Internacional de Arte de Buenos Aires, Quadrienal de Praga, na República Tcheca, entre outros.

“O meu trabalho é uma espécie de baú de memórias. Conta muito da maneira que aprendi a enxergar o mundo, o jeito que tenho de contar histórias, de falar de pessoas comuns. Uso materiais simples, triviais, como tampinhas, linhas de costura, tecidos modestos. Tudo isso tem a ver com minha origem, como aprendi a enxergar o outro. Cresci ao pé da máquina de costura da minha tia, cuja principal clientela eram moças de um bordel próximo. Entrava e saía de lá com muita frequência, fazendo mandados, e convivia muito com elas e seus objetos. Almofadas de cetim em formato de coração, a penteadeira repleta de perfumes, bibelôs, cores, babados, rendas. Tudo isso habitava o meu imaginário e me influencia até hoje”.

          Segundo o artista, uma das principais características do seu trabalho é o conceito novelístico de amor do ideário popular brasileiro, carregado de melodrama e poesia. “Me acostumei a esmiuçar o ambiente doméstico e os locais públicos em busca de situações cotidianas, banais e costumeiras, mas que revelam muito do que somos. A partir daí, crio simbologias e jogos interpretativos, trabalhos que evocam uma pequena história de vida: meio fato, meio fantasia.

Venho, ao longo desses anos, desenvolvendo uma obra que já pode ser destacada por sua especificidade: apesar de ser fortemente influenciada pela cultura popular e pelos processos artesanais, é completamente integrada a questões artísticas da contemporaneidade. Meu trabalho não se encerra no visual altamente popular, mas se coloca como um pretexto e até um caminho para reflexões acerca de dramas íntimos e questões existenciais, individuais e coletivas”, explica.

Serviço: 

Exposição Labirinto de Amor, de Jorge Fonseca

Local: CAIXA Cultural São Paulo – Praça da Sé, 111 – Centro

Abertura e visita guiada com Jorge Fonseca: 26 de maio, às 11h

Visitação: de 27 de maio a 29 de julho

Horário: 9h às 19h (terça a domingo)

Classificação indicativa: livre para todos os públicos

Entrada franca

Acesso para pessoas com deficiência

Patrocínio: Caixa Econômica Federal

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