Cenário para produtores de leite deve ser mais otimista neste ano

Redução dos juros no país sinaliza aumento do consumo e retomada das chuvas deve baixar custos de produção

De acordo com a pesquisa de preços recebidos pelos produtores, realizada semanalmente pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais (Emater-MG), o litro do leite no Sul de Minas, na primeira semana de fevereiro, estava cerca de 18% mais baixo do que no mesmo período de 2023. A região é a maior produtora do estado, com 17% do total. Apesar desse número negativo, a boa notícia é que a cotação do produto provavelmente chegou “ao fundo do poço”, na avaliação de Alexandre Gonzaga de Paula, assessor técnico da Emater-MG.

Outro fator que justifica um cenário positivo para a cadeia do leite, segundo ele, é a redução do ritmo de alta dos custos de produção, iniciada ainda no ano passado. “Já houve um alívio nos preços do concentrado, principalmente farelos de soja e milho, ração e polpa cítrica. E, como voltou a chover agora em fevereiro, a perspectiva é de melhora na produção do milho e da soja, o que deve reduzir as cotações”, disse. Por conta de uma maior demanda interna e externa pelo milho brasileiro, os preços do grão enfrentam viés de alta no mercado físico brasileiro. Os preços da soja também apresentaram períodos de alta em 2023, puxado principalmente pela valorização internacional da soja e por conta das incertezas em relação à safra 2023/24.

A forte pressão importadora, que pressionou muito os preços do leite no mercado interno durante o ano de 2023, também deve ser reduzida, com a mudança no cenário econômico da Argentina, um dos maiores concorrentes do Brasil na produção leiteira. Conforme Alexandre de Paula, da Emater-MG, os preços do produto já subiram bastante no país vizinho, reduzindo a atratividade do leite argentino para as indústrias brasileiras. No consumo interno, o especialista acredita que a gradativa redução das taxas de juros no Brasil deverá ser um incentivo a mais para o aumento do consumo interno do leite e derivados. “E, pela lei da oferta e da procura, naturalmente essa maior demanda deve contribuir para melhorar os preços recebidos pelos produtores”, conclui.

Assistência técnica

Como o setor de lácteos sofre forte influência das conjunturas econômicas externas e internas, além dos eventos climáticos, é importante para os produtores estarem preparados para momentos de crise, pois as margens de lucro são muito reduzidas. E, nos períodos mais positivos, planejarem com muita cautela os investimentos, alerta Alexandre Gonzaga de Paula, assessor técnico da Emater-MG.

“O mercado é muito volátil, influenciado por fatores que não dependem dos pecuaristas, como importações, preço dos insumos e clima. Então, é importante que os produtores mantenham índices zootécnicos eficientes, com todos os dados da fazenda muito bem acompanhados. E, com assistência técnica de qualidade, é possível manter esse controle, que é fundamental tanto nos momentos de crise quanto nos períodos em que o mercado leiteiro está mais positivo”, afirma o especialista.

Ele aconselha ainda cautela nos investimentos, que devem ser planejados para médio e longo prazos: “O ideal é ter uma perspectiva de cinco a oito anos, pensando em reposição do rebanho, melhoria genética e inseminação artificial, descarte (venda) de animais e também no investimento em produção própria de alimentos para o gado, especialmente para os períodos secos, como capineiras, cana de açúcar… Tentar investir em tudo de uma vez pode ser um tiro no pé, pois de repente o mercado pode mudar”, orienta Alexandre de Paula.

Minas Gerais é o maior produtor de leite do Brasil, com 27,1% do total produzido no país, de acordo com dados de 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O segundo estado no ranking é o Paraná, com 12,9%, e o terceiro, o Rio Grande do Sul, com 11,8%.

FONTE AGÊNCIA MINAS

IV Fórum Nacional do Comércio traz mensagem otimista para economia

Ministro Paulo Guedes fala durante fórum/DIVULGAÇÃO

O IV Fórum Nacional do Comércio teve início nesta terça-feira (17/09), no Royal Tulip, em Brasília, com a presença das maiores lideranças do varejo. Autoridades como o ministro da Economia, Paulo Guedes e o presidente do Sebrae Nacional, Carlos Melles, uniram-se aos mais de 900 convidados para fazer parte do maior evento já realizado pelo Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas.

Falando para um setor que movimenta mais de R$ 340 bilhões, Paulo Guedes saudou os integrantes do Sistema CNDL e reafirmou a confiança nas reformas que o governo está capitaneando. O ministro disse que as ações do governo, com apoio do Congresso, muito em breve trarão resultados. “Tínhamos um diagnóstico quando assumimos. Os gastos públicos deveriam ser enfrentados e as reformas deveriam ser implementadas, só assim o Brasil encontraria uma rota de crescimento sustentável”.

Segundo Guedes, o Brasil avançou muito em 2019. “Conseguimos aprovar a Reforma da Previdência, a MP da Liberdade Econômica, avançamos nas privatizações, fechamos acordos com o Mercosul e a União Europeia”, enumerou. “As mudanças estão acontecendo, e temos certeza que os resultados virão já no próximo ano”, disse.

O presidente da CNDL, José César da Costa/DIVULGAÇÃO

O chefe da Economia aproveitou para apontar quais são as metas futuras do governo. “Estamos trocando o eixo. Queremos que motor da economia passe a ser o setor privado. Para isso, temos que reduzir os juros, os impostos, o endividamento, privatizar e atrair investimentos externos”.

O Ministro falou da sua obsessão pelo corte de gastos e disse que prefere “furar o piso, fazendo mais cortes, que quebrar a lei que impõe o teto de gastos”. Foi aplaudido ao dizer que o governo Bolsonaro não vai aumentar imposto. “Ao contrário! Vamos reduzir impostos, simplificar o sistema tributário e desonerar a folha de pagamentos”.

Guedes também falou do cenário político. Disse que é uma injustiça com o governo afirmarem que o espaço democrático está sendo reduzido. “É o contrário! Antes havia espaço apenas para um espectro político ligado à esquerda e à centro esquerda. Hoje o Brasil ampliou esse espectro com o surgimento da centro direita e de um pensamento conservador”.

O Ministro Paulo Guedes conversa com o presidente da CNDL, José César da Costa/DIVULGAÇÃO

O presidente da CNDL, José César da Costa, seguiu o pensamento do ministro. Afirmou que o momento do Brasil é de transformação e exige de todos os brasileiros coragem para enfrentar os desafios que se abrem ao país. “Quando o povo brasileiro se lançou às ruas pedindo mudanças, assumiu um programa inovador e disruptivo a ser implantado e cumprido por toda a Nação”, disse.

José César também falou com otimismo das reformas que estão sendo implementadas no país. “As medidas aprovadas recentemente pelo Congresso Nacional mostram que o caminho para a prosperidade já foi aberto, com o ataque aos privilégios impresso na Reforma da Previdência, e a desburocratização do setor produtivo, com a aprovação da MP da Liberdade Econômica”, disse.

O deputado Efraim Filho, presidente da Frente Parlamentar de Comércio e Serviços, lembrou da atuação da CNDL e destacou a importância da Câmara dos Deputados contar com uma representação do setor varejista. “A Frente ocupou um espaço fundamental em que as demandas de estados e municípios passam a ser ouvidas”, disse.

O presidente do Sebrae, Carlos Melles, saudou os convidados e lembrou como que o comércio exerce um papel sedutor na economia, em que o ato de quem compra e quem vende ajuda a girar a roda da economia. “É por isso que o Sebrae atua com entusiasmo junto aos empresários do setor de varejo. O Brasil precisa de vocês”.

Público prestigiou Fórum Nacional do Comércio/DIVULGAÇÃO

As palavras de boas-vidas do presidente da CDL-DF, José Carlos, anfitrião do evento, foram no sentido de saudar os convidados e lembrar a importância que o Fórum Nacional do Comércio adquiriu ao longo dos anos. “Esse evento se firmou como um dos mais importantes do país e se tornou uma forma eficiente de formulação da agenda econômica do país”, disse.

Amanhã (18/09), o Fórum Nacional do Comércio inicia sua programação de debates com painéis de política, economia e gestão empresarial com a participação, entre outros, dos deputados Efraim Filho, Jorginho Melo e Kim Kataguiri, o secretário especial de Trabalho e Previdência, Rogério Marinho.

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