Premiado queijo Canastra dá a volta ao mundo e leva Minas na bagagem

De Singapura ao Vaticano, criador da Rota do Queijo de Minas investe na internacionalização do queijo artesanal com tour pelos continentes

Os queijos da Canastra são um dos tesouros mais bem guardados de Minas Gerais. Com um sabor único e inconfundível, eles são apreciados por turistas de todo o mundo. Tanto, que os queijos mineiros ganharam o paladar dos brasileiros e atraem cada vez mais adeptos no país e ao redor do mundo, tornando-se uma identidade gastronômica de Minas. Mesmo com o crescimento da produção do queijo artesanal e do turismo nas regiões produtoras, ainda há muitos desafios para fomentar negócios para cadeia produtiva, ampliar o turismo e conquistar o mercado internacional. Por isso, diante desses entraves, um dos mais entusiastas defensores do queijo mineiro, o criador da Rota do Queijo de Minas e Diretor da Culturar, Jordane Resende Macedo, atravessou os oceanos pacífico e atlântico para realizar visitas internacionais com o objetivo de mostrar ao mundo os queijos produzidos de forma artesanal no Estado, em especial, o queijo do Ivair da Serra da Canastra, que é o mais premiado do mundo e que, recentemente, conquistou a certificação SIF expedido pelo Ministério da Agricultura e Pecuária para exportação.

A iniciativa, que faz parte do projeto Made in Minas Gerais, passou pelos continentes norte-americanos, asiático e europeu, durante os meses de julho e agosto desse ano. Jordane saiu do Brasil com destino aos Estados Unidos com 3 queijos na bagagem, sendo um deles com o propósito de voltar ao país, e assim termos um queijo mineiro que deu uma volta ao mundo. A tour passou pela NASA e Key West, depois cruzou o pacífico até o Japão onde realizadas visitas a diversos templos, o Giant Buda e até o rato mais famoso do mundo, o Mickey Mouse em sua casa na Tokyo Disney. A viagem de retorno contou com parada na embaixada brasileira no Vaticano para reunião com o embaixador Everton Vieira, e o chefe do setor político junto a Santa Sé, Bruno Quadros, o momento que foi registrado o ato de entrega, para que fosse encaminhado ao protocolo do Vaticano via embaixada, e assim ser entregue ao Papa Francisco.

Jordane Resende Macedo, da Rota do Queijo de Minas, encontrou com o Mickey Mouse em sua casa na Tokyo Disney. Na embaixada brasileira no Vaticano a reunião foi com o embaixador Everton Vieira(foto: Rota do Queijo de Minas/Divulgação)

Ainda em Roma, Jordane cumpriu agenda na embaixada brasileira onde teve reunião com o chefe do Setor de Agronegócio, Jean Paul, e o chefe do setor de Promoção Comercial e Turismo, Durval Cardoso. No encontro, foi abordado perspectivas promissoras para o mercado queijeiro, como a importância de o setor enfrentar desafios logísticos e firmar compromissos de entrega para avançar rumo à internacionalização. Entre os desafios, Jordane pontuou alguns entraves. “Cada queijeiro fabrica artesanalmente, 20, 30 peças, em média. Para acertar um contrato de exportação é necessário firmar um compromisso de entrega. Por isso, a importância de um esforço conjunto entre produtores e governos para o investimento na infraestrutura do turismo local. No caso da Serra da Canastra, que é uma das regiões maiores produtoras do Estado, a necessidade é investir em logística para construção de um aeroporto próximo com voos regulares, para a geração de um turismo qualitativo criando ambiente para visitação, desenvolvimento turístico e facilitando condições para exportação”, afirma. Jordane e o queijo viajante ainda passaram por monumentos como o Coliseu, arco de Constantino, Fontana de Trevi e o Pantheon.

E por fim, de volta para casa em Minas Gerais, Jordane se prepara para em breve retornar com o queijo para a Serra da Canastra onde ficará em exposição para visitação, como um marco para o setor produtivo. “A nossa ideia é marcar o queijo do Ivair, como o primeiro de muitos queijos mineiros que vão ganhar o mercado internacional”, afirma.

Certificação

Jordane explica que a iniciativa de viajar o mundo com o primeiro queijo da Serra da Canastra a receber o selo SIF para exportação é um marco importante para o setor, pois celebra a conquista dos produtores e traz uma reflexão sobre a importância de criar condições mais favoráveis para a obtenção da certificação para exportação. “Sabemos que para conseguir os certificados de inspeção municipais, estaduais e federais estabelecidos pelas autoridades de saúde e segurança alimentar que visam a qualidade dos produtos os critérios são rigorosos e custosos, mas o que acontece é que muitas vezes esses padrões não estão alinhados com as práticas tradicionais e características únicas dos queijos artesanais”.

A produtora da Serra da Canastra, Maria Lúcia Pereira Oliveira, conta que para conseguir a certificação SIF do Queijo do Ivair eles precisaram fazer investimentos e adequações em equipamentos, além da contratação de um responsável técnico. “Sem o selo de inspeção estávamos perdendo mercados e parceiros no país. Agora seguimos com a nossa produção e demanda em alta, com uma média de 40 queijos produzidos de forma artesanal todos os dias, mantendo a qualidade e a autenticidade do nosso produto que agora pode ganhar o mundo”. O queijo do Ivair é o primeiro produzido na Serra da Canastra a conseguir o certificado para venda nacional e internacional e segundo Mária Lúcia, o próximo desafio para sua expansão é qualificar a mão de obra para ampliar a produção sem abrir mão da identidade e qualidade do queijo artesanal.

Fortalecer o turismo na região

Jordane destaca que atua para fortalecer 3 pilares importantes que estão interrelacionados nessa cadeia: os negócios dos produtores, o turismo na região e eventos para qualificação do trade. Ele explica que há avanços no setor com o aumento na produção queijeira, mas que ainda há muitos empecilhos para ampliar exportação e consolidar a internacionalização do queijo com atração de negócios. Entre os principais desafios estão a burocracia e custos elevados dos processos de certificações e o capital escasso para investir em expansão dos produtores locais, a maioria, vem da tradição familiar.

Em relação ao pilar turismo, ele reforça que potencializar essa vocação queijeira do estado é também incrementar a economia regional como um todo para romper fronteiras e impulsionar a exportação e atrair turismo nacional e internacional para as regiões produtoras. “Toda a cadeia se beneficia quando melhora para o produtor local, mas é preciso criar mais iniciativas como a Rota do Queijo. A valorização do mercado de queijos está intrinsecamente ligada ao fortalecimento do turismo e da economia regional, e campanhas de incentivo à rota e eventos locais são fundamentais para o mercado. A Rota não é apenas sobre degustar queijos incríveis, mas também sobre mergulhar na rica cultura queijeira e apreciar o ecoturismo. O verdadeiro valor está na experiência completa, onde os visitantes têm a oportunidade de conhecer as regiões produtoras, os produtores, suas tradições e conectar-se com as comunidades locais”.

Como próximo passo, ele deseja integrar outras regiões à Rota do Queijo no futuro, mas precisa de incentivo para implementar esse projeto. Além disso, outra edição do evento Made in Minas deve acontecer uma edição ainda neste ano. Com o turismo em alta, Jordane destaca que houve um incremento relevante de visita aos produtores da Rota do Queijo, após 9 meses do lançamento do roteiro. A rota, inclusive, já foi tema de documentário lançado pela Embratur narrando a história de alguns produtores locais, entre eles o Queijo do Onésio. Produtor que está com seu estoque de queijos esgotado e prazo de encomendas para mais de 30 dias, após sair em matéria do jornal Brazilian Times nos EUA. Resultados que devem ser impulsionados pela crescente demanda de turismo no Estado, considerando que Minas Gerais já vem despontando no mercado nacional, com o maior crescimento no índice de atividade turística com índice 720% superior aos outros estados, de acordo com o Ministério do Turismo, considerando que as regiões queijeiras ainda têm um potencial muito maior para receber turistas como acontece com a região vinícola no Sul do país.

SERVIÇO:

FONTE ESTADO DE MINAS

Premiado queijo Canastra dá a volta ao mundo e leva Minas na bagagem

De Singapura ao Vaticano, criador da Rota do Queijo de Minas investe na internacionalização do queijo artesanal com tour pelos continentes

Os queijos da Canastra são um dos tesouros mais bem guardados de Minas Gerais. Com um sabor único e inconfundível, eles são apreciados por turistas de todo o mundo. Tanto, que os queijos mineiros ganharam o paladar dos brasileiros e atraem cada vez mais adeptos no país e ao redor do mundo, tornando-se uma identidade gastronômica de Minas. Mesmo com o crescimento da produção do queijo artesanal e do turismo nas regiões produtoras, ainda há muitos desafios para fomentar negócios para cadeia produtiva, ampliar o turismo e conquistar o mercado internacional. Por isso, diante desses entraves, um dos mais entusiastas defensores do queijo mineiro, o criador da Rota do Queijo de Minas e Diretor da Culturar, Jordane Resende Macedo, atravessou os oceanos pacífico e atlântico para realizar visitas internacionais com o objetivo de mostrar ao mundo os queijos produzidos de forma artesanal no Estado, em especial, o queijo do Ivair da Serra da Canastra, que é o mais premiado do mundo e que, recentemente, conquistou a certificação SIF expedido pelo Ministério da Agricultura e Pecuária para exportação.

A iniciativa, que faz parte do projeto Made in Minas Gerais, passou pelos continentes norte-americanos, asiático e europeu, durante os meses de julho e agosto desse ano. Jordane saiu do Brasil com destino aos Estados Unidos com 3 queijos na bagagem, sendo um deles com o propósito de voltar ao país, e assim termos um queijo mineiro que deu uma volta ao mundo. A tour passou pela NASA e Key West, depois cruzou o pacífico até o Japão onde realizadas visitas a diversos templos, o Giant Buda e até o rato mais famoso do mundo, o Mickey Mouse em sua casa na Tokyo Disney. A viagem de retorno contou com parada na embaixada brasileira no Vaticano para reunião com o embaixador Everton Vieira, e o chefe do setor político junto a Santa Sé, Bruno Quadros, o momento que foi registrado o ato de entrega, para que fosse encaminhado ao protocolo do Vaticano via embaixada, e assim ser entregue ao Papa Francisco.

Jordane Resende Macedo, da Rota do Queijo de Minas, encontrou com o Mickey Mouse em sua casa na Tokyo Disney. Na embaixada brasileira no Vaticano a reunião foi com o embaixador Everton Vieira(foto: Rota do Queijo de Minas/Divulgação)

Ainda em Roma, Jordane cumpriu agenda na embaixada brasileira onde teve reunião com o chefe do Setor de Agronegócio, Jean Paul, e o chefe do setor de Promoção Comercial e Turismo, Durval Cardoso. No encontro, foi abordado perspectivas promissoras para o mercado queijeiro, como a importância de o setor enfrentar desafios logísticos e firmar compromissos de entrega para avançar rumo à internacionalização. Entre os desafios, Jordane pontuou alguns entraves. “Cada queijeiro fabrica artesanalmente, 20, 30 peças, em média. Para acertar um contrato de exportação é necessário firmar um compromisso de entrega. Por isso, a importância de um esforço conjunto entre produtores e governos para o investimento na infraestrutura do turismo local. No caso da Serra da Canastra, que é uma das regiões maiores produtoras do Estado, a necessidade é investir em logística para construção de um aeroporto próximo com voos regulares, para a geração de um turismo qualitativo criando ambiente para visitação, desenvolvimento turístico e facilitando condições para exportação”, afirma. Jordane e o queijo viajante ainda passaram por monumentos como o Coliseu, arco de Constantino, Fontana de Trevi e o Pantheon.

E por fim, de volta para casa em Minas Gerais, Jordane se prepara para em breve retornar com o queijo para a Serra da Canastra onde ficará em exposição para visitação, como um marco para o setor produtivo. “A nossa ideia é marcar o queijo do Ivair, como o primeiro de muitos queijos mineiros que vão ganhar o mercado internacional”, afirma.

Certificação

Jordane explica que a iniciativa de viajar o mundo com o primeiro queijo da Serra da Canastra a receber o selo SIF para exportação é um marco importante para o setor, pois celebra a conquista dos produtores e traz uma reflexão sobre a importância de criar condições mais favoráveis para a obtenção da certificação para exportação. “Sabemos que para conseguir os certificados de inspeção municipais, estaduais e federais estabelecidos pelas autoridades de saúde e segurança alimentar que visam a qualidade dos produtos os critérios são rigorosos e custosos, mas o que acontece é que muitas vezes esses padrões não estão alinhados com as práticas tradicionais e características únicas dos queijos artesanais”.

A produtora da Serra da Canastra, Maria Lúcia Pereira Oliveira, conta que para conseguir a certificação SIF do Queijo do Ivair eles precisaram fazer investimentos e adequações em equipamentos, além da contratação de um responsável técnico. “Sem o selo de inspeção estávamos perdendo mercados e parceiros no país. Agora seguimos com a nossa produção e demanda em alta, com uma média de 40 queijos produzidos de forma artesanal todos os dias, mantendo a qualidade e a autenticidade do nosso produto que agora pode ganhar o mundo”. O queijo do Ivair é o primeiro produzido na Serra da Canastra a conseguir o certificado para venda nacional e internacional e segundo Mária Lúcia, o próximo desafio para sua expansão é qualificar a mão de obra para ampliar a produção sem abrir mão da identidade e qualidade do queijo artesanal.

Fortalecer o turismo na região

Jordane destaca que atua para fortalecer 3 pilares importantes que estão interrelacionados nessa cadeia: os negócios dos produtores, o turismo na região e eventos para qualificação do trade. Ele explica que há avanços no setor com o aumento na produção queijeira, mas que ainda há muitos empecilhos para ampliar exportação e consolidar a internacionalização do queijo com atração de negócios. Entre os principais desafios estão a burocracia e custos elevados dos processos de certificações e o capital escasso para investir em expansão dos produtores locais, a maioria, vem da tradição familiar.

Em relação ao pilar turismo, ele reforça que potencializar essa vocação queijeira do estado é também incrementar a economia regional como um todo para romper fronteiras e impulsionar a exportação e atrair turismo nacional e internacional para as regiões produtoras. “Toda a cadeia se beneficia quando melhora para o produtor local, mas é preciso criar mais iniciativas como a Rota do Queijo. A valorização do mercado de queijos está intrinsecamente ligada ao fortalecimento do turismo e da economia regional, e campanhas de incentivo à rota e eventos locais são fundamentais para o mercado. A Rota não é apenas sobre degustar queijos incríveis, mas também sobre mergulhar na rica cultura queijeira e apreciar o ecoturismo. O verdadeiro valor está na experiência completa, onde os visitantes têm a oportunidade de conhecer as regiões produtoras, os produtores, suas tradições e conectar-se com as comunidades locais”.

Como próximo passo, ele deseja integrar outras regiões à Rota do Queijo no futuro, mas precisa de incentivo para implementar esse projeto. Além disso, outra edição do evento Made in Minas deve acontecer uma edição ainda neste ano. Com o turismo em alta, Jordane destaca que houve um incremento relevante de visita aos produtores da Rota do Queijo, após 9 meses do lançamento do roteiro. A rota, inclusive, já foi tema de documentário lançado pela Embratur narrando a história de alguns produtores locais, entre eles o Queijo do Onésio. Produtor que está com seu estoque de queijos esgotado e prazo de encomendas para mais de 30 dias, após sair em matéria do jornal Brazilian Times nos EUA. Resultados que devem ser impulsionados pela crescente demanda de turismo no Estado, considerando que Minas Gerais já vem despontando no mercado nacional, com o maior crescimento no índice de atividade turística com índice 720% superior aos outros estados, de acordo com o Ministério do Turismo, considerando que as regiões queijeiras ainda têm um potencial muito maior para receber turistas como acontece com a região vinícola no Sul do país.

SERVIÇO:

FONTE ESTADO DE MINAS

Se o mineiro ama um queijinho, se souber do queijão Canastra vai pirar

Novidade em São Roque de Minas está dando o que falar: produtores premiados do queijo Canastra resolveram se juntar para produzir um queijo com 30 quilos

Se tem uma coisa que o mineiro ama de paixão é o queijo. Se forem os produzidos e premiados queijos da Região da Serra da Canastra, então, aí, nem se fala. Não bastasse consquistar, ano após ano, os melhores prêmios em concursos nacionais e no exterior, os produtores renomados de lá não param de inventar. No último fim de semana, foi produzido na cidade de São Roque de Minas o maior queijo da Canastra já visto. Foram usados 300 litros de leite e o queijo tem 500 milímetros de diâmetro.

Esse queijo gigante foi produzido para estudar como será o comportamento da cura, uma vez que é feito com a mesma massa de um queijo canastra comum. “Sabemos que cada queijo tem sua identidade, sabores e aromas bem diferentes, o tempo de cura, também influencia muito. Fizemos um experimento e queremos ver o resultado”, explica Jordane Macedo, diretor da Culturar e  ex-jurado no mundial do queijo em Araxá em 2021.

 Ivair José de Oliveira e Lúcia Oliveira, produtores premiados do queijo Canastra, resolveram se juntar a Jordane Macedo para produzir um queijo canastra com aproximadamente 30 quilos, batizado de “Canastra Imperial”.

Renomados produtores de queijo de São Roque de Minas se juntaram para produzir o Canastra Imperial, um queijo gigante de 30 kg(foto: Aprocan/Divulgação)

“Este queijo que fizemos é o menor, para termos referência para produzirmos um ainda maior ainda produzir este ano, em um evento na Serra da Canastra”, conta Jordane. Ele explica que os maiores produzidos até então são o queijo Canastra Real que tem cerca de 6kg, e o Capivara, que são usados 200 litros.

Para enriquecer ainda mais essa experiência, o amigo e chef Ivo Faria foi convidado para participar da ação e preparou uma receita usando o queijo do Ivair para celebrar este momento.

Vale ressaltar que o queijo do Ivair é premiado internacionalmente com medalha Super Ouro no Concurso Mundial da França em 2019 e 2021 (Mondial Du Fromage) e nacionalmente com 4 medalhas de Bronze e 1 de Prata no Concurso Prêmio Queijo Brasil. 

Estima-se que a cura desse queijo vai durar até seis meses. Serão vendidos cunhas dele e toda a renda será revertida para o Asilo José Moraes de Oliveira e Lar Maria Nolvinha da Costa de São Roque de Minas.

Rota do Queijo Canastra

De sabor marcante, bom para degustar com um bom vinho, o queijo Ivaí está na Rota do Queijo Canastra(foto: Aprocan/Divulgação)

Depois do sucesso que foi o evento do Made in Minas Gerais na Serra da Canastra, produzido pela Culturar em parceria com a Prefeitura, em comemoração aos 84 anos de São Roque de Minas em dezembro de 2022, foi criada a Rota do Queijo Canastra.

“Sempre que ia à região de São Roque de Minas, apesar de conhecer diversos produtores, procurava uma forma de visitar os que não tinha acesso ou ainda não conhecia. Foi dessa vontade e em poder compartilhar parte do meu saber e gerar a oportunidade ao turista, que juntamente com a Aprocam, selecionamos algumas  das dezenas de fazendas da região, para “culturar” a arte de fazer queijo.

Após o término do evento, Jordane colocou em prática o desejo de sinalizar bem a região e criou uma rota do queijo Made in Minas, que permite às pessoas se locomoverem facilmente.

“Criamos uma forma interativa de as pessoas se movimentarem na região e saber onde está o que procuram. É tudo interativo, a pessoa clica no número do mapa e logo abre o nome da fazenda produtora do queijo, horário de funcionamento e um link direto para navegação até onde deseja ir. É o resultado de um trabalho de pesquisa de várias pessoas, da minha paixão pela cultura gastronômica e das pessoas que cuidam deste tesouro mineiro”, completa Jordane.

Estão sendo instaladas dezenas de placas dentro do roteiro. Nelas contém um QR- Code, que de mesmo de dentro do carro o turista aponta a câmera do celular que já direciona para a rota do queijo. Saiba mais aqui

FONTE ESTADO DE MINAS

Queijo Minas Artesanal da Canastra é eleito 12º melhor do mundo

Destaque no guia gastronômico Taste Atlas pelo segundo ano consecutivo,  iguaria conocrreu com o italiano mozzarella e o suíço gruyère  

Pelo segundo ano consecutivo, o Queijo Minas Artesanal (QMA) produzido na região da Serra da Canastra figurou entre os 50 melhores do mundo no ranking do site americano Taste Atlas, plataforma colaborativa cujos usuários contribuem para a construção do conteúdo com comentários, imagens e notas. Desta vez, a iguaria mineira, que em meados de 2022 chegou a liderar a lista, conquistou o 12º lugar, à frente de exemplares famosos internacionalmente, como o italiano mozzarella e o suíço gruyère.  

Atualmente, podem ser comercializados como QMA da Canastra os queijos elaborados em oito municípios: Bambuí, Delfinópolis, Medeiros, Piumhi, São João Batista do Glória, São Roque de Minas, Tapiraí e Vargem Bonita, que cumprem o Caderno de Normas da Indicação Geográfica. 

As localidades são reconhecidas como produtoras desse tipo de queijo, a partir de estudos e levantamento histórico realizados pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG), que deram origem à portaria mais recente, de 2022, publicada pelo Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), instituições vinculadas à Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa)

De acordo com o diretor de Agroindústria e Cooperativismo da Seapa, Ranier Chaves Figueiredo, a valorização do QMA é sempre motivo de comemoração. “Para o mineiro, o queijo sempre foi mais que um alimento, é um patrimônio de valor inestimável. A evolução histórica recente do produto é fantástica, fazendo com que ele conquiste cada vez mais consumidores e mercados. A prova é a presença de destaque, novamente, do Queijo Minas Artesanal no Taste Atlas. Para nós, isso é razão de muito orgulho”, disse Figueiredo.  

O Sistema Estadual da Agricultura apoia o fortalecimento da cadeia produtiva de queijos em Minas Gerais, por meio da assistência técnica oferecida pela Emater-MG, da defesa sanitária executada pelo IMA e de investigações científicas desenvolvidas pela Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig).  

Maturação 

Em 2023, o Taste Atlas ressaltou o tempo de maturação do produto, feito a partir do leite cru, coalho e pingo, com prensagem manual e sem aquecimento da massa. “Tradicionalmente, o Canastra matura por 21 dias, mas alguns produtores deixam maturar ainda mais, por até 40 dias”, descreveu o site, em tradução livre para a língua portuguesa. 

Conforme o diretor de Agroindústria e Cooperativismo da Seapa, o tempo maior de maturação confere complexidade sensorial ao produto e ainda mais segurança ao consumo. “Esse incrível fenômeno físico-químico e microbiológico, que é a maturação, promove um alimento mais seguro, saudável e também mais saboroso, uma vez que são liberados compostos aromáticos que transformam o sabor dos queijos”, explica Figueiredo. 

Premiado 

Na Serra da Canastra, não faltam histórias de amor e dedicação à produção do queijo que leva o nome da região. Queijaria diversas vezes premiada, dentro e fora do país, “Queijo do Miguel” tem produção familiar, em São Roque de Minas, na Serra da Canastra, há quase duas décadas. As iguarias produzidas na mesma fazenda de origem contam, hoje, com etiqueta de caseína, para identificação e prevenção de fraudes, e são distribuídas em todo o Brasil, por mais de 70 parceiros revendedores.  

Miguel Marcélio de Faria conta que produz queijos com diferentes períodos de amadurecimento, alguns ainda bem maiores do que o apresentado pela plataforma colaborativa neste ano. “Fazemos o Merendeiro, o Canastra Real e o Tradicional. O que muda é o tempo de maturação. São todos feitos com a mesma massa, o mesmo tipo de leite, tudo de leite cru”, afirmou o produtor.  

Os produtos com maior volume costumam demandar mais tempo de maturação. “O Queijo Canastra Real é um queijo que tem de 5kg a 7kg. O Merendeiro dá mais ou menos 400g. O Tradicional pesa 1kg, 1,1kg depois de maturado. No Canastra Real, por ser um queijo grande, o amadurecimento é mais lento, de no mínimo seis meses, assim o sabor dele vai ficando diferenciado. Esse foi o nosso premiado na França, o extra maturado, porque lá eles gostam de um queijo mais forte”, relatou Miguel.  

Avanços 

Desde 2019, três novas regiões foram caracterizadas como produtoras de QMA: Serras de Ibitipoca, Diamantina e Entre Serras da Piedade ao Caraça. Além delas, três foram reconhecidas como produtoras de outros tipos de queijo artesanal: Alagoa, Mantiqueira e Jequitinhonha. Hoje, 15 regiões são caracterizadas como produtoras dos vários tipos de queijos artesanais mineiros.  

Em dezembro de 2022, o setor celebrou ainda o reconhecimento, de forma inédita no Brasil, do Queijo Minas Artesanal na variedade de Casca Florida (QMACF). A resolução de nº 42, publicada no Diário Oficial do Estado, considera como “casca florida” a cobertura com presença ou dominância visualmente constatada de fungos filamentosos, popularmente nomeados de mofos ou bolores. 

O próximo passo, a partir da resolução, é a regulamentação das normas aplicadas à produção e à comercialização deste queijo, pelo IMA. A publicação do Regulamento Técnico de Identidade e Qualidade do QMACF permitirá, em breve, a habilitação sanitária deste queijo. 

Outra ação desenvolvida em 2022 foi o lançamento do Projeto Queijo Minas Legal, que prevê investimento de R$ 2,8 milhões, por meio de parceria com o Fundo Estadual de Defesa e Proteção do Consumidor do Ministério Público de Minas Gerais. Com a iniciativa, estima-se que 200 novas queijarias, de aproximadamente 160 municípios, devem obter a habilitação sanitária. 

Brasileiros 

No ranqueamento da plataforma americana, outros dois queijos brasileiros estão entre os cem melhores do planeta. O Queijo de Coalho, produzido no Nordeste do país, ocupa a 40ª colocação, enquanto o QMA não maturado figura na 94ª posição. Apesar de apreciado pelos consumidores, este último produto ainda aguarda regulamentação, uma vez que o tempo mínimo legal de maturação, atualmente, é estipulado em 14 dias.   

FONTE AGÊNCIA MINAS

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