Cidade vai receber R$ 75 milhões de investimentos e gerar mais de 150 vagas de empregos

Multinacional do setor mineral fará investimento com foco em descarbonização e vai gerar 150 empregos

 

A comitiva do Governo de Minas, comandada pelo secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sede-MG), Fernando Passalio, se reuniu nesta quinta-feira (18/4), em Limelette, na Bélgica, com executivos da empresa Lhoist, maior produtora de cal do mundo.

Durante o encontro, a empresa anunciou os novos investimentos privados de R$ 75 milhões para Minas, na construção de uma nova planta de moagem de combustível na cidade de Matozinhos, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. A expectativa é de gerar pelo menos 150 empregos, com prazo para conclusão das obras em novembro de 2025.

Será a segunda planta da empresa na cidade. Somente nos últimos cinco anos, a Lhoist já investiu mais de R$ 470 milhões em Minas Gerais, com cinco plantas já instaladas, nos municípios de Matozinhos, São José da Lapa, Arcos, Limeira e Doresópolis, gerando cerca de 1.160 empregos diretos.

“A instalação da nova planta possibilitará a operação com 100% de biomassa, reduzindo assim a emissão de CO² e favorecendo o processo de descarbonização do estado”, destaca, Fernando Passalio, que esteve acompanhado na comitiva mineira de João Paulo Braga, presidente da Invest Minas, agência vinculada à Sede-MG, e pelo diretor de Atração de Investimentos da agência, Leandro Andrade.

A Lhoist em Minas

O Grupo Lhoist é um grupo familiar de origem belga com mais de 135 anos de história e presente em Minas Gerais desde 2004. Possui mais de 120 fábricas no mundo, sendo nove no Brasil. Das cinco localizadas em Minas Gerais, está a segunda maior fábrica do grupo, instalada em Arcos. O escritório central está instalado em Belo Horizonte, sendo representado no Brasil pelas empresas Mineração Belocal e Lhoist do Brasil, que geram, atualmente, mais de mil empregos diretos e indiretos no estado.

A cal virgem, CaO (óxido de cálcio), tem uma ampla gama de aplicações, como na agricultura, produção de aço, papel e celulose, tratamento de água e gases, construção civil e na indústria de não ferrosos (como na de lítio, alumina e cobre, por exemplo).

 

FONTE AGÊNCIA MINAS

Chega ao mercado primeira água mineral do mundo em garrafa de alumínio

Chega ao mercado primeira água mineral do mundo em garrafa de alumínio

A startup Spa Água Mineral acaba de lançar no mercado brasileiro Spa Mineral, água mineral alcalina bicarbonatada em embalagem de alumínio. O lançamento, inédito no mundo, exalta as características da embalagem de alumínio: leveza, beleza e capacidade de manter a temperatura fresca por mais tempo. Pela primeira vez, uma água mineral alcalina bicarbonatada natural é envasada em uma garrafa de alumínio de 500 ml, com e sem gás e tampa com rosca. Além disso, o frasco pode ser recarregado, reutilizado e reciclado, o que torna o produto mais sustentável.

A garrafa de alumínio é importada da Patagônia e a tampa de rosca vem da Itália e, segundo a empresa, possui características específicas para água mineral com testes realizados nos Estados Unidos, Itália e Brasil que garantem risco zero para migração de alumínio na água. A embalagem tem certificação ambiental da empresa brasileira Eureciclo.

E o ineditismo do produto não está concentrado só na embalagem: a Spa Água Mineral é rica em bicarbonato, lítio e outros minerais trazendo diversos benefícios à saúde das pessoas, como prevenção à demência e Alzheimer, limpeza das artérias, além de ser um antiácido natural contribuindo para aliviar a azia e má digestão. “A Spa Água Mineral entra numa categoria diferenciada no Brasil para competir com produtos premium do mercado internacional como Panna, Perrier, Voss e outras”, garante Adriano Martins, CEO da empresa.

A fonte está localizada no segundo planalto da Serra do Mar, proveniente de um aquífero profundo artesiano antigo e sustentável das profundezas da terra, protegido ambientalmente. Com uma composição química equilibrada e características físico-químicas especiais, Spa Água Mineral oferece não apenas hidratação, mas também uma experiência revigorante e saudável. “Nosso compromisso é com a inovação, temos o DNA de líderes visionários, sempre em busca de excelência e qualidade, uma inspiração única. Nossa marca de sucesso é consequência do trabalho de pessoas experientes e conhecedoras do mercado de água mineral. Na Spa Mineral Saúde pela Água, acreditamos que a saúde e o bem-estar estão diretamente relacionados à qualidade da água que consumimos, por isso, trabalhamos incessantemente para oferecer a melhor água mineral alcalina bicarbonatada, juntando tecnologia, inovação e sustentabilidade”, afirma Adriano Martins.

O modelo de negócio, segundo o executivo, também é uma inovação. Chamado de start up & business company, é uma junção de inovação fundamentada em conceitos modernos de gestão específica para água mineral. O projeto piloto do trade in e trade on foi realizado na cidade de São Carlos, interior do estado de São Paulo, escolhido cuidadosamente, já que o município se destaca em educação, saúde, segurança pública, trânsito e localização geográfica, além de ser o município conhecido como a capital da tecnologia.

A unidade piloto de envase da água Spa Mineral está instalada na cidade de Lagoinha (SP), com população de 5 mil habitantes, distante 190 km da cidade de São Paulo e onde foram investidos R$ 10 milhões, prevendo a geração de 50 empregos diretos. Com tecnologia italiana, a produção é 100% automatizada permitindo o envase a uma temperatura entre 2°C e 4°C garantindo precisão e qualidade do produto ao consumidor final.

Desde a ideia , análise mercadológica, testes e lançamento ao mercado, o projeto foi executado em 1 ano e meio. O produto chega nos pontos de venda da cidade de São Paulo com preço estimado entre R$ 16,00 e R$ 18,00.

 

FONTE ENGARRAFADOR MODERNO

Descobrimos as marcas e os donos das empresas de água mineral autuadas por infrações

Água mineral Santa Lúcia H2O e as marcas Caxangá, Paratibe e Estrela, envasadas no Recife e em Paulista, na Região Metropolitana do Recife, são quatro das seis empresas autuadas na sexta-feira pela polícia por infrações sanitárias e fiscais.

As empresas não faziam a higiene adequada dos garrafões de 20 litros, deixando de usar detergentes, e não afixavam o selo de controle de qualidade exigido pela legislação. Os 12 donos foram autuados em flagrante por crimes contra as relações de consumo.

“Pureza e compromisso com a natureza”, promete no Instagram a água mineral Santa Lúcia. A empresa autuada fica na Estrada Sítio do Picapau Amarelo, em Paratibe, no município de Paulista, e seus donos são Ana Lúcia de Araújo e João Paulo Silva Martins.

Os três proprietários da água mineral Caxangá tocam a empresa na Avenida Joaquim Ribeiro, no bairro de Caxangá, no Recife. São Cley Albuquerque Couto da Silva, Eliene de Albuquerque Silva e Sebastião Fagundes de Albuquerque.

Apesar do nome, a água mineral Paratibe fica na BR-101 Norte, galpão B, em Jardim Paulista, em Paulista. Seus donos são Mércia Maria de Barros Barbosa e Milton Guerra Barbosa. Na Rua Mauriceia, no Janga, em Paulista, funciona a água mineral Estrela, de propriedade de Carlos Eurico de Oliveira e Márcia Maria Martins Magalhães de Oliveira.

Numa operação da Delegacia do Consumidor (Decon), com apoio do Departamento de Repressão aos Crimes Patrimoniais (Depatri), Procon, Secretaria estadual da Fazenda e a Vigilância Sanitária da Prefeitura do Recife, a chamada Operação Clean Water (água limpa, na tradução do inglês) flagrou também dívidas de ICMS de R$ 37 mil e falsificação de selos de controle fiscal.

“Vamos acabar com as fraudes no envasamento dos garrafões. Água é vida. E não podemos admitir que se comercializem água sem procedência, que pode matar a nossa população”, disse o delegado do consumidor, Hilton Lyra, chefe da operação, conforme noticiou o Diario de Pernambuco.

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O Outro Lado

Um dos empresários citados informa não ser mais sócio da água mineral Santa Lúcia. Eis a íntegra de nota que João Paulo Silva Martins enviou ao Blog:

“Em respeito aos amigos e clientes, venho por meio dessa nota comunicar que, desde junho de 2022, não faço mais parte do corpo administrativo da Água Mineral Santa Lúcia, tendo solicitado, desde então, em vias judiciais, a dissolução societária. Não compactuo, assim, com qualquer irregularidade pela qual esta venha a ser punida. Mantenho-me à disposição das autoridades”.

Tentamos ouvir os outros empresários mencionados na reportagem, sem sucesso. A matéria poderá ser atualizada a qualquer momento.

 

FONTE RICARDO ANTUNES

Minas Gerais pretende atrair R$ 30 bilhões para produção de minerais estratégicos

Estado pretende ser um hub em minerais estratégicos como lítio e terras raras, atraindo investimentos de R$ 30 bilhões nos próximos anos.

Tornar Minas Gerais um hub para produção de minerais estratégicos para a transição energética. Este é um dos objetivos principais da Invest Minas, agência do governo do estado que atua no sentido de incrementar o fluxo de negócios em território mineiro nos diversos setores econômicos e que agora está direcionando mais o foco de sua atuação para a área de mineração, que está atraindo grandes investimentos. Só no segmento do lítio, por exemplo, o estado já atraiu investimentos da ordem de R$ 5 bilhões após a criação da marca Lithium Valley, ou Vale do Lítio, como passou a ser denominado o Vale do Jequitinhonha, uma das regiões mais pobres do estado. Além do lítio, há projetos importantes em terras raras, principalmente na Caldeira de Poços de Caldas, onde existe o que é considerado como a segunda maior reserva de argila iônica contendo terras raras no mundo. Empresas como Meteoric e Viridis já estão com projetos de investimento na área e há outras chegando.

De acordo com o diretor-presidente da Invest Minas, João Paulo Braga, há expectativa de que até 2030 Minas Gerais possa atrair investimentos da ordem de R$ 30 bilhões em projetos para produção de minerais considerados estratégicos, que incluem, além do lítio, terras raras e silício e dos fertilizantes, dos quais o Brasil é dependente de importações.

Na entrevista a seguir, realizada em Toronto, Canadá, por ocasião da convenção PDAC 2024, da qual a Invest Minas participou ativamente, João Paulo Braga detalha a estratégia de atuação da Invest Minas para impulsionar os investimentos no setor de mineração no estado.

BRASIL MINERAL – Como tem se dado a atuação da Invest Minas e quais ações a agência desenvolve para o setor mineral?

JOÃO PAULO BRAGA – A Invest Minas é uma agência com mais de 50 anos, que atua em todos os setores, mas a pauta da mineração tem sido cada vez mais relevante dentro da nossa atuação. Sempre foi. Não é à toa que o Estado se chama Minas Gerais. Então, naturalmente, o fluxo de negócios ligados à mineração que chega até nós é grande. Mas diante do contexto global de transição energética, Minas Gerais, onde o minério de ferro se sobressaía, começa a compartilhar espaço com outros minerais estratégicos. E diante disso, estamos usando o contexto global como alavanca para levar negócios para Minas Gerais. Um grande marco que temos nessa atuação, ligado a setor mineral, foi o contexto do Líthium Valley Brasil, um projeto que nasceu na Invest Minas e depois foi para além dos nossos muros, incorporando outros órgãos de governo e o mercado. E hoje o Lítium Valley Brasil é uma marca, de um território mineral conhecido do mundo todo, muito em função da construção que fizemos, que teve o seu ápice de reconhecimento quando nós fomos na Nasdaq, com o governador Romeu Zema, e fizemos o lançamento global do programa. Projetamos o Líthium Valley na Times Square e tudo mais. E desde então, o fluxo de investimentos e oportunidades que têm chegado ao Vale do Jequitinhonha tem sido muito impulsionado. No Jequitinhonha, já temos mais de R$ 5 bilhões em investimentos de empresas ligadas ao lítio. Só que Minas é muito mais que o lítio. Também estamos criando, na nossa estratégia de promoção de investimentos, a visão de Minas Gerais não como o Lithium Valley Brasil, mas como um hub de minerais estratégicos para o mundo, no qual se inserem também as terras raras. A Caldeira de Poços de Caldas, no sul de Minas, tem uma das maiores reservas do mundo, que parece ser a segunda maior reserva do mundo em materiais de terras raras, em argila iônica, que tem processo de extração muito mais fácil e menos custoso. E Nós já temos dois grandes investimentos, ambos de empresas australianas: a Viridis, que assinou recentemente um compromisso de investimento de R$ 1,3 bilhão, e a Meteoric, outra empresa australiana, com a qual também já assinamos protocolo, com valor de investimento semelhante ao da Viridis. A Meteoric está pronta para protocolar os estudos ambientais junto à Secretaria de Meio Ambiente, para licenciamento do projeto.

E além de Terras Raras, temos oportunidades ligadas ao manganês. Há muito manganês no Campo das Vertentes, no caminho da zona da mata. Nós temos também projetos de silício, pois hoje em Minas Gerais é um grande produtor de silício metalúrgico, que é o início da cadeia para o painel solar.

Então há muitas oportunidades na mesa. Está sendo inaugurado, em meados de março, o complexo da EuroChem, de Serra do Salitre, para produção de fertilizantes, um projeto que tem a magnitude de reduzir em 15% a dependência externa que o Brasil tem de fosfato. Então, nós temos promovido esses minerais estratégicos e até então temos colhido grandes resultados.

BRASIL MINERAL – E quais são os mecanismos de apoio que o governo de Minas tem para esses projetos?

JOÃO PAULO – O primeiro deles é a simples existência da Invest Minas como o One Stop Shop, o balcão único onde a empresa vai chegar e ser atendida. Estamos falando de empresas estrangeiras que têm gap de conhecimento sobre como funciona o mercado brasileiro, as regulações, especialmente no contexto de 27 estados, onde cada um tem sua regulação tributária, uma série de questões. Então a empresa chega, conversa com o Invest Minas e, a partir dali, passa a ser acompanhada em toda a jornada que envolve o governo estadual, os governos municipais e até eventuais parcerias no mercado. Este é o primeiro valor que geramos. E junto com isso, o governo de Minas Gerais tem alternativas de priorização dos projetos para licenciamento. Sabemos que isso é muito estratégico porque, pela demanda que se tem hoje desses minerais, se forem perdidos seis meses do licenciamento, é muito dinheiro que fica em cima da mesa. Então, a partir de critérios objetivos bem definidos, tudo de forma muito transparente, a depender do tamanho do impacto socioeconômico que o projeto vai gerar, nós temos mecanismos para tornar aquele licenciamento prioritário.

Nós temos também, o que é grande gargalo para o setor, a questão da mão de obra.

O governo de Minas tem o programa Trilhas do Futuro, de capacitação de mão de obra técnica para trabalhar nessas empresas. Não é exclusivo do setor de mineração, mas a mineração ocupa boa parte disso. E a boa notícia é que, em relação à mão de obra, o Ministério de Educação e o IBGE soltaram recentemente o censo educacional e, de 2021 para 2023, Minas Gerais foi o estado que mais criou vagas no ensino técnico profissionalizante. Foram 144 mil vagas. Para ter uma dimensão do que é esse número, o segundo colocado foi São Paulo, que criou 61 mil.

Além disso, o estado tem mecanismos de financiamento via banco de desenvolvimento do Estado. A Sigma, por exemplo, empresa de lítio, contratou operação do BDMG. Obviamente, o BDMG é um banco de porte menor, não tem a pujança para financiar uma operação de mineração de bilhões de reais, mas ainda assim cumpre o seu papel em alguns casos específicos. Nós temos a Fundação de Amparo à Pesquisa, Fapemig, que tem recursos disponíveis, inclusive não reembolsáveis, direcionados à pesquisa. E aqui estamos falando de pesquisa e desenvolvimento de tecnologias e a transição energética é um dos direcionadores principais na forma de alocar esses recursos.

BRASIL MINERAL – O governo de Minas tem algum mecanismo de intermediação, visando solucionar eventuais conflitos de interesses nos projetos das empresas?

JOÃO PAULO – A Invest Minas tem uma relação muito próxima com as prefeituras. Eu digo que temos dois clientes principais diretos, que são as empresas e os municípios. Então, por meio dos municípios, procuramos sempre endereçar as questões relativas à comunidade com o poder que está legalmente instituído para tal. Isso, obviamente, não retira o protagonismo de serem as empresas as responsáveis por fazer esse relacionamento. Mas aquilo que nos cabe de relacionamento, especialmente com a prefeitura e até com a Câmara dos Vereadores, o Invest Minas apoia.

Veja que interessante o impacto que os projetos de mineração têm tido em Minas. O Jequitinhonha, por muito tempo, foi a região menos dinâmica do nosso estado, conhecida como o Vale da Fome, o Vale sem oportunidades. E o setor de mineração de lítio está levando um dinamismo tal para o Vale de Jequitinhonha, que no ano passado a região onde mais teve abertura de empresas foi o Jequitinhonha, de acordo com o dado da junta comercial. E aí nós estamos falando de restaurante, de hotel, de manicure, de Lanchonete, de toda essa cadeia de serviços que beneficia especialmente o pequeno empreendedor que, por sua vez, contrata, o que decorre dos grandes investimentos de mineração.

BRASIL MINERAL – Alguns estados, como Goiás, por exemplo, criaram mecanismos de agilização do processo de licenciamento ambiental. Em Minas Gerais também se está trilhando esse caminho?

JOÃO PAULO – Sim, essa é a nossa ambição. Temos uma secretaria que é muito séria. Mas não se pode confundir acelerar o licenciamento com ser negligente no licenciamento. Eu acho que nós já aprendemos muito com os erros, como o foram os dois acidentes que aconteceram em Minas, e que geraram uma melhoria da regulação, como a lei Mar de Lama, que no nosso entendimento coloca uma melhor regulação para evitar que esses acidentes aconteçam no futuro. A Secretaria de Meio ambiente é muito rigorosa, muito segura naquilo que licencia, mas isto não pode ser confundido com letargia na forma de conduzir os processos. Isso não tem acontecido. Se você for conversar com as empresas mineradoras, e fazemos isto o tempo todo, se comparar licenciamento do projeto no Brasil, em Minas Gerais, com o que se tem no Canadá, nós estamos quatro ou cinco vezes mais rápidos. E estamos buscando cada vez mais aprimorar. A Secretária Marília Melo fez uma mudança recente na estrutura de licenciamento, transferindo a responsabilidade do licenciamento para a Fundação do Meio Ambiente, a FEAM. Isso trouxe também novo dinamismo, onde a FEAM é o licenciador e Secretaria é a formuladora da política pública.

BRASIL MINERAL – A Invest Minas participou ativamente do PDAC 2024. Qual foi o principal objetivo dessa participação?

JOÃO PAULO – Nosso principal objetivo foi promover Minas Gerais. E viemos aqui com equipe de quatro pessoas da Invest Minas. Nossa participação envolveu tanto participação em painéis, como no Brazilian Mining Day, como nosso time fez diversas reuniões no Pavilhão Brasil, com empresas com potencial de ir para Minas Gerais. Fizemos um trabalho prévio, inclusive com a ajuda de uma consultoria, mapeando empresas de mineração, da cadeia de mineração, com propensão a investir no Brasil. Então, com base nessa pesquisa inicial, o nosso time fez no mínimo 15 reuniões com essas empresas, para dizer: Olha, se está pensando em expandir, investir no Brasil, vamos para Minas Gerais. E isso certamente vai ter desdobramentos após a conexão, com algumas delas.

BRASIL MINERAL – Além de minérios como lítio e terras raras, quais outras possibilidades há em Minas Gerais?

JOÃO PAULO – Minas Gerais é o nome do estado que está vinculado à mineração, mas eu digo que temos de cada vez menos ser só as Minas Gerais e passar a ser um hub, um centro provedor de capacidade, de expertise, de serviços especializados ao setor de mineração, inclusive almejando ter um mercado de capitais maduro para financiar esses projetos, de forma que o retorno desses projetos fique ali, na nossa terra:  primeiro no Brasil, depois em Minas Gerais. Isso envolve desenvolver oportunidades, não na mina, mas em toda a cadeia relacionada ao setor, porque uma hora a mina vai acabar, dado que são recursos finitos. Mas ainda que não se tenha a mina, se existe uma expertise de serviço, especialmente de engenharia, de pesquisa mineral instalada, a mineração vai ser eternamente relevante para o nosso estado. Então eu acho que é essa um pouco da visão que temos ao promover o setor de mineração. Queremos que explorem as minas, sim, mas quais são os serviços que agregam valor a essa operação que podemos desenvolver? Às vezes pode ser um hotel com foco no segmento. No Vale do Jequitinhonha, por exemplo, até há pouco tempo não havia hotel para os trabalhadores e empresários poderem trabalhar. E agora temos alguns hotéis sendo construídos lá. Então é um pouco dessa visão integrada que temos de oportunidade para o Estado. E junto com isso temos, por exemplo, a energia. Quando se discute descarbonização, inevitavelmente isso passa pelo setor de mineração. E nós temos conversas com a Anglo American, por exemplo, que fez um projeto extraordinário de retrofit de caminhões a diesel para hidrogênio na África do Sul e que tem todo o potencial de ser colocado em Minas Gerais. Temos conversas com a CEI Energética, que é uma empresa de Minas Gerais, com a possibilidade de criação de hub de hidrogênio verde no Quadrilátero Ferrífero, que se destinaria a abastecer ali todo o conjunto de mineradoras que desejarem fazer uma conversão de matriz. E acho que o Brasil e Minas Gerais são dos poucos lugares onde a siderurgia tem uma pegada de carbono menor em função da utilização do carvão vegetal ao invés do carvão mineral. Isso é uma grande vantagem competitiva para nós.

 

FONTE BRASIL MINERAL

Setor mineral no Brasil elevará aportes a US$64,5 bi até 2028, diz Ibram

RIO DE JANEIRO (Reuters) – O setor mineral brasileiro deverá investir cerca de 64,5 bilhões de dólares no período entre 2024 e 2028, alta de 29% ante os investimentos previstos no período anterior (de 2023 a 2027), informou nesta quarta-feira o Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), que representa as mineradoras no Brasil.

O crescimento contou com avanço de aportes em projetos socioambientais, de logística e em minerais críticos, disseram representantes do Ibram.

Os investimentos socioambientais, que representam atualmente 10,7 bilhões de dólares do montante previsto para o período de 2024 a 2028, cresceram 62,7% ante o projetado anteriormente para o período de 2023 a 2027.

“No caso dos investimentos socioambientais isso está principalmente relacionado a novas energias, de substituição para a economia de baixo carbono”, disse o diretor de Sustentabilidade e Assuntos Regulatórios do Ibram, Julio Nery.

“Tem muito investimento em energia solar, em energia eólica e investimentos bastante significativos em hidrogênio verde também por parte das mineradoras.”

Os investimentos em logística somarão 10,36 bilhões de dólares, alta de 133% em relação ao período anterior. Nesse caso, Nery destacou que os aportes são voltados predominantemente para ferrovias, a partir da renovação de concessões.

Já os investimentos em cobre, importante matéria-prima para a fabricação de baterias para carros elétricos, somarão 6,74 bilhões de dólares, 50,7% a mais do que em 2023-2027.

O segmento de projetos de minério de ferro, por sua vez, permanece como o líder no recebimento dos maiores aportes, com cerca de 17 bilhões de dólares até 2028, um aumento de 2,1% em relação ao projetado para o período anterior.

RESULTADOS DE 2023

O faturamento do setor mineral brasileiro em 2023 alcançou 248,2 bilhões de reais, queda de 0,7% ante o ano anterior, apesar de um aumento de 5,7% na receita com as exportações do minério de ferro, para 30,5 bilhões de dólares, segundo dados do Ibram.

O minério de ferro responde pela maior parte das exportações minerais brasileiras, que somaram ao todo 42,98 bilhões de dólares, com alta de 3,1%.

Em volumes, as exportações do segmento somaram 392,34 milhões de toneladas no ano passado, aumento de 9,5% em relação ao ano anterior.

Já as vendas externas de minério de ferro alcançaram 378,5 milhões de toneladas, avanço de 10% na mesma comparação.

A arrecadação de royalties da mineração, a chamada Cfem, somou 6,9 bilhões de reais em 2023, versus 7 bilhões de reais um ano antes, segundo o Ibram, que representa empresas como Vale, Gerdau, ArcelorMittal e Mosaic.

FONTE ECONOMIA UOL

MG é o Estado com maior faturamento do Brasil no setor mineral, segundo o Ibram

Minas Gerais ficou na frente do Pará, de acordo com números de 2023 divulgados nesta quarta-feira (31) pelo Instituto Brasileiro de

O setor mineral teve faturamento de R$ 248,2 bilhões em 2023, queda de 0,7% na comparação com 2022, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), divulgados nesta quarta-feira (31). Minas Gerais foi o Estado com maior participação no faturamento nacional, com 41,7%, na frente do Pará, que teve 34,4%.

Pará (-7,6%), Goiás (-7,5%) e Bahia (-4,3%) tiveram redução no faturamento em 2023. Por outro lado, São Paulo (17,3%), Minas Gerais (3%) e Mato Grosso (2,5%) registraram crescimento. 

Faturamento por Estado

  1. Minas Gerais – 41,7%
  2. Pará – 34,4%
  3. Outros – 10,1%
  4. Bahia – 3,9%
  5. São Paulo – 3,7%
  6. Goiás – 3,4%
  7. Mato Grosso – 2,8%

Exportações

Em 2023, o Brasil exportou 392 milhões de toneladas de produtos do setor mineral, um aumento de 9,5% em relação a 2022, totalizando cerca de US$ 43 bilhões. O minério de ferro (-3,6%) e o ouro (-11,9%) tiveram as maiores retrações no faturamento do ano passado, enquanto cobre (6,5%), calcário (11%), granito (25,6%) e bauxita (0,3%) registraram alta. 

“O setor mineral é um dos três que mais exportam no Brasil, possivelmente atrás apenas do agronegócio. Mas o minério de ferro foi responsável por 71% das exportações. O grande comprador é a China. Precisamos diversificar, tanto pela demanda quanto pelo potencial que nós temos. Nós somos o quinto ou sexto maior produtor de minerais do mundo”, disse o diretor-presidente do Ibram, Raul Jungmann.

Importações

As importações minerais em dólar caíram 34%, embora tenham sido importadas mais toneladas – 42 milhões de toneladas, um aumento de 4,7% em relação a 2022. Os preços mais baixos dos produtos minerais e o câmbio justificam a queda em dólar.

Arrecadação de impostos

A arrecadação total de impostos e tributos pelo setor caiu 0,71% em 2023, totalizando R$ 85,6 bilhões. A arrecadação de Compensação Financeira pela Exploração Mineral (CFEM) chegou a R$ 6,86 bilhões.

Previsão de investimentos 

O Ibram ampliou a previsão de investimentos do setor em projetos para US$ 64,5 bilhões para o período entre 2024 e 2028, aumento de 28,8% em relação à previsão do período entre 2023 e 2027.

Os anúncios do setor desde o ano passado para investimentos em projetos socioambientais, de logística e minerais críticos foram os principais motivos da elevação da projeção. 

FONTE O TEMPO

Homem preso em MG por vender água da torneira como mineral

Descubra o caso insólito de um homem preso em MG por vender água da torneira como se fosse mineral. Entenda as implicações e a importância de comprar produtos certificados.

Na última quarta-feira (17) um caso insólito ocorreu em São José do Goiabal, município localizado na Região Central de Minas Gerais. Um homem, de 48 anos, foi preso em flagrante, suspeito de vender água da torneira como se fosse mineral. A irregularidade foi encontrada no estabelecimento onde o suspeito trabalhava, após a Polícia Civil receber várias denúncias indicando as irregularidades.

Apuração da suspeita

No local, os policiais encontraram uma grande quantidade de insumos e galões prontos para venda. De acordo com a instituição, o homem confessou que coletava água da torneira do próprio imóvel para encher os galões. Posteriormente, ele tampava esses invólucros com tampas plásticas e lacres adesivos, para depois comercializá-los. O detalhe é que toda essa atividade era realizada sem as autorizações necessárias e sem seguir as condições sanitárias exigidas pela legislação em vigor.

Apreensões realizadas

Os policiais apreenderam, no local da prisão, 30 galões com capacidade para 20 litros, 452 tampas plásticas para galões de 20 litros, 512 tampas plásticas para garrafas e quatro pacotes com lacres adesivos. Além disso, foi confiscado um telemóvel pertencente ao suspeito.

O homem foi autuado por falsificação de produto alimentício destinado ao consumo, sendo imediatamente encaminhado ao sistema prisional.

Continuidade das investigações

As investigações da Polícia Civil irão prosseguir, agora com o objetivo de identificar possíveis fornecedores e compradores dos produtos adulterados que eram comercializados pelo suspeito.

É importante destacar que a população deve sempre buscar por produtos certificados e que obedeçam às condições sanitárias exigidas. Isso reduz o risco de consumo de produtos adulterados e promove a saúde pública.

O caso serve como mais um lembrete da importância de se denunciar irregularidades. Sem as denúncias dos cidadãos, tal prática poderia continuar a ocorrer, colocando a saúde de muitas pessoas em risco.

FONTE O ANTAGONISTA

China descobre novo mineral altamente estratégico no maior depósito de terra-rara do mundo

Um novo recurso estratégico acaba de ser descoberto na Mongólia e a China pretende utilizá-lo

Talvez o seu nome não signifique muito para você no início, mas a niobobaotite, um novo mineral num depósito na Mongólia identificado por cientistas chineses, atraiu o interesse da indústria em menos de um mês. Prova disso é que o anúncio da sua descoberta não despertou apenas o interesse das revistas especializadas na matéria: a imprensa econômica e geoestratégica também abordou o assunto.

Porém, talvez você já tenha ouvido falar. Com efeito, a niobobaotite contém nióbio, um metal utilizado em ligas, muito apreciado pelas suas propriedades supercondutoras e produzido num número muito limitado de países. Tanto é verdade que a China atualmente tem que importá-lo massivamente. E qual o maior produtor de nióbio do mundo? Sim, o Brasil.

Num local remoto da Mongólia, foi identificado este novo tipo de mineral, que os especialistas chamaram de niobobaotite. A descoberta é atribuída a três investigadores do Instituto de Investigação Geológica de Urânio de Pequim, organização ligada ao CNNC, e já foi oficialmente reconhecida pelo comitê da Associação Mineralógica Internacional, que lhe atribuiu o número IMA 2022-127a.

Por que isso é tão importante? A niobobaotita contém nióbio, metal estratégico que se destaca por suas aplicações industriais. É usado em todo o mundo, principalmente como elemento de liga em aços e superligas, afirma o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS). Quantidades apreciáveis ​​são usadas como ferronióbio de alta pureza e níquel-nióbio em superligas de níquel-cobalto-ferro para aplicações como componentes de motores a jato, subconjuntos de foguetes e equipamentos de combustão resistentes ao calor.

O nióbio é valorizado na indústria siderúrgica por sua resistência. Não é incomum encontrá-lo em ligas que são incluídas em materiais de construção, dutos, gasodutos, pás de propulsores ou mesmo motores a jato, entre uma longa lista de aplicações. As suas propriedades como supercondutor, particularmente a baixas temperaturas, tornam-no um valioso aliado na produção de ímanes para aceleradores de partículas como o Large Hadron Collider do CERN ou equipamentos de ressonância magnética e de ressonância magnética nuclear (NMR).

O que podemos produzir usando nióbio?

A Geoescience Australia cita outras aplicações, como o uso de nióbio em lentes de câmeras, joias, próteses, implantes médicos, capacitores de circuito, lâmpadas de vapor de sódio ou ferramentas de corte. A organização reconhece, no entanto, que 90% está associado à indústria siderúrgica: a adição de pequenas quantidades baratas de nióbio – bem menos de 1% – aumenta a resistência e reduz o peso dos produtos siderúrgicos.

Devido ao seu valor estratégico e à vulnerabilidade do seu fornecimento, o governo australiano considera-o um “mineral crítico” e reconhece que é essencial para a indústria tecnológica. A União Europeia também o incluiu na sua lista de matérias-primas fundamentais, ao lado de outras como o fósforo, o escândio ou o silício metálico.

Por que isso é crucial para os chineses? Porque até agora o gigante asiático também dependia do nióbio estrangeiro. A China importa 95% das suas necessidades: portanto, esta descoberta é importante para o país, que deseja reduzir as suas importações para se tornar mais independente. Para se ter noção, o Brasil possui cerca de 90% do nióbio mundial.

FONTE IGN BRASIL

China descobre novo mineral altamente estratégico no maior depósito de terra-rara do mundo

Um novo recurso estratégico acaba de ser descoberto na Mongólia e a China pretende utilizá-lo

Talvez o seu nome não signifique muito para você no início, mas a niobobaotite, um novo mineral num depósito na Mongólia identificado por cientistas chineses, atraiu o interesse da indústria em menos de um mês. Prova disso é que o anúncio da sua descoberta não despertou apenas o interesse das revistas especializadas na matéria: a imprensa econômica e geoestratégica também abordou o assunto.

Porém, talvez você já tenha ouvido falar. Com efeito, a niobobaotite contém nióbio, um metal utilizado em ligas, muito apreciado pelas suas propriedades supercondutoras e produzido num número muito limitado de países. Tanto é verdade que a China atualmente tem que importá-lo massivamente. E qual o maior produtor de nióbio do mundo? Sim, o Brasil.

Num local remoto da Mongólia, foi identificado este novo tipo de mineral, que os especialistas chamaram de niobobaotite. A descoberta é atribuída a três investigadores do Instituto de Investigação Geológica de Urânio de Pequim, organização ligada ao CNNC, e já foi oficialmente reconhecida pelo comitê da Associação Mineralógica Internacional, que lhe atribuiu o número IMA 2022-127a.

Por que isso é tão importante? A niobobaotita contém nióbio, metal estratégico que se destaca por suas aplicações industriais. É usado em todo o mundo, principalmente como elemento de liga em aços e superligas, afirma o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS). Quantidades apreciáveis ​​são usadas como ferronióbio de alta pureza e níquel-nióbio em superligas de níquel-cobalto-ferro para aplicações como componentes de motores a jato, subconjuntos de foguetes e equipamentos de combustão resistentes ao calor.

O nióbio é valorizado na indústria siderúrgica por sua resistência. Não é incomum encontrá-lo em ligas que são incluídas em materiais de construção, dutos, gasodutos, pás de propulsores ou mesmo motores a jato, entre uma longa lista de aplicações. As suas propriedades como supercondutor, particularmente a baixas temperaturas, tornam-no um valioso aliado na produção de ímanes para aceleradores de partículas como o Large Hadron Collider do CERN ou equipamentos de ressonância magnética e de ressonância magnética nuclear (NMR).

O que podemos produzir usando nióbio?

A Geoescience Australia cita outras aplicações, como o uso de nióbio em lentes de câmeras, joias, próteses, implantes médicos, capacitores de circuito, lâmpadas de vapor de sódio ou ferramentas de corte. A organização reconhece, no entanto, que 90% está associado à indústria siderúrgica: a adição de pequenas quantidades baratas de nióbio – bem menos de 1% – aumenta a resistência e reduz o peso dos produtos siderúrgicos.

Devido ao seu valor estratégico e à vulnerabilidade do seu fornecimento, o governo australiano considera-o um “mineral crítico” e reconhece que é essencial para a indústria tecnológica. A União Europeia também o incluiu na sua lista de matérias-primas fundamentais, ao lado de outras como o fósforo, o escândio ou o silício metálico.

Por que isso é crucial para os chineses? Porque até agora o gigante asiático também dependia do nióbio estrangeiro. A China importa 95% das suas necessidades: portanto, esta descoberta é importante para o país, que deseja reduzir as suas importações para se tornar mais independente. Para se ter noção, o Brasil possui cerca de 90% do nióbio mundial.

FONTE IGN BRASIL

Achada a “mina de ouro” do futuro! Norueguesa faz descoberta surpreendente de reserva com mais de 70 bilhões de toneladas do mineral usado para fabricar carros elétricos e painéis solares

A descoberta na Noruega, de reserva gigante de fosfato, pode suprir demanda global do mineral por meio século e contribui para o setor de chips e de carros elétricos

A Noruega está prestes a se tornar um player importante na indústria de fertilizantes e carros elétricos, graças à descoberta de uma reserva gigante de rocha fosfática. A mineradora norueguesa, Norge Mining, revelou a existência de uma reserva com até 70 bilhões de toneladas de fosfato, capaz de suprir a demanda global pelos próximos 50 anos. A descoberta na Noruega representa um marco significativo no setor de mineração e abre oportunidades para o fornecimento de matérias-primas cruciais nos setores de carros elétricos e chips, por exemplo, de acordo com o site O Globo.

A reserva de fosfato está localizada no sudoeste da Noruega e é composta por duas áreas a uma profundidade de 400 metros. Segundo o fundador da Norge Mining na Noruega, Michael Wurmser, essa descoberta permitirá o fornecimento sustentável de matérias-primas para atender a demanda global por carros elétricos e outras tecnologias nas próximas décadas. 

A rocha fosfática é essencial na produção de fertilizantes, fornecendo fósforo, um ingrediente crucial para o crescimento de culturas agrícolas. Além disso, pode ser processada para produzir ácido fosfórico, usado em uma ampla gama de produtos, desde ração animal até baterias de lítio-ferro-fosfato, que alimentam sistemas de energia solar e carros elétricos.

Além de fosfato, reserva da Noruega encontrada também contém outros minerais 

A reserva descoberta na Noruega também contém vanádio e titânio, minerais de importância estratégica para a economia europeia. A demanda global por fosfato atinge cerca de 50 milhões de toneladas por ano, e até então a maior quantidade de rocha de fosfato estava localizada na região ocidental do Saara, no Marrocos, com aproximadamente 50 bilhões de toneladas. Outros países com reservas significativas incluem China, Egito e Argélia.

Atualmente, cerca de 90% do fosfato extraído é utilizado pela indústria agrícola e de carros elétricos na produção de fertilizantes e de baterias de lítio. No entanto, especialistas alertam para os riscos de uma dependência excessiva desse recurso finito, que poderia levar à escassez de alimentos no futuro. Além disso, o uso intensivo de fertilizantes fosfatados na agricultura tem sido associado à poluição dos rios devido ao escoamento de nutrientes para a água.

O fósforo na produção de chips

Recentemente, o fósforo ganhou importância também em outras indústrias, como a de chips de computador, painéis solares e baterias de carros elétricos. Esses setores têm sido impulsionados pelos benefícios ambientais que oferecem. No entanto, a extração e o refino do fosfato podem ser processos poluentes.

Diante disso, a Norge Mining da Noruega se comprometeu a adotar técnicas avançadas de captura e armazenamento de carbono para reduzir as emissões durante o processo de extração e refino do fosfato. Essas medidas visam mitigar o impacto ambiental e garantir a sustentabilidade da indústria de mineração.

A descoberta da reserva gigante de rocha fosfática pela Norge Mining representa uma grande oportunidade para o setor de mineração da Noruega e tem o potencial de impulsionar o desenvolvimento sustentável, além de contribuir para a demanda global por fertilizantes e tecnologias limpas, além de impulsionar a indústria de carros elétricos.

As perspectivas são promissoras para a Noruega, que agora poderá desempenhar um papel crucial no fornecimento de matérias-primas essenciais para a agricultura e a indústria de energia limpa, impulsionando o crescimento econômico e a transição para uma sociedade mais sustentável e carros elétricos.

FONTE CLICK PETROLEO E GAS

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