Árvore acorrentada no Paquistão está cumprindo pena desde 1898

Uma árvore Banyan, nome dado no Paquistão para a figueira-da-Índia (Opuntia ficus-indica), tem chamado a atenção de turistas e viralizando de tempos em tempos nas redes sociais por estar acorrentada. Sim, desde 1898, a majestosa árvore está presa por ordem de um oficial do exército britânico da época do domínio colonial daquele país, conhecido como Raj Britânico.

A planta, que fica dentro de uma instalação do exército da província de Khyber, no noroeste indiano, está algemada com correntes que prendem seus inúmeros galhos até o chão. Para completar o cenário, existe uma antiga placa, como se fosse uma confissão da árvore, que começa com: “Eu estou presa!”.

A história da árvore acorrentada

(Fonte: Qissa Khwani/Facebook/Reprodução)

Após a informação de sua condição de prisioneira, a árvore conta como ficou nessa posição: “Em uma tarde, um oficial britânico muito bêbado pensou que eu estava me movendo do meu lugar original, e ordenou ao sargento da cozinha que me prendesse. Desde então, eu estou presa”. 

Por mais bizarra que pareça, a história da prisão da figueira-da-Índia é real. Segundo historiadores, o oficial vitoriano que se sentiu ameaçado pela árvore se chamava James Squid e, pelo seu elevado nível etílico, acreditou realmente que a imponente árvore Banyan estava se movendo de forma brusca em sua direção. Por isso, não hesitou e mandou que o sargento prendesse o Ficus insurgente.

Em resposta a uma matéria publicada em 2013 pelo jornal paquistanês Daily Tribune, um morador da comunidade deu outra interpretação para o ato: “Os britânicos basicamente deram a entender aos membros da tribo que, se ousassem agir contra o Raj, também seriam punidos de forma semelhante”.

A Índia conquistou sua liberdade, mas a árvore acorrentada, não

(Fonte: Getty Images)

Há mais de 76 anos, o Paquistão é uma república parlamentar livre do domínio britânico. No entanto, governo após governo, nenhum deles foi capaz de remover as correntes da centenária figueira do Passo de Khyber. Mesmo reconhecidamente inocente de assédio vegetal, a árvore Banyan continua suportando em silêncio os seus injustos grilhões. 

Ultimamente, essa passagem montanhosa de grande importância estratégica tem sido o cenário de conflitos violentos entre o exército paquistanês contra o Talibã e outros grupos fundamentalistas do Afeganistão. Para punir os crimes de fronteira, o governo de Islamabad ainda utiliza os draconianos Regulamentos de Crimes de Fronteira (FCR), que era usado no tempo em que o país ainda fazia parte da Índia Britânica.

Esse conjunto de leis, que permite a punição coletiva de tribos ou famílias pelos crimes cometidos por indivíduos dentro desses grupos, vem sendo empregado pelas autoridades paquistanesas de forma discricionária em algumas áreas tribais. Ali perto, uma árvore Banyan, que já foi chamada de metáfora do FCR, continua presa a velhos conceitos e a ódios antigos que se renovam. 

FONTE MEGA CURIOSO

Justiça determina regressão para regime fechado de homem que executou PM em BH

O policial militar Roger Dias da Cunha, de 29 anos, foi enterrado nesta terça-feira (9/1), no Cemitério Bosque da Esperança, sob forte comoção

A Justiça mineira determinou a regressão de cumprimento de pena para o regime fechado de Welbert de Souza Fagundes, de 25 anos, apontado pelas autoridades como o responsável pela execução do policial militar Roger Dias da Cunha, de 29. A decisão é do juiz Eduardo Monção Nascimento, que atua na comarca de Ribeirão das Neves, na Grande BH, e trata-se de medida cautelar — ou seja, provisória até ser analisada e decidida de forma definitiva.

O oficial, que estava internado no Hospital do Pronto Socorro João XXIII (HPS), em Belo Horizonte, teve o óbito confirmado na noite de domingo (7/1). Ele foi baleado na cabeça na última sexta-feira (5/1) durante uma perseguição no Bairro Novo Aarão Reis, na Região Norte da capital. O enterro aconteceu nesta terça-feira (9/1) sob forte comoção.

A regressão para o regime fechado acontece após Welbert permanecer foragido da Justiça por não retornar para o presídio depois da “saidinha” de Natal. O benefício havia sido concedido em dezembro. Ele estava preso no presídio Antônio Dutra Ladeira, em Ribeirão das Neves, desde 24 de agosto de 2023, e coleciona 18 passagens policiais por crimes como roubo, tráfico de drogas, falsidade ideológica e agressão.

O comparsa dele, Geovanni Faria de Carvalho, de 33 anos, estava em condicional depois de ficar preso durante boa parte de 2023. Ambos já foram novamente presos de forma preventiva.

O crime

O crime aconteceu na noite de sexta-feira (5/1), no Bairro Novo Aarão Reis, na Região Norte de Belo Horizonte. Militares perseguiam um Uno que tinha sido roubado. Na entrada do bairro, Welbert perdeu o controle do carro e bateu no meio-fio. Ele e Geovanni fugiram a pé.

O sargento chegou a se aproximar do homem de 25 anos, quando deu ordem para que o fugitivo parasse e se deitasse. De repente, o homem, que estava de costas, virou-se, apontando uma arma para o policial e atirou.

O sargento caiu inconsciente no chão. O homem atirou mais uma vez, atingindo a perna do oficial. Antes de desmaiar, o policial conseguiu atirar várias vezes na direção de Welbert, que foi atingido em uma das pernas. Ao ouvir os disparos, os outros policiais correram em direção ao local de onde vinha o barulho e conseguiram prenderam o agressor. O segundo fugitivo também terminou preso durante a madrugada.

FONTE ESTADO DE MINAS

Agressor de Bolsonaro deve ir para hospital psquiátrico de Barbacena

Reconhecido como portador de problema mental e, por isso, declarado inimputável pela Justiça, Adélio Bispo de Oliveira (foto), de 40 anos,  esfaqueador do presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL), poderá ter como destino o  Hospital Psiquiátrico e Judiciário Jorge Vaz, em Barbacena. Essa possibilidade foi admitida pelo advogado do agressor, Zanone Manuel de Oliveira Júnior.
Na sexta-feira, a Justiça Federal  absolveu Adélio Bispo de Oliveira da acusação de ter dado uma facada no então candidato a presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL), durante ato de campanha em Juiz de Fora, em 6 de setembro de 2018. O juiz Bruno Savino, da 3ª Vara da Justiça Federal, justificou a sentença no fato que o agressor sofre de transtorno delirante persistente, o que o torna inimputável pela leis brasileiras. O estado mental de Adélio foi certificado em pareceres médicos apresentados pela defesa e acusação.
“Por se tratar de réu inimputável, ao invés de uma sentença condenatória, o Código de Processo Penal impõe, nesta hipótese, a absolvição imprópria do réu e a imposição de medida de segurança de internação, a ser cumprida em manicômio judiciário ou outro estabelecimento adequado”,  relatou o magistrado.  O presidente Jair Bolsonaro anunciou que vai recorrer contra a decisão judicial, por entender que foi vitima de uma “tentativa de homicídio” e que “teve mandante”, o que não foi constatado nas investigações.

O advogado Zanone Manuel de Oliveira disse que, ao determinar que Adélio continue na Penitenciária Federal de Segurança Máxima de Campo Grande (MS) e que receba o tratamento psiquiátrico no local – onde  ao agressor se encontra desde a época do atentado, o juiz Bruno Savino atendeu a um pedido da defesa.
“Nós pedimos que (o tratamento) fosse feito no interior do Presídio Federal de Campo Grande por uma questão de segurança do Adélio. Vamos solicitar o inicio do tratamento imediato porque o nosso constituído está em sofrimento mental,  e também com base no princípio da dignidade da pessoa humana. É uma questão de humanidade. A medicação precisa ser feita imediatamente”, argumentou o defensor, anunciando que nos próximos dias, vai a Campo Grande para visitar o cliente.
Adélio Bispo já havia feito um pedido para ser transferido para Montes Claros, no Norte de  Minas, sua terra natal. O advogado Zanone Oliveira disse que, por enquanto é “pouco provável a transferência já que o juiz autorizou o tratamento na penitenciária federal da Capital do Mato Grosso.
Por outro lado,  Zanone declarou que “se o Adélio vier para o sistema de custódia Minas Gerais” o objetivo é que ele possa ser encaminhado para um local mais próximo da família, em  Montes Claros ou em alguma outra cidade do Norte do estado. Acontece que na região não existe unidades prisionais para sentenciados com problemas  mentais. “Se não tiver jeito, (o destino de Adélio) será o (Hospital Psiquiátrico) Jorge Vaz mesmo, em Barbacena”, declarou o advogado. Na prática, do hospital psiquiátrico e de custódia da cidade do Campo das Vertentes é o único manicômio judiciário de Minas Gerais.
Além do inicio do tratamento do esfaqueador no Presídio de Campo Grande, o juiz Bruno Savino determinou  a fiscalização prisional e a renovação “de forma sucessiva e por prazo indeterminado” da permanência de Adélio Bispo  na prisão. O tratamento inclui uma reavaliação psiquiátrica a cada três anos.
“A defesa avaliou a sentença de maneira positiva. O juiz, mantendo a coerência com a prova médica, psiquiátrica e psicológica, reconheceu a inimputabilidade e absolveu (Adelio Bispo( de maneia imprópria”, declarou o advogado do agressor de Jair Bolsonaro.

Delírios  – O juiz  Bruno Savino o relata nos autos que Adélio, “em carta escrita de próprio punho dirigida ao juízo, requereu o seu recambiamento para estabelecimento prisional em Montes Claros, em razão de o prédio da Penitenciária Federal de Campo Grande ter sido construído com características da arquitetura maçônica, além de o local estar impregnado de energia satânica”. “A despeito de a motivação estar claramente embasada em delírios místicos –religiosos e políticos-ideológicos –, a intenção do réu, ao que parece, foi lançar mão da norma que assegura ao preso o direito de permanecer próximo do local onde reside sua família”, anotou.
O magistrado,  no entanto, registrou que “Adélio Bispo de Oliveira não possui qualquer laço afetivo com familiares ou amigos, seja naquela ou em qualquer outra cidade”. “Ademais, em razão da enorme repercussão do caso e da atual acirramento de ânimos na cena política nacional é indiscutível que a sua transferência para o sistema prisional comum lhe acarretaria concreto risco de morte”.
Bruno Savino afirma que “vale lembrar que o próprio acusado relatou, em audiência de custódia, ter sido ameaçado por agentes de forças de segurança, inclusive no Centro de Remanejamento Prisional de Juiz de Fora, sem mencionar que ele quase foi linchado pelos militantes que acompanhavam a passeata, o que só não ocorreu em razão da rápida e eficiente prisão e evacuação do réu para local seguro”.
O juiz ainda faz constar que, se solto, Adélio poderia atentar novamente contra Bolsonaro ou contra o ex-presidente Michel Temer. “Assim, ainda que não haja risco concreto de fuga, em caso de sua ocorrência, encontra-se suficientemente comprovado nos autos o desejo do réu em atentar novamente contra a vida do atual presidente da República, bem como de um ex-presidente”.

Hospital 

O  Hospital Psiquiátrico e de Custódia Jorge Vaz foi criado por decreto estadual em janeiro de 1927, com o nome de  Manicômio Judiciário de Barbacena. Em 1956, foi denominado Manicômio Judiciário Jorge Vaz.
No tratamento dos portadores de sofrimento mental, o  hospital já recorreu a aparelhos de eletrochoque e camisas de força, que hoje são peças de museu em Barbacena.
Atualmente, vinculado à Secretaria de Administração Prisional (Seap) adota métodos terapêuticos modernos, contando com equipes de médicos, psicólogos, enfermeiros, assistentes sociais e agentes de segurança. O prédio com mais de 90 anos conta com celas coletivas e individuais – destinadas aos que estão em surto ou em fase de adaptação no hospital –, além de refeitórios e pátios para banhos de sol.

  • Fonte: EM- foto: Polícia/Divulgação 6/9/18

about

Be informed with the hottest news from all over the world! We monitor what is happenning every day and every minute. Read and enjoy our articles and news and explore this world with Powedris!

Instagram
© 2019 – Powedris. Made by Crocoblock.