Congonhas: R$19 milhões para construção de teatro municipal e restauração do Cine Leon

Congonhas é um canteiro de obras e restaurações a área cultural. A cidade talvez seja a que mais recebeu recursos do PAC Cidades Históricas do Brasil, como captou recursos para investir na preservação de seu rico patrimônio histórico.

Cine Teatro será totalmete restaurado

Amanhã, quinta feira, a partir das 10:00 horas, a prefeitura assina a ordem de serviço para início imediato das horas de restauração e requalificação do Cine Teatro Leon, primeiro e importante equipamento cultural. Os recursos,não reembolsáveis, são oriundo do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) com o repasse de R$ 5,2 milhões em favor da Fundação Municipal de Cultura, Lazer e Turismo de Congonhas – FUMCULT.

Os recursos, provenientes do BNDES Fundo Cultural, foram divididos em dois subcréditos: o primeiro, de R$ 5 milhões, se destina à revitalização do patrimônio histórico e cultural de Congonhas, através da restauração do Cine Leon, cujo projeto, aprovado pelo IPHAN, vai transformá-lo num espaço multiuso, com tecnologia moderna, embora preservando suas características arquitetônicas.

O segundo subcrédito, de R$ 192 mil, será utilizado para a elaboração do estudo de impactos socioeconômicos do projeto de restauração do Cine Leon, contribuindo para estruturar uma metodologia a ser aplicada na preservação do patrimônio cultural e na revitalização de outros sítios históricos preservados no município de Congonhas.

A Fundação Municipal de Cultura, Lazer e Turismo é responsável pelo patrimônio histórico e artístico de Congonhas e pelos eventos culturais municipais. É, também, a Fundação que tem a responsabilidade de gerenciar os vários museus da cidade, entre os quais o Museu de Congonhas, inaugurado recentemente e executado em parceria com a UNESCO, IPHAN, Prefeitura Municipal e recursos do BNDES e de outros patrocinadores, através das Leis de Incentivo Social.

Teatro Municipal

Teatro Municipal terá capacidade para 249 expectadores, e será um dos mais modernos de Minas

A Prefeitura também iniciou em janeiro a construção do tão sonhado Teatro Municipal Dom Silvério Gomes Pimentanar realidade. O valor estimado da obra – que será executada pela Marsou Engenharia Eireli, empresa contratada via licitação – é de R$ 13,7 milhões. Os recursos são oriundos do Governo Federal, por meio do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) e do PAC Cidades Históricas.

O Teatro Municipal, que terá condições técnicas ideais para receber qualquer tipo de espetáculo, integrará o Centro Cultural Romaria, que também foi contemplado pelo PAC Cidades Históricas e já está sendo requalificado. De autoria do arquiteto Sylvio de Podestá, o projeto prevê a integração desses equipamentos culturais ao Parque Ecológico da Romaria.

O Teatro terá capacidade para 249 expectadores, contando com banheiros acessíveis e vagas reservadas na plateia para portadores de necessidades especiais. O prazo do contrato para a execução da obra é de 22 meses.

 

 

 

 

 

Patrimônio histórico restaurado em Congohas: Matriz de N. Sra. da Conceição

Cidade de fé e devoção, Congonhas possui belíssimas igrejas e um valioso acervo de arte barroca. Entre eles, está a Matriz de Nossa Senhora da Conceição, que passou por um minucioso trabalho de restauro de seus elementos artísticos integrados. Financiada pelo PAC Cidades Históricas, a obra foi entregue aos fiéis em 2017.

Matriz de Nossa Senhora da Conceição em Congonhas/REPRODUÇÃO

O Altar-Mor foi todo recuperado. As imagens do coroamento encontravam-se amarradas com arame, apresentavam repintura e perda de elementos. O estado avançado de deterioração da madeira do coro necessitou de uso de microesferas de vidro para fortalecimento da estrutura. A camada pictórica recebeu proteção durante o serviço. O elemento inteiro foi nivelado.

O Arco do Cruzeiro, que a exemplo do Altar-Mor é atribuído ao entalhador Francisco Vieira Servas, pelo especialista Adriano Ramos, teve a tarja tratada e reinstalada de forma adequada. Uma asa do anjo voltou à posição original. A exemplo dos outros elementos artísticos, os altares laterais e colaterais também foram higienizados, imunizados e envernizados. Em alguns pontos do coro, a repintura foi removida e reintegrada.

Construída na primeira metade do século 18, a Matriz de N. Sra. da Conceição apresenta várias fases do Barroco e estilo jesuítico na sua fachada. Vários artistas trabalharam nela, como Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho, que fez a portada em pedra-sabão.

Prefeitura de Congonhas entrega mais um patrimônio histórico restaurado

A Prefeitura valoriza a história e o patrimônio de Congonhas, Nossa Senhora do Rosário é a mais antiga do município e, em 2016, foi entregue à população toda restaurada. Essa obra está entre as dez ações do PAC Cidades Históricas aprovadas para a cidade.

Congonhas é a única cidade de Minas a ter a maior parte do seu patrimônio tombado restaurado/DIVULGAÇÃO

Foram restaurados retábulo-mor, cimalha da capela-mor, arco-cruzeiro, tarja, cimalha da nave, retábulo colateral, púlpito, forro do nártex, pias de água benta, coro e pintura geral. Foi feito, ainda, um novo conjunto de sineira mais condizente com o repertório barroco da época da edificação da Igreja, substituindo a anterior que era de ferro. Antes, a própria Igreja e seus parceiros haviam restaurado o forro e outras partes do templo católico.

Congonhas é a única cidade de Minas a ter a maior parte do seu patrimônio tombado restaurado. Além da Igreja N. Sra. do Rosário, outros bens históricos e culturais estão sendo valorizados e preservados. Esses investimentos foram feitos com recursos próprios do município e também em parceria com diversas instituições, como o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), por meio do PAC Cidades Históricas, o Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (IEPHA) e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Imagem barroca da região passa por raio x para restauro e identificação das cores originais

Imagem de Santana, mãe de Maria, é recuperada em local sigiloso e conta com ajuda da tecnologia

A restauração da imagem de Santana – mãe de Maria e avó de Jesus – considerada símbolo católico de Belo Vale, une devoção e ciência e guias as mãos hábeis dos encarregados do serviço. O trabalho, feito em local sigiloso, já revelou que, ao contrário do que padres e moradores locais pensaram ao longo do tempo, a peça do século 18 é legítima do Barroco mineiro, e não de origem portuguesa.

Imagem barroca de Santana que passa por restauro/Tarcísio Martins

A expectativa dos especialistas Adriano Ramos e Rosângela Reis Costa, do Grupo Oficina de Restauro, de Belo Horizonte, é que o trabalho demande seis meses, incluindo estudos e uso de alta tecnologia. Como parte dos trabalhos, a peça sacra foi levada para exames de raios x no Laboratório de Ciência da Conservação (Lacicor), no Centro de Conservação e Restauração de Bens Culturais (Cecor), ambos da Escola de Belas Artes da Universidade Federal de Minas Gerais.
“Precisávamos de um exame mais profundo, principalmente no tronco da imagem, já que as prospecções, comumente chamadas de ‘janelas’, não permitiam verificar a pintura original”, contou Rosângela, após a sessão de raios x comandada pelo coordenador do Lacicor e vice-diretor do Cecor, professor Luiz Souza. Sob camadas de tinta, os especialistas encontraram apenas resquícios de decoração, sendo necessárias, portanto, mais pesquisas. “A tecnologia ajuda demais, pois muitos detalhes não conseguimos enxergar a olho nu. Mais importante é que, com equipamentos modernos, podemos avaliar o que pode ser retirado ou não da peça”, disse Rosângela.

Dividida em três partes de madeira – a cadeira com 1,60 metro de altura, a imagem de Santana, com 1,10m, e a menina Nossa Senhora, com 80 centímetros –, a peça, pertencente à Igreja de Santana, de 1735, localizada a nove quilômetros da sede municipal de Belo Vale, tem grande qualidade artística. Mas, além das repinturas, manchas e sujeira acumulada com o tempo, apresenta problemas na estrutura de cedro e perda de pintura, embora sem ataque de cupins. Por questão de segurança, o local do serviço, que ocorre fora da capital, não foi revelado. Todas as etapas têm acompanhamento do Memorial da Arquidiocese de Belo Horizonte.

Igreja

Histórica igreja de Santana será restaurada em 2019/Radio Mega

“A comunidade está muito alegre, afinal, a imagem de Santana é ícone da região. As pessoas têm muito carinho por ela, porque se trata de um símbolo muito forte. Tanto que, quando saiu para o restauro, veio muita gente se despedir e rezar”, afirma padre Wellington Eládio Nazaré Faria, titular da Paróquia de São Gonçalo, em Belo Vale, acrescentando que os recursos para o serviço são da paróquia. Outra boa notícia é que já foi entregue o projeto de restauração do templo, também do século 18, elaborado por alunos de arquitetura e urbanismo do Centro Universitário Newton Paiva. O trabalho começou com uma visita dos estudantes à igreja, para levantamento de todas as patologias da construção. Os dados foram levados para o StudioN, escritório da escola de arquitetura, em busca de ideias para viabilizar as ações.

Em nota, a instituição de ensino informou que foram feitos, gratuitamente, desenhos técnicos da edificação, contendo todas as medidas e peculiaridades da igreja, e apresentadas soluções de intervenção para a recuperação da integridade do imóvel. Os alunos também fizeram a maquete da igreja, com obra concluída, para que as pessoas tenham ideia do resultado final.

Com base no projeto, a Prefeitura de Belo Vale abrirá licitação e pretende iniciar as obras de restauração em 2019. Outra fonte de recursos provém de atividades promovidas pela Associação dos Zeladores da Igreja de Santana do Paraopeba, entidade que é pessoa jurídica, parceira da paróquia e faz eventos para angariar fundos para as obras da igreja.

Exame apaga a lenda do tesouro escondido

Luiz Souza e Rosângela Reis observam detalhes na imagem em raios x da peça sacra, que ajuda a identificar vestígios da pintura original e da estrutura em madeira/Estado de Minas

Quem esteve na Igreja de Santana durante a despedida da imagem, em novembro, presenciou um fato curioso. É que, durante muito tempo, correu a lenda de que, no interior da imagem, haveria ouro e diamante. Com cuidado, os restauradores retiraram uma “tampa” de madeira e mostraram aos presentes que o nicho estava naturalmente vazio, não havendo o tesouro que povoava o imaginário de muitos moradores. Todo o momento foi filmado e documentado pela equipe e autoridades, incluindo a coordenadora geral do Memorial da Arquidiocese de Belo Horizonte, Maria Goretti Gabrich, e a historiadora do setor, Flávia Reis.

A Igreja de Santana, ponto de peregrinação que costuma recebe cerca de 10 mil pessoas a cada 26 de julho, data consagrada à padroeira, e alvo agora de ações para recuperar a arquitetura, os elementos artísticos e o entorno. Tendo o pároco como guia, a equipe percorreu o interior da construção e viu que, por décadas, foram feitas intervenções que retiraram o brilho e traços originais. Se os anjos barrocos do retábulo-mor ganharam a camada de um prateado metálico, os próximos ao sacrário perderam os douramentos. No espaço no qual fica a padroeira, tecnicamente chamado de camarim, cores berrantes foram escolhidas em outras épocas, em um contraste com o ar singelo da igreja, tombada pelo município.

Embora sem “contaminar” a imagem da padroeira, os cupins estão presentes na Igreja de Santana, conforme mostrou o padre Wellington. Em uma coluna pintada de verde, a madeira vai se “esfarinhando” e exigindo um trabalho urgente de recuperação. Já na parede perto da sacristia, o pároco aponta um dos perigos visíveis: uma rachadura que rasga a tinta branca e sinaliza os riscos. O forro também demanda serviços urgentes, pois parte foi retirada e não voltou para o lugar, deixando as telhas à mostra. Em 2007, a igreja entrou no foco do Ministério Público de Minas Gerais, que cobrou providências das autoridades municipais para restauração do templo. Na época, a secretária municipal de Cultura, Turismo, Esporte e Lazer de Belo Vale, Eliane dos Santos, informou que a prefeitura vai bancar um terço do valor da obra no bem tombado pelo município.

Padroeira dos mineradores

Nossa Senhora de Santana ou simplesmente Santana (também Santa Ana e Sant’Ana) é mãe de Maria e avó de Jesus. Na capital e no interior de Minas, reúne muitos devotos, pois é padroeira dos mineradores. Em 26 de julho, data consagrada à santa casada com Joaquim, depois São Joaquim na Igreja Católica, comemora-se também o Dia das Avós. Uma das representações mais significativas, comum nos altares dos templos, é a Santana Mestra: sentada numa cadeira ou de pé, ela ensina a menina Maria a ler. O nome Ana vem do hebraico Hanna e significa graça. Moradores e visitantes podem admirar, em Tiradentes, no Campo das Vertentes, dezenas de imagens no Museu de Sant’Ana, fundado em 2014.

  • Fonte: Estado de Minas

Patrimônio preservado: restauração da Matriz de Catas Altas da Noruega mostra o valor de uma comunidade engajada em sua história

A Matriz de São Gonçalo, da cidade de Catas Altas da Noruega, está mais perto de abrir as portas. Em restauração desde maio 2016, a igreja, fechada em 2009 pelo estado de degradação, acaba de passar pela primeira etapa da obra e já não corre mais risco de ruína.

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A primeira etapa do projeto, concluída há pouco, foi marcada pela restauração da parte estrutural (paredes, piso, forro), restauração da fachada da igreja para sua aparência original e restauração artística do retábulo-mor e de dois retábulos laterais. “Nesse processo fomos surpreendidos com a qualidade da escultura e da policromia gradualmente redescobertas debaixo de grossas camadas de repinturas e sujeira. Resplandeceram os traços originais e, agora, os especialistas se dividem quanto à atribuição do retábulo-mor: se foi feito por Francisco Vieira Servas ou João Antunes de Carvalho, autor do retábulo-mor do Santuário do Bom Jesus de Congonhas”, explica o pároco da Paróquia São Gonçalo, padre Luiz Antônio Reis Costa.

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A próxima e última etapa, que começa em janeiro, tem previsão de 18 meses para conclusão e irá restaurar os dois retábulos colaterais, a Capela do Santíssimo e a paisagística do adro da igreja. A revisão do telhado e da parte elétrica de iluminação e o projeto de prevenção de incêndio também serão feitos. Para o padre, o diferencial dessa restauração é o grande envolvimento da comunidade local, já que 80% dos recursos vem dela. “A mobilização da comunidade em torno dessa causa é um elemento decisivo para salvarmos esse valioso patrimônio artístico e histórico”, afirma.

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Com o risco de ruína descartado, padre Luiz Antônio agora visualiza outra prioridade: a educação patrimonial. “Nós temos pela frente um trabalho que não tem data para terminar. Fizemos um vídeo justamente com esse objetivo de não apenas devolver o monumento restaurado, mas modificar a maneira da comunidade local se relacionar com ele”, explica ao se referir ao vídeo-documentário (clique aqui para assistir) que registra e explica o processo de restauração.“É fundamental que uma produção dessas chegue até as pessoas, às escolas, para que toda a comunidade possa assistir e se sentir participante do processo”, reforça.

A igreja

Erguida em 1727, a Matriz de São Gonçalo foi sendo ampliada ao longo dos anos, principalmente entre 1760 e 1780, devido ao aumento da população na cidade de Catas Altas da Noruega. Ao longo do século XIX, a igreja também recebeu acréscimos e melhorias. Artistas reconhecidos do século XVIII, como Francisco Vieira Servas e João Antunes Carvalho, trabalharam no local.

Em 2009, a matriz foi fechada devido ao seu estado de degradação. Mas a situação se agravou, com o risco de ruína. “Eu creio que vários fatores contribuíram para que a matriz de São Gonçalo chegasse no ponto que chegou. Primeiro, o próprio desgaste do tempo. É um material frágil com o qual essa igreja foi construída. Tijolo de adobe, as madeiras, tudo é muito frágil e precisa de manutenção e, eventualmente, algumas peças precisam de substituição. Muitas vezes isso não foi feito por falta de recursos ou por falta de conhecimento”, aponta o pároco.

Padre Luiz Antônio foi nomeado em 2016 como pároco da Paróquia São Gonçalo com a incubência de retomar a restauração que já havia sido iniciada em 2009, mas foi interrompida logo em seguida devido as dificuldades da época.

Fotos: Ítalo Stephan e arquivo da paróquia

Fonte: Departamento Arquidiocesano de Comunicação

Patrimônio preservado: Igreja de Santana do Paraopeba, em Belo Vale, ganha projeto de restauração

Comunidade reuniu-se em 07 de novembro para despedir-se da imagem de Santana, enviada para restauro, em Belo Horizonte

Imagem de Nossa Senhora Santana Mestra, em madeira policromada, com 1,30 metros de altura/Tarcísio Martins

Marco da fé católica de Belo Vale, Vale do Paraopeba, Minas Gerais, e por que não do Brasil, a Igreja de Nossa Senhora Santana está sob nossa responsabilidade, portanto, devemos preservá-la e tratar com carinho todos os seus bens interiores. Vivenciamos um momento histórico. O que está acontecendo, conta com a autorização de nosso primeiro responsável: Dom Walmor de Oliveira Azevedo, arcebispo de Belo Horizonte. A imagem de nossa padroeira Santana será restaurada e ficará muito mais bonita. Todo o processo foi planejado com muito cuidado, para termos sucesso na restauração”, afirmou Wellington Eládio Nazaré Faria, pároco de Belo Vale, na abertura do evento.

Para definir a empresa que irá restaurar a imagem de Santana, foram feitos três orçamentos, e considerou-se o melhor preço aliado à técnica e currículo da empresa. O valor orçado de R$ 16 mil será pago através do caixa único da Paróquia de São Gonçalo. O prazo de entrega é de oito meses, a tempo de liberar a imagem para celebrar a próxima festa, em 2019.  “O processo de restauro é como uma cirurgia e deve ser muito cuidadoso. A imagem de Santana sofreu muitas pinturas não adequadas que devem ser removidas, até atingir a cor original. Ela irá mudar para melhor e vai ganhar qualidade cromática, através de um trabalho feito com amor. Irei devolvê-la restaurada e iluminada”, relatou o restaurador Adriano Ramos.

Padre Wellington Faria, prefeito José Lapa e líderes comunitários prestigiaram o evento/Tarcísio Martins

A comunidade de Santana do Paraopeba tem muito carinho com seu patrimônio, portanto, há alguma preocupação com a retirada da imagem de seu local, para o trabalho a ser feito em Belo Horizonte. Muitos habitantes do lugar e representantes da Associação dos Zeladores da Igreja de Santana estiveram presentes no ato. Eles demonstraram apoio para com os trabalhos que serão feitos, e para isso, lançaram uma campanha: “Juntos por Santana”, realizando rifas e festas para angariar fundos. “Estou um pouco apreensiva, pois irei ficar longe de nossa padroeira; já sinto saudade. Ao mesmo tempo, feliz, pois sei que ela voltará mais forte e iluminada. O trabalho será para melhor”, disse Elza Maria Jesus Rezende, zeladora da capela.

O projeto executivo arquitetônico de restauro da Igreja de Santana foi desenvolvido pelo ‘Escritório Studio N’, criado em 2012, pelo Centro Universitário Newton Paiva. A coordenação geral está a cargo do professor Rodrigo Reis, que orienta os alunos bolsistas. O ‘Escritório Studio N’ atende, gratuitamente, algumas demandas de comunidades. O grupo foi responsável por identificar e avaliar as patologias do templo e as causas de sua degradação. O projeto foi concluído em outubro de 2018 e entregue à Secretaria Municipal de Cultura para encaminhamentos.

Muitos fiéis foram despedir da padroeira de Santana do Paraopeba/Tarcísio Martins

Segundo a secretária municipal de Cultura, Eliane Santos, o projeto já foi encaminhado ao IEPHA-MG para cálculo das planilhas de custos. “Estamos prevendo que a licitação pública para a escolha da empresa executora da obra, seja feita em janeiro de 2019. A Prefeitura Municipal irá arcar com 30% do valor orçado. O restante virá dos fundos provenientes das campanhas e da possibilidade de aplicar o projeto em leis de incentivo, para o financiamento de empresas”, informou a secretária Eliane Santos.

Texto e fotos: Jornalista Tarcísio Martins

Investimento em cultura: Congonhas recebe R$5,2 milhões para restauração do Cine Teatro Leon

Um total de R$ 5,2 milhões não reembolsáveis permitirá transformar o primeiro cinema da cidade em moderno espaço cultural

O Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou o repasse de R$ 5,2 milhões em favor da Fundação Municipal de Cultura, Lazer e Turismo de Congonhas – FUMCULT. Os recursos, não reembolsáveis, se destinam a restaurar e requalificar o Cine Teatro Leon, primeiro e importante equipamento cultural situado no Centro daquela cidade histórica de Minas Gerais.

Fachada atual e projeto arquitetônico do novo Cine Teatro Leon/Divulgação

Os recursos, provenientes do BNDES Fundo Cultural, foram divididos em dois subcréditos: o primeiro, de R$ 5 milhões, se destina à revitalização do patrimônio histórico e cultural de Congonhas, através da restauração do Cine Leon, cujo projeto, aprovado pelo IPHAN, vai transformá-lo num espaço multiuso, com tecnologia moderna, embora preservando suas características arquitetônicas.
segundo subcrédito, de R$ 192 mil, será utilizado para a elaboração do estudo de impactos socioeconômicos do projeto de restauração do Cine Leon, contribuindo para estruturar uma metodologia a ser aplicada na preservação do patrimônio cultural e na revitalização de outros sítios históricos preservados no município de Congonhas.
A Fundação Municipal de Cultura, Lazer e Turismo é responsável pelo patrimônio histórico e artístico de Congonhas e pelos eventos culturais municipais. É, também, a Fundação que tem a responsabilidade de gerenciar os vários museus da cidade, entre os quais o Museu de Congonhas, inaugurado recentemente e executado em parceria com a UNESCO, IPHAN, Prefeitura Municipal e recursos do BNDES e de outros patrocinadores, através das Leis de Incentivo Social.

Belo Vale: Igreja do século XVIII ganha campanha popular para sua a restauração

Mais um patrimônio histórico pode ser restaurado em Belo Vale. Um dos monumentos mais queridos dos moradores do Alto Rio Paraopeba, na Região Central de Minas Gerais – e ponto de peregrinação de visitantes de todo canto –, ganha uma campanha para recuperar a arquitetura, os elementos artísticos e o entorno voltado para a vastidão de montanhas. Localizada a nove quilômetros do Centro de Belo Vale, a Igreja de Santana, de 1735, costuma receber cerca de 10 mil pessoas a cada 26 de julho, data consagrada à padroeira. “Trata-se da mais antiga da cidade, e sempre muito procurada pelos fiéis. Por isso, nunca podemos dizer que está abandonada, mas sim necessitada de restauração”, afirma o titular da Paróquia de São Gonçalo, padre Wellington Eládio Nazaré Faria, sem esconder o entusiasmo pela empreitada.

A nove quilômetros de Belo Vale, templo religioso precisa de recuperação nas partes arquitetônica, estrutural e artística

Para deslanchar as ações, uma boa notícia: a imagem de Santana, de origem portuguesa, vai ser restaurada com recursos próprios da paróquia, principalmente obtidos na barraquinha da última festa. Logo depois de a reportagem do Estado de Minas chegar à igreja, que fica numa comunidade rural, a peça sacra foi retirada do altar-mor e levada para o ateliê de especialistas. Em madeira policromada e com 1,30 metro de altura, a imagem de Santana com a filha Virgem Maria menina recebeu várias demãos de tinta que desfiguraram os traços originais. Olhando cada detalhe, padre Wellington afirma que “todo mundo está empenhado” na restauração do objeto de fé e da construção dos tempos coloniais. Muito apropriadamente, a campanha se intitula Juntos por Santana.

Tendo o pároco como guia, a equipe percorre o interior da construção e vê que, ao longo do tempo, foram feitas ali intervenções que retiraram o brilho e traços originais. À primeira vista, a impressão é de que alguém “correu” uma tinta, como costumam dizer os pintores de casas, tanto nas paredes como nas imagens e nos altares. Se os anjos barrocos do retábulo-mor ganharam a camada de um prateado metálico, os próximos ao sacrário perderam completamente os douramentos. No espaço no qual fica a padroeira, tecnicamente chamado de camarim, cores berrantes foram escolhidas em outras épocas, num contraste com o ar singelo da igreja, tombada pelo município.

CUPINS

Personagens vorazes e contumazes de igrejas e capelas do século 18, os cupins estão na Igreja de Santana, como mostra o padre Wellington. Numa coluna pintada de verde, a madeira está “esfarinhando”. Na parede perto da sacristia,  uma rachadura rasga a tinta branca e sinaliza os riscos. “Precisamos de obras de engenharia, pois a estrutura e o telhado estão comprometidos”, revela.

O zelador Giovane Álvaro Vieira, de 57 anos, avisa que a parte elétrica está em boas condições. Um alívio para o padre. “Quando a igreja foi construída não havia a devoção católica a Nossa Senhora de Lourdes, então aquele quadro foi pintado depois”, afirma, sobre um painel recriando a aparição da Virgem à adolescente Bernadette Soubirous (que se tornou Santa Bernadete) numa gruta em Lourdes, na França, em 1846.

Nascido e criado na comunidade de Santana do Paraopeba, Giovane devota profundo amor ao templo, onde foi batizado e se casou. “Meu sonho é ver a igreja pronta. Não podemos deixá-la acabar”, afirma.

Em 2007, a igreja entrou no foco do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), que pediu providências às autoridades municipais para sua restauração

Seu filho, Christian Egg de Castro, é presidente da Associação dos Zeladores da Igreja de Santana do Paraopeba, parceira da paróquia. Contando com esse duplo apoio, padre Wellington lembra que muitos noivos procuram a igreja para se casar, e que é a mais “querida” dos moradores do Alto Paraopeba. “Estamos Juntos por Santana”, anima-se o zelador. As doações vão chegando, como um quadro emoldurado, que está coberto com um tecido, e retrata Santana.

PROJETO

Em 2007, a igreja entrou no foco do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), que pediu providências às autoridades municipais para sua restauração. A secretária municipal de Cultura, Turismo, Esporte e Lazer de Belo Vale, Eliane dos Santos, informou ontem que a prefeitura vai bancar um terço do valor da obra no bem, tombado pelo município. Não há estimativa de valor. A intervenção deve começar em março de 2019, contemplando a parte civil.

Quanto ao projeto de restauração, equipe formada por estudantes e professores de arquitetura do Centro Universitário Newton Paiva, de BH, está encarregada da execução, trabalho que compreenderá também a planilha de custos. O serviço vai contemplar as partes de engenharia, elementos artísticos e entorno do templo.

PORTA DE ENTRADA DE BANDEIRANTES

Conforme pesquisa do Memorial da Arquidiocese de Belo Horizonte, o Vale do Paraopeba foi a entrada aos sertões das Minas pela bandeira de Fernão Dias Paes Leme. Ao longo do caminho, vários integrantes da bandeira estabeleceram povoamentos que se tornaram, com o tempo, pontos de abastecimento e hospedagem para viajantes. A bandeira conduzida por Paes Leme, acompanhado do mestre de campo Matias Cardoso, do genro Manoel de Borba Gato e do filho Garcia Rodrigues Paes, chegou à região em 1675, como relata Diogo de Vasconcelos: “Passada a estação das chuvas, em março do ano seguinte, dirigiram-se os bandeirantes em direção à Serra da Borda e atravessaram a região do campo, entrando na do Paraopeba (Piraipeba, rio do Peixe Chato), onde fundaram o segundo arraial (Santana).”

A pesquisa diz ainda que “em cada núcleo de povoamento foi colocada uma pessoa de confiança do chefe bandeirante. Seu filho, Garcia Rodrigues Paes, administrou a feitoria de São Pedro do Parahypeba (atual Santana do Paraopeba). Em seguida à fundação da feitoria, Manuel Teixeira Sobreira e seu sócio Manuel Machado fizeram pedido de concessão de sesmaria em São Pedro do Parahypeba e, em 1735, ergueram a Capela de Santana, conforme provisão de 4 de março de 1750”.

E mais: “Em 1823, a capela era filial de Congonhas, tendo como capelão o padre Domingos Ribeiro de Sousa. Em 1865, foi elevada a freguesia pela Lei nº 1.254, de 25 de novembro, tornando-se, então, sede da paróquia. Até 1880, devido a razões políticas, a sede da paróquia alternou-se sucessivas vezes entre Santana do Paraopeba e São Gonçalo, vinculando-se, então, definitivamente, a São Gonçalo. O terreno onde se erigiu a capela foi doado legalmente, conforme escritura passada em 2 de setembro de 1925, por Antônio Vieira dos Santos e sua mulher, Nívea da Conceição Braga”.

FASES 
O tempo apresenta fases distintas: barroca (de 1735 a 1920) e eclética (de1920 a 1929). Neste último ano, foram feitas “reformas substanciais”, divididas em dois anos críticos, sendo 1920 o primeiro, segundo o Livro de Tombo, quando a capela foi “retocada”. Em 1929, houve uma grande intervenção, “que transformou a fachada original, abriu os arcos e inseriu ornatos contrastantes nas fachadas, embora a inscrição refeita ainda mostre a data da construção, 1735”.

  • Fonte:EM

Obra de restauração da Romaria avança

Obra de restauração da Romaria avança/Divulgação

O serviço de restauração da edificação da Romaria está a todo vapor. Das quatro alas do prédio, três estão em processo de demolição. O telhado também já começou a ser retirado. A obra, que está sendo executada pela Sengel Construções, contratada via licitação, é uma das 10 do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) Cidades Históricas aprovadas para Congonhas.

O trabalho será executado em duas frentes: uma para a restauração do Centro Cultural da Romaria e outra para a construção do Teatro Municipal. De autoria do arquiteto Sylvio de Podestá, o projeto prevê a integração desses espaços ao Parque Ecológico da Romaria.

O novo projeto vai fomentar o desenvolvimento artístico e cultural da cidade, cujo espaço será aberto a vários grupos que participarão de um vasto programa de atividades. O espaço terá novas instalações, seguras, conforme as normas técnicas vigentes, e acessível, além de proporcionar locais agradáveis que permitam a permanência de seus usuários e a interação social dos diversos segmentos culturais.

Sob as bênçãos do Bom Jesus Congonhas celebra com arte e fé a reabertura da Basílica

Prefeito Zelinho discursa e enaltece os investimentos no patrimônio histórico de Congonhas/Reprodução

De portas reabertas para o mundo, a Basílica do Senhor do Bom de Matosinhos está em júbilo com a alegria de seus fiéis pela entrega da maior e mais importante restauração da sua história. Um céu azul se descortinou no forro do Santuário, um caminho de conexão com o divino, com mais cores, mais luz e a mesma beleza que fazem, deste templo, uma das obras primas do Barroco Mineiro e Patrimônio Mundial.

Os Governos Federal e Municipal, por meio do Ministério Público Federal, do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) e da Reitoria da Basílica, entregaram ao povo de Congonhas, nesta quinta-feira, 28, a Basílica do Senhor Bom Jesus de Matosinhos restaurada. A obra, financiada pelo PAC Cidades Históricas, confirma a preservação da história, da devoção e da fé.

Momento da reabertura solene da Basílica totalmente restaurada/Reprodução

“Sou feito, como a maioria dos congonhenses, da crença, da religiosidade, da fé ao Senhor Bom Jesus de Matosinhos. Por isso, hoje meu coração está em festa. Deus me deu um dos maiores presentes da vida, o de ser prefeito e entregar a Congonhas, ao Brasil e ao mundo o restauro da Basílica do Senhor Bom Jesus de Matosinhos. Esta joia barroca, patrimônio do mundo, que ensina não só a riqueza das artes, mas a história da fé, persistência, amor e humildade de Feliciano Mendes, um peregrino do mundo, que nos legou a fé e a devoção ao Senhor Bom Jesus, e fez de Congonhas a capital mineira da fé. Sou um homem privilegiado por participar desse momento importante da história de minha terra. De ter acompanhado minuciosamente, o paciente e cuidadoso trabalho dos restauradores, que usaram a técnica de restauro, mas com certeza estiveram bem perto de Deus para, nele, se alimentarem de luz e descobrirem o céu”, disse, emocionado, o prefeito Zelinho, que destacou, ainda, a parceria entre o Governo Municipal, o IPHAN, o Ministério Público Federal e a Reitoria da Basílica.

Padre Leocádio abençoa a Basílica restaurada/Reprodução

O diretor do departamento de projetos especiais do IPHAN, Robson de Almeida, reforçou que o PAC Cidades Históricas atua em 44 cidades brasileiras, sendo que Congonhas é uma delas. “É desnecessário entrar em detalhes sobre a importância da Basílica. Ela fala por si. É Patrimônio da Humanidade, com o conjunto das Capelas dos Passos da Paixão. E tudo isso só está sendo possível pela grande parceria que o IPHAN tem com o Município de Congonhas. A gestão tem dado a prioridade total à gestão do patrimônio. E só por isso estamos conseguindo esses resultados que Congonhas está alcançando. Aqui em Congonhas podemos ver aquilo que o programa sempre teve como diretriz, que é requalificar os sítios históricos para as pessoas que vivem nessas cidades. Mais do que números, o mais importante é mostrar a concretização do que pensamos e sonhamos para esse programa, de que, sim, o patrimônio pode ser transformador de cidades e, sim, o patrimônio pode transformar vidas”, completou.

O secretário de Estado de Cultura, Ângelo Oswaldo, enalteceu os artistas que deixaram suas obras na Basílica do Senhor Bom Jesus, como João Nepomuceno, Francisco Vieira Servas, Manoel da Costa Athaíde e Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho. “É sempre grato vir a Congonhas e participar de algum acontecimento que valoriza ainda mais esse conjunto. Esperamos que todos contribuam sempre para a valorização de Congonhas e a preservação da obra do Aleijadinho, que tenhamos esse legado de arte e fé como um signo maior da mineiridade”, reforçou.

Restauração expressa as belezas das pinturas internas/Reprodução

“Hoje é um dia de muita alegria pra nós. Estamos entregando a nossa Basílica do Senhor Bom Jesus restaurada para a população, para os fiéis que aqui residem e fiéis que vem de outras localidades. Esta é uma das igrejas mais importantes na história de Minas Gerais e do Brasil e agora está toda restaurada, renovada para o culto e ao mesmo tempo para o turismo. Aqui nos acolhemos os fies, os turistas e os romeiros, sobretudo no nosso jubileu de 7 a 14 de setembro, nessa época mais de 120 mil pessoas passam pela igreja, ela é muito estimada. Então a gente só tem que agradecer a Deus por essa dádiva e ao mesmo tempo reconhecer aqueles que nós ajudaram. O IPHAN, o Ministério Público Federal, a Prefeitura de Congonhas, o suporte do Padre Benedito Rocha e a todos aqueles que de uma forma rezaram e contribuíram fica aqui a nossa gratidão, nossa Ação de Graças e nossa oração”, ressaltou o Cônego Geraldo Leocádio.

O comerciante de Congonhas José Claudio Gomes aprovou a restauração. “Eu acompanhei um pouco da restauração e realmente ela ficou muito boa, tudo muito bonito. É muito importante preservar nosso patrimônio, se não cuidarmos vai acabar e não podemos deixar isso acontecer de jeito nenhum. Sou devoto do Bom Jesus e estou muito satisfeito!”, afirmou.

“Foi muito bonita essa festa de reabertura da Basílica, a cerimônia foi simples, mas muito emocionante. É uma alegria muito grande ter a igreja reaberta de novo, ela está maravilhosa. Tudo renovado, mas preservando todos os elementos artísticos. É um presente para nós fies, devotos do Bom Jesus”, disse emocionada Maria Aparecida Santana Marques.

Artistas congonhenses celebram momento histórico

Apresentação do coral Cidade dos Profetas/Reprodução

Para celebrar este momento histórico e emocionante para os congonhenses, uma série de atividades culturais foram realizadas. A manhã começou com a atriz Regina Bahia, recitando o poema “Congonhas”, de Wanda Lúcia de Freitas. A soprano Carmem Célia, acompanhada do pianista Júnio Reis e do quarteto de cordas da Secretaria Municipal de Educação, cantou o Hino Nacional. Em seguida, alunos da Escola Municipal Augusto Silva, acompanhados do professor de música Márcio Cipriano, entoaram o Hino de Congonhas e as canções “Era uma Vez” e “Aleluia”.

O grupo de teatro Dez Pras Oito encenou trechos de uma peça dedicada a Antônio Francisco Lisboa, o mestre Aleijadinho, e a Feliciano Mendes. O grupo POP Poente Prateado levou a tradição da Semana Santa, entoando cânticos religiosos e tocando matracas. Já o grupo Força Vocalis apresentou o Hino do Bom Jesus, tão marcante no tradicional Jubileu de Congonhas. Em seguida, os sinos de todas as igrejas de Congonhas, que compõem o Circuito Municipal de Museus, tocaram. Ao conhecer o interior da Basílica, a população se encantou, ainda, com a apresentação do Coral Cidade dos Profetas.

Investimentos garantem preservação do patrimônio

Foram cerca de R$ 2,27 milhões investidos na restauração, realizada por meio do programa Agora, é Avançar, do Governo Federal, por meio do Iphan, com execução da Prefeitura Municipal de Congonhas. O Ministério Público Federal (MPF) também direcionou investimentos de quase R$ 493 mil para o projeto da obra, por meio de um Termo de Ajustamento de Conduta. Assim, foram dois anos e meio de intervenções, que contemplam os elementos artísticos da Basílica, em uma ação criteriosa e que segue os padrões internacionais de excelência. A paróquia ainda realizou outros serviços, como a pintura da igreja, a recuperação de relicários e imagens, como a do Bom Jesus crucificado, localizado no altar-mor.

Entre as ações realizadas, destaca-se a recuperação de uma pintura do século XVIII nas laterais do camarim do retábulo-mor e simbologia do martírio de Cristo; os quadros da sacristia, nártex, coro e da nave; balaustradas; cimalhas; forros; retábulos laterais e da sacristia; arco do cruzeiro; púlpitos; pias; lavabo de pedra sabão da sacristia; e a cruz de Feliciano Mendes. Durante a obra, foram encontradas pinturas expressivas, como o fundo da pintura do forro da nave que era cinza liso e escondia um céu com nuvens e tonalidades do azul ao rosado e ainda uma pintura sobre tela na parte superior da Cruz, com a representação do Crucificado.

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