Vai trocar o número de celular? Veja o que fazer com a antiga chave PIX

O PIX se tornou o método de pagamento mais querido entre os brasileiros, já ultrapassando os métodos mais antigos. De acordo com o Banco Central, mais de 40 milhões de pessoas já realizaram ao menos uma transferência bancária via PIX.

Porém, para realizar uma transferência pelo novo método de pagamento é necessário cadastrar uma chave na instituição bancária onde você possui conta. É possível escolher entre número de telefone, CPF, e-mail, ou chave aleatória.

Ilustração de uma transferência no Pix
Vai trocar o número de celular? Veja o que fazer com a antiga chave Pix. Créditos: Shutterstock

O objetivo das chaves PIX é garantir a individualidade de cada pessoa, para que não ocorram erros nos momentos das transferências. Mas, e se você tiver cadastrado seu número de telefone como chave e precisar trocar de chip?

Se este for seu caso, fique tranquilo, resolver é bem mais simples do que parece. No entanto, se você não tomar as atitudes corretas, pode enfrentar alguns problemas, como não receber as transferências esperadas em sua conta bancária.

Isso porque, se a companhia de celular disponibilizar o número de telefone para outra pessoa, ela pode casdastrá-lo como chave PIX e passar a receber as transações que deveriam ser enviadas a você.

O que fazer?

O primeiro e talvez mais importante passo é avisar seus amigos e clientes sobre a troca de número, para que eles atualizem o contato e não façam transferências para o número de telefone antigo.

Em seguida, basta alterar a sua própria chave PIX no aplicativo do seu banco. Exclua o número de telefone antigo como chave e adicione o novo, ou então uma das outras opções disponíveis.

Créditos da imagem principal: Shutterstock

FONTE OLHAR DIGITAL

ATENÇÃO: PIX se torna alvo de golpes cibernéticos

Um golpe envolvendo o Pix, novo modelo para pagamentos eletrônicos do Banco Central, tomou as redes nesta semana em que foi liberado o cadastro para a chave do novo serviço.

Criminosos se aproveitaram da adesão por bancos em todo o Brasil, para aplicar golpes de phishing e roubar dados pessoais de vítimas.

Engenheiros da ISH Tecnologia, que está há 24 anos no mercado de segurança de dados brasileiro, detectaram domínios falsos com o termo “pix”, o que mostra a intenção de cibercriminosos de usar a novidade como isca para aplicar golpes.

Site assim, criados para ataques cibernéticos, muitas vezes são compartilhados pelas pessoas como se fossem confiáveis, o que é o mais preocupante, comenta o diretor de Inovação da ISH Tecnologia e especialista em segurança de dados, Allan Costa.

“Na maioria das vezes, os golpes acontecem no compartilhamento de algum link, com nosso próprio consentimento, por e-mail ou por WhatsApp“, diz Allan.

O WhatsApp está presente em 99% dos smartphones do país. “O brasileiro confia no WhatsApp.

O que chega por mensagem, as pessoas tendem a acreditar que é legítimo”, explica o diretor de inovação da ISH.PUBLICIDADE

Aumento de ataques

Durante a pandemia, os golpes cibernéticos cresceram significativamente. Com o Pix, haverá mais uma onda de ataques.

“A gente tem observado, nos nossos centros de operação de segurança, um aumento de 300% nos incidentes de segurança nos meses de pandemia.

Sempre usando palavras de assuntos do momento. Antes, COVID e coronavírus, e agora o pix”.

Por ISH Tecnologia, fundada em 1996, é uma empresa líder nos segmentos de cibersegurança, infraestrutura crítica e nuvens blindadas(JORNAL CONTÁBIL)

Pix terá limite de valores nas transações para reduzir risco de fraudes; veja como vai funcionar

Determinação vem após agentes financeiros demonstrarem preocupação com a quantidade de fraudes que poderia ocorrer a partir do lançamento do Pix. SÃO PAULO – O Banco Central (BC) determinou parâmetros que os agentes financeiros devem seguir para limitar os valores das transações feitas no Pix, novo sistema de pagamentos instantâneos do BC, através de uma instrução normativa (n° 20) publicada na última sexta-feira (25).

Segundo o BC, as transações no Pix terão um teto conforme a titularidade e o horário da transação. Na maioria delas será o limite que o cliente tem hoje para pagamentos feitos com cartão de débito, mas o limite da TED também foi usado como critério.

A determinação vem após boa parte das instituições financeiras demonstrarem certa preocupação com as potenciais fraudes que poderiam acontecer a partir do lançamento do novo sistema, em 16 de novembro.

“Discutimos muito com o Banco Central. Em todos os lugares do mundo tem limitação e, a princípio, não teria aqui. Sempre que se começa um sistema de pagamentos instantâneos, há o risco de fraude. Não ter uma limitação era uma preocupação grande”, afirmou Carlos Eduardo Peyser, diretor de estratégias PME e open banking do Itaú, em um workshop sobre o Pix, organizado para a imprensa nesta quarta-feira (30).

A autoridade monetária já havia informado que os agentes financeiros poderiam estabelecer limites de valor para as transações somente com o objetivo de oferecer mais segurança, como minimizar os riscos de fraude, por exemplo, e desde que esse teto não fosse inferior ao já praticado em outros tipos de transferências, como TED ou DOC.

Segundo Peyser, os bancos questionaram o BC sobre quais seriam as operações mais semelhantes ao Pix para entender no que poderiam se balizar. “Seriam os DOCs e TEDs, mas essas modalidades não operam fora do horário comercial, por exemplo, portanto não seriam uma boa comparação em termos de segurança”, disse. Por isso, a conclusão foi de que o limite do débito seria mais adequado.

Conforme a determinação do BC, os parâmetros deverão ser seguidos por todos os agentes financeiros participantes do sistema.

Até 28 de fevereiro, durante dias úteis e entre 6h e 20h, ao fazer um Pix para contas de mesma titularidade ou mesmo distintas, o limite dessa transferência será de 50% do teto oferecido para fazer uma TED (que pode variar de instituição para instituição).

Já a partir de 1° de março, esse valor aumenta para o limite total disponibilizado para a TED. Isso vale para as transferências usando os aplicativos ou internet banking das instituições financeiras.

No caso de pagamentos via QR Code (dinâmico ou estático), durante dias úteis e entre 6h e 20h, e para uma conta de titularidade diferente, o limite será sempre o mesmo disponibilizado para compras no cartão de débito, que também pode variar a depender de onde o cliente tem conta.

No caso das transações feitas entre 6h e 20h, mas aos sábados, domingos e feriados, para contas de mesma titularidade ou distintas o limite também será o mesmo disponibilizado para o cartão de débito até 28 de fevereiro. A partir de 1° de março o limite também passará a ser o mesmo da TED.

No caso de transações feitas entre 20h e 6h, para dias úteis, fim de semana e feriados, o limite também será o mesmo disponibilizado para o cartão de débito.

O BC ressaltou, ainda, que os agentes financeiros poderão adicionar parâmetros aos limites de transações, se o objetivo for mitigar os riscos de fraudes.(Newsletter InfoMon)

Pix: como novo meio de pagamento desafia indústria de cartões, maquininhas e grandes bancos

Se você é cliente de alguma instituição financeira, ela provavelmente tem tentado convencê-lo nas últimas semanas a fazer o pré-cadastro no Pix.

O novo meio de pagamento eletrônico instantâneo que vem sendo desenvolvido pelo Banco Central será lançado em 16 de novembro e o registro começa agora em 5 de outubro.

A plataforma vai permitir a realização de transferências bancárias a qualquer hora do dia, em qualquer dia da semana e sem ônus — colocando em xeque a TED ou do DOC, que hoje podem custar mais de R$ 15, a depender do pacote de serviços do correntista.

O impacto potencial da mudança, entretanto, vai bem além da isenção das transferências. O Pix também tem vocação para substituir os boletos bancários e pode mudar a experiência de consumo no débito e em dinheiro em espécie.

De qualquer maneira, qualquer ponto percentual nesse mercado é muito coisa: por ano, ele movimenta cerca de R$ 1,8 trilhão, conforme os dados da Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços referentes a 2019.

Entenda, a seguir, como o serviço pode afetar consumidores, empresas e os protagonistas e coadjuvantes da cadeia de meios de pagamentos (a indústria de maquininhas, as operadoras de cartões e os grandes bancos).

Consumidores

Além da isenção de cobrança pelas transferências de recursos, uma das principais mudanças potenciais para os consumidores será a experiência de compra no boleto, no débito e em dinheiro.

Isso porque o Pix pode substituir essas três modalidades.

No caso do boleto, o pagamento passa a ser feito pelo aplicativo do banco ou de uma carteira eletrônica. Por exemplo: quando o cliente fizer uma compra pela internet, para efetuar o pagamento ele só precisará abrir o app e ler o QR code do Pix. Ao contrário do boleto, a transação é processada instantaneamente.

As compras em dinheiro ou débito seguem a mesma lógica. Em um estabelecimento comercial físico, por exemplo, o lojista pode gerar o QR code ou imprimi-lo e deixá-lo no balcão — como já acontece hoje em estabelecimentos que aceitam pagamentos instantâneos de carteiras digitais como PicPay ou Mercado Pago.

Para que uma pessoa física use o serviço ela só precisa ter uma conta corrente, conta poupança ou uma carteira digital, com cadastro no Pix. Esse cadastro é feito na instituição gestora da conta.

O cliente tem a possibilidade de cadastrar uma “chave Pix” para facilitar as transações — uma espécie de “apelido” que será usado para identificá-lo, como CPF, e-mail e telefone.

Com ela, não será preciso mais digitar os dados bancários do destinatário de uma transferência, por exemplo. É só colocar a chave Pix e a transação será efetuada.

A pessoa física pode ter “chaves Pix” em mais de uma instituição bancária, mas só pode ter uma modalidade por instituição. Se você cadastrou em CPF em um determinado banco, por exemplo, ele só pode ser usado como chave Pix naquele banco.

Empresas

A maior vantagem do Pix, na avaliação de Felipe Ahouagi, especialista em meios de pagamento da consultoria L.E.K, é para os recebedores.

A modalidade não será gratuita para pessoa jurídica. Ela terá um custo, mas muito menor do que aqueles nos quais se incorre hoje.https://tpc.googlesyndication.com/safeframe/1-0-37/html/container.html

A cada venda feita no débito, um estabelecimento é cobrado por um percentual da transação, a “merchant discount rate” (MDR), composta por três tarifas: a de intercâmbio, que fica com o banco, a de bandeira, que vai para a bandeira do cartão, como Visa, MasterCard e American Express, e uma terceira, retida pela própria empresa que emite a maquininha.

A cobrança reflete os vários elos que essa cadeia tem hoje, dos quais o Pix não necessariamente precisa para operar.

Em uma venda feita por essa modalidade com QR Code, por exemplo, o consumidor pode pagar com o celular (ou seja, sem a maquininha), e a operação é processada pelo Sistema de Pagamentos Instantâneos (SPI), gerido e operado pelo Banco Central. Por isso o custo é menor.

Compra por meio de QR code pode ser feita pelo celular e sem a necessidade de uso da maquininha pelo estabelecimento — Foto: Getty Images

Compra por meio de QR code pode ser feita pelo celular e sem a necessidade de uso da maquininha pelo estabelecimento — Foto: Getty Images

“O estabelecimento comercial tem todo interesse em adotar, assim como autônomos”, avalia.

João Bragança, especialista em meios de pagamento da consultoria Roland Berger, avalia que, em um segundo momento, as médias e grandes varejistas também vão ter um grande incentivo para desenvolver a modalidade, já que muitas delas atuam como financeiras.

Algumas já entraram no ramo dos meios de pagamentos digitais, como as Americanas com a carteira digital Ame, a Via Varejo (dona das Casas Bahia) com o banco digital BanQi e o Magazine Luiza com a conta digital Magalu Pay.https://tpc.googlesyndication.com/safeframe/1-0-37/html/container.html

Com o Pix, diz Bragança, elas teriam acesso a mais uma camada enorme de dados sobre os hábitos de consumo de clientes, o que lhes possibilitaria fazer ofertas direcionadas, por exemplo.

Além disso, poderiam atrair clientes potenciais que hoje estão fora do sistema financeiro — os chamados “desbancarizados”, que não possuem conta corrente ou cartão de crédito ou débito.

Outros potenciais ganhadores

Com a capilarização do Pix no varejo, quem também tende a se beneficiar são as carteiras eletrônicas, que passam a contar com uma rede de aceitação muito maior.

Grandes empresas de tecnologia, por sua vez, teriam oportunidade de entrar ou acelerar o crescimento na área de serviços financeiros, avalia o consultor da Roland Berger, enquanto os bancos digitais e fintechs teriam espaço não apenas expandir a carteira de clientes, mas consolidar a base que já têm.

Hoje muitos brasileiros que têm conta nessas instituições financeiras menores ainda concentram boa parte de suas movimentações nos bancos de varejo tradicionais.

Com o Pix, essa lógica poderia começar a mudar — e daí a movimentação dos grandes bancos, alguns com grandes campanhas publicitárias, para que os clientes registrem o Pix em suas plataformas.

“Todo mundo vai passar a disputar conta corrente (de clientes). A qualidade da oferta do serviço e a experiência do cliente vão ser críticas”, ressalta Bragança.

A “corrida para garantir a captura”, diz Ahouagi, da consultoria L.E.K., se baseia de lógica de que, uma vez dentro da plataforma do banco, seja ele tradicional ou uma fintech, o cliente tende a usar outros serviços.

“Com uma âncora de relacionamento (o Pix), eu tento vender todos os serviços bancários, abro a possibilidade de que ele possa fazer tudo em um lugar só.”

Mercado de cartões envolve diversos elos: as bandeiras, as empresas das 'maquininhas', os bancos e as processadoras — Foto: Getty Images

Mercado de cartões envolve diversos elos: as bandeiras, as empresas das ‘maquininhas’, os bancos e as processadoras — Foto: Getty Imageshttps://tpc.googlesyndication.com/safeframe/1-0-37/html/container.html

Impacto nos elos da cadeia

Os potenciais perdedores são aqueles que hoje lucram com os vários elos da cadeia de pagamentos: as “maquininhas”, conhecidas como adquirentes, as bandeiras de cartões e as processadoras, que prestam serviços operacionais ligados aos cartões e às transações.

Bragança estima que, em um cenário de sucesso com Pix (ou seja, de ampla adoção), com queda de 60% das vendas e aluguel de maquininhas e de 65% nas receitas com MDR, as empresas adquirentes perderiam quase R$ 9 bilhões em receitas.

No cenário mais adverso para essas empresas, a perda chegaria a R$ 13 bilhões.

Ahouagi também avalia que as margens do setor serão pressionadas. Mas pondera que a modalidade de crédito tende a ser pouco afetada, pelo menos neste primeiro momento.

Isso porque as transações pelo Pix são instantâneas. Há previsão de um Pix agendado, que poderia se assemelhar a uma operação de crédito.

A regulamentação do Banco Central estabelece, entretanto, que a oferta da modalidade pelas instituições financeiras é facultativa, que a transação não pode bloquear um limite da conta e que, caso o saldo seja insuficiente na data do pagamento, a operação será cancelada.

Ou seja, não há garantia de que o valor seria pago. Assim, pelo menos em um primeiro momento, o incentivo para os estabelecimentos comerciais é pequeno.

O consultor acrescenta que a perda de rentabilidade não é algo exatamente novo para algumas das empresas do ramo. Em 2009, o Banco Central quebrou o monopólio do mercado de adquirência, o que permitiu, na prática, a entrada de novas empresas em um setor até então dominado basicamente por Cielo e Rede. Com a maior concorrência, os preços caíram.

Desde então, o mercado de meios de pagamentos global vem passando por grandes mudanças, inclusive com o surgimento de novos meios de pagamentos, como as criptomoedas, as carteiras digitais e os money transfer operators, que têm mudado a lógica de remessa de recursos para o exterior.https://tpc.googlesyndication.com/safeframe/1-0-37/html/container.html

Os pagamentos instantâneos, em sua visão, entram dentro desse contexto. Assim, Ahouagi estima que, em cinco anos, o Pix pode ocupar 11% do mercado de meios de pagamentos eletrônicos (o equivalente a R$ 440 bilhões, sem levar em conta a inflação do período), uma fatia bem mais modesta do que os meios de pagamento instantâneos tomaram na China ou na Índia.

Nesses casos específicos, pontua o consultor, o grande sucesso do sistema se deveu ao fato de que muita gente já estava habituada a fazer pagamentos pelo celular, caso da China, ou de que parte relevante da população não usava cartões, caso da Índia.

Para Bragança, a novidade pode representar uma mudança de paradigma na cadeia de valor dos pagamentos. O Brasil, diz ele, é um dos poucos países em que a autoridade monetária (o Banco Central) se envolveu ativamente no desenvolvimento da plataforma. A chance de que ele ganhe escala, nesse sentido, é grande.

Em países como os Estados Unidos, por exemplo, a rede de pagamentos instantâneos foi instituído por iniciativa de um grupo de empresas.

Qual o interesse da autoridade monetária?

O Pix, diz Ahouagi, é mais uma etapa da agenda de competitividade do BC — a mesma que quebrou o monopólio das maquininhas em 2009, que visa estimular a concorrência diminuir os custos de transação no país.

Além disso, a autoridade monetária também conta com a vantagem de que essa modalidade dá maior visibilidade às transações (especialmente àquelas que antes eram feitas com dinheiro em espécie), com rastreamento de ponta a ponta.

“Isso ajuda a reduzir a informalidade, a evasão de divisas, e a aumentar regularização do sistema”, afirma.

Segurança

Em um país cheio de modalidades cada vez mais criativas de cibercrime, a segurança é uma questão chave para a plataforma.

Bragança recorda que não houve uma padronização por parte do Banco Central. A questão da segurança é de competência das instituições financeiras. A lógica é a mesma das demais transações bancárias: os sistemas de mitigação de risco e as barreiras antifraude variam de uma empresa para outra.(G1)

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