Cidades de 2.500 anos são descobertas na Amazônia

Hoje cobertas pela floresta, vilas conectadas por estradas reuniam até 30 mil pessoas no Equador – comparável à população de Londres na era romana. Rede de casas e campos é mil anos mais antiga que achados anteriores.

A ideia de que a Amazônia era pouco habitada antes da chegada dos europeus cai cada vez mais por terra. Arqueólogos descobriram um conjunto de antigas cidades que abrigaram milhares de pessoas há cerca de 2.500 anos – e que estão hoje escondidas debaixo da floresta.

Uma série de estradas enterradas e montes de terra no Equador foi notada pela primeira vez há mais de duas décadas pelo arqueólogo Stéphen Rostain. Mas, à época, “eu não tinha certeza de como tudo se encaixava”, disse o francês, um dos pesquisadores que relataram a descoberta na revista científica Science na quinta-feira (11/01).

Um mapeamento recente realizado com tecnologia de sensor a laser revelou que esses locais faziam parte de uma densa rede de cidades ligadas por estradas e canais, escondida nas encostas arborizadas dos Andes e que durou cerca de mil anos.

“Era um vale perdido de cidades”, afirmou Rostain, que é diretor de pesquisa no Centro Nacional de Pesquisa Científica da França. “É incrível.”

Os assentamentos no Vale do Upano, no leste do Equador, foram ocupados entre cerca de 500 a.C. e 300 a 600 d.C. – um período mais ou menos contemporâneo ao Império Romano na Europa.

É mais de mil anos antes do que qualquer outra sociedade complexa da Amazônia que se tinha conhecimento. Machu Picchu, no Peru, por exemplo, foi construída no século 15. A descoberta, portanto, muda o que se sabia sobre a história das civilizações antigas amazônicas, que, segundo as evidências até então, teriam vivido como nômades ou em pequenos assentamentos.

“Estamos falando de urbanismo”
Os pesquisadores identificaram cinco grandes assentamentos e dez menores em 300 quilômetros quadrados, cada um densamente preenchido por estruturas residenciais e cerimoniais. Eles encontraram evidências de 6 mil montes de terra que teriam sido a base dessas construções.

As cidades eram intercaladas por campos agrícolas retangulares e cercadas por terraços nas encostas, onde os habitantes plantavam diferentes itens, como milho, mandioca e batata doce – encontrados em escavações anteriores na região.

A área fica à sombra de um vulcão que possibilitou solos ricos para agricultura – mas que também pode ter levado à destruição da sociedade.

Estradas largas e retas ligavam as cidades umas às outras, e as ruas corriam entre as casas e os bairros de cada assentamento. As maiores estradas tinham 10 metros de largura e se estendiam por 10 a 20 quilômetros.

“Estamos falando de urbanismo”, afirma o coautor do estudo Fernando Mejía, arqueólogo da Pontifícia Universidade Católica do Equador.

Uma sociedade complexa

Embora seja difícil estimar as populações, o local abrigava pelo menos 10 mil habitantes, possivelmente até 15 mil ou 30 mil em seu auge, segundo o arqueólogo Antoine Dorison, coautor do estudo. O número é comparável à população estimada de Londres na era romana.

“Isso mostra uma ocupação muito densa e uma sociedade extremamente complexa”, afirmou o arqueólogo Michael Heckenberger, da Universidade da Flórida, que não participou do estudo.

José Iriarte, arqueólogo da Universidade de Exeter, no Reino Unido, disse que teria sido necessário um sistema elaborado de trabalho organizado para construir todas essas estradas e milhares de montes de terra.

“Os incas e os maias construíam com pedra, mas a população na Amazônia geralmente não tinha pedra disponível para construir – construía com lama. Ainda assim, é uma quantidade imensa de trabalho”, afirmou Iriarte, que não participou da pesquisa.

A Amazônia é frequentemente vista como uma “região selvagem intocada com apenas pequenos grupos de pessoas. Mas as descobertas recentes nos mostraram como o passado é realmente muito mais complexo”, completou o arqueólogo.

A tecnologia de mapeamento

A nova descoberta no Equador foi possível graças a uma tecnologia de mapeamento chamada Lidar. Ela permite que os pesquisadores vejam através da cobertura florestal e reconstruam os antigos locais abaixo dela.

“[Lidar] está revolucionando nossa compreensão da Amazônia nos tempos pré-colombianos”, disse Carla Jaimes Betancourt, arqueóloga da Universidade de Bonn, na Alemanha, que não participou do estudo.

A descoberta de uma rede urbana tão antiga no Vale do Upano destaca a diversidade há muito não reconhecida das antigas culturas amazônicas, que os arqueólogos estão apenas começando a reconstruir.

Recentemente, cientistas encontraram evidências de sociedades da floresta tropical que antecederam o contato europeu em outros lugares da Amazônia, inclusive no Brasil e na Bolívia.

“Sempre houve uma diversidade incrível de pessoas e assentamentos na Amazônia, não apenas uma única forma de viver”, disse Rostain. “Estamos apenas aprendendo mais sobre eles.”

ek/bl (AP, Science, ots)

FONTE DW

Cidade digital: com um drone prefeitura faz mapeamento de imóveis para atualização de cadastro imobiliário de olho em aumento de arrecadação

Nova base de dados permitirá planejamento de Lafaiete com repercussão direta na arrecadação

 “Lafaiete está saindo da idade da pedra e saltado para a era digital”. Assim resumiu o geógrafo, Leandro Magno, que há 5 meses comanda a implantação do geoprocessamento, plataforma que promete ser um divisor de água na história do Município. “Este será o maior salto quantitativo e qualitativo de Lafaiete e repercutirá diretamente na melhoria da saúde, educação, na área social, na segurança pública, na arrecadação e na ampliação da capacidade

Cidade digital: com um drone prefeitura faz mapeamento de imóveis para atualização de cadastro imobiliário/Divulgação

de investimento do Município” explicou.

Com o geoprocessamento a prefeitura disporá de um banco de dados atualizado da planta cadastral das propriedades urbanas com todas as informações. “Será uma ferramenta para implantação de políticas públicas, de gestão, de direcionamento de projetos e tomada de decisões. O gestor poderá fazer um planejamento e organizar a cidade em todos os setores. Lafaiete estará com todos os dados digitais disponíveis em todas as áreas”, assinalou.

Quando finalizado, o que deve levar mais de um ano, o Cadastro Técnico Multifinalitário será uma ferramenta de apoio à gestão pública municipal. Este, que por sua vez, permitirá analisar as potencialidades do município para um desenvolvimento sustentável, possibilitando assim uma melhor gestão dos recursos, gerando uma melhor condição de vida para toda a população.

Secretário Paulo Ênio, Claudio Quirino e o geógrafo Leandro/Divulgação

Atualmente a prefeitura prepara a implantação deste ambicioso projeto de atualização da base cadastral de todos os lotes, quadras e edificações com o seus respectivos georeferenciametos, isto é, as análises espaciais das propriedades.

O trabalho será feito através de um sensoriamento remoto denominado ” Vant” (Veículo Aéreo Não Tripulado) ou drone) que realiza um levantamento de aerofotogrametria  e processará as imagens na área urbana. Através de software, haverá uma sobreposição das  plantas cadastrais sobre o mosaico geoprocessado, o que é denominado de vetorização.  Assim se fará o levantamento de toda a área urbana e a prefeitura vai dispor de uma base digital de todas as plantas cadastrais online. “Assim implantando é somente atualizar de tempos em tempos o sistema”, pontuou Marcelo.

Para acelerar este serviço, que é mais trabalhoso, a prefeitura contratou 7 estagiários através de processo seletivo.  Eles serão treinados para este levantamento.

Segundo Leandro, especializado em geoprocessamento, esta é a principal etapa do projeto já que todas as plantas serão digitalizadas. “Muitas plantas estão velhas e outra não existem. Neste caso terão que ser feitos novos levantamentos cadastrais”, disse. “Se o prefeito quiser saber quantas ruas estão sem calçamento, metragem e localização por bairro ele terá em menos de um click no programa. Isso vai facilitar em tudo. E mais se quiser saber quantas residências estão sem água ou luz será muito fácil. Isso facilitará o planejamento e até mesmo buscar a recursos”, comentou Leandro.

 “Foi graças a sensibilidade do ex secretário, Paulo Ênio, que é profissional da área, que este projeto saiu da gaveta e coloca Lafaiete na dianteira no Brasil. Já pensou o cidadão chegar na prefeitura e com apenas um click ele saber todas as informações de uma casa, como se tem rede esgoto, água tratada, calçamento, qual PSF mais perto, qual escola mais próxima? Isso será uma realidade em Lafaiete muito em breve”, comemorou Leandro. “Com este planejamento, o Município sai a frete a liberação de recursos. O prefeito terá às suas mãos todos as informações detalhadas da cidade. Isso vai facilitar os investimentos. Uma cidade organizada atrai negócios”, finalizou.

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