Ouro Preto comprova a má gestão de Romeu Zema

População da cidade histórica pagava uma taxa de água de aproximadamente R$ 27 por mês. Após a privatização, 10m³ de água, para a tarifa residencial, passaram a corresponder a R$ 79,88

A federalização, que consiste na transferência da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) e da Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) para o governo federal, seria a única maneira viável, atualmente, para que não seja a população do estado de Minas, mas, sim, o estado de Minas a arcar com a dívida de R$ 156 bilhões contraída com a União. Essa medida, discutida entre técnicos do Senado e da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, faz parte do Plano B, em que tanto o nome como as soluções anti-privatistas não estão alinhados ao Programa Todos por Minas, apresentado pelo governador Romeu Zema. As diligências da proposta visando à adesão ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF) incluem medidas austeras e impopulares contra os mineiros, como o congelamento do salário dos servidores públicos por nove anos e as privatizações da Cemig e Copasa.

Romeu Zema (Novo), o governador de Minas Gerais (Tony Oliveira/Agência Brasília)
Romeu Zema (Novo), o governador de Minas Gerais (Tony Oliveira/Agência Brasília)

Isso porque, dentre todas as possibilidades de privatização, a mais controversa gira em torno do direito à água do planeta, posto que apenas cerca de 0,5% dela é potável e corre risco de escassez. Com esse entendimento, porém, a tendência das cidades que privatizaram seu sistema de saneamento e água é buscar a remunicipalização, já que a presença do Estado é fundamental para regularizar, monitorar e fazer cumprir o direito à água para sua população.

Contudo, reverter uma privatização é extremamente difícil, por causa da ruptura do contrato de concessão que beneficia as empresas privadas. É o caso de Ouro Preto, que apesar dos inúmeros protestos da população contra a empresa Saneouro, responsável pela distribuição de água no município, a anulação contratual consistiria em uma multa de R$ 300 milhões aplicada à Prefeitura.

Uma análise da situação atual demonstra a crítica trajetória do eleitor que votou no ex-prefeito Júlio Pimenta. Indiciado por improbidade administrativa pela excessiva arrecadação tarifária que a Saneouro cobrava, Júlio Pimenta é comparado aos colonos locais, em sua atuação contra o povo, durante a Inconfidência Mineira. O atual prefeito da cidade Ângelo Oswaldo foi eleito em virtude da promessa de remunicipalizar a água no município. Contudo, também aderiu ao sistema da privatização, afirmando: “não posso fazer um gesto espetacular”.

TARIFA RESIDENCIAL

Anteriormente à concessão, a população de Ouro Preto pagava uma taxa de água de aproximadamente R$ 27 por mês. Após a privatização, 10 m³ de água, para a tarifa residencial, passaram a corresponder a R$ 79,88: um reajuste perto de 200%. Já o preço para apartamentos é 80% maior. Em média, o consumo de água de uma família ultrapassa o volume de 10m³, principalmente as que são compostas por mais de dois membros. Sem contar erros nas tarifas que excedem um aumento de 5.000%.

Em 23 de maio, a Saneouro notificou um desconto de 28% para quem gasta até 10m³, com tarifa de R$ 65 e, para consumo de 15m³, R$ 117, com água tratada e coleta de esgoto. Todavia, esses valores permanecem mais altos em comparação com outros municípios da região, além das tarifas se manterem excessivas também para outras faixas de consumo.

QUALIDADE DA ÁGUA/TARIFA SOCIAL

Após a privatização, um estudo constatou a violação do padrão de potabilidade da água (qualidade microbiológica), o que poderia causar doenças relacionadas à contaminação hídrica. Devido ao fato, a concessionária foi multada em mais de 2 milhões de reais, em 2023.

Além disso, quase um terço da população de Ouro Preto encontra-se em situação de vulnerabilidade financeira. As exigências para se obter a Tarifa Social são: inclusão no Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico), mediante comprovação de renda per capita de até 1/2 salário mínimo; consumo médio de energia até 100 kWh/mês; consumo mensal de até 10m³ de água e não ter débitos há mais de noventa dias. Inadimplentes por três meses teriam o benefício cancelado. Entretanto, a empresa privada beneficiava apenas 5% da população com a Tarifa Social.

Recentemente, a concessionária expandiu a vantagem para todos os beneficiários do CadÚnico. Porém, os requisitos para obter a Tarifa Social continuam difíceis de serem cumpridos, pois, dependendo do tamanho da família, o consumo de 100 kWh/mês e 10m³ de água é irrisório.

Isso, por sua vez, resulta em rupturas no benefício e nos serviços, uma vez que a população carente pode não conseguir pagar a dívida acumulada. Houve 2.723 cortes de água no município apenas entre janeiro e agosto de 2023.

SERVIÇOS

A proposta da Saneouro, de concluir 90% da coleta de esgoto para a população em quinze anos, não está de acordo com o Novo Marco Legal de Saneamento Básico, em vigor até 2033, por duas razões: a exclusão de parte da população carente da obtenção dos serviços de água potável e saneamento e a incapacidade de alcançar 90% de coleta em dez anos (2023-2033). Sem contar o descumprimento da meta 6 dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), das Nações Unidas, que determina a universalização dos serviços com prazo até 2030.

Em Minas Gerais, cinco outras cidades também têm seus serviços de água e esgoto controlados por concessionárias: Araújos, Bom Sucesso, Pará de Minas, Paraguaçu e Santo Antônio do Amparo. Após as privatizações, houve reajuste das tarifas, muito além do valor cobrado pela Copasa, em outras cidades da região. De acordo com o Instituto Trata Brasil (2021), desse total, quatro municípios não têm adesão ao sistema de esgoto para a população rural. Além disso, as empresas privadas em três cidades também não fornecem água potável à zona rural: Araújos, privatizada em 2002 pela Sanarj, Paraguaçu, desde 2000 com a concessionária Consagua, e Santo Antônio do Amparo, privatizada em 2019 pela Águas de Santo Antônio do Amparo.

Os exemplos dos municípios demonstram que o subsídio cruzado não funciona com as companhias privadas. Em suma, a parcela da população pobre, localizada em área rural e assentamentos irregulares, dificilmente terá acesso à água potável e saneamento distribuídos pelas concessionárias. Além disso, o aumento das tarifas afeta substancialmente o salário da população, contrariando a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) que afirma que o pagamento pelos serviços de água não deve comprometer mais do que 3% da renda mensal de um indivíduo (e 2% para esgoto). Isso contribui para o crescimento da pobreza e da desigualdade social, pois, para a população que se encontra em vulnerabilidade financeira, são insustentáveis os reajustes tarifários.

Privatizações fazem parte da cartilha neoliberal, cuja ideia seria economizar recursos financeiros e diminuir o tamanho do Estado. Contudo, como demonstrado nas cidades de Minas Gerais que privatizaram seus sistemas de água e saneamento, empresas privadas objetivam lucro, e, assim, as práticas corporativas levam à inacessibilidade e descontinuidade de serviços e aumento de preços. Ademais, o teor recôndito das concessões contribui para a corrupção em nível municipal, estadual e federal.

Caso a federalização aconteça, que seja revista a situação dos moradores de Ouro Preto para que, em sua luta contra a privatização, consigam a anulação do contrato da cidade com a Saneouro. Em relação aos demais residentes dos municípios mineiros que clamam pelo direito à água potável e saneamento básico, que seja também dada a opção de reverter a privatização dos serviços pois Zema quer anular o direito de referendo popular para as privatizações de água, saneamento e energia (como consta na Constituição do Estado de Minas Gerais, art. 14, § 17 ) – já que gestão nenhuma de recursos naturais se faz pela mão invisível do mercado. Na contramão da democracia, as reivindicações populares não atendem os interesses de Romeu Zema, que – assim como Júlio Pimenta e Ângelo Oswaldo – está comprometido com executivos e acionistas de empresas privadas, em vez de combater a escassez de água no estado ou assistir as camadas da população com maior incidência de pobreza.

Porém, o principal é que as necessárias alterações na Constituição do Estado de Minas Gerais, decorrentes da federalização, prosperem, e que, jamais, qualquer governador não comprometido com as leis ou com seu povo, possa revogá-las. Assim, reivindica-se a garantia desse acordo, pois, com interpretações tendenciosas da lei e uma possível mudança ideológica do próximo governo federal, o restante do pagamento da dívida por meio da privatização pode ser pleiteado novamente.

FONTE DIPLOMATIQUE

Ouro Preto comprova a má gestão de Romeu Zema

População da cidade histórica pagava uma taxa de água de aproximadamente R$ 27 por mês. Após a privatização, 10m³ de água, para a tarifa residencial, passaram a corresponder a R$ 79,88

A federalização, que consiste na transferência da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) e da Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) para o governo federal, seria a única maneira viável, atualmente, para que não seja a população do estado de Minas, mas, sim, o estado de Minas a arcar com a dívida de R$ 156 bilhões contraída com a União. Essa medida, discutida entre técnicos do Senado e da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, faz parte do Plano B, em que tanto o nome como as soluções anti-privatistas não estão alinhados ao Programa Todos por Minas, apresentado pelo governador Romeu Zema. As diligências da proposta visando à adesão ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF) incluem medidas austeras e impopulares contra os mineiros, como o congelamento do salário dos servidores públicos por nove anos e as privatizações da Cemig e Copasa.

Romeu Zema (Novo), o governador de Minas Gerais (Tony Oliveira/Agência Brasília)
Romeu Zema (Novo), o governador de Minas Gerais (Tony Oliveira/Agência Brasília)

Isso porque, dentre todas as possibilidades de privatização, a mais controversa gira em torno do direito à água do planeta, posto que apenas cerca de 0,5% dela é potável e corre risco de escassez. Com esse entendimento, porém, a tendência das cidades que privatizaram seu sistema de saneamento e água é buscar a remunicipalização, já que a presença do Estado é fundamental para regularizar, monitorar e fazer cumprir o direito à água para sua população.

Contudo, reverter uma privatização é extremamente difícil, por causa da ruptura do contrato de concessão que beneficia as empresas privadas. É o caso de Ouro Preto, que apesar dos inúmeros protestos da população contra a empresa Saneouro, responsável pela distribuição de água no município, a anulação contratual consistiria em uma multa de R$ 300 milhões aplicada à Prefeitura.

Uma análise da situação atual demonstra a crítica trajetória do eleitor que votou no ex-prefeito Júlio Pimenta. Indiciado por improbidade administrativa pela excessiva arrecadação tarifária que a Saneouro cobrava, Júlio Pimenta é comparado aos colonos locais, em sua atuação contra o povo, durante a Inconfidência Mineira. O atual prefeito da cidade Ângelo Oswaldo foi eleito em virtude da promessa de remunicipalizar a água no município. Contudo, também aderiu ao sistema da privatização, afirmando: “não posso fazer um gesto espetacular”.

TARIFA RESIDENCIAL

Anteriormente à concessão, a população de Ouro Preto pagava uma taxa de água de aproximadamente R$ 27 por mês. Após a privatização, 10 m³ de água, para a tarifa residencial, passaram a corresponder a R$ 79,88: um reajuste perto de 200%. Já o preço para apartamentos é 80% maior. Em média, o consumo de água de uma família ultrapassa o volume de 10m³, principalmente as que são compostas por mais de dois membros. Sem contar erros nas tarifas que excedem um aumento de 5.000%.

Em 23 de maio, a Saneouro notificou um desconto de 28% para quem gasta até 10m³, com tarifa de R$ 65 e, para consumo de 15m³, R$ 117, com água tratada e coleta de esgoto. Todavia, esses valores permanecem mais altos em comparação com outros municípios da região, além das tarifas se manterem excessivas também para outras faixas de consumo.

QUALIDADE DA ÁGUA/TARIFA SOCIAL

Após a privatização, um estudo constatou a violação do padrão de potabilidade da água (qualidade microbiológica), o que poderia causar doenças relacionadas à contaminação hídrica. Devido ao fato, a concessionária foi multada em mais de 2 milhões de reais, em 2023.

Além disso, quase um terço da população de Ouro Preto encontra-se em situação de vulnerabilidade financeira. As exigências para se obter a Tarifa Social são: inclusão no Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico), mediante comprovação de renda per capita de até 1/2 salário mínimo; consumo médio de energia até 100 kWh/mês; consumo mensal de até 10m³ de água e não ter débitos há mais de noventa dias. Inadimplentes por três meses teriam o benefício cancelado. Entretanto, a empresa privada beneficiava apenas 5% da população com a Tarifa Social.

Recentemente, a concessionária expandiu a vantagem para todos os beneficiários do CadÚnico. Porém, os requisitos para obter a Tarifa Social continuam difíceis de serem cumpridos, pois, dependendo do tamanho da família, o consumo de 100 kWh/mês e 10m³ de água é irrisório.

Isso, por sua vez, resulta em rupturas no benefício e nos serviços, uma vez que a população carente pode não conseguir pagar a dívida acumulada. Houve 2.723 cortes de água no município apenas entre janeiro e agosto de 2023.

SERVIÇOS

A proposta da Saneouro, de concluir 90% da coleta de esgoto para a população em quinze anos, não está de acordo com o Novo Marco Legal de Saneamento Básico, em vigor até 2033, por duas razões: a exclusão de parte da população carente da obtenção dos serviços de água potável e saneamento e a incapacidade de alcançar 90% de coleta em dez anos (2023-2033). Sem contar o descumprimento da meta 6 dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), das Nações Unidas, que determina a universalização dos serviços com prazo até 2030.

Em Minas Gerais, cinco outras cidades também têm seus serviços de água e esgoto controlados por concessionárias: Araújos, Bom Sucesso, Pará de Minas, Paraguaçu e Santo Antônio do Amparo. Após as privatizações, houve reajuste das tarifas, muito além do valor cobrado pela Copasa, em outras cidades da região. De acordo com o Instituto Trata Brasil (2021), desse total, quatro municípios não têm adesão ao sistema de esgoto para a população rural. Além disso, as empresas privadas em três cidades também não fornecem água potável à zona rural: Araújos, privatizada em 2002 pela Sanarj, Paraguaçu, desde 2000 com a concessionária Consagua, e Santo Antônio do Amparo, privatizada em 2019 pela Águas de Santo Antônio do Amparo.

Os exemplos dos municípios demonstram que o subsídio cruzado não funciona com as companhias privadas. Em suma, a parcela da população pobre, localizada em área rural e assentamentos irregulares, dificilmente terá acesso à água potável e saneamento distribuídos pelas concessionárias. Além disso, o aumento das tarifas afeta substancialmente o salário da população, contrariando a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) que afirma que o pagamento pelos serviços de água não deve comprometer mais do que 3% da renda mensal de um indivíduo (e 2% para esgoto). Isso contribui para o crescimento da pobreza e da desigualdade social, pois, para a população que se encontra em vulnerabilidade financeira, são insustentáveis os reajustes tarifários.

Privatizações fazem parte da cartilha neoliberal, cuja ideia seria economizar recursos financeiros e diminuir o tamanho do Estado. Contudo, como demonstrado nas cidades de Minas Gerais que privatizaram seus sistemas de água e saneamento, empresas privadas objetivam lucro, e, assim, as práticas corporativas levam à inacessibilidade e descontinuidade de serviços e aumento de preços. Ademais, o teor recôndito das concessões contribui para a corrupção em nível municipal, estadual e federal.

Caso a federalização aconteça, que seja revista a situação dos moradores de Ouro Preto para que, em sua luta contra a privatização, consigam a anulação do contrato da cidade com a Saneouro. Em relação aos demais residentes dos municípios mineiros que clamam pelo direito à água potável e saneamento básico, que seja também dada a opção de reverter a privatização dos serviços pois Zema quer anular o direito de referendo popular para as privatizações de água, saneamento e energia (como consta na Constituição do Estado de Minas Gerais, art. 14, § 17 ) – já que gestão nenhuma de recursos naturais se faz pela mão invisível do mercado. Na contramão da democracia, as reivindicações populares não atendem os interesses de Romeu Zema, que – assim como Júlio Pimenta e Ângelo Oswaldo – está comprometido com executivos e acionistas de empresas privadas, em vez de combater a escassez de água no estado ou assistir as camadas da população com maior incidência de pobreza.

Porém, o principal é que as necessárias alterações na Constituição do Estado de Minas Gerais, decorrentes da federalização, prosperem, e que, jamais, qualquer governador não comprometido com as leis ou com seu povo, possa revogá-las. Assim, reivindica-se a garantia desse acordo, pois, com interpretações tendenciosas da lei e uma possível mudança ideológica do próximo governo federal, o restante do pagamento da dívida por meio da privatização pode ser pleiteado novamente.

FONTE DIPLOMATIQUE

Foi dada a largada para a sucessão de Romeu Zema

A participação do atual Vice Governador, Mateus Simões, que prefere ser chamado de Professor Mateus, na reunião conjunta entre AMALPA (Associação do Municípios do Alto Paropeba), AMMA (Associação dos Municípios da Mantiqueira) e AMVER (Associação dos Municípios das Vertentes) já é um indício que o mesmo busca se tornar conhecido em todo o Estado visando a sucessão estadual em 2026, onde pode vir a assumir o Governo diante de uma eventual renúncia de Romeu Zema para concorrer à Presidência da República ou ao Senado, hipótese menos provável.

Além dele, outros há outros pretendentes ao cargo, como o atual Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira que deve receber o apoio do PT, que pode vir a lançar o nome do Deputado Federal Reginaldo Lopes ao Senado, após o mesmo desistir de concorrer ao cargo em 2018 e em 2022, em nome de alianças partidárias. Caso PSD e PT desejem manter a aliança para 2026, a mesma pode ocorrer em Belo Horizonte em 2024, onde o partido abriria mão da candidatura da Deputada Estadual Beatriz Cerqueria para apoiar a reeleição de Fuad Noman, onde indicaria o nome para completar a chapa.

Segundo colocado nas eleições de 2022, Alexandre Kalil pretende continuar na política e como não pode concorrer ao Executivo Municipal em 2024, por ter sido eleito em 2016 e reeleito em 2020 é outro nome cotado para a disputa ao Governo Estadual, embora seu nome também seja cotado para disputar o Senado. Para a disputa pela principal Prefeitura do Estado, o mesmo deve apoiar o Senador Carlos Vianna. Vale lembrar que na condição de Prefeito de Belo Horizonte em 2018, Alexandre kalil apoiou a candidatura de Carlos Vianna ao Senado, quando ambos estavam filiados ao PHS, que foi incorporado ao Podemos, atual partido de Carlos Viana.

Prefeito de Betim desde 2017, Vitorio Mediolli, nunca escondeu o desejo de ser Governador, tendo seu nome cogitado para concorrer em 2022. Após concluir seu segundo mandato à frente da Prefeitura de Betim em 2024, ele estará livre para viajar o Estado em sua pré-campanha ao Governo de Minas. Seu último partido foi o Republicanos, partido pelo qual pretendia concorrer ao Governo Estadual com apoio do União Brasil e do Podemos.

Eleito Deputado Federal mais votado do Brasil nas eleições de 2022 e da história de Minas Gerais, Nikolas Ferreira, pretende concorrer à sucessão de Romeu Zema, quando estará com trinta anos, idade mínima para concorrer ao cargo de Governador. Além buscar apoio junto a atores e lideranças políticas do Estrado através de seu mandato de Deputado Federal, ele participará diretamente das eleições de Belo Horizonte apoiando o Deputado Estadual Bruno Engler, que ficou em segundo lugar na eleição de 2020 e em 2022 se reelegeu com a maior votação da história de Minas Gerais para o cargo de Deputado Estadual.

Outro nome que não pode ser descartado, é do ex Deputado Federal Marcelo Aro, que em 2022 pretendia concorrer a Vice Governador na chapa de Romeu Zema, sendo preterido pelo Novo que optou por uma chapa pura. Com muita habilidade na articulação política, Marcelo Aro, está cotado para assumir a Secretaria Estadual da Casa Civil, que terá o objetivo de representar o Governo Estadual na interlocução com a Assembleia Legislativa, Congresso Nacional, Governo Federal, Sociedade Civil, Poder Judiciário, órgãos de controle externo como Tribunais de Contas e Ministério Público, além de autoridades e institucionais estrangeiras, visando a captação de recursos para o Estado. O fato de já ter exercido meio mandato como Vereador, dois mandatos como Deputado Federal é uma vantagem sobre seu concorrente direto, Professor Mateus, que não possui a mesma habilidade política de Aro, que em 2024, tentará eleger Gabriel Azevedo Prefeito de Belo Horizonte, o que fortaleceria seu nome para a disputa de 2026.

Embora para o eleitor pareça cedo pensar nas eleições de 2026, por estarmos com menos de 100 dias do Governo, no calendário eleitoral, antes mesmo de terminar uma eleição já se começa a planejar pelo menos as duas próximas.

Aulas presenciais em escolas estaduais de Minas devem voltar em breve, diz Romeu Zema.

Governo vai anunciar plano de retomada ainda esta semana.

Bruno Davi Bueno

A volta das aulas presenciais em escolas estaduais de Minas Gerais está cada vez mais próxima. Paralisadas desde março pela pandemia do novo coronavírus, as instituições de ensino até então estavam realizando as atividades disciplinares de maneira remota, mediante uso da internet, rádio, TV e outros materiais.

Todavia, o governador Romeu Zema (Novo) deu fortes indícios que essa situação deve mudar em breve. Em entrevista a jornalistas essa manhã, Zema disse que já existem regiões que possuem condições sanitárias de receber os alunos, professores e funcionários com segurança. “Já temos condições de retornar, porque o número de casos e óbitos têm caído de forma consistente. Não podemos mais continuar prejudicando alunos e pais que têm tido trabalho grande. Estaremos fazendo um esforço para que isso ocorra”, explicou.

Zema salientou que ainda esta semana um protocolo com medidas rigorosas criadas pelas secretárias de saúde e educação será anunciado e que o cumprimento das mesmas se torna obrigatoriedade para o retorno das aulas presenciais. “Nossa secretária, nesta semana, ainda vai dar uma entrevista coletiva detalhando todo esse plano que está sendo construído neste momento”, contou.

O governador reforçou que a decisão sobre o retorno das aulas presenciais caberá aos prefeitos, que, segundo ele, tomarão como base a condição sanitária específica de cada munícipio e de sua região. “O próprio STF decidiu que é competência do município deixar ou não um estabelecimento funcionar, com as escolas não será diferente”, frisou Zema.(G37).

Governador Romeu Zema anuncia complemento ao auxílio emergencial para quase 1 milhão de famílias mineiras.

Benefício terá valor médio de R$ 117 para famílias em situação de extrema pobreza.

O governador Romeu Zema anunciou, nesta sexta-feira (11/9), ajuda financeira emergencial às famílias que vivem em situação de extrema pobreza em Minas Gerais. Batizado de Renda Minas, o programa vai atender famílias com renda per capita de até R$ 89 mensais, com o repasse médio de R$ 117, por família. Serão três parcelas do benefício.

O programa de transferência de renda direto e temporário do governo estadual servirá como um complemento à ajuda emergencial da União, que foi estendida até dezembro, no valor de R$ 300.

O governador Romeu Zema destacou que o programa reafirma o compromisso da gestão com as pautas sociais.

“É o programa mais audacioso em termos sociais do Brasil, apesar da nossa dificuldade financeira, e o mais robusto da história de Minas. Fico satisfeito de fazermos essa ação em um momento em que as famílias deixarão de receber o valor total do auxílio emergencial do governo federal”, disse.

Zema também lembrou que o foco do governo é a retomada do desenvolvimento econômico.

“O auxílio é paliativo, tem hora para começar e acabar. Por isso, também estamos focados em gerar empregos, que é o que realmente trará soluções a longo prazo. Trabalhamos no sentido de desburocratizar e atrair mais investimentos para nosso estado”, afirmou.

Impacto

O Renda Minas chegará a 977 mil famílias, dos 853 municípios mineiros, incluindo famílias de povos e comunidades tradicionais cadastrados no CadÚnico (Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal). No total serão repassados cerca de R$ 346 milhões, o que dá uma média de R$ 117,00 por família, a cada mês.

A secretária de Estado de Desenvolvimento Social (Sedese), Elizabeth Jucá, ressaltou que o auxílio é destinado a famílias extremamente pobres e terá impacto significativo, especialmente em meio à pandemia.

“É um programa complementar de renda para pessoas extremamente pobres, que ganham menos de R$ 89 por mês. Queremos dar um alívio para essas pessoas. E lembrando que também vamos atingir indígenas, quilombolas e moradores de rua cadastrados no CadÚnico”, disse.

A secretária explicou, ainda, que os recursos são destinados a pautas sociais. “É um recurso carimbado, que não pode ser aplicado em obras ou pagamento de folha, por exemplo. Por isso, não trará prejuízos a outras áreas”, afirmou.

Emprego e Renda

Governo de Minas também está trabalhando em ações de estímulo de emprego e renda. Para isso, a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social tem firmado parcerias com entidades públicas e privadas. Entre as iniciativas previstas estão a realização de um Feirão Virtual de Empregos, Feira Virtual da Economia Popular Solidária, cursos de qualificação profissional e intermediação de mão de obra.

Com a perspectiva de reunir mais de 500 mil profissionais autônomos, está sendo implantado o Contrata MG, plataforma digital de intermediação de mão de obra, criada em parceria com a startup Crafty. Por meio de um aplicativo, os profissionais autônomos se cadastrarão, oferecendo seus serviços a potenciais clientes, com uma negociação direta entre eles.

Repasse aos municípios

O governador anunciou ainda a ampliação do repasse aos fundos de assistência social dos municípios. Serão direcionados R$ 22 milhões para reduzir os impactos sofridos pela população mineira em decorrência da pandemia, especialmente de famílias que estão em situação de vulnerabilidade social.

Todos os 853 municípios serão contemplados com valores equivalentes a 5 parcelas a mais do Piso Mineiro, que é calculado de acordo com o número de famílias incluídas no CadÚnico, multiplicado por R$ 2,20.(G37)

Romeu Zema lança Avança Minas para estimular investimentos e empregos

Plano de retomada econômica inclui R$ 1 bilhão em obras e ações de
desburocratização

O governador Romeu Zema anunciou, nesta quinta-feira (10/9), o Avança
Minas, plano de retomada econômica que reúne iniciativas em diferentes
frentes de atuação do governo. O objetivo é criar ambiente favorável
à geração de investimentos e empregos. O Avança Minas reúne uma
série de medidas de desburocratização para melhorar o ambiente de
negócios no estado e engloba ainda um pacote de obras públicas que
somam R$ 1 bilhão, nas áreas da saúde, educação, segurança
pública, infraestrutura rodoviária e urbana.

A estimativa é de que as obras gerem 35 mil empregos diretos e
indiretos, contribuindo com mais de R$ 3 bilhões para o Produto Interno
Bruno (PIB) dos municípios e cerca de R$ 181 milhões em arrecadação
de impostos. As obras contam com recursos estaduais, federais e também
de saldos de convênios já firmados, além de acordos com a iniciativa
privada e concessões de rodovias.

Investimentos

O governador Romeu Zema destacou que o objetivo das ações é tornar o
ambiente econômico ainda mais favorável para atrair investimentos.

“Queremos fazer com que Minas seja um estado atraente para quem quer
investir, como foi no ano passado e como vem sendo neste ano, apesar da
pandemia. O nosso grande objetivo é trazer desenvolvimento econômico
e, consequentemente, gerar empregos”, disse.

Sobre os processos de desburocratização, Zema frisou que eles não
afetarão a eficiência da fiscalização, que continuará garantindo a
segurança dos mineiros.

“Não estamos diminuindo a segurança. O Estado continua tendo todas
as prerrogativas de fiscalização e vai fiscalizar todas as atividades
como sempre fez. O que o Estado não vai mais fazer é deixar aquele
empreendedor que quer investir aguardando meses ou anos para ser
analisado”, ressaltou.

Infraestrutura

Integram o Avança Minas 35 empreendimentos em várias regiões do
estado, entre obras já iniciadas e a iniciar nos próximos seis meses.
Estão incluídos a pavimentação da rodovia MG-010, entre Conceição
do Mato Dentro e Serro; implantação das bacias de detenção para o
controle de cheias no Córrego Riacho das Pedras, em Contagem; o acesso
ao Inhotim, em Brumadinho; e intervenções no trecho de concessão da
MG-050 e MG-135. Também fazem parte do pacote oito obras anunciadas
recentemente pelo Governo do Estado , como o contorno Sul de
Uberlândia e o anel viário de Sete Lagoas.

O secretário de Infraestrutura e Mobilidade , Fernando Marcato,
disse que os recursos para a execução das obras já existiam e foram
levantados a partir do esforço da atual gestão para organizar os
valores e renegociar os contratos.

“As obras são fruto de recursos que o governo tinha e não estavam
sendo utilizados, alguns vindos, inclusive, do governo federal. O
esforço da nossa gestão foi para sistematizar isso, renegociar os
contratos em andamento e garantir que as obras pudessem voltar a andar.
É uma prova de que, com boa gestão e organização, é possível gerar
investimentos mesmo na situação fiscal em que se encontra o Estado”,
afirmou.

Estão previstas ainda a construção e ampliação de escolas,
hospitais, cadeias públicas e centros socioeducativos. A ampliação e
reforma do Hospital Governador Israel Pinheiro (Ipsemg ) e reforma do
Hospital da Polícia Militar , em Belo Horizonte, estão entre os
empreendimentos contemplados.

Na Educação , um dos destaques é a conclusão da restauração e
reforma do prédio histórico da Escola Estadual Delfim Moreira, em Juiz
de Fora, com investimento de R$ 10 milhões e conclusão em agosto de
2021. Em Sabará, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, serão
concluídas as obras de reforma e ampliação da Escola Estadual Paula
Rocha, com investimento de R$ 5 milhões e previsão de conclusão em
fevereiro de 2021.

Desburocratização

O Governo de Minas está adotando uma série de medidas de
desburocratização e simplificação de processos com o objetivo de
tornar ainda melhor o ambiente de negócios no estado. Uma delas é a
publicação do Decreto que regulamenta a Lei Federal de Liberdade
Econômica, que traz para o contexto da administração pública
estadual todas as diretrizes e prerrogativas da legislação federal.

A medida possibilitará a dispensa de alvarás de funcionamento de 642
atividades econômicas consideradas de baixo de risco. Isso trará mais
liberdade para o empreendedor e permitirá mais agilidade e menor custo
na abertura de negócios. Entre as atividades contempladas estão
negócios como comércio atacadistas e varejistas, salões de beleza,
bancas de jornal e oficinas mecânicas.

O secretário adjunto de Desenvolvimento Econômico , Fernando
Passalio, afirmou que a medida deve beneficiar o ambiente econômico em
todas as regiões do estado.

“Se pensarmos em uma cidade no interior, 90% das atividades se encaixam
nessas mais de 600 categorias. Agora, esses estabelecimentos terão
agilidade para funcionar, o que vai facilitar muito a vida do
empreendedor e a manutenção das empresas mineiras. Não temos
conhecimento de nenhum outro estado brasileiro com essa quantidade de
alvarás dispensados. São mudanças estruturais que vão realmente
fazer diferença no mercado”, disse.

Além disso, foram revogadas 139 normas com o objetivo de promover a
extinção de regras que deixaram de fazer sentido com o tempo,
reduzindo contradições de entendimentos de órgãos e legislações
federais.

Um exemplo é a extinção de normas das agências metropolitanas que
obrigavam os empreendedores a solicitar anuência prévia para negócios
de pequeno porte em até 2.500 m². Mesmo com normativos vigentes que
dispensam a anuência prévia para projetos de até 20 mil m², diversos
cartórios ainda assim cobravam esses documentos, alegando que as normas
não foram revogadas expressamente. Agora, esse dificultador deixará de
existir.

Na Agropecuária , por exemplo, diversas portarias ainda vigentes
exigiam certificações específicas por produto (café, cenoura,
banana, produtos agropecuários e agroindustriais), muitas vezes com
processos lentos e pouco eficientes. O Governo de Minas está unificando
a certificação voluntária de forma a facilitar o acesso pelo Programa
Certifica Minas, não exigindo mais regulamentação específica por
tipo de produto.

Também participaram dos anúncios o secretário-geral, Mateus
Simões, e o diretor-geral do DER-MG , Fabrício Sampaio.

Rioesperense assume articulação política no governo Romeu Zema

Ricardo em audiência com o senador diplomado Rodrigo Pacheco/Reprodução

Pela primeira vez na história de Minas Gerais um rioesperense assume um posto de grande importância política em uma administração no Governo Estadual. Ricardo Alexandre Nogueira Miranda é jornalista com atuação na cidade de Juiz de Fora, onde se destacou como repórter do jornal Tribuna de Minas. No último sábado (14/01), foi publicada a nomeação de Ricardo Miranda no posto de subsecretário de Assuntos Parlamentares, posto ligado à secretaria de Estado de Governo.

Após comandar por quatros anos a comunicação da Câmara Municipal de Juiz de Fora e também o sindicato dos jornalistas profissionais, do qual foi presidente, o filho do sargento Orfeu Miranda e da Nenêga do Pedro Nogueira, terá o papel de fazer a ponte entre os deputados estaduais, federais, senadores e o governo de Romeu Zema (NOVO). Ricardo será um articulador importante para Custódio Mattos, titular da Secretaria de Governo.

O novo subsecretário é sobrinho do empresário Gilberto Nogueira e membro da diretoria do SindComércio em Lafaiete.

 

Trajetória profissional

Ricardo Alexandre Nogueira Miranda é jornalista formado pela Faculdade de Comunicação Social da UFJF – Universidade Federal de Juiz de Fora. Possui pós-graduação em Marketing Político e mestrado em Ciências Políticas. Fez estágio e trabalhou na Assessoria de Comunicação da MRS Logística. Trabalhou no Jornal de Notícias, no Correio do Norte e no Jornal do Norte, todos na região Norte de Minas. De 2003 a 2014, atuou como repórter de política do jornal Tribuna de Minas. Também atuou como professor de Jornalismo Impresso da Unipac. Nos últimos anos atuou como diretor de comunicação da Câmara de Juiz de Fora, onde foi o responsável pela implantação da TV Câmara (canal aberto).

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