Teto da policlínica desaba e por pouco não atinge médicos e pacientes

Mais uma vez a policlíncia de Lafaiete (MG) ocupa os notíciários não pela sua qualidade dos serviços prestados mas pela precária estrutura física. Eram por volta das 20:24 horas deste sábado (23) quando parte do forro de gesso da unidade de saúde, porta de entrada do SUA, desabou e por pouco não atingiu profissionais e pacidentes.

Já não é de hoje as denúncias da falta da precaridade da políclinica onde o piso em diversas partes estão soltos. Há mais de 3 anos, parte das salas foram inundadas pelas chuvas. Por outro lado, a Prefeitura aposta numa “virada de chave” na saúde com a instalação e funcionamento da UPA, no Bairro Tamareiras, e o Hospital Regional. Mas enquando isso, o povo sofre.

Teto da policlínica de Lafaiete (MG)/REPRODUÇÃO WALDNEY ALVES

“A policlínica não tem mais condições”, dispara o Vereador Giuseppe Laporte

A saúde foi novamente fonte de ataques na Câmara de Lafaiete em sessão da noite desta terça-feira (9) e alvo preferido foi as precárias condições da policlínica que já até virou caso de polícia. “Não tem mais condições este espaço. Vive super lotado, um local obsoleto sem as mínimas estruturas para receber os pacientes. Vamos salvar a saúde de nosso povo e até a construção da UPA ele não vai aguentar. Já estamos cobrando insistentemente uma solução para a policlínica e nossa população não pode mais ficar esperando por dias melhores. Temos uma equipe de qualidade na policlínica mas estão cansados mentalmente e fisicamente. Ali é uma carga pesada”.

O desabafo de Laporte (MDB) eclodiu no plenário provocando uma saraivada de críticas e denúncias sobre o frágil sistema de saúde. Antes da sessão, um grupo de médicos que trabalham nos postos de saúde procuram a intervenção dos vereadores para solucionar um impasse com a prefeitura em torno de baixos salários e redução de 20 para 10 horas semanais a carga horária sob ameaças de deixar o serviço público. “Temos que ter mais respeito com nossos funcionários”, discorreu Eustáquio Silva (PV).

“Desculpe a expressão, mas precisamos de vergonha na cara e resolver este problema. Já é a segunda reunião e nada foi resolvido. Eu estou assustado. O povo está esgotado e não é pouco. É muito mesmo”, disparou Fernando Bandeira (União Brasil).

Já o Vereador Pedro Américo (PT) cobrou a união dos vereadores. “Juntos somos muito mais que o prefeito. Se nós quisermos resolvermos esta questão. Podemos até travar a pauta enquanto o prefeito não der uma solução. O povo está sofrendo e vai ficar pior”.

Vado Silva (DC) cerrou fileiras às críticas uníssonas ao setor de saúde. “A reclamação é geral. Onde está o dinheiro da saúde e o povo não aguenta mais ficar assistindo este filme. Temos que dar um basta”, finalizou.

Há menos de 10 dias, o Prefeito Mário Marcus (União Brasil) anunciou o seu 6º secretário de saúde em mais de 8 anos de administração. Saulo de Souza Queiroz chega com o desafio de alavancar a estrutura precária do setor. “Infelizmente temos uma estrutura fragilizada em nossa saúde mas acreditamos que esta situação vai mudar com a a construção da UPA e a conclusão do hospital regional”, analisou Mário, durante audiência pública nesta segunda-feira (8).

Superlotação

Já ao final da sessão de ontem, o Vereador Renato Pelé (Podemos) colocou um áudio de uma mensagem recebida via celular de uma paciente para que todos os seus colegas e o público ouvissem o relato dramático quando ela relatava que estava na policlínica há mais de 5 horas sem atendimento. “A gente fica sem saber o que fazer”, protestou.

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