Delivery cresce e acende debate nas redes: o ato de cozinhar em casa vai acabar?

Segundo levantamento da Kantar, em 2023, brasileiro fez um pedido a cada 15 dias em plataformas de entrega como o iFood

Na última semana, o caos se instalou nas redes: profetizaram o fim do “arroz e feijão” feitos em casa e os brasileiros saíram em defesa da dupla sagrada. Enquanto chefs renomadas e nutricionistas apontaram a importância da comida caseira na manutenção dos costumes e da saúde da população, mulheres sobrecarregadas confessaram o desejo de nunca mais cozinhar na vida. Diante da repercussão negativa de uma entrevista à imprensa, o CEO do iFood, Fabricio Bloisi, explicou que, na verdade, não acredita que as pessoas deixarão de cozinhar em dez anos, mas que existe sim uma tendência das pessoas fazerem menos comida em casa. Apesar da retratação de Bloisi, a discussão foi posta à mesa: o ato de cozinhar em casa vai acabar?

No Brasil, a presença do delivery no mercado aumentou de 80% em 2020 para 89% em 2022, segundo a consultoria Kantar. E só em 2023, o brasileiro fez um pedido a cada 15 dias em plataformas de entrega. Segundo o levantamento, o principal motivo para fazer compras em plataformas como o iFood é “não se dar ao trabalho de cozinhar” (24%), usar a refeição como mimo ou recompensa (14%) e preferir ficar em casa a visitar um restaurante (13%). Segundo o aplicativo, no ano passado, as marmitas foram as mais pedidas. Mas o Kantar apontou que cerca de 40% das ocasiões de consumo são realizadas no jantar, aos fins de semana, e os brasileiros têm a pizza como a comida favorita. 

Na casa da psicanalista e empreendedora Tammara Viana Rezende, de 38 anos, o almoço é sempre com temperinho caseiro, mas à noite seus filhos Matheus, de 12, e Júlia, de 11, são livres para pedir delivery. Ela decidiu fazer o almoço diariamente e esperar eles voltarem da escola para a família sentar à mesa e fazer a refeição juntos. “Comida também é afeto, é uma forma de carinho… É uma forma de reunir, de conversar… Eu tenho filhos adolescentes agora e eles largam um pouco a internet, o celular. As crianças falam ‘mãe, sua comida tem um cheiro maravilhoso; é a melhor comida do mundo’. E é o mais importante na vida essa resposta para mim”, conta.

Para Tammara, a hora da refeição é um momento crucial para fortalecer laços familiares, proporcionar segurança emocional e até contribuir para o desenvolvimento das crianças. “Naquele momento, a família também pode resolucionar conflitos que podem aparecer no dia a dia. É natural e muito prazeroso”, explica a psicanalista. 

Nem mesmo Kelma Zenaide, de 51 anos, mestre culinarista, que vai abrir seu restaurante Território de Aquilombamento Kitutu em BH no mês que vem, abre mão de cozinhar em casa. “É aquela hora de troca, de afetividade, de traçar novos laços. Para mim, é fundamental”, explica. 

Desde a infância, Zenaide viu seu avô, de origem quilombola, chegar do trabalho, pegar o pilão e, de forma sistemática, macerar condimentos que seriam a base dos temperos de carnes, como o costelão de boi e o coração recheado. “Ele chegava 14h e ficava até 22h cozinhando. A gente reunia a família toda. Até hoje produzo a carne de lata [ensinada por ele]. O delivery jamais vai tomar o lugar de fazer uma comidinha em casa”, explica.  

Hoje em dia, ela mantém a tradição de cozinhar para sua esposa e seus enteados, num churrasco em família. “Tem uma geração, de 25 anos, que ainda preza muito pela praticidade do delivery, mas os jovens que estão amadurecendo agora tendem a retomar a alimentação em casa”, prevê.

Ela explica que, por mais que seja proprietária de um restaurante, acredita que seja importante preocupar-se com a saúde, saber a procedência do alimento. “Que mão é essa que está manuseando a comida? Não é só aquilo que vai no prato. Você se alimenta da energia também”, diz. 

Alimentação pesa (e muito) no orçamento do brasileiro

Enquanto se discute a afetividade presente na tradição de se cozinhar em casa, não é possível esquecer que muitos brasileiros fazem as próprias refeições porque esta é a única opção possível. Para eles, comer fora de casa ou pedir delivery é sinônimo de luxo. 

De acordo com a última Pesquisa de Orçamentos Familiares, do Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE), divulgada em 2019, as famílias com rendimento de até dois salários mínimos (em 2018 então em R$ 1.908) gastavam 22% do orçamento com alimentação. Entre aquelas com rendimentos mais altos, o custo com alimentação representava apenas 7,6%. 

Diogo Santos, economista da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, Administrativas e Contábeis de Minas Gerais (Ipead/UFMG), acredita que hoje o peso da alimentação no orçamento familiar seja ainda maior. “Essa pesquisa foi feita antes da pandemia, quando teve uma inflação forte dos alimentos. É possível que as famílias de até dois salários mínimos tenham um gasto com alimentação acima dos R$ 620, que seriam esses 22% do salário mínimo atual”, afirma. Apenas em 2022, a inflação de alimentos foi de 11,64%.

Segundo o Ipead, em BH, no último ano, as refeições em restaurantes ficaram até 11% mais caras, enquanto a alimentação dentro de casa subiu menos de 1%, devido à queda nos preços das carnes e do gás de cozinha mais barato. 

“As famílias, em geral, já têm um gasto com alimentação que não é o ideal; não é o que gostariam. Para aquelas de menor renda, a alimentação em casa não é só por ser mais saudável: é uma forma de economizar”, explica Diogo Santos. 

Segundo a Associação Brasileira de Supermercados (Abras), o consumo nos lares brasileiros aumentou 3,09% de 2022 para 2023. Em dezembro, o consumo cresceu 18% e registrou o maior percentual dos últimos 24 meses na comparação mês x mês anterior. A menor inflação dos preços dos alimentos para consumo no domicílio na comparação com o consumo fora do lar foi um fator essencial para esse crescimento, segundo a Abras.

Um levantamento da Kantar também apontou que os salgados prontos passaram de 11% da preferência em 2019 para 15% em 2022, especialmente para as classes D e E. Enquanto isso, as refeições completas caíram de 7% para 4%, respectivamente. “Não é por acaso que tem tantas lanchonetes no Brasil. Comer um lanche é mais barato se você vai precisar comer na rua de qualquer jeito”, explica Diogo. 

Aprenda a preparar um prato com arroz, feijão e carne moída
Consumo de arroz e feijão vem caindo nos últimos anos no país. Foto: Alexandre Mota/O Tempo

Arroz e feijão: uma combinação extremamente nutritiva

Nos últimos anos, a dobradinha arroz e feijão vem encontrando menos espaço no prato do brasileiro. De 2008-2009 a 2017-2018, a frequência de consumo de feijão caiu de 72,8% para 60,0% e de arroz de 84,0% para 76,1%, segundo a Pesquisa de Orçamentos Familiares, do IBGE, divulgada em 2019.  

Para Renata Rodrigues de Oliveira, de 43 anos, nutricionista especializada no tratamento da obesidade do Instituto Mineiro de Endocrinologia, a mistura do arroz e feijão, além da questão cultural, é extremamente nutritiva. “Tem carboidrato e a combinação, para quem não tem acesso a uma proteína animal, que é sempre superior em termos de qualidade, fornece alguns aminoácidos essenciais para o consumo”, explica. 

A nutricionista explica que, ao cozinhar em casa, é possível garantir um maior controle da forma e qualidade do preparo. “Você pode usar um tempero mais natural, uma gordura de qualidade, como azeite ou uma pequena quantidade de manteiga… Fora o preço: além de ser mais saudável, é imensamente mais barato”, detalha. 

Renata lembra que o crescimento da taxa de obesidade na população é cada vez mais alarmante. Segundo o Atlas Mundial, a projeção é que, em 2035, 41% dos adultos brasileiros estejam obesos. “Os riscos são imensos: diabetes, hipertensão e doenças associadas à obesidade. Tem que cuidar do que consome, diminuir os ultraprocessados e tentar manter uma alimentação mais natural possível”, diz. 

A nutricionista, porém, evita demonizar os industrializados e acredita que o consumo saudável passa pela boa escolha: passata de tomate, iogurte natural e temperos naturais a granel são exemplos de produtos que, segundo ela, podem sim facilitar o preparo das refeições.  

“A alternativa para poder otimizar [o preparo], deixar a alimentação mais saudável e também ter um pouco mais de praticidade, seria ter certos alimentos ou preparações já congeladas. Uma carne moída com molho de tomate, por exemplo, é muito versátil: pode ser a proteína do dia, você pode colocar num sanduíche, pode fazer uma massa ou colocar numa crepioca”, exemplifica. Para ela, tendo o básico – arroz, feijão e carnes congelados – metade do caminho já está adiantado.

FONTE O TEMPO

Desastre de Mariana: Justiça inglesa rejeita, pela 3ª vez, pedido de exclusão da Vale em ação bilionária

Mineradora dividia controle da Samarco junto da BHP, processada em Londres por atingidos

A Justiça inglesa negou, pela terceira vez, o pedido da Vale para sair do processo bilionário de indenização movido por atingidos pelo rompimento da barragem de Mariana, em 2015. A companhia brasileira responde à ação junto com a inglesa BHP.

Na apelação, a Vale argumentou que o processo deveria ser suspenso devido à cláusula de arbitragem contida no acordo de acionistas relativo à Samarco. Ou seja, a empresa brasileira disse que as mineradoras poderiam resolver a questão entre si e não nos tribunais.

A negativa do pedido é assinada pelo juiz David Waksman, da Suprema Corte da Inglaterra. O magistrado considerou que o argumento da Vale constituía abuso de processo, o que o levou a indeferir o pedido.

Ao todo, a defesa calcula que mais de 720 mil pessoas, instituições e municípios participam da ação que pede R$ 230 bilhões em indenização. O caso corre na Justiça inglesa porque a BHP tem sede em Londres.

A barragem de Fundão, que se rompeu em novembro de 2015, era administrada pela Samarco, mineradora controlada meio a meio pela BHP e pela Vale. O rompimento da estrutura causou 19 mortes e gerou dano ambiental ainda incalculável.

Na argumentação da BHP, a Vale também precisa responder ao processo que pede indenização uma vez que também compartilhava o controle da Samarco.

Segundo a BHP, a ação que pede a inclusão da Vale como ré só deve ser analisada na audiência de outubro de 2024, que também abordará o mérito da ação indenizatória.

O advogado que representa os atingidos pelo desastre, Tom Goodhead disse esperar que as empresas finalmente decidam “fazer a coisa certa” e “concentrem seus esforços em fornecer uma compensação completa e justa aos afetados por esse crime”.

“Até o momento, tudo o que vimos foi as duas maiores mineradoras do mundo gastando enormes quantias de dinheiro para brigarem entre si na Justiça em vez de enfrentarem suas responsabilidades como proprietários da mina e barragem que causaram o pior desastre ambiental do Brasil. As vítimas que representamos não se importam se a BHP acha que a Vale é mais responsável do que ela pela barragem e pelos resíduos despejados ao longo da Bacia do Rio Doce. Para os afetados, as atitudes da BHP e da Vale são uma afronta à justiça.”

Procurada, a assessoria da empresa enviou a seguinte resposta: “A Vale não tem comentários”

FONTE ITATIAIA

A pedido do MP, Conar aciona Fiat por abuso de velocidade em comercial

Iniciativa do Ministério Público do Distrito Federal acionou o Conar para reclamar de infrações às leis de trânsito em propaganda da Fiat

A Fiat respondeu a uma ação por veicular comerciais na TV e no YouTube em que um motorista dirigia em alta velocidade. A reclamação partiu de um integrante da Rede Urbanidade, uma iniciativa do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT).

A iniciativa do MPDFT é organizada pela Promotoria de Justiça de Defesa da Ordem Urbanística (Prourb) e tem o objetivo de promover a mobilidade sustentável e o transporte coletivo no Distrito Federal.

A representação, endereçada ao Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar), pedia a apuração de irregularidades na veiculação de infrações às leis de trânsito, como direção arriscada e excesso de velocidade.

A empresa justificou que apenas destacou características do modelo Pulse Abarth e que o comercial não induzia os consumidores a reproduzirem o comportamento em vias públicas.

O relator do caso no Conar deu razão para a Fiat e destacou que a ação do comercial se passava em um autódromo. A reclamação foi arquivada.

FOTNE METROPÓLIS

A pedido do MP, Conar aciona Fiat por abuso de velocidade em comercial

Iniciativa do Ministério Público do Distrito Federal acionou o Conar para reclamar de infrações às leis de trânsito em propaganda da Fiat

A Fiat respondeu a uma ação por veicular comerciais na TV e no YouTube em que um motorista dirigia em alta velocidade. A reclamação partiu de um integrante da Rede Urbanidade, uma iniciativa do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT).

A iniciativa do MPDFT é organizada pela Promotoria de Justiça de Defesa da Ordem Urbanística (Prourb) e tem o objetivo de promover a mobilidade sustentável e o transporte coletivo no Distrito Federal.

A representação, endereçada ao Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar), pedia a apuração de irregularidades na veiculação de infrações às leis de trânsito, como direção arriscada e excesso de velocidade.

A empresa justificou que apenas destacou características do modelo Pulse Abarth e que o comercial não induzia os consumidores a reproduzirem o comportamento em vias públicas.

O relator do caso no Conar deu razão para a Fiat e destacou que a ação do comercial se passava em um autódromo. A reclamação foi arquivada.

FOTNE METROPÓLIS

Congonhas, AMM e outras cidades levam pleito de Minas ao Congresso Nacional

O prefeito de Congonhas, Dr. Cláudio Antônio de Souza (Dinho), o presidente da Associação Mineira de Municípios – AMM, Dr. Marcos Vinicius da Silva Bizarro, prefeito de Coronel Fabriciano, e outros prefeitos estiveram em Brasília nesta quarta-feira (03) para pleitear recursos junto ao deputado federal Luiz Fernando (PSD) para aquisição de ambulâncias que atenderão ao SAMU de Minas Gerais.

Na ocasião, o deputado recebeu o pedido em seu gabinete, junto com outros assessores, e reforçou a importância do serviço de atendimento de urgência do estado mineiro. O parlamentar agradeceu aos gestores pela preocupação e a oportunidade.

Dr. Cláudio e Dr. Marcus Vinícius são médicos e reconhecem a necessidade do investimento para melhoria e ampliação do atendimento do SAMU. Também estiveram no encontro os prefeitos de Barbacena, Carlos Augusto Soares do Nascimento (Carlos Du), e o prefeito de Itaguara-MG, Geraldo Donizete de Lima (Chumbinho).

Por: Daniel Palazzi – Comunicação – Prefeitura de Congonhas
Foto: Arquivo

Congonhas, AMM e outras cidades levam pleito de Minas ao Congresso Nacional

O prefeito de Congonhas, Dr. Cláudio Antônio de Souza (Dinho), o presidente da Associação Mineira de Municípios – AMM, Dr. Marcos Vinicius da Silva Bizarro, prefeito de Coronel Fabriciano, e outros prefeitos estiveram em Brasília nesta quarta-feira (03) para pleitear recursos junto ao deputado federal Luiz Fernando (PSD) para aquisição de ambulâncias que atenderão ao SAMU de Minas Gerais.

Na ocasião, o deputado recebeu o pedido em seu gabinete, junto com outros assessores, e reforçou a importância do serviço de atendimento de urgência do estado mineiro. O parlamentar agradeceu aos gestores pela preocupação e a oportunidade.

Dr. Cláudio e Dr. Marcus Vinícius são médicos e reconhecem a necessidade do investimento para melhoria e ampliação do atendimento do SAMU. Também estiveram no encontro os prefeitos de Barbacena, Carlos Augusto Soares do Nascimento (Carlos Du), e o prefeito de Itaguara-MG, Geraldo Donizete de Lima (Chumbinho).

Por: Daniel Palazzi – Comunicação – Prefeitura de Congonhas
Foto: Arquivo

Família de jovem morta em acidente volta a pedir prisão de acusado de feminicídio

A cidade de Ouro Preto revive a dor de uma tragédia de uma acusação de feminicídio que ocorreu há oito meses, quando uma jovem de 27 anos teve sua vida abruptamente interrompida. O caso, inicialmente tratado como um acidente de trânsito, se transformou em uma acusação de crime contra a mulher que até hoje busca a devida justiça. Há pouco mais de um mês atrás o Galilé já repercutiu uma outra movimentação da família da jovem.

No fatídico dia 5 de dezembro do ano passado, a jovem foi encontrada morta após o que, à primeira vista, parecia um acidente automobilístico. Porém, as investigações conduzidas pela Polícia Civil de Ouro Preto revelaram que por trás desse aparente acidente se escondia um caso de feminicídio, em que o veículo havia sido deliberadamente usado como uma ferramenta para ceifar a vida da vítima.

O motorista do carro, o suspeito, mostrava sinais de embriaguez, sendo submetido ao teste do etilômetro com um resultado de 0,42 mg/l, configurando crime de trânsito. Inicialmente autuado por embriaguez ao volante, lesão corporal culposa no trânsito e homicídio culposo no trânsito, a investigação da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) revelou que o incidente não foi um acidente. A apuração indicou que, após uma discussão, o homem acelerou o veículo em direção a uma ribanceira, após anunciar sua intenção de matar os ocupantes do carro.

Desde então, a família da jovem tem lutado para ver o acusado não fique impune e para que a justiça seja feita em memória da filha, irmã e amiga que perderam de maneira tão trágica. Em busca de visibilidade e conscientização sobre os perigos do feminicídio, a família realizou mais um protesto nesta data, retornando ao local onde a jovem perdeu sua vida, em uma comovente demonstração de luto e indignação.

Família de jovem falecida volta a pedir prisão de acusado de feminicídio em Ouro Preto
Protesto da família e amigos da jovem no local de sua morte.

O pai da vítima entende que o sentimento de impunidade é o que mais machuca seu coração O fato de todo esse tempo ter se passado e ainda nenhuma ação ter sido tomada pelo Ministério Público o indigna.

“Eles vão ter que me dar uma explicação de por que minha filha está comendo terra e o filho de uma égua não está comendo arroz com feijão na cadeia, sendo que já foi caracterizado como feminicídio ou homicídio. Já está na segunda vara. Então, ele tem que estar preso. Eu não estou aguentando mais, não.”Disse o pai ao Galilé.

A polícia respondeu o pai da vítima com essa mensagem: “O inquérito concluído pela polícia civil foi enviado para o Ministério Público que poderá ajuizar Ação Penal para que que o Autor responda pelo crime de feminicidio. Somente ao final do processo judicial poderá haver alguma decisão acerca da prisão”.

A espera por justiça já se estende por oito meses, período em que a família tem enfrentado a dor da perda e a frustração da demora no desenrolar do caso. Os manifestantes levantam cartazes e proclamam palavras de ordem, exigindo a prisão do acusado e a garantia de que a memória da vítima não seja apagada.

FONTE JORNAL GALILÉ

Família de jovem morta em acidente volta a pedir prisão de acusado de feminicídio

A cidade de Ouro Preto revive a dor de uma tragédia de uma acusação de feminicídio que ocorreu há oito meses, quando uma jovem de 27 anos teve sua vida abruptamente interrompida. O caso, inicialmente tratado como um acidente de trânsito, se transformou em uma acusação de crime contra a mulher que até hoje busca a devida justiça. Há pouco mais de um mês atrás o Galilé já repercutiu uma outra movimentação da família da jovem.

No fatídico dia 5 de dezembro do ano passado, a jovem foi encontrada morta após o que, à primeira vista, parecia um acidente automobilístico. Porém, as investigações conduzidas pela Polícia Civil de Ouro Preto revelaram que por trás desse aparente acidente se escondia um caso de feminicídio, em que o veículo havia sido deliberadamente usado como uma ferramenta para ceifar a vida da vítima.

O motorista do carro, o suspeito, mostrava sinais de embriaguez, sendo submetido ao teste do etilômetro com um resultado de 0,42 mg/l, configurando crime de trânsito. Inicialmente autuado por embriaguez ao volante, lesão corporal culposa no trânsito e homicídio culposo no trânsito, a investigação da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) revelou que o incidente não foi um acidente. A apuração indicou que, após uma discussão, o homem acelerou o veículo em direção a uma ribanceira, após anunciar sua intenção de matar os ocupantes do carro.

Desde então, a família da jovem tem lutado para ver o acusado não fique impune e para que a justiça seja feita em memória da filha, irmã e amiga que perderam de maneira tão trágica. Em busca de visibilidade e conscientização sobre os perigos do feminicídio, a família realizou mais um protesto nesta data, retornando ao local onde a jovem perdeu sua vida, em uma comovente demonstração de luto e indignação.

Família de jovem falecida volta a pedir prisão de acusado de feminicídio em Ouro Preto
Protesto da família e amigos da jovem no local de sua morte.

O pai da vítima entende que o sentimento de impunidade é o que mais machuca seu coração O fato de todo esse tempo ter se passado e ainda nenhuma ação ter sido tomada pelo Ministério Público o indigna.

“Eles vão ter que me dar uma explicação de por que minha filha está comendo terra e o filho de uma égua não está comendo arroz com feijão na cadeia, sendo que já foi caracterizado como feminicídio ou homicídio. Já está na segunda vara. Então, ele tem que estar preso. Eu não estou aguentando mais, não.”Disse o pai ao Galilé.

A polícia respondeu o pai da vítima com essa mensagem: “O inquérito concluído pela polícia civil foi enviado para o Ministério Público que poderá ajuizar Ação Penal para que que o Autor responda pelo crime de feminicidio. Somente ao final do processo judicial poderá haver alguma decisão acerca da prisão”.

A espera por justiça já se estende por oito meses, período em que a família tem enfrentado a dor da perda e a frustração da demora no desenrolar do caso. Os manifestantes levantam cartazes e proclamam palavras de ordem, exigindo a prisão do acusado e a garantia de que a memória da vítima não seja apagada.

FONTE JORNAL GALILÉ

Vereadores articulam mudança de nome de cidade

A Câmara Municipal de Cássia recebeu um requerimento que pede a mudança do nome do município. Um grupo de pessoas quer que o local volte a ser identificado com o nome antigo, que homenageava Santa Rita de Cássia. A cidade tem o maior santuário do mundo dedicado à Santa das causas impossíveis. Mas, para a mudança, um longo caminho tem que ser percorrido e nem todos concordam.

O vereador Dinaldo Machado (PP)  disse que a Câmara está aberta a qualquer discussão que tenha origem em pleitos apresentados pela comunidade, independentemente da opção religiosa, política ou de qualquer natureza, desde que não seja ilegal. “A alteração da denominação do município depende da vontade popular, que deve ser aferida em plebiscito. O pedido invoca razões culturais, tradicionais e relacionadas à história, não sendo exclusivamente de cunho religioso. Portanto, a Câmara não pode negar a consulta popular”, disse o vereador.

“Como vereadores, estamos viabilizando essa consulta, sem prejuízo de uma análise legal e constitucional pelos órgãos que tiverem interesse. Assim, não tem qualquer relação com minha   opção ou não por qualquer vertente religiosa. E estaremos sempre dispostos a discutir quaisquer questões relacionadas ao município. Para colaborar, elaborei o projeto de resolução, mas a aprovação não depende de mim, ou de qualquer outro vereador”, completou.

Uma das signatárias do documento entregue à Câmara, a professora aposentada Célia Mazaro, acha justo. “Acho que foi muito triste ser tirada “Santa Rita” do nome da nossa cidade. Cabe a nós, cassienses, tentar recolocar nossa padroeira em nosso topônimo”, disse.

Para se mudar o nome da cidade é preciso que a Câmara aprove, com maioria simples, 2/3 dos votos, ou seja, seis vereadores.  Se passar por toda essa etapa, dá-se o plebiscito, que acontece na eleição para prefeito, vice e vereadores, no ano que vem.

O projeto de resolução é somente o primeiro passo para iniciar o processo. Caso seja aprovado pelos votos favoráveis de pelo menos dois terços dos vereadores, deverá ser feita uma comunicação à Justiça Eleitoral, com pedido de realização de um plebiscito. A alteração do topônimo nessa fase depende dos votos favoráveis de metade mais um dos eleitores. Depois disso, ainda é necessária a proposição e aprovação de uma lei estadual, autorizando a alteração.

Cássia, antes de 1919, se chamava Santa Rita de Cássia, mas o governador da época, Arthur Bernardes, tirou o nome de Santa Rita. Voltar o nome antigo é impossível porque tem uma Santa Rita de Cássia localizada na Bahia, mais velha que Cássia.

Nos grupos sociais da cidade, as opiniões são divididas. Há uma corrente contrária, da qual faz parte a funcionária pública Ana Paula Borges Martins. “Sou contra porque a cidade já consta nos endereços que a gente fornece para cartão de crédito, bancos, compras na internet. Imagina a burocracia. Fora isso, não é porque a cidade tem um Santuário dedicado à Santa Rita (nada contra) mas vivemos em um país Laico e Democrático, então as pessoas que não são católicas não têm que concordar”, disse.

O projeto de resolução vai dar entrada provavelmente na próxima reunião da Câmara de Cássia, dia 13 de junho próximo.

FONTE ESTADO DE MINAS

Prefeitura de Belo Vale participa de movimento pelo fim de acidentes na BR 040

No dia 31/03/23 o Prefeito Municipal de Belo vale participou da reunião com a AMIG – Associação dos Municípios Mineradores de Minas Gerais e do Brasil. “A AMIG recebeu dos municípios de Belo Vale, Congonhas, Itabirito, Nova Lima e Ouro Preto pedido comum no sentido de que a entidade possa auxiliar no processo de mediação visando mitigar/solucionar um gravíssimo problema estabelecido pelo alto número de fluxo de veículos (sobretudo os veículos destinados ao transporte de minério) na Rodovia Federal BR-040, notadamente entre o KM 563 (Nova Lima) e o KM 617 (Congonhas), considerando o número de acidentes fatais registrados por estudo do Grupo de Trabalho de Segurança no Trânsito do Conselho Federal de Engenharia – CONFEA – Decisão Plenária 0897/2022”.

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