Congonhas é exemplo nacional: cidade foi a que mais executou obras do PAC de preservação de seu patrimônio histórico

Congonhas foi a cidade que mais teve eficiência na execução dr projetos de PAC No Brasil

O prefeito Zelinho ontem(4), em Belo Horizonte, da reabertura da Igreja de São Francisco de Assis, a Igrejinha da Pampulha. A obra faz parte do PAC Cidades Histórica, programa de preservação do patrimônio histórico brasileiro, do qual a cidade de Congonhas é sempre citada como exemplo nacional. Na cerimônia de hoje não foi diferente: “Quero saudar Zelinho, meu Prefeito de coração….”, disse a presidente do IPHAN, Katia Bogea, no início de seu discurso.

Congonhas é quem mais realizou obras do PAC. Até o momento já foram entregues restauraras e revitalizadas a Igreja do Rosário, a Alameda Cidade de Matosinhos de Portugal, a Matriz de Nossa Senhora da Conceição e a Basílica do Senhor Bom Jesus. E vem muito mais por aí!

Nos próximos meses, ainda pelo PAC Cidades Históricas, serão entregues a restauração do Centro Cultural da Romaria, a construção do Teatro Dom Silvério e o Parque Ecológico da Romaria.

Com recorde de execução de obras no PAC, Congonhas vem se destacando nacionalmente na gestão eficiente dos recursos públicos, um dos principais gargalos da administração pública brasileira.

Lafaiete terá semana dedicada a preservação do Rio Bananeira

A Câmara analisa projeto de lei, de iniciativa do vereador Oswaldo Barbosa (PP) que institui em Lafaiete a “Semana da preservação dos mananciais do Rio Bananeiras”. A intenção é promover o evento na primeira semana do mês de junho em comemoração ao “Dia do Rio Bananeiras”, já criado pela Lei nº 5.606 de 15 de março de 2014.

Semana busca conscientização sobre preservação do Rio Bananeiras/CORREIO DE MINAS

O vereador sugere que por ocasião do evento podem ser realizadas eventos na Câmara Municipal de Conselheiro Lafaiete ou nas unidades municipais de ensino para esclarecer junto aos alunos, pais, professores e demais membros da comunidade sobre a importância da preservação águas e nascentes do Rio Bananeiras que é a principal fonte de abastecimento hídrico do município. “Nos encontros nas unidades municipais, serão discutidos preferencialmente políticas públicas para a preservação dos mananciais apresentadas pelos alunos da rede municipal de ensino e por demais membros da população e ações durante toda a semana envolvendo todos os alunos da rede municipal de ensino”, apontou Oswaldo.

O vereador propõe, além da mobilização e conscientização, a recuperação das nascentes como o replantio de espécies nativas, com o objetivo de ampliar as reservas naturais, resgatando a qualidade dos afluentes do Rio Bananeiras em nosso limite territorial. “A preocupação primordial do presente projeto é a conscientização da população para a preservação do meio ambiente e recuperação dos mananciais, para que passamos garantir às gerações futuras uma maior qualidade de vida”, analisou Oswaldo.

Incêndio destruiu 10 hectares de área de preservação

Incêndio destruiu Área de Preservação Ambiental /DIVULGAÇÃO

Início da noite de segunda-feira por volta de 18:45 horas bombeiros de São João del Rei foram acionados a comparecer na Área de Preservação Ambiental (APA) da Serra São José nas imediações do município de Tiradentes onde um incêndio atingida a aquele trecho da Serra.

No o local que é uma área de preservação ambiental, protegida por lei, os bombeiros verificaram que as chamas atingiam não só vegetações rasteiras, bem como árvores de copas de mais de 15 metros, Bambuzais e também trechos inacessíveis entre rochedos e pedras. Os bombeiros verificaram que a linha de fogo alcançava quase mil metros, e os fortes ventos e o calor intenso dificultavam os trabalhos, onde durante aproximadamente 3 horas, 08 bombeiros, contando no final com apoio de cinco brigadistas do IEF, conseguiram controlar o incêndio.

Após os trabalhos de rescaldo, os militares verificaram que a área queimada foi de 10 ha e graças à ação eficiente e rápida dos militares no combate às chamas, evitou-se uma destruição maior pois uma densa mata e estava localizada logo à frente e se caso fosse atingida dificilmente o incêndio seria contido.

Veja o vídeo a seguir:

https://youtu.be/FizfER8PhMQ

 

Incêndio criminoso afeta cerca de 100 mil metros de área de preservação

Diversos focos e queimadas atingiram Ouro Branco na tarde deste sábado(13)

Um incêndio na tarde de sábado, dia 13, atingiu entorno de 100 mil metros de área de vegetação em Ouro Branco. De acordo com a Defesa Civil de Ouro Branco foram atingidas Área de APP no bairro Pioneiros e Área de APP e Vegetação do Bairro Soledade, além de outros focos de incêndio ao longo da cidade. As autoridades acreditam que os incêndios sejam de origem criminosa e pedem a colaboração da comunidade para que denuncie casos como esses.

As equipes da Defesa Civil de Ouro Branco, Prefeitura Municipal de Ouro Branco, Corpo de Bombeiros Militar atuaram ao longo de toda a tarde na tentativa de debelar as chamas. Colabore, faça sua parte.

A Defesa Civil de Ouro Branco, Amalpa, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros Militar e Prefeitura de Ouro Branco promovem campanha de conscientização contra incêndios florestais. Provocar incêndios florestais é crime previsto pela Lei de Crimes Ambientais, com pena e multa de prisão.Ao avistar fumaça  ou focos de incêndio,  contate imediatamente as autoridades.

  • Defesa Civil de Ouro Branco 24 horas
  • 9 8605 3102
  • 9 8798 4813
  • 3938 1054
  • Polícia Militar 190
  • Corpo de Bombeiros Militar 193

Abrace a Serra da Moeda acontece no “topo do Mundo” e mobiliza ambientalistas em torno da preservação

A 12° edição do movimento “Abrace a Serra da Moeda” vai ter como tema a tragédia de Brumadinho. O evento acontece hoje, dia 21, a partir das 10:00 horas, na região conhecida como Topo do Mundo.

O movimento, em prol da preservação da cadeia de montanhas a 30 quilômetros de BH, existe desde 2008 e se destaca pela defesa das águas e serras de Minas Gerais. Este ano, o ato vai ser em solidariedade às vítimas do rompimento da barragem de Córrego do Feijão, da Vale, e em homenagem ao Corpo de Bombeiros, que atuou no resgate dos atingidos. O grupo também vai cobrar mudanças nas políticas públicas e fiscalização de outras empresas da região.

O ápice do encontro, que é quando o público forma um enorme cordão humano no topo da serra, está marcado para acontecer, pontualmente, às 12h28, no mesmo horário do rompimento das barragens. Para reforçar o luto vivido por todos os moradores de Brumadinho, a cor da camisa deste ano não será branca e sim preta.

Além do abraço simbólico, uma grande performance com 32 artistas está prevista para acontecer durante o evento. O ato vai ser dirigido pelo bailarino, ator e coreógrafo mineiro Tiago Gambogi. A participação é gratuita. Os interessados devem se encontrar na rampa de voo livre, no Topo do Mundo. (Portal Mega Notícias FM- Foto Capa: Sandoval de Souza)

 

Congonhas investe na preservação e restauração de seu patrimônio histórico

Congonhas é a única cidade de Minas a ter a maior parte do seu patrimônio tombado restaurado. Ao todo, dez bens históricos e culturais estão sendo valorizados e preservados. Esses investimentos foram feitos com recursos próprios do município e também em parceria com diversas instituições, como o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), por meio do PAC Cidades Históricas, o Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (IEPHA) e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Entregues à comunidade nos últimos dois anos, a Basílica do Senhor Bom Jesus de Matosinhos, a Matriz de Nossa Senhora da Conceição e a Igreja do Rosário passaram por importantes processos de restauração. A requalificação urbanística da Alameda Cidade de Matozinhos de Portugal e a revitalização da Estação Ferroviária de Congonhas também valorizaram ainda mais a área histórica.

Em breve, o Alto Maranhão receberá, oficialmente, a Igreja Nossa Senhora D’Ajuda, restaurada pela Prefeitura, em parceria com o IEPHA. Datada de 1746, a edificação passou por diversas intervenções, entre elas, a restauração do forro da capela-mor, do altar principal e de seus elementos artísticos.

Os investimentos não param por aí. Estão sendo realizadas a requalificação do Centro Cultural da Romaria, a construção do Teatro Municipal Dom Silvério Gomes Pimenta e a implantação do Parque Ecológico, que ligará esses dois espaços ao Museu de Congonhas. Está prevista, ainda, a  restauração do Cine Teatro Leon.

Lafaiete vai ganhar nova unidade de conservação Fazenda do Paraopeba

A Secretária de Obras e Meio Ambiente realiza na segunda feira, dia 18, às 16:00 horas, consulta pública para proposta da criação de unidade de conservação da Fazenda Paraopeba. O evento acontece na Câmara Municipal é momento de ouvir e acatar sugestões e proposta da comunidade e de entidades ambientais para a utilização dos 39 hectares que compõem a nova unidade que fica às margens da MG 383, e cerca da histórica Fazenda Paraopeba.

A criação do parque com declaração da área como preservação permanente é uma das exigências do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) assinado há mais de 2 anos com o Ministério Público quando a fazenda voltou a gestão da prefeitura.

Prefeitura por duas vezes tentou através de licitação terceirizar exploração da Fazenda

Segundo o diretor do departamento de meio ambiente, o ambientalista Ricardo Rocha, a ampliar a discussão sobre a gestão da unidade. Ele citou por exemplo, o Parque Henrique de Figueiredo, no Paulo VI, administrado pela Associação Regional de Proteção Ambiental (ARPA) com uma amplo trabalho de conservação e educação ambiental. “Temos que buscar um modelo de gestão sustentável”, disse.

Fazenda

Também a prefeitura de Lafaiete trabalha para exploração do imóvel da Fazenda do Paraopeba. A restauração do casarão, que pertenceu ao Inconfidentes Alvarenga Peixoto, foi fruto de TAC cuja obra custou mais de R$2,5 milhões a mineradora Ferrous e durou 3 anos. A falta de recursos impede que a prefeitura assuma a gestão do imóvel já que, pelo TAC será instalado um memorial da Inconfidência Mineira.

A manutenção do local é também um dor de cabeça para a prefeitura de Lafaiete já que exige a contratação de pelo menos 6 funcionários entre vigias, auxiliar de serviços gerais entre outros.

A proposta é a terceirização do imóvel a exploração comercial e cultural, sob a condição de preservação da fazenda.

Por duas vezes a prefeitura publicou o edital de licitação para a concessão do uso da fazenda para terceiro, porém não apareceu algum pretende.

Leia mais:

http://correio.local/prefeitura-ganha-prazo-para-terceirizar-uso-fazenda-paraopeba-e-ferrous-para-concluir-obras-de-prevencao-de-enchentes/

http://correio.local/obras-vao-conter-inundacoes-na-fazenda-paraopeba/

http://correio.local/ideais-de-movimento-sao-referenciados-em-encontro-que-abriu-as-portas-da-fazenda-paraopeba-onde-inconfidentes-tramaram-a-inconfidencia-mineira/

http://correio.local/fazenda-paraopeba-restaurada-reuniao-da-amalpa-abre-casarao-onde-se-reuniam-os-inconfidentes-para-tramar-a-movimento-libertario/

Imagem barroca da região passa por raio x para restauro e identificação das cores originais

Imagem de Santana, mãe de Maria, é recuperada em local sigiloso e conta com ajuda da tecnologia

A restauração da imagem de Santana – mãe de Maria e avó de Jesus – considerada símbolo católico de Belo Vale, une devoção e ciência e guias as mãos hábeis dos encarregados do serviço. O trabalho, feito em local sigiloso, já revelou que, ao contrário do que padres e moradores locais pensaram ao longo do tempo, a peça do século 18 é legítima do Barroco mineiro, e não de origem portuguesa.

Imagem barroca de Santana que passa por restauro/Tarcísio Martins

A expectativa dos especialistas Adriano Ramos e Rosângela Reis Costa, do Grupo Oficina de Restauro, de Belo Horizonte, é que o trabalho demande seis meses, incluindo estudos e uso de alta tecnologia. Como parte dos trabalhos, a peça sacra foi levada para exames de raios x no Laboratório de Ciência da Conservação (Lacicor), no Centro de Conservação e Restauração de Bens Culturais (Cecor), ambos da Escola de Belas Artes da Universidade Federal de Minas Gerais.
“Precisávamos de um exame mais profundo, principalmente no tronco da imagem, já que as prospecções, comumente chamadas de ‘janelas’, não permitiam verificar a pintura original”, contou Rosângela, após a sessão de raios x comandada pelo coordenador do Lacicor e vice-diretor do Cecor, professor Luiz Souza. Sob camadas de tinta, os especialistas encontraram apenas resquícios de decoração, sendo necessárias, portanto, mais pesquisas. “A tecnologia ajuda demais, pois muitos detalhes não conseguimos enxergar a olho nu. Mais importante é que, com equipamentos modernos, podemos avaliar o que pode ser retirado ou não da peça”, disse Rosângela.

Dividida em três partes de madeira – a cadeira com 1,60 metro de altura, a imagem de Santana, com 1,10m, e a menina Nossa Senhora, com 80 centímetros –, a peça, pertencente à Igreja de Santana, de 1735, localizada a nove quilômetros da sede municipal de Belo Vale, tem grande qualidade artística. Mas, além das repinturas, manchas e sujeira acumulada com o tempo, apresenta problemas na estrutura de cedro e perda de pintura, embora sem ataque de cupins. Por questão de segurança, o local do serviço, que ocorre fora da capital, não foi revelado. Todas as etapas têm acompanhamento do Memorial da Arquidiocese de Belo Horizonte.

Igreja

Histórica igreja de Santana será restaurada em 2019/Radio Mega

“A comunidade está muito alegre, afinal, a imagem de Santana é ícone da região. As pessoas têm muito carinho por ela, porque se trata de um símbolo muito forte. Tanto que, quando saiu para o restauro, veio muita gente se despedir e rezar”, afirma padre Wellington Eládio Nazaré Faria, titular da Paróquia de São Gonçalo, em Belo Vale, acrescentando que os recursos para o serviço são da paróquia. Outra boa notícia é que já foi entregue o projeto de restauração do templo, também do século 18, elaborado por alunos de arquitetura e urbanismo do Centro Universitário Newton Paiva. O trabalho começou com uma visita dos estudantes à igreja, para levantamento de todas as patologias da construção. Os dados foram levados para o StudioN, escritório da escola de arquitetura, em busca de ideias para viabilizar as ações.

Em nota, a instituição de ensino informou que foram feitos, gratuitamente, desenhos técnicos da edificação, contendo todas as medidas e peculiaridades da igreja, e apresentadas soluções de intervenção para a recuperação da integridade do imóvel. Os alunos também fizeram a maquete da igreja, com obra concluída, para que as pessoas tenham ideia do resultado final.

Com base no projeto, a Prefeitura de Belo Vale abrirá licitação e pretende iniciar as obras de restauração em 2019. Outra fonte de recursos provém de atividades promovidas pela Associação dos Zeladores da Igreja de Santana do Paraopeba, entidade que é pessoa jurídica, parceira da paróquia e faz eventos para angariar fundos para as obras da igreja.

Exame apaga a lenda do tesouro escondido

Luiz Souza e Rosângela Reis observam detalhes na imagem em raios x da peça sacra, que ajuda a identificar vestígios da pintura original e da estrutura em madeira/Estado de Minas

Quem esteve na Igreja de Santana durante a despedida da imagem, em novembro, presenciou um fato curioso. É que, durante muito tempo, correu a lenda de que, no interior da imagem, haveria ouro e diamante. Com cuidado, os restauradores retiraram uma “tampa” de madeira e mostraram aos presentes que o nicho estava naturalmente vazio, não havendo o tesouro que povoava o imaginário de muitos moradores. Todo o momento foi filmado e documentado pela equipe e autoridades, incluindo a coordenadora geral do Memorial da Arquidiocese de Belo Horizonte, Maria Goretti Gabrich, e a historiadora do setor, Flávia Reis.

A Igreja de Santana, ponto de peregrinação que costuma recebe cerca de 10 mil pessoas a cada 26 de julho, data consagrada à padroeira, e alvo agora de ações para recuperar a arquitetura, os elementos artísticos e o entorno. Tendo o pároco como guia, a equipe percorreu o interior da construção e viu que, por décadas, foram feitas intervenções que retiraram o brilho e traços originais. Se os anjos barrocos do retábulo-mor ganharam a camada de um prateado metálico, os próximos ao sacrário perderam os douramentos. No espaço no qual fica a padroeira, tecnicamente chamado de camarim, cores berrantes foram escolhidas em outras épocas, em um contraste com o ar singelo da igreja, tombada pelo município.

Embora sem “contaminar” a imagem da padroeira, os cupins estão presentes na Igreja de Santana, conforme mostrou o padre Wellington. Em uma coluna pintada de verde, a madeira vai se “esfarinhando” e exigindo um trabalho urgente de recuperação. Já na parede perto da sacristia, o pároco aponta um dos perigos visíveis: uma rachadura que rasga a tinta branca e sinaliza os riscos. O forro também demanda serviços urgentes, pois parte foi retirada e não voltou para o lugar, deixando as telhas à mostra. Em 2007, a igreja entrou no foco do Ministério Público de Minas Gerais, que cobrou providências das autoridades municipais para restauração do templo. Na época, a secretária municipal de Cultura, Turismo, Esporte e Lazer de Belo Vale, Eliane dos Santos, informou que a prefeitura vai bancar um terço do valor da obra no bem tombado pelo município.

Padroeira dos mineradores

Nossa Senhora de Santana ou simplesmente Santana (também Santa Ana e Sant’Ana) é mãe de Maria e avó de Jesus. Na capital e no interior de Minas, reúne muitos devotos, pois é padroeira dos mineradores. Em 26 de julho, data consagrada à santa casada com Joaquim, depois São Joaquim na Igreja Católica, comemora-se também o Dia das Avós. Uma das representações mais significativas, comum nos altares dos templos, é a Santana Mestra: sentada numa cadeira ou de pé, ela ensina a menina Maria a ler. O nome Ana vem do hebraico Hanna e significa graça. Moradores e visitantes podem admirar, em Tiradentes, no Campo das Vertentes, dezenas de imagens no Museu de Sant’Ana, fundado em 2014.

  • Fonte: Estado de Minas

Do esquecimento ao resgate das Violas de Queluz: noite memorável revive a história do maior símbolo da cultura de Lafaiete

Uma noite para ficar nos anais da memória, da cultura e da história de Lafaiete. Foi lançada ontem, a noite o Solar Barão do Suassuí, a primeira obra que resgata o valor do maior patrimônio cultural, as Vilas de Queluz, tradição até então esquecida da historiográfica local.

Lançamento foi prestigiado pelo público em reconhecimento do valor das Violas de Queluz

O livro”Viola de Queluza-Família Souza Salgado”, de Valter Salgado de Souza, o Valtinho, editado pela Liga Ecológica Santa Matilde (LESMA) foi saudado como divisor de águas na memória, registro e preservação do grande ícone da cultura e devolve o sentido de pertencimento e auto estima de um povo. Depois do tombamento como patrimônio imaterial de Minas, o livro é o primeiro passo para soerguer a Violas de Queluz na memória local e preservá-las para as futuras gerações. O livro relata a trajetória da Família Salgado na fabricação das Violas e sua importância a história cultural e musical em Lafaiete, Minas e o Brasil.

O público lotou o lançamento da obra em uma plateia formada por descendentes das famílias Salgado e Meireles, precursoras das Violas, tradição que viveu seu auge ainda no final do século XVIII quando Lafaiete chegou a possuir 15 fábricas. “Espero que não seja o primeiro livro, muito menos o primeiro passo para preservamos a memória das Vilas de Queluz”, apontou o vice prefeito, Marco Antônio Reis Carvalho em seu discurso.

Entre momentos poéticos apresentados pela LESMA, a solenidade percorreu a tradição da musical dos tradicionais violeiros. O historiador congonhense, André Candreva, autor de um dos capítulos da obra, lembrou que o Jubileu do Bom Jesus de Matozinhos foi uma vitrine de propagação das Violas de Queluz, quando fabricantes se dirigiam a Congonhas para comercializar os instrumentos de cordas para além das fronteiras de Minas.

Historiadores, estudiosos e autoridades o lançameto

Lucionar de Jesus, ilustrador da obra e autor de um dos capítulo, traçou a ligação das violas com a formação de sua família. “Esta obra não só conta a histórias das violas, mas é uma amálgama que une os laços familiares seculares. É um livro de famílias”, assinalou emocionado.

Um dos momentos marcantes foi quando o historiador Cláudio Alexandrino, apresentou uma autêntica Viola de Queluz, fabricada por José de Souza Salgado, avô do escritor Valter Salgado.  O instrumento foi descoberto em total abandono na cidade de Passa Tempo e totalmente restaurado.

Cláudio mantém um acervo de 40 Violas de Queluz que ele garimpa por Minas na intenção de preservar o instrumento. “Estive aqui em Lafaiete em 2002 para pesquisas, mas fique triste com a falta de informações e abandono de parte da história da cidade. Esta obra resgata grande parte das Violas”, observou o colecionador.

O colecionador, Cláudio Alexandrino, apresenta exemplar das Violas, fabricado pelo avô do escritor Valtinho

Por último discursou o protagonista do evento, Valter Salgado, que também lembrou foi através da visita de Cláudio Alexandrino a sua casa que iniciou o reconhecimento das famílias, como também dos setores culturais, a importância das Violas na história de Lafaiete. “Eu mesmo cheguei a deixar muitos instrumentos abandonados e esquecidos por uma suposta falta de valor. Mas é um ressurgimento da história e da nossa cultura”, comentou. Valtinho lembrou que violeiro Chico Lobo levará dois exemplares a Portugal para presentear os estudiosos lusitanos Manuel Moraes e Pedro Mestre.

Após a sessão de autógrafos, o evento foi encerrado em grande estilo com uma roda de violeiros.  Viva a Viola de Queluz, chora viola!

Capela de Santo Antônio depende da sorte para permanecer em pé; provedor diz que abalos sísmicos provocados por explosões de mineradora comprometem estrutura

Provedor alerta que capela pode cair a  qualquer momento e irmandade busca recurso de R$6 milhões para a sua restauração

Para conter infiltrações foram colocados laminados no telhado/CORREIO DE MINAS

Quem visita a histórica capela de Santo Antônio, exemplar do século XVIII e tombado pelo Município de Lafaiete, e um dos mais emblemáticos patrimônios históricos de Lafaiete, se depara com um bem em avançado processo de deterioração, talvez bem mais acelerado do que muitos imaginam.

A estrutura está comprometida, telhado com infiltrações, paredes deslocadas que não mais suportam o peso, rachaduras diversas, apodrecimento de madeiras, ação de cupins no altar e uma série de problemas que apressam a urgência de uma reforma e clamam por socorro. “Ela pode cair a qualquer momento ou mesmo desabar por partes. Toda a estrutura estpá comprometida”, assinalou Marcos Gonçalves, provedor da Irmandade de Santo Antônio, entidade que zela pela Capela construída em estilo colonial.

O cenário é desolador e inspira uma ampla mobilização dos lafaietenses, antes que seja tarde demais para salvar um bem que faz parte da formação da cidade. “A igreja requer reformas urgentes e cuidados necessários para a sua preservação. A situação do bem é preocupante”, antecipou o provedor. Conta com isso também a descaracterização da igreja, como inúmeras pinturas sobre a original.

Adobe ressecado de mais de 250 ab=nos não suporta peso da estrutura/CORREIO DE MINAS

Diante do quadro, o provedor está precavendo para manter a guarda das imagens e outros bens móveis antecipando a qualquer problema e transferindo os bens para um lugar mais seguro.

Em um esforço, a irmandade se movimenta em busca de parcerias. No final do ano passado o Instituto Meraki conseguiu a aprovação de um projeto junto a Lei Rouanet e ao IEPHA que prevê a restauração e reforma da Capela e de imagens sacaras de valor inestimáveis, como a de Santo Antônio, Nossa Senhora da Piedade, São João Evangelista, São Joaquim, Nossa Senhora do Rosário e crucifixo primitivo. As peças compõem a riqueza da capela cuja fundação remonta ao ano 1751.

Cupins destroem altar/CORREIO DE MINAS

Os projetos elaborados e aprovados facilitam a busca de financiamento seja público ou privado. Este é agora o caminho que a Irmandade e o Instituto Meraki trilham para executar os projetos cujos valores chegam a R$ 5 milhões. “Queremos ver esta igreja com seu brilho original”, revelou Marcos, confiante em arrumar uma fonte de recursos.

Os diretores do Instituto estão confiantes na sensibilização da iniciativa privada pelo valor que representa o bem histórico. “Estamos trabalhamos em parceria com a irmandade na busca destes recursos ou parte deles para iniciarmos a obra. A gente conta com a generosidade daqueles empresários ou empresas como Vale, CSN e outras para abrir as portas para a apresentação do projeto. A importância deste bem ultrapassa as fronteiras de Lafaiete e faz parte da história regional”, sintetizou Marluce Albino, uma das diretoras do Meraki.

Provedor diz que capela sofre com abalos sísmicos do Morro da Mina

O provedor Marcos Gonçalves e os diretores do instituto Meraki, Marluce Albino e Reinaldo Meireles/CORREIO DE MINAS

O provedor da Irmandade assinalou que a Capela de Santo Antônio é alvo de abalos sísmicos provocados por explosões da mineradora Vale, no Morro da Mina. Segundo, em certos dias da semana, a capela sofre movimentações que atingem a integridade do bem. “Apesar de não ser intenso este pequenos abalos provocam movimentações que aceleram as rachaduras e mexem constantemente no telhado. Isso gente percebe quando há explosões”, observou.

Segundo ele, os moradores de casas ao redor da Capela e ao longo da Duque de Caxias relatam os abalos. Marcos diz que a região desde o Morro da Mina até a Capela estão sobre uma grande rocha. “Qualquer movimentação provoca ao poucos estragos na igreja e comprometem a estrutura. Estamos agora em uma fase muito crítica em que a capela está prestes a cair. A situação vem se agravando ano a ano e chegou em um momento de chamar a atenção das autoridades. Temos que salvar nossa histórica capela”, relatou Marcos.

Outro problema que agrava a estrutura do exemplar é tráfego intenso de caminhões. O peso dos veículos trepida a capela e colaboram na deterioração. “O projeto de restauração foi aprovado no âmbito da Lei Nacional de Incentivo à Cultura (Lei Rouanet), o que significa que empresas interessadas em patrocinar o projeto podem custeá-lo e obter benefícios fiscais correspondentes. Não chegou ao Ministério Público qualquer questão a esse respeito de abalos sísmicos”, disse o promotor e curador do patrimônio histórico, Glauco Peregrino.

Leia também:

Provedor alerta sobre deterioração e Irmandade vai em busca de recursos para restauração da Igreja de Santo Antônio

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