Minas anuncia a produção do primeiro azeite biodinâmico do país; entenda

Novidade é fruto de estudos e pesquisas da Epamig ao longo de anos.Conceito da agricultura biodinâmica baseia-se em formas de cultivo que respeitam o ritmo da natureza, com poucas interferências

Anos de pesquisas e estudos da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig) ajudaram o estado a produzir o primeiro azeite biodinâmico do país. O produto-conceito que acaba de ser anunciado pela Secretaria de Estado da Agricultura (Seapa) baseia-se numa forma de cultivo que respeita o ritmo da natureza, utilizando, por exemplo, práticas da agricultura orgânica, sem o uso de agrotóxicos. O próximo passo é fazer as análises físico-químicas do produto para saber a quantidade de gordura e ácidos graxos presente em sua composição e, principalmente, a concentração de ácidos polifenólicos, que dão qualidade ao azeite, são benéficos à saúde eprevinem o envelhecimento precoce.

Produtores se concentram na Serra da Mantiqueira

Minas tem se destacado no cultivo de oliveiras e na produção de azeites extravirgens de qualidade. A maior parte dos produtores está concentrada no Sul de Minas, na região do entorno da Serra da Mantiqueira. São olivicultores como Samir Rahme, dono do primeiro azeite biodinâmico, cultivado nos Olivais de Quelémém.

O produtor Samir Rahme

Desde o início do negócio até chegar à produção do premiado Azeite Zet, Samir contou com o apoio da Epamig com indicações para a escolha das variedades mais apropriadas para a região, a condução dos olivais e nas primeiras extrações do azeite, que foram feitas usando a estrutura e equipamentos do Campo Experimental da empresa de pesquisa, em Maria da Fé.

“A olivicultura entrou em minha vida por uma questão de destino, no começo dos anos 2000. Eu era presidente de uma Associação Médica em São Paulo e decidi organizar uma feira orgânica, que teve a participação de pessoas da Associação de Produtores de Agricultura Natural de Maria da Fé. Eles fizeram a ponte para a visita ao município, onde acabei comprando, em 2005, o terreno de 7,5 hectares, a 1,6 mil metros de altitude. O plantio de oliveiras começou como um hobby. Não planejamos virar olivicultores, mas o mundo planejou isso para nós, por isso chamo de destino”, detalha.

Fernanda Fabrino/Campo Experimental da Epamig em Maria da Fé

Produção segue ritmo da natureza

Samir explica que escolheu a agricultura orgânica baseada nos conceitos da agricultura biodinâmica por acreditar na sabedoria da natureza. Segundo o próprio produtor, um alimento biodinâmico “é aquele cuja árvore é tratada de maneira a oferecer o que tem de melhor. Seguimos e respeitamos o ritmo da natureza. Não forçamos nada, não damos nada a mais do que a planta necessita. A nutrição básica é pela compostagem, a partir de esterco de vaca”.

Azeitonas certificadas pelo IBD

Azeitonas são certificadas pela IBD, empresa 100% brasileira que desenvolve atividades de inspeção e certificação agropecuária/Diego Vargas Seapa

O Zet é produzido a partir de azeitonas orgânicas, certificadas pelo IBD, maior certificadora de orgânicos da América Latina. A qualidade dos azeites da marca já foi reconhecida em premiações internacionais como o Olio Nuovo Days Competition, em Paris (França). “A gente sabe que o azeite é um alimento fantástico e queremos que essas características benéficas sejam ainda mais exacerbadas no nosso produto”, disse Samir.

Curiosidades sobre as características é grande

Curiosidade agora é para saber as características do Azeite Zet/Diego Vargas/Seapa

O próximo passo é atestar características dos azeites da marca em análises laboratoriais que poderão ser feitas pela Epamig. “A empresa recebeu um equipamento que fará a análise da quantidade de gordura e ácidos graxos, principalmente, de ácidos polifenólicos, que dão qualidade ao azeite. Estou muito curioso para fazer não só a análise química e física, mas essa análise mais detalhada do nosso azeite”.

Apoio para quem quiser apostar

A diretora-presidente da Epamig, Nilda Ferreira Soares, reforça os serviços oferecidos pela empresa a quem quer investir na atividade. “Temos em Maria da Fé um ponto de apoio a quem quer apostar na olivicultura. Uma agroindústria, equipada com maquinário moderno, disponível para os produtores que ainda não têm seus lagares (nome técnico do local onde se faz a extração do azeite) serviços de análises laboratoriais e orientações para o início do plantio e manejo de doenças e pragas”.

Boas perspectivas para a safra 202

A produção dos Olivais de Quelemém segue as projeções de boa safra para a região da Serra da Mantiqueira. “Em 2022, colhemos sete toneladas de azeitona. No ano passado, colhemos pouco mais de 300 quilos, em função de questões climáticas. Para 2024, as perspectivas estão boas para todos e prevemos uma colheita entre cinco e seis toneladas”, informa Samir Rahme.

Música clássica nos olivais

A olivicultora Rosana Chiavassa defende o poder da música para o desenvolvimento das plantas/Fernanda Fabrino

É também em Maria da Fé que fica a fazenda Santa Helena, primeira propriedade a receber o Certifica Minas Azeite, programa de certificação de produtos agropecuários e agroindústrias do Governo de Minas. A propriedade de 10 hectares é conhecida pela adoção da musicoterapia para os olivais. A olivicultora Rosana Chiavassa acredita que a música clássica tenha o poder de interferir positivamente no desenvolvimento das plantas. Por isso, chegou ao requinte de contratar um musicoterapeuta para fazer uma playlist para seu olival, definindo os melhores compositores e as melhores frequências para as plantas.

Rosana atribui a esse cuidado o fato de conseguir duas colheitas precoces. Explica-se: é que a colheita da azeitona acontece sempre de janeiro a março, mas a fazenda Santa Helena, misteriosamente, consegue duas colheitas: uma em dezembro e outra em fevereiro. Também não por acaso, o azeite Monasto, produzido no local, já ganhou oito medalhas internacionais.

A produtora destaca ainda a importância da certificação para a agregação de valor ao produto e para a credibilidade junto aos consumidores. “Os azeites mineiros são de excelente qualidade e a certificação chancelada pelo IMA agrega bastante. Sou de São Paulo e posso afirmar que Minas Gerais tem órgãos prontos para atender as demandas dos produtores”, comentou.

Visitas guiadas

Tanto os Olivais de Quelemém quanto a Fazenda Santa Helena realizam visitas guiadas e atividades especiais para os interessados em conhecer a excelência da produção de dois azeites mineiros mundialmente reconhecidos pela qualidade.

Outros investimentos

  • A Epamig realiza pesquisas para o desenvolvimento e a adaptação da cultura de oliveiras em Minas desde a década de 1970.
  • A empresa foi responsável pela primeira extração de azeite extravirgem no Brasil, realizada em fevereiro de 2008.
  • O Governo de Minas investiu R$ 2,3 milhões nesta cadeia produtiva de 2019 a 2024.

Alcançamos importantes avanços em termos de tecnologia em todas as etapas da cadeia produtiva, da produção de mudas, à análise da azeitona e do azeite. Mas ainda há muito a se evoluir, seja no estudo do comportamento das plantas, seja no conhecimento do potencial produtivo da oliveira ou em ações para amenizar os impactos das condições climáticas”, explica o engenheiro agrônomo e coordenador do Programa Estadual de Pesquisa em Olivicultura da Epamig, Luiz Fernando de Oliveira.

(*) Com informações da Secretaria de Estado da Agricultura e Pecuária de Minas Gerais via jornalistas Mariana Penaforte e Márcia França.

FONTE ITATIAIA

País divulga a lista de nomes de bebês proibidos após 2023 (os cartórios não podem registrar)

Regras são rígidas e o que mais impressionou foi o termo líder do ranking

Já imaginou sonhar em colocar um nome especial no filho recém-nascido e descobrir que existem severas leis no país que proíbem determinados títulos nos registros dos pequenos? Parece estranho, mas na Nova Zelândia, as regras são rígidas.

No fim do ano de 2023, as autoridades do território, localizado no continente oceânico, divulgaram uma lista com termos proibidos para serem usados nas certidões de nascimento dos novos cidadãos.

A regra com as restrições já existe há alguns anos, mas desta vez os nomes chamaram mais atenção. Inclusive, no mundo inteiro.

“Messias”, “Princesa”, “Vampira”, “Soberano”, “AazyahRoyaal”, “Capitão”, “Ísis”, “JP”, “Chefe”, “Imperatriz”, “Papa” e “Fanny” foram alguns títulos rejeitados pelos funcionários do governo.

Uma curiosidade é que, na Nova Zelândia, “Fanny” é uma gíria para genitália feminina. Logo, é totalmente impossível registrar um bebê no cartório com o nome.

Entre os restritos, “Rei” foi o nome que liderou o ranking por 13 anos. Agora, o pódio dos nomes proibidos em todo o território oceânico é “Príncipe”. De acordo com as autoridades locais, não é permitido chamar ninguém com as palavras citadas.

“Os nomes são um presente e uma parte crucial da identidade de uma pessoa. Encorajamos os pais a considerarem o impacto que o nome terá em seus filhos e como eles se sentirão em relação a ele mais tarde na vida”, anunciou o registrador Russell Burnard em um comunicado.

A autoridade ainda pontuou que, antes de o departamento tomar uma decisão final, os pais têm a oportunidade de “justificar a escolha do nome”. No entanto, é bom evitar frustrações.

FONTE PORTAL 6

A riqueza na ‘Dubai’ vizinha ao Brasil: ‘É como se país tivesse ganhado na loteria’

A Guiana tinha uma economia baseada na agricultura de subsistência, mineração de ouro e diamantes e extração de madeira. A partir de 2019, no entanto, as receitas do petróleo passaram a turbinar o PIB do país

Em 1982, os irmãos Shiv e Hemant tinham 19 e 16 anos, respectivamente, quando deixaram a Guiana rumo ao Canadá.

Na época, a dupla deixava para trás um dos países mais pobres do mundo, seguindo os passos de milhares de outros jovens guianenses em busca de uma vida melhor.

Na América do Norte, constituíram família e fizeram carreiras no setor imobiliário e financeiro. Trinta e nove anos depois, em 2021, eles fizeram o caminho inverso. Era hora de voltar, disse Shiv Misir, hoje com 60 anos, à BBC News Brasil.

Os irmãos foram atraídos pelos bilhões de petrodólares que turbinaram a economia do país nos últimos anos. Eles montaram um escritório de corretagem imobiliária especializado em vender e alugar imóveis de alto padrão na capital do país, Georgetown.

Shiv e Hemant são dois representantes da nova classe média que surgiu (ou que retornou) ao país nos últimos anos desde o início da exploração de petróleo no país.

Iniciada em 2019, essa exploração transformou a antiga colônia britânica em uma das economias que mais cresce no mundo.

A Guiana é um país localizado no norte da América do Sul, entre o Suriname e a Venezuela. Tem pouco mais de 800 mil habitantes e surgiu como uma colônia inicialmente holandesa para a produção de cana-de-açúcar.

Somente em 1966 o país foi declarado independente do Reino Unido.

Em 2015, a petroleira americana Exxon Mobil anunciou a descoberta de campos de petróleo gigantes e economicamente viáveis na costa do país.

Nos anos seguintes, o consórcio composto pela Exxon Mobil, a também americana Hess e a chinesa CNOOC arrematou poços a pouco mais de 200 quilômetros da costa guianense.

Até o momento, foram descobertas reservas de aproximadamente 11 bilhões de barris de petróleo, mas estimativas mais recentes apontam que esse volume pode chegar a 17 bilhões.

O valor seria maior que todas as reservas provadas de petróleo do Brasil, estimadas pela Agência Nacional de Petróleo (ANP) em 14 bilhões de barris.

Até então, a Guiana tinha uma economia baseada na agricultura de subsistência, mineração de ouro e diamantes e extração de madeira.

A partir de 2019, as receitas do petróleo passaram a turbinar o Produto Interno Bruto (PIB) do país.

Em 2020, o então ministro da Economia do Brasil, Paulo Guedes, chegou a comparar o país a uma das cidades dos Emirados Árabes Unidos que virou símbolo da riqueza gerada pelo petróleo.

“É a nova Dubai da região, mesmo”, disse Guedes. Os números, de fato, têm chamado atenção.

‘É como se o país tivesse ganhado na loteria’

Hotel da rede norte-americana Best Western sendo construído em Georgetown por empreiteira chinesa — Foto: Leandro Prazeres/BBC News Brasil
Hotel da rede norte-americana Best Western sendo construído em Georgetown por empreiteira chinesa — Foto: Leandro Prazeres/BBC News Brasil

Entre 2019 e 2023, o Fundo Monetário Internacional (FMI) estima que o PIB do país tenha saído de US$ 5,17 bilhões (R$ 27,7 bilhões) para US$ 14,7 bilhões (R$ 68,2 bilhões), um salto de 184%.

Em 2022, o crescimento do PIB foi de impressionantes 62%.

Na mesma proporção, o PIB per capita (divisão da riqueza do país pelo número de habitantes) também cresceu.

Segundo o Banco Mundial, saiu de US$ 6.477 (aproximadamente R$ 31 mil) dólares em 2019 para US$ 18.199 (R$ 87 mil) dólares em 2022.

Para efeito de comparação, esse valor é mais que o dobro do PIB per capita brasileiro, que em 2022 foi de US$ 8.917 (R$ 39,9 mil).

“É como se o país tivesse ganhado na loteria. É uma chance que só aparece uma vez na vida. Há um otimismo muito grande no país”, disse à BBC News Brasil Diletta Doretti, representante do Banco Mundial para a Guiana e Suriname, que vive há dois anos em Georgetown.

Na esteira do crescimento gerado pelo petróleo, outros setores da economia do país também cresceram.

De acordo com o FMI, o crescimento do PIB não relacionado ao petróleo como indústria, agricultura e construção civil em 2022 foi de 11,5%.

Os reflexos são visíveis pelas principais cidades do país como a capital, Georgetown.

É possível ver guindastes e operários trabalhando em obras de infraestrutura como hospitais, rodovias, pontes e portos e na construção de hotéis de luxo de redes internacionais como as americanas Marriot e Best Western.

Ao longo das novas rodovias, há dezenas de galpões recém-construídos repletos de tratores, escavadeiras e outros equipamentos para a construção pesada para atender à demanda por obras do país.

Foi por conta desse boom econômico que os irmãos Misir decidiram voltar, ainda que não de forma definitiva, à Guiana.

Desde 2021, a dupla faz viagens frequentes entre Toronto, no Canadá, e Georgetown para tocar os novos negócios.

Ele explica que o dinheiro gerado pelo petróleo vem criando oportunidades tanto para o surgimento de uma nova classe média quanto para a atual elite do país.

“As pessoas se sentem mais seguras. Elas sentem que são parte de algo do que elas podem se beneficiar”, diz Misir.

“Há muita gente rica na Guiana que está indo para o ramo imobiliário ou que está atuando na cadeia de suprimentos da indústria do petróleo.”

Shiv Misir deixou a Guiana aos 19 anos em busca de uma vida melhor e voltou há dois anos atraído pelos dólares do petróleo — Foto: Leandro Prazeres/BBC News Brasil
Shiv Misir deixou a Guiana aos 19 anos em busca de uma vida melhor e voltou há dois anos atraído pelos dólares do petróleo — Foto: Leandro Prazeres/BBC News Brasil

Misir afirma que conhece outros imigrantes guianenses que vivem nos Estados Unidos ou no Canadá investindo em imóveis ou terrenos no país na expectativa de lucrarem com o boom do petróleo.

Ao chegarem à Guiana, eles passam a integrar, automaticamente, a nova classe média.

“Há muitos guianenses que estão voltando, e eles procuram viver em condomínios fechados, com segurança e imóveis modernos, com todo o conforto com o qual viviam antes, porque passaram a maior parte de suas vidas em países como os Estados Unidos e o Canadá”, diz Misir.

Acostumado a lidar com clientes de alto poder aquisitivo, ele comenta que parte da antiga e da atual elite do país ainda mantém velhos hábitos de fazer compras no exterior e que, por isso, ainda não há lojas exclusivas de grifes de luxo no país.

Apesar de ter sido colonizado pelos holandeses e pelos britânicos, o país, assim como vizinhos do Caribe, mantém uma estreita ligação comercial e cultural com os Estados Unidos, a pouco mais de quatro horas de voo.

Segundo ele, a maior parte da elite guianense envia seus filhos para estudar em países como Estados Unidos, Canadá ou na Europa.

Misir diz que esse público aproveita as visitas aos filhos para fazer turismo e aproveitar o estilo de vida desses países.

O empresário também diz que, nos últimos anos, o rápido crescimento da economia também encorajou a abertura de empreendimentos focados na elite do país.

“Eles (os ricos da Guiana) vão para os restaurantes de luxo e para os shoppings que foram abertos recentemente. Nossa loja, por exemplo, está em um desses”, disse o empresário.

A corretora de imóveis dos irmãos Misir ocupa uma pequena sala no MovieTowne, que foi inaugurado em 2019, mesmo ano em que começou a exploração comercial de petróleo no país.

No mesmo andar, também há adegas vendendo vinhos importados, inclusive do Brasil, e lojas de perfume com marcas famosas como Dior.

Áreas antes usadas para plantar cana-de-açúcar e arroz agora dão lugar a casas de luxo e condomínios fechados nos subúrbios de Georgetown — Foto: Leandro Prazeres/BBC News Brasil
Áreas antes usadas para plantar cana-de-açúcar e arroz agora dão lugar a casas de luxo e condomínios fechados nos subúrbios de Georgetown — Foto: Leandro Prazeres/BBC News Brasil

Nos subúrbios de Georgetown, as mudanças dão a dimensão das transformações pelas quais o país vem passando — e de como o novo dinheiro que circula no país está criando novos hábitos e paisagens.

Antigas plantações de arroz e cana-de-açúcar, que antes eram importantes fontes de riqueza do país, agora dão lugar a shopping centers com lojas de franquias globais e condomínios fechados que abrigam tanto a nova elite do país quanto os imigrantes que chegam para trabalhar na indústria do petróleo.

Um desses shoppings é o Amazonia Mall, na margem leste do Rio Demerara, a pouco mais de meia hora de carro do centro da cidade.

À distância, é possível ver a placa de uma das suas principais lojas: uma franquia da Starbucks.

A loja foi inaugurada em abril de 2023, tem mais de 200 metros quadrados e 50 funcionários. Ela fica frequentemente lotada.

Procurada pela BBC News Brasil, a Starbucks disse que a abertura da loja no país se deveu ao fato de que o país é, hoje, “um mercado vibrante”.

Canteiro de obras global

Operários chineses e guianenses trabalham em obra de ponte sobre o rio Demerara, na Guiana — Foto: Leandro Prazeres/BBC News Brasil
Operários chineses e guianenses trabalham em obra de ponte sobre o rio Demerara, na Guiana — Foto: Leandro Prazeres/BBC News Brasil

Há outros sinais que evidenciam a velocidade com a qual a nova riqueza do petróleo chega à Guiana.

O país passou a atrair empreiteiras de diversos países, inclusive do Brasil, em busca de contratos para construção de obras de infraestrutura que o país, há décadas, necessitava.

Dados oficiais apontam que o governo destinou US$ 187 milhões (R$ 925 milhões) em projetos de infraestrutura como rodovias e portos em 2019, o primeiro ano da exploração comercial de petróleo no país.

Em 2023, o valor subiu para US$ 650 milhões (R$ 3,2 bilhões), um crescimento de 247%.

“Moro aqui há quase dois anos. Toda vez que viajo para fora do país, eu percebo a diferença quando retorno”, diz Diletta Moretti, do Banco Mundial.

“Há muita infraestrutura sendo construída como rodovias novas e hoteis. Você percebe, também, o grande número de missões de negócios que chegam ao país.”

Em meio ao fluxo sem precedentes de recursos, o país se transformou em uma espécie de canteiro de obras global.

A Guiana também passou a ser cortejada por países que oferecem crédito para financiar empreiteiras.

“Temos companhias oriundas do bloco europeu, da China, da Índia, Estados Unidos, Canadá e brasileiras”, disse à BBC News Brasil Deodat Indar, que ocupa o cargo equivalente ao de vice-ministro de Obras Públicas da Guiana.

A China aparece nesse tabuleiro como um dos principais jogadores.

Além de expertise em projetos de infraestrutura, o país tem oferecido dinheiro à Guiana para financiar obras contratadas por empreiteiras do país.

Um consórcio de empresas chinesas, por exemplo, venceu a licitação para a construção de uma nova ponte sobre o rio Demerara. A obra foi financiada pelo Banco da China.

O projeto é considerado vital para o desenvolvimento do país, porque a ponte vai substituir uma com mais de 30 anos de uso cujo fluxo é interrompido várias vezes ao dia para a passagem de embarcações pelo rio.

A nova ponte terá uma estrutura pênsil e permitirá o tráfego de navios abaixo dela. O projeto está avaliado em US$ 260 milhões (R$ 1,4 bilhão).

Empreiteiras do país também são responsáveis pela construção de hotéis e de uma série de hospitais contratados pelo governo da Guiana.

Mas a China tem concorrentes. Em 2022, uma empreiteira da Índia ganhou um contrato para a construção de uma rodovia avaliada em US$ 106 milhões (R$ 524 milhões).

Na esteira do crédito internacional, a Áustria também ofereceu crédito para que uma empresa daquele país pudesse construir um hospital público contratado pelo governo da Guiana. O valor do projeto é de US$ 161 milhões (R$ 796 milhões).

Algumas empresas trazem com elas empregados de seus próprios países. É o caso do consórcio chinês que constrói a ponte sobre o rio Demerara. O canteiro de obras do projeto é dividido por operários chineses e guianenses.

A presença do Brasil nesse canteiro global ainda é considerada tímida por diplomatas ouvidos pela reportagem da BBC News Brasil em caráter reservado.

Mesmo assim, uma companhia do país, a Álya Construtora (antiga Queiroz Galvão), ganhou a licitação para a construção de um trecho de 121 quilômetros de uma rodovia que deverá ligar Lethem, na fronteira com o Brasil, e Linden.

A obra de US$ 190 milhões (R$ 939 milhões) não é financiada por entidades brasileiras, mas pelo Banco de Desenvolvimento do Caribe.

Desde 2017, durante as investigações da Operação Lava Jato, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (Bndes) suspendeu linhas de crédito para o financiamento de obras de infraestrutura a empresas brasileiras no exterior.

No fim de 2023, a Guiana ficou em destaque internacionalmente devido à antiga disputa entre Venezuela e Guiana pela região de Essequibo, depois que o governo venezuelano realizou um referendo para anexar a região.

Essequibo, com aproximadamente 160 mil km² (pouco maior que o Estado do Ceará), representa 70% do território guianês. É uma região rica em minerais como ouro, cobre, diamantes e, recentemente, lá também foram descobertos enormes depósitos de petróleo e outros hidrocarbonetos.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem prevista viagem à Guiana para a cúpula da comunidade dos Estados do Caribe (Caricom), em 28 de fevereiro.

Riqueza e desigualdade

David Hinds é guianense e vive entre os Estados Unidos e seu país natal há quase quatro décadas.

Ele é professor da Universidade Estadual do Arizona e especializado em estudos sobre o Caribe e a diáspora africana.

Ele explica que a Guiana é um país com uma divisão social e de classe muito marcada.

Entre os séculos 17 e 19, o país foi colonizado por europeus que utilizaram a mão de obra de africanos escravizados para produzir açúcar no país.

Com a abolição da escravidão, em 1833, o Reino Unido passou a levar imigrantes do Leste Asiático, especialmente da região que hoje é a Índia, chineses e portugueses para o país.

Segundo o governo, 39,8% da população é composta por pessoas de origem do leste indiano, 30% são negros de descendência africana, 10,5% são indígenas e 0,5% são de outras origens como chineses, holandeses e portugueses.

Hinds diz que políticas adotadas pelo então império britânico fizeram com que os imigrantes de origem asiática e os portugueses passassem a atuar em áreas como o comércio e a indústria incipiente do país.

“Os descendentes de indianos e os portugueses fazem parte da elite econômica da Guiana”, diz.

Os descendentes de africanos escravizados, por sua vez, explica Hinds, passaram a atuar em empregos com baixa especialização ou no serviço público.

O professor diz que os novos ricos da Guiana acabam sendo oriundos da mesma elite econômica que se instalou no país.

“As pessoas que estão aproveitando (o boom econômico) são aquelas que já estão entranhadas na elite da Guiana”, diz o professor.

A BBC News Brasil questionou o governo da Guiana sobre a marcante desigualdade social no país, mas não houve resposta.

‘Nova Dubai’

O empresário Richard Singh vende carros importados em Georgetown — Foto: Leandro Prazeres/BBC News Brasil
O empresário Richard Singh vende carros importados em Georgetown — Foto: Leandro Prazeres/BBC News Brasil

No Centro de Georgetown, o empresário Richard Singh observa seus funcionários polirem com cuidado pouco mais de 20 carros estacionados em sua revendedora de carros.

Fã de carros e tecnologia desde a infância, ele vende automóveis usados, a maioria importados de países como Japão, uma vez que o país, assim como a Guiana, também utiliza a mão inglesa.

Segundo ele, apesar dos dólares oriundos do petróleo, a elite do país continua preferindo carros de segunda mão porque os impostos para a importação de automóveis zero quilômetro são muito altos e porque o país ainda não teria mão de obra e acesso a peças de reposição, o que faria a manutenção desse tipo de veículo praticamente impossível.

Entre BMWs importadas e carros de montadoras japonesas, Singh disse à BBC News Brasil que houve uma mudança em sua clientela desde o início da exploração de petróleo no país.

Sua loja passou a ser frequentada não mais apenas por pequenos empresários locais e profissionais liberais, como médicos empregados pelo governo.

Agora, ela também é procurada por grandes corporações estrangeiras ligadas à indústria do óleo e do gás ou que vieram a reboque e procuram veículos para seus funcionários e executivos.

Conhecedor dos hábitos de consumo da elite guianense, Singh afirma que consegue ver o surgimento de uma espécie de nova classe média no país.

“Sim, há uma nova classe média. Ela está posicionada logo acima da antiga classe média da Guiana”, avalia Singh.

O aumento nos lucros permite que Singh acompanhe uma das suas paixões: corridas de automóvel.

Em maio do ano passado, por exemplo, ele viajou para Miami para assistir ao Grande Prêmio de Fórmula 1.

Mas o empresário acredita que o tão comentado boom na economia do país ainda não teria chegado ao seu ápice.

“Estou muito otimista. Sinto que a Guiana está aguardando para explodir (economicamente)”, diz à Singh.

“Entre um carro e outro, Singhs retoma a comparação com Dubai em tom de esperança.Sempre vi histórias sobre Dubai. Nos anos 1990, se você fosse lá, era tudo areia e deserto. Agora, você nem reconheceria”, diz.

“Eu tenho esperança e ambição de que, em 20 anos, a gente olhe para trás e diga: ‘Eu não acredito que aquilo era a Guiana’. Espero que aconteça assim aqui também.”

FONTE ÉPOCA NEGÓCIOS

Pais de bebê salvo pela PM fazem visita de gratidão

Ocorrência foi na madrugada de 13/01 para 14/01 quando a equipe da Patrulha de Operações já havia encerrado o turno, com apoio ao Pré Carnaval de Congonhas (MG). Militares ainda estavam no quartel quando o telefonista recebeu a ligação da mãe da criança pedindo socorro. Eles rapidamente embarcaram na viatura e logo chegaram no endereço para prestar os primeiros socorros à criança que estava se asfixiando. No dia 29/01, o bebêzinho competou um mês. À época do fato estava com 15 dias de vida.

Hoje está com um mês, e graças à abnegação dos militares da 73ª CIA. A sobrinha da Sra Priscila ainda chegou a perguntar se os policiais estavam por perto quando do acionamento, tamanha a rapidez com que chegaram para socorrer a criança. A Sra Priscila não tem palavras para descrever a sua gratidão para com a PMMG. Militares da Patrulha de Operações: 3° Sgt Bolivar Castro, Cb Yuri e Sd Cruz. Sala de Operações: Sd Vilela.

Conheça país pertinho do Brasil que tem bosque encantado e praias impressionantes

Local possui praias para todos os gostos, trilhas e uma arquitetura surpreendente

Paisagens magníficas, atividades divertidas e uma fauna e flora ricas são apenas alguns dos atrativos que a Costa Rica tem para oferecer. O pequeno país na América Central não pede visto de brasileiros e é um ótimo destino para conhecer.

A capital San José se destaca do restante do país por ter um turismo que gira em torno da arquitetura, diferente de outros locais que atrai pela natureza.

A maior parte dos pontos turísticos se encontram no centro da cidade, oferecendo uma série de opções de parques, praças, monumentos e edifícios como o Parque Central San José, Catedral Metropolitana, Teatro Nacional da Costa Rica e Parque Metropolitano la Sabana.

Além de apreciar a arquitetura, turistas também costumam buscar a Costa Rica para curtir a natureza.

No Parque Nacional Corcovado, é possível realizar trilhas em meio aos animais típicos da região, conhecido como “o lugar mais biologicamente intenso do planeta”, segundo o National Geographic.

Parque Nacional Corcovado (Foto: Reprodução/YouTube)

Outro local que parece ser ambiente de um conto de fadas é a Reserva Biológica Bosque Nublado de Monte Verde. Na reserva, visitantes podem fazer trilhas em meio à névoa.

A cachoeira La Leona também oferece trilhas, assim como a oportunidade de nadar na água azul turquesa. Além de cachoeiras, o país ainda possui praias paradisíacas com areia branca, vulcânica, ondas fortes, calmas – tem de tudo um pouco.

Locais populares para a prática de surfe são Santa Teresa, Puerto Viejo de Talamanca, Tamarindo e Nosara. Há ainda o Manuel Antonio, Costa Ballena, Playa Flamingo e Conchal.

Praia de Tamarindo, na Costa Rica (Foto: Reprodução/YouTube)

FONTE PORTAL 6

Caged: país gerou mais de 130 mil novas vagas de trabalho em novembro

Maioria dos empregos formais foi nos setores de serviço e comércio

O Brasil teve, no mês passado, um saldo positivo de 130.097 postos de trabalho com carteira assinada, segundo divulgou, nesta quinta (28), o Ministério do Trabalho e Emprego. Em novembro, foram 1.866.752 admissões e 1.736.655 demissões, segundo dados do Novo Caged, o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados. 

No acumulado de janeiro a novembro, foram gerados no país 1.914.467 postos de trabalho. Os estados com maior saldo no acumulado de 2023 foram São Paulo (mais 551.172 empregos, com crescimento de 4,2%), Minas Gerais (saldo de 187.866) e Rio de Janeiro (mais 165.701).  

Até agora, no ano, o maior crescimento do emprego formal ocorreu no setor de serviços, com saldo de 1.067.218 postos formais de trabalho (o que representou 59,8% do resultado).

O governo apontou que entre janeiro e novembro há destaque para as atividades de informação, comunicação e serviços financeiros, imobiliários, profissionais e administrativos. Outros resultados positivos de 2023 podem ser contabilizados para os trabalhos em administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais.

“Temos uma consideração muito positiva desse resultado comparado ao que era a expectativa no final do ano passado e início do ano. Todos os analistas econômicos avaliaram que passaríamos por uma grande dificuldade”, avaliou o secretário executivo do Ministério do Trabalho e Emprego, Francisco Macena, em entrevista coletiva. 

Ele ponderou que, entre as dificuldades que se impuseram no mercado de trabalho está a elevada taxa de juros praticada no país. No entanto, considerou que as medidas econômicas complementares apresentadas pelo Ministério da Fazenda e os investimentos públicos oferecem estimativa positiva para o aumento de vagas de trabalho. 

“A nossa expectativa é que, no ano que vem, tenhamos um círculo virtuoso não só de empregos formais, mas também de renda”. Ele comentou que o aumento do salário mínimo também deve impactar a economia e a geração de mais oportunidades.

Comércio e serviços

A maioria dos empregos formais foi contabilizada no setor de serviços (92.620) e no comércio (88.706). Com isso, o estoque total recuperado para o Caged foi de 44.358.892 postos de trabalho formais. 

No setor de serviços, destaque do mês, houve mais oportunidades de trabalho nas áreas de informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas. 

A segunda maior geração, no comércio, mais vagas abriram no setor varejista de artigos do vestuário e acessórios, mercadorias em geral, com predominância de produtos alimentícios e supermercados, além dos artigos de varejista de calçados . 

Segundo análise do governo, o impacto sazonal trouxe queda do emprego formal nos em setores como a indústria, com menos 12.911 postos de trabalho. A construção civil também teve queda, com menos 17.300 postos formais de trabalho. Francisco Macena avaliou que a indústria passa por dificuldades, mas o governo, segundo acredita, tem trabalhado com planos de modernização, investimentos e subsídios para recuperar o setor. 

“A expectativa para o ano que vem é muito positiva porque o Copom [Comitê de Política Monetária] tem sinalizado redução da taxa de juros, o que permite mais investimentos. Em especial, no setor da construção civil, com a renovação tecnológica, o investimento com o PAC [Programa de Aceleração do Crescimento] vai impulsionar muito a geração de emprego no país”, disse o secretário. Para ele, a fiscalização para combater a informalidade também pode gerar novos resultados positivos. 

Entre os estados, as unidades da federação com maior saldo em novembro foram São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.

Saldo positivo

No mês de novembro, houve um saldo positivo de empregos tanto para mulheres (mais 95.356 postos de trabalho) como para homens (crescimento de 34.732). 

Também foi registrado aumento de vagas para pessoas com deficiência, com saldo positivo de 1.344 para esse grupo. “Nós realizamos reuniões setoriais para sensibilizar para o cumprimento não só das cotas, mas da eficiência e eficácia de contratar pessoas com deficiência. Estamos trabalhando em regulamentações e acreditamos que isso vai impulsionar a contratação não só de jovens, mas também de pessoas com deficiência”, disse o secretário executivo do MTE na coletiva. 

Além disso, houve saldo positivo para pessoas pardas (mais 78.122), brancas (49.412), pretas (mais 23.472), amarelas (mais 15.762) e indígenas (mais 1.336).

FONTE AGÊNCIA BRASIL

Pais brasileiros na rota da mudança: STF pode ampliar licença-paternidade

O Brasil, conhecido por sua breve licença-paternidade de cinco dias, pode estar à beira de uma mudança significativa. Descubra como a recente decisão do STF pode redefinir os padrões.

Com uma licença-paternidade de apenas cinco dias, o Brasil destaca-se por oferecer um dos prazos mais curtos para os pais. No entanto, uma recente decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) coloca em pauta a possibilidade de ampliação desse benefício, aproximando-nos de países que adotam políticas mais abrangentes.

Essa medida pode representar não apenas uma evolução nos direitos dos pais, mas também um passo significativo na equidade de gênero e na redução da sobrecarga das mulheres.

STF reconhece omissão e abre caminho para mudanças na licença-paternidade

A decisão do STF, ao reconhecer a omissão do Congresso Nacional em regulamentar a licença-paternidade, abre portas para uma possível reformulação desse benefício no Brasil. Atualmente, com cinco dias, os pais têm um tempo limitado para se dedicarem aos primeiros momentos cruciais com seus filhos.

Perspectivas internacionais e desafios a serem superados

Países como a Coreia do Sul oferecem uma licença-paternidade de 52 semanas, representando um modelo no qual o Brasil poderia se inspirar. Contudo, o desafio está em encontrar o equilíbrio entre a extensão da licença e as implicações financeiras para empregadores e trabalhadores.

Enquanto no Brasil não há desconto no período em que o homem utiliza a licença-paternidade, em outros países ocorre o contrário. Na Coreia do Sul, por exemplo, o homem tem um prazo mais extenso, mas os vencimentos ficam em cerca de 31% do que ele receberia normalmente. No Brasil, os pais recebem integralmente durante esse período.

Impactos na equidade de gênero e na sobrecarga feminina

A decisão do STF não se refere apenas ao aumento da licença-paternidade; representa um avanço rumo à igualdade de gênero. Pesquisas mostram que a maior parte dos cuidados familiares recai sobre as mulheres, afetando negativamente suas carreiras e limitando suas oportunidades profissionais.

À medida que o Brasil enfrenta a possibilidade de uma extensão significativa da licença-paternidade, é crucial considerar não apenas a duração do benefício, mas também seu impacto nas dinâmicas familiares e na equidade de gênero.

A mudança proposta pelo STF pode ser o impulso necessário para transformar os padrões tradicionais, fortalecendo os laços familiares e promovendo uma distribuição mais justa das responsabilidades parentais.

FONTE CAPITALIST

Veja ranking das estradas mais violentas do país; ‘Rodovia da morte’ está entre as 10 primeiras

Os números são do relatório anual da Confederação Nacional do Transporte (CNT), divulgado nesta quarta-feira (13). Trecho catarinense da 101 é o mais perigoso; a BR-381, chamada de ‘Rodovia da morte’, é a sexta mais violenta.

Cerca de 60 mil acidentes foram registrados nas rodovias federais em todo o Brasil. Entre as 10 mais perigosas está a BR-101, em Santa Catarina, com 529 acidentes.

Minas Gerais ocupa o sexto lugar no ranking das dez mais perigosas e que mais mataram entre novembro de 2022 a outubro de 2023, somando 293 acidentes entre os KMs 480 e 490 (Betim, na Grande BH) da BR-381, a chamada “Rodovia da Morte”. A informação é do relatório anual da Confederação Nacional do Transporte (CNT), divulgado nesta quarta-feira (13)(veja ranking mais abaixo).

As mais violentas

As BRs 040 (Liga Brasília ao Rio de Janeiro, passando por Minas Gerais) e 116 ( Liga Ceará ao Rio Grande do Sul, passando também por Minas Gerais) ficaram entre as que mais mataram, somando 20 mortes (veja detalhes abaixo).

Veja ranking das estradas mais violentas do país

Trecho em SC da BR-101 é o mais perigoso; a BR-381, chamada de ‘Rodovia da Morte’, em MG, é a 6ª mais violenta

O trecho entre os KMs 560 e 570 da BR-040 (Nova Lima, na Grande BH), administrado pela concessionária Via 040, registrou 10 mortes, e o trecho entre os KMs 580 e 590 (Manhuaçu, na Zona da Mata), administrada pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), registrou outras 10.

Em todo o país, foram registrados 66.508 acidentes nas rodovias federais. Esses acidentes deixaram um total de 5.520 óbitos – ou seja, 8 mortes a cada 100 acidentes. Outras 76.677 pessoas ficaram feridas (leve ou gravemente) nos acidentes ocorridos.

Trechos com maior número de mortes

10 trechos com maior número de mortes em 10 km

Trecho catarinense da 101 é o mais perigoso

O que dizem os envolvidos

Por nota, a Arteris Fernão Dias, que administra o trecho citado da BR-381, informou que mantém o compromisso com a segurança dos usuários e apoia as ações de fiscalizações dos órgãos federais.

Já a Via 040, responsável pelo trecho da BR-040, disse que tem feito melhorias na rodovia, como implantação de elementos de proteção e segurança.

O DNIT, responsável pela BR-116, afirmou que atua na educação de trânsito por meio do Programa Nacional de Educação para o Trânsito.

Entenda mais sobre os nomes das rodovias:

FONTE G1

Minas tem 9 das 100 cidades mais ricas do país. Veja o ranking do IBGE

A capital BH é a 4ª maior economia do Brasil, atrás apenas de São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ) e Brasília (DF)

Minas Gerais tem 9 das 100 cidades mais ricas do país. É o que aponta um novo levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgado nesta sexta-feira (15), com base em dados de 2021.

O município mineiro de maior economia é a capital, Belo Horizonte. Segundo o levantamento, BH acumulou R$ 105,3 bilhões, o que corresponde a uma fatia de 1,17% do Produto Interno Bruto (PIB) total do país.

Com esse resultado, BH se consolidou novamente como a 4ª cidade de maior economia do país, ficando atrás apenas de São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ) e Brasília (DF).

Além de Belo Horizonte, outros 8 municípios mineiros constam no ranking dos 100 mais ricos do Brasil. Pela ordem:

  • Uberlândia: R$ 43,1 bilhões (2º no estado, 27º no país)
  • Contagem: R$ 36,4 bilhões (3º no estado, 33º no país)
  • Betim: R$ 33,1 bilhões (4º no estado, 39º no país)
  • Nova Lima (MG): R$ 21 bilhões (5º no estado, 58º no país)
  • Uberaba (MG): R$ 20,3 bilhões (6º no estado, 62º no país)
  • Juiz de Fora (MG): R$ 20,3 bilhões (7º no estado, 64º no país)
  • Ipatinga (MG): R$ 17,6 bilhões (8º no estado, 77º no país)
  • Itabira (MG): R$ 14,9 bilhões (9º no estado, 95º no país)

Chama a atenção, por exemplo, que Uberlândia, Contagem e Betim têm economias maiores do que Vitória (ES), Cuiabá (MT), Maceió (AL), Natal (RN), Teresina (PI), Florianópolis (SC) e João Pessoa (PB) — cidades que são capitais de seus respectivos estados.

MAIORES DO PAÍS
De acordo com o IBGE, as cidades mais ricas do país são:

  1. São Paulo (SP): R$ 828,9 bilhões
  2. Rio de Janeiro (RJ): R$ 359,6 bilhões
  3. Brasília (DF): R$ 286,9 bilhões
  4. Belo Horizonte (MG): R$ 105,8 bilhões
  5. Manaus (AM): R$ 103,2 bilhões
  6. Curitiba (PR): R$ 98 bilhões
  7. Osasco (SP): R$ 86,1 bilhões
  8. Maricá (RJ): R$ 85,8 bilhões
  9. Porto Alegre (RS): R$ 81,5 bilhões
  10. Guarulhos (SP): R$ 77,3 bilhões
  11. Fortaleza (CE): R$ 73,4 bilhões
  12. Campinas (SP): R$ 72,9 bilhões
  13. Niterói (RJ): R$ 66,3 bilhões
  14. Salvador (BA): R$ 62,9 bilhões
  15. Goiânia (GO): R$ 59,8 bilhões

FONTE ITATIAIA

Pais de estudantes recebem cartão de R$ 150; veja como funciona

Mais de 4 mil estudantes são contemplados pelo cartão de R$ 150. Veja como funciona e outras informações sobre o auxílio!

Pais de estudantes da educação infantil, ensino fundamental e educação especial podem receber R$ 150 a partir do programa Auxílio Material Didático, da Prefeitura de Quissamã (RJ). O valor é depositado diretamente no cartão do benefício. A entrega dos cartões de R$ 150 começou no dia 2 de outubro, e segue sendo realizada pela gestão.

O programa atende apenas estudantes da rede municipal de ensino. Sua implementação ocorreu no final do mês de setembro, no que a prefeita Fátima Pacheco considerou como “mais um passo importante para o fortalecimento da educação e do comércio local”, juntando-se a outras ações da gestão da cidade.

Cartão de R$ 150 para aquisição de material escolar

Imagem: menur / shutterstock.com

Como o nome do programa já mostra, o auxílio destina-se à compra de material para otimizar a prática dos estudantes regularmente matriculados na rede de ensino, seja infantil, fundamental ou especial. Sendo assim, na lista de itens que os beneficiários podem adquirir, estão: cadernos, canetas, borracha, cola, lápis de cor, entre outros.

Ao todo, o programa da Prefeitura de Quissamã contempla 4,5 mil alunos de 16 escolas e creches da região. Apenas na Escola do Bairro Sítio Quissamã, 335 alunos já receberam o ticket de R$ 150. Cabe destacar que a entrega dos cartões segue um cronograma, elaborado pela Secretaria Municipal de Educação.

Compra em estabelecimentos credenciados

Os pais e responsáveis dos estudantes não podem utilizar o cartão em qualquer estabelecimento. Segundo a gestão municipal, a compra dos materiais deve ocorrer em lojas credenciadas. Ademais, a relação completa dos itens e das quantidades para uso no ano letivo consta no Diário Oficial de Quissamã.

Por fim, a prefeita da cidade garante que, com o programa, ganham alunos, pais e o comércio local. Além disso, ela destacou que a gestão reafirma o compromisso de investir na educação, “empoderando alunos” e permitindo que possam comprar seus próprios materiais.

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