Mulher fica em cárcere privado, apanha e é proibida de dormir por um mês

Uma mulher, de 26 anos e as duas filhas dela, de 2 e 4 anos, foram resgatadas de uma casa onde eram mantidas em cárcere privado, por 30 dias, na cidade de Nova Serrana, no Centro-Oeste de Minas Gerais, nesta segunda-feira (4).  A mulher contou aos policiais que além de ser agredida frequentemente, ela era privada do sono. O suspeito, de 20 anos, dizia que se ela dormisse, ele a mataria. O homem foi preso por cárcere privado e tortura. 

De acordo com o boletim de ocorrência, a vítima conseguiu colocar um bilhete dentro do bolso de uma amiga de forma bem discreta em um dos poucos contados que teve com pessoas externas a casa. O bilhete era pedindo ajuda por causa das agressões e do cárcere. Quando leu o que estava escrito, a testemunha acionou a Polícia Militar. Isso ocorreu nesta segunda, quando completava um mês que as vítimas estavam em cárcere privado. 

Os militares foram até a residência e bateram no portão. Eles ouviram o grito de uma mulher, mas ninguém atendeu. Neste momento, um soldado subiu no muro da residência e viu o suspeito torcendo o braço da vítima e a ameaçando caso ela abrisse o portão. Os policiais invadiram a casa e a vítima correu desesperada para perto deles. O suspeito tentou fugir e resistiu à prisão, agredindo os militares que o algemaram. Foi preciso uso de spray de pimenta para que o homem se acalmasse. 

A vítima estava com várias marcas de agressão pelo corpo. Ela disse que era agredida toda vez que tentava fugir e que era difícil sair da casa por ter que levar as duas filhas pequenas, que eram enteadas do suspeito. A vítima disse que era proibida de usar o celular e de sair de casa. O homem também dizia que a mataria caso ela dormisse. 

A mulher e as crianças foram socorridas para uma Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) onde receberam atendimento médico. E o suspeito foi levado para a Delegacia de Polícia Civil. Ele já tem outras passagens por violência doméstica e inclusive já tinha mantido outra ex-companheira em cárcere privado. Não havia nada de ilícito na residência. (O Tempo)

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