Imposto sobre carbono poderá salvar a siderurgia brasileira, por Luís Nassif

O minério de ferro sai de Carajás, vai até a China, é transformado em aço ou equipamentos e retorna ao Brasil, com alto consumo de carbono.

Nippon compra US Steel: fusão é ameaça para Gerdau (GGBR4)?

A fusão entre a japonesa e americana forma a segunda maior siderúrgica do mundo. Entenda detalhes de operação e se é um risco para as brasileiras

Nesta semana, a japonesa Nippon Steel anunciou a aquisição da centenária siderúrgica americana US Steel. Essa fusão dará origem à segunda maior companhia de siderurgia do mundo.

Fundada em 1901, a americana continuará com o mesmo nome e sediada em Pittsburgh, Pensilvânia.

A Nippon pagou US$ 14,1 bilhões em cash pela operação, equivalente a US$ 55 por ação, um prêmio de 40% em relação ao fechamento da última sexta-feira (15). Os conselhos das duas companhias aprovaram a união, que deverá ser concluída no terceiro trimestre de 2024, mas ainda depende do aval de acionistas e reguladores.

Relevância de Nippon Steel e US Steel

De acordo com dados da World Steel Association, a japonesa produz em torno de 66 milhões de toneladas de aço por ano, versus 20 milhões da US Steel.

Após a fusão, o grupo perderá o primeiro lugar apenas para a China Baowu Steel Group.

Não é a primeira vez que tentam comprar a US Steel

Para Fernando Ferrer, analista de ações da Empiricus Research, o movimento de fusão com outra companhia já era esperado, uma vez que a US Steel vinha recebendo constantes propostas de fusão de concorrentes.

Em agosto, por exemplo, a Clevend-Cliffs, cujo CEO é o brasileiro Lourenço Gonçalves, fez uma oferta de US$ 7,3 bilhões em dinheiro e ações. Apesar do conselho da US Steel ter rejeitado, passou a olhar com mais atenção para as alternativas para o futuro da companhia.

Fusão vai impactar siderúrgicas brasileiras, como Gerdau (GGBR4)?

“A operação da Gerdau está de fato sendo impactada pela importação do aço chinês a um preço muito mais baixo do que o custo de fabricação. Então as margens têm sido pressionadas”, comenta Ferrer. Como exemplo, ele cita a margem Ebitda da operação brasileira do 3º trimestre de 2023, que foi de 13%.

Porém, para o analista, o ponto positivo da Gerdau está em suas plantas na América do Norte, que representam praticamente metade do Ebtida da siderúrgica e uma margem de 25% – resultado de um longo processo de investimento – contra uma margem de 11% no caso da US Steel.

“Essa margem da Gerdau é muito boa, porque, desde 2014, 2015, a empresa já vinha em um processo de focar em segmentos de aço que conseguissem agregar mais valor e em fábricas mais modernas”, explica.

Além disso, na visão de Ferrer, a ação da US Steel está cara. A americana é avaliada em 18 vezes seus lucros, contra um valuation de GGBR4 de 7 vezes lucro. “Ou seja, Gerdau tem margens melhores, uma operação mais moderna, menor – é verdade -, mas nichada, atuando em segmentos específicos, e [ação] muito mais barata do que a US Steel”.

‘Estou otimista com o mercado de aço nos EUA’

O analista ainda reforça o otimismo com o setor siderúrgico nos Estados Unidos. “Apesar do ambiente competitivo, acho que tem oportunidade para todas as companhias que estão atuando ali”.

Embora a economia americana venha desacelerando nos últimos meses, ele lembra que existe uma série de programas governamentais de incentivo ao segmento de infraestrutura e de chips.

E reforça, também, a importância da medida protecionista Section 232, que impõe uma tarifa de importação elevada sobre a entrada de aço turco e chinês nos EUA.

Queda nos papéis de GGBR4 é oportunidade de compra

O fato de a ação de Gerdau ter caído abre uma excelente oportunidade de compra, uma vez que estamos no ápice do pessimismo com o mercado de aço, por conta do aço chinês. E o fluxo vendedor do papel se explica também pela mudança no posicionamento de dois importantes bancos, que alteraram sua recomendação recentemente de ‘posição comprada’ para ‘posição neutra’”.

FONTE EMPIRICUS

Gigante de siderurgia anuncia desligamento de alto-forno em MG

A Usiminas (USIM5) anunciou sua decisão de desativar o alto-forno 1 na usina de Ipatinga (MG) devido à concorrência intensificada pelo elevado volume de aço importado da China. O referido equipamento, com capacidade para produzir 600 mil toneladas anuais de aço, será desligado, embora a empresa ainda não tenha determinado uma data específica para esse desligamento. Existe a expectativa de que essa medida seja efetivada até o início do próximo ano.

A companhia é uma destacada empresa no setor siderúrgico, liderando a produção e comercialização de aços planos. Fundada em 25 de abril de 1956 em Coronel Fabriciano, numa área que posteriormente se tornaria o município de Ipatinga, no Vale do Aço, Minas Gerais.

Sua estrutura societária e legal foi estabelecida nessa data por Gabriel Andrade Janot Pacheco, tendo o engenheiro Amaro Lanari Júnior como seu primeiro presidente. Em 1964, o distrito de Ipatinga, então situado a 220 km de Belo Horizonte, tornou-se independente de Coronel Fabriciano, passando a Usiminas a fazer parte deste novo município.

O Sistema Usiminas se destaca como o maior complexo siderúrgico de aços planos na América Latina e um dos 20 maiores do mundo. A Usiminas lidera esse sistema, composto por empresas atuantes na siderurgia e em setores nos quais o aço desempenha papel estratégico. Atualmente, representa um conjunto de diversas empresas, comprometidas com a transparência em suas relações com o mercado de capitais.

A ação USIM5 encerrou o dia 11 cotada a R$ 8,60.

Usiminas (USIM5)

O BTG Pactual, que tem recomendação neutra, com preço-alvo em R$ 8, divulgou relatório sobre a Usiminas no dia 7, afirmando que a recém-constituída equipe de gestão, nomeada após o aumento da participação da Ternium, está fortemente empenhada em aprimorar as operações da Usiminas.

Para o banco de investimentos, o progresso está notável no plano de ação, com a implementação de um novo sistema de gestão em andamento. Foi desenvolvido um plano de ação de curto prazo, abrangendo mais de 200 iniciativas que estão sendo gradualmente implementadas. Alguns exemplos incluem:

  • reestruturação da vice-presidência industrial em três áreas (redução, rolagem e capex/segurança);
  • aumento do índice de sucata em 9% (em relação ao 2º trimestre de 2023, com espaço para mais melhorias;
  • paralisação do forno de coque #3, resultando em uma redução de R$ 30 milhões/mês nas despesas operacionais;
  • potencial paralisação do AF#1;
  • tomada de decisões mais integradas com as controladas, como MUSA e Soluções, entre outras.

FONTE CAPITALIST

Jorge Gerdau se diz ‘extremamente preocupado’ com pressão da China sobre siderurgia brasileira

Em evento do setor, empresário afirmou que a companhia está na iminência de fazer demissões. Atualmente, a Gerdau tem 600 funcionários com contrato de trabalho suspenso em todo o país

O empresário Jorge Gerdau Johannpeter disse hoje que está “extremamente preocupado” com a crescente oferta de aço chinês no mercado brasileiro e indicou que pode haver redução expressiva nas taxas de operação do setor se nenhuma medida para conter o avanço das importações for adotada. “Se não conseguirmos esses 25% [ de alíquota de importação], há risco de a China bombardear o Brasil e nos obrigar a reduzir a capacidade em 10%, 20% ou 30%”, afirmou, durante o Congresso Aço Brasil 2023.

Com a estrutura atual de alíquotas de importação no mundo – que se movimentou em busca de proteção contra a China -, boa parte da produção do país asiático tem sido deslocada para a América do Sul e inundado o mercado brasileiro, explicou.

“Ninguém está vendo o tamanho do problema com oferta predatória da China. Estamos na iminência de fazer demissões e desligamentos, disse o presidente”. Atualmente, a Gerdau tem 600 funcionários com contrato de trabalho suspenso em todo o país.

“O problema não é conjuntural, é estrutural. E receio que, pelos nossos processos históricos [de negociação com o governo], não vamos conseguir os 25% de alíquota de importação”, afirmou. O setor já levou ao governo um pedido de elevação da alíquota, em caráter emergencial, mas ainda não teve sucesso. Setores consumidores de aço alegam que a indústria quer usar o aumento de imposto para elevar os preços de seus produtos.

“É preciso se conscientizar de que se não houver pressão política maior junto a congressistas, não vamos conseguir”, afirmou. O empresário disse ainda que, pela primeira vez em décadas de vivência no setor, avalia que os métodos históricos de negociação adotados pelo setor, agora para atingir os 25% de alíquota de importação e acompanhar o resto do mundo, não devem funcionar.

“Não vejo capacidade decisória pelos processos burocráticos convencionais. Estou sentindo insegurança do processo decisório governamental”, afirmou. “Provavelmente vamos ter de mudar nossa atitude política”.

Veja tudo sobre os balanços e outros indicadores financeiros, além de todas as notícias sobre a empresa, no Valor Empresas 360.

Conteúdo originalmente publicado pelo Valor PRO, serviço de notícias em tempo real do Valor Econômico

FONTE VALOR INVESTE

Jorge Gerdau se diz ‘extremamente preocupado’ com pressão da China sobre siderurgia brasileira

Em evento do setor, empresário afirmou que a companhia está na iminência de fazer demissões. Atualmente, a Gerdau tem 600 funcionários com contrato de trabalho suspenso em todo o país

O empresário Jorge Gerdau Johannpeter disse hoje que está “extremamente preocupado” com a crescente oferta de aço chinês no mercado brasileiro e indicou que pode haver redução expressiva nas taxas de operação do setor se nenhuma medida para conter o avanço das importações for adotada. “Se não conseguirmos esses 25% [ de alíquota de importação], há risco de a China bombardear o Brasil e nos obrigar a reduzir a capacidade em 10%, 20% ou 30%”, afirmou, durante o Congresso Aço Brasil 2023.

Com a estrutura atual de alíquotas de importação no mundo – que se movimentou em busca de proteção contra a China -, boa parte da produção do país asiático tem sido deslocada para a América do Sul e inundado o mercado brasileiro, explicou.

“Ninguém está vendo o tamanho do problema com oferta predatória da China. Estamos na iminência de fazer demissões e desligamentos, disse o presidente”. Atualmente, a Gerdau tem 600 funcionários com contrato de trabalho suspenso em todo o país.

“O problema não é conjuntural, é estrutural. E receio que, pelos nossos processos históricos [de negociação com o governo], não vamos conseguir os 25% de alíquota de importação”, afirmou. O setor já levou ao governo um pedido de elevação da alíquota, em caráter emergencial, mas ainda não teve sucesso. Setores consumidores de aço alegam que a indústria quer usar o aumento de imposto para elevar os preços de seus produtos.

“É preciso se conscientizar de que se não houver pressão política maior junto a congressistas, não vamos conseguir”, afirmou. O empresário disse ainda que, pela primeira vez em décadas de vivência no setor, avalia que os métodos históricos de negociação adotados pelo setor, agora para atingir os 25% de alíquota de importação e acompanhar o resto do mundo, não devem funcionar.

“Não vejo capacidade decisória pelos processos burocráticos convencionais. Estou sentindo insegurança do processo decisório governamental”, afirmou. “Provavelmente vamos ter de mudar nossa atitude política”.

Veja tudo sobre os balanços e outros indicadores financeiros, além de todas as notícias sobre a empresa, no Valor Empresas 360.

Conteúdo originalmente publicado pelo Valor PRO, serviço de notícias em tempo real do Valor Econômico

FONTE VALOR INVESTE

Gigante da siderurgia vai investir R$ 144 milhões para ampliar produção em Minas

Expansão visa atender demandas da indústria e do setor automotivo; ArcelorMittal chega a R$ 4,5 bilhões de aportes anunciados em Minas

Uma das mais antigas siderúrgicas de Minas, a ArcelorMittal Brasil firmou nesta quarta-feira (1/6) mais um compromisso para ampliar as suas atividades no estado. Com a presença do governador Romeu Zema, a empresa anunciou a ampliação da unidade de Sabará, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, com um aporte de R$ 144 milhões até 2024. Com isso, a empresa chega a R$ 4,5 bilhões em expansões anunciadas recentemente para plantas em Minas Gerais, o que contribuirá para geração e manutenção de muitos empregos no estado.

De acordo com o projeto, a unidade de Sabará terá capacidade aumentada em 35% para oferecer soluções de alto valor agregado para os setores automotivo e da indústria. Com a aquisição de dois novos equipamentos automatizados para a trefilação, a ArcelorMittal ampliará seu portfólio de soluções em aço para o mercado de molas, amortecedores, parafusos, fixadores e outros produtos da indústria.

Mais informações no link abaixo:

https://www.agenciaminas.mg.gov.br/noticia/gigante-da-siderurgia-vai-investir-r-144-milhoes-para-ampliar-producao-em-sabara-na-rmbh

https://youtu.be/b23wqRlgNUs

Boa ideia: associação cria projeto de praça para o bairro Siderurgia

A união faz força. Atendendo a solicitação da comunidade e de comerciantes, a Associação Comunitária do Siderurgia (ACBS), em Ouro Branco, elaborou um projeto de construção de uma praça na entrada do bairro em busca criar um atrativo, embelezamento, criação de um ponto de lazer e encontro.

O projeto buscou entender as pessoas que transitam no espaço e logo veio a necessidade de bancos para descanso nas proximidades do centro comercial da Avenida Mariza de Sousa Mendes.

Outro ponto crucial para o desenho da praça é o respeito ao meio ambiente, buscando preservar a maior área permeável no calçamento como também a inclusão de pessoas com deficiência.

A associação convida após moradores para integrarem ao projeto de gestão participativa doando materiais, emprestando ferramentas entre outras formas colaborativas.

O projeto conta com o apoio da Prefeitura Municipal de Ouro Branco, Supermercado Líder, Premoldados Nunes, Secretaria do Meio Ambiente e Secretaria de Infraestrutura.

Venha você também fazer parte dessa união. Seja você morador, seja você comerciante, etc.

Projeto “Caminhadas no Bairro Siderurgia” acontece neste sábado (28)

Projeto novo no ar… E do jeitinho que a gente gosta: PARTICIPATIVO com a comunidade! Para estrear o projeto “Caminhadas no Bairro Siderurgia” com o pé direito, realizaremos no dia 28 de Agosto, também conhecido como dia do Voluntariado.

Você sabe o que é o trabalho voluntário de fato? Qualquer um é capaz de ser um agente em prol do bem coletivo, basta ter muita vontade de fazer o bem!

Vamos caminhar juntos (seguindo o correto distanciamento e uso de máscaras), observar e absorver a história do nosso bairro, para que possamos almejar um futuro melhor para todos!

ASSOCIAÇ(UNI)ÃO: Vamos construir um bairro melhor JUNTOS!

https://youtu.be/fIoMFOSiNCQ

Siderúrgica lança edital para investimento em projetos sociais em cidades mineiras

Empreendedores de instituições do terceiro setor podem se inscrever até o dia 6 de novembro

  • Siderúrgica lança edital para investimento em projetos sociais em cidades mineiras 
  • Empreendedores de instituições do terceiro setor podem se inscrever até o dia 6 de novembro


A siderúrgica Gerdau lançou um edital para um investimento em projetos sociais em Minas. A proposta estabelece que empreendedores de instituições do terceiro setor podem inscrever projetos que tenham ações para a comunidade voltadas para os pilares: habitação, reciclagem e educação. 

Os selecionados para o programa Investimento Social 2021 vão receber apoio técnico, financeiro e de voluntariado. As inscrições devem ser feita de forma online até as 18h do dia  06 de novembro.

Podem concorrer ao edital projetos inéditos ou novas edições para as comunidades dos municípios mineiros de Barão de Cocais, Congonhas, Conselheiro Lafaiete, Divinópolis, Itabirito, João Pinheiro, Lassance, Moeda, Ouro Branco, Ouro Preto e Três Marias. 

about

Be informed with the hottest news from all over the world! We monitor what is happenning every day and every minute. Read and enjoy our articles and news and explore this world with Powedris!

Instagram
© 2019 – Powedris. Made by Crocoblock.