Comunidades vizinhas, dores compartilhadas: saúde mental das pessoas atingidas de Mariana e de Antônio Pereira

Para a série “Tecendo redes: saúde e assistência social”, o Instituto Guaicuy conversou com Ana Carla Cota, geóloga que atuou por 10 anos no ramo da mineração, se tornou arteterapeuta da Rede Conviver e hoje é atingida pelo descomissionamento da Barragem Doutor, da Vale, em Antônio Pereira. 

Assim como em Mariana (2015) e em Brumadinho (2019), comunidades atingidas pela chamada lama invisível, sofrem os impactos dos danos causados pela mineração em seus territórios. Esse é o caso de Antônio Pereira, distrito de Ouro Preto/MG, atingido pelo medo do rompimento e pelos danos gerados pelo descomissionamento da Barragem Doutor, da Vale. 

Foto: Felipe Chimicatti / Instituto Guaicuy

O direito à saúde é uma das principais pautas de luta das pessoas atingidas pela mineração. É sempre importante destacar que o dever de reparar os direitos violados e garantir a reabilitação da saúde das pessoas atingidas é de quem gerou os danos. Além disso, as lutas e conquistas das populações atingidas precisam ganhar repercussão e visibilidade, a fim de gerar precedentes em termos de reparação integral. 

Pensando nisso, o Instituto Guaicuy, Assessoria Técnica Independente de Antônio Pereira, conversou com a Ana Carla Cota, geóloga que atuou no ramo da mineração por 10 anos e escolheu trocar de trabalho, passando a atuar como arteterapeuta nos dois primeiros anos da Rede Conviver, um equipamento público, com foco no cuidado à saúde mental das famílias atingidas pela Barragem de Fundão, em Mariana. Ana Carla vive hoje os impactos do descomissionamento da Barragem Doutor. Ela foi removida de seu lar em 2020, por estar dentro da Zona de Autossalvamento, local rapidamente destruído em caso de rompimento da barragem. 

Foto: Léo Souza / Instituto Guaicuy

Com experiências múltiplas e vivências enriquecedoras tanto em Mariana quanto em Antônio Pereira, Ana Carla fala sobre as semelhanças existentes nas comunidades vizinhas. Conta das lutas em comum e da força que a coletividade precisa ter para garantir a participação das pessoas atingidas no processo de reparação, com foco na reabilitação da saúde mental dessas populações.

Confira a entrevista completa

IG: Quais as principais diferenças e similaridades que você percebe em relação à saúde mental das pessoas atingidas de Mariana (Barragem de Fundão) e de Antônio Pereira (Barragem Doutor)?

Ana Carla: No rompimento [Mariana em 2015], houve um processo de depressão mais acelerado. As pessoas entraram em choque com aquela realidade de perder tudo. Aquele vazio foi muito grande. E quando você olha para essa lama invisível, que é em Antônio Pereira, o principal relato das pessoas é a ansiedade, o medo do rompimento. Foi uma ansiedade instaurada em Antônio Pereira por essa questão ‘vai romper, não vai romper’. Não temos informação de qualidade e isso vai gerando essa ansiedade que continua na cabeça de várias pessoas que moram muito próximas à barragem e não foram removidas. Com o que houve em Fundão, que foi de fato um rompimento, onde do dia para noite as pessoas perderam tudo, esse vazio deu lugar à depressão muito profunda.

O que temos em comum é o sentimento de raiva! A gente precisa acolher essa raiva, essa indignação com esse processo todo de muita injustiça. Eu acho que esse sentimento de injustiça, de revolta, de indignação, permeia todos esses ambientes, todas essas comunidades que são afetadas pela mineração. A gente se sente muito impotente, a justiça é muito morosa, ela não chega. O atingido é o último ali na fila do pão. Então, assim, esses sentimentos são muito comuns. Tem também o medo do futuro, acho que isso também temos em comum.

IG: Você esteve na equipe do Conviver, conta pra gente como foi a implementação dessa rede em Mariana. 

Ana Carla: A implementação da Rede Conviver em Mariana foi muito rápida, foi uma resposta muito rápida do SUS, da Rede de Atenção Psicossocial, de Mariana. O Sérgio Rossi era o coordenador na época. Ele também participou do plano de emergência lá da boate Kiss e trouxe essa experiência para Mariana. Então eles passaram noites em claro. Em torno de uma semana, a gente já tinha em Mariana esse grupo formado para fazer o acolhimento e o cuidado em saúde mental das pessoas atingidas.

O Conviver foi criado com uma verba que era repassada para prefeitura, tudo muito sério. Não havia interferência da Renova, nem da Samarco, nesse cuidado da saúde. No início, e isso perdurou durante um tempo,  as pessoas ficaram desconfiadas, com medo de existir interferência da Samarco e da Renova, porque cuidar da saúde mental é uma questão que exige muita confiança. Confiança em quem você está contando tudo aquilo. Por vezes, chegavam pedidos da Renova e da Samarco para relatório de pessoas que estavam sendo atendidas pelo Conviver, mas todos foram negados. Sempre houve muita ética, sabe. A gente conseguiu reafirmar realmente que o Conviver não tem absolutamente nenhuma ligação com a Samarco e com a Renova.

IG: Qual sua área de formação e como foi sua atuação no Conviver?

Ana Carla: Eu trabalhei durante 10 anos na Vale como geóloga, mas antes da minha formação como engenheira geóloga tive uma formação de arte na Fundação de Arte de Ouro Preto. Na época, eu já não queria mais trabalhar dentro da mineração e veio essa oportunidade de trabalhar como arteterapeuta com as pessoas atingidas pela Barragem de Fundão. Eu fui entrevistada pelo próprio Sérgio Rossi, fui contratada como arteterapeuta e, durante o período de quase dois anos e meio, trabalhei no Conviver.

Foi extremamente enriquecedor, uma experiência fantástica de cuidado, acolhimento e suporte real a todas essas famílias. Vou te dizer que não é fácil lidar, são muitos desafios, até porque foi a primeira barragem que rompeu. Então muita coisa nós aprendemos juntos com os atingidos. Algumas coisas poderiam até fazer sentido na saúde coletiva em outros locais, com outras realidades, só que quando a gente tentava aplicar, não era bem sucedido. Isso porque precisava ter uma escuta mais atenta, sobre quais eram realmente as necessidades das pessoas atingidas. Até para montar essas oficinas de arteterapia, por exemplo, uma vez preparei uma oficina  para ensinar escultura em madeira, fiz a parceria com o profissional e tudo. Quando eu fui ver, não existe o interesse da comunidade em fazer isso. Parece lógico, eu tinha que escutar.

Então, tivemos grupos de pintura, grupos de crianças com o dia do brincar, que fez todo sentido para eles, porque uma das coisas que a gente mais escutava das crianças é que elas sentiam falta de brincar. A gente escutava muito que Mariana era uma cidade grande para eles, então onde estavam esses espaços comuns de brincar? Nós fizemos então vários “Dias do Brincar”, em vários locais onde essas famílias estavam alocadas. Foi um projeto que deu muito certo. Foi um caminhar muito junto, um olhar e uma escuta muito atenta, para que a gente pudesse construir junto com os atingidos esse trabalho. Eu acho que é essa a minha principal lição e aprendizado, o que funciona para o cuidado em uma comunidade, não vai necessariamente funcionar para outra. Hoje a gente vê que já tem sete anos já de Conviver, e tem dado certo.

Na minha atuação como arteterapeuta, eu via que a arte é transformadora! As pessoas tinham disponibilidade e vontade de participar dos grupos de arteterapia, das atividades que eram propostas, algumas construídas por eles. Eu vi o quanto isso fazia bem!  Além da arteterapia, existia também o resgate através da arte.

Uma experiência que a gente teve foi a retomada da festa junina tradicional que eles tinham. O grupo de arteterapia chamava as pessoas da comunidade para eles fazerem os enfeites. Então, essa arteterapia transcende muito esses espaços e essas necessidades que existiam. Eu lembro com muita clareza como foi bonito de ver. As pessoas envolvidas e fazendo os enfeites para festa junina, que nós fizemos na época no Centro de Convenções de Mariana. Usou o grupo de arteterapia para fazer os estandartes, as flores, os enfeites e isso fez muito sentido para eles sabe, fez muito bem realmente. Foi um cuidado de saúde coletivo mesmo.

IG: Você acredita que uma iniciativa como a do Conviver seria uma pauta relevante para as pessoas atingidas de Antônio Pereira nesse processo de reparação? Como você acha que se daria essa conquista?

Ana Carla: Eu super acredito no Conviver, inclusive levanto essa pauta desde fevereiro de 2020. Eu tenho colocado que precisamos ter um espaço como o Conviver, de saúde coletiva, mas que seja realmente para as pessoas atingidas. 

Essa é uma pauta, a gente precisa ocupar esse espaço em Antônio Pereira, porque nós temos a saúde mental de toda essa comunidade comprometida. É preciso ainda muita atenção para as crianças e adolescentes. Nós – adultos, mulheres, muitas vezes mães que estamos no território de Antônio Pereira, com inúmeros desafios, dificuldades, sendo violentados todos os dias, com problemas na saúde mental, adoecidos – muitas vezes não temos esse olhar para as crianças, pros adolescentes, para o que eles estão vivendo, porque a gente também está necessitado de cuidados. Então isso para mim é uma pauta urgente!

Eu sempre falei que a saúde mental da comunidade precisa ser cuidada, e sempre dei o exemplo do Conviver, que atua sem interferência de nenhuma empresa de mineração. A comunidade precisa ter essa confiança de que a sua saúde mental está sendo cuidada pelo município apenas, sem interferência nenhuma da mineração. Isso é possível e é o que transforma!

FONTE GUAICUY

Rompimento de barragens destrói saúde física e mental das pessoas, diz estudo

Trabalho da Fiocruz revelou os impactos sobre os atingidos durante audiência na ALMG

Quase cinco anos depois do rompimento da barragem em Brumadinho, e oito anos depois do rompimento da barragem em Mariana, os atingidos permanecem sofrendo com os impactos na saúde, física e mental, provocados pelos resíduos de minério e pela impunidade.

Essa foi a conclusão dos participantes de audiência pública da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) realizada na quarta-feira, 09 de novembro, para debater o tema. 

Segundo a coordenadora regional das Promotorias de Justiça de Defesa da Saúde da Macrorregião Sanitária Centro do Ministério Público de MG, Vanessa Horta, os atingidos sofrem não apenas impactos socioeconômicos, mas diversos prejuízos à qualidade de vida e à saúde. “Os efeitos vão de dermatites, diabetes e diarréias à hipertensão, ansiedade e depressão”, explicou.

A promotora apresentou estudos da Fundação Getúlio Vargas e da Fiocruz/UFRJ que constataram uma piora geral na saúde e na qualidade de vida das populações após o rompimento de barragens em Mariana e Brumadinho. 

“Metais como arsênio, mercúrio, chumbo e manganês foram encontrados em valores acima dos de referência na corrente sanguínea de vários moradores. É preciso pensar numa rede de atenção para fazer exames de dosagem e acompanhamento da população.”, disse Vanessa.

O assessor-chefe de Relações Institucionais da Secretaria de Estado de Saúde, Luiz Fernando Prado de Miranda, afirmou que estudos da secretaria já concluídos em Barra Longa atestam o risco para a vida humana, mas as mineradoras judicializaram os resultados e por isso ações relacionadas à saúde não puderam ser efetivadas no município.

“Estamos concluindo também os estudos de avaliação de risco à saúde humana no território da bacia do Paraopeba, com 92 pontos de monitoramento da qualidade da água para consumo humano. Porém, uma dificuldade que temos enfrentado são os entraves jurídicos. Em Mariana, foram formulados 24 planos de saúde desde a tragédia, mas nenhum deles foi executado, por judicialização feita pela Fundação Renova e pelas mineradoras”, lamenta. 

A deputada Bella Gonçalves disse durante a audiência que na Comissão de Direitos Humanos da ALMG também haverá debate sobre a questão da saúde dos atingidos e chamou atenção para a contaminação grave de crianças por metais pesados na região do Rio Paraopeba, constatada pela Fiocruz.

“Moradores de Brumadinho e Catas Altas também estão relatando que nuvens de poeira têm sido frequentes, o que tem sido preocupante. Por que isso está acontecendo?”, questionou.

Fonte: André Vince (com informações da ALMG)

FONTE PORTAL DA CIDADE BRUMADINHO

Rompimento de barragens destrói saúde física e mental das pessoas, diz estudo

Trabalho da Fiocruz revelou os impactos sobre os atingidos durante audiência na ALMG

Quase cinco anos depois do rompimento da barragem em Brumadinho, e oito anos depois do rompimento da barragem em Mariana, os atingidos permanecem sofrendo com os impactos na saúde, física e mental, provocados pelos resíduos de minério e pela impunidade.

Essa foi a conclusão dos participantes de audiência pública da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) realizada na quarta-feira, 09 de novembro, para debater o tema. 

Segundo a coordenadora regional das Promotorias de Justiça de Defesa da Saúde da Macrorregião Sanitária Centro do Ministério Público de MG, Vanessa Horta, os atingidos sofrem não apenas impactos socioeconômicos, mas diversos prejuízos à qualidade de vida e à saúde. “Os efeitos vão de dermatites, diabetes e diarréias à hipertensão, ansiedade e depressão”, explicou.

A promotora apresentou estudos da Fundação Getúlio Vargas e da Fiocruz/UFRJ que constataram uma piora geral na saúde e na qualidade de vida das populações após o rompimento de barragens em Mariana e Brumadinho. 

“Metais como arsênio, mercúrio, chumbo e manganês foram encontrados em valores acima dos de referência na corrente sanguínea de vários moradores. É preciso pensar numa rede de atenção para fazer exames de dosagem e acompanhamento da população.”, disse Vanessa.

O assessor-chefe de Relações Institucionais da Secretaria de Estado de Saúde, Luiz Fernando Prado de Miranda, afirmou que estudos da secretaria já concluídos em Barra Longa atestam o risco para a vida humana, mas as mineradoras judicializaram os resultados e por isso ações relacionadas à saúde não puderam ser efetivadas no município.

“Estamos concluindo também os estudos de avaliação de risco à saúde humana no território da bacia do Paraopeba, com 92 pontos de monitoramento da qualidade da água para consumo humano. Porém, uma dificuldade que temos enfrentado são os entraves jurídicos. Em Mariana, foram formulados 24 planos de saúde desde a tragédia, mas nenhum deles foi executado, por judicialização feita pela Fundação Renova e pelas mineradoras”, lamenta. 

A deputada Bella Gonçalves disse durante a audiência que na Comissão de Direitos Humanos da ALMG também haverá debate sobre a questão da saúde dos atingidos e chamou atenção para a contaminação grave de crianças por metais pesados na região do Rio Paraopeba, constatada pela Fiocruz.

“Moradores de Brumadinho e Catas Altas também estão relatando que nuvens de poeira têm sido frequentes, o que tem sido preocupante. Por que isso está acontecendo?”, questionou.

Fonte: André Vince (com informações da ALMG)

FONTE PORTAL DA CIDADE BRUMADINHO

Estudo da UFRJ revela os riscos do Instagram para a saúde mental das mulheres 

Pesquisa do curso de Publicidade e Propaganda da UFRJ levantou dados sobre o papel das influenciadoras na lógica de consumo das usuárias

O impacto das redes sociais na saúde mental é um assunto que preocupa muitos especialistas. Até onde vão os efeitos que uma performance virtual causa na vida real? Ainda é possível distinguir o que se vive na Internet do que se passa fora dela? Quais os limites da publicidade nessas redes? São algumas das questões que estudos tentam responder. 

Em uma pesquisa realizada por alunas do curso de Publicidade e Propaganda da Escola de Comunicação (ECO) da UFRJ, que teve como objetivo expor o impacto da lógica de consumo construída pelo Instagram nas usuárias da rede social, 90% das 519 mulheres entrevistadas revelaram se sentirem desconfortáveis com a “vida perfeita” performada por influenciadoras no Instagram.

As estudantes da disciplina “Pesquisa de mercado e opinião pública” traçaram um levantamento sobre “Como a Lógica da Influência Transformou o Consumo e a Consumidora no Instagram”. A rede social é uma das mais usadas no país, sendo a preferência de um em cada quatro brasileiros, além de ser o aplicativo que mais cresceu em uso diário no Brasil, conforme dados do site Opinion Box.

A pesquisa foi desenvolvida em 2019 pelas alunas Beatriz Amaro Gomes Vianna, Eliza Raquel da Silva Franco, Manuela Teixeira de Castro, Mylena Fernandes Paes e Suziane da Silva Novaes, sob orientação do professor Cristiano Henrique, com mulheres da faixa de 16 a 24 anos, residentes no Rio de Janeiro e usuárias do Instagram. Os resultados revelaram, principalmente, um fato curioso: quase 30% das respondentes não gostam de ver conteúdo promocional, mas os nichos mais atrativos para elas são moda e beleza, justamente os que mais rendem publiposts

Isso demonstra que o problema não é o conteúdo em si, mas a forma como ele é tomado pela publicidade. Segundo as pesquisadoras, os influenciadores são, em grande parte, o que mantém o Instagram tão popular perante o público. De acordo com uma pesquisa do Jornal Correio, em 2019, 80% das pessoas seguem pelo menos um influenciador. O poder desse grupo é traduzido nos dados obtidos pela pesquisa: 48,6% das respondentes afirmaram já terem feito compras baseadas na indicação de uma influenciadora. Destas, 65,3% compraram mais de uma vez. 

Pessoas de carne e osso

Grazielli Fraga, estudante de Jornalismo da UFRJ, conta que segue influenciadoras digitais e costuma comprar produtos divulgados por elas, apesar de ter consciência da propaganda. “Às vezes não compro o produto igual, da mesma marca, mas acabo me deixando levar pela aparência. Por exemplo, já vi um vídeo de uma influenciadora postando uma panela antiaderente azul e na hora eu pensei o quanto ela ficaria linda na minha cozinha. E tinha que ser a azul. Mas será que eu realmente achava aquela panela bonita ou eu passei a achar porque uma influenciadora postou?”, indaga a estudante. “Eu cheguei a procurar e comprar a mesma panela”, completa.

Ela também afirma que sabe que as influenciadoras performam uma vida perfeita e que fazem seus seguidores acreditarem que o motivo é aquele determinado produto que ela está divulgando. “As fotos [divulgadas] são muito bonitas, porque elas são moldadas para serem bonitas e despertar o sentimento de ‘poxa, queria ser assim, queria ter isso, queria viver essa vida’, e aí a gente pensa que aquele produto é a causa da pessoa ter aquela vida”, diz.

Esse fato também é exposto pela pesquisa, já que 45,5% das respostas eram concordantes em algum grau com a frase: “gostaria de parecer mais com as influencers que sigo”. Esse sentimento é explorado pelas marcas, que criam a falsa sensação de que uma determinada roupa ou acessório são capazes de transformar a vida de uma pessoa.

Fotografia mostra espaço instagramável da Inovateca. Em um salão quadrado, espelhos estão distribuídos pelas paredes em toda a extensão do teto. No chão, há blocos quadrados em diversas alturas e cores. Um homem branco, de barba e cabelo rosa, tira uma selfie sobre um dos blocos. Sua imagem está refletida em diversos espelhos.
Instagram colabora para abaixar autoestima de usuários. | Foto: Artur Moês

A professora, psicóloga e doutora em saúde mental pelo Instituto de Psiquiatria da UFRJ Anna Lucia Spear King explica o anseio das usuárias do Instagram por terem determinados produtos “da moda”, altamente divulgados pelas influenciadoras. “As redes sociais podem manipular o cérebro no sentido de que, quando as pessoas recebem curtidas, elas sentem muito prazer e bem-estar nisso, porque o cérebro delas recebe uma enxurrada de dopamina, serotonina, endorfina, substâncias químicas que fazem com que a pessoa sinta prazer. Então, ela, mesmo sem saber, quer voltar para as redes sociais e obter cada vez mais curtidas, para que possa ficar o tempo todo se sentindo bem”, diz a pesquisadora.

De acordo com a pesquisa, tanto as marcas quanto os influenciadores têm um mercado com grande potencial e um público que vem demonstrando hábitos de consumo moldados pela influência. Isso pode ser positivo mercadologicamente falando, porém, ao fazer uma análise mais crítica, é possível identificar um forte incentivo ao consumismo e uma crescente postura de comparação, o que pode ser maléfico aos usuários da plataforma. Para 49% das respondentes que afirmam se sentirem desconfortáveis ao usar o Instagram, as influenciadoras não se importam com a autoestima dos seus seguidores. 

A comparação como gatilho para doenças mentais

Anna Lúcia, que também é fundadora e coordenadora do Instituto Delete: Uso Consciente de Tecnologias, da UFRJ, esclarece o perigo da comparação promovida pelas redes sociais. Ela explica que, se uma pessoa já tem um transtorno primário, como depressão ou ansiedade, ela pode ser influenciada pelas postagens das redes sociais. “A pessoa vai usar as redes sociais na tentativa de se sentir inserida, mas, quando ela começar a ver que a vida de todo mundo é ‘perfeita’, que todo mundo é convidado para festas, que só posta coisas boas, ela vai se deprimir ainda mais”, alerta.

Nesse sentido, o próprio Instituto Delete pode ajudar. Ele recebe usuários excessivos ou dependentes de tecnologias e oferece tratamento psicológico e psiquiátrico totalmente gratuito. “A gente trabalha o uso consciente das tecnologias, buscando orientar as pessoas para colher os benefícios que elas podem oferecer e evitar os prejuízos devido ao uso excessivo”, conta Anna Lúcia. 

Para marcar um atendimento, é necessário enviar um email para contato@institutodelete.com

*Esta reportagem é resultado das atividades do projeto de extensão Laboratório Conexão UFRJ: Jornalismo, Ciências e Cidadania e contou com a supervisão da jornalista Tassia Menezes.

FONTE CONEXÃO UFRJ

Estudo da UFRJ revela os riscos do Instagram para a saúde mental das mulheres 

Pesquisa do curso de Publicidade e Propaganda da UFRJ levantou dados sobre o papel das influenciadoras na lógica de consumo das usuárias

O impacto das redes sociais na saúde mental é um assunto que preocupa muitos especialistas. Até onde vão os efeitos que uma performance virtual causa na vida real? Ainda é possível distinguir o que se vive na Internet do que se passa fora dela? Quais os limites da publicidade nessas redes? São algumas das questões que estudos tentam responder. 

Em uma pesquisa realizada por alunas do curso de Publicidade e Propaganda da Escola de Comunicação (ECO) da UFRJ, que teve como objetivo expor o impacto da lógica de consumo construída pelo Instagram nas usuárias da rede social, 90% das 519 mulheres entrevistadas revelaram se sentirem desconfortáveis com a “vida perfeita” performada por influenciadoras no Instagram.

As estudantes da disciplina “Pesquisa de mercado e opinião pública” traçaram um levantamento sobre “Como a Lógica da Influência Transformou o Consumo e a Consumidora no Instagram”. A rede social é uma das mais usadas no país, sendo a preferência de um em cada quatro brasileiros, além de ser o aplicativo que mais cresceu em uso diário no Brasil, conforme dados do site Opinion Box.

A pesquisa foi desenvolvida em 2019 pelas alunas Beatriz Amaro Gomes Vianna, Eliza Raquel da Silva Franco, Manuela Teixeira de Castro, Mylena Fernandes Paes e Suziane da Silva Novaes, sob orientação do professor Cristiano Henrique, com mulheres da faixa de 16 a 24 anos, residentes no Rio de Janeiro e usuárias do Instagram. Os resultados revelaram, principalmente, um fato curioso: quase 30% das respondentes não gostam de ver conteúdo promocional, mas os nichos mais atrativos para elas são moda e beleza, justamente os que mais rendem publiposts

Isso demonstra que o problema não é o conteúdo em si, mas a forma como ele é tomado pela publicidade. Segundo as pesquisadoras, os influenciadores são, em grande parte, o que mantém o Instagram tão popular perante o público. De acordo com uma pesquisa do Jornal Correio, em 2019, 80% das pessoas seguem pelo menos um influenciador. O poder desse grupo é traduzido nos dados obtidos pela pesquisa: 48,6% das respondentes afirmaram já terem feito compras baseadas na indicação de uma influenciadora. Destas, 65,3% compraram mais de uma vez. 

Pessoas de carne e osso

Grazielli Fraga, estudante de Jornalismo da UFRJ, conta que segue influenciadoras digitais e costuma comprar produtos divulgados por elas, apesar de ter consciência da propaganda. “Às vezes não compro o produto igual, da mesma marca, mas acabo me deixando levar pela aparência. Por exemplo, já vi um vídeo de uma influenciadora postando uma panela antiaderente azul e na hora eu pensei o quanto ela ficaria linda na minha cozinha. E tinha que ser a azul. Mas será que eu realmente achava aquela panela bonita ou eu passei a achar porque uma influenciadora postou?”, indaga a estudante. “Eu cheguei a procurar e comprar a mesma panela”, completa.

Ela também afirma que sabe que as influenciadoras performam uma vida perfeita e que fazem seus seguidores acreditarem que o motivo é aquele determinado produto que ela está divulgando. “As fotos [divulgadas] são muito bonitas, porque elas são moldadas para serem bonitas e despertar o sentimento de ‘poxa, queria ser assim, queria ter isso, queria viver essa vida’, e aí a gente pensa que aquele produto é a causa da pessoa ter aquela vida”, diz.

Esse fato também é exposto pela pesquisa, já que 45,5% das respostas eram concordantes em algum grau com a frase: “gostaria de parecer mais com as influencers que sigo”. Esse sentimento é explorado pelas marcas, que criam a falsa sensação de que uma determinada roupa ou acessório são capazes de transformar a vida de uma pessoa.

Fotografia mostra espaço instagramável da Inovateca. Em um salão quadrado, espelhos estão distribuídos pelas paredes em toda a extensão do teto. No chão, há blocos quadrados em diversas alturas e cores. Um homem branco, de barba e cabelo rosa, tira uma selfie sobre um dos blocos. Sua imagem está refletida em diversos espelhos.
Instagram colabora para abaixar autoestima de usuários. | Foto: Artur Moês

A professora, psicóloga e doutora em saúde mental pelo Instituto de Psiquiatria da UFRJ Anna Lucia Spear King explica o anseio das usuárias do Instagram por terem determinados produtos “da moda”, altamente divulgados pelas influenciadoras. “As redes sociais podem manipular o cérebro no sentido de que, quando as pessoas recebem curtidas, elas sentem muito prazer e bem-estar nisso, porque o cérebro delas recebe uma enxurrada de dopamina, serotonina, endorfina, substâncias químicas que fazem com que a pessoa sinta prazer. Então, ela, mesmo sem saber, quer voltar para as redes sociais e obter cada vez mais curtidas, para que possa ficar o tempo todo se sentindo bem”, diz a pesquisadora.

De acordo com a pesquisa, tanto as marcas quanto os influenciadores têm um mercado com grande potencial e um público que vem demonstrando hábitos de consumo moldados pela influência. Isso pode ser positivo mercadologicamente falando, porém, ao fazer uma análise mais crítica, é possível identificar um forte incentivo ao consumismo e uma crescente postura de comparação, o que pode ser maléfico aos usuários da plataforma. Para 49% das respondentes que afirmam se sentirem desconfortáveis ao usar o Instagram, as influenciadoras não se importam com a autoestima dos seus seguidores. 

A comparação como gatilho para doenças mentais

Anna Lúcia, que também é fundadora e coordenadora do Instituto Delete: Uso Consciente de Tecnologias, da UFRJ, esclarece o perigo da comparação promovida pelas redes sociais. Ela explica que, se uma pessoa já tem um transtorno primário, como depressão ou ansiedade, ela pode ser influenciada pelas postagens das redes sociais. “A pessoa vai usar as redes sociais na tentativa de se sentir inserida, mas, quando ela começar a ver que a vida de todo mundo é ‘perfeita’, que todo mundo é convidado para festas, que só posta coisas boas, ela vai se deprimir ainda mais”, alerta.

Nesse sentido, o próprio Instituto Delete pode ajudar. Ele recebe usuários excessivos ou dependentes de tecnologias e oferece tratamento psicológico e psiquiátrico totalmente gratuito. “A gente trabalha o uso consciente das tecnologias, buscando orientar as pessoas para colher os benefícios que elas podem oferecer e evitar os prejuízos devido ao uso excessivo”, conta Anna Lúcia. 

Para marcar um atendimento, é necessário enviar um email para contato@institutodelete.com

*Esta reportagem é resultado das atividades do projeto de extensão Laboratório Conexão UFRJ: Jornalismo, Ciências e Cidadania e contou com a supervisão da jornalista Tassia Menezes.

FONTE CONEXÃO UFRJ

Os primeiros sinais de depressão que nunca deve desvalorizar

Nesta terça-feira, 10 de outubro, é comemorado o Dia Mundial da Saúde Mental

Do Noticias ao Minuto – A conscientização sobre a saúde mental tem aumentado nos últimos anos. Nesta terça-feira, 10 de outubro, é comemorado o Dia Mundial da Saúde Mental. É importante estar atento aos sinais de depressão, seja em si mesmo ou em alguém próximo.

A OMS estima que 322 milhões de pessoas em todo o mundo sofrem de depressão. No Brasil, a prevalência de depressão ao longo da vida é de 15,5%, o que significa que 15,5% dos brasileiros irão experimentar depressão em algum momento de suas vidas.

O Ministério da Saúde do Brasil estima que 11,5 milhões de brasileiros sofrem de depressão. A depressão é mais comum em mulheres do que em homens, com uma prevalência de 20% em mulheres e 12% em homens. A depressão também é mais comum em adultos jovens e idosos, com uma prevalência maior em adultos entre 25 e 44 anos e em idosos com mais de 65 anos.

O canal NDTV apresenta os sinais precoces da depressão, que podem se manifestar em uma fase inicial. É importante identificá-los e não ignorá-los.

Os principais sinais de depressão são:

– Tristeza constante e sentimentos de vazio;
– Perda de interesse e prazer em atividades que antes eram prazerosas;
– Mudanças no apetite e no peso;
– Dificuldades para dormir ou dormir demais;
– Fadiga e perda de energia;
– Dificuldade de concentração;
– Sensação de culpa ou inutilidade;
– Irritabilidade;
– Isolamento social.

O que fazer se você ou alguém que você conhece apresentar esses sintomas?

Se você ou alguém que você conhece estiver apresentando esses sintomas, é importante procurar ajuda profissional. Um psicólogo ou psiquiatra poderá diagnosticar a depressão e indicar o tratamento adequado.

O tratamento da depressão pode incluir terapia, medicamentos ou uma combinação dos dois.

É importante lembrar que a depressão é uma doença real e que pode ser tratada. Com o diagnóstico e tratamento adequados, é possível superar a depressão e voltar a viver uma vida plena.

Como ajudar alguém com depressão

Se você conhece alguém que está com depressão, é importante que você ofereça seu apoio.

Você pode fazer isso de várias maneiras, como:

– Ouvir com atenção o que a pessoa tem a dizer;
– Não julgar;
– Encorajar a pessoa a procurar ajuda profissional;
– Oferecer sua companhia e apoio emocional.
– É importante lembrar que você não pode curar a depressão da pessoa, mas você pode fazer a diferença oferecendo seu apoio e compreensão.

FONTE DIÁRIO VIP

Os primeiros sinais de depressão que nunca deve desvalorizar

Nesta terça-feira, 10 de outubro, é comemorado o Dia Mundial da Saúde Mental

Do Noticias ao Minuto – A conscientização sobre a saúde mental tem aumentado nos últimos anos. Nesta terça-feira, 10 de outubro, é comemorado o Dia Mundial da Saúde Mental. É importante estar atento aos sinais de depressão, seja em si mesmo ou em alguém próximo.

A OMS estima que 322 milhões de pessoas em todo o mundo sofrem de depressão. No Brasil, a prevalência de depressão ao longo da vida é de 15,5%, o que significa que 15,5% dos brasileiros irão experimentar depressão em algum momento de suas vidas.

O Ministério da Saúde do Brasil estima que 11,5 milhões de brasileiros sofrem de depressão. A depressão é mais comum em mulheres do que em homens, com uma prevalência de 20% em mulheres e 12% em homens. A depressão também é mais comum em adultos jovens e idosos, com uma prevalência maior em adultos entre 25 e 44 anos e em idosos com mais de 65 anos.

O canal NDTV apresenta os sinais precoces da depressão, que podem se manifestar em uma fase inicial. É importante identificá-los e não ignorá-los.

Os principais sinais de depressão são:

– Tristeza constante e sentimentos de vazio;
– Perda de interesse e prazer em atividades que antes eram prazerosas;
– Mudanças no apetite e no peso;
– Dificuldades para dormir ou dormir demais;
– Fadiga e perda de energia;
– Dificuldade de concentração;
– Sensação de culpa ou inutilidade;
– Irritabilidade;
– Isolamento social.

O que fazer se você ou alguém que você conhece apresentar esses sintomas?

Se você ou alguém que você conhece estiver apresentando esses sintomas, é importante procurar ajuda profissional. Um psicólogo ou psiquiatra poderá diagnosticar a depressão e indicar o tratamento adequado.

O tratamento da depressão pode incluir terapia, medicamentos ou uma combinação dos dois.

É importante lembrar que a depressão é uma doença real e que pode ser tratada. Com o diagnóstico e tratamento adequados, é possível superar a depressão e voltar a viver uma vida plena.

Como ajudar alguém com depressão

Se você conhece alguém que está com depressão, é importante que você ofereça seu apoio.

Você pode fazer isso de várias maneiras, como:

– Ouvir com atenção o que a pessoa tem a dizer;
– Não julgar;
– Encorajar a pessoa a procurar ajuda profissional;
– Oferecer sua companhia e apoio emocional.
– É importante lembrar que você não pode curar a depressão da pessoa, mas você pode fazer a diferença oferecendo seu apoio e compreensão.

FONTE DIÁRIO VIP

Projeto da Vereadora Damires Rinarlly conscientiza sobre saúde mental materna e institui o “Maio Furta Cor”

Aprovado o projeto de lei de nº 139/2022, de autoria da Vereadora Damires Rinarlly, que institui o mês furta-cor, dedicado às ações de conscientização, incentivo ao cuidado e promoção da saúde mental materna. A iniciativa conscientiza e sensibiliza a população para a causa da saúde mental materna, cujo mês escolhido, isto é, maio, se dá devido a celebração nacional do Dia das Mães e a escolha pelo furta-cor se deve ao fato que esta é uma cor cuja tonalidade se altera de acordo com a luz que recebe, adequando todas as cores. A maternidade também é assim, nela cabem todas as cores, e não somente uma única cor.
A vereadora se manifestou e disse: “É importante que se esclareça a relevância da dedicação a saúde mental das mães, porquanto, apesar do forte estigma social em torno de temas ligados a saúde mental, há um alarmante aumento nos casos de depressão, ansiedade e, infelizmente, suicídio entre as mães. O cenário pandêmico deixou um pesado fardo para as mães: a precarização da vida recai sobre elas. Escolas fechadas por mais de um ano, famílias fragmentadas, tripla jornada de trabalho, reduções a disparidades salariais, falta de creches, desemprego, informalidade, aumento dos índices de violência doméstica e feminicídio são apenas alguns dos fatores que impactam na saúde mental materna.”

Esse Projeto de Lei surgiu através da união de várias vozes, como é a postura que a vereadora vem trazendo de ser instrumento da população, juntamente com a campanha nacional “Maio Furta Cor” , através da apresentação da Psicóloga e Professora Liliam Medeiros. Ademais na noite (23) da votação a professora Liliam reforçou a necessidade de implementação dessa política pública no uso da Tribuna Popular da Câmara Municipal de Conselheiro Lafaiete. A aprovação contou com grande participação popular e foi comemorada por várias alunas e alunos do curso de psicologia da Faculdade UNA.

Campanha Janeiro Branco motiva a busca pelo equilíbrio em saúde mental

No decorrer deste mês, em alusão à campanha “Janeiro Branco”, a Secretaria Municipal de Saúde, por meio da equipe de Saúde Mental do Centro de Atenção Psicossocial – CAPS, alerta para os cuidados com a saúde mental.
A Coordenadora do CAPS III, Luciana Machado explica que o Janeiro Branco é uma campanha criada em 2014, dedicada a promoção da saúde mental e a prevenção ao adoecimento emocional. “Trata-se de um mês para repensarmos todo o nosso autocuidado e bem-estar, estamos iniciando um ano e é importante a gente fazer um balanço do que não foi legal, do que a gente pretende, então, por isso, que foi destinado janeiro para a gente fazer esta reflexão do que queremos para esse novo ano que está se iniciando e refletimos também sobre a nossa qualidade de vida e de relacionamentos interpessoais, da família, relacionamento com os colegas de trabalho, com filhos. O objetivo dessa campanha é levar a gente a compreender que a vida é feita de ciclos e devemos concluir aqueles que nos fazem bem iniciar um novo ano com novas metas, com novos propósitos de vida. Fazer perceber que cada ano que se inicia é uma nova oportunidade de fazer um sempre bem”.
Para o psicólogo Jefferson Batista o tema da campanha deste ano, “A vida pede equilíbrio”, nos leva a pensar como a gente pode buscar este equilíbrio na vida e ter uma boa saúde mental. “Este é o segredo da vida: o equilíbrio. O que é interessante nesta campanha é que nos leva a pensar o princípio do autoconhecimento, ninguém melhor para nos conhecermos do que nós mesmos, então a gente tem que pensar em relação a isso, o que nos faz sentir mal, o que nos faz bem e como convivermos com os dois lados. Precisamos aprender a mediar nossos próprios sentimentos, para que os problemas cotidianos não influenciem em nossos sentimentos, realmente é dosar as atitudes e os pensamentos. Saber aproveitar bem o tempo, dosar entre trabalho e lazer, compromissos profissionais e família, promover encontros com amigos, horas de lazer. Janeiro é um bom tempo para planejar, temos doze meses para pensar, repensar, dosar na medida certa e buscar o equilíbrio em nossa vida entre os deveres e o lazer. Há tempo para tudo”, explicou.

A equipe do Centro de Atenção Psicossocial – CAPS está realizando ações internas com os usuários do serviço e já tem ação agendada, como informa a Enfermeira Renata Souza. “Vamos promover agora dia 18 de janeiro, as 8 horas, um encontro na Praça São Sebastião, realizado pelo CAPS infantil, com o objetivo de promover este tema que é tão importante”
Na oportunidade Renata fala sobre os serviços prestados no CAPS. “A Secretaria de Saúde mantém três Centros de Atenção Psicossocial aqui no município de Lafaiete, que é a referência para tratamento para pessoas adultas por meio do CAPS e por meio do CAPS transtorno mental que vai faz um trabalho com os usuários com transtornos mentais, psicoses, neuroses e demais quadros e temos também o CAPS infantil, que trata crianças e adolescentes até 18 anos. O CAPS funciona no São Dimas, sendo um serviço de portas abertas, a gente presta serviço com profissionais multidisciplinares e estamos à disposição para quem precisar do serviço, que é de qualidade e gratuito, à disposição para a população”, concluiu Renata.

about

Be informed with the hottest news from all over the world! We monitor what is happenning every day and every minute. Read and enjoy our articles and news and explore this world with Powedris!

Instagram
© 2019 – Powedris. Made by Crocoblock.