Águas: Assim as privatizações vão para o ralo…

Parlamento inglês estuda reestatização da Thames Water, maior empresa de saneamento do país, que, mesmo afundada em dívidas, propõe aumentar as tarifas em 40% para preservar lucros dos acionistas.

Na semana passada, em face da crise vivida pela empresa, Sarah Olney, parlamentar do Partido Liberal Democrata inglês, propôs que o Parlamento britânico discuta a alternativa de reestatizar a Thames Water, a maior empresa privada de saneamento básico da Grã-Bretanha que atende 16 milhões de clientes em Londres e no sudeste de Inglaterra.

A empresa vem fazendo lobby junto ao governo e aos reguladores para aumentar as suas contas em 40% até 2030, para adiar investimentos e para ter reduzidas suas multas por infrações que cometeu. Ao mesmo tempo pede autorização para continuar pagando dividendos aos seus acionistas. A empresa busca evitar uma intervenção do governo, na qual sua direção seria assumida por administradores especiais nomeados pelo judiciário, informou o Financial Times.

Em dezembro passado, a controladora da Thames Water, Kemble Water Holdings, foi notificada pelos seus auditores que poderia sofrer um colapso do caixa até abril se os acionistas não injetassem mais fundos na empresa. Sinalizando a gravidade da situação, na última semana um grupo de credores da controladora da Thames Water buscou apoio de consultores antes do vencimento de uma dívida de £ 190 milhões ao final de abril.

Thames Water fora do esforço contra a poluição por esgotos

Em 10 de março último, a Thames Water anunciou que não vai participar de plano de combate ao controle da extravasão de esgoto. A Thames se recusa a participar de um plano de investimento de 180 milhões de libras (R$ 1,14 bilhão) envolvendo vários prestadores privados para acelerar os esforços de redução da poluição das águas superficiais inglesas.

O governo afirmou que a quantia seria gasta por seis empresas nos próximos 12 meses para evitar mais de 8 mil extravasões de esgoto bruto, enquanto as empresas de água tentam resolver seu lamentável histórico no combate a estas extravasões.

A Thames Water, que tem uma dívida de 14 bilhões de libras (R$ 88,2 bilhões!), não participará da iniciativa, mas afirma que planeja investir 18,7 bilhões de libras (R$ 117,8 bilhões) entre 2025 e 2030. No entanto, na atual conjuntura não consegue acelerar o seu investimento, apesar do pedido do governo.

Os problemas de desempenho da Thames Water não se restringem à poluição por esgotos. Em fevereiro passado, a empresa divulgou que prevê mais perdas por vazamentos nos próximos dois anos do que o projetado originalmente.

A opinião pública está cada vez mais indignada com a insuficiência do investimento na infraestrutura dos serviços. Isso, no caso da Thames Water, é mais difícil de aceitar, tendo em vista o montante dos dividendos que pagou aos seus acionistas que atingiu um total de 7,2 bilhões de libras (R$ 45,3 bilhões) de 1990 a 2023. (ver gráfico a seguir publicado pelo Guardian), valor que corresponde a mais de 50% da dívida da empresa.

Thames Water: pagamentos de dividendos totalizam £ 7,2 bilhões em 33 anos

Enganando os usuários

Em 11 de março, a Thames Water foi acusada de “enganar” os usuários dos seus serviços clientes depois de informar que apenas alguns centavos de cada libra gasta em suas contas são pagos aos seus credores.

A Thames estava escondendo o verdadeiro custo de sua enorme dívida de £ 14 bilhões: uma análise do Guardian descobriu que a empresa gastou em média quase 28% de suas receitas anuais no serviço de suas dívidas entre 2018 e 2023.

O fato é que a Thames Water está indo pelo ralo e a chance de ocorrer uma renacionalização temporária ou definitiva da prestação dos serviços é cada vez mais concreta. Mas a pergunta que não quer calar é: quem vai ficar com o mico? Ou melhor, os contribuintes vão pagar as contas do desastre desta privatização?

 

FONTE AEPET

TCE pode barrar ‘privatização branca’ da Cemig

A decisão de vender ativos valiosos da companhia foi aprovada pela reunião do Conselho de Administração de 6 de fevereiro, a primeira deste ano, e prevê o que chamam de desinvestimentos

Como fez com a Codemge, o Tribunal de Contas do Estado poderá barrar também a privatização branca, como é chamada pelo mercado, da Cemig, a joia da coroa. A decisão de vender ativos valiosos da companhia foi aprovada pela reunião do Conselho de Administração (6/02/24), a primeira deste ano, e prevê o que chamam de desinvestimentos.

As empresas alvo da medida são a Transmissora Aliança de Energia Elétrica S.A. (Taesa) e Aliança Energia, que, juntas, produzem ganhos de cerca de R$ 600 milhões/ano à Cemig. A decisão do Conselho foi tomada em meio ao processo de federalização da estatal.

A mesma estratégia foi adotada pelo governo Zema junto à Codemge e prevê venda de ativos de estatais para driblar as dificuldades de privatização. A desestatização só poderia ser aprovada mediante aprovação legislativa e seguida, de acordo com a Constituição estadual, de referendo (consulta popular).

Para superar a dificuldade, o governo estadual se apoia em decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que, no caso da Eletrobras, autorizou a venda dos ativos sem o aval legislativo.

A ação que tentará barrar a privatização branca deverá ser protocolada no Tribunal de Contas nos próximos dias pelo deputado Professor Cleiton (PV). O argumento é o mesmo que serviu à suspensão da venda de ativos da Codemge, ou seja, além do aval legislativo, o deputado se ampara no processo de federalização das estatais mineiras que entrariam como abatimento da dívida de Minas junto ao governo federal, na casa dos R$ 160 bilhões.

Gestão de portfólio

No caso da Codemge, a estratégia foi barrada pelo Tribunal de Contas em outubro passado, ao reprovar a preparação de privatização da empresa. A decisão quer evitar um processo de privatização “disfarçado” sem a autorização prévia exigida pela legislação mineira. Por isso, o TCE-MG determinou a suspensão do chamado “Programa de Gestão de Portfólio”, em desenvolvimento na Codemge.

Esse projeto seria uma etapa prévia para levantamento de valores e ativos pertencentes à companhia e que possam ser ofertados à iniciativa privada. A decisão atendeu a um pedido do Ministério Público junto ao tribunal.

Sucateamento

De acordo com o conselheiro substituto do TCE, Hamilton Coelho, a estratégia sucateia as estatais ao driblar o processo legal de privatização. Segundo Coelho, seria o mesmo que o dono de um carro vender os pneus, os para-choques e até o motor, alegando que não estaria vendendo o automóvel. Seu parecer amparou a decisão de 6 a 1 contra a privatização branca. O governo já tentou e ainda tenta derrubar a decisão.

Estado confirma estudos


O governo mineiro contesta que esteja buscando a privatização sem autorização legislativa. Alega, porém, que, para que se possa realizar a privatização, são necessários diversos procedimentos preparatórios, entre eles estudo para saber quanto vale o ativo minerário que o estado possui, por meio da Codemge. Para esses procedimentos preliminares não seria necessária autorização legislativa.

Oposição em ação

Em outra frente, integrantes do bloco de oposição a Zema na Assembleia Legislativa vão a Brasília hoje para tentar dar um empurrão na negociação de Minas com o governo federal na questão da dívida. Ao mesmo tempo, irão denunciar a tentativa de esvaziamento das estatais mineiras. O primeiro encontro será com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), um dos autores da proposta de negociação; em seguida, a reunião será com técnicos do Ministério da Fazenda.

Royal Flush


O pomposo nome é uma das mais altas jogadas do poker e está sendo ensaiada por um especialista nas cartas. O ex-presidente e conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, Mauri Torres, se aposenta em 2026, quando completa a expulsória dos 75 anos, e articula voltar a ser deputado estadual. Para concluir o Royal Flush, seu filho e deputado estadual Tito Torres se candidataria ao cargo atual do pai. O problema do herdeiro é a baixa idade.

Contas do governo


No próximo dia 13, o Tribunal de Contas do Estado vai julgar, no mesmo dia, as contas do governo estadual dos anos de 2021 e 2022. O relator dos processos é o presidente do TCE, Gilberto Diniz, e as previsões não são de bom tempo.

Gabriel e a política

Vitorioso em dois processos de cassação que ameaçavam sua continuidade na política oficial com mandato, o presidente da Câmara de Belo Horizonte, vereador Gabriel Azevedo, terá que cobrir o nariz, nesta semana, para tomar decisão difícil para disputar as próximas eleições.

Ele terá que se filiar a um partido. Conta que tem cinco opções, hoje, desde voltar ao PSDB ou ingressar no MDB, partido pelo qual, em 2014, manifestou “nojo”. Além desses dois, ainda conversa com o Republicanos, União Brasil e PSB.

Ele prevê que, após as eleições de outubro próximo, apenas 10 partidos irão sobreviver politicamente por conta da chamada cláusula de barreiras.

FONTE ESTADO DE MINAS

Movimento Sindical protesta contra a privatização da Copasa e Cemig e da proposta de adesão ao Regime de Recuperação Fiscal  do Governo Zema

Por João Vicente

Mesmo com o tempo nublado com pancadas de chuvas na tarde de ontem em BH, o movimento sindical de diversas categorias de servidores do Estado protestou contra a PEC da desestatização (PED) e do Regime Recuperação Fiscal (RRF) do Governo Zema em frente à ALMG.

 Movimento Sindical de Minas Gerais realizou ontem em frente da ALMG o primeiro ato contra a Proposta de Emenda Constitucional 159, que prevê a destatização de empresas estatais do estado e à adesão ao Regime de Recuperação Fiscal.  A proposta de desestatização do governo Zema tem causado polêmica entre os parlamentares, inclusive da base, que não concordam com a retirada do referendo e do quorum qualificado de 3/5 para aprovação da PEC na ALMG.

Os sindicatos argumentam que a privatização das empresas estatais poderá resultar na perda de empregos, precarização das condições de trabalho, aumento de tarifas de água e luz e a piora na qualidade dos serviços prestados à população. Além disso, afirmam que a medida fere a soberania do estado sobre setores estratégicos da economia, como energia, transporte e saneamento básico. Os sindicalistas também têm buscado diálogo com parlamentares na tentativa de impedir a aprovação da PEC.

Os sindicatos afirmam que estão abertos ao debate sobre a administração das empresas estatais, mas ressaltam que a privatização não é a solução mais adequada. Eles defendem que é possível buscar alternativas, como a eficiência na gestão, investimentos e melhorias nos serviços prestados, sem a necessidade de entregar o patrimônio público para a iniciativa privada.

Quanto à adesão ao RRF, segundo os sindicalistas, a proposta do governo Zema acaba com o serviço publico e com investimentos em áreas fundamentais, como saúde, educação e segurança publica. “O prejuízo para o servidor é insignificante perto do prejuízo que a população vai ter. A Lei Complementar 159 [que disciplina o Regime de Recuperação Fiscal] proíbe a contratação de novos servidores durante nove anos. Se a gente não repuser nossos quadros, que já está defasada, a gente vai deixar de ter serviço público”, afirma presidente do Sindicato dos Servidores da Tributação, Arrecadação e Fiscalização do Estado de Minas Gerais (Sinfazfisco-MG), Hugo René. Para o presidente da CUT-MG, Jairo Nogueira, o ato de ontem marcou o inicio de luta do movimento contra a PEC que irá buscar conscientizar a população sobre os impactos negativos ressaltando que a medida afetará diretamente a sociedade, por meio do aumento de tarifas, precarização dos serviços, além de reduzir a presença do Estado em áreas estratégicas, entregando serviços essenciais à iniciativa privada.

A PEC 159 que já se encontra na ALMG, aguarda despacho do presidente da Casa, Deputado Tadeu Martins (MDB) para começar a ser tramitada.

Trabalhadores de Lafaiete e Barbacena marcaram presença no ato

Servidores da Copasa de Lafaiete e Barbacena marcaram presença nas manifestações de ontem à tarde em Belo Horizonte. O primeiro ato de protesto contra a proposta de privatização da empresa mineira de saneamento básico aconteceu na porta do escritório regional da Copasa no bairro Santo Antonio e que contou com a presença da Deputada Beatriz Cerqueira que fez dura critica ao governador Zema, chamando-o de medroso ao tentar retirar do texto da Constituição Mineira, o referendo popular que consulta o povo mineiro para decidir a favor ou contra a privatização de empresas publicas do Estado.

 

A manifestação contou com a presença de centenas de trabalhadores que se deslocaram de várias cidades do interior e da capital para participarem no ato em defesa da não privatização da Copasa. Em nome da categoria falou também os sindicalistas Eduardo, presidente do Sindágua Eduardo Pereira e o Jairo Nogueira, presidente da Cut-MG. No final do ato e debaixo de muita chuva, a categoria caminhou em torno de 3 km até à ALMG para se juntar a outras categorias. As manifestações do dia contra as propostas da PEC 159 de privatizações da Copasa e da Cemig e à adesão ao RRF do governo Zema encerrou na Praça Sete ao entardecer.

Movimento Sindical protesta contra a privatização da Copasa e Cemig e da proposta de adesão ao Regime de Recuperação Fiscal  do Governo Zema

Por João Vicente

Mesmo com o tempo nublado com pancadas de chuvas na tarde de ontem em BH, o movimento sindical de diversas categorias de servidores do Estado protestou contra a PEC da desestatização (PED) e do Regime Recuperação Fiscal (RRF) do Governo Zema em frente à ALMG.

 Movimento Sindical de Minas Gerais realizou ontem em frente da ALMG o primeiro ato contra a Proposta de Emenda Constitucional 159, que prevê a destatização de empresas estatais do estado e à adesão ao Regime de Recuperação Fiscal.  A proposta de desestatização do governo Zema tem causado polêmica entre os parlamentares, inclusive da base, que não concordam com a retirada do referendo e do quorum qualificado de 3/5 para aprovação da PEC na ALMG.

Os sindicatos argumentam que a privatização das empresas estatais poderá resultar na perda de empregos, precarização das condições de trabalho, aumento de tarifas de água e luz e a piora na qualidade dos serviços prestados à população. Além disso, afirmam que a medida fere a soberania do estado sobre setores estratégicos da economia, como energia, transporte e saneamento básico. Os sindicalistas também têm buscado diálogo com parlamentares na tentativa de impedir a aprovação da PEC.

Os sindicatos afirmam que estão abertos ao debate sobre a administração das empresas estatais, mas ressaltam que a privatização não é a solução mais adequada. Eles defendem que é possível buscar alternativas, como a eficiência na gestão, investimentos e melhorias nos serviços prestados, sem a necessidade de entregar o patrimônio público para a iniciativa privada.

Quanto à adesão ao RRF, segundo os sindicalistas, a proposta do governo Zema acaba com o serviço publico e com investimentos em áreas fundamentais, como saúde, educação e segurança publica. “O prejuízo para o servidor é insignificante perto do prejuízo que a população vai ter. A Lei Complementar 159 [que disciplina o Regime de Recuperação Fiscal] proíbe a contratação de novos servidores durante nove anos. Se a gente não repuser nossos quadros, que já está defasada, a gente vai deixar de ter serviço público”, afirma presidente do Sindicato dos Servidores da Tributação, Arrecadação e Fiscalização do Estado de Minas Gerais (Sinfazfisco-MG), Hugo René. Para o presidente da CUT-MG, Jairo Nogueira, o ato de ontem marcou o inicio de luta do movimento contra a PEC que irá buscar conscientizar a população sobre os impactos negativos ressaltando que a medida afetará diretamente a sociedade, por meio do aumento de tarifas, precarização dos serviços, além de reduzir a presença do Estado em áreas estratégicas, entregando serviços essenciais à iniciativa privada.

A PEC 159 que já se encontra na ALMG, aguarda despacho do presidente da Casa, Deputado Tadeu Martins (MDB) para começar a ser tramitada.

Trabalhadores de Lafaiete e Barbacena marcaram presença no ato

Servidores da Copasa de Lafaiete e Barbacena marcaram presença nas manifestações de ontem à tarde em Belo Horizonte. O primeiro ato de protesto contra a proposta de privatização da empresa mineira de saneamento básico aconteceu na porta do escritório regional da Copasa no bairro Santo Antonio e que contou com a presença da Deputada Beatriz Cerqueira que fez dura critica ao governador Zema, chamando-o de medroso ao tentar retirar do texto da Constituição Mineira, o referendo popular que consulta o povo mineiro para decidir a favor ou contra a privatização de empresas publicas do Estado.

 

A manifestação contou com a presença de centenas de trabalhadores que se deslocaram de várias cidades do interior e da capital para participarem no ato em defesa da não privatização da Copasa. Em nome da categoria falou também os sindicalistas Eduardo, presidente do Sindágua Eduardo Pereira e o Jairo Nogueira, presidente da Cut-MG. No final do ato e debaixo de muita chuva, a categoria caminhou em torno de 3 km até à ALMG para se juntar a outras categorias. As manifestações do dia contra as propostas da PEC 159 de privatizações da Copasa e da Cemig e à adesão ao RRF do governo Zema encerrou na Praça Sete ao entardecer.

Privatização da Copasa: secretário diz que governo pretende concluir estudos e apresentar projeto em 6 meses

Secretário Fernando Passalio afirmou que proposta final de privatização será construída em conjunto com a Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG)

O secretário de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais, Fernando Passalio, disse nesta segunda-feira (22) que o governo Zema está finalizando os estudos sobre a privatização da Copasa e que pretende dar andamento a esse processo ainda em 2023.

Após o governo definir como será feita a venda da estatal, o passo seguinte é a apresentação de projeto de lei pedindo autorização da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) para realizar a privatização.

Caso os deputados estaduais concordem com a proposta, é necessário realizar um referendo. A população também precisa aprovar a privatização da Copasa.

“É importante dizer que esse processo ainda está em análise quanto à modelagem que nós vamos levar para a ALMG e é lá, na Casa do povo, que nós vamos construir, à várias mãos, qual vai ser o projeto final que irá a votação”, disse Passalio durante o Congresso Nacional da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (Abes), realizado em Belo Horizonte.

“Nós pretendemos movimentar isso tudo ainda nesse ano, nos próximos seis meses”, acrescentou o secretário após ser questionado sobre o prazo para a conclusão dos estudos de privatização da Copasa e a apresentação do projeto de lei aos deputados estaduais.

Líder do governo Zema na ALMG, Gustavo Valadares (PMN), tem aconselhado o Palácio Tiradentes a aguardar para propor as privatizações tanto da Copasa quanto da Cemig.

“Nós temos que saber o ‘timing’ e o momento oportuno para mandar os projetos para a Casa. Acredito que, no momento que estamos agora, talvez a tramitação do projeto da Codemig seja um primeiro passo, conjuntamente com a recomposição salarial dos servidores e outros projetos que estão para chegar”, disse o parlamentar na semana passada.

“Cemig e Copasa? Se eu pudesse deixar uma sugestão – e eu tenho dito isso para o governo -, eu esperaria um pouquinho mais para mandar. Não vamos deixar de mandá-los, mas tudo ao seu tempo certo”, acrescentou.

FONTE ITATIAIA

Tirar carteira pode ficar mais caro em Minas com privatização do serviço, segundo sindicato 

Proposta que tira Detran da Polícia Civil de Minas Gerais foi aprovada em 1° turno na Assembleia Legislativa  

A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que transfere a responsabilidade do Departamento de Trânsito de Minas Gerais (Detran/MG) da Polícia Civil para a Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag) foi aprovada pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). Para o Sindicato dos Servidores Administrativos da Polícia Civil, essa mudança poderá provocar aumento no preço para tirar carteira de motorista.

Ao todo, 52 deputados votaram a favor da PEC de autoria do governador Romeu Zema (Novo) e 13 foram contrários. A decisão não foi bem recebida pelo Sindicato dos Servidores Administrativos da Polícia Civil, que acreditam que essa mudança pode provocar aumento do preço da carteira de habilitação, dobrando o valor em dois anos.

“O governo quer passar esse órgão da Polícia Civil para uma autarquia para que os empresários possam fazer esse serviço, terceirizando o serviço essencial do estado. A gente vê que isso vai ter um um ônus pra população, em vista de outros estados como São Paulo, Santa Catarina e Rio de Janeiro, que quando passaram para a iniciativa privada uma carteira de habilitação dobrou o preço no primeiro ano e nos anos seguintes chegou a seis vezes o valor”, explica Gleison Mauro, secretário geral do Sindicato.

A PEC foi aprovada nessa terça-feira (4) com o substitutivo nº 3, que inclui as alterações propostas pelo novo texto encaminhado pelo governador e também pelo substitutivo nº 1, da Comissão de Constituição e Justiça.

Agora a proposta retorna para a comissão especial para análise de 2º turno, antes de votação definitiva em Plenário.

FONTE ITATIAIA

BDMG abre edital para incentivar municípios a privatizar cemitérios

Num curto espaço de tempo, a instituição financeira publicou edital, abriu consulta, enviou correspondências aos municípios

O Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) quer incentivar os municípios a privatizarem os cemitérios do Estado. Num curto espaço de tempo, a instituição financeira publicou edital, abriu consulta, enviou correspondências aos municípios e hoje, 30, cobra o envio das respostas pelas administrações públicas. 

O objetivo é mapear municípios interessados em conceder cemitérios, rodoviárias e frota de veículos de mobilidade urbana à iniciativa privada por meio de parceria pública-privada (PPP). São três questionários, dois deles com mais de 40 perguntas e que, no mínimo, incitam bastante curiosidade. 
Um dos itens refere-se aos cemitérios públicos, e entre as 45 questões abordadas há perguntas como qual o total de inumados (enterrados), de sepulturas, de jazigos perpétuos, de velórios instalados, se a área é tombada – ou está em processo de tombamento, também o percentual de inadimplentes dos jazigos perpétuos e é claro, se há sepultamentos gratuitos. Um terço das perguntas querem saber, especificamente, sobre a receita de cada um dos espaços. 

Ao fim, ainda no formulário, o BDMG solicita o envio de planilha de custos/despesas e a certidão de matrícula dos imóveis, na qual estão os cemitérios a um destinatário de e-mail iniciado com as letras PPP, alusivas à parceria pública-privada. Ao ser perguntada se haveria privatização destes equipamentos públicos, a instituição respondeu que “as possíveis alternativas de modelo de gestão só poderão ser identificadas a partir da elaboração deste diagnóstico, considerando a realidade de cada município”. 

Promover a privatização do direito de sepultar, ser sepultado e permanecer sepulto é no mínimo, ‘indigno aos cidadãos’, comentou um agente público que preferiu não ser citado.

Coincidência ou falta de sorte, todas as prefeituras consultadas pelo Aparte, nenhuma delas havia recebido a correspondência enviada pelo BDMG. A coluna ouviu secretários de obras, de serviços, de projetos, de transportes e trânsito e de infraestrutura, além de assessorias de comunicação, procuradores, ouvidores e chefes de gabinetes de diferentes municípios, mas nenhum sequer tinha ciência sobre a consulta pública, iniciada no dia 13.

Um bônus aos que aderirem à consulta, o BDMG oferecerá capacitação por meio de workshop online. O resultado da consulta será publicado pelo Banco até o dia 16 de novembro.

FONTE O TEMPO

Privatização de rodovias cria 7 praças de pedágio na região com valor de quase R$9,00

Quem for de Jeceaba a Lafaiete (ida e volta) pagará 4 pedágios, totalizando quase R$36,00; São Brás também terá cobrança na MG 383

Lançado pelo Governo de Minas em 2019, o Programa de Concessões Rodoviárias busca atrair investimentos na ordem de R$ 11 bilhões por meio da concessão à iniciativa privada de cerca de 3.250 quilômetros de rodovias.
O pacote envolve contratos com horizonte de até 30 anos, que devem beneficiar diretamente aproximadamente 120 municípios mineiros, com estimativa de geração de mais de 45 mil empregos diretos e 161 mil empregos indiretos.

O Programa de Concessões Rodoviárias está dividido em 7 lotes, dentre eles, o Lote 4 – São João Del Rei.

A CMG 383 faz parte das rodovias que compõe o Lote 4, no trecho do entroncamento com a BR 040 até o município de São João Del Rei. Além dela, fazem parte da concessão as rodovias BR 494 (São João Del Rei a BR 381), BR 265 (Barbacena a Lavras), MG 155 (São Brás do Suaçuí a Jeceaba), MG 275 (Carandaí e Lagoa Dourada), MG 332 (Bom Sucesso a Nazareno) e LMG 501 (contorno de São Brás).
As Audiências Públicas para apresentação do Lote 4 – São João Del Rei, ocorreram em 30/11, de forma presencial no município de São João Del Rei e em 03/12, de forma virtual.


Pedágio

A tarifa de pedágio teto nas 7 praças que compõe o Lote 4 se iniciam em R$ 8,86, mas, em razão do processo competitivo, poderão ser reduzidas no leilão. Além disso, há a previsão de implantação do Desconto de Usuário Frequente, que são descontos progressivos e acumulativos para usuários frequentes, que utilizam sistema de pagamento automático em veículos das categorias leves e que passam na mesma praça de pedágio, no mesmo sentido.

Entre Pequeri (Congonhas) até a Fazenda do Paraopeba (Lafaiete) haverá um pedágio como também na MG 155 (São Brás a Jeceaba). Ainda no primeiro semestre do ano que vem a concessão já estará em funcionamento.
Na região de São João Del Rei, haverá a inclusão de 729,40 km de acostamento e a implantação de 13 km de faixas adicionais, além da construção de cerca de 5 km de vias marginais.

Prefeitos

Nossa reportagem conversou com diversos prefeitos da região e eles desconheciam a realização de audiência para ouvir a sociedade região.

Governo de Minas vai privatizar rodovias na região

A BR-265, no Campo das Vertentes, é a terceira rodovia mais perigosa de Minas Gerais, de acordo com a Secretaria de Estado de Segurança, com 111 acidentes por ano. Os motoristas que passam pela BR reclamam há anos da falta de manutenção na estrada que dá acesso às cidades históricas do estado. A estrada é uma das que o Governo do Estado quer privatizar, se o processo sair dentro do prazo planejado, o pedágio deve começar a ser cobrado até 2023.

Por causa da falta de acostamento e do grande trecho em pista simples, é comum ocorrer ultrapassagens em locais proibidos. Os acidentes mais comuns na BR-265 são as colisões, colisão na traseira, colisão lateral e a colisão frontal, sendo a colisão frontal a que mais vitimiza as pessoas. A rodovia, na região de São João Del Rei, é sinuosa, com pistas estreitas e curvas acentuadas, uma delas é conhecida como a curva da morte, no Km 224 perto de Barroso, acidentes nesse trecho são comuns.

Na região, a intenção do governo do estado é que além da 265, outras seis rodovias passem a ser administradas por concessionárias. São elas: BR-494, MG 275, MG 155, MG 332, CMG 383 e a LMG 501, no total 452 km. Segundo a Secretária Estadual de Infraestrutura, metade delas tem pavimentação regular ou ruim.

O projeto de concessão, está agora na fase de audiências públicas para avaliar a opinião da população que vai ser afetada. Em janeiro vão ser publicados os editais e o leilão está previsto para o segundo trimestre do ano que vem.

A estimativa do projeto é lançar o edital até abril do próximo ano e iniciar a execução desse contrato até agosto de 2022.

A empresa que ganhar a concessão, vai ter que construir mais de 700 km de acostamento e 12 km de faixas adicionais, além dos postos de pedágio. Os valores ainda vão ser definidos.

Fonte: G1

Presidente do PSD inicia discussão para privatização do aeroporto das Bandeirinhas

Uma comitiva, capitaneada pelo Presidente do PSD de Lafaiete, esteve na manhã desta quinta-feira (7), para cumprir uma agenda na Cidade Administrativa, na Capital Mineira.

Na pauta das discussões estava o aeroporto (aeródromo) das Bandeirinhas. O grupo, entre eles, empresários, corretor, engenheiro de aviação, e gestor do equipamento, esteve reunido com o Assessor Especial do Governo do Estado, Coronel Guedes e Cláudia Elias, Assessora do Vice-Governador, Paulo Brant.
A intenção da comitiva foi levar uma proposta de construção de um modelo de negócios para a privatização do aeródromo, através de concorrência pública, a exemplo do aeroporto da Pampulha que foi vendido a iniciativa privada na semana passada por R$34 milhões.

O Estado informou que todas as tratativas dependem diretamente da prefeitura de Lafaiete já que ele foi transferido a municipalidade. O aeródromo está interditado, devida a inúmeras irregularidades, pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), e caso até 4 de março de 2022, o Município não assuma o comando do equipamento, ele será definitivamente fechado.

“A intenção nossa é transformar o aeródromo em aeroporto de carga e passageiros. Nossa ida ao Governo foi buscar um apoio para a construção deste modelo, envolvendo os estudos técnicos e de viabilidade econômica, para a sua privatização e sua operação pela iniciativa privada. Assim vamos potencializar nossa economia com renda, emprego e desenvolvimento econômico. Onde tem logística tem crescimento, tem crescimento e atração de investimentos. O aeroporto nas mãos da iniciativa privada pode transformar ainda mais o ambiente de negócios. Lafaiete pode alavancar sua economia”, assinalou Marcos De Paula.

As negociações em pauta na reunião é que o Estado seja um parceiro na construção do modelo para a privatização do aeródromo. “Quem agora é o responsável pelo aeródromo é o Município e cabe a ele se manifestar como operador, o que até agora não ocorreu. O Estado tem interesse em colaborar para que ele seja privatizado mas tudo depende da Prefeitura. Esperamos que o mais breve possível possamos ter a manifestação do Prefeito em assumir a operação. Nossa intenção é buscar parcerias para transformar o aeroporto em um modelo de negócios e passar a sua operação para grupos capacitados e promover o desenvolvimento da cidade”, finalizou De Paula.

Ele adiantou a nossa reportagem que enviará um ofício a Câmara e a Prefeitura propondo a privatização do aeródromo, antes que ele seja cancelado definitivamente, o que será uma tragédia para economia da região.

Leia mais

Presidente do PSD pede mobilização para reabertura do Aeroporto das Bandeirinhas

Com aeroporto das Bandeirinhas interditado, aeronaves partem de BH para combater incêndio na Serra do Ouro Branco

Enquanto Barbacena já recebe voos para Confins, aeroporto das Bandeirinhas está interditado

Glaycon Franco intervém junto ao Estado para manter em funcionamento o aeroporto das Bandeirinhas

Intervenção do deputado Glaycon Franco suspende fechamento do areoporto das Bandeirinhas

Presidente do PSD de Lafaiete cobra investimentos no aeroporto Bandeirinhas

Sem estrutura, Governo Federal suspende atividades no Aeroporto das Bandeirinhas

about

Be informed with the hottest news from all over the world! We monitor what is happenning every day and every minute. Read and enjoy our articles and news and explore this world with Powedris!

Instagram
© 2019 – Powedris. Made by Crocoblock.