Associação quilombola aciona Comissão Interamericana contra o Brasil por tragédia de Mariana

Associação pleiteia convocação de audiência junto ao Estado brasileiro

A Associação Quilombola da Comunidade Santa Efigênia e Adjacentes, que representa povos tradicionais situados no entorno de Mariana (MG), acionou a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) pedindo a convocação de uma audiência junto ao Estado brasileiro.

A entidade diz querer denunciar a “gravíssima situação de violação de direitos humanos” vivida pelos habitantes de comunidades afetadas pelo rompimento da barragem de Fundão, ocorrido em 2015. A estrutura pertencia à Samarco, joint-venture formada entre a Vale e a australiana BHP.

Passados quase nove anos desde a tragédia, os povos tradicionais da região se queixam de que o Estado “tem falhado reiteradamente” em sua obrigação de responsabilizar as empresas envolvidas, deixando de prestar assistência à população afetada e de garantir proteção contra danos ambientais persistentes.

“É possível observar um descompasso entre as ações do Brasil, as medidas a serem tomadas pelas empresas responsáveis e o estado atual de degradação que as tradições, crenças e movimentações culturais das vítimas dos desastres se encontram”, diz o ofício enviado à CIDH.

“A maioria das vítimas ainda não foi reparada de forma satisfatória e algumas nem chegaram a receber qualquer indenização. Além disso, a utilização de meios negociados para a solução de soluções de conflitos é controversa”, segue.

A entidade afirma que tradições, práticas e modos de vida dos quilombolas foram diretamente afetados pelo deslocamento de pessoas ocorrido após o rompimento, e que a contaminação dos rios pela lama tóxica prejudicou a manutenção de roças que serviam à subsistência, além de atividades como criação de animais, pesca e mineração por faiscagem.

Ainda segundo a associação, outras comunidades atingidas passaram a habitar terras dentro do território quilombola, e embora uma estação de tratamento de água tenha sido construída na área em que vivem, eles ainda não têm acesso ao saneamento básico.

“Essa falta de reparação adequada apenas agrava as desigualdades e a discriminação enfrentadas pela comunidade, colocando-a em uma situação de violência estrutural e racismo ambiental”, afirma o pedido de audiência feito à CIDH.

“As vítimas se sentem abandonadas pelo sistema que deveria protegê-las. A necessidade de uma ação mais assertiva e abrangente por parte do Estado e das empresas é crucial para restaurar a confiança e garantir uma reparação justa para a comunidade afetada”, diz ainda.

O pedido de audiência chega à Comissão Interamericana de Direitos Humanos em meio a uma nova fase do processo movido contra a Vale e a BHP na Justiça da Inglaterra. Estão previstas, para esta quinta (18) e para a próxima sexta (19), a realização das chamadas audiências de gerenciamento de caso.

A associação é representada pelos escritórios Hotta Advocacia e Pogust Goodhead. “A comunidade quilombola é um exemplo concreto dos efeitos devastadores que os desastres causam nas populações tradicionais”, afirma o advogado Gabriel Mantelli.

“Mesmo após oito anos desde a ocorrência do desastre, eles ainda enfrentam os danos ambientais, socioeconômicos e culturais que não apenas violaram o modo de vida e as tradições historicamente presentes na comunidade, mas também agravaram as desigualdades sociais, a invisibilidade e o racismo institucional”, segue ele, que é especializado em direito ambiental.

Mais de 720 mil brasileiros estão processando a BHP, a maior mineradora do mundo em valor de mercado, pelo colapso da barragem de Fundão. O julgamento está marcado para 7 de outubro deste ano, com previsão de duração de 14 semanas.

A BHP, que nega responsabilidade, argumenta que a Vale deveria compartilhar qualquer responsabilidade potencial, uma vez que as duas detinham 50% da Samarco. A Vale chegou a apresentar contestação, argumentando que qualquer disputa entre a empresa e a BHP deveria ser julgada no Brasil. O apelo, porém, foi rejeitado.

 

FONTE FOLHA DE SÃO PAULO

Justiça Inglesa se prepara para julgar ação da Tragédia de Mariana (MG)

Corte britânica vai realizar reuniões, nesta semana, para organizar o processo; julgamento deve começar em outubro deste ano

A Justiça inglesa se prepara para julgar a ação que pede R$ 230 bilhões em indenizações para atingidos pelo rompimento da barragem de Fundão, em Mariana, a 110 km de Belo Horizonte.

Uma das fases de preparação acontece nesta quinta-feira (18) e na sexta-feira (19), quando ocorrem as audiências de gerenciamento de caso. As reuniões servem para discutir detalhes do processo, como cronograma, documentos que serão utilizados e data para depoimento de testemunhas.

O encontro deve ter a participação de advogados das mineradoras e o escritório de advocacia Pogust Goodhead, que representa as vítimas. O julgamento corte inglesa está previsto para começar no dia 7 de outubro deste ano. O procedimento deve durar 14 semanas.

A ação foi movida contra a mineradora anglo-australiana BHP Billiton, dona da Samarco ao lado da Vale. A companhia brasileira também foi citada para ser corresponsável pelo pagamento de eventual indenização.

O procedimento representa 700 mil brasileiros, empresas e prefeituras. O grupo recorreu à ação inglesa, em 2018, na busca de uma condenação mais ágil. Pouco mais de 8 anos após o caso, nenhum réu foi julgado.

Tragédia de Mariana

A barragem da Samarco rompeu no dia 05 de novembro de 2015, na cidade de Mariana, a 110 km de Belo Horizonte. Dezenove pessoas morreram. Centenas ficaram desabrigadas. A lama de rejeito caiu nos rios Carmo, Gualaxo do norte e Doce, percorrendo mais de 600 km, até chegar ao oceano Atlântico, pelo Espírito Santo.

 

FONTE R7

Ministério Público quer em 30 dias resposta da Prefeitura sobre o Parque do Gogo

Aconteceu uma reunião dia 15 de março de 2024 na sede do Ministério Público de Mariana para tratar de invasões e do futuro do parque do Gogo. Participaram da reunião  de forma muito eficiente representantes da comunidade e  da prefeitura municipal de Mariana.

Aguarda-se agora resposta da Prefeitura sobre a destinação do parque arqueológico e ambiental do Gogo, que abrange Morro Santana no Gogo e Morro Santo Antônio em Passagem, visto que o local está sendo invadido, e sofrendo agressões como abertura de estrada.

O  Exmo. Sr. Promotor de Justiça da Comarca de Mariana Dr. Guilherme de Sá Meneguine em suas considerações finais deu a Prefeitura de Mariana o prazo de 30 dias para uma resposta sobre a destinação do parque do Gogo, que acredita-se estar em área municipal, pois até o momento não foi provado sua posse territorial por nenhum proprietário com base em registro ou certidão. Quem não registra não é dono.

A Prefeitura de Mariana há anos vem pontuando no IEPHA com o parque do Gogo inscrito sob nº D 4481/2008,  recebendo assim verba do ICMS Cultural para ações no local. Importante ressaltar que os pontos gerados pelo reconhecimento das ações pelo IEPHA no parque do Gogo contam para Prefeitura de Mariana, por anos seguidos, para divulgar que é “Campeã do ICMS Cultural de Minas”, por vários anos seguidos .

Para ver a pontuação do parque do Gogo no ICMS cultural do IEPHA clique aqui.

Agora é hora desse reconhecimento virar de fato realidade e acontecer ações de  política pública para que o parque do Gogo não seja alvo de invasões ou destruído por mineração clandestina, que seja respeitada a história de um dos lugares mais antigos de Mariana, com suas ruínas, Igrejas ( 2 ), cemitérios ( 3 ), minas e buracos de sari.

Além disso é do Parque do Gogo que sai água para grande parte de Mariana, é hora de refletir. Vamos cobrar.

Além disso a prefeitura já apresentou um plano de manejo para o parque do Gogo, já foi pago !

A esperança agora é Celso Cota , atual prefeito, autorize ações para proteger o Gogo.

Para saber mais sobre o Parque do Gogo clique aqui e leia livro de Leandro Henrique dos Santos “Parque do Gogo”

O Ministério Público fez através de seu Departamento de História interessante estudo no qual solicita o tombamento do parque do Gogo ( Morro Santo Antônio e Morro Santana) devido a sua grande importância histórico, arqueológica e também ambiental ( fornece água para moradores de Mariana ). Clique aqui para ler o estudo do Ministério Público Estadual

Veja video sobre o parque do Gogo

 

FONTE JORNAL O ESPETO

Vale enfrenta processo de US$ 3,8 bi na Holanda por colapso de barragem em Mariana

Ação está sendo movida em nome de reclamantes, incluindo sete municípios brasileiros, 77 mil vítimas e quase mil empresas e associações afetadas

Vale (VALE3) está prestes a enfrentar mais um embate legal devido ao colapso da barragem em Mariana (Minas Gerais) em 2015.

Milhares de vítimas estão processando a mineradora brasileira em um tribunal holandês, em uma ação que poderá custar 3 bilhões de libras (US$ 3,8 bilhões) à companhia.

Segundo o escritório de advocacia Pogust Goodhead, o processo foi iniciado na Holanda contra a Vale e a Samarco. O pior desastre ambiental do Brasil desencadeou uma torrente de resíduos, matando 19 pessoas e poluindo cursos de água em pelo menos dois estados brasileiros.

A ação está sendo movida em nome de reclamantes, incluindo sete municípios brasileiros, 77.000 vítimas e quase 1.000 empresas e associações afetadas pelo rompimento da barragem.

Vale e Samarco afirmaram em mensagens enviadas por e-mail que estão comprometidas em apoiar a reparação integral dos danos causados pelo rompimento da barragem de Fundão. A Samarco disse que não foi notificada da ação.

“Por muito tempo, as vítimas do desastre da barragem de Mariana têm visto a Vale e a BHP continuarem a se vangloriar de seus lucros e dividendos para os acionistas, enquanto as vítimas ainda não receberam reparação por suas perdas e continuam a conviver com a devastação que as empresas causaram durante oito longos anos”, disse Tom Goodhead, sócio-gerente da Pogust Goodhead.

O movimento ocorre semanas antes de começar um dos maiores julgamentos civis do ano em Londres. A BHP pode enfrentar um pagamento de indenização de 36 bilhões de libras se perder uma ação coletiva sobre seu papel no colapso da barragem.

Em fevereiro, a Vale reservou US$ 1,2 bilhão adicional para acordos vinculados ao desastre da mina Samarco, seguindo uma medida semelhante da BHP, depois que um juiz brasileiro decidiu que as controladoras e o empreendimento de minério de ferro da Samarco devem pagar R$ 47,6 bilhões para cobrir os danos morais coletivos.

As gigantes da mineração também estão negociando um acordo com as autoridades brasileiras que cobriria todas as compensações.

 

FONTE BLOOMBERG LÍNEA

Vale x Vale – Empresa entra em guerra consigo mesma por danos da tragédia de Mariana

Sócia de hidrelétrica no rio Doce e da mineradora Samarco, Vale se vê em guerra interna por danos causados pela lama

BRASÍLIA – A lista de milhares de vítimas que, ainda hoje, cobram indenizações da Vale e da BHP pela tragédia que causaram em Mariana (MG) passou a incluir o nome nada trivial de uma empresa indignada com o comportamento dos donos da barragem de rejeito que rompeu em Minas Gerais em 2015: a própria Vale.

O que faz a Vale sentir hoje o peso dos 56 milhões de metros cúbicos de lama de minério de ferro e sílica que ela própria despejou sobre a região e o curso do rio Doce, matando 19 pessoas, é reflexo direto dos negócios que a companhia possui na região. 

Reconhecida como uma das maiores mineradoras do mundo, a Vale é dona de metade da Samarco – a empresa que controlava a barragem que rompeu em Mariana – em sociedade com a anglo-australiana BHP Billiton. Paralelamente, a Vale também é sócia majoritária da usina hidrelétrica Risoleta Neves, erguida no rio Doce em 2004 e também atingida pela lama. Por trás do nome fantasia de “Consórcio Candonga” está a Vale, que controla 77,5% da hidrelétrica, em sociedade com a Cemig, que detém 22,5% do negócio.

Passados mais de oito anos desde aquele fatídico 5 de novembro de 2015 – quando se deu o rompimento da barragem de rejeitos do Fundão, a Vale se vê, hoje, dragada por um processo judicial que, na prática, ela mesma moveu, uma vez que está dos dois lados do balcão, como causadora e vítima da tragédia. E, na Justiça, a batalha é pesada.

A Agência Pública teve acesso exclusivo a detalhes do processo judicial e das acusações que o Consórcio Candonga (Vale e Cemig) impõe à Samarco (Vale e BHP), uma disputa que envolve desde a cobrança de multas milionárias até medidas impositivas contra os donos da barragem de rejeitos.

POR QUE ISSO IMPORTA?
Rompimento da barragem do Fundão, em 2015, despejou 56 milhões de metros cúbicos de lama de minério de ferro na região, matou 19 pessoas e atingiu o rio Doce, chegando até o oceano Atlântico
No meio do rio, há uma usina hidrelétrica que também foi atingida e teve suas atividades paralisadas. Tanto a usina quanto a mineradora têm como sócia a Vale, que agora briga consigo mesma
Nos processos judicial e administrativo – pilhas de papéis que correm na Justiça Federal de Minas Gerais e na Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) –, os donos da hidrelétrica expõem sua indignação contra a Samarco e acusam a empresa de ser omissa.

“A verdadeira causadora do dano se furta a cumprir com suas obrigações”, dispara a dona da hidrelétrica contra a Samarco, por causa do descumprimento de vários compromissos. “Por diversas vezes, a Samarco demonstrou seu descontentamento com a obrigação que assumiu”, continua.

Os desentendimentos remontam a novembro de 2015, quando a hidrelétrica Risoleta Neves, com suas três turbinas e potência de 140 megawatts, teve sua operação completamente inviabilizada ao ter seu reservatório invadido pela lama que varreu 40 municípios entre Minas e o Espírito Santo, até chegar ao oceano Atlântico. A energia gerada pela usina é capaz de abastecer cerca de 180 mil residências.

Local atingido pelo rompimento de duas barragens de rejeitos da mineradora Samarco
Em março de 2016 – há exatamente oito anos –, a Samarco assinou um Termo de Transação e de Ajuste de Conduta (TTAC), assumindo uma série de compromissos, reparações e indenizações às vítimas do desastre. Entre os contemplados estava a usina Risoleta Neves, com a promessa de ver retirado cada metro cúbico de lama que entupia seu reservatório. Nada disso, porém, foi feito e, com a usina paralisada, o plano de recuperação passou a ser alvo de disputa na Justiça.

Em dezembro de 2022, uma decisão judicial determinou que o Consórcio Candonga tinha que religar a usina, visto que continuava recebendo pagamento mensal pela geração de energia que não existia – uma conta salgada que foi bancada por anos pelos consumidores, por meio da conta de luz. A determinação foi atendida e, em maio de 2023, a hidrelétrica voltou a funcionar. Ocorre que a retirada de lama pela Samarco simplesmente não aconteceu como previsto. E a mineradora lavou as mãos.

“Desde a data do rompimento da barragem de Fundão [5 de novembro de 2015], ela [Samarco] só conseguiu retirar cerca de 5% do montante total de rejeitos do reservatório. Ou seja, no reservatório da usina permanecem mais de 9,2 milhões de m³ de rejeitos”, acusa o consórcio da Vale e da Cemig.

Sem meias palavras, as sócias afirmam que há “absoluta falta de compromisso da Samarco com o efetivo retorno operacional e com a continuidade da operação, uma vez que estão fechando os olhos para os impactos que a presença de rejeitos no reservatório causa”.

Em junho de 2023, um relatório técnico elaborado logo após a retomada das operações comprovou que a lama já estava causando estragos nos equipamentos da hidrelétrica, com efeito abrasivo acelerado nos metais e redução da capacidade de carga da usina.

Tentativas para fazer com que a Vale e a BHP cumprissem seus deveres não faltaram. O Consórcio Candonga menciona pelo menos 19 ocasiões, entre junho de 2020 e setembro de 2023 – todas registradas em documentos –, em que buscou formas de fazer a Samarco cumprir a obrigação de retirar a lama. Não teve jeito.

“A Samarco se comprometeu a retirar mais de 9,6 milhões de metros cúbicos de rejeito do reservatório da usina. Até o momento, tirou aproximadamente 500 mil metros cúbicos”, declarou o Consórcio Candonga, em documento de novembro do ano passado. “É patente que o concessionário não mediu esforços para que as condições originais do empreendimento fossem retomadas. Não obstante, em vista da desídia [comportamento negligente] da Samarco, tem-se que, até o momento, isto não foi possível.”

A concessionária formada por Vale e Cemig acentuou as queixas contra a mineradora, que se limitou a retirar o mínimo necessário de sua lama. “A Samarco, enquanto responsável pelo desastre, vem se furtando ao cumprimento de suas obrigações, sustentando a tese de que, com o retorno da operação comercial da usina, a sua obrigação já restaria cumprida. Nada mais errático”, afirma o Consórcio Candonga.

Briga na Justiça
A lama dos sócios foi parar na Justiça e a confusão se intensificou ainda mais. Enquanto donas da barragem de rejeitos, a Vale e a BHP não apenas deixaram de fazer a retirada integral dos rejeitos como buscaram os tribunais para tentar escapar dessa obrigação que elas próprias haviam assumido de fazer a dragagem e desassoreamento integral dos 9,6 milhões de metros cúbicos de lama parados no reservatório da usina.

Logo depois de ser emitida a licença ambiental que autorizava a remoção, a Samarco informou no âmbito judicial que a Fundação Renova, organização criada para reparar os danos da tragédia, apresentou um recurso administrativo para rever a exigência. A partir daquele momento, os planos da Vale e BHP passaram a definir que a remoção de rejeitos só seria feita na “hipótese de ser futuramente constatada, sob o aspecto técnico, a necessidade de adoção de tal medida”.

A postura revoltou os donos da hidrelétrica. “A Samarco tem tratado a continuidade da retirada de rejeitos do reservatório da usina como se fosse uma medida [obrigação] ainda duvidosa, hipotética, não obrigatória, restrita à manutenção do status atual do reservatório”, acusou o Candonga. “Com base unicamente na retomada da operação em um cenário precário e experimental, [a Samarco] busca induzir, de forma açodada, o entendimento de que cumpriu integralmente com sua obrigação.”

Hidrelétrica Risoleta Neves teve sua operação completamente inviabilizada ao ter seu reservatório invadido pela lama do desastre em Mariana

Hidrelétrica Risoleta Neves teve sua operação completamente inviabilizada ao ter seu reservatório invadido pela lama do desastre em Mariana

Hidrelétrica Risoleta Neves teve sua operação completamente inviabilizada ao ter seu reservatório invadido pela lama do desastre em Mariana

Hidrelétrica Risoleta Neves teve sua operação completamente inviabilizada ao ter seu reservatório invadido pela lama do desastre em Mariana

Hidrelétrica Risoleta Neves teve sua operação completamente inviabilizada ao ter seu reservatório invadido pela lama do desastre em Mariana
Ato contínuo, o consórcio da Vale e Cemig acionou a 4ª Vara Federal de Belo Horizonte pela “recalcitrante postura da Samarco”. Na Justiça, o Candonga cobrou providências para a retirada integral dos resíduos e pediu, ainda, que fosse arbitrada uma multa diária de R$ 1 milhão contra a Samarco até que atendesse o cumprimento integral da decisão judicial.

O caso segue em aberto. Em 2022, os donos da hidrelétrica já perderam um primeiro round, quando a Aneel e a Justiça decidiram que o Consórcio Candonga é o responsável imediato pela operação da usina e que deveria não só retomar as operações da hidrelétrica, como também buscar seus direitos diretamente com a Samarco. É Vale contra a Vale.

A hidrelétrica não aceita o argumento e chega a comparar a tragédia de Mariana com a pandemia de covid-19, sob a justificativa de que foi vítima de algo de que não tinha controle. Logo, não poderia ter responsabilidade por isso. 

“O desastre de Mariana, sob o aspecto do equilíbrio econômico-financeiro dos contratos de concessão, deve ser tratado sob a ótica da teoria da imprevisão, tal como se operou com a pandemia provocada pelo novo coronavírus”, afirmou, no processo que tramita na Aneel. “A própria pandemia do covid-19 foi considerada pela Aneel como causa hábil para isentar o concessionário de penalidades por descumprimento contratual.”

A bronca sobrou também para o poder público. “Quem autorizou a Samarco a construir a barragem de Fundão e nela depositar rejeitos foi o poder público, que também sempre foi o responsável pela fiscalização da segurança do barramento”, argumentou o consórcio. “Não há como se imputar a responsabilidade à concessionária, sendo que o próprio poder público autorizou a construção da barragem.”

A Pública questionou cada um dos envolvidos na celeuma jurídica a respeito das informações contidas nesta reportagem. O Consórcio Candonga limitou-se a declarar que “não se manifesta a respeito de assuntos sobre os quais haja ações judiciais em andamento”.

A Aneel não se posicionou até o fechamento desta reportagem. A Samarco se esquivou de detalhar as razões de não cumprir o acordo de retirada integral da lama. Por meio de nota, informou que “está totalmente comprometida com a retomada das operações e com a segurança da usina”.

Da mesma forma como fez na Justiça, disse que tem cumprido sua parte no acordo. “A empresa retirou rejeitos por meio de dragagem para o retorno da usina, realizou reforços na estrutura do barramento, bem como executou as manutenções necessárias para a sua retomada, realizada no primeiro semestre de 2023.”

A Vale, sócia da hidrelétrica e da mineradora, não quis se manifestar. “A Vale não comenta ações judiciais em curso”, declarou.

A participação majoritária da Vale no Consórcio Candonga deve-se ao arranjo societário da empresa. A mineradora é dona de 50% da concessionária, enquanto a empresa Aliança Energia detém os demais 50%. Ocorre que a Vale também detém 55% da Aliança, em parceria com a Cemig, dona de 45%. Na prática, portanto, a fatia real da Vale dentro da hidrelétrica Risoleta Neves chega a 77,5%, com os demais 22,5% da Cemig. No ano passado, houve movimentação de mercado da Vale para comprar a fatia da companhia mineira na Aliança Energia.

Se o cronograma original de retirada da lama for levado adiante, tudo indica que a guerra judicial ainda está longe do fim. A Samarco, conforme plano oficial, admitiu a obrigação de retirada integral dos rejeitos em um prazo de 27 anos. Hoje, o cenário é de incógnita.

Os alertas foram feitos. “Há também o iminente risco da necessidade de interrupção da operação da usina, em vista do acúmulo de rejeitos atingir a tomada d’água da usina”, reclamou a hidrelétrica à agência reguladora. “É viável a continuidade da operação, desde que a Samarco cumpra efetivamente com sua obrigação de remoção dos rejeitos do reservatório da usina.”

Dentro do Consórcio Candonga, a Vale renova sua indignação e aguarda os próximos passos da Justiça. Dentro da Samarco, a Vale silencia. 

Edição: Giovana Girardi

FONTE: A PUBLICA

União rejeita usar recursos de Mariana para abater dívida de Minas Gerais

A utilização da verba, uma das alternativas sugeridas pelo presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco (PSD), não deve fazer parte de um eventual acordo para renegociar o passivo de R$ 162 bilhões

A transferência à União dos recursos da repactuação do acordo de reparação ao rompimento da barragem da Mina do Fundão, em Mariana, em 2015, deve ficar de fora das contrapartidas para abater parte da dívida de cerca de R$ 162 bilhões do Estado de Minas Gerais. O entendimento foi admitido pelo Ministério da Fazenda aos deputados do bloco de oposição ao governador Romeu Zema (Novo) na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) em Brasília nesta segunda-feira (4/3).

Conforme apurou O TEMPO, a rejeição à utilização dos recursos, sugerida pelo presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco (PSD), para abater parte da dívida, teria sido orientada pela Advocacia Geral da União (AGU). O primeiro obstáculo seria a ausência de um acordo de repactuação. As negociações estão suspensas pelo Tribunal Regional Federal da 6ª Região (TRF-6) desde dezembro de 2023, quando a Vale e a BHP Billiton propuseram R$ 42 bilhões para a reparação.

O valor foi avaliado como aquém pela União e pelos Estados de Minas Gerais e do Espírito Santo, já que é apenas 13% superior aos R$ 37 bilhões do acordo para a reparação do rompimento da Barragem da Mina do Córrego do Feijão, em Brumadinho, em 2019. A expectativa no Estado era de que os valores se aproximassem àqueles da indenização pela explosão de uma plataforma de petróleo no golfo do México, em 2010, que foi de US$ 20,7 bilhões – R$ 102 bilhões hoje.

O segundo obstáculo é a avaliação do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de que os recursos deveriam ser aplicados no local atingido. Quando propôs a utilização dos recursos, Pacheco chegou a sugerir uma cláusula para garantir que o montante fosse aplicado “no âmbito do Estado de Minas Gerais e seus municípios”. Dos R$ 37 bilhões do acordo de reparação de Brumadinho, R$ 1,5 bilhão foi distribuído entre todas as 853 cidades do Estado, não só entre aquelas da Bacia do Rio Doce.

A utilização dos recursos não foi a única sugestão de Pacheco para abater parte da dívida do Estado com a União. Além de propor a federalização da Codemig, da Cemig e da Copasa, o presidente do Congresso Nacional sugeriu a utilização dos R$ 8,7 bilhões que Minas tem a receber da União até 2037 fruto de um acordo firmado com a União em 2020 para compensar as perdas com a Lei Kandir – Lei Complementar 87/1996. A lei previa a renúncia fiscal para exportação de produtos primários e semielaborados ou de serviços.

Apesar da rejeição à utilização dos recursos de Mariana, o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, garantiu aos deputados do bloco de oposição a Zema que cumprirá o prazo de 31 de março para dar um parecer sobre a viabilidade de uma proposta alternativa à adesão ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF). A data-limite foi pedida pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, quando recebeu a sugestão das mãos de Pacheco. 

Mais cedo, Pacheco, após receber os deputados no Senado, disse que, neste mês de março, a dívida de Minas será “objeto de intensa dedicação e trabalho por parte de todos os envolvidos, até que possamos resolver esse problema definitivamente”. No último dia 21, o presidente do Congresso Nacional já havia dito que neste mês haveria “boas novas” ao projetar o avanço das discussões em uma reunião que terá com Haddad e técnicos da Fazenda. 

A União e o Estado de Minas Gerais precisam encontrar uma alternativa à adesão ao RRF para renegociar a dívida até 20 de abril, quando se esgota a carência do pagamento. A data-limite, que, a princípio, se esgotaria em 20 de dezembro de 2023, foi prorrogada até lá em decisão unânime do Supremo Tribunal Federal (STF). O pedido foi feito por Zema e pelo presidente da Assembleia Legislativa, Tadeu Martins Leite (MDB).

FONTE O TEMPO

10º Encontro de Mulheres da Arquidiocese de Mariana será realizado em Lamim

Acontece neste fim de semana, dias 1º e 2 de março, na cidade de Lamim (MG), o 10º Encontro de Mulheres da Arquidiocese de Mariana.

Acolhido pela primeira vez pela Região Mariana Centro, são aguardadas 200 mulheres, advindas das cinco regiões pastorais, para celebrarem as conquistas, as lutas e refletirem sobre os desafios que a sociedade de hoje apresenta.

O encontro que tem como tema “Mulheres, presença forte em defesa da vida”, que é fixo, e o lema “O abraço entre as mulheres é um ato de resistência e solidariedade”.

“Um ato de resistência porque, em todas as frentes, seja na Igreja, no trabalho, na família ou na sociedade de forma geral, as mulheres são sempre as primeiras, as que erguem a bandeira.  São as mulheres que estão presente nas horas difíceis, mas são também as mulheres que cuidam da família, que cuidam da casa comum. O encontro quer trazer os desafios, não ficar com os problemas, quer também trazer esperança. Para isso, vamos trabalhar em cima dos depoimentos de mulheres que superaram as dificuldades e hoje dão exemplo de superação”, afirma Silene Gonçalves, Representante Leiga da Dimensão Sociopolítica e integrante da Comissão de Mulheres.

Confira a programação do evento:

1º de março

  • 17h: Chegada e credenciamento
  • 19h: Celebração Eucarística
  • 20h: Abertura
  • 20h30: Cortejo
  • 21h: Jantar festivo
  • 23h: Descanso

2 de março

  • 8h: Oração
  • 9h: Conferência
  • 12h: Almoço
  • 13h: Animação
  • 13h30: Mesa de Depoimentos
  • 15h: Visita aos Painéis
  • 16h30: Celebração de Envio
  • 17h: Encerramento

Texto e imagem: 10º Encontro de Mulheres/Divulgação

Nova ação internacional busca levar Vale a julgamento por rompimento da barragem de Mariana

Moradores de Minas Gerais e Espírito Santo atingidos pelo rompimento da barragem de Mariana em 2015 podem participar de uma nova ação internacional contra a Vale.

Em outubro de 2024, um tribunal inglês julgará a BHP e a Vale por causa do rompimento. A ação foi movida por mais de 600 mil pessoas, incluindo 200 mil de Governador Valadares.

A nova ação, coordenada pela Ações do Rio Doce, visa levar a Vale a julgamento de forma individual. A organização se diz independente do governo brasileiro e representará os interesses dos atingidos pelo desastre.

A justificativa para tal ação se dá após a Justiça inglesa acolher o pedido da BHP de incluir a Vale no processo que será julgado ainda este ano na Inglaterra. A partir disso, se viu a abertura de precedente para criar uma nova ação, entretanto, com foco na Vale.

A iniciativa deste novo processo é da Ações do Rio Doce. A proposta é representar os interesses (coletivos) das partes afetadas pelo impacto do rompimento da barragem ao entrar com uma ação contra a Vale e a Samarco. O Pogust Goodhead, escritório de advocacia inglês que já representa os atingidos na ação contra a BHP, também será responsável por coordenar e aconselhar a Ações do Rio Doce.

“A Ações do Rio Doce convidou o escritório inglês para representar nesta ação que acontecerá contra a Vale, só a Vale. Porque lá [no julgamento da Inglaterra] quem chamou a Vale para compor a lide* foi a BHP. Então a ideia é que a Vale responda sozinha nesse processo”, explicou Adilson Domiciano, presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em Governador Valadares.

Os interessados em entrar nesta nova ação têm até o dia 1º de março para se inscrever. “Nossa orientação da OAB é que os interessados procurem o seu advogado de confiança para explicar sobre essa possibilidade. Se você não está na ação da Inglaterra você pode ingressar nesta ação que vai acontecer em um tribunal do exterior. A Ações Rio Doce ainda não definiu onde, mas o processo será no exterior, provavelmente em algum país da Europa”, informou Adilson Domiciano.

Julgamento na Inglaterra

O processo na Inglaterra contra a Vale e a BHP por causa do rompimento da barragem de Mariana (MG), em 2015 – a maior tragédia socioambiental do Brasil – tem previsão para o início do julgamento em outubro deste ano. De acordo com Adilson Domiciano, a Corte inglesa decidiu em dezembro do ano passado como será o procedimento da audiência. A partir disso, é esperado que a decisão final da Justiça inglesa sobre o processo envolvendo as empresas de mineração aconteça até dezembro de 2024. Serão, ao menos, 14 audiências até o resultado da sentença.

Segundo o presidente da OAB em Valadares, ao todo mais de 600 mil pessoas ingressaram na ação que será julgada pelo tribunal inglês. Destas, aproximadamente 200 mil são de Governador Valadares.

Por que o caso está sendo julgado na Inglaterra?

A ação foi levada à Inglaterra por causa da BHP ser uma empresa anglo-australiana. A lei inglesa permite que réus ingleses sejam julgados em seus tribunais, mesmo em relação a acusações feitas no exterior. Em 2022, a corte inglesa confirmou que o caso poderia ser julgado na Inglaterra, e a BHP pediu para que a Vale também fosse incluída no processo.
As duas empresas eram as controladoras da Samarco, responsável pela operação da barragem de Mariana. O julgamento na Inglaterra está previsto para começar em outubro de 2024 e a decisão final deve sair até dezembro.

Rompimento da barragem

O rompimento da barragem do Fundão em 5 de novembro de 2015 causou a morte de 19 pessoas e é considerado a maior tragédia ambiental da história do Brasil. O Rio Doce foi contaminado por lama tóxica, afetando 230 cidades em Minas Gerais e Espírito Santo.

*É o termo jurídico que se refere ao motivo da existência do processo, a razão pela qual a parte autora decide acionar o Judiciário

FONTE DRD

Duarte toma posse como deputado Federal nesta terça-feira (27) e região ganha mais um representante em Brasília

Hoje (27), Duarte Júnior (Republicanos) , ex-prefeito de Mariana, tomará posse como deputado federal em Brasília. Ele assume a vaga deixada pelo deputado Euclydes Pettersen (Republicanos) , que se licenciou para liderar o processo eleitoral em Minas Gerais.

Com uma expressiva votação de 40.826 votos, sendo 11.029 em Mariana e 7.223 em Ouro Preto, Duarte Júnior, do mesmo partido do antecessor, está pronto para representar a região no Congresso Nacional.

Duarte toma posse como deputado amanhã (27); Juliano apresenta demandas de Mariana

A posse está marcada para a terça-feira, e as expectativas são grandes. Nas redes sociais, o irmão de Duarte Júnior, Juliano Duarte (Cidadania), já anunciou os pedidos feitos ao novo deputado. Entre eles, destaca-se a busca por recursos para a saúde de Mariana, visando melhorias significativas no setor. Juliano também solicitou a atenção de Duarte Júnior para a implementação do sinal 5G de telefonia celular na região, projetando reuniões com autoridades no Ministério das Telecomunicações e na Secretaria do Estado de Minas Gerais.

O papel do deputado é crucial em nossa política, e Duarte Júnior estará em Brasília de terça a quinta-feira, participando das sessões da Câmara Federal e também de comissões. Nos demais dias da semana, inclusive aos finais de semana, ele se dedicará aos municípios, à nossa região e à nossa cidade, desempenhando suas responsabilidades na base eleitoral, partidária e política“, disse Juliano nas redes sociais.

DUARTE JÚNIOR FORA DA DISPUTA ELEITORAL EM OURO PRETO?

A atuação de Duarte Júnior não terminou após o final do pleito de 2022. O ex-prefeito de Mariana assumiu o cargo de  secretário executivo do Fórum de Prefeitos do Rio Doce, atuando como liderança das cidades que buscam reparação após o rompimento da barragem de Fundão em 2015. Desde então, se posiciona como porta-voz do fórum, promovendo encontros nas cidades atingidas e mobilizando documentos para anexar nos processos.

Contudo, mais recentemente ele direcionou as suas ações políticas para Ouro Preto, focando em ganhar espaço com seu capital político.

No final do ano passado, Duarte colocou seu nome a disposição para disputar a prefeitura da antiga Vila Rica. Com isso, o jogo político começou na cidade, com peças se movimentando nos bastidores para viabilizar uma chapa. O partido Republicanos, que tem a maior bancada de vereadores na cidade, perdeu a vice-prefeita, que  alegou divergências internas e falta de diálogo. De acordo com ela, a decisão foi motivada pela aproximação de Duarte Júnior, ex-prefeito de Mariana, da sigla.

O atual deputado estadual Leleco Pimentel (PT) criticou Duarte duas vezes publicamente. Na primeira, o acusou de oportunismo político, além de criticar duramente a posição do ex-chefe do executivo marianense pós crime ambiental de 2015. Duarte declarou à época que não entendeu  o tom do parlamentar do PT. Na segunda vez, de maneira mais enfática, Leleco deu uma forte declaração acusando o ex-prefeito de Mariana, de trair Angelo Oswaldo, o atual prefeito de Ouro Preto. O agora deputado federal se defendeu afirmando que Angelo Oswaldo declarou apoio tanto a ele quanto a Leleco Pimentel, destacando o prestígio percebido nesse apoio. Ele ainda destacou o fato de ter recebido o dobro de votos de Leleco em Ouro Preto.

Com a ida de Duarte para Brasília, o jogo fica ainda mais interessante. Não se sabe ao certo quanto tempo Euclydes terá de licença, porém, a chapa com Duarte encabeçando ou sendo vice, neste momento, sai dos holofotes. Entretanto, ainda existem muitas peças que podem se movimentar e o ano eleitoral está apenas começando.

FONTE JORNAL GALILÉ

Duarte Júnior, ex prefeito de Mariana, assumirá como Deputado Federal

Nesta semana, Duarte Júnior, ex-prefeito de Mariana e figura destacada na disputa eleitoral em Ouro Preto, está prestes a assumir uma cadeira como deputado federal. O político do partido Republicanos conquistou expressivos 40.826 votos, sendo 11.029 em Mariana e 7.223 em Ouro Preto.

Em uma mensagem compartilhada em seu perfil oficial no Instagram, Duarte Júnior agradeceu as inúmeras mensagens de apoio e carinho que recebeu após a confirmação de sua vitória nas urnas. Ele explicou que, devido a uma longa viagem de mais de 10 horas, ainda não pôde responder a todas as mensagens e esclareceu que discutiu brevemente com a direção do partido sobre a data de sua posse.

Duarte Júnior expressou sua satisfação e honra por vivenciar esse momento e ressaltou seu compromisso em manter seus seguidores informados sobre os próximos passos. Ele mencionou que, embora não haja uma certeza absoluta, a posse pode ocorrer tanto nesta semana quanto na próxima.

“Oi gente, tudo bem, gravando aqui primeiro para agradecer as mensagens de carinho e dizer que eu não tinha feito nenhuma gravação na minha página. Porque também tem algumas dúvidas aqui, sabe, a gente está conversando, chegamos, viemos de carro ontem, eu, Cecília, e a Regiane, somando mais de 10 horas de viagem, por isso que algumas mensagens eu não respondi. Conversamos ontem à noite rapidamente com a direção do partido e ainda não há convicção, a certeza se será hoje ou na próxima semana.

Mas a partir de agora a gente vai mostrar um pouquinho do que a gente está fazendo aqui, vivenciando nesse momento. Agradeço demais o carinho, né? Nós somos mais de 40 mil. Muito obrigado a todos aí pelas mensagens de carinho, de apoio. Eu tô muito orgulhoso e honrado por estar vivendo esse momento pelos nossos amigos, por nossa região. Nós vamos mantendo vocês informados aqui, tá bom? Tomara que seja hoje, mas se não for hoje, vai ser semana que vem, valeu.”

O aguardado momento da posse de Duarte Júnior como Deputado Federal está cercado de expectativas, e sua trajetória política promete continuar sendo um tema de interesse na região.

VAI SER CANDIDATO EM OURO PRETO?

Duarte Jr, ex prefeito de Mariana, assumirá como Deputado Federal
Foto: Instagram/Duarte Júnior

A questão que fica em aberto com sua ida à Brasília é a sua postura quanto às eleições em Ouro Preto. Desde o final do ano passado, o político tem colocado o seu nome a disposição em uma chapa para concorre ao cargo de prefeito.

Nos bastidores, algumas movimentações já ocorreram, como a saída da vice-prefeita Regina Braga do partido Republicanos, agora liderado por Duarte. As cenas dos próximos capítulos reservam grandes histórias na região dos Inconfidentes.

Enquanto isso, seu irmão, Juliano Duarte, busca viabilizar seu nome em Mariana, mesmo com denúncias feitas pela prefeitura em seu nome.

FONTE JORNAL GALILÉ

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