Feriado de Natal termina com 90 mortes em rodovias federais do Brasil

Número de acidentes graves registrados no período teve queda

As rodovias federais brasileiras registraram aumento nos números de acidentes, de feridos e de mortes durante o feriado de Natal de 2023, na comparação com o ano anterior. O número de acidentes graves registrados durante a Operação Natal, da Polícia Rodoviária Federal (PRF), teve queda.

Segundo o balanço divulgado nesta terça-feira (26), 90 pessoas morreram nas estradas federais entre os dias 22 e 25 de dezembro de 2023. Em 2022, a Operação Natal registrou 79 mortes.

O total de feridos aumentou de 1.020 para 1.030, na comparação entre os dois anos. Aumentou também o número de acidentes: foram 853 em 2022 e 891 em 2023, durante o período. Já o número de acidentes graves caiu de 258 para 233.

Segundo a PRF, as ações da Operação Natal 2023 foram direcionadas principalmente à “conscientização dos cidadãos quanto à importância da presença e da plena funcionalidade dos itens obrigatórios de segurança”.

Durante os quatro dias de operação, 3.550 motoristas e passageiros foram flagrados por não usar o cinto de segurança, o que é considerado infração de natureza grave. O número é 20% superior ao registrado no mesmo período de 2022.

A PRF flagrou 5.940 condutores fazendo ultrapassagens em locais proibidos e registrou 25.658 veículos transitando em velocidade superior ao limite da via. Ao todo, 1.106 motoristas foram autuados por dirigirem sob efeito de álcool ou por se recusarem a fazer o teste de bafômetro, que foi aplicado em mais de 26 mil motoristas. Outra infração recorrente foi a de transporte de crianças sem uso de cadeirinhas (668 notificações).

“A inspeção sobre a ausência ou não utilização dos elementos de segurança se dá não apenas pela obrigatoriedade destes itens, mas por configurarem condutas que podem agravar as consequências dos sinistros de trânsito. Já as situações de desrespeito à sinalização e de imprudência na direção são, em parte dos casos, causadoras destes acidentes”, explicou a PRF.

O reforço do policiamento nas estradas resultou na recuperação de 59 veículos com restrição de furto ou roubo, além da apreensão de 11 armas, 149 munições e de 7,6 toneladas de maconha e 236 quilos de cocaína. A PRF informou que 421 pessoas foram detidas. (Agência Brasil) 

FONTE O TEMPO

Rodovias mineiras terão novos radares até janeiro de 2024

De acordo com o Dnit, BRs 262 e 381 terão três novos equipamentos em funcionamento até janeiro

Rodovias que cortam Minas Gerais deverão receber novos radares em 2024. De acordo com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (Dnit), os novos equipamentos deverão estar em funcionamento até janeiro do próximo ano.

Os novos radares serão instalados na BR-262, no km 31, e na BR-381, km 381 e 452. Estarão em funcionamento dispositivos de fiscalização de dois tipos, os de Controle Eletrônico de Velocidade (CEV) e o Equipamento Redutor de Velocidade.

O Dnit também informou que estão em fase de estudo outros seis radares nas duas rodovias. Após essa fase, segundo o departamento, os equipamentos poderão ter o processo de instalação física iniciado. Em seguida, os radares são aferidos pelo Inmetro ou órgão credenciado pelo instituto e, apenas então, a fiscalização por meio do dispositivo é iniciada.

Esses equipamentos fazem parte do lote 23 do contrato de licitação para a prestação do serviço. O órgão também informou que os contratos dos lotes 22 e 24 se encerram em maio de 2024 e estão em fase de prorrogação, mas não contemplam novas instalações.

Segundo levantamento do Departamento, há em Minas Gerais 201 radares espalhados em 19 rodovias.

A BR-116 é a rodovia com mais radares instalados, sendo 50 dispositivos. Em seguida, a BR-381 apresenta 24 equipamentos instalados e a BR-262 tem dez radares em funcionamento. A lista completa desses dispositivos de fiscalização e também os locais onde eles estão instalados está disponível neste link.

FONTE ESTADO DE MINAS

Feriadão de Natal e ano novo: estimativa é de 1,3 milhão de veículos em circulação na BR 040

A Via 040 inicia, sexta-feira (22/12), a operação especial para os dias de festividades de final de ano (Natal e Réveillon). A concessionária estima um volume de 1.300.000 veículos entre os dias 22 de dezembro e 2 de janeiro – aumento de aproximadamente 23% do tráfego comparado aos dias normais. Para garantir a fluidez do trânsito e a segurança de motoristas, a concessionária irá reforçar o quadro de equipes e de viaturas, e não fará interdições para realização de obras nos horários de tráfego mais intenso. As equipes se revezarão, em escalas, 24 horas por dia, buscando minimizar os impactos do aumento do fluxo de veículos no período.

Para agilizar o atendimento a concessionária orienta facilitar o troco. Os valores para todos os tipos de veículos podem ser consultados no site da Via 040.

Época de chuvas exigem cuidados extras na condução
O Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) alerta: a previsão é que neste período o volume de chuvas atinja até 80mm nas regiões sudeste e centro-oeste.
Em caso de chuva, o motorista deve redobrar a atenção na condução, já que ela é um dos principais fatores de risco para a segurança viária, reduzindo inesperadamente a visibilidade. Ao se deparar com situações de chuvas e pista molhada, a principal ação a ser tomada é reduzir a velocidade e manter distância dos demais veículos.
Para evitar contratempos na viagem, a Via 040 recomenda a manutenção preventiva dos veículos, como condições dos pneus, lanternas, palhetas do limpador, limpeza e condições do para-brisa. Outra recomendação importante durante o período de chuvas é ligar o ar-condicionado no modo desembaçador, antes que os vidros comecem a prejudicar a visibilidade.

Conheça os horários com tendência de maior fluxo:

  • Sexta-feira (22 e 29/12) – Tráfego intenso a partir das 14h – Fluxo de saída
  • Sábado (23/12 e 30/12) – Tráfego intenso até as 14h – Fluxo de saída
  • Domingo (24/12 e 31/01) – Tráfego normal
    -Segunda-feira (25/12 e 01/01) – Tráfego intenso a partir das 16h – Fluxo de retorno
  • Terça-feira (26/12 e 02/01) – Tráfego intenso das 07h às 12h – Fluxo de retorno

Como passar pelo pedágio e pelas pistas automáticas?
Além do dinheiro e do vale-pedágio (transportadores), os tags são úteis para agilizar a passagem nas praças de pedágio. O serviço é oferecido por empresas credenciadas pela Agência Nacional de Transportes Terrestres. O seu uso permite passar pela praça sem necessidade de parar em uma das cabines. A lista de empresas credenciadas pode ser consultada no site da concessionária.
Não são aceitos pagamentos através de cartões de crédito ou débito, PIX, cheques e não emitimos boletos para pagamento posterior.
Como consultar as condições de tráfego?
Os motoristas também podem acompanhar as condições de tráfego, 24h, pelo Twitter da concessionária e através do 0800-040-0040

Precisa de auxílio no trecho e não sabe onde está?
Na BR-040 entre Brasília e Juiz de Fora as placas de sinalização possuem uma “carteira de identidade”. A Via 040 instalou etiquetas que identificam cada uma das mais de 22 mil placas de sinalização existentes no trecho, tecnologia que auxilia a agilizar a operação da concessionária e disponível para o usuário da pista.
Caso o usuário necessite de algum auxílio na rodovia e não saiba a sua localização exata, basta procurar uma placa mais próxima e verificar, no verso, um adesivo com um número de identificação. Esse número deve ser informado ao atendimento gratuito 0800-040-0040 Por ele, nossas equipes conseguem informações como quilômetro, sentido da pista, localização geográfica, dentre outros. Além disso, a cada quilômetro, nos canteiros laterais e/ou centrais, existem placas azuis informando o marco quilométrico, que auxiliam a localização em caso de necessidade de utilizar o atendimento gratuito.

Quais são os serviços que estão disponíveis na operação especial?

  • 18 painéis eletrônicos de mensagens informarão, em tempo real, as condições da pista e do tráfego e o tempo estimado de viagem entre as cidades dos trechos de maior movimento.
  • 21 postos de atendimento entre Brasília (DF) e Juiz de Fora (MG), com estacionamento, banheiros, fraldários, água e área de descanso.
  • 23 veículos de inspeção circularão pelo trecho sob concessão 24 horas por dia, com profissionais preparados para auxiliar os usuários em diversas situações.
  • 28 ambulâncias para resgate e socorro médico.
  • 30 guinchos para remoção de veículos leves e pesados.
  • Viaturas de resgate de animais e combate a incêndios.

Operação Rodovida reforça prevenção e fiscalização nas estradas

Lançada em Salvador, operação será realizada por dois meses

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) começou na segunda-feira (18), em todo o país, a Operação Rodovida 2023/2024. O principal objetivo é garantir a segurança das rodovias, com redução no número de acidentes, feridos e mortos no trânsito. A operação de fiscalização de veículos e passageiros, nas rodovias federais, será realizada por dois meses (de 18 de dezembro a 18 de fevereiro de 2024), com término previsto após o Carnaval.

A nova edição da Operação Rodovida ampliará os trabalhos de prevenção de acidentes e de fiscalização em locais e horários com maior concentração de registros de acidentes, neste período de festas de fim de ano e aumento do fluxo de veículos nas estradas e rodovias federais.

Durante a cerimônia de lançamento nacional da operação, em Salvador, o diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal, Fernando Oliveira, disse que decidiu abrir a operação fora de Brasília para regionalizar as ações da PRF. “A gente precisa trazer a polícia para perto do povo, trazer a PRF para perto de quem é o receptor das nossas ações. A gente trabalha para servir a comunidade. Para servir a sociedade, então, a gente queria trazer isso para mais perto.”

O diretor-geral ainda chamou a atenção dos condutores para boas práticas no trânsito, somadas ao trabalho dos agentes da instituição.

“Precisamos que os nossos condutores entendam que a segurança deles e de quem usa junto com eles, ao mesmo momento, as rodovias depende muito da condução que eles fazem. Todos precisam entender que, em casa, tem a sua família esperando que eles [motoristas, passageiros e pedestres] saiam em segurança e cheguem com segurança.”

Integração

A Operação Rodovida 2023/2024 amplifica as ações integradas de instituições federais, estaduais e municipais – participantes do Sistema Nacional de Trânsito (SNT) para promoção da segurança viária.

A diretora do Departamento de Segurança no Trânsito Ministério dos Transportes, Maria Alice Nascimento Souza, destacou a integração das instituições durante a operação. “Vamos resgatar essas ações integradas, coordenadas e organizadas em todo país. Iniciando, desde os governos federal, estadual e chegando lá nos municípios. É muito importante que todos estejamos engajados.”

“Essas ações têm como princípio que norteia todos nós que nenhuma morte no trânsito é aceitável. Ou seja, todos nós, com essa responsabilidade compartilhada, devemos deixar de colocar essa responsabilidade só no motorista. Porque, na verdade, a responsabilidade é muito mais ampla. Então, são a infraestrutura, a educação de trânsito, a fiscalização, as normatizações, agregando todas essas ações focadas, realmente, naquilo que tem como objetivo e meta de todos nós: a redução dessas mortes e sinistros.”

Nas ações de fiscalização da Operação Rodovida 2023/2024, as principais irregularidades que serão combatidas são a ultrapassagem indevida, embriaguez ao volante, falta de uso do cinto de segurança, transporte inadequado de crianças, falta de uso do capacete, excesso de velocidade e uso de celular durante a condução de veículos.

Trânsito compartilhado

Além das ações de fiscalização rotineiras neste período do ano, os agentes da Polícia Rodoviária Federal destacaram que as atividades educativas são importantes para reduzir a violência no trânsito e devem ser realizadas durante todo o ano, além do período de férias escolares, feriados de Natal, Ano Novo e carnaval.

O coordenador-geral de Segurança Viária da PRF, Jeferson Almeida Moraes, convidou os gestores municipais a participarem do Projeto Trânsito Compartilhado da instituição. Ele citou a edição realizada no município baiano de Belo Campo. O projeto Trânsito Compartilhado conta com equipes formadas por policiais aposentados da PRF, que compartilham vivências e experiências de quando atuavam nas rodovias, ministrando palestras sobre segurança viária.

“A PRF, por meio do Trânsito Compartilhado, demonstra seu compromisso contínuo com a educação para o trânsito, visando sensibilizar os agentes transformadores da sociedade para conscientização, vivência e comportamento seguro no trânsito. Os resultados operacionais não refletem apenas números, mas o impacto positivo da construção de um trânsito mais seguro e na diminuição de mortes decorrentes da violência nas estradas.”

Operação Rodovida

Existente desde 2021, o Programa Rodovida é um das ações brasileiras adotadas para alcançar a meta definida pela Organização das Nações Unidas (ONU) para a Segunda Década de Ação pela Segurança no Trânsito – 2021-2030. A meta é de redução de, pelo menos, 50% de lesões e mortes no trânsito no mundo inteiro.

O Programa Rodovida se fundamenta nos princípios de que nenhuma morte no trânsito é aceitável, reconhecendo a responsabilidade compartilhada por todos os envolvidos.

FONTE AGÊNCIA BRASIL

Minas tem três trechos de rodovias entre os mais mortais do Brasil

BR-381, em Contagem; BR-040, em Nova Lima; e BR-116, em Manhuaçu, estão entre os que mais registraram desastres e vítimas, segundo pesquisa da CNT. BR-101 em Santa Catarina é a pior

Alerta para viajantes: a rodovia BR-381 (Fernão Dias), em Contagem, na Grande BH, está entre as mais perigosas do Brasil segundo acidentes, enquanto a BR-040 (Nova Lima) e a BR-116 (Manhuaçu) estão entre as mais mortais do país. Conheça as demais na tabela ao fim do texto.

As informações são parte dos dados referentes a novembro de 2022 e outubro de 2023 da publicação Viagem Segura – Guia CNT de Segurança nas Rodovias 2024, a segunda edição do trabalho feito pela Confederação Nacional do Transporte (CNT), lançado nessa quarta-feira (13/12).

Ao longo de cinco meses, a reportagem do Estado de Minas mostrou uma completa radiografia dos perigos nas estradas brasileiras com a série “Raio-X das mortes no trânsito: onde mais acontecem, quais são as causas e como podem ser evitadas”, vencedora do Grande Prêmio CNT de jornalismo 2023.

Segundo o guia, a BR-101 foi a rodovia nacional que registrou mais acidentes, no período de 12 meses, com 11.337 ocorrências (17,0% do total), enquanto a BR-116 foi a rodovia que registrou mais mortes, com 752 casos no período (13,6% do total). 

Pelo trabalho que detalha as condições mais críticas da malha rodoviária em relação à segurança no trânsito, a BR-381 no trecho da Cidade Industrial, em Contagem, na Grande BH, é o sexto com mais acidentes em um segmento de 10 quilômetros. Foram 293 registros que resultaram em nove pessoas mortas entre o KM480 e o KM490. O primeiro da lista é a BR-101, em Santa Catarina, com 529 acidentes e 16 mortes.

Já a BR-040, em Nova Lima, também na Grande BH, é o nono trecho de 10 quilômetros que mais matou, com 40 acidentes produzindo 10 mortes, entre o KM 560 e o KM 570, na altura da Lagoa dos Ingleses.

O décimo mais mortal são os 10 mil metros entre o KM 580 e KM 590 da BR-116, no distrito de São Pedro do Avaí, em Manhuaçu, na Zona da Mata Mineira. Foram 29 acidentes e dez óbitos. Mais uma vez, a BR-101, em Santa Catarina, lidera o ranqueamento brutal, com 529 acidentes e 16 mortos no trecho mais mortífero do Brasil.

Em Minas Gerais, foram registrados 8.814 acidentes nas rodovias federais, com um total de 712 óbitos – ou seja, 8 mortes a cada 100 acidentes. Ao todo, 11.457 pessoas ficaram feridas (leve ou gravemente) nos acidentes ocorridos.

A BR-101 aparece quatro vezes, com dois trechos nos estados de Santa Catarina e dois em Pernambuco; a BR-116 também é listada quatro vezes, com dois trechos em São Paulo, um no Rio de Janeiro e um em Minas Gerais. Além das duas, as outras rodovias que estão no ranking são a BR-381 com um trecho em São Paulo e a BR-040 com trecho em Minas Gerais.

A BR-040, em Nova Lima, na Grande BH, é o nono trecho de 10 quilômetros que mais matou

Em Minas Gerais a colisão é o tipo mais recorrente de acidente, com um total de 4.625 (52,5%), ocasionando 435 (61,1%) mortes. Em seguida vêm a saída de pista, com 1.814 (20,6%) ocorrências e 98 vítimas, e os capotamentos ou tombamentos, que juntos somaram 1.253 (14,2%) acidentes e 62 (8,7%) óbitos.

Ausência de reação do condutor é a causa mais recorrente em Minas Gerais, com um total de 1.315 acidentes (14,9% do total). Velocidade Incompatível é a causa de mortes em acidentes mais recorrentes, com um total de 103 ocorrências (14,5% do total).

No estado, 78,7% da extensão das rodovias apresentam algum tipo de problema, sendo 70,6% da extensão no pavimento, 75,3% de sinalização e 80,5% têm deficiência na geometria da via. Ao todo a malha pesquisada soma 403 pontos críticos.

Os piores trechos mineiros são a BR-352, entre Abaeté e Pará de Minas, com 133 km pesquisados e mais de 100 km e até 250 km em estado considerado ruim. Em seguida, a BR-367 (Jacinto a Araçuaí), com 214 km investigados e mais de 100 km e até 250 km sendo ruins. A terceira pior foi a MG-381, de Mantena a Galiléia, que dos 109 km pesquisados, mais de 100 km e até 250 km foram considerados ruins

Mortes nas estradas do Brasil equivalem à queda de um Boeing por dia

A cada dia acontecem, em média, 182 acidentes e 15 mortes apenas nas rodovias federais do país. Para se ter uma ideia da gravidade desse elevado índice de morte, comparativamente, considerando que um avião Boeing 737 tem uma capacidade de até 215 passageiros, é possível inferir que morrem nas rodovias federais brasileiras o equivalente à queda de um Boeing, com a morte de todos os passageiros a cada 14 dias.

Além de identificar os trechos rodoviários mais perigosos, a CNT apresentou os principais tipos e causas de acidentes, trazendo informações sobre todo o Brasil, cada região e para as 27 Unidades da Federação. Essa análise é realizada a partir dos resultados da Pesquisa CNT de Rodovias 2023 e dos dados mais recentes de ocorrência de acidentes disponibilizados pela Polícia Rodoviária Federal de novembro de 2022 a outubro de 2023.

Pensado para alertar quem vai percorrer as rodovias nas próximas semanas, o Guia CNT de Segurança nas Rodovias traz ainda recomendações para que o motorista tenha uma condução mais eficiente e visa colaborar para a redução das ocorrências de acidentes no país, cujo índice elevado tem graves impactos sociais e econômicos.

Recomendações da CNT


Nesse contexto de riscos, a CNT recomenda que antes de partir, se planeje a viagem e faça a manutenção do veículo. “Na estrada, deve-se estar sempre atento a via e aos demais usuários, com especial cuidado em relação aos pedestres e ciclistas. As ultrapassagens devem sempre ser feitas em segurança, respeitando a sinalização. Exige-se atenção redobrada do motorista nos períodos noturno e de mau tempo, quando há piores condições de visibilidade. E, ainda, nos finais de semana e em feriados, quando os acidentes ocorrem em maior número”, informa.

A CNT destaca como muito importante, também, fazer paradas periódicas para descanso em locais seguros e dar preferência a refeições leves, para não correr o risco de dormir ao volante. “E nunca, sob qualquer hipótese, conduzir sob efeito de bebidas alcoólicas ou outras substâncias que alterem a percepção e o comportamento do motorista”.

Tabelas com os piores trechos

Tipos de acidentes mais comuns em Minas Gerais

Tipo de acidente/Acidentes/%/Mortes/%
Colisão/4.625/52,5/435/61,1
Saída de Pista/1.814/20,6/98/13,8
Capotamento/Tombamento/1253/14,2/62/8,7
Atropelamento/497/5,6/105/14,7
Queda de Ocupante/317/3,6/7/1
Incêndio/240/2,7/0/0
Eventos atípicos/45/0,5/5/0,7
Derramamento de Carga/23/0,3/0/0
Total/8814/100,00%/712/100,00%

– 10 Trechos mais perigosos de Minas Gerais segundo número de acidentes em 10km

BR/KM inicial/KM final/Acidentes/Mortes
BR-381/480/490/293/9
BR-381/490/500/207/7
BR-040/510/520/176/2
BR-040/520/530/168/6
BR-116/410/420/127/5
BR-050/170/180/110/5
BR-381/500/510/107/3
BR-116/700/710/92/2
BR-116/520/530/85/0
BR-040/500/510/82/2

– 10 Trechos mais perigosos de Minas Gerais segundo número de mortes em 10km

BR/KM inicial/KM final/Acidentes/Mortes
BR-040/560/570/40/10
BR-116/580/590/29/10
BR-381/430/440/49/9
BR-381/480/490/293/9
BR-381/520/530/68/9
BR-040/690/700/17/7
BR-116/610/620/12/7
BR-365/460/470/6/7
BR-381/160/170/18/7
BR-381/490/500/207/7

– 10 Trechos mais perigosos do Brasil segundo número de acidentes em 10km

UF/BR/Km Inicial/Km Final/Acidentes/Mortes
SC/BR-101/200/210/529/16
SP/BR-116/220/230/415/15
SC/BR-101/210/220/364/2
SP/BR-116/210/220/324/14
SC/BR-101/130/140/301/14
MG/BR-381/480/490/293/9
RJ/BR-116/170/180/264/11
ES/BR-101/260/270/261/9
SC/BR-101/190/200/249/3
SC/BR-101/110/120/235/9

– 10 Trechos mais perigosos do Brasil segundo número de mortes em 10km

UF/BR/Km inicial/Km final/Acidentes/Mortes
SC/BR-101/200/210/529/16
SP/BR-116/220/230/415/15
SC/BR-101/130/140/301/14
SP/BR-116/210/220/324/14
PE/BR-101/60/70/212/13
SP/BR-381/80/90/172/12
PE/BR-101/70/80/224/11
RJ/BR-116/170/180/264/11
MG/BR-040/560/570/40/10
MG/BR-116/580/590/29/10

Fonte: CNT

FONTE ESTADO DE MINAS

Veja ranking das estradas mais violentas do país; ‘Rodovia da morte’ está entre as 10 primeiras

Os números são do relatório anual da Confederação Nacional do Transporte (CNT), divulgado nesta quarta-feira (13). Trecho catarinense da 101 é o mais perigoso; a BR-381, chamada de ‘Rodovia da morte’, é a sexta mais violenta.

Cerca de 60 mil acidentes foram registrados nas rodovias federais em todo o Brasil. Entre as 10 mais perigosas está a BR-101, em Santa Catarina, com 529 acidentes.

Minas Gerais ocupa o sexto lugar no ranking das dez mais perigosas e que mais mataram entre novembro de 2022 a outubro de 2023, somando 293 acidentes entre os KMs 480 e 490 (Betim, na Grande BH) da BR-381, a chamada “Rodovia da Morte”. A informação é do relatório anual da Confederação Nacional do Transporte (CNT), divulgado nesta quarta-feira (13)(veja ranking mais abaixo).

As mais violentas

As BRs 040 (Liga Brasília ao Rio de Janeiro, passando por Minas Gerais) e 116 ( Liga Ceará ao Rio Grande do Sul, passando também por Minas Gerais) ficaram entre as que mais mataram, somando 20 mortes (veja detalhes abaixo).

Veja ranking das estradas mais violentas do país

Trecho em SC da BR-101 é o mais perigoso; a BR-381, chamada de ‘Rodovia da Morte’, em MG, é a 6ª mais violenta

O trecho entre os KMs 560 e 570 da BR-040 (Nova Lima, na Grande BH), administrado pela concessionária Via 040, registrou 10 mortes, e o trecho entre os KMs 580 e 590 (Manhuaçu, na Zona da Mata), administrada pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), registrou outras 10.

Em todo o país, foram registrados 66.508 acidentes nas rodovias federais. Esses acidentes deixaram um total de 5.520 óbitos – ou seja, 8 mortes a cada 100 acidentes. Outras 76.677 pessoas ficaram feridas (leve ou gravemente) nos acidentes ocorridos.

Trechos com maior número de mortes

10 trechos com maior número de mortes em 10 km

Trecho catarinense da 101 é o mais perigoso

O que dizem os envolvidos

Por nota, a Arteris Fernão Dias, que administra o trecho citado da BR-381, informou que mantém o compromisso com a segurança dos usuários e apoia as ações de fiscalizações dos órgãos federais.

Já a Via 040, responsável pelo trecho da BR-040, disse que tem feito melhorias na rodovia, como implantação de elementos de proteção e segurança.

O DNIT, responsável pela BR-116, afirmou que atua na educação de trânsito por meio do Programa Nacional de Educação para o Trânsito.

Entenda mais sobre os nomes das rodovias:

FONTE G1

Mais de 10% das mortes e dos acidentes em rodovias no Brasil acontecem em MG

Levantamento da Confederação Nacional do Transporte (CNT) revela que foram 712 óbitos e 8.814 acidentes em rodovias que passam no Estado

Minas Gerais é o Estado com mais acidentes e mortes em rodovias no Brasil. De acordo com o levantamento da Confederação Nacional do Transporte (CNT), foram 712 óbitos entre novembro de 2022 e outubro de 2023, o que representa 12% dos 5.520 óbitos em todo o país. O estado é também o que teve o maior número de acidentes neste período, com 8.814. A quantidade corresponde a 13,2% dos 66.508 registrados em território nacional.

“É um estado que possui uma malha rodoviária muito grande, e isso ajuda a justificar esses números. Além disso, a tipografia de Minas faz com que essas rodovias fiquem mais perigosas, com muitas subidas e descidas, além das curvas que também oferecem riscos”, aponta o especialista em trânsito e professor do Cefet-MG, Agmar Bento.

Para ele, somada a grande quantidade de veículos e as características demográficas do Estado, a falta de investimentos também colabora para o maior número de acidentes e mortes. “Não temos uma malha ferroviária densa. Por isso,  quase todo o deslocamento, seja de mercadorias ou pessoas, está concentrado em rodovias. E elas são, em maioria, de pista simples, o que favorece a ocorrência de acidentes, principalmente durante a ultrapassagem”, acrescenta.

O estudo da Confederação Nacional do Transporte (CNT) apresentou que Minas Gerais possui uma média de 8 mortes a cada 100 acidentes. A principal causa dos óbitos, conforme a pesquisa, é a velocidade incompatível com a via. O levantamento mostrou  que 103 pessoas morreram por dirigir acima da velocidade permitida na rodovia, o que representa 14,5% dos óbitos em rodovias no Estado.

“Nossas rodovias são mais sinuosas, o que exige que os condutores reduzam a velocidade nesses trechos. Porém, o que acontece é o contrário, há o excesso de velocidade e, consequentemente, o maior número de acidentes”, relata o tenente Luiz Fernando Ferreira, do Batalhão de Polícia Militar Rodoviário.

Conforme o militar, a falta de radares nas rodovias também colabora com os números, uma vez que favorece o comportamento imprudente dos motoristas, potencializando os riscos de acidentes. “Infelizmente, o que temos de radar não é o suficiente. Houve uma melhora nos últimos meses, com mais equipamentos sendo instalados, mas ainda muito distante da quantidade necessária”, aponta.

A BR-116 e a BR-381 foram as rodovias com mais mortes, com 159 em cada uma. Juntas, elas representam 22,3% dos óbitos ocorridos no Estado. “São mortes que, na grande maioria dos casos, poderiam ser evitadas. O que a gente percebe é o motorista com vontade de chegar logo ao destino fazendo ultrapassagens em locais indevidos e provocando essas batidas. Quando essa colisão é frontal, o risco de uma fatalidade é ainda maior”, relata o tenente Luiz Fernando Ferreira.

Acidentes e condições inadequadas

A BR-381 foi a rodovia que mais registrou acidentes no período analisado pela pesquisa. Foram 2.628, o que corresponde a 29,8% dos 8.814 em todo o Estado. A colisão, ou batida entre dois veículos, é o acidente mais recorrente em Minas. Conforme o levantamento, foram 4.625, números que representam 52,5%. O segundo mais comum é a saída de pista, com 1.814 (20,6%).

Para o tenente Luiz Fernando Ferreira, esses acidentes tendem a ser mais frequentes durante o período chuvoso, quando as rodovias estão mais escorregadias. “A pista molhada com excesso de velocidade é uma combinação muito perigosa. Muitas vezes, o motorista perde o controle e o carro sai da pista. Por isso a gente alerta sobre a importância do cinto de segurança. É ele que vai ajudar a segurar o motorista ou os passageiros caso isso aconteça”, explica.

O levantamento da Confederação Nacional do Transporte (CNT) apontou que os acidentes nas rodovias do Estado deixaram 11.457 pessoas feridas. A maior parte deles foi provocada pela falta de reação dos motoristas. Segundo estudo, foram 1.315 provocados por esse motivo, o que corresponde a 14,9% das causas dos acidentes.

“Isso ocorre por causa de uma distração do condutor, seja pelo uso do celular ou até mesmo pelo longo período dirigindo, o que provoca cansaço. O tempo de reação do ser humano é, em média, de dois segundos. Quando tem algum desses fatores, esse intervalo pode ser maior, tornando insuficiente para evitar um acidente”, explica o professor Agmar Bento.

Além da falta de reação, um outro agravante para os motoristas é a condição inadequada das rodovias. O estudo constatou 403 pontos críticos no período analisado. De acordo com a pesquisa, 80,5% das rodovias possuem deficiência na geometria da via. Além disso, 78,7% da extensão dessas rodovias apresentam algum tipo de problema, sendo 70,6% relacionados à pavimentação e 75,3% com a sinalização.

“Isso expõe um abandono do poder público. Se você sabe quais os pontos críticos, você precisa solucionar esse problema. Para o motorista, resta, então, o cuidado. É ter mais atenção ao passar por esses trechos”, conclui o professor. 

A reportagem de O TEMPO questionou o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), responsável pelas rodovias federais, e a Secretaria de Estado de Infraestrutura e Mobilidade de Minas Gerais (Seinfra), responsável pelas rodovias estaduais, sobre as condições apresentadas pelo estudo. Os órgãos também foram demandados sobre os investimentos realizados neste período para melhorar as condições dos trechos citados no levantamento. A matéria será atualizada com os posicionamentos. 

FONTE O TEMPO

Veja ranking das piores e melhores estradas que cortam Juiz de Fora, Muriaé, São João del Rei e região

Nove dos dez trechos analisados na Zona da Mata e Campo da Vertentes estão em condições consideradas ‘ruins’. Pesquisa foi realizada pela Confederação Nacional do Transporte.

Nove das dez estradas da Zona da Mata e Campo das Vertentes avaliadas na mais recente pesquisa da Confederação Nacional do Transporte (CNT) estão em condição regular ou ruim. O estudo, que chega à 26ª edição, é considerado o maior levantamento sobre infraestrutura rodoviária no Brasil.

De um total de 520 rodovias ranqueadas — da melhor para a pior, os trechos da Zona da Mata e Campo da Vertentes ocupam entre a 93ª e a 485ª colocação. Confira no quadro mais abaixo.

BR-116, no trecho de concessão da EcoRioMinas — Foto: TV Integração/Reprodução
BR-116, no trecho de concessão da EcoRioMinas — Foto: TV Integração/Reprodução

Dados da pesquisa

Em 2023, os dados foram coletados por 20 equipes de pesquisa, que, saindo de 12 capitais, avaliaram 111.502 quilômetros em 32 dias. Cada equipe foi alocada em uma rota, recebendo instruções específicas para o seu trajeto, avaliando os seguintes itens:

  • pavimento, como condição da superfície do pavimento e do rolamento;
  • sinalização, analisando itens como faixas centrais e laterais, placas e dispositivos auxiliares;
  • geometria da via, observando a presença e condição da faixa adicional, condição de pontes e presença e sinalização de curvas perigosas.

BR-116 é a melhor entre as rodovias federais

Na malha federal, os dados coletados pelos pesquisadores apontaram situação regular em praticamente todos os itens avaliados das BRs 040, 267, 265, 494 e 353. A única exceção foi a sinalização, considerada boa no trecho da BR-116, entre Valadares e Além Paraíba.

Trecho da BR-116 entre Orizânia e Além Paraíba — Foto: TV Integração/Reprodução
Trecho da BR-116 entre Orizânia e Além Paraíba — Foto: TV Integração/Reprodução

O indicador contribuiu para a rodovia aparecer como a primeira da região no ranking geral, na 93ª colocação.

Estradas estaduais ainda mais preocupantes

Estadualmente, as estradas da região consultadas na pesquisa revelam condições ainda piores, com classificação “ruim” de pavimento, sinalização e da geometria da via para:

A última colocação das rodovias da região é justamente a MG-482, que aparece na 485ª colação.

Situação das estradas federais e estaduais que passam pela Zona da Mata e Vertentes

ColocaçãoRodoviaMunicípio inicialMunicípio finalGestãoAvaliação
93BR-116ValadaresAlém ParaíbaConcedidaBom
162BR-040ParacatuSimão PereiraConcedidaRegular
246BR-267LeopoldinaCaxambuPúblicaRegular
326BR-265São Sebastião do ParaísoBarbacenaPúblicaRegular
333BR-494Nova SerranaSão João del ReiPúblicaRegular
384BR-353ErváliaPatrocínio do MuriaéPúblicaRegular
450MG-482Espera FelizFervedouroPúblicaRuim
470MG-365UbáMercêsPúblicaRuim
478MG-120CapelinhaLeopoldinaPúblicaRuim
485MG-482Conselheiro LafaieteViçosaPúblicaRuim

Fonte: CNT

FONTE G1

Proposta para Rodovia do Minério avança após reunião no MPMG

Projeto da via tem como objetivo reduzir tráfego de caminhões nas BR 040 e 356

O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) firmou um compromisso com a Associação dos Municípios Mineradores de Minas Gerais e do Brasil (Amig) para iniciar mediações entre prefeituras, mineradoras e órgãos do Estado e da Federação para viabilizar a construção da “Rodovia do Minério”. O projeto tem como objetivo reduzir o tráfego de até 1.500 carretas de minério nas BRs 040 e 356, o que, por sua vez, contribuiria para a redução de acidentes.

O acordo ocorreu na quarta-feira (29) durante uma reunião entre representantes do Centro de Autocomposição de Conflitos e Segurança Jurídica (Compor) do MPMG, a diretoria da Amig, prefeitos e outros integrantes de um grupo de trabalho criado pela entidade para debater sobre a retirada dos caminhões de minério das vias, preservando a vida de quem passa por elas. Um dos participantes, o prefeito de Itabirito, Orlando Caldeira, destaca que o encontro foi proveitoso.

“A reunião foi muito produtiva. E para chegarmos até esse encontro, os caminhos foram longos. Agora, ele tende a nos ajudar. O Compor do Ministério Público primeiro fez uma reunião com todos os promotores das cidades envolvidas na BR-040. Então, agora eles estão nivelados e têm o mesmo conhecimento dos problemas, da necessidade, da urgência e do objetivo. E nessa última ocasião, nivelou com todos os prefeitos, ouvindo as nossas ideias e propostas”, afirmou.

Conforme Caldeira, foi levado ao MPMG uma proposta que prevê um prazo de um ano a um ano e meio para retirar as carretas de minério das rodovias sem custo para o Estado. Os recursos, segundo ele, seriam totalmente das mineradoras, que topam fazer os trabalhos. Em torno de oito empresas participariam do processo. A estimativa inicial de investimento para o projeto é de cerca de R$ 300 milhões, e a expectativa do prefeito é que ele seja aprovado ainda em 2024.

Entenda como seria a “Rodovia do Minério”

Para diminuir a circulação dos caminhões de minério nas BRs 040 e 356, a chamada “Rodovia do Minério” pretende direcionar os caminhões de minério que transitam pelas estradas para vias internas já existentes. Atualmente, esses trajetos não estão completamente propícios para o tráfego de caminhões e necessitam de obras de infraestrutura como alargamento das vias, compactação e asfaltamento. O escoamento de parte dos minerais também seria destinado para ferrovias.  

No projeto proposto pelos prefeitos do grupo de trabalho da Amig, será necessário utilizar o Terminal de Fazendão, localizado na cidade de Mariana, para retirada do tráfego das carretas que transportam minério na BR-356. O plano ainda inclui a implementação de duas interseções na via – uma no acesso à Mina de Capanema, da Vale, e outra no acesso aos Laticínios ITA. 

Para a criação da “Rodovia do Minério” também é preciso prolongar a via ITA-030 até a MG-030 – que necessita de obra de pavimentação entre o trecho de Itabirito e Ouro Branco, com aproximadamente 24 quilômetros. 

Por fim, para retirar o tráfego das carretas de minério da BR-040, também há necessidade de usar o Terminal Ferroviário do Bação (TFB), que seria construído pela empresa Bação Logística. Uma vez que esteja em pleno funcionamento, a ferrovia seria capaz de escoar 8 milhões de toneladas e diminuir 600 viagens de carretas pela estrada. O trajeto dos caminhões, ao invés de seguir no sentido da BR-040, seria alterado para a Estrada Pico de Fábrica, de propriedade da Vale – que poderia cedê-la para outras mineradoras utilizarem –, até a ITA-330, sentido Ribeirão do Eixo até o TFB.

Vale ressaltar que o TFB, parte do projeto, tem sido alvo de divergências, sendo tema, inclusive, de audiência na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). De um lado, a ferrovia é vista como importante para o escoamento seguro da produção das mineradoras. Por outro lado, é avaliada como mais uma atividade predatória, que deixará rastro de pobreza e destruição.

FONTE DIÁRIO DO COMÉRCIO

Proposta para Rodovia do Minério avança após reunião no MPMG

Projeto da via tem como objetivo reduzir tráfego de caminhões nas BR 040 e 356

O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) firmou um compromisso com a Associação dos Municípios Mineradores de Minas Gerais e do Brasil (Amig) para iniciar mediações entre prefeituras, mineradoras e órgãos do Estado e da Federação para viabilizar a construção da “Rodovia do Minério”. O projeto tem como objetivo reduzir o tráfego de até 1.500 carretas de minério nas BRs 040 e 356, o que, por sua vez, contribuiria para a redução de acidentes.

O acordo ocorreu na quarta-feira (29) durante uma reunião entre representantes do Centro de Autocomposição de Conflitos e Segurança Jurídica (Compor) do MPMG, a diretoria da Amig, prefeitos e outros integrantes de um grupo de trabalho criado pela entidade para debater sobre a retirada dos caminhões de minério das vias, preservando a vida de quem passa por elas. Um dos participantes, o prefeito de Itabirito, Orlando Caldeira, destaca que o encontro foi proveitoso.

“A reunião foi muito produtiva. E para chegarmos até esse encontro, os caminhos foram longos. Agora, ele tende a nos ajudar. O Compor do Ministério Público primeiro fez uma reunião com todos os promotores das cidades envolvidas na BR-040. Então, agora eles estão nivelados e têm o mesmo conhecimento dos problemas, da necessidade, da urgência e do objetivo. E nessa última ocasião, nivelou com todos os prefeitos, ouvindo as nossas ideias e propostas”, afirmou.

Conforme Caldeira, foi levado ao MPMG uma proposta que prevê um prazo de um ano a um ano e meio para retirar as carretas de minério das rodovias sem custo para o Estado. Os recursos, segundo ele, seriam totalmente das mineradoras, que topam fazer os trabalhos. Em torno de oito empresas participariam do processo. A estimativa inicial de investimento para o projeto é de cerca de R$ 300 milhões, e a expectativa do prefeito é que ele seja aprovado ainda em 2024.

Entenda como seria a “Rodovia do Minério”

Para diminuir a circulação dos caminhões de minério nas BRs 040 e 356, a chamada “Rodovia do Minério” pretende direcionar os caminhões de minério que transitam pelas estradas para vias internas já existentes. Atualmente, esses trajetos não estão completamente propícios para o tráfego de caminhões e necessitam de obras de infraestrutura como alargamento das vias, compactação e asfaltamento. O escoamento de parte dos minerais também seria destinado para ferrovias.  

No projeto proposto pelos prefeitos do grupo de trabalho da Amig, será necessário utilizar o Terminal de Fazendão, localizado na cidade de Mariana, para retirada do tráfego das carretas que transportam minério na BR-356. O plano ainda inclui a implementação de duas interseções na via – uma no acesso à Mina de Capanema, da Vale, e outra no acesso aos Laticínios ITA. 

Para a criação da “Rodovia do Minério” também é preciso prolongar a via ITA-030 até a MG-030 – que necessita de obra de pavimentação entre o trecho de Itabirito e Ouro Branco, com aproximadamente 24 quilômetros. 

Por fim, para retirar o tráfego das carretas de minério da BR-040, também há necessidade de usar o Terminal Ferroviário do Bação (TFB), que seria construído pela empresa Bação Logística. Uma vez que esteja em pleno funcionamento, a ferrovia seria capaz de escoar 8 milhões de toneladas e diminuir 600 viagens de carretas pela estrada. O trajeto dos caminhões, ao invés de seguir no sentido da BR-040, seria alterado para a Estrada Pico de Fábrica, de propriedade da Vale – que poderia cedê-la para outras mineradoras utilizarem –, até a ITA-330, sentido Ribeirão do Eixo até o TFB.

Vale ressaltar que o TFB, parte do projeto, tem sido alvo de divergências, sendo tema, inclusive, de audiência na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). De um lado, a ferrovia é vista como importante para o escoamento seguro da produção das mineradoras. Por outro lado, é avaliada como mais uma atividade predatória, que deixará rastro de pobreza e destruição.

FONTE DIÁRIO DO COMÉRCIO

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