70% dos brasileiros ignoram que Cerrado é fonte nacional de água

E 3 em cada 10 sequer sabem que lá tem água. Esses e outros resultados reforçam uma nova campanha para salvar o bioma.

O Cerrado abriga rica biodiversidade, populações e produção urbanas e rurais, povos indígenas e tradicionais. Seu ritmo atual de desmate, de alarmantes 11 mil km2 entre 2022 e 2023, reduzirá também a oferta de água. Afinal, o bioma ajuda a manter 8 bacias hidrográficas no país.

Isso lhe rendeu a merecida alcunha de “berço das águas do Brasil”, difundida por ongs, governos, academia e setor privado. Alheia à realidade, 70% da população desconhece esse papel estratégico natural do Cerrado. Mais preocupante, 3 em cada 10 brasileiros sequer sabem que o bioma tem água.

A revelação é de uma pesquisa feita em novembro passado com 2 mil brasileiros para a campanha Sou Cerrado, que pretende despertar o país para conhecer, valorizar e salvar o bioma, alvo de recordes históricos de devastação, pela agropecuária.

Outros achados foram de que 23% dos brasileiros são capazes de descrever o clima do Cerrado e de que 64% deles acreditam que a Amazônia está sendo mais desmatada que o bioma. A pesquisa completa pode ser acessada aqui.

 

FONTE O ECO

Quase metade dos brasileiros de até 17 anos vive abaixo da linha nacional de pobreza, segundo IBGE

De acordo com o levantamento, praticamente cinco a cada dez jovens do país sobrevivem com US$ 6,85 por dia, cerca de R$ 35

O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou nesta terça-feira (9) que quase metade da população brasileira de até 17 anos de idade está abaixo da linha nacional de pobreza, vivendo com US$ 6,85 por dia, aproximadamente R$ 35.

Em 2022, segundo o órgão, 49,9% das crianças de 0 a 5 anos de idade estavam nessa condição. Entre o público de 6 a 14 anos, a taxa foi de 48,5%. Entre adolescentes de 15 a 17 anos, o indicador foi de 46,6%. Veja os resultados:

Proporção da população abaixo da linha nacional de pobreza

Os dados do IBGE são da publicação ‘Criando Sinergias entre a Agenda 2030 e o G20 – Caderno Desigualdades – primeiras análises’. O documento traz estatísticas sobre sete indicadores globais dos ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável), que apresentam um retrato das desigualdades dentro dos países do G20 e entre eles, com a informação mais recente disponível para a maioria dos países.

O G20 é um grupo formado pelas 19 maiores economias do mundo mais a União Europeia e a União Africana. Os ODS analisados pelo levantamento são pobreza, saúde, educação, gênero, crescimento econômico e trabalho decente, desigualdades e paz, justiça e instituições eficazes.

Segundo o IBGE, “a desagregação de dados para os indicadores ODS é fundamental para a implementação da Agenda 2030 e seu princípio de ‘não deixar ninguém para trás’, pois permite captar a população em situação de vulnerabilidade e as desigualdades, para então combatê-las através de políticas públicas”.

 

FONTE R7

Idade média ao morrer varia de 57 a 72 anos a depender da capital

Mapa da Desigualdade tem Porto Alegre e Belo Horizonte no topo

A expectativa de vida em capitais brasileiras varia 15 anos, de 57 a 72 anos. A idade média ao morrer de moradores de Belo Horizonte ou Porto Alegre, por exemplo, gira em torno de 72 anos. No entanto, para quem mora em Boa Vista a idade média ao morrer é bem inferior, em torno de 57 anos.

Os dados constam do primeiro Mapa da Desigualdade entre as capitais brasileiras, lançado nesta terça-feira (26) pelo Instituto Cidades Sustentáveis (ICS), na capital paulista. O trabalho, inédito, compara 40 indicadores das 26 capitais brasileiras em temas como educação, saúde, renda, habitação e saneamento. O estudo reforça a percepção da distância que separa as várias regiões e estados do país, demonstrando que o Brasil é mesmo um país desigual.

“Esse é um dado que às vezes fica mais escondido, mas que traduz muito a desigualdade. Essa diferença de 15 anos na idade média ao morrer [entre Belo Horizonte/Porto Alegre e Boa Vista], que é uma coisa que chama muito a atenção, traduz muito a desigualdade”, conta o coordenador geral do Instituto, Jorge Abrahão.

Em entrevista à Agência Brasil, Abrahão conta que os índices estão diretamente ligados aos investimentos em políticas públicas:

“As questões de saneamento, de habitação precária, de qualidade de saúde e educação, de mortalidade infantil, de violência, de homicídios contra jovens, em geral, são números muito ruins nessas cidades que tem uma idade média de morrer muito baixa. Portanto, para você conseguir aumentar esse número, significa que você teria que investir em questões centrais para a qualidade de vida das pessoas.”

Outro indicador analisado pela publicação e que reforça a desigualdade existente entre as capitais brasileiras apontou que 100% da população de São Paulo é atendida com esgotamento sanitário, enquanto em Porto Velho, apenas 5,8% da população tem esse acesso. Sobre esse dado, Abrahão faz ainda uma ressalva: embora os dados oficiais indiquem que 100% da população paulistana tem acesso a esgotamento sanitário, o índice não reflete totalmente a realidade.

“É verdade que em uma cidade como São Paulo há algumas áreas de ocupações irregulares, muitas delas que não têm essa questão resolvida. Mas isso acaba não aparecendo nesses dados oficiais”, explicou.

Fontes

O Mapa da Desigualdade entre as capitais é baseado no Mapa da Desigualdade de São Paulo, que é publicado há mais de 10 anos pela Rede Nossa São Paulo e pelo Instituto Cidades Sustentáveis.

As fontes dos dados são órgãos públicos oficiais como o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DataSUS), o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) e o Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS).

Também foram utilizados dados de organizações não-governamentais em dois temas: emissões de CO2 per capita – com dados do Sistema de Estimativas de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SEEG), do Observatório do Clima (OC) –; e desmatamento – com dados do MapBiomas.

Ranking

Mesmo sabendo que o dado oficial pode não refletir totalmente a realidade brasileira, ele continua demonstrando a grande desigualdade de condições entre os estados brasileiros. Isso é reforçado quando se analisa o desempenho de cada capital brasileira frente aos 40 indicadores.

Curitiba, por exemplo, é o destaque positivo, aparecendo na primeira posição do ranking das capitais, com 677 pontos, seguida por Florianópolis, Belo Horizonte, Palmas e São Paulo.

“Mesmo as cidades melhores colocadas [no ranking] trazem desafios”, destacou Abrahão. “Eu olharia com uma visão positiva esse resultado [de Curitiba], mas entendendo que ele encerra alguns desafios que Curitiba ainda não conseguiu resolver.”

Já na outra ponta do ranking está Porto Velho (RO), a capital com o pior desempenho, com 373 pontos. Além dela, aparecem no outro extremo da tabela as cidades de Recife (PE), Belém (PA), Manaus (AM) e Rio Branco (AC).

“Das seis cidades melhores colocadas na média dos indicadores, cinco são das regiões Sul e Sudeste. E das seis piores colocadas, quatro estão na Região Norte.”

Esse dado demonstra, segundo o coordenador do estudo, que o Brasil precisa de políticas públicas que valorizem as regiões onde a desigualdade é maior.

“O Brasil é muito eficiente em produzir políticas para gerar desigualdade. E é por isso que nós estamos nesse local, eu diria, vergonhoso de ser um dos dez países mais desiguais do mundo. Se a gente foi capaz de chegar nesse ponto, a gente é capaz de reverter isso com políticas que sejam proporcionadas com esse olhar”, afirmou Abrahão.

Ele salienta que essas desigualdades sociais estão intimamente ligadas à questão econômica: “sem a gente resolver as desigualdades, nós não vamos resolver a questão de produtividade no país, que está ligada com a questão econômica. Sem resolver a educação, nós não estamos resolvendo as questões de pobreza ou de eficiência. Sem reduzir os problemas de saneamento, nós vamos continuar com problemas graves de questões sanitárias e de doenças no país. E o caminho é esse: fazer investimentos desiguais para os locais mais desiguais”.

Jorge Abrahão lembra ainda que 2024 é um ano de eleições municipais e que a população deve estar atenta a esses indicadores ao escolher seus candidatos a prefeito e vereador.

“É importante que as cidades se enxerguem para que possam ver onde é que estão suas maiores fragilidades e, a partir daí, discutam esses problemas com os candidatos dos diferentes partidos para verificar como é que esses candidatos estão olhando para os principais problemas das cidades e só então fazerem suas escolhas.”

 

FONTE AGÊNCIA BRASIL

Prefeitura investe em estruturas de saúde UBS Ito Alves será mais uma unidade

As obras da nova Unidade Básica de Saúde do bairro Rochedo avançam e, ainda este ano, a população da região contará com uma UBS tipo três. Nessa semana parte da estrutura e da fundação da nova UBS estão sendo preparadas. A nova Unidade Básica de Saúde tipo três, está localizada na Rua Ito Alves e poderá atender até com três equipes de saúde da família, sendo que para cada equipe, o atendimento médio gira em torno de 4 mil pessoas, criando um fluxo de aproximadamente 12 mil usuários, tanto do bairro Rochedo como em suas adjacências. A obra estava paralisada desde 2015 e será concluída nesta gestão. A previsão é que seja entregue até setembro deste ano.

Na área da saúde outras obras importantes seguem dentro do cronograma. A Unidade de Pronto Atendimento – UPA 24 horas, que está sendo construída no Bairro Tamareiras, será inaugurada em maio de 2024 e substituirá o atendimento prestado pela atual Policlínica do município e irá oferecer serviços de urgência e emergência de forma abrangente, moderna e eficiente. A obra do Centro Regional de Saúde no Bairro Paulo VI, prevista para ser concluída ainda esse ano, irá oferecer atendimento em diversas especialidades médicas e também uma farmácia básica.

Segundo o prefeito Mário Marcus “essas ações irão melhorar e ampliar a assistência à saúde da população de Lafaiete com o objetivo de atender suas necessidades e contará com um ambiente propício para os profissionais que irão atuar nas unidades de saúde com mais segurança e qualidade.”

 

Pedreira desrespeita população, ameaça meio ambiente e coloca em risco nascentes

Pedreira Irmãos Machado LTDA. pressiona e desrespeita população e o meio ambiente com pedido de servidão mineral em Amarantina, distrito de Ouro Preto, gerando riscos para moradores e nascentes de rios. 

A Pedreira Irmãos Machado LTDA. tem desconsiderado a população de Amarantina, distrito de Ouro Preto, ao dar entrada em um pedido de servidão mineral. A situação gera grande risco ambiental e para a população, pois põe em risco muitas casas e também nascentes de rios importantes na região, como por exemplo, o Rio Maracujá, rio que desemboca no Rio das Velhas que é o maior afluente do rio São Francisco. Segundo uma moradora: “a ameaça é que o distrito simplesmente acabe e que expulsem todas as pessoas do entorno por coerção e pressão”

Pedreira causa danos e prejuízo na produção de alimentos mas moradores resistem

A pedreira que em seu site se coloca como “Preocupando com o meio ambiente, com ações de sustentabilidade. E dando apoio a comunidade onde está inserida, sendo a principal empregadora local.” (dados retirados do site, inclusive com o erro de digitação). Porém, na pratica, não tem se mostrado colaborativa quando se fala da qualidade de vida das pessoas que moram ao redor.

Os moradores do distrito reclamam do barulho, da fumaça e poeira causada por cerca de 600 carretas que passam por dentro do perímetro urbano diariamente. Já existe uma rota alternativa que poderia facilmente ser usada pela empresa, se fosse adaptada pela própria, mas de forma violenta, continua fazendo o possível para incomodar os moradores.

“Aqui a gente só tem paz dia de domingo até 19h, ai já começa o barulho, a fumaça e a casa começa a tremer” diz uma moradora local.

A produção de alimentos também tem sido muito ameaçada. Por vezes a safra é destruída por pedras, vindas das explosões mal planejadas, ou pelas fortes chuvas que inevitavelmente geram deslizamentos. Esses deslizamentos são causados pelo assoreamento dos morros ao redor que são ocupados pela pedreira e acabam por soterrar a produção próspera de alguns moradores. A água, que foi privatizada há pouco tempo, agora é paga, enquanto as nascentes vão sumindo, pela quantidade de brita que também é arrastada pela chuva, entupindo diversas nascentes.

Moradores têm plantações afetadas pelas ações da pedreira na região. Foto: Val Leger

“As famílias que compõem a comunidade, desde o fim do ano de 2020, tiveram notícia da existência de processo de requisição de servidão minerária pela empresa Pedreira Irmãos Machado junto à Agência Nacional de Mineração (ANM). Os comunitários afirmam que só vieram a ter conhecimento do interesse da empresa sobre as propriedades nas quais vivem após alguns moradores receberem uma correspondência, de um escritório de advocacia que convidava o destinatário a comparecer no local indicado, um antigo imóvel comercial às margens da rodovia BR 356, para ‘tratar de assunto de seu interesse’, sem qualquer explicação acerca do motivo do convite nem qualquer indicativo das intenções da empresa. Outros moradores afirmaram que foram surpreendidos por ofício, em segredo de justiça, expedido pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais, que determinava que os mesmos se manifestassem com relação a esse mesmo pedido de servidão, no prazo de 15 dias após a retomada dos trabalhos forenses em janeiro de 2021. O referido ofício foi entregue entre os dias 22 e 23 de dezembro de 2020.” Trecho extraído de laudo do Ministério Público sobre o caso.

Morte de um funcionário e descaso com a segurança do trabalho

No dia 16 de dezembro de 2022, José dos Santos Costa, de 75 anos, funcionário da empresa, morreu enquanto trabalhava. Segundo análise feita pelo Ministério Público, havia e ainda há o risco de acidentes devido a negligência da empresa. O documento aponta que a última inspeção do trabalho foi feita em março de 2017, quando houve a constatação dos riscos que a tecnologia usada poderia causar acidentes. Desde o armazenamento até o descarte do material explosivo, chamado de Pyroblast, não há o cuidado que deveria por se tratar de um material perigoso. O risco não foi antecipado. Além disso, o SESMT (Serviços Especializados em Segurança e Medicina do Trabalho) não foi envolvido nas decisões dessa atividade que é considerada de alto risco e não rotineira.

O documento também aponta que a empresa não ministrou treinamentos periódicos para o manuseio do material, não analisou nem documentou acidentes e doenças causadas pelo trabalho e deixou de incluir no Programa de Gerenciamento de Riscos a etapa de antecipação dos fatores de risco entre outras negligências com seus funcionários.

Desde 2019, moradores da região organizaram a “Frente Popular em Defesa de Amarantina” com o objetivo de encontrar alguma forma de defender seus direitos. Todo esse período é marcado por indiferença por parte da pedreira e tentativa de omissão dos planos. O processo de pedido de cessão era até pouco tempo segredo de justiça, o que impedia muito dos moradores, mesmo organizados, de entenderem o que estava acontecendo. Graças à luta local, que sempre buscou apoio do ministério público e dos meios institucionais, os moradores resistem mas também temem até quando conseguirão adiar os planos da pedreira.

 

FONTE A VERDADE

Secretaria de Saúde sensibiliza população sobre a prevenção da gravidez na adolescência

Educação sexual, acolhimento e acompanhamento são as melhores medidas para evitar complicações e óbitos materno-infantis

Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) realiza ações de conscientização até esta quinta-feira (8/2), na Semana Nacional de Prevenção da Gravidez na Adolescência, campanha de caráter educativo e preventivo em que são abordados desde a sensibilização da temática, entre o público adolescente e seus cuidadores, aos métodos contraceptivos disponíveis atualmente.

A campanha é direcionada a profissionais de saúde e interessados no tema, já que segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a gestação na adolescência é uma condição que eleva a prevalência de complicações maternas, fetais e neonatais, além de agravar problemas socioeconômicos existentes. As complicações e gravidade da gestação correlacionam-se, principalmente, à idade. Tornar-se mãe durante a adolescência pode apresentar certas dificuldades e perigos porque a gestação neste período tem mais chances de complicações, tanto para o bebê quanto para a mãe. 

De acordo com Lírica Mattos, diretora de Gestão da Integralidade do Cuidado da SES-MG, é importante entender que todo adolescente tem direito ao atendimento e acolhimento correto no Sistema Único de Saúde (SUS). Ela explica que pais, educadores, profissionais de saúde e toda a sociedade têm um papel fundamental na educação desses jovens.

“O primeiro passo para a prevenção da gravidez na adolescência é a informação qualificada. O SUS oferece métodos contraceptivos como pílula combinada, anticoncepcional injetável, dispositivo intrauterino (DIU), assim como preservativos, tanto femininos quanto masculinos, porque a responsabilidade da prevenção é compartilhada”, afirma Lírica Mattos, que acrescenta que as gestantes devem procurar os centros de saúde mais próximos de suas casas. “Lá, será ofertado acolhimento, planejamento reprodutivo e sexual, captação precoce de gestantes para a realização de pré-natal adequado, cuidado no parto, puerpério e cuidado com o bebê”, complementa.

Riscos

Em 2020, 14% dos nascidos vivos no Brasil foram de mães adolescentes e em Minas Gerais, entre 2019 e 2022, cerca de 10% dos nascidos vivos são filhos de mães na faixa etária de 10 a 19 anos.

De acordo com o Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos (Sinasc), a Macrorregião de Saúde Centro registrou o maior número de gestações em adolescentes de todo o estado, com mais de 28 mil bebês nascidos entre 2019 e 2022, aproximadamente 25% dos casos em Minas Gerais. A Macrorregião de Saúde Norte está em segundo lugar nesse ranking, com 11.613 bebês.

A gestação na adolescência aumenta as chances de prematuridade e complicações durante o parto, como pré-eclâmpsia, desproporção pélvica-fetal, entre outras. A realização do pré-natal de maneira adequada impacta diretamente nesse desfecho. Segundo dados disponíveis no Sinasc, no ano de 2023, foram 20.961 nascidos vivos de mães adolescentes, sendo 758 de mães com idade entre 10 e 14 anos e 20.203 bebês de mães com idade entre 15 e 19 anos. Destas, 322 declararam não ter feito nenhuma consulta pré-natal.

Lírica Mattos ressalta que esse acompanhamento é uma das principais formas de prevenir a mortalidade materno-infantil e de garantir o acompanhamento adequado do desenvolvimento do bebê. “O pré-natal é um dos principais pontos de assistência para a saúde durante a gestação, deve ser iniciado no primeiro trimestre e garantido o número mínimo de seis consultas. Assim, aumenta-se a chance de desfechos favoráveis tanto para a adolescente quanto para o bebê”, explica.

A diretora de Gestão da Integralidade do Cuidado da SES-MG reforça que o planejamento reprodutivo também deve ser abordado durante a gestação, para que as mães recebam orientações e tirem dúvidas sobre os métodos contraceptivos disponíveis, de modo a prevenir futuras gestações ainda durante a adolescência.

“Caso o parceiro da adolescente esteja presente, é importante que ele seja implicado no processo de planejamento reprodutivo”, aponta Lírica, que também salienta que a gravidez em adolescentes de 10 a 14 anos é considerada estupro de vulnerável, dentro da legislação vigente, portanto toda oferta de cuidado é pautada no que preconizam as leis brasileiras. “A gravidez pode trazer complicações tanto para o bebê quanto para a mãe, então é muito importante trabalhar na perspectiva de prevenção. Outro ponto que temos trabalhado na SES-MG são as ações de enfrentamento, inclusive no Plano de Enfrentamento à Mortalidade Materna e Infantil, porque essa faixa etária é a que apresenta mais risco de mortalidade materna e prematuridade do bebê”, destaca Lírica Mattos.

Informação é a melhor forma de prevenção

Os desafios enfrentados pelas mães adolescentes, suas famílias e companheiros são múltiplos e, por isso, a necessidade de acolhimento, acompanhamento pré-natal e medidas de promoção e prevenção de saúde destas jovens. É necessário que o diagnóstico, manejo clínico precoce da gravidez, condução da gestação, acompanhamento no puerpério e o estímulo à amamentação, além do controle nutricional sejam realizados por equipe multidisciplinar para garantir o bem-estar físico, psicológico e social dessas mães adolescentes, dos parceiros, filhos e familiares.

A gerente financeira Camila Lares Pereira tinha 15 anos e cursava o segundo ano do ensino médio quando descobriu a gravidez. O pai da criança também era adolescente e tinha 17 anos. Ela relata que a gravidez foi um período complicado, que mudou sua vida por completo,  e considera a orientação correta e a educação sexual essenciais.

“Eu era uma criança, precisei cuidar de outra criança e, para viver a maternidade, não pude vivenciar aquilo que é próprio dos jovens. Faltou orientação, tanto da parte da escola como das pessoas que me acompanhavam com relação ao uso de preservativo ou de medicamentos”, lembra.

Ela conta ainda que precisou superar inúmeras adversidades na época, desde a relação estremecida com o pai, retomada quando a barriga cresceu e o bebê já se mexia, até problemas fisiológicos que a gravidez acarretou. “O parto foi uma experiência única e me assustei muito. Depois, vieram as dificuldades da amamentação e de entender que tinha uma criança que dependia de mim. Pensei em largar os estudos, mas meus pais e minha família me incentivaram a continuar e esse apoio foi essencial. Além da família, recebi muito apoio da família do pai da minha filha, que fizeram tudo que estava ao alcance deles”, ressalta Camila Pereira.

Camila Pereira destaca que mantém um diálogo aberto com sua filha, Sabrina Lares Tonani, atualmente com 16 anos, para alertá-la da importância da prevenção de uma gravidez precoce. “Conversamos abertamente e claramente sobre métodos de prevenção e cuidados. A Sabrina é muito consciente, até porque eu conto a minha história para ela e falo sempre que, para ter relação, ela precisa se cuidar para que evite passar pelo que eu passei”.

FONTE AGÊNCIA MINAS

Hemominas convoca população a doar sangue antes da folia de Carnaval

Especialmente em períodos de férias e feriados, em que a possibilidade de ocorrer acidentes aumenta, doação é essencial para manter estoques em níveis seguros

Neste pré-Carnaval, unidades da Fundação Hemominas em todo o estado buscam estimular o comparecimento de doadores de sangue, seja com a realização de campanhas locais em espaços públicos ou até decorando espaços em que o doador é recebido. O mote de 2024 é: antes de cair na folia, venha doar!

Exemplo vem do Hemocentro de Belo Horizonte (HBH): entre os dias 5 e 9/2, a mascote da fundação comanda a distribuição de filipetas convidando o público a doar em ações realizadas em áreas de muito movimento como aeroporto, rodoviária e estação central do metrô da capital, além da divulgação digital em parceria com a Buser. 

Deste fim de janeiro até as vésperas do Carnaval, outras ações estão programadas: busca ativa de caravanas com empresas parceiras para comparecimento durante a semana pré-Carnaval e realização de coletas externas; divulgação em painéis de mídia e elevadores; distribuição de cartão específico de divulgação da causa via aplicativo Uber.

Adair Gomez / Hemominas

Interior 

Também em cidades do interior a campanha procura chamar a atenção do público doador. 

Com ações previstas do início do mês até 16/2, o Hemocentro Regional de Uberlândia vai investir em peças de divulgação, decoração temática, lembrancinhas alusivas à data e atrações musicais com parceiros locais. 

Também o Hemonúcleo de São João del-Rei está preparando a campanha “Em ritmo de solidariedade”, que será realizada em parceria com escolas de samba tradicionais da cidade. 

O intuito é sensibilizar foliões sobre a necessidade de doação de sangue, e levar a campanha para que escolas ajudem na divulgação. 

Vídeos 

A Fundação Hemominas também aposta em outra iniciativa, já bem-sucedida no ano passado, e vai convidar blocos carnavalescos da capital e interior para gravarem vídeos convidando o público a doar sangue antes da folia. 

O assessor de Captação e Cadastro da Fundação Hemominas, Nivaldo Junior, destaca a importância da doação de sangue nas férias e feriados, quando os estoques são impactados pelo baixo comparecimento de doadores, podendo assim comprometer a segurança transfusional no estado. 

“As doações são necessárias todos os dias, mas em períodos de férias ou eventos como o Carnaval, são fundamentais para manter os estoques em segurança, uma vez que a possibilidade de acidentes aumenta. Sem contar pacientes hematológicos atendidos diariamente nos ambulatórios da rede Hemominas em todo o estado que demandam transfusões constantes, como os afetados pela anemia falciforme e hemofilia. Assim, é importante que a sociedade se conscientize que o gesto solidário de doar seja exercitado sempre e se incorpore na rotina”. 

Nível de alerta

Adair Gomez / Hemominas

De modo geral, a situação dos bancos de sangue da Hemominas registra nível de alerta, principalmente os dos grupos O negativo, O positivo, A negativo que constantemente acusam maior baixa. 

O mais preocupante é o tipo O negativo, mais crítico, grupo estratégico conhecido como doador universal e que permite o atendimento emergencial para todos os outros grupos sanguíneos. No entanto, pacientes O negativo só podem ser atendidos por doadores da mesma tipologia. 

Diariamente, os doadores podem acompanhar pelo site ou redes sociais da Hemominas a situação do estoque. 

Vale observar que todos os tipos sanguíneos são importantes, mas visualizando o quadro frequentemente é possível constatar quais os tipos mais críticos, cuja reposição é mais urgente. 

Veja abaixo alguns critérios e informações para doar sangue. 

Entre os critérios básicos para doar sangue, destacam-se:

•    estar em boas condições de saúde;

•    ter entre 16 e 69 anos de idade. Jovens de 16 e 17 anos podem doar, acompanhados pelo responsável legal ou portando autorização disponível no link. A partir de 61 anos, o candidato à doação precisa comprovar a realização de, pelo menos, uma doação anterior;  

•    pesar mais de 50 kg;

•    estar bem descansado no momento da doação;

•    não ingerir bebida alcoólica 12 horas antes da doação;

•    não ter sido exposto a situação de risco para doenças transmissíveis pelo sangue;

•    não ter tido hepatite após os 11 anos;

•    apresentar documento de identificação oficial e original, com foto, filiação e assinatura.

•    se tiver feito tatuagem ou maquiagem permanente, em locais que possuam alvará sanitário, poderá doar após 6 meses. Caso não seja possível determinar a segurança sanitária, deverá aguardar 12 meses.

No site da Fundação Hemominas estão descritas todas as condições e restrições para doação de sangue, inclusive as relacionadas a exames e procedimentos cirúrgicos, vacinas e medicamentos em uso.

A doação pode ser agendada on-line ou pelo aplicativo MGapp-Cidadão.  Em caso de não comparecimento, solicita-se cancelar o agendamento para disponibilizar o horário a outro candidato.

Cobertura estadual

A Fundação Hemominas desenvolve atividades nas áreas de prestação de serviço, assistência médica, ensino, pesquisa, desenvolvimento tecnológico, produção, controle de
qualidade e educação sanitária.  

Atualmente, conta 22 unidades descentralizadas nas macrorregiões do estado, sendo sete hemocentros  (Belo Horizonte, Governador Valadares, Juiz de Fora, Montes Claros, Pouso Alegre, Uberaba e Uberlândia), nove hemonúcleos (Diamantina, Divinópolis, Ituiutaba, Manhuaçu, Passos, Patos de Minas, Ponte Nova, São João del-Rei, Sete Lagoas), seis Unidades de Coleta e Transfusão (Além Paraíba, Betim, Estação BH, Frutal, Hospital Júlia Kubitschek e Poços de Caldas), 11 Postos Avançados de Coleta Externa – Pace (Araguari, Bom Despacho, Barbacena, Lafaiete, Itajubá, Lavras, Leopoldina, Muriaé, Pará de Minas, Varginha e Viçosa; em breve será inaugurado o Pace de Patrocínio), além do Centro de Tecidos Biológicos (Cetebio).

Esta rede apresenta cobertura hemoterápica superior a 90% em todo o estado. 

São cerca de 600 entidades conveniadas, incluindo hospitais públicos, filantrópicos e particulares, alcançando aproximadamente 800 municípios, direta ou indiretamente. A meta é alcançar 100% dos procedimentos vinculados ao Sistema Único de Saúde (SUS).

Casa abandonada com piscina espalha dengue no São João e moradores cobram fiscalização

Moradores da rua Ovídio Lana, no Bairro São João, em Lafaiete (MG), fazem uma séria reclamação de saúde pública e risco de contaminação. isso porque os proprietários de uma casa na via são do Rio de Janeiro e ela está fechada há vários meses e no local há um piscina totalmente abandonada e com incidência do mosquito da dengue. Segundo uma morada a situação é um “horror” já que minha filha e seus cunhado já foram contaminados por dengue, inclusive um vizinho também. “Estamos com situação de alto risco e sem uma solução ou mesmo uma fiscalização. È um urgente uma ação da prefeitura”, desabafou.

Viaduto do Bairro Cachoeira: obra fica pronta em junho

Nesta quinta-feira, 18/01, o Prefeito de Lafaiete (MG), Mário Marcus, juntamente com a equipe da Secretaria de Obras e estagiários da UFSJ, visitou a obras de construção do viaduto do Bairro Cachoeira e da ponte na Rua do Barreto que estão sendo executadas pela MRS Logística em parceria com a prefeitura.

A construção do viaduto é um investimento importante em mobilidade e segurança, pois, propiciará tráfego com agilidade, sem interrupções no fluxo de veículos e com prevenção de acidentes nas travessias sobre a linha férrea.

O prefeito Mário Marcus, que acompanha, periodicamente, todas as obras em execução na cidade, foi acompanhado pelos engenheiros da MRS Logística e constatou que o cronograma está sendo cumprido e a obra tem previsão de conclusão no mês de junho deste ano. Ele ressaltou a importância da parceria com a MRS na construção de mais esta obra tão necessária, que beneficiará a todos os pedestres e motoristas, da cidade e região, que terão mais agilidade e segurança no local. “Esta é mais uma intervenção dentro da programação de melhoria dos acessos e das vias, que visam aprimorar o trânsito e tráfego nas ruas, promovendo mais mobilidade, mais segurança e comodidade aos moradores”.

Cemig alerta população sobre cuidados e segurança durante eventos climáticos

Companhia já registrou mais de um milhão de raios em todo o estado neste período chuvoso

O mês de janeiro de 2024 vem sendo marcado por tempestades, ventanias e muita incidência de raios em Minas Gerais. Desde o início deste período chuvoso, no último mês de outubro, a Cemig registrou mais de um milhão de descargas atmosféricas no estado, sendo mais de 43 mil em Belo Horizonte e região metropolitana. Somente na primeira quinzena de janeiro, a companhia já registrou mais de nove mil raios na região Central de Minas Gerais. Desta forma, a Cemig alerta para que a população esteja atenta para evitar acidentes – que podem ser fatais – e também proteja equipamentos eletrônicos, que podem ser danificados durante tempestades.

O supervisor de Relacionamento com Clientes da Cemig, Alexandre Ribeiro de Almeida, destaca que, durante tempestades com raios, as pessoas devem procurar abrigo imediatamente. “Caso a pessoa esteja na rua, ela deve procurar um local seguro, como um estabelecimento residencial ou comercial. O mesmo vale para regiões rurais. Além disso, é importante não ficar debaixo de árvores ou de postes, que podem atrair a descarga atmosférica e, consequentemente, eletrocutar quem esteja próximo. O raio pode provocar queimaduras gravíssimas e parada cardiorrespiratória, que podem levar a pessoa à morte”, explica.

Alexandre ressalta que todos os equipamentos elétricos devem ser retirados das tomadas para evitar risco de queima. Essa atitude preventiva também contribui para a segurança das pessoas. “A rede elétrica da Cemig possui para-raios ao longo de sua extensão, que são dispositivos de proteção contra elevações bruscas das tensões. Porém, durante as chuvas, o raio, ao cair próximo às residências, pode causar grandes sobretensões nas redes elétricas internas das residências, comércios ou indústrias, que também precisam possuir seus próprios dispositivos de proteção contra essas variações elevadas provocadas pelas descargas atmosféricas”, alerta o especialista da Cemig.

Desta forma, sobretensões podem atingir aparelhos elétricos destas instalações ou os moradores que estiverem em contato com estas unidades, provocando o defeito no equipamento e o choque ou queimadura na pessoa. “Por este motivo, sempre que possível, a recomendação é retirar os equipamentos eletroeletrônicos das tomadas em caso de chuvas com descargas atmosféricas, para evitar acidentes”, completa.

De acordo com o especialista, o telefone celular só deve ser utilizado caso o carregador de bateria do aparelho não esteja plugado na tomada. Essa recomendação vale para qualquer situação, independentemente se for dia de chuva ou de sol.

Fio partido

Uma das principais ocorrências durante tempestades intensas é o fio partido, principalmente quando há queda de árvores sobre a rede elétrica, ou quando objetos são lançados em direção aos cabos, em função da força dos ventos, provocando seu rompimento. Caso as pessoas se deparem com um fio partido, elas não podem se aproximar ou tocar no cabeamento e, se possível, não devem permitir que outras pessoas se aproximem também.

A recomendação é telefonar imediatamente para o Fale com a Cemig, no telefone 116, que funciona 24 horas por dia. Se uma árvore cair na frente de sua residência, nunca tente retirá-la ou cortá-la e chame o Corpo de Bombeiros para retirar esta árvore. Em muitos casos, no meio da árvore caída, pode existir um cabo partido da rede elétrica que pode estar energizado e escondido no meio dos galhos e, ao tentar retirar a árvore, a pessoa pode sofrer um choque elétrico de até 13.800 volts, com risco de morte ou graves queimaduras.

Atenção na zona rural

Durante tempestades com raios em áreas rurais, o ideal é que as pessoas busquem um abrigo que não seja embaixo de árvores ou postes, que podem atrair descargas atmosféricas devido à sua altura e, como consequência, eletrocutar as pessoas que estejam próximas.

“Durante as chuvas, os raios podem cair nas proximidades das cercas ou atingir diretamente uma pessoa. Por isso, é fundamental que se busque um abrigo seguro na incidência do fenômeno. Caso não seja possível conseguir um abrigo, é importante ficar longe de pontos altos, que podem atrair os raios. O mais importante é não sermos um dos pontos mais altos em locais descampados. Se uma pessoa estiver no alto de uma montanha desprotegido, por exemplo, a orientação é ficar deitado para não correr o risco de sofrer uma descarga atmosférica”, alerta Alexandre Ribeiro.

Em casos de locais que possuem criação de animais, como gado e cavalo, o proprietário deve avaliar a instalação de aterramentos nas cercas, para facilitar o escoamento da corrente elétrica para o solo. Além disso, explica o especialista, “é importante interromper a cerca de alguns em alguns metros, a depender da sua extensão, para diminuir a possibilidade da descarga ‘caminhar’ por grandes distâncias por meio dos componentes metálicos e sempre conectar essa cerca a uma haste fincada no solo”, detalha.  

FONTE AGÊNCIA MINAS

about

Be informed with the hottest news from all over the world! We monitor what is happenning every day and every minute. Read and enjoy our articles and news and explore this world with Powedris!

Instagram
© 2019 – Powedris. Made by Crocoblock.