Vacina contra a dengue pode estar disponível no SUS em 2024; entenda

Farmacêutica Takeda diz que tem cinco dias para responder como será a incorporação do imunizante no sistema de saúde público

A vacina Qdenga (Takeda Pharma), aprovada para uso contra a dengue no Brasil, em breve poderá estar disponível no Sistema Único de Saúde (SUS). A informação foi confirmada pela diretora-executiva da Takeda no Brasil, Vivian Kiran Lee, em coletiva de imprensa realizada nesta terça-feira (14/11).

“Recebemos ontem (13/11) um ofício da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) e temos cinco dias úteis para respondê-lo. Estamos comprometidos em promover o acesso da vacina ao SUS. Por isso, estamos trabalhando de perto com o Governo para fazer isso o mais rápido possível. A expectativa é que até o início de 2024 haja um acordo.”

Segundo a diretora, a Takeda garante a capacidade de suprir a demanda necessária para os grupos prioritários que propuseram à Conitec. “Estamos aguardando mais discussões e negociações para definir como seria esse fornecimento ano a ano. Mas, o volume da nossa proposta é um dos maiores de vacinação inicial incluído no programa de vacinação.”

O Brasil é o país que lidera o ranking de casos de dengue no mundo. De acordo com o presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia, Alberto Chebabo, no ano passado, o país teve aproximadamente 1,4 milhão de ocorrências, com 1.016 óbitos. A tendência é que esses números sejam superados em 2023, uma vez que faltando ainda seis semanas para o final do ano, já foram registrados 1,6 milhão de casos e 1.000 mortes. 

Uma das alternativas apontadas por especialistas para conter a epidemia, é a vacinação. “Precisamos de ações mais práticas no sentido de diminuir o vetor. Por exemplo, de um lado, a vacina, do outro lado, a biotecnologia pode ajudar com isso. O que o país precisa mesmo é investir mais na prevenção, na educação e na biotecnologia,” aponta a infectologista do Instituto Emílio Ribas, Rosana Richtmann. 

Pesquisa 

Durante a coletiva de imprensa, foram abordados dados de uma pesquisa realizada pela Ipsos. O estudo mostrou que 67% dos brasileiros lembraram da dengue quando questionados sobre quais surtos de doenças são recorrentes no Brasil. Esse resultado de 2023 revelou que o índice foi muito superior aos 39% registrados na primeira edição do estudo, em novembro de 2021. 

O levantamento evidenciou ainda outros dados – listados no fim da reportagem – que demonstram maior conhecimento da população a respeito da patologia. No entanto, os números de casos da doença não param de subir e colocam regiões do Brasil em situação de alerta. 

Em Minas Gerais, o ano de 2023 já é considerado um ano de epidemia da dengue. Entre o mês de janeiro e o dia 6 de novembro de 2023, o estado registrou 181 mortes decorrentes da dengue – 18 por mês – com 288.522 casos confirmados, média de 949 por dia. Conforme a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais, o estado caminha para registrar dois anos consecutivos de epidemia.

Para além da região Sudeste, que historicamente sempre apresentou os maiores índices de casos e de mortes do país, as autoridades de saúde se preocupam agora com a alta incidência no Sul do país. “Isso é uma novidade da epidemia, porque anteriormente o Nordeste, Sudeste e Centro Oeste eram as regiões com predominância da dengue,” afirma Alberto Chebabo. 

A dengue

O vírus da dengue é dividido em quatro sorotipos, o que significa que uma pessoa pode ter a doença quatro vezes na vida, segundo a infectologista Rosana Richtmann. “Tem gente que pensa que pegou o vírus uma vez, não pegará mais. O que não é verdade. Inclusive, o segundo diagnóstico tem um potencial de gravidade ainda maior,” explica. 

Veja outros dados da pesquisa: 

  • 99% da população sabe o que é a dengue 
  • 69% conhece alguém que já teve a doença
  • 23% teve dengue duas vezes 
  • 70% mudou algo em casa ou algum hábito após ter a doença 
  • 93% acha que a dengue pode levar a morte
  • 73% sabe que o mosquito é o transmissor
  • 36% percebe que a dengue vem aumentando 
  • 69% diz não deixar água parada para evitar o contágio da doença

Nota 

Um dia após a coletiva de imprensa, a Takeda divulgou uma nota de esclarecimento reforçando que “está comprometida e empenhada em priorizar que os brasileiros tenham acesso à vacina, mas que o imunizante não estará disponível para a população brasileira no início do ano. 

Veja a nota na íntegra: 

A biofarmacêutica Takeda esclarece que está otimista e espera uma decisão favorável da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (CONITEC) sobre a submissão do dossiê que visa incluir a vacina contra a dengue, QDENGA® no Sistema Único de Saúde (SUS).  De acordo com o fluxo de incorporação de tecnologia, a Comissão tem 180 dias, podendo ser prorrogada por mais 90 dias, assim, a avaliação do colegiado deve ser concluída em janeiro de 2024, prazo prorrogável até abril 
de 2024.

Essa afirmação foi feita em 14 de novembro, pela diretora médica da Takeda Brasil, Vivian Lee, durante a coletiva de imprensa “Dengue: o impacto da doença no Brasil”, cuja gravação está disponível na internet.

A empresa ressalta que em nenhum momento afirmou que a vacina QDENGA estará disponível para a população brasileira no início do ano, diferentemente do que foi publicado por alguns veículos de notícias, já que a aprovação na CONITEC não significa o fornecimento imediato da vacina, visto que o processo ainda passa por outras instâncias de aprovação do Ministério da Saúde. 

A Takeda reitera que está comprometida e empenhada em priorizar que os brasileiros tenham acesso à vacina e se mantém à disposição do Ministério da Saúde para negociar e avaliar o melhor modelo de vacinação contra a dengue com a nossa vacina QDENGA®, que tem o potencial de ser um pilar importante na estratégia de combate à doença.

FONTE O TEMPO

Vacina contra a dengue pode estar disponível no SUS em 2024; entenda

Farmacêutica Takeda diz que tem cinco dias para responder como será a incorporação do imunizante no sistema de saúde público

A vacina Qdenga (Takeda Pharma), aprovada para uso contra a dengue no Brasil, em breve poderá estar disponível no Sistema Único de Saúde (SUS). A informação foi confirmada pela diretora-executiva da Takeda no Brasil, Vivian Kiran Lee, em coletiva de imprensa realizada nesta terça-feira (14/11).

“Recebemos ontem (13/11) um ofício da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) e temos cinco dias úteis para respondê-lo. Estamos comprometidos em promover o acesso da vacina ao SUS. Por isso, estamos trabalhando de perto com o Governo para fazer isso o mais rápido possível. A expectativa é que até o início de 2024 haja um acordo.”

Segundo a diretora, a Takeda garante a capacidade de suprir a demanda necessária para os grupos prioritários que propuseram à Conitec. “Estamos aguardando mais discussões e negociações para definir como seria esse fornecimento ano a ano. Mas, o volume da nossa proposta é um dos maiores de vacinação inicial incluído no programa de vacinação.”

O Brasil é o país que lidera o ranking de casos de dengue no mundo. De acordo com o presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia, Alberto Chebabo, no ano passado, o país teve aproximadamente 1,4 milhão de ocorrências, com 1.016 óbitos. A tendência é que esses números sejam superados em 2023, uma vez que faltando ainda seis semanas para o final do ano, já foram registrados 1,6 milhão de casos e 1.000 mortes. 

Uma das alternativas apontadas por especialistas para conter a epidemia, é a vacinação. “Precisamos de ações mais práticas no sentido de diminuir o vetor. Por exemplo, de um lado, a vacina, do outro lado, a biotecnologia pode ajudar com isso. O que o país precisa mesmo é investir mais na prevenção, na educação e na biotecnologia,” aponta a infectologista do Instituto Emílio Ribas, Rosana Richtmann. 

Pesquisa 

Durante a coletiva de imprensa, foram abordados dados de uma pesquisa realizada pela Ipsos. O estudo mostrou que 67% dos brasileiros lembraram da dengue quando questionados sobre quais surtos de doenças são recorrentes no Brasil. Esse resultado de 2023 revelou que o índice foi muito superior aos 39% registrados na primeira edição do estudo, em novembro de 2021. 

O levantamento evidenciou ainda outros dados – listados no fim da reportagem – que demonstram maior conhecimento da população a respeito da patologia. No entanto, os números de casos da doença não param de subir e colocam regiões do Brasil em situação de alerta. 

Em Minas Gerais, o ano de 2023 já é considerado um ano de epidemia da dengue. Entre o mês de janeiro e o dia 6 de novembro de 2023, o estado registrou 181 mortes decorrentes da dengue – 18 por mês – com 288.522 casos confirmados, média de 949 por dia. Conforme a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais, o estado caminha para registrar dois anos consecutivos de epidemia.

Para além da região Sudeste, que historicamente sempre apresentou os maiores índices de casos e de mortes do país, as autoridades de saúde se preocupam agora com a alta incidência no Sul do país. “Isso é uma novidade da epidemia, porque anteriormente o Nordeste, Sudeste e Centro Oeste eram as regiões com predominância da dengue,” afirma Alberto Chebabo. 

A dengue

O vírus da dengue é dividido em quatro sorotipos, o que significa que uma pessoa pode ter a doença quatro vezes na vida, segundo a infectologista Rosana Richtmann. “Tem gente que pensa que pegou o vírus uma vez, não pegará mais. O que não é verdade. Inclusive, o segundo diagnóstico tem um potencial de gravidade ainda maior,” explica. 

Veja outros dados da pesquisa: 

  • 99% da população sabe o que é a dengue 
  • 69% conhece alguém que já teve a doença
  • 23% teve dengue duas vezes 
  • 70% mudou algo em casa ou algum hábito após ter a doença 
  • 93% acha que a dengue pode levar a morte
  • 73% sabe que o mosquito é o transmissor
  • 36% percebe que a dengue vem aumentando 
  • 69% diz não deixar água parada para evitar o contágio da doença

Nota 

Um dia após a coletiva de imprensa, a Takeda divulgou uma nota de esclarecimento reforçando que “está comprometida e empenhada em priorizar que os brasileiros tenham acesso à vacina, mas que o imunizante não estará disponível para a população brasileira no início do ano. 

Veja a nota na íntegra: 

A biofarmacêutica Takeda esclarece que está otimista e espera uma decisão favorável da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (CONITEC) sobre a submissão do dossiê que visa incluir a vacina contra a dengue, QDENGA® no Sistema Único de Saúde (SUS).  De acordo com o fluxo de incorporação de tecnologia, a Comissão tem 180 dias, podendo ser prorrogada por mais 90 dias, assim, a avaliação do colegiado deve ser concluída em janeiro de 2024, prazo prorrogável até abril 
de 2024.

Essa afirmação foi feita em 14 de novembro, pela diretora médica da Takeda Brasil, Vivian Lee, durante a coletiva de imprensa “Dengue: o impacto da doença no Brasil”, cuja gravação está disponível na internet.

A empresa ressalta que em nenhum momento afirmou que a vacina QDENGA estará disponível para a população brasileira no início do ano, diferentemente do que foi publicado por alguns veículos de notícias, já que a aprovação na CONITEC não significa o fornecimento imediato da vacina, visto que o processo ainda passa por outras instâncias de aprovação do Ministério da Saúde. 

A Takeda reitera que está comprometida e empenhada em priorizar que os brasileiros tenham acesso à vacina e se mantém à disposição do Ministério da Saúde para negociar e avaliar o melhor modelo de vacinação contra a dengue com a nossa vacina QDENGA®, que tem o potencial de ser um pilar importante na estratégia de combate à doença.

FONTE O TEMPO

Prática criada no Japão, ‘banho de floresta’ ganha adeptos no Brasil e pode entrar no SUS

Atividade mostra benefícios físicos e psicológicos de relação estreita com a natureza e vira tema de iniciativa implementada pela Fiocruz

Uma pessoa caminha lentamente em meio à área verde de um parque urbano. Lá pelas tantas, aproxima-se de uma árvore, sente a textura das folhas, respira profundamente… E permanece assim, nesse movimento vagaroso, por pelo menos uma hora.

A série de gestos aparentemente banais pode ser definida da seguinte maneira: “banho de floresta”. Sim, é dessa forma que uma prática criada por japoneses vem sendo chamada em solo verde-amarelo. A ação é terapêutica, virou tema de pesquisas científicas ao redor do planeta e ganha um número crescente de adeptos nos últimos anos, sobretudo no Brasil.

Desde 2021, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) desenvolve um projeto acerca do assunto em cooperação com o Instituto Brasileiro de Ecopsicologia. A iniciativa visa difundir mais amplamente o banho florestal no país, por meio da produção de estudos e da formação de ecotuners (ou “sintonizadores ecológicos”, em tradução livre), profissionais especializados na orientação de leigos e iniciantes na tal ducha verde. A ideia é que o “banho de floresta” possa ser incluído, posteriormente, na lista de práticas integrativas e complementares oferecidas pelo Sistema Único de Saúde, o SUS.

O que é ‘banho de floresta’?

O conceito de shinrin-yoku (como originalmente é chamado) surgiu no Japão, na década de 1980. Nesse período, diante de uma população cada vez mais urbanizada e confinada em espaços reduzidos — como quitinetes e escritórios —, autoridades locais lançaram um programa nacional para incentivar a visitação contínua a parques públicos. A ação rendeu frutos. E os efeitos positivos dessa relação estreita entre seres humanos e natureza (e vice-versa) passaram a ser analisados com lupa.

Hoje, sabe-se que o contato com ambientes florestais reduz em 13% a concentração de cortisol, substância conhecida como “hormônio do estresse”, no sangue. E mais: pessoas que praticam o “banho de floresta” têm uma diminuição de 18% na atividade do sistema nervoso simpático, responsável por reações involuntárias a situações de perigo e ansiedade. Os resultados foram obtidos por meio de um longo estudo realizado por cinco cientistas japoneses, entre eles Yoshifumi Miyazaki,professor da Universidade de Chiba e atualmente também um dos colaboradores do projeto implementado pela Fiocruz.

— “Banho de floresta” não é trekking, não é competição, não é correria. Muito pelo contrário! É uma prática desacelerada feita para propiciar que as pessoas tenham a capacidade de despertar em si processos de sintonia com a natureza — destaca Guilherme Franco Netto, coordenador do Programa de Saúde, Ambiente e Sustentabilidade da Vice-Presidência de Ambiente, Atenção e Promoção da Saúde da Fiocruz. — O banho busca trazer ligações muito singulares com o movimento das águas, o ruído de riachos e cachoeiras, o canto dos pássaros, o cheiro da mata… A estimulação dos cinco sentidos é elemento fundamental para que essa conexão seja feita da melhor maneira possível. O princípio básico é este: integrar o fluxo corporal com o fluxo da natureza. Está aí um efeito revitalizante, que traz precaução a problemas e doenças.

.Não à toa, áreas verdes vêm sendo criadas, cada vez com mais frequência, dentro de hospitais em todo o mundo. Um estudo famoso, publicado nos anos 1980 na revista Science, mostra que pacientes cirúrgicos internados em quartos com janelas voltadas para paisagens naturais se recuperam muito mais rapidamente, e usando menos analgésicos, do que aqueles que estão em quartos com vista para paredes de tijolos. O fato é corroborado por um artigo publicado por cientistas e médicos brasileiros, neste ano, no International Journal of Environmental Research and Public Health.

Na dissertação, os profissionais comprovam que até mesmo fotografias e vídeos com reproduções de imagens da natureza atuam como “promotores de emoções positivas” para pacientes em tratamento de câncer. Isso porque, no momento que a pessoa contempla esses “quadros verdes”, ela altera seu foco de percepção da dor e libera neurotransmissores que aumentam o bem-estar.

— Em pacientes com câncer durante tratamento com quimioterapia, isso diminui estados negativos e melhora sintomas como dor, fadiga, além de tristeza e ansiedade — ressalta Eliseth Leão, pesquisadora do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, e líder do grupo de pesquisa E-Natureza, que produz estudos interdisciplinares sobre conexão com a natureza, saúde e bem-estar. — Falar em jardins terapêuticos dentro de centro médicos, por exemplo, é algo que vem ganhando interesse novamente na sociedade. A importância do sol, do ar fresco e de espaços verdes é fundamental na recuperação de pacientes internados. Percebe-se um movimento nesse sentido, embora para hospitais situados nos grandes centros isso seja um grande desafio.

FONTE UM SÓ PLANETA

Prática criada no Japão, ‘banho de floresta’ ganha adeptos no Brasil e pode entrar no SUS

Atividade mostra benefícios físicos e psicológicos de relação estreita com a natureza e vira tema de iniciativa implementada pela Fiocruz

Uma pessoa caminha lentamente em meio à área verde de um parque urbano. Lá pelas tantas, aproxima-se de uma árvore, sente a textura das folhas, respira profundamente… E permanece assim, nesse movimento vagaroso, por pelo menos uma hora.

A série de gestos aparentemente banais pode ser definida da seguinte maneira: “banho de floresta”. Sim, é dessa forma que uma prática criada por japoneses vem sendo chamada em solo verde-amarelo. A ação é terapêutica, virou tema de pesquisas científicas ao redor do planeta e ganha um número crescente de adeptos nos últimos anos, sobretudo no Brasil.

Desde 2021, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) desenvolve um projeto acerca do assunto em cooperação com o Instituto Brasileiro de Ecopsicologia. A iniciativa visa difundir mais amplamente o banho florestal no país, por meio da produção de estudos e da formação de ecotuners (ou “sintonizadores ecológicos”, em tradução livre), profissionais especializados na orientação de leigos e iniciantes na tal ducha verde. A ideia é que o “banho de floresta” possa ser incluído, posteriormente, na lista de práticas integrativas e complementares oferecidas pelo Sistema Único de Saúde, o SUS.

O que é ‘banho de floresta’?

O conceito de shinrin-yoku (como originalmente é chamado) surgiu no Japão, na década de 1980. Nesse período, diante de uma população cada vez mais urbanizada e confinada em espaços reduzidos — como quitinetes e escritórios —, autoridades locais lançaram um programa nacional para incentivar a visitação contínua a parques públicos. A ação rendeu frutos. E os efeitos positivos dessa relação estreita entre seres humanos e natureza (e vice-versa) passaram a ser analisados com lupa.

Hoje, sabe-se que o contato com ambientes florestais reduz em 13% a concentração de cortisol, substância conhecida como “hormônio do estresse”, no sangue. E mais: pessoas que praticam o “banho de floresta” têm uma diminuição de 18% na atividade do sistema nervoso simpático, responsável por reações involuntárias a situações de perigo e ansiedade. Os resultados foram obtidos por meio de um longo estudo realizado por cinco cientistas japoneses, entre eles Yoshifumi Miyazaki,professor da Universidade de Chiba e atualmente também um dos colaboradores do projeto implementado pela Fiocruz.

— “Banho de floresta” não é trekking, não é competição, não é correria. Muito pelo contrário! É uma prática desacelerada feita para propiciar que as pessoas tenham a capacidade de despertar em si processos de sintonia com a natureza — destaca Guilherme Franco Netto, coordenador do Programa de Saúde, Ambiente e Sustentabilidade da Vice-Presidência de Ambiente, Atenção e Promoção da Saúde da Fiocruz. — O banho busca trazer ligações muito singulares com o movimento das águas, o ruído de riachos e cachoeiras, o canto dos pássaros, o cheiro da mata… A estimulação dos cinco sentidos é elemento fundamental para que essa conexão seja feita da melhor maneira possível. O princípio básico é este: integrar o fluxo corporal com o fluxo da natureza. Está aí um efeito revitalizante, que traz precaução a problemas e doenças.

.Não à toa, áreas verdes vêm sendo criadas, cada vez com mais frequência, dentro de hospitais em todo o mundo. Um estudo famoso, publicado nos anos 1980 na revista Science, mostra que pacientes cirúrgicos internados em quartos com janelas voltadas para paisagens naturais se recuperam muito mais rapidamente, e usando menos analgésicos, do que aqueles que estão em quartos com vista para paredes de tijolos. O fato é corroborado por um artigo publicado por cientistas e médicos brasileiros, neste ano, no International Journal of Environmental Research and Public Health.

Na dissertação, os profissionais comprovam que até mesmo fotografias e vídeos com reproduções de imagens da natureza atuam como “promotores de emoções positivas” para pacientes em tratamento de câncer. Isso porque, no momento que a pessoa contempla esses “quadros verdes”, ela altera seu foco de percepção da dor e libera neurotransmissores que aumentam o bem-estar.

— Em pacientes com câncer durante tratamento com quimioterapia, isso diminui estados negativos e melhora sintomas como dor, fadiga, além de tristeza e ansiedade — ressalta Eliseth Leão, pesquisadora do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, e líder do grupo de pesquisa E-Natureza, que produz estudos interdisciplinares sobre conexão com a natureza, saúde e bem-estar. — Falar em jardins terapêuticos dentro de centro médicos, por exemplo, é algo que vem ganhando interesse novamente na sociedade. A importância do sol, do ar fresco e de espaços verdes é fundamental na recuperação de pacientes internados. Percebe-se um movimento nesse sentido, embora para hospitais situados nos grandes centros isso seja um grande desafio.

FONTE UM SÓ PLANETA

Prefeito de Lafaiete participa de assembleia do SAMU e cobra agilidade no encaminhamento de pacientes ao SUS

Na tarde desta quarta-feira, dia 12/07, foi realizada a Assembleia Geral Ordinária do Consórcio Intermunicipal de Saúde da Rede de Urgência Macro Centro Sul (CISRU Macro Centro Sul), em Barbacena, e contou com a presença de diversos prefeitos e representantes das 51 cidades que integram o Consórcio. Durante a assembleia, diversos assuntos foram abordados, entre eles, a votação da proposta de Programação Orçamentária para o próximo ano.
Na oportunidade, o prefeito Mário Marcus, juntamente com a gerente da Policlínica Municipal de Conselheiro Lafaiete, Kátia Dias, estiveram na Central de Regulação do SAMU e do SUSFácil, a fim de acompanhar o funcionamento dos serviços. Durante a visita o prefeito e a gerente ressaltaram a necessidade de ampliar a equipe responsável pela regulação médica, visando agilizar e aperfeiçoar o fluxo de atendimento e encaminhamento dos pacientes às referências de atendimentos. Neste sentido, foram apresentados alguns pontos que precisam ser efetivados para que este fluxo funcione com maior agilidade e resolutividade, beneficiando os pacientes que poderão ser atendidos com maior celeridade.
O prefeito esteve acompanhado da Secretária Executiva do CISRU Macro Centro Sul, Ormesinda Maria Barbosa e do Coordenador Médico do SAMU Dr. André Brandão.
Para o Prefeito Mário Marcus, atual vice-presidente do Conselho Diretor do CISRU Macro Centro Sul, a assembleia demonstrou o comprometimento dos municípios da região em promover melhorias no sistema de saúde. “Importante ressaltar que a intenção é buscar, em conjunto, soluções eficientes e inovadoras, visando oferecer atendimento de qualidade à população de Conselheiro Lafaiete e região.”

Prefeito de Lafaiete participa de assembleia do SAMU e cobra agilidade no encaminhamento de pacientes ao SUS

Na tarde desta quarta-feira, dia 12/07, foi realizada a Assembleia Geral Ordinária do Consórcio Intermunicipal de Saúde da Rede de Urgência Macro Centro Sul (CISRU Macro Centro Sul), em Barbacena, e contou com a presença de diversos prefeitos e representantes das 51 cidades que integram o Consórcio. Durante a assembleia, diversos assuntos foram abordados, entre eles, a votação da proposta de Programação Orçamentária para o próximo ano.
Na oportunidade, o prefeito Mário Marcus, juntamente com a gerente da Policlínica Municipal de Conselheiro Lafaiete, Kátia Dias, estiveram na Central de Regulação do SAMU e do SUSFácil, a fim de acompanhar o funcionamento dos serviços. Durante a visita o prefeito e a gerente ressaltaram a necessidade de ampliar a equipe responsável pela regulação médica, visando agilizar e aperfeiçoar o fluxo de atendimento e encaminhamento dos pacientes às referências de atendimentos. Neste sentido, foram apresentados alguns pontos que precisam ser efetivados para que este fluxo funcione com maior agilidade e resolutividade, beneficiando os pacientes que poderão ser atendidos com maior celeridade.
O prefeito esteve acompanhado da Secretária Executiva do CISRU Macro Centro Sul, Ormesinda Maria Barbosa e do Coordenador Médico do SAMU Dr. André Brandão.
Para o Prefeito Mário Marcus, atual vice-presidente do Conselho Diretor do CISRU Macro Centro Sul, a assembleia demonstrou o comprometimento dos municípios da região em promover melhorias no sistema de saúde. “Importante ressaltar que a intenção é buscar, em conjunto, soluções eficientes e inovadoras, visando oferecer atendimento de qualidade à população de Conselheiro Lafaiete e região.”

Não vacinados em UTIs de Minas geram custo de R$ 1 mi por dia ao SUS

Cálculo leva em conta média de 70% de pessoas que não tomaram nenhuma dose entre internados por Covid em Minas

As vacinas contra a Covid estão disponíveis nos postos de saúde de todos os municípios mineiros, mas cerca de 15% da população elegível (com mais de 5 anos) ainda não recebeu nenhuma dose. A decisão de não se imunizar traz consequências individuais, mas também um impacto coletivo. Em apenas um dia, o Sistema Único de Saúde vai ter que desembolsar quase um milhão de reais para bancar a internação em terapia intensiva de pessoas que não foram imunizadas em Minas. Quem paga a conta é toda a sociedade.

Segundo dados da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), ontem havia 885 internados em UTI Covid em Minas Gerais. Considerando que 70% deles não foram imunizados (a partir de uma média levantada a partir de informações da secretaria) e o valor de R$ 1.600 para diária do leito, em apenas um dia a rede pública está arcando com R$ 990.400 para atender a pacientes que não receberam vacinas e estão no CTI. Os valores podem ser ainda maiores conforme a necessidade de cada paciente por procedimentos, como hemodiálise.

Ainda há os custos com as internações em enfermaria. Ontem havia 2.385 leitos clínicos ocupados por pacientes com Covid na rede SUS em Minas. Considerando uma porcentagem conservadora de 70% de não vacinados entre os atendidos e um custo médio de R$ 1.500 por tratamento, a rede pública vai ter de desembolsar mais de R$ 2,5 milhões com esses pacientes não imunizados.

Claro que nesta conta estão crianças que ainda não puderam ser imunizadas. Dados divulgados pela SES-MG referentes ao dia 19 de janeiro indicam que 2,17% dos não vacinados internados por Covid têm idade de 0 a 10 anos. Por outro lado, 58% dos internados sem imunização estão com mais de 51 anos e poderiam, até, já ter recebido a dose de reforço.

Professor do Departamento de Medicina Preventiva da UFMG, Geraldo Cunha Cury explica que a escolha individual por não se vacinar traz consequências que vão além dos custos. “Quem não se vacina coloca as outras pessoas em risco e colabora para uma maior transmissão do vírus, podendo criar novas variantes”, diz o infectologista, lembrando que as internações numerosas afetam a qualidade de vida dos profissionais de saúde, já exaustos. 

Para ele, mais do que adquirir vacinas, o poder público deveria investir na ampliação da imunização, com campanhas direcionadas a quem ainda não recebeu nenhuma dose. “Certamente, se o poder público investisse em vacinação como deveria, não estaríamos tendo o problema de agora nas internações. Proporcionalmente, o Brasil é um dos países com maior número de mortes por Covid e ficou claro que devemos investir na prevenção. Mas o governo federal chegou a criar dificuldade até para a vacinação infantil, o que não faz o menor sentido”.

De acordo com dados da SES-MG, a taxa de internação em UTI por Covid é de 8,2 casos a cada 100 mil habitantes entre não imunizados. Para aqueles com esquema vacinal completo, a taxa é de 0,63. Ou seja, quem não se vacinou tem 13 vezes mais chance de precisar de terapia intensiva para tratar a doença.

Readequação nos municípios

Gestores de saúde por todo o país têm se desdobrado para garantir uma maior taxa de imunização possível entre munícipes, pois sabem que melhores indicadores resultam em menos internações por Covid. Em Contagem, por exemplo, foram feitos diversos tipos de mutirões temáticos – de festa junina e rolezinho a super-heróis, que estarão presentes na vacinação infantil realizada hoje em três endereços.

“Já existe uma necessidade por UTI clínica e a demanda é maior do que a disponibilidade de leitos. Quando se amplia o número de leitos para uma doença prevenível, como a Covid, é claro que que provoca uma readequação dentro do município e ampliação de gastos em equipamentos de saúde”, explica o secretário de Saúde de Contagem, Fabrício Simões.

O gestor reforça que, nos momentos de pico de Covid, o sistema de saúde não consegue dar atenção devida a outras doenças. “Costumo dizer que os efeitos da pandemia vão se perdurar por anos, especialmente porque se formou uma fila muito grande de cirurgias eletivas”.

FONTE O TEMPO

Projeto assegura para candidato de baixa renda exames médicos pelo SUS em concurso público

O Projeto de Lei 4924/20 assegura aos candidatos de baixa renda, em concurso público, o direito a realizar os exames médicos solicitados no Sistema Único de Saúde (SUS).

A proposta, do deputado Paulo Bengtson (PTB-PA), tramita na Câmara dos Deputados.

“A preparação para um concurso público demanda planejamento, tempo e investimento dos candidatos. Contudo, em alguns casos, após o candidato lograr aprovação no concurso, ele se depara com os valores dos exames médicos necessários para o prosseguimento no certame e percebe que, por não possuir recursos financeiros para custeá-los, corre o risco de perder todo o investimento”, observa Bengtson.

O parlamentar acrescenta que candidatos nesta situação buscam na Justiça a realização de exames pelo SUS e também seu prosseguimento no concurso público.

O projeto estabelece ainda que, caso os resultados dos exames não sejam entregues a tempo pelo SUS, o candidato poderá prosseguir no concurso até que os receba.

“Também não podemos prejudicar o candidato em razão da morosidade da rede pública de saúde”, explica o autor do projeto.

Reportagem – Noéli Nobre
Edição – Pierre Triboli

Fonte: Agência Câmara de Notícias (REDE JORNAL CONTÁBIL)

Para suprir a deficiência regional na saúde, Prefeito de Ouro Branco defende que FOB atenda pelo SUS

O prefeito de Ouro Branco, o tucano Hélio Marcio Campos (foto), aproveitou a prestigiada reunião dos Municípios associados a Amalpa e a presença do Secretário de Estado de Saúde, Carlos Eduardo Amaral, ocorrida em Lafaiete, na manhã desta sexta-feria (6), para lançar um desafio tanto ao Governo de Minas, quanto a região.

Em meio às cobranças pela retomada, conclusão e funcionamento do hospital regional, obra inacabada que dura mais de uma década, Hélio fez um discurso de que a Fundação Ouro Branco (FOB), contemple o atendimento público através do Sistema Único de Saúde (SUS). Hoje o atendimento é exclusivamente privado. Construído a época após a instalação da Açominas, no final da década de 80, com recursos públicos, Hélio provocou que o equipamento, ao lado do hospital regional, poderia suprir a demanda regional por leitos cirúrgicos e de UTI’s, principais gargalos da saúde na região.

Em sua fala, Hélio Campos observou que a FOB tem sua estrutura subutilizada. Segundo a unidade hospitar tem mais de 100 leitos e 10 UTI’s.  A proposição de Hélio Campos, vai de encontro com os dados da Secretária Executiva do SAMU, Ormesinda Salgado, de que há uma deficiência crônica de leitos de UTI’s  na microregião de Lafaiete com apenas 9 unidades para uma população de mais de 200 mil.

Para Hélio um movimento de articulação regional poderia buscar investimentos para que a FOB tivesse o atendimento do SUS. “A FOB e o hospital regional poderiam dar uma salvaguarda às demandas em saúde  na região”, finalizou.

Lafaiete marca presença na 16ª Conferência Nacional de Saúde

Começou, ontem (4), e vai até dia 7, em Brasília, 16ª (8ª+8) Conferência Nacional de Saúde. Duas lafaietenses, Arabele de Oliveira Pereira Cunha,  representante dos usuários, e Kátia Andréia de Oliveiro Severino,  representante dos trabalhadores, integram os mais de 100 delegados mineiros, externando o compromisso na defesa do SUS e do controle social em saúde.

Porém, a chegada a Capital Brasileira foi marcada de polêmica, já que a Mesa Diretora do Conselho Estadual de Saúde (CESMG) alegou que foram esgotadas todas as possibilidades de solucionar o problema do deslocamento na integralidade da delegação mineira para a conferência Nacional de Saúde.

Arabele de Oliveira Pereira Cunha, representante dos usuários, e Kátia Andréia de Oliveiro Severino, representante dos trabalhadores/DIVULGAÇÃO

Com tempo hábil, a Mesa Diretora chamou a gestão pra conversar, explicado a importância das conferências, sim, porque desde a 9ª (8ª+1) Conferência Estadual de Saúde de Minas Gerais enfrentava-se esta falta de entendimento da gestão em relação ao respeito para com o controle social. “Depois, avisados de que  compras de passagem não é um processo fácil, a gestão deixou pra última hora, literalmente, última hora. E, assim, o governo não comprou passagens para toda de delegação de Minas Gerais, e informou da impossibilidade de vir a comprar as passagens restantes, ou oferecer alguma outra saída para garantir o deslocamento até Brasília, infelizmente, não garantindo a participação de mais de 100 delegadas e delegados de Minas Gerais na 16ª(8ª+8) Conferência Nacional de Saúde, espaço do controle social na construção do SUS. Descaso do governo Zema com questões inclusive previstas em legislação e na Constituição da República Federativa do Brasil. Isto beira a irresponsabilidade, na falta de uma palavra  melhor. O CESMG já entrou em contato com o Ministério Público da Saúde para tomar as medidas necessárias”, repudiou em nota os conselheiros.

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