Ponte Rio-Niterói: mortes, atrasos, tentativa de CPI e explosão de custos da ‘obra do século’ da ditadura

“Graças à visão ampla de estadistas que a Revolução de Março de 1964 ofereceu ao Brasil, podemos hoje, no mês em que comemoramos seu décimo aniversário, festejá-la com legítimo orgulho, mediante essa magnífica estrada sobre as águas que liga, por sobre a Baía de Guanabara, as cidades do Rio de Janeiro e de Niterói.”

A declaração é do ministro dos Transportes à época, coronel Mário Andreazza, no discurso de inauguração da ponte Presidente Costa e Silva, mais conhecida como Ponte Rio-Niterói, há 50 anos, em 4 de março de 1974.

O discurso evidencia a dupla finalidade do ousado empreendimento, então a terceira ponte mais longa do mundo, com seus 13,2 km de extensão: conectar as duas cidades e funcionar como peça de propaganda da ditadura militar, algo que, de certa forma, se mantém até hoje, com a controversa manutenção do nome em homenagem ao seu segundo presidente.

A ditadura foi instalada no país há 60 anos, com um golpe militar iniciado em 31 de março de 1964 que derrubou o presidente João Goulart.

Obras grandiosas de infraestrutura foram um marco do regime autoritário, como a estrada Transamazônica, as hidrelétricas de Itaipu e Balbina, as usinas nucleares de Angra dos Reis e a própria Ponte Rio-Niterói.

Celebradas como símbolos de um “Brasil grande”, com acelerado crescimento econômico, foram também polêmicas pelos atrasos e orçamentos estourados, impactos ambientais e condições precárias de trabalho.

A Rio-Niterói é simbólica em todos esses aspectos, vista como um marco da engenharia e exaltada como “obra do século” pelo governo, como mostram jornais da época.

Seu vão principal, com uma estrutura em aço inglês de 300 metros de extensão, é até hoje o maior do mundo em viga reta contínua.

Esse tipo de construção é pouco usado em grandes vãos, mas foi escolhido devido à proximidade de dois aeroportos, Santos Dumont e Galeão. Outras técnicas de engenharia, como ponte pênsil ou estaiada, teriam comprometido a passagem dos aviões.

“Se você um dia passar na ponte Rio-Niterói, no ponto mais alto, lembre-se que você está a 130 metros de onde estão cravadas as fundações da ponte na rocha”, explica o engenheiro Carlos Henrique Siqueira, que há 52 anos trabalha na ponte.

Siqueira começou em 1972, aos 24 anos, como engenheiro mais jovem na supervisão da obra e permanece até hoje, como consultor da Ecoponte, concessionária responsável pela operação da via.

“Se você pegar a largura desse vão de 300 metros e essa altura de 130 metros, você coloca três estádios do Maracanã ali embaixo.”

A grandiosidade do projeto impressiona, mas por outro lado sua construção ficou marcada por acidentes fatais, atraso na obra e críticas à má-qualidade dos materiais usados. A ponte virou alvo de uma tentativa de CPI.

O regime foi obrigado a trocar o consórcio responsável e passou a tocar a obra em ritmo frenético a fim de atender “prazos políticos”.

Os custos explodiram, e, embora não existam dados oficiais a respeito, estima-se que o preço final tenha ficado até quatro vezes o valor original.

Ponte Rio-Niterói vista de baixo
Com 13,2 km, a Ponte Rio-Niterói era a terceira maior do mundo quando foi inaugurada

O fracasso inicial

Antes da ponte, a viagem entre Rio de Janeiro e Niterói levava mais de duas horas, seja por balsa, incluíndo o tempo de espera, seja contornando a Baía de Guanabara, em um trajeto de cerca de 100 km que cruzava o que hoje são outros cinco municípios da Baixada Fluminense.

A ideia de ligar as duas cidades por uma ponte ou por túnel submerso era debatida há mais de um século e ganhou força na ditadura sob o argumento de que a obra era de interesse nacional, porque integraria também a BR-101, estrada que desce o litoral do país de norte a sul.

Em fevereiro de 1965, o presidente Castello Branco criou um grupo de trabalho sobre o tema que, dois meses depois, optou pela ponte, alternativa mais barata e com tecnologia que o Brasil dominava melhor.

Foram mais quatro anos de estudos, elaboração de projetos e processos de licitação. A ponte começou a ser construída, de fato, no início de 1969.

O Brasil atravessava naquele momento o endurecimento da ditadura com a edição do Ato Institucional número 5 (AI-5), medida mais extrema do regime, que autorizava o presidente a fechar o Congresso Nacional, cassar mandatos parlamentares, intervir em Estados e municípios, suspender os direitos políticos e civis.

A ousada previsão inicial de entrega era março de 1971, e a execução do orçamento inicial foi acelerada para dar conta do prazo. Mas só 20% da obra havia sido construída até janeiro do ano previsto, como reconheceu o governo.

Também foram feitas muitas críticas de engenheiros à qualidade dos métodos de construção, equipamentos e materiais.

Alguns desses problemas ficaram evidentes em acidentes fatais, o mais grave deles em 24 de março de 1970, quando parte do empreendimento literalmente afundou.

Naquele dia, foi feito um teste das fundações, aplicando uma técnica para fundações profundas de concreto com uma plataforma que sustentava 34 tubulões, cada um com 22 metros de comprimento, que seriam preenchidos com água.

“Trinta e três tubulões já estavam cheios, e faltava apenas um, quando se ouviu um estrondo violento, e a plataforma desabou”, descreveu a reportagem do jornal O Globo no dia seguinte ao acidente.

“Os que trabalhavam na proximidade foram arrastados pela sucção das duas mil toneladas dos tubulões cheios de água”. Três engenheiros e cinco operários morreram no acidente.

A situação da construção da ponte a essa altura era tão delicada que, naquele mês, o regime decidiu trocar o consórcio responsável pela maior parte da obra — a exceção foram os vãos centrais, que seriam executados por um consórcio inglês.

O grupo formado pelas empreiteiras Construtora Brasileira de Estradas (CCBE ), Ferraz Cavalcanti, Servix e Empresa de Melhoramentos e Construção (Emec) tinha oferecido o menor lance da licitação, quase metade do segundo colocado.

O consórcio perdedor acabou chamado para concluir a ponte — entre as novas empresas, estavam Camargo Corrêa e Mendes Júnior, que décadas depois foram alvo da Operação Lava Jato, acusadas de pagamento de propinas em troca de favorecimentos em contratos da Petrobras.

Reprodução de reportagem do jornal O Globo de 1970 sobre acidente na construção da ponte Rio-Niterói
‘Se ouviu um estrondo violento, e a plataforma desabou’, relatou a reportagem do jornal O Globo de 25 de março de 1970

A tentativa de CPI da Ponte

Foi nesse contexto que o MDB, único partido de oposição autorizado a atuar no país entre 1966 e 1979, tentou criar uma Comissão Parlamentar de Inquérito, a CPI da Ponte.

O objetivo seria “apurar as causas que levaram o governo à desapropriação (do primeiro consórcio) e possíveis prejuízos ao erário”, noticiou o Jornal do Brasil, em 2 de fevereiro de 1971.

A tentativa foi barrada pelo Arena, partido governista com maioria no Congresso. O então líder do governo, deputado Geraldo Freire, acusou o MDB de agir por interesses políticos, “pretendendo criar em torno dela (a construção da ponte) não a imagem de obra do século, mas de escândalo do século”, registrou o Jornal O Globo, em 27 de maio do mesmo ano.

Entre os documentos citados no pedido de CPI, estava um relatório de novembro de 1970 produzido pelos engenheiros que haviam projetado a ponte e supervisionavam a obra.

Eles diziam que “o andamento lento decorre de muitas modificações desnecessárias do projeto, resultando no abandono de obras previamente executadas; de um planejamento e sequência das operações de construção inapropriadas; e de atrasos causados pela baixa qualidade da execução”.

Um trecho alertava que “diversos tubulões e alguns blocos de coroamento (estrutura que transfere a carga dos pilares para as fundações profundas) estão consideravelmente defeituosos”.

O documento ainda apontou sobre as fundações que “a qualidade do concreto estava tão ruim que este material não poderia ser propriamente considerado como sendo concreto”.

O MDB citava também, na justificativa para a CPI, uma carta ao Ministro dos Transportes enviada pelo engenheiro Fernando Lobo Carneiro em julho de 1970.

Carneiro era chefe do programa de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e tinha desenvolvido um método para calcular a resistência dos concretos à tração, aplicado mundialmente e conhecido como “Brazilian Test”.

Na carta, ele criticava técnicas usadas na construção, em especial a decisão de concretar a laje superior em duas camadas, em vez de uma só. Esse método vinha provocando rupturas em construções nos Estados Unidos, no Canadá, na África, e mesmo no Brasil, na adutora de Ribeirão das Lajes.

O problema de realizar em duas etapas, explicou Carneiro na carta, é que isso comprometeria a eficiência e segurança da construção da ponte.

O engenheiro argumentou que o método usado envolvia o uso de cabos dentro da estrutura de concreto para aumentar sua resistência e que a forma mais adequada para que isso fosse feito era a concretagem em uma única etapa.

“Certas técnicas construtivas que se pretendem adotar na execução da ponte Rio-Niterói, e que têm em vista, fundamentalmente, a redução de custo e do prazo de execução, estão muito longe de terem sido comprovadas pela prática”, criticou.

Estrutura da ponte Rio-Niteróis sendo transportada para construção do empreendimento
Vão central foi construído por firmas inglesas, exigência do acordo para empréstimo de 31 milhões de libras

O engenheiro Benjamin Ernani Diaz foi responsável por projetar a maior parte da ponte com Antônio Alves de Noronha Filho. Ele aponta à BBC News Brasil dois fatores principais para o difícil andamento inicial da obra.

O primeiro, afirma Diaz, foi a compra de equipamentos fracos para a perfuração do solo, e o outro, a opção por concretar a laje em duas etapas — ambas atribuídas ao consórcio responsável.

Profissional renomado em sua área, Diaz foi pioneiro no uso de computadores na engenharia civil brasileira e pela introdução no país de uma tecnologia mais moderna de colagem de aduelas (estruturas pré-fabricadas de concreto armado), no projeto da ponte.

“O que aconteceu é que compraram equipamento muito fraco, barato, para fazer a fundação, e a máquina que perfurava o solo não atingia profundidades adequadas”, lembra Diaz, que foi também chefe de projeto da Usina Nuclear de Angra 2, professor da UFRJ e, hoje, atua como consultor.

Já o consórcio construtor dizia que o estudo de viabilidade da obra, que constava do edital de licitação, trazia informações erradas sobre a profundidade da baía para a fixação das fundações da ponte.

Isso exigiria a importação de equipamentos de perfuração mais caros do que os previstos inicialmente.

O governo acabou sendo alvo de críticas também. O Clube de Engenharia divulgou um relatório em maio de 1971 condenando os “prazos políticos para conclusão de obras públicas”.

Segundo uma reportagem do Jornal do Brasil, a carta citava a Ponte Rio-Niterói como exemplo de empreendimento em que a definição inicial de prazos curtos e orçamentos baixos pelo governo comprometiam a segurança da obra.

Em um editorial de 13 de janeiro de 1971, o próprio Jornal do Brasil também condenava a “pressa” no lançamento do projeto.

“A ponte, que esperou cem anos ou mais, poderia esperar mais algum tempo para sair um projeto perfeito, baseado em cálculos exatos, em pesquisas detalhadas, previstas todas as consequências”, dizia o editorial.

Por decisão política, o regime militar não demoliu dois vãos construídos com os métodos criticados, conta Carlos Henrique Siqueira.

Em vez disso, foram projetados reforços para essa estrutura, que correspondiam aos dois primeiros vãos sobre o mar, na margem do Rio de Janeiro.

“Aquilo que havia sido feito, pensou-se derrubar. Destrói tudo e faz de novo. Porém, o governo brasileiro disse que ia ser uma coisa muito dramática. A sociedade aí é que não ia acreditar mesmo (na construção da ponte)”, recorda.

‘Pau na máquina’

Com a troca de consórcio, o governo passou a gerenciar diretamente o empreendimento por meio de uma estatal, pagando 9% dos custos como remuneração às empreiteiras, e imprimiu um ritmo acelerado.

Andreazza dizia que a ponte precisava ser entregue logo porque seria a cobrança de pedágio que pagaria os empréstimos que bancaram a obra.

Mas havia também o desejo do ministro e do presidente Emílio Médici de concluir a obra antes do fim do seu mandato, que de fato acabou apenas onze dias após a inauguração da ponte.

Para Claudio Frischtak, ex-economista do Banco Mundial e presidente da consultoria Inter.B, o coronel Andreazza, ministro dos Transportes, tinha pretensões presidenciais, mesmo não sendo general (a mais alta patente militar). Ele de fato tentou disputar pelo PDS a eleição indireta de 1985, que marcou o fim do regime militar, mas acabou preterido.

“Era um cara relativamente jovem na época, boa pinta, (perfil de) executivo, e extremamente ambicioso. Queria colocar sua a marca, não só em termos de rodovias, como talvez na ópera máxima dele, que seria essa ponte”, dizia a reportagem.

“Aí ele fez uma coisa comum em países autoritários, que era: ‘pau na máquina!’ Então, é um ‘pau na máquina’ que você não sabe exatamente qual foi o custo humano e nem tampouco o custo financeiro, quanto custou essa ponte, ao fim e ao cabo”, ressalta.

O engenheiro Ernani Diaz lembra-se da pressa nessa segunda etapa: “(O orçamento subiu) porque o segundo consórcio começou a cobrar equipamento para manter o prazo do governo. Se for fazer uma ponte em quatro anos em vez de dois, precisa de menos equipamento. Aí, para fazer mais rápido, começou a exigir outras duas treliças (para içar os pedaços da ponte)”.

Carlos Siqueira também se recorda do ritmo frenético. “O governo tinha ciência da magnitude do projeto. Eu trabalhava na supervisão da ponte e, se eu quisesse trabalhar 24 horas por dia, era permitido, porque a minha empresa ganhava um percentual em cima do meu salário. A obra deslanchou”, conta.

A construção acelerada favorecia os acidentes de trabalho em meio à falta de equipamentos adequados se segurança. No seu auge, 10 mil pessoas trabalhavam na ponte.

Em maio de 1971, durante uma visita da imprensa à obra, o coronel João Carlos Guedes, administrador da empreitada, disse que o governo já tinha distribuído “1,2 mil pares de sapatos, pois só no mês passado 170 trabalhadores furaram os pés com pregos”.

“Como têm um prazo de seis dias para tratamento, isso vinha produzindo prejuízos consideráveis ao andamento da obra”, disse ainda.

Acidentes mais graves causaram dezenas de mortes. Não há números oficiais, mas as pesquisas de Siqueira apontam para cerca de 40.

Operários trabalhando na construção da Ponte Rio-Niterói
No auge da construção da ponte, havia dez mil trabalhadores atuando

Custos altos e incertos

As informações sobre a evolução dos custos da obra não são precisas. Registros oficiais e da imprensa indicam que o projeto teria saído de um orçamento inicial de 344 milhões de cruzeiros — considerando os contratos de 1968 com os consórcios brasileiro e inglês — para ao menos 1 bilhão de cruzeiros, impactado por fatores como alterações no projetos, novas vias a serem construídas nos acessos e reajustes inflacionários.

Uma estimativa do MDB divulgada durante a tentativa de CPI, em maio de 1971, previa gastos de mais de 1,8 bilhão de cruzeiros, englobando custos com projetos, desapropriação, obras e a troca dos consórcios.

Também há informações sobre a evolução dos valores em dólares. Segundo uma reportagem de 12 fevereiro de 1971 do Jornal do Brasil, o estudo de viabilidade da obra feito em 1967 estimava um custo de US$ 100 milhões.

No início de 1971, o primeiro consórcio já previa o custo final em US$ 250 milhões.

“Antes mesmo da concorrência, os dirigentes do (primeiro) Consórcio sabiam que o custo previsto no estudo de viabilidade econômica era insuficiente para a construção da ponte. Confiavam em reajustamentos, usuais em obras públicas e que por certo não faltariam na Ponte Rio-Niterói, obra considerada como de importância econômica e promocional pelo Governo Costa e Silva”, dizia outra reportagem do Jornal do Brasil de fevereiro de 1971.

“As dificuldades surgidas com as fundações (da ponte na Baía) ampliaram a margem de erro original. As últimas análises mostraram que o custo final seria 2,5 vezes maior que o calculado”, continuava a reportagem.

O saldo final da obra teria ficado na casa de US$ 400 milhões, segundo o engenheiro Carlos Henrique Siqueira, pesquisador da ponte.

“Foi o valor que encontramos ao final da obra, no fechamento do orçamento. Hoje, não se constrói (ponte similar) por menos de US$ 8 bilhões (cerca de R$ 40 bilhões)”, estima, atribuindo o custo maior à disparada de preços de insumos como gasolina e aço e regras mais rígidas com meio ambiente e segurança.

“De fato, os jornais da ocasião criticavam muito. Havia um determinado jornal que todo dia dizia ‘elefante branco, não vai servir para nada, jogar dinheiro fora’, quando não queriam dizer que algum dinheiro ia ser desviado”, lembra Siqueira.

“Vejam como essas vozes da discórdia estavam erradas. Quem pode imaginar hoje Rio e Niterói sem essa ponte? Quando ela fica engarrafada, ela para literalmente o trânsito nas duas cidades”, defende.

Não há denúncias concretas de corrupção envolvendo a ponte, e os engenheiros que atuaram na obra ouvidos pela reportagem dizem não acreditar nisso.

Para o historiador Pedro Campos, professor da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), a falta de denúncias não é garantia de que não houve corrupção.

Autor do premiado Estranhas Catedrais, livro em que analisa a relação do regime autoritário com empreiteiras, Campos diz que pagamentos de propinas e contratos direcionados eram comuns, mas dificilmente eram revelados devido à repressão.

“Os mecanismos de fiscalização e controle não estavam devidamente operacionais, porque a ditadura censurava os veículos de comunicação, a oposição política, dentre outros segmentos e agentes sociais que poderiam fazer acusações”, diz.

As denúncias ficaram mais fortes ao final do regime e atingiram ministros do regime, como Delfim Neto (Fazenda, Agricultura e Planejamento) e Andreazza (Transportes e Interior), como registrou, inclusive, um telegrama secreto da embaixada dos Estados Unidos no Brasil para Washington, revelado pelo jornal O Globo em 2018.

Metrô e troca de nome: debates que não avançam

Engarrafamentos na Ponte Rio-Niterói
Em média, 150 mil veículos passam pela Ponte Rio-Niterói diariamente

Em média, 150 mil veículos trafegam diariamente pela cinquentenária ponte Rio-Niterói, transportando cerca de 400 mil pessoas por dia, segundo dados da concessionária Ecoponte.

Engarrafamentos são comuns pela manhã, no sentido Rio-Niterói, e no fim da tarde, no sentido contrário.

Para Claudio Frischtak, o principal problema da obra foi priorizar apenas o transporte rodoviário, ou seja, sem estrutura para metrô ou trem, seguindo o modelo que predominava no país desde os anos 1950.

“Foi uma obra importante, mas com problema de desenho, porque não deu opção ferroviária. Hoje nós temos um problema gravíssimo de conexão do Rio para Niterói e São Gonçalo, um município dormitório (que a população deixa durante o dia para trabalhar), pobre e muito populoso”, analisa.

“E o mais pobres se deslocam como? Com sorte, com van. Se não, com ônibus apertados”, continua.

Também crítico da ponte exclusivamente rodoviária, o historiador Pedro Campos atribui esse tipo de problema ao fato de a população não ter voz na ditadura.

“Essas grandes obras não eram submetidas ao escrutínio popular para que as pessoas pudessem escolher se queriam um hospital ou uma estrada no meio da região Amazônica. Se queriam melhores escolas, ou maior hidrelétrica do mundo”, destaca.

“São projetos feitos à revelia da população, (decididos) por pouquíssimos agentes, um círculo restrito a oficiais militares e grandes empresários, e marcados pela exploração intensa da força de trabalho”, acrescenta.

Embora se discuta a construção de um túnel de metrô submerso para ligar Rio e Niterói, não há qualquer previsão concreta para a obra. Outra questão controversa da ponte sem previsão de mudanças é seu nome.

Já foram apresentados projetos de lei para alteração na Câmara dos Deputados, e o Ministério Público Federal pediu o mesmo à Justiça Federal do Rio de Janeiro em 2015, mas nenhuma iniciativa prosperou.

“Ninguém a conhece pelo nome do general sei lá o quê. Eu fui chefe de projeto da Ponte Rio-Niterói. É perda de tempo (mudar o nome oficial)” avalia o engenheiro Ernani Diaz.

O historiador Pedro Campos discorda. “Isso expressa bem a dificuldade que a gente tem de desenvolver uma política de memória que de fato avance no processo pedagógico de mostrar à população o que foi ditadura, os crimes bárbaros que foram cometidos naquela época”, crítica.

“Infelizmente, a ausência dessa política de memória é um terreno também fértil para o desenvolvimento de uma certa extrema-direita que vai ser saudosa da ditadura”, acredita.

FONTE BBC NEWS BRASIL

Vandalismo em ponte leva DER-MG a interditar trecho da MG-314, no Vale do Rio Doce

Reparo da estrutura de madeira deve demandar dez dias de serviços

Departamento de Estradas de Rodagem de Minas Gerais (DER-MG) interditou na tarde de sábado (10/2), a passagem de veículos no km 53, na ponte de madeira sobre o córrego dos Barbosa, da MG-314, no trecho entre Peçanha a Coroaci, no Vale do Rio Doce, devido a atos de vandalismo que danificaram a estrutura.

A medida foi necessária para garantir a segurança dos usuários da via, uma vez que foi danificada, com motosserra, a longarina (base longitudinal da estrutura, onde são fixados os pranchões de madeira), o que pode ocasionar o rompimento da ponte durante a passagem de um veículo.

O DER-MG tem expectativa de concluir os serviços de reparo em aproximadamente dez dias.

Rota alternativa

Quem vai transitar entre Coroaci e Peçanha deverá seguir pela CMG-259;  sentido Sardoá, Santa Efigênia de Minas, Gonzaga, Virginópolis; acessar a rodovia LMG-780, e, em seguida, pegar a CMG-120, que passa por São João Evangelista, e entrar na MG-314, para Peçanha.

FONTE AGÊNCIA MINAS

Ponte da Localidade do Arrojado Lisboa recebe Título Municipal de Patrimônio Cultural Material

A Prefeitura Municipal de Belo Bale por meio da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo e o Conselho Municipal do Patrimônio Histórico, Cultural, Artístico e Natural de Belo Vale, reconheceu, em Reunião realizada no dia 19 de dezembro de 2023, por unanimidade, como Patrimônio Cultural Material de Belo Vale, A “Ponte de Arco do Arrojado“ localizada na Comunidade de Arrojado Lisboa, Zona Rural de Belo Vale.

A Ponte de Arco da Comunidade de Arrojado Lisboa foi construída em 1940 a partir do uso da técnica de concreto armado. O Arco da ponte simboliza a concretização do espírito progressista que permeou em Belo Vale desde a emancipação política do município ocorrida em 1938. A Ponte de Arrojado é uma referência arquitetônica e em conjunto com outros marcos da região, como o Ramal do Paraopeba, e a Estação Ferroviária, a ponte contribui para a paisagem de Arrojado como um símbolo de Nova Era das visões politicas modernizantes típicas no Brasil na primeira metade do século XX.

O Registro deste Imóvel como Patrimônio Cultural Material, foi homologado através de Decreto Municipal de Nº 1.168/2023 e Inscrição Nº 13 no “Livro de Tombo Histórico”, em acordo com a Lei Municipal de Nº 965/1997, que estabelece normas de Proteção ao Patrimônio Cultural de Belo Vale.

Prefeitura de Belo Vale, Transformando e Desenvolvendo para todos.

Batida fecha a BR-381, deixa motorista preso às ferragens e carro ‘pendurado’ em ponte

Acidente envolvendo três carros de passeio e um caminhão baú interdita completamente o trecho na ‘Ponte Torta’, entre Bela Vista de Minas e João Monlevade

Um grave acidente envolvendo três carros e um caminhão baú congestiona completamente o trânsito na BR-381, entre as cidades de Bela Vista de Minas e João Monlevade, na região Central de Minas, na tarde desta quinta-feira (4). Com o impacto, um dos veículos ficou pendurado na ponte com risco de queda e o motorista ficou preso às ferragens.

De acordo com informações iniciais da Polícia Rodoviária Federal, nove pessoas ficaram feridas, sendo três em estado grave, e uma delas presa às ferragens.

O Corpo de Bombeiros informou que foi acionado para a ocorrência. O helicóptero Arcanjo chegou a ser acionado, mas não conseguiu pousar por conta das condições climáticas.

Por conta do grave acidente a pista foi completamente bloqueada, o que gera congestionamento nas duas direções. Uma equipe da PRF atua no local. Ainda não há previsão de liberação da via nem informações sobre o estado de saúde das vítimas.

FONTE ITATIAIA

Bombeiros Militar de Conselheiro Lafaiete realizam vistoria em ponte no bairro Real de Queluz

No início da noite da última segunda-feira ( 01/01/24), militares do Corpo de Bombeiros foram acionados através do telefone de emergência 193 para realizarem vistoria em uma ponte na rua José Mendes no bairro Real de Queluz em Conselheiro Lafaiete.

Chegando ao local foi constatado pela equipe a incidência de movimentação de terra no local, provocando a queda de uma parte concreta da calçada que cobria um encanamento próximo a ponte.

Diante dos fatos foi realizado isolamento do local com fita zebrada a fim de sinalizar a área comprometida e evitar acidentes no local.

O engenheiro da Defesa Civil responsável pelo município, o Sr Eduardo, foi informado do ocorrido e tomara as providências cabíveis juntamente com o departamento de obras da cidade.

Mar de belezas ‘cria ponte’ entre Minas e Curaçao, no Caribe

Governo mineiro ajusta plano de parceria com o país caribenho para promover juntos os dois destinos internacionalmente

O mar verde-turquesa do Caribe está mais próximo de Minas. Desde a semana passada, Curaçao, a mais europeia ilha caribenha, recebe turistas brasileiros embarcando do Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, em Confins. E esta ponte entre dois destinos já é fruto de parceria e intercâmbio turístico: será o momento de destacar o que os dois têm em comum: belas paisagens, patrimônios tombados, rica gastronomia e cultura diversa.

Um plano de ações que visam à promoção de Minas Gerais e de Curaçao de forma bilateral foi apresentado às autoridades do governo da ilha caribenha, na última quinta-feira (29), pelo governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo. De acordo com o secretário Leônidas Oliveira, o objetivo dessa iniciativa é realizar uma parceria mútua, capaz de internacionalizar os destinos turísticos para os públicos de ambos os países.

“Dois países antagônicos, um possui mar azul, é obviamente do Caribe e outro, um verde intenso e cachoeiras. Deslumbrantes. A Ilha do Caribe não possui água doce, mas possui um mar muito lindo. E ambos possuem coisas em comuns, que é uma identidade negra, africana, na sua origem, também indígena. E com forte relações com a Europa. E também uma gastronomia muito rica. Então, a proposta é cooperar na promoção dos dois destinos. Cooperar aprendendo um com o outro sobre a criação de destinos turísticos fortes na coquetelaria,no intercâmbio de artistas e da arte. É o acordo firmado e, que eu creio, que pode contribuir imensamente pra desenvolver Minas Gerais como um destino eminentemente turístico, assim como Curaçao já é. Gerando emprego e renda pra nossa população que é o objeto comum entre os dois países”, conclui Leônidas Oliveira.

De acordo com o planejamento, as ações já devem começar no segundo semestre, e abrangem segmentos como a gastronomia, a coquetelaria, o marketing turístico e a cultura. Os trabalhos serão realizados a partir da parceria entre Secult, Curaçao Tourist Board, Sebrae, Azul Linhas Aéreas, Horeca e Curaçao Hospitality & Tourism Association (Chata).

Ministro de Curaçao, Ruisandro Cjintjie e o Secretário de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas Oliveira estão confiantes no intercâmbio cultural entre os dois destinos(foto: Secult/Divulgação)

O Ministro do Desenvolvimento Econômico de Curaçao, Ruisandro Cjintjie, durante a reunião realizada na capital Willemstad, recebeu com entusiasmo as propostas a serem desenvolvidas a curto e médio prazos. “O Brasil é um país continental, e o voo direto conectando Minas com Curaçao é uma porta para que mais destinos conheçam a potencialidade turística mineira e que nossa ilha seja um hub para os viajantes que pensam em ir para outros destinos e continentes. Estamos muito abertos a receber investimentos de empresas que olhem para Curaçao, mas mirem a região caribenha como um todo, pois somos 3 milhões de habitantes”, afirmou o Ministro do Desenvolvimento Econômico. 

Cjintjie, inclusive, esteve em Belo Horizonte na semana passada e já havia se encontrado com autoridades do governo mineiro para abrir cenários de oportunidades bilaterais em diversos segmentos, especialmente o turismo e a cultura. 

Uma das propostas é que venha para esse evento uma equipe de Curaçao composta por bartenders reconhecidos internacionalmente e um grupo da imprensa local para registrar e conhecer diversos pontos de Minas e incentivar a visita de turistas oriundos da ilha.

Também foram acordadas uma uma viagem de trabalho a Curaçao com profissionais da imprensa mineiros; realização em Curaçao de um festival da cozinha mineira, café e cachaça; uma exposição sobre os patrimônios históricos da humanidade de Minas em Willemstad e outra similar curaçauense no Circuito Liberdade, em Belo Horizonte. Além disso, contatos nas áreas de patrimônio, cultura, turismo e artes serão estabelecidos para impulsionar as relações entre Curaçao e Minas Gerais.

FONTE ESTADO DE MINAS

Prefeitura de Jeceaba e Vale concluem a 1ª etapa da obra de recuperação da ponte da Comunidade do Sumidouro

A Secretaria Municipal de Obras e Serviços Urbanos informa que a primeira etapa da obra na ponte da estrada José André Veado, na comunidade do Sumidouro, foi concluída.

Foi feito o reforço das alas com estacas para garantir a segurança da mesma. Este reforço foi efetuado em parceria com a empresa Vale S/A.

Com isso, foi liberado o tráfego de veículos pesados, estando a ponte apta para a circulação de veículos, caminhões, máquinas agrícolas e afins.

A ponte não corre mais risco de desmoronamento, mas a equipe está trabalhando internamente para providenciar a segunda etapa da obra de reforço.

Ônibus com time de adolescentes cai de ponte e deixa mortos e feridos em Minas

ALÉM PARAÍBA (MG) – Um ônibus com 36 passageiros caiu de uma ponte na BR-116, em Além Paraíba, na Zona da Mata, nesta segunda-feira (30/01) e deixou quatro mortos e dezenas de feridos. O acidente ocorreu no km 792.

O ônibus ia de Ubaporanga (próximo a Caratinga), onde os passageiros participavam de um campeonato de futebol, para Duque de Caxias (RJ).

Estavam no veículo: o condutor, quatro adultos da comissão técnica e 28 adolescentes. Desses, um adulto e três jovens morreram.

Os bombeiros de Além Paraíba, com apoio de bombeiros de Juiz de Fora, Cataguases e Leopoldina, fizeram os atendimentos.

Do Portal Caparaó.

Moradores temem por queda de ponte sobre rio Bananeiras no São Benedito

Nossa reportagem, após denúncias, esteve na Barreira, em Lafaiete (MG), onde ponte ao lado da passagem férrea está em iminente processo de queda. As estruturas estão comprometidas pelas intensas chuvas
No local constatamos que parte de uma construção cedeu e bloqueou parte do Rio Bananeiras. O restante da construção ameaça desabar e se obstruir o rio, causará inundação, colocando em perigo a ponte, que já se encontra em estado de risco.
A defesa civil esteve no local no dia 9 de janeiro juntamente com o Secretário de Obras.
Ficou prevista para os próximos dias a desobstrução da calha do rio, bem como possíveis reparos no local da ponte. Foi feito a sinalização no local devido a parte do passeio se encontrar aéreo, evitando assim que pedestres passem pelo mesmo.
Ressaltamos que o local foi isolado para providências, não havendo risco iminente de ruptura no ato da vistoria, porém seguimos acompanhando o local.
A Secretaria de Obras já vem realizando levantamento técnico para intervenções a serem feitas no local.

Moradores de Gagé cobram ponte prometida há 12 anos

Moradores de Gage cobram a construção de uma ponte prometida há mais de 12 anos pela Prefeitura. “Estamos esquecidos por muitos anos, não temos pontes e cada vez mais o rio vai se abrindo. É um descaso com a população”, disse uma moradora.

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