Veja ranking das estradas mais violentas do país; ‘Rodovia da morte’ está entre as 10 primeiras

Os números são do relatório anual da Confederação Nacional do Transporte (CNT), divulgado nesta quarta-feira (13). Trecho catarinense da 101 é o mais perigoso; a BR-381, chamada de ‘Rodovia da morte’, é a sexta mais violenta.

Cerca de 60 mil acidentes foram registrados nas rodovias federais em todo o Brasil. Entre as 10 mais perigosas está a BR-101, em Santa Catarina, com 529 acidentes.

Minas Gerais ocupa o sexto lugar no ranking das dez mais perigosas e que mais mataram entre novembro de 2022 a outubro de 2023, somando 293 acidentes entre os KMs 480 e 490 (Betim, na Grande BH) da BR-381, a chamada “Rodovia da Morte”. A informação é do relatório anual da Confederação Nacional do Transporte (CNT), divulgado nesta quarta-feira (13)(veja ranking mais abaixo).

As mais violentas

As BRs 040 (Liga Brasília ao Rio de Janeiro, passando por Minas Gerais) e 116 ( Liga Ceará ao Rio Grande do Sul, passando também por Minas Gerais) ficaram entre as que mais mataram, somando 20 mortes (veja detalhes abaixo).

Veja ranking das estradas mais violentas do país

Trecho em SC da BR-101 é o mais perigoso; a BR-381, chamada de ‘Rodovia da Morte’, em MG, é a 6ª mais violenta

O trecho entre os KMs 560 e 570 da BR-040 (Nova Lima, na Grande BH), administrado pela concessionária Via 040, registrou 10 mortes, e o trecho entre os KMs 580 e 590 (Manhuaçu, na Zona da Mata), administrada pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), registrou outras 10.

Em todo o país, foram registrados 66.508 acidentes nas rodovias federais. Esses acidentes deixaram um total de 5.520 óbitos – ou seja, 8 mortes a cada 100 acidentes. Outras 76.677 pessoas ficaram feridas (leve ou gravemente) nos acidentes ocorridos.

Trechos com maior número de mortes

10 trechos com maior número de mortes em 10 km

Trecho catarinense da 101 é o mais perigoso

O que dizem os envolvidos

Por nota, a Arteris Fernão Dias, que administra o trecho citado da BR-381, informou que mantém o compromisso com a segurança dos usuários e apoia as ações de fiscalizações dos órgãos federais.

Já a Via 040, responsável pelo trecho da BR-040, disse que tem feito melhorias na rodovia, como implantação de elementos de proteção e segurança.

O DNIT, responsável pela BR-116, afirmou que atua na educação de trânsito por meio do Programa Nacional de Educação para o Trânsito.

Entenda mais sobre os nomes das rodovias:

FONTE G1

Mais de 10% das mortes e dos acidentes em rodovias no Brasil acontecem em MG

Levantamento da Confederação Nacional do Transporte (CNT) revela que foram 712 óbitos e 8.814 acidentes em rodovias que passam no Estado

Minas Gerais é o Estado com mais acidentes e mortes em rodovias no Brasil. De acordo com o levantamento da Confederação Nacional do Transporte (CNT), foram 712 óbitos entre novembro de 2022 e outubro de 2023, o que representa 12% dos 5.520 óbitos em todo o país. O estado é também o que teve o maior número de acidentes neste período, com 8.814. A quantidade corresponde a 13,2% dos 66.508 registrados em território nacional.

“É um estado que possui uma malha rodoviária muito grande, e isso ajuda a justificar esses números. Além disso, a tipografia de Minas faz com que essas rodovias fiquem mais perigosas, com muitas subidas e descidas, além das curvas que também oferecem riscos”, aponta o especialista em trânsito e professor do Cefet-MG, Agmar Bento.

Para ele, somada a grande quantidade de veículos e as características demográficas do Estado, a falta de investimentos também colabora para o maior número de acidentes e mortes. “Não temos uma malha ferroviária densa. Por isso,  quase todo o deslocamento, seja de mercadorias ou pessoas, está concentrado em rodovias. E elas são, em maioria, de pista simples, o que favorece a ocorrência de acidentes, principalmente durante a ultrapassagem”, acrescenta.

O estudo da Confederação Nacional do Transporte (CNT) apresentou que Minas Gerais possui uma média de 8 mortes a cada 100 acidentes. A principal causa dos óbitos, conforme a pesquisa, é a velocidade incompatível com a via. O levantamento mostrou  que 103 pessoas morreram por dirigir acima da velocidade permitida na rodovia, o que representa 14,5% dos óbitos em rodovias no Estado.

“Nossas rodovias são mais sinuosas, o que exige que os condutores reduzam a velocidade nesses trechos. Porém, o que acontece é o contrário, há o excesso de velocidade e, consequentemente, o maior número de acidentes”, relata o tenente Luiz Fernando Ferreira, do Batalhão de Polícia Militar Rodoviário.

Conforme o militar, a falta de radares nas rodovias também colabora com os números, uma vez que favorece o comportamento imprudente dos motoristas, potencializando os riscos de acidentes. “Infelizmente, o que temos de radar não é o suficiente. Houve uma melhora nos últimos meses, com mais equipamentos sendo instalados, mas ainda muito distante da quantidade necessária”, aponta.

A BR-116 e a BR-381 foram as rodovias com mais mortes, com 159 em cada uma. Juntas, elas representam 22,3% dos óbitos ocorridos no Estado. “São mortes que, na grande maioria dos casos, poderiam ser evitadas. O que a gente percebe é o motorista com vontade de chegar logo ao destino fazendo ultrapassagens em locais indevidos e provocando essas batidas. Quando essa colisão é frontal, o risco de uma fatalidade é ainda maior”, relata o tenente Luiz Fernando Ferreira.

Acidentes e condições inadequadas

A BR-381 foi a rodovia que mais registrou acidentes no período analisado pela pesquisa. Foram 2.628, o que corresponde a 29,8% dos 8.814 em todo o Estado. A colisão, ou batida entre dois veículos, é o acidente mais recorrente em Minas. Conforme o levantamento, foram 4.625, números que representam 52,5%. O segundo mais comum é a saída de pista, com 1.814 (20,6%).

Para o tenente Luiz Fernando Ferreira, esses acidentes tendem a ser mais frequentes durante o período chuvoso, quando as rodovias estão mais escorregadias. “A pista molhada com excesso de velocidade é uma combinação muito perigosa. Muitas vezes, o motorista perde o controle e o carro sai da pista. Por isso a gente alerta sobre a importância do cinto de segurança. É ele que vai ajudar a segurar o motorista ou os passageiros caso isso aconteça”, explica.

O levantamento da Confederação Nacional do Transporte (CNT) apontou que os acidentes nas rodovias do Estado deixaram 11.457 pessoas feridas. A maior parte deles foi provocada pela falta de reação dos motoristas. Segundo estudo, foram 1.315 provocados por esse motivo, o que corresponde a 14,9% das causas dos acidentes.

“Isso ocorre por causa de uma distração do condutor, seja pelo uso do celular ou até mesmo pelo longo período dirigindo, o que provoca cansaço. O tempo de reação do ser humano é, em média, de dois segundos. Quando tem algum desses fatores, esse intervalo pode ser maior, tornando insuficiente para evitar um acidente”, explica o professor Agmar Bento.

Além da falta de reação, um outro agravante para os motoristas é a condição inadequada das rodovias. O estudo constatou 403 pontos críticos no período analisado. De acordo com a pesquisa, 80,5% das rodovias possuem deficiência na geometria da via. Além disso, 78,7% da extensão dessas rodovias apresentam algum tipo de problema, sendo 70,6% relacionados à pavimentação e 75,3% com a sinalização.

“Isso expõe um abandono do poder público. Se você sabe quais os pontos críticos, você precisa solucionar esse problema. Para o motorista, resta, então, o cuidado. É ter mais atenção ao passar por esses trechos”, conclui o professor. 

A reportagem de O TEMPO questionou o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), responsável pelas rodovias federais, e a Secretaria de Estado de Infraestrutura e Mobilidade de Minas Gerais (Seinfra), responsável pelas rodovias estaduais, sobre as condições apresentadas pelo estudo. Os órgãos também foram demandados sobre os investimentos realizados neste período para melhorar as condições dos trechos citados no levantamento. A matéria será atualizada com os posicionamentos. 

FONTE O TEMPO

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